Tocabilidade e preço - vamos conversar
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Tocabilidade e preço - vamos conversar
Digamos que o nível máximo possível de tocabilidade de um instrumento seja 100.
É possível se construir um instrumento bom, com tocabilidade 80 em, digamos, 10 horas de trabalho...
Já pra se ter um instrumento com tocabilidade 90 seriam necessárias umas 30 horas de trabalho.
Um instrumento com tocabilidade 95 já exigiria umas 80 horas de trabalho.
Percebem como a melhoria da tocabilidade de um baixo em relação ao tempo de construção é uma função praticamente exponencial?
Por isso o preço de um instrumento boutique é alto.
Outra coisa importante, se o baixo que é feito em 10 horas satisfaz as necessidades de tocabilidade do músico, não há necessidade de gastar o dinheiro de um baixo feito em 80 horas.
Percebo que as discussões sobre valores de instrumentos muitas vezes são entremeadas por opiniões de quem não tem a mínima idéia de como é fabricado um instrumento musical. Outra coisa que acho interessante é a idéia de que um instrumento "cópia" ou "réplica" compartilhará algo além da estética com o instrumento original. Tocabilidade é algo que se atinge com conceitos intricados de luthieria, como conhecimento do comportamento das diversas madeiras em função do tempo e condições climáticas, como cálculos geométricos e trigonométricos, noções de física e habilidade manual acima da média.
Discutam o tema se desejarem...
É possível se construir um instrumento bom, com tocabilidade 80 em, digamos, 10 horas de trabalho...
Já pra se ter um instrumento com tocabilidade 90 seriam necessárias umas 30 horas de trabalho.
Um instrumento com tocabilidade 95 já exigiria umas 80 horas de trabalho.
Percebem como a melhoria da tocabilidade de um baixo em relação ao tempo de construção é uma função praticamente exponencial?
Por isso o preço de um instrumento boutique é alto.
Outra coisa importante, se o baixo que é feito em 10 horas satisfaz as necessidades de tocabilidade do músico, não há necessidade de gastar o dinheiro de um baixo feito em 80 horas.
Percebo que as discussões sobre valores de instrumentos muitas vezes são entremeadas por opiniões de quem não tem a mínima idéia de como é fabricado um instrumento musical. Outra coisa que acho interessante é a idéia de que um instrumento "cópia" ou "réplica" compartilhará algo além da estética com o instrumento original. Tocabilidade é algo que se atinge com conceitos intricados de luthieria, como conhecimento do comportamento das diversas madeiras em função do tempo e condições climáticas, como cálculos geométricos e trigonométricos, noções de física e habilidade manual acima da média.
Discutam o tema se desejarem...
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Allex , baixos como esses Fender American Deluxe levam mais tempo para serem construidos em relação aos Fenders Americanos de séries normais ? é um instrumento feito em linha de produção também , não é ?...o valor mais alto desses instrumentos seria por causa de um hardware melhor ? qual seria em sua opinião , a porcentagem de tocabilidade de um Deluxe 5 cordas...abraço...
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“Nenhuma quantidade de evidência irá persuadir um idiota”
(Mark Twain)
Cantão- Moderador
- Mensagens : 21973
Localização : Bauru
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Cantão, não conheço tanto de Fender, mas os Deluxe são produzidos em série sim, como qualquer outro Fender... Até os Custom Shop tem os cortes e shapes feitos por máquinas.
A tocabilidade dos Fender 5 cordas Deluxe não impressiona. A dos Custom Shop sim, já é melhor...
A tocabilidade dos Fender 5 cordas Deluxe não impressiona. A dos Custom Shop sim, já é melhor...
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allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Valeu Tio...
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(Mark Twain)
Cantão- Moderador
- Mensagens : 21973
Localização : Bauru
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
dos que tenho aqui, em termos de tocabilidade é tudo meio ao contrário, por exemplo, meu fender 1966 não tem lá uma tocabilidade muito boa, mas acho que é questão de desgaste irregular nos trastes que me obriga a elevar a altura das cordas.
meu fender roscoe beck não tem um tocabilidade muito fácil, mas é uma questão de projeto mesmo, ele é assim mesmo
o lakland dj5 tem boa tocabilidade, apesar de ser feito em série
meu zaganin asema tem tocabilidade muito boa.
tenho um ibanez roadstar 87 que tem uma tocabilidade impressionante, mesmo sendo um baixo barato feito em série, mas é japones pelo menos
e meu fender que tem a melhor tocabilidade de todos é um precision road worn made in mexico.
dos 4 cordas o que considero melhor em tocabilidade é o zaganin jazz bass 4 cordas.
outra coisa que não sei se é um mito ou pode ser uma questão de adaptação do próprio instrumento ao músico, é a questão da tocabilidade ir melhorando com o tempo, será verdade isso?
meu fender roscoe beck não tem um tocabilidade muito fácil, mas é uma questão de projeto mesmo, ele é assim mesmo
o lakland dj5 tem boa tocabilidade, apesar de ser feito em série
meu zaganin asema tem tocabilidade muito boa.
tenho um ibanez roadstar 87 que tem uma tocabilidade impressionante, mesmo sendo um baixo barato feito em série, mas é japones pelo menos
e meu fender que tem a melhor tocabilidade de todos é um precision road worn made in mexico.
dos 4 cordas o que considero melhor em tocabilidade é o zaganin jazz bass 4 cordas.
outra coisa que não sei se é um mito ou pode ser uma questão de adaptação do próprio instrumento ao músico, é a questão da tocabilidade ir melhorando com o tempo, será verdade isso?
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Claudio Jardim escreveu:
outra coisa que não sei se é um mito ou pode ser uma questão de adaptação do próprio instrumento ao músico, é a questão da tocabilidade ir melhorando com o tempo, será verdade isso?
Acho que tem um pouco a ver com o que o Allex citou lá em cima sobre comportamento das madeiras. Tenho como costume não ligar muito se o instrumento está novo na hora de negociação, até prefiro os com pelo menos um ou dois anos de uso pois já passou pela fase chata do que chamo de amaciamento.
Quando peguei o Afterburn do Nando ele já estava no esquema não mexi em praticamente nada na regulagem já o Combustion como veio novo sinto que só agora depois de muita porrada nele e um setup caprichado na Zaganin tá ficando do jeito que eu esperava/queria.
Guitarra pra mim é um tormento pegar nova pois como uso cordas pesadas e desço a mão ela em 6 meses já não parece o mesmo instrumento de quando peguei.
Tenho uma guitarra Shelter aqui baratissima que tem uma tocabilidade impressionante e é baratissima mas acho que são casos mais raros de uma combinação ergonomica com necessidade do músico.
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Eu concordo bastante com o que o Allex falou no início e em outros tópicos, o preço está intimimamente relacionado com a necessidade do músico. Um cara que não é profissional, que tem um orçamento limitado e principalmente pouco conhecimento em termos da variedade dos instrumentos existentes pode até notar questões de acabamento, (tem coisas que são bem perceptíveis), mas tem outras nuancias que só com muita experimentação se percebe as diferenças, tanto sonoras como de pegada, etc. Lógico que um baixo cuidado e bem regulado com boas cordas já fazem boa diferença, agora tem outros detalhes que muitas vezes passam desapercebidos e nesse caso um instrumento de 10 horas de produção pode atender muito bem as expectativas. Não quero dizer aqui também que músicos menos experientes não podem comprar instrumentos de boutique, até porque o dinheiro é de cada um, o hobby é de cada um a decisão é muito pessoal, mas a necessidade e a percepção podem ser bem diferentes.
tfk- Membro
- Mensagens : 1100
Localização : Prudente - SP
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Por experiência própria (ou talvez inexperiência) quando regulo um instrumento que acabo de comprar, seja baixo ou guitarra, com muita calma e na maior tranqüilidade, sem pressa nenhuma, demoro cerca de 1 a 1 dia e meio até deixá-lo bonito, polido e todas as peças e partes brilhando e reguladas. Quando quero testar logo pra ver como fica demoro cerca de 2 horas e quase sempre não me agrada a pegada e maciez e tenho que regulá-los novamente ou fazer algum outro tipo de ajuste.
Imaginem fazer instrumentos! O grande problema, na minha opinião, é atender a demanda tanto das luthierias quanto das indústrias. Tirando o pit stop da Fórmula 1 tudo que sai correndo às preças é mal feito (nas coxas). Ou então alguma coisa, por menor que seja, sempre acaba por ficar sem qualidade.
Qualidade x tempo x preço nem sempre é o que aparenta ser.
Um baixo Famoso industrializado é relativamente caro, e deve ser feito em pouquíssimo tempo mas não necessariamente tem qualidade ruim se não não justificaria o preço, por mais que a marca seja famosa.
Um baixo de luthieria também pode ser bem caro e demorado, mas não necessariamente tem qualidade.
Dependerá de n fatores.
O que é inaceitável é um baixo muito caro, de qualidade zero, feito em muito tempo.
Imaginem fazer instrumentos! O grande problema, na minha opinião, é atender a demanda tanto das luthierias quanto das indústrias. Tirando o pit stop da Fórmula 1 tudo que sai correndo às preças é mal feito (nas coxas). Ou então alguma coisa, por menor que seja, sempre acaba por ficar sem qualidade.
Qualidade x tempo x preço nem sempre é o que aparenta ser.
Um baixo Famoso industrializado é relativamente caro, e deve ser feito em pouquíssimo tempo mas não necessariamente tem qualidade ruim se não não justificaria o preço, por mais que a marca seja famosa.
Um baixo de luthieria também pode ser bem caro e demorado, mas não necessariamente tem qualidade.
Dependerá de n fatores.
O que é inaceitável é um baixo muito caro, de qualidade zero, feito em muito tempo.
Última edição por Moshe Bar Elohim em Dom 1 maio 2011 - 13:13, editado 2 vez(es)
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"O dinheiro mal ganho não traz felicidade." (Lazlo Carreidas)
Moshe Bar Elohim- Membro
- Mensagens : 2252
Localização :
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Pois eu tenho a seguinte opinião. Instrumento sendo de linha de produção ou não, só tocando mesmo, pois as variações de composições de regulagens e materiais são inúmeras. Existe inclusive, o fator psicológico quando se está comprando um instrumento, a empologação, etc. Acho muito legal, no caso de estar comprando um instrumento que segue um modelo de marca, que você o compare na mesma hora com o instrumento de marca pra sacar a diferença de timbres, etc. Aí vc conclui se vale a pena ou não. A sua pegada individual interfere muito nisso também, a maneira de tocar, etc.
paulo fernandes- Membro
- Mensagens : 321
Localização : RIO DE JANEIRO
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Belíssimo tópico, Alex, mas vou apimentar ele mais um pouco:
Essa relação é bem interessante, pois aqui no Brasil não tem essa tradição de luthiers com destaque internacional, top mesmo, competindo pau a pau, pois essa relação tocabilidade x horas de trabalho é usada na maioria das vezes dando preferência para a menor quantidade de tempo, em detrimento da tocabilidade. Porém, percebo também que não há assim, comumente, uma grande cobrança dos músicos, até mesmo músicos destacados nacionalmente, em relação à tocabilidade, que pra mim é o grande diferencial que um baixo pode ter a partir de um determinado nível de construção. Com isso, os luthiers meio que não dão o máximo para atingir este objetivo específico da tocabilidade, dando preferência para outros aspectos que também são importantes. Só que para mim a tocabilidade é o que distingue um instrumento de boutique, com qualidade própria para qualquer lugar do mundo. Olha que tem luthier que sabe desse conceito sobre a tocabilidade mas prefere não "perder tempo", e o músico acaba por pagar oo com pato tendo que comprar instrumento fora ou usando que só beneficiam o trabalho com menor quantidade de tempo (isso neste segmento de instrumentos de boutique).
Vejo em vários lugares que muitos músicos reclamam do preço dos instrumento Fodera, por exemplo. Cito o Fodera pois pra mim são instrumentos divisores de água. São caros, são bem construídos, seguem um padrão top de construção, tem um trabalho manual fora do normal, mas os Foderas tem tudo isso pois eles ralam muito, e cobram por isso. Eles poderiam montar uma fábrica bem maior do que a luthieria que eles possuem hoje, para zerar a fila de espera e aumentar a produção. Mas você acham que a qualidade ficaria mesma? Por isso que a hora de trabalho deles aumenta tanto o preço dos baixos, falo por experiência própria, um instrumento para chegar a esse nível é muito mais difícil mesmo. Compararia com o recorde dos 100 metros rasos, todos conseguem correr 100m, mas ter o recorde não é para qualquer um!
Isso também é um fato que o músico deve ficar atento. Um baixo bonito não quer dizer nada em relação à sua tocabilidade. Vejo muita gente colocando um braço em um corpo, ferragem, elétrica com som pronto, um top laminado de rádica italiana e vender como custom shop. Isso virou um forma de ganhar dinheiro, luthier primeiramente deve amar o que faz, ter uma boa habilidade manual, conhecer física, matemática, geometria (não academicamente, mas de uma forma aplicada à luthieria), conhecer sobre madeiras, ser músico, pesquisar muito, ter sensibilidade à beleza, ser perfeccionista e não ter medo do trabalho. Dinheiro é consequência.
allexcosta escreveu:Um instrumento com tocabilidade 95 já exigiria umas 80 horas de trabalho.
Essa relação é bem interessante, pois aqui no Brasil não tem essa tradição de luthiers com destaque internacional, top mesmo, competindo pau a pau, pois essa relação tocabilidade x horas de trabalho é usada na maioria das vezes dando preferência para a menor quantidade de tempo, em detrimento da tocabilidade. Porém, percebo também que não há assim, comumente, uma grande cobrança dos músicos, até mesmo músicos destacados nacionalmente, em relação à tocabilidade, que pra mim é o grande diferencial que um baixo pode ter a partir de um determinado nível de construção. Com isso, os luthiers meio que não dão o máximo para atingir este objetivo específico da tocabilidade, dando preferência para outros aspectos que também são importantes. Só que para mim a tocabilidade é o que distingue um instrumento de boutique, com qualidade própria para qualquer lugar do mundo. Olha que tem luthier que sabe desse conceito sobre a tocabilidade mas prefere não "perder tempo", e o músico acaba por pagar oo com pato tendo que comprar instrumento fora ou usando que só beneficiam o trabalho com menor quantidade de tempo (isso neste segmento de instrumentos de boutique).
allexcosta escreveu:Percebo que as discussões sobre valores de instrumentos muitas vezes são entremeadas por opiniões de quem não tem a mínima idéia de como é fabricado um instrumento musical.
Vejo em vários lugares que muitos músicos reclamam do preço dos instrumento Fodera, por exemplo. Cito o Fodera pois pra mim são instrumentos divisores de água. São caros, são bem construídos, seguem um padrão top de construção, tem um trabalho manual fora do normal, mas os Foderas tem tudo isso pois eles ralam muito, e cobram por isso. Eles poderiam montar uma fábrica bem maior do que a luthieria que eles possuem hoje, para zerar a fila de espera e aumentar a produção. Mas você acham que a qualidade ficaria mesma? Por isso que a hora de trabalho deles aumenta tanto o preço dos baixos, falo por experiência própria, um instrumento para chegar a esse nível é muito mais difícil mesmo. Compararia com o recorde dos 100 metros rasos, todos conseguem correr 100m, mas ter o recorde não é para qualquer um!
allexcosta escreveu:Outra coisa que acho interessante é a idéia de que um instrumento "cópia" ou "réplica" compartilhará algo além da estética com o instrumento original.
Isso também é um fato que o músico deve ficar atento. Um baixo bonito não quer dizer nada em relação à sua tocabilidade. Vejo muita gente colocando um braço em um corpo, ferragem, elétrica com som pronto, um top laminado de rádica italiana e vender como custom shop. Isso virou um forma de ganhar dinheiro, luthier primeiramente deve amar o que faz, ter uma boa habilidade manual, conhecer física, matemática, geometria (não academicamente, mas de uma forma aplicada à luthieria), conhecer sobre madeiras, ser músico, pesquisar muito, ter sensibilidade à beleza, ser perfeccionista e não ter medo do trabalho. Dinheiro é consequência.
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Jacimário - M.Laghus Custom Guitars - Mais que um instrumento, um M.Laghus - www.mlaghus.com
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Claudio Jardim escreveu:outra coisa que não sei se é um mito ou pode ser uma questão de adaptação do próprio instrumento ao músico, é a questão da tocabilidade ir melhorando com o tempo, será verdade isso?
Claudio, eu acho que não. Penso que o instrumento deve ter uma tocabilidade impecável, para que o músico, ao tocar pela primeira vez já sinta que o instrumento é um velho conhecido. E com o tempo o músico consigue ter sua melhor performance com o instrumento. Se sentindo confortável, acredito que o músico consiga se desenvolver com mais velocidade do que num instrumento que não "encaixa".
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
^
Mas e o fator madeira, tensão das cordas e pegada do músico não interferem no instrumento no dia-a-dia? Ou mesmo a forma como é guardado, a umidade do local?
Isso não vai gerando mudanças no instrumento, não estrutural mas onde ele vai reagindo aos fatores externos?
Sinto isso em instrumentos novos. ja tive uma experiência curiosa com uma guitarra Yamaha uma vez que estava ótima e quando o sujeito mandou regular mudou tanto que perdi o tesão nela e não comprei mais!!Rsss
Mas e o fator madeira, tensão das cordas e pegada do músico não interferem no instrumento no dia-a-dia? Ou mesmo a forma como é guardado, a umidade do local?
Isso não vai gerando mudanças no instrumento, não estrutural mas onde ele vai reagindo aos fatores externos?
Sinto isso em instrumentos novos. ja tive uma experiência curiosa com uma guitarra Yamaha uma vez que estava ótima e quando o sujeito mandou regular mudou tanto que perdi o tesão nela e não comprei mais!!Rsss
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Bom, como meu patamar financeiro é outro e de eu não ter praticamente nenhuma experiência prática como vocês têm, estou pensando em mudar meu baixo. Quando eu toquei em um Cruizer LB-70 by Crafter, aconteceu o que o Jacimário falou, de parecer que conheço há tempos. Infelizmente na época o estoque tinha acabado e a minha pressa em comprar o 1o baixo me fez levar um Strinberg CAB-16, que é um instrumento bem desconfortável para mim. Pensei que esse desconforto fosse "desaparecer" ao longo do tempo, mas continua sempre! Penso em passar o Strinberg para frente no final do ano e pegar outro baixo, seja ele qual for, de acordo com o CONFORTO, pois como toco apenas por hobbie, em estúdios e raramente gigs, acho que posso resolver o problema de timbre com captadores. Eu quero o maior conforto possível e um timbre razoável, já que sou baixa, tenho mãos muito pequenas e não tenho nenhum dom ou talento, nem muito menos um prodígio como o Pipoquinha. Sou um baixista medíocre que busca conforto. Talvez ache esse conforto em algum baixo por aí ou encomendar para um luthier. É isso.Jacimario escreveu:Claudio Jardim escreveu:outra coisa que não sei se é um mito ou pode ser uma questão de adaptação do próprio instrumento ao músico, é a questão da tocabilidade ir melhorando com o tempo, será verdade isso?
Claudio, eu acho que não. Penso que o instrumento deve ter uma tocabilidade impecável, para que o músico, ao tocar pela primeira vez já sinta que o instrumento é um velho conhecido. E com o tempo o músico consigue ter sua melhor performance com o instrumento. Se sentindo confortável, acredito que o músico consiga se desenvolver com mais velocidade do que num instrumento que não "encaixa".
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"Women and rhythm section first" (Jaco Pastorius).
Raissa- Membro
- Mensagens : 1604
Localização : Fortaleza
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
o que acontece é que muuuuuuuuuiiiiiiiittttooooss baixistas escolhem e usam determinados instrumentos com base no "status" que ele proporciona. Não se leva em consideração as horas gastas na produção ou o hardware agregado ao instrumento; essas coisas acabam sendo meio q a "cereja do bolo". Sei q eh um contra-senso mas é real. O timbre, a tocabilidade, a funcionalidade do instrumento acaba ficando para segundo plano, e colocam fatores como marca, status e até a cor do instrumento em primeiro plano. Uma bolsa de valores acaba se formando com as compras e vendas, e os instrumentos são valorizados ou não pelo seu valor de troca e não pelo seu valor de uso. Sad but true !!
SMR- Membro
- Mensagens : 834
Localização : Fortaleza CE
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Acho um pouco complicado falar de comforto e tocablidade e preço
cada instrumento tem caracteristicas unicas
o que seria comfortavel para um pode ser descomfortavel para outro
e para um musico o primeiro fator a ser levado em consideraçao é o som e depois o comforto
de nada me serve um baixo leve com um braço fino com cordas coladas se nao tiver som bom
comforto nao pode ser referencia a preço
é como eu me hospedar em um hotel com quarto e banheiro e uma cama comfortavel e pagar x pela estadia
outra coisa é eu me hospedar num hotel com uma cama gigante com quarto gigante com ante sala banheira de hidro e pagar 3 vezes mais
nao podemos confundir comforto com luxo
mesmo os fenders que sao produzidos com maquinas cnc no resultado final acabam com espessuras do braço diferentes
cada instrumento é unico em particularidades,tipo curvatura e espessura de braços,ja os corpos acabam padronizados(fenders)
eu nao caredito que horas de trabalho sejam referencia em qualidade
pois cada um tem o seu ritimo de trabalho e competencia no assunto
ja vi luthier entrastar braço rapidinho e deixar o braço bacana
como ja vi luthier gastar uma tarde inteira entrastando um braço e o serviço ficar meia boca
tudo isso tem que ser levado em consideraçao quanto ao assunto de horas trabalhadas em um instrumento
eu nao posso afirmar que o fodera é melhor que um outro luthier desconhecido só porque o fodera demora 120 horas de trabalho
e o luthier fabrica um instrumento tao bom ou melhor num periodo de 80 horas
ai vai da capacidade e competencia de cada profissional
nao estou falando sobre a competencia do vini ,só estou citando como exemplo eu nao sei nem quanto tempo leva para se fazer um fodera
falando em conforto eu sou o primeiro aqui no forum a levantar a bandeira no quesito sacrificar questoes de acabamento(pintura) e shape em pro da sonoridade
eu nao construo instrumentos eu só trabalhgo fazendo manutençao ,nao me considero um luthier
eu sempre busquei o porque de cada som
quando pego um jazz bass ou um outo modelo na mao que tem um mega som
eu analizo o baixo inteiro qual madeira foi usada qual sao os detalhes de shape tanto em corpo como em braço, materias eletricos ,pontes tarraxas,tudo o que possa influenciar no som
e o que sempre reparei é que os melhores baixos jazz bass que toquei tinham braços grossos fora do padrao coisa que a maioria abomina dizendo serem descomfortaveis
ja os baixos de braços finos comfortaveis sempre eram de sonoridade comum
nao toquei em nenhum baixo de braço fino que tivesse um mega timbre
som de baixo emcorpado
isso sao opinioes muito particulares eu tenho a minha referencia sonora de baixos e sei o som que quero
isso nao quer dizer que sou o dono da verdade
sao comentarios de um estudo particular em cima de muitos instrumentos
e todos os resultados sonoros que descobri tinham um sequencia logica onde um item fora do lugar ja estragava o instrumento
tipo um baixo de luthier com as caracteristicas de shape do braço ideais mas o posicionamento de caps e ponte fora do padrao resultando em um timbre estranho
tudo isso eu levo em consideraçao
cada instrumento tem caracteristicas unicas
o que seria comfortavel para um pode ser descomfortavel para outro
e para um musico o primeiro fator a ser levado em consideraçao é o som e depois o comforto
de nada me serve um baixo leve com um braço fino com cordas coladas se nao tiver som bom
comforto nao pode ser referencia a preço
é como eu me hospedar em um hotel com quarto e banheiro e uma cama comfortavel e pagar x pela estadia
outra coisa é eu me hospedar num hotel com uma cama gigante com quarto gigante com ante sala banheira de hidro e pagar 3 vezes mais
nao podemos confundir comforto com luxo
mesmo os fenders que sao produzidos com maquinas cnc no resultado final acabam com espessuras do braço diferentes
cada instrumento é unico em particularidades,tipo curvatura e espessura de braços,ja os corpos acabam padronizados(fenders)
eu nao caredito que horas de trabalho sejam referencia em qualidade
pois cada um tem o seu ritimo de trabalho e competencia no assunto
ja vi luthier entrastar braço rapidinho e deixar o braço bacana
como ja vi luthier gastar uma tarde inteira entrastando um braço e o serviço ficar meia boca
tudo isso tem que ser levado em consideraçao quanto ao assunto de horas trabalhadas em um instrumento
eu nao posso afirmar que o fodera é melhor que um outro luthier desconhecido só porque o fodera demora 120 horas de trabalho
e o luthier fabrica um instrumento tao bom ou melhor num periodo de 80 horas
ai vai da capacidade e competencia de cada profissional
nao estou falando sobre a competencia do vini ,só estou citando como exemplo eu nao sei nem quanto tempo leva para se fazer um fodera
falando em conforto eu sou o primeiro aqui no forum a levantar a bandeira no quesito sacrificar questoes de acabamento(pintura) e shape em pro da sonoridade
eu nao construo instrumentos eu só trabalhgo fazendo manutençao ,nao me considero um luthier
eu sempre busquei o porque de cada som
quando pego um jazz bass ou um outo modelo na mao que tem um mega som
eu analizo o baixo inteiro qual madeira foi usada qual sao os detalhes de shape tanto em corpo como em braço, materias eletricos ,pontes tarraxas,tudo o que possa influenciar no som
e o que sempre reparei é que os melhores baixos jazz bass que toquei tinham braços grossos fora do padrao coisa que a maioria abomina dizendo serem descomfortaveis
ja os baixos de braços finos comfortaveis sempre eram de sonoridade comum
nao toquei em nenhum baixo de braço fino que tivesse um mega timbre
som de baixo emcorpado
isso sao opinioes muito particulares eu tenho a minha referencia sonora de baixos e sei o som que quero
isso nao quer dizer que sou o dono da verdade
sao comentarios de um estudo particular em cima de muitos instrumentos
e todos os resultados sonoros que descobri tinham um sequencia logica onde um item fora do lugar ja estragava o instrumento
tipo um baixo de luthier com as caracteristicas de shape do braço ideais mas o posicionamento de caps e ponte fora do padrao resultando em um timbre estranho
tudo isso eu levo em consideraçao
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Sou da epoca em que baixo bom não precisava custar uma borboleta,que amplificador não era chaveiro
ct.colela- FCBR-CT
- Mensagens : 3398
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Olá ct.colera,
Também, concordo com que você diz em relação ao som do baixo, tanto que fabricamos nossos pré e captadores, para conseguir um som perfeito, já deixei de usar captadores consagrados pelo fato de não rolar a vibe do som vintage em um baixo moderno. Alex fez uma gravação do baixo Mlaghus moderno com 24 trastes,inteiriço, braço fino, corda baixa, quando coloca-se ele em passivo rola essa vibe, isso tb rola no modo ativo.
Também, concordo com que você diz em relação ao som do baixo, tanto que fabricamos nossos pré e captadores, para conseguir um som perfeito, já deixei de usar captadores consagrados pelo fato de não rolar a vibe do som vintage em um baixo moderno. Alex fez uma gravação do baixo Mlaghus moderno com 24 trastes,inteiriço, braço fino, corda baixa, quando coloca-se ele em passivo rola essa vibe, isso tb rola no modo ativo.
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Percebo que as discussões sobre valores de instrumentos muitas vezes são entremeadas por opiniões de quem não tem a mínima idéia de como é fabricado um instrumento musical. Outra coisa que acho interessante é a idéia de que um instrumento "cópia" ou "réplica" compartilhará algo além da estética com o instrumento original. Tocabilidade é algo que se atinge com conceitos intricados de luthieria, como conhecimento do comportamento das diversas madeiras em função do tempo e condições climáticas, como cálculos geométricos e trigonométricos, noções de física e habilidade manual acima da média.
Concordo.
Concordo.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Bem pessoal na minha humilde opnião eu acredito que som e tocabilidade são coisas que andam juntas, apesar de algumas vezes eu dar preferência ao som.
Por exemplo eu adquiri esses dias um Fender JB Fullerton Era do Jorgera, Jazz Bass é o som de baixo que eu sou fanático, então agora estou com esse Fender e um Washburn Americano XB920 que é um buta baixo, quem já tocou nesse baixo sabe do que to falando, é um baixo feito a mão não é como os outros Washburns.
Bem o que quero dizer é que tocando os dois da pra sentir claramente a diferença de tocabilidade entre o Washburn feito a mão e o Fender JB, no Washburn você toca com muito mais facilidade, mais macio, confortavel de tocar, algumas notas saem fácil.
Agora tenho a dizer que o som do Fender me encanta mais, isso porque o som do JB é o som que curto, mas não menosprezo o som do Washburn que também é excelente, mas enfim Jazz Bass é Jazz Bass e esse som me deixa louco quando escuto e quando toco.
Já toquei também em um Fodera que era do meu ex-professor, excelente tocabilidade, conforto, mas desculpem não é meu som, sei que não sou um baixista de referência pra dizer isso, mas é minha humilde opnião.
Enfim não critico os preços dos instrumentos, realmente tem seu valor, porém acredito que baixo não é só tocabilidade é som também, outra coisa que não ligo também é a aparência do baixo o importante é som que com a tocabilidade é sensacional.
Pra terminar não estou dizendo aqui que o trabalho do luthier de criar uma tocabilidade maior no instrumento seja indispensável, de forma nenhuma, eu mesmo sonho com instrumentos de luthier como Lakland, Alleva Coppolo entre outros que priorizam o som que eu gosto, som de Jazz Bass.
Por exemplo eu adquiri esses dias um Fender JB Fullerton Era do Jorgera, Jazz Bass é o som de baixo que eu sou fanático, então agora estou com esse Fender e um Washburn Americano XB920 que é um buta baixo, quem já tocou nesse baixo sabe do que to falando, é um baixo feito a mão não é como os outros Washburns.
Bem o que quero dizer é que tocando os dois da pra sentir claramente a diferença de tocabilidade entre o Washburn feito a mão e o Fender JB, no Washburn você toca com muito mais facilidade, mais macio, confortavel de tocar, algumas notas saem fácil.
Agora tenho a dizer que o som do Fender me encanta mais, isso porque o som do JB é o som que curto, mas não menosprezo o som do Washburn que também é excelente, mas enfim Jazz Bass é Jazz Bass e esse som me deixa louco quando escuto e quando toco.
Já toquei também em um Fodera que era do meu ex-professor, excelente tocabilidade, conforto, mas desculpem não é meu som, sei que não sou um baixista de referência pra dizer isso, mas é minha humilde opnião.
Enfim não critico os preços dos instrumentos, realmente tem seu valor, porém acredito que baixo não é só tocabilidade é som também, outra coisa que não ligo também é a aparência do baixo o importante é som que com a tocabilidade é sensacional.
Pra terminar não estou dizendo aqui que o trabalho do luthier de criar uma tocabilidade maior no instrumento seja indispensável, de forma nenhuma, eu mesmo sonho com instrumentos de luthier como Lakland, Alleva Coppolo entre outros que priorizam o som que eu gosto, som de Jazz Bass.
rogerbass- Membro
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Claudio Jardim escreveu:o lakland dj5 tem boa tocabilidade, apesar de ser feito em série
Mas não se engane, os baixos Lakland são o que são pelo trabalho que é feito em Chicago, muito minucioso por sinal...
Se não houvesse essa "finalização" dos baixos pelos mestres luthiers da Lakland os baixos Skyline seriam idênticos a qualquer Cort, pois são fabricados pela Cort na Indonésia... Mais uma vez a tocabilidade diferenciada que os Lakland tem passa por tempo de trabalho em cima do instrumento, no caso uma revisão detalhada humana e o uso de uma máquina caríssima, o Plek...
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Taí então a explicação, realmente o DJ5 meio que toca sozinho.
Mais que simplesmente "ser fácil de tocar" ele nos conduz a fazer coisas mais interessantes, o que é pra mim o mais importante em termos de Tocabilidade.
Anuncio aqui meu casamento definitivo com o DJ5.
Vou em busca de um lakland americano de 4 cordas agora.
Mais que simplesmente "ser fácil de tocar" ele nos conduz a fazer coisas mais interessantes, o que é pra mim o mais importante em termos de Tocabilidade.
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Claudio Jardim escreveu:Mais que simplesmente "ser fácil de tocar" ele nos conduz a fazer coisas mais interessantes, o que é pra mim o mais importante em termos de Tocabilidade.
Acho que esse é o ponto chave da questão...
As idéias musicais que a gente tem em um baixo melhor são mais complexas, mais intricadas. Você não sente que há uma barreira entre sua expressão como músico e o som que escuta. O instrumento bem construído te abre todo um leque artístico que às vezes você nem sabia existir...
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allexcosta- Administrador
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
allexcosta escreveu:Claudio Jardim escreveu:Mais que simplesmente "ser fácil de tocar" ele nos conduz a fazer coisas mais interessantes, o que é pra mim o mais importante em termos de Tocabilidade.
Acho que esse é o ponto chave da questão...
As idéias musicais que a gente tem em um baixo melhor são mais complexas, mais intricadas. Você não sente que há uma barreira entre sua expressão como músico e o som que escuta. O instrumento bem construído te abre todo um leque artístico que às vezes você nem sabia existir...
Nossa falou tudo... sinto muito isso quando toco no meu fender e no meu washburn... pra mim pela tocabilidade do fender ser mais agradável pra mim, é muito mais fácil criar algumas frases... acredito que a tocabilidade influência em uns 30% da performance do instrumentista (claro que um baixo não faz "milagres")
cvmoretti- Membro
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Olá cvmoretti
É isso que falo, é muito mais fácil criar algumas frases... , você pegar o baixo e sentir confiança, não ficar com medo de improvisar.
É isso que falo, é muito mais fácil criar algumas frases... , você pegar o baixo e sentir confiança, não ficar com medo de improvisar.
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
^Aqui no RJ, em meu trabalho de luthiería, vários de meus clientes, mormente os mais novos e menos experientes, são unânimes em observar isso, até mesmo com alguma surpresa. Os garotos (e mesmo caras mais experientes), às vezes ficam surpresos como, bem regulado, o instrumento fica mais fácil de tocar.
Por isso é que sempre digo e repito: Ao comprar um instrumento, leve a seu luthier imediatamente.
Por isso é que sempre digo e repito: Ao comprar um instrumento, leve a seu luthier imediatamente.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Uma observação em relação à tocabilidade X preço... acho meio difícil de mensurar a equação Preço X Tocabilidade, visto que cada instrumentista tem um estilo e um jeito de tocar diferente... já vi gente (eu inclusive) achar o condor BX-12 extremamente corfortável (um baixo extremamente barato e simples).
Creio que para se ter uma tocabilidade que digamos excelente, o baixista deve experimentar diversos baixos, diversas espessuras de braço, espaçamento de cordas e tbm inclusive achar a ação das cordas que mais te agrada...
agora uma dúvida... como que a madeira do braço e do corpo, podem atuar na tocabilidade do instrumento?
no meu ver os maiores fatores que influenciam na tocabilidade do instrumento são: Cordas, Espaçamento das Cordas, Espessura do Braço e o Corpo do baixo (influênciando mais a mão direita), trastes (desgaste das trastes, ação das cordas.
Existe algo mais na opinião de vcs, como madeiras, que influenciem exclusivamente na tocabilidade?
Creio que para se ter uma tocabilidade que digamos excelente, o baixista deve experimentar diversos baixos, diversas espessuras de braço, espaçamento de cordas e tbm inclusive achar a ação das cordas que mais te agrada...
agora uma dúvida... como que a madeira do braço e do corpo, podem atuar na tocabilidade do instrumento?
no meu ver os maiores fatores que influenciam na tocabilidade do instrumento são: Cordas, Espaçamento das Cordas, Espessura do Braço e o Corpo do baixo (influênciando mais a mão direita), trastes (desgaste das trastes, ação das cordas.
Existe algo mais na opinião de vcs, como madeiras, que influenciem exclusivamente na tocabilidade?
cvmoretti- Membro
- Mensagens : 716
Localização : Campinas
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
cvmoretti escreveu:Existe algo mais na opinião de vcs, como madeiras, que influenciem exclusivamente na tocabilidade?
Já tocou em um braço de wenge? Já tocou em um baixo que tinha escala levemente torcida pela escolha errada das madeiras e/ou colagem? Já tocou em algum baixo com corpo leve demais e braço pesado?
Tudo isso é escolha das madeiras influenciando a tocabilidade...
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allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
allexcosta escreveu:cvmoretti escreveu:Existe algo mais na opinião de vcs, como madeiras, que influenciem exclusivamente na tocabilidade?
Já tocou em um braço de wenge? Já tocou em um baixo que tinha escala levemente torcida pela escolha errada das madeiras e/ou colagem? Já tocou em algum baixo com corpo leve demais e braço pesado?
Tudo isso é escolha das madeiras influenciando a tocabilidade...
Entendi aí também já vai de encontro com a durabilidade do instrumento e o famoso neckdive!
Valeu Allex ajudou muito!
cvmoretti- Membro
- Mensagens : 716
Localização : Campinas
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Nossa, esse tópico é muito bom.
Eu particularmente valorizo muito o profissional (luthier) que consegue fazer instrumentos excelentes e acho que esse luthier ou fábrica pode cobrar o preço que achar que tem que cobrar.
Mas também sou da opinião, que independente do preço e da qualidade superior de construção do instrumento cada músico se adaptará a um determinado contra-baixo, seja qual for o modelo ou marca ou mesmo o tipo do material e a forma como foi construído. Pra mim tudo depende do músico e do que ele quer ou vai expressar.
Por issó sou da opinião de que não existem instrumentos melhores que os outros numa percepção ampla, tudo dependendo do que o músico precisa para se expressar como artista.
Só acho também que o músico deve saber regular seus instrumentos, pelo menos no que se refere a altura das cordas, regulagem do tirante e oitavas, para deixar seu instrumento regulado de acordo com a sua pegada. Para reparos sempre procurar um luthier!
Eu particularmente valorizo muito o profissional (luthier) que consegue fazer instrumentos excelentes e acho que esse luthier ou fábrica pode cobrar o preço que achar que tem que cobrar.
Mas também sou da opinião, que independente do preço e da qualidade superior de construção do instrumento cada músico se adaptará a um determinado contra-baixo, seja qual for o modelo ou marca ou mesmo o tipo do material e a forma como foi construído. Pra mim tudo depende do músico e do que ele quer ou vai expressar.
Por issó sou da opinião de que não existem instrumentos melhores que os outros numa percepção ampla, tudo dependendo do que o músico precisa para se expressar como artista.
Só acho também que o músico deve saber regular seus instrumentos, pelo menos no que se refere a altura das cordas, regulagem do tirante e oitavas, para deixar seu instrumento regulado de acordo com a sua pegada. Para reparos sempre procurar um luthier!
clabass- Membro
- Mensagens : 126
Localização : MInas
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Acho que o grande lance é aliar uma ação baixa com um punch ideal.
Geralmente quando as cordas vão chegando perto do braço o som vai ficando mais peidado. Principalmente no Slap, alguns baixos conseguem uma ação bem baixa mantendo um sonzão.
Geralmente quando as cordas vão chegando perto do braço o som vai ficando mais peidado. Principalmente no Slap, alguns baixos conseguem uma ação bem baixa mantendo um sonzão.
Fabio Linhares- Membro
- Mensagens : 1209
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Fabio Linhares escreveu:Acho que o grande lance é aliar uma ação baixa com um punch ideal.
Geralmente quando as cordas vão chegando perto do braço o som vai ficando mais peidado. Principalmente no Slap, alguns baixos conseguem uma ação bem baixa mantendo um sonzão.
Isso tem a ver com construção do baixo, quanto melhor ela for, perde-se menos punch quando as cordas estão baixas sem dar buzz.
____________________________
Jacimário - M.Laghus Custom Guitars - Mais que um instrumento, um M.Laghus - www.mlaghus.com
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
o que seria dar buzz?
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
^ Trastejar.
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"Women and rhythm section first" (Jaco Pastorius).
Raissa- Membro
- Mensagens : 1604
Localização : Fortaleza
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Neste caso em especifico então, a troca apenas do braço feito por um luthier segundo as necessidades do musico em especifico solucionaria esta perca certo?
Agora so dando um olhar leigo, não vou falar de fodera pois so vi em fotos e videos, e o que vejo de videos me indicam que é um som bem diferente do que eu sempre curti em um baixo. Acho que é um baixo que tem som de jazz. Por não ser um estilo que me facina, também não me encantou.
Agora ja que se colocou em tese valores.
Um fodera supera facilmente R$ 25.000,00
Agora se você procura um baixo X que custou em media de R$ 1.000,00 ate R$ 2.000,00 mais que agradou em muitos quesitos o musico e em poucos desagradou.
Com um bom investimento em hardware ou até mesmo em uma troca de um braço e o olhar atento de um bom luthier este baixo acanse o ideal deste musico. O que ele esperava do som que quer fazer. Bom digamos que ele gastou mais R$ 2.000,00
ainda assim ele não gastou zilhões em marcas famosas que mesmo sendo exelente talvez nem o satisfassa.
Ai ainda alguns diria bom mais com este valor X agora vc poderia pegar um outro instrumento melhor.
Ai volto a dizer e este instrumento supostamente "melhor" será que vai satisfazer o musico por completo?
Bom falei toda esta ladainha apenas para dizer que isso tudo é muito relativo e para dizer que o preço alto que voce pode pagar podendo ou até mesmo se sacrificando como é um caso de alguns, pode ser garantia de um instrumento fora do normal e mesmo assim não satisfazer a todos, até porque normalmente os grandes luthier cagam para o interesse particular.
Tive uma esperiência dessas solicitando um projeto particular para o D'mark e ele dizer que isso não era interessante pra ele.
Dai peguei o dinheiro mudei de carro e comprei um baixo barato.
Ja que eu ia pagar um valor alto para um luthier e ele faria o que quisesse iguinorando as minhas necessidades.
Agora so dando um olhar leigo, não vou falar de fodera pois so vi em fotos e videos, e o que vejo de videos me indicam que é um som bem diferente do que eu sempre curti em um baixo. Acho que é um baixo que tem som de jazz. Por não ser um estilo que me facina, também não me encantou.
Agora ja que se colocou em tese valores.
Um fodera supera facilmente R$ 25.000,00
Agora se você procura um baixo X que custou em media de R$ 1.000,00 ate R$ 2.000,00 mais que agradou em muitos quesitos o musico e em poucos desagradou.
Com um bom investimento em hardware ou até mesmo em uma troca de um braço e o olhar atento de um bom luthier este baixo acanse o ideal deste musico. O que ele esperava do som que quer fazer. Bom digamos que ele gastou mais R$ 2.000,00
ainda assim ele não gastou zilhões em marcas famosas que mesmo sendo exelente talvez nem o satisfassa.
Ai ainda alguns diria bom mais com este valor X agora vc poderia pegar um outro instrumento melhor.
Ai volto a dizer e este instrumento supostamente "melhor" será que vai satisfazer o musico por completo?
Bom falei toda esta ladainha apenas para dizer que isso tudo é muito relativo e para dizer que o preço alto que voce pode pagar podendo ou até mesmo se sacrificando como é um caso de alguns, pode ser garantia de um instrumento fora do normal e mesmo assim não satisfazer a todos, até porque normalmente os grandes luthier cagam para o interesse particular.
Tive uma esperiência dessas solicitando um projeto particular para o D'mark e ele dizer que isso não era interessante pra ele.
Dai peguei o dinheiro mudei de carro e comprei um baixo barato.
Ja que eu ia pagar um valor alto para um luthier e ele faria o que quisesse iguinorando as minhas necessidades.
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Lobo Bassman
lobo bassman- Membro
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Na boa lobo bassman, você procurou o luthier errado! Ainda bem que optou por mudar de carro.
CristianoOliveira- Membro
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Da uma olhada ve se conhece ele é muito conceituado.
http://www.dmarkguitars.com/
mais o que quis dizer não foi isso.
http://www.dmarkguitars.com/
mais o que quis dizer não foi isso.
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Lobo Bassman
lobo bassman- Membro
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Localização : campo grande MS Brasil
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Belo tópico.
Acho que essa questão não é exata. São conceitos muito relativos, existem preferencias que serão tomadas como quesitos para julgar a tocabilidade. Por exemplo um cara que gosta de braço fino vai adorar o meu schecter, que é um instumento médio. Ja um baixista mais "pedreiro" vai preferir um baixo com braço mais grosso e com cordas mais alltas.
O ponto que quero chegar é que, eu acredito que um baixista vai se sentir confortável com um baixo que tenha um projeto combinado com seu gosto. Acho que mais importante do que a execução de um projeto é a escolha do modelo que o baixista vai comprar.
No meu caso, eu sou um baixista médio forte, toco em um music man de 6 com a ação média, e cordas 0.45. Nesse caso eu consigo me adaptar a baixos "leves"e "pesados". Posso tocar em baixos com cordas mais juntas ou separadas. Enfim, da para acostumar com uma semaninha de estudo no baixo. Ai nesse caso deixo minha prioridade para o timbre.
Acho que essa questão não é exata. São conceitos muito relativos, existem preferencias que serão tomadas como quesitos para julgar a tocabilidade. Por exemplo um cara que gosta de braço fino vai adorar o meu schecter, que é um instumento médio. Ja um baixista mais "pedreiro" vai preferir um baixo com braço mais grosso e com cordas mais alltas.
O ponto que quero chegar é que, eu acredito que um baixista vai se sentir confortável com um baixo que tenha um projeto combinado com seu gosto. Acho que mais importante do que a execução de um projeto é a escolha do modelo que o baixista vai comprar.
No meu caso, eu sou um baixista médio forte, toco em um music man de 6 com a ação média, e cordas 0.45. Nesse caso eu consigo me adaptar a baixos "leves"e "pesados". Posso tocar em baixos com cordas mais juntas ou separadas. Enfim, da para acostumar com uma semaninha de estudo no baixo. Ai nesse caso deixo minha prioridade para o timbre.
Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
Renato Leite escreveu:Belo tópico.
Acho que essa questão não é exata. São conceitos muito relativos, existem preferencias que serão tomadas como quesitos para julgar a tocabilidade. Por exemplo um cara que gosta de braço fino vai adorar o meu schecter, que é um instumento médio. Ja um baixista mais "pedreiro" vai preferir um baixo com braço mais grosso e com cordas mais alltas.
O ponto que quero chegar é que, eu acredito que um baixista vai se sentir confortável com um baixo que tenha um projeto combinado com seu gosto. Acho que mais importante do que a execução de um projeto é a escolha do modelo que o baixista vai comprar.
No meu caso, eu sou um baixista médio forte, toco em um music man de 6 com a ação média, e cordas 0.45. Nesse caso eu consigo me adaptar a baixos "leves"e "pesados". Posso tocar em baixos com cordas mais juntas ou separadas. Enfim, da para acostumar com uma semaninha de estudo no baixo. Ai nesse caso deixo minha prioridade para o timbre.
Acho que espessura do braço não tem nada a ver com tocabilidade! sendo grosso ou fino podem ter ou não tocabilidade, mas deixa os entendidos no assunto opinarem.
CristianoOliveira- Membro
- Mensagens : 63
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
O que quero dizer é que um cara que gosta de braço fino jamais vai achar um baixo com braço grosso confortável, mesmo que ele tenha a melhor tocabilidade do mundo. Isso destrói qualquer parâmetro de comparação, porque as preferências pessoais vão se sobrepor à precisão desse conceito.
lobo bassman- Membro
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Re: Tocabilidade e preço - vamos conversar
allexcosta escreveu:As idéias musicais que a gente tem em um baixo melhor são mais complexas, mais intricadas. Você não sente que há uma barreira entre sua expressão como músico e o som que escuta. O instrumento bem construído te abre todo um leque artístico que às vezes você nem sabia existir...
perfeito! sinto o mesmo quando eu pego o meu WW em comparação com o meu strinberg ou com o tagima...
Diegobass- Membro
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