Fender "relic" ou "vintage" Basses

Desde que vi, pela primeira vez, a foto de um Fender bem antigo, eu fiquei de "queixo caído"...quanta história, quantas músicas, quanta emoção...
Para mim, um Fender novo, por melhor que seja, é um baixo como outro que foi feito com o mesmo ou maior esmero. Conhecemos marcas como Lakland, Celinder, Alleva Coppollo, Sadowsky, etc. Não sinto pela marca Fender, aquela fissura que leio em alguns comentários por aqui, e que são válidos - não discuto isto, é gosto, é experiência, é amor, é o "mito".
Mas estes antigos...

Convido a todos que amam estes instrumentos, a postar sua(s) foto(s) predileta(s) e compartilhar suas emoções conosco. Aqueles, que por sua vez não sentem nada, compartilhem, também, sua opinião.

Começo, portanto:

Eu fico pensando por onde esses instrumentos andaram, por quais mãos passaram, o que tocaram........

esse relic

ta mim ta mais lixao bass eheheh

eu sou adepte do instrumento intacto sem nem um risco ...

já to sofrendo antecipadamente já que meu M.Laghus terá um acabamento Relic....

eu sou adepte do instrumento intacto sem nem um risco ...

Eu sei bem o que é isso J adalberto....heuhueuheuhue

Eu tenho um Corvette Std e é mto estranho imaginar ele bem surrado e com relics.....heuhueuhueuhuehe

Não gosto de instrumento com aparência de velho, sujo e mal cuidado, e por mais história que possa trazer, não me iludo com isto, nem nunca pagaria uma fortuna num baixo detonado, que inclusive pode ser sinal de não ter sido bem cuidado e haver problemas decorrentes disto, prefiro instrumento 0Km, com história por fazer, definitivamente é melhor olhar para o futuro do que viver do passado...

[img][/img][img][/img][img][/img][img][/img]

Estou com um RW ejá sinto o gostinho de ter um instrumento "surrado" em mãos. Imagine um verdadeiro Relic...

Meu JB 1967 com tarrachas bola

Eu não sou o maior dos fãs da Fender, mas admito que um instrumento surrado desses tem uma aura que eu aprecio imensamente.

Como amante também de relic/vintage, ai vai minha contribuição....

Esses baixos velhos ai... São apenas baixos velhos!
Certo?
Mas é ai é que está a coisa toda! São como vinhos: mais velhos, melhores!

Mas não tenho fissura em relic que não seja feito ao longo do tempo! Baixo zero bala já envelhido de fábrica não fazem a minha cabeça não!

Maurício_Expressão escreveu:Esses baixos velhos ai... São apenas baixos velhos!
Certo?
Mas é ai é que está a coisa toda! São como vinhos: mais velhos, melhores!

Mas não tenho fissura em relic que não seja feito ao longo do tempo! Baixo zero bala já envelhido de fábrica não fazem a minha cabeça não!

^ 2

^^ 3. Mesmo quando é bem feito, também não faz minha cabeça.
Para quem não conhece o processo "artificial", veja aqui:
https://www.contrabaixobr.com/t19956-marlowedk-signature-bass-the-making-of-part-1-2-e-3

Mais dois exemplos:

Gosto é gosto, né, mas acredito que o mais bacana de ter um baixo velho e surrado é a história que você passou junto com ele. Os tombos que você tomou, as intempéries que passou, os altos e baixos que fizeram dele um companheiro de todas as horas. O que pra muitos era apenas um instrumento, um objeto, pra você se tornou parte de sua vida e história. Acho que esse e o grande lance de possuir um baixo velho, surrado, mas que você nunca se desfez dele e que te acompanhou em seus melhores e piores momentos musicais...

Tenho dois baixos que não estão surrados, pois eu cuido como filhos, não vendo, não empresto, não dou, não alugo e não troco e cada pequena marquinha neles eu sei contar como e o que aconteceu. Foram e ainda são meus companheiros de musica. Estão comigo há + ou - 13 anos, época em que ainda era solteiro, não tinha filhos... Ou seja, estão comigo há mais tempo que minha própria família, hehehe, e com certeza já fazem parte dela... hehehe

Maurício_Expressão escreveu: São como vinhos: mais velhos, melhores!

Não são não! Vinhos ficam na adega e dentro da garrafa, bem protegidos, longe de quaisquer fator externo que possa alterar sua composição. O que é situação bem diferente da desses baixos velhos aí, todos detonados.

Uma melhor comparação seria com carros antigos. Os que estão caindo aos pedaços não tem valor nenhum, já os que foram bem cuidados ao longo dos anos, que possuem baixa kilometragem, pintura original muito bem conservada, enfim peças de colecionadores que os selecionaram para serem bem cuidados, esses sim são dignos de admiração.

subgrave escreveu:

Maurício_Expressão escreveu: São como vinhos: mais velhos, melhores!

Não são não! Vinhos ficam na adega e dentro da garrafa, bem protegidos, longe de quaisquer fator externo que possa alterar sua composição. O que é situação bem diferente da desses baixos velhos aí, todos detonados.

Uma melhor comparação seria com carros antigos. Os que estão caindo aos pedaços não tem valor nenhum, já os que foram bem cuidados ao longo dos anos, que possuem baixa kilometragem, pintura original muito bem conservada, enfim peças de colecionadores que os selecionaram para serem bem cuidados, esses sim são dignos de admiração.

Só esqueceu de um "PEQUENO DETALHE" na sua analogia: o metal e borrachas dos carros não vão melhorando com o passar do tempo, como a madeira de um instrumento.

^e vc esqueceu que um instrumento musical NÃO É FEITO SÓ DE MADEIRA, temos as taraxas, ponte, trastes, nut, captadores, parte elétrica, tensor, pintura... partes que deveriam ser bem cuidadas inclusive para garantir a integridade da madeira e do instrumento como um todo!

subgrave escreveu:^e vc esqueceu que um instrumento musical NÃO É FEITO SÓ DE MADEIRA, temos as taraxas, ponte, trastes, nut, captadores, parte elétrica, tensor, pintura... partes que deveriam ser bem cuidadas inclusive para garantir a integridade da madeira e do instrumento como um todo!

Você confunde ação do tempo com mal trato do instrumento...
Imagine quanto deve valer, para você, um violino stradivarius com 300 anos de vida.
No máximo, uns 5 centavos.

Tem fotos legais, e tem fotos que dão pena.

Os instrumentos mais detonados não são apenas envelhecidos, são surrados mesmo. Não vejo como um baixo possa ficar tão destruído (e a palavra é essa mesmo) quando usado normalmente, ainda que MUITO usado.

Acho normal um baixo antigo ter marcas de batidas e arranhados, e alguma ferrugem nas partes metálicas. Mas pra que o Jazz da terceira foto, e aquele primeiro Precision 51, ficassem gastos desse jeito "naturalmente", só se os donos suassem ácido clorídrico.

E aquele Precision do post do BigBoy? O dono deve ter o sovaco com pH 0,1, ou então tem uma esponja de aço em lugar de pêlos!

Você está exagerando nas escalas, mas está certo no princípio. Lembre-se que o pH do suor de uma pessoa pode variar do ácido ao básico, a depender de vários fatores, incluindo a própria alimentação.

Em uma pesquisa rápida aqui no Google, vi que o pH pode chegar a 3,0 - o que representa um nível de acidez maior do que o de alguns ácidos comuns.
Imagine isso ao longo de 30 anos... ou 60 anos, no caso do Precision.

sso não implica em descaso, necessariamente, como voce e o outro colega sugerem nos posts, nem perda da qualidade sonora do instrumento. Ao meu ver, a maturação e ação do tempo nas madeiras tem muito mais pontos positivos do que negativos, considerando um instrumento bem cuidado.

Só pra constar, um dos músicos MAIS CUIDADOSOS com seus intrumentos que eu já conheci (é guitarrista) tem uma Gibson Custom Shop linda, há uns 5 anos usando-a com frequencia, e tratando com todo o carinho e zelo do mundo.

Essa guitarra já tem uma mancha esverdeada
(do tamanho de uma laranja) de oxidação na curva superior do corpo, que é gold top.

Isso com apenas 5 anos de uso e MUITO ZELO.

CaQuinhO escreveu: Ao meu ver, a maturação e ação do tempo nas madeiras tem muito mais pontos positivos do que negativos, considerando um instrumento bem cuidado.

Instrumento bem cuidado aí e outra coisa, é importante fazer essa diferença, tem muito baixo detonado por aí que andam pedido os olhos da cara sob o pretexto da antiguidade...

Enfim, alguém sabe explicar aí o que acontece com as madeiras antigas para melhorar a sonoridade?

isso me lembra esse tópico: https://www.contrabaixobr.com/t2148p50-relic-voce-pagaria-a-mais-por-isso

meu vizinho tem uma caravam toda relicada!

Pra mim não dá pra não pirar neste baixo



Quem sabe um dia, ao menos um Nash nessa linha.

subgrave escreveu:Enfim, alguém sabe explicar aí o que acontece com as madeiras antigas para melhorar a sonoridade?

Madeiras antigas são mais secas e mecanicamente mais estáveis.

Se isso influencia no som de instrumentos maciços ninguém sabe ao certo.

Confesso que não tenho fetiche por instrumentos antigos, principalmente detonados. Para um Museu do contrabaixo sou a favor de pecas bem conservadas, para se ter uma idéia de como eram. Instrumento detonado acho que tem valor se for para contar a história do músico que o usou como a guitarra queimada do Hendrix.

E confesso que adoro carros antigos brilhando de novo... Na exposicao! Nada com um carro moderno e confortavel pra rodar!

allexcosta escreveu:

subgrave escreveu:Enfim, alguém sabe explicar aí o que acontece com as madeiras antigas para melhorar a sonoridade?

Madeiras antigas são mais secas e mecanicamente mais estáveis.

Se isso influencia no som de instrumentos maciços ninguém sabe ao certo.

Uns dizem que sim, outros, que não. Eu sou um dos que "percebe" essa "melhoría". Acho que a maioría dos luthiers também acha isso.
Não curto instrumentos detonados, e observo claramente que a "onda" de instrumentos tipo "relic" de fábrica é na verdade uma jogada mercadológica. Agora, um instrumento antigo, "vintage", limpo e bem cuidado já é outra coisa...

Segue minha contribuição.
Precision 1975.

Este último precision preto...aí sim, está com cara de "relic" de verdade.

sso não implica em descaso, necessariamente, como voce e o outro colega sugerem nos posts, nem perda da qualidade sonora do instrumento. Ao meu ver, a maturação e ação do tempo nas madeiras tem muito mais pontos positivos do que negativos, considerando um instrumento bem cuidado.

Ação do tempo na madeira é uma coisa.
Destruição é outra. heheh.

Vc disse tudo no último período: "considerando um instrumento bem cuidado".

Isso, pra mim, é descaso mesmo...



Mas cada um na sua!
Heheh.

pra mim instrumento relic (os arranhados em demasia, não os de desgaste natural do tempo) é sinal de relaxamento, desleixo...

como ja foi dito, eu também acho muito bonito um instrumento bem usado, marcado pelo tempo, mas eu acho que por mais que seja usado não chega a perder toda a pintura como nesse JB acima.
É bonito a marca do tempo, não a marca do homem.

eu vejo um instrumento bem antigo como uma pessoa bem antiga que tem muita experiência a nos mostrar.

um fender como esse do Claudio Jardim, não vi o corpo, mas parece ser desgastado pelo tempo, sinto até um respeito por ele como se fosse um Sr.(a) bem de idade.

Meu primeiro baixo foi um Fender 78 (foto) que comprei de uma banda de baile. O baixo estava muito detonado, os captadores originais não funcionavam, o braço todo desgastado e esverdeado. Na época tinha uns 16 anos, morava no interior e não entendia/sabia nada sobre o universo vintage. Dei uma reformada nele e gostava muito do som, da pegada. Mas acabei vendendo. Depois me deu um arrependimento danado. Vivia entrando em contato com o cara que vendi afim de comprar o baixo de novo mas o cara não vende esse baixo nem por reza. Fiquei anos procurando por um baixo pelos menos da mesma época. Tive a oportunidade de comprar o Fender 77 do Alex Costa. Já fazem uns 12 anos que vendi o meu Fender 78 e quando toquei no 77 foi uma experiencia muito boa. Ele é praticamente idêntico ao que eu tinha, braço, tocabilidade e até o peso pelo que eu me lembre.
Já tive vários modelos Fender mais novos mas os antigos me emocionam mais. Acho um p*#*¨ baixo. Para quem busca a sonoridade Fender.

Tarcísio Caetano escreveu:
Para mim, um Fender novo, por melhor que seja, é um baixo como outro que foi feito com o mesmo ou maior esmero.

Sem polemica mas nao é bem assim. Depende da linha: se for um Custom Shop o papo muda.
Na epoca do Leo Fender, os instrumentos eram feitos tambem em escala industrial. Se voce pega alguns instrumentos pré-CBS, vai ver varios defeitos (nao em todos, obvio). Hoje a linha standard ha uma otima qualidade. Certo se voce quizer o "top" tem que pegar um Custom Shop.

Minha contribuição:

















O mais belo de todos (mesma cor que o meu)

Pessoal, já ouvi falar que a pintura dos instrumentos novos é bem diferente da pintura dos instrumentos de décadas atrás, e por conta disso não sofrerão tanto desgaste, consequentemente daqui a uns anos não ficarão com esse aspecto vintage. Isso é verdade?

^
Sim, a pintura em nitro "envelhece" mais.