Fender vintage

Vejo anúncios de Fender antigo na maioria das vezes até o ano de 78, raramente vejo um Fender 79, alguém sabe me dizer o motivo? Vintage é até 78?

O termo vintage surgiu com os colecionadores de carros antigos nos Estados Unidos, quando estes queriam designar carros com mais de 20 anos e de interesse para colecionadores. Logo o termo foi importado por outros setores de coleções chegando até o mercado de guitarras usadas.
Uma guitarra é considerada vintage quando ela tem mais de 20 anos e tem algum apelo que a torne colecionável. Normalmente as guitarras antigas são muito bem feitas, com madeiras selecionadas ( na época não havia restrição ao comércio de madeira que há hoje ) e com acabamento espetacular . Tudo isso aliado ao fato de que com o passar dos anos a madeira vai secando cada vez mais , faz com que uma guitarra vintage tenha um som incrível e inatingível se comparado com uma guitarra moderna. Essa combinação de fatores , ou seja , construção exemplar , som perfeito , modelos originais , mais de vinte anos , poucos exemplares , tornam as guitarras vintage muito valorizadas no mundo inteiro.
O maior mercado de guitarras vintage do mundo é o Norte Americano , mas elas são muito valorizadas e consideradas como dinheiro liquido na maior parte do mundo.
A maior dificuldade hoje em dia é a identificação de cada instrumento e sua avaliação , mesmo porque , existem muitas cópias e re-edições dos modelos mais famosos e valorizados. Através do site tentaremos ajudá-los a esclarecer essas e outras dúvidas, bem com deixá-los ao par sobre novidades e eventos que envolvam guitarras no Brasil.

texto extraído do site:http://www.vintageguitar.com.br/index.shtml

Apenas a título de curiosidade, o termo vintage tem origem mesmo na enologia, referente a safras excepcionais de vinhos. Somente mais tarde é que o termo foi adotado pelos colecionadores de carros e depois por outros setores.

Tb não sei se não há Jazz Bass de 1979. Precision tem aos montes, dei uma pesquisada no site gbase.com e só vi precisions.

Obrigado Luiz!! Andre, existir 79 eu sei que existe, mas vejo muito poucos em anúncios. Imagino que um jazz bass 80 não tem o mesmo valor de um 78, estou certo?

Pelo que sei de história da Fender, de 1979 a 1982 foi a fase negra da Fender, marcada por uma queda de qualidade e dificuldade de competir com outros fabricantes, principalmente os japoneses. Foi a época em que estes (japoneses) deixaram de ser meros copiadores de designs consagrados para serem fabricantes de instrumentos de qualidade profissional. Em 1983 a Fender simplificou a linha de instrumentos e investiu em qualidade, com o lançamento da linha reissue (reedições). Mas quem sabe tudo sobre a história da Fender é o Maurício, daqui a pouco ele aparece por aqui e nos dá uma aula.

Àureo,

O Alex, e outros com mais noção da linha fender pode esclarecer melhor, mas depende de modelo para modelo, origem de fabricação, estado geral , etc...

http://bass.forumeiros.com/historia-e-curiosidades-f11/historia-de-um-mito-fender-jazz-bass-t196.htm

o link ativo para download e esse:
http://www.4shared.com/get/PwdfGb8w/Fender_Jazz_Bass_ao_longo_dos_.html

http://www.jazzbass.it/fender.html

Oi Luiz, dando uma pesquisada no Fórum, li que Vintage é só até 1966, e descobri também que do ano de 1980 a 1982 os Fenders tiveram uma grande queda na qualidade de fabricação. Tem muita informação boa aqui no Fórum, todos estão de parabéns!!! Abração!

^ Até 1966 são os Fenders pré-CBS. Acho que vintage é qualquer instrumento com mais de 20 anos, me corrijam se eu estiver errado.

Lucas, no caso da Fender, realmente são Vintage os baixos pré-CBS (ou seja, até 1966).
Pelo visto o Áureo Lopes já pesquisou bastante e já manjou da resposta.

Mas uma coisa interessante a se dizer é que em 1978 foram feitos muitos mais braços (Serial Number S8 xxxxx) que corpos.
Aliás é uma época difícil para a Fender arranjar alder para fazer corpos e grande quantidade de corpos de Jazz Bass foram feitos em ash.
Dai a fama desses baixos S8 xxxx serem extremamente pesados. Seus corpos eram de ash.
Esses braços foram usados até 1983. Portanto, ter menos S9 xxxx, não significa que não foram fabricados baixos em 1979, significa que grande parte dos baixos de 1979 tem Serial Number S8 xxxx e todo mundo acha que é 1978, quando na realidade pode ser de 1978 a 1983.

E mais um pouco de cultura inútil: o único ano que não foram fabricados baixos Fender foi em 1986. Portanto não pode existir baixo Fender com Serial Number E6 xxxxx.

Oi Maurício, muitas das informações que consegui aqui, devo a você, seu trabalho investigativo me ajudou muito!! A propósito, já tive um JB 78, era um chumbo nas costas!!!

LucasLermen escreveu:^ Até 1966 são os Fenders pré-CBS. Acho que vintage é qualquer instrumento com mais de 20 anos, me corrijam se eu estiver errado.

Na verdade a Fender foi vendida em meados de 1965 e os pré-CBS são aqueles que tem serial L.
Eu aprendi que instrumentos vintage são aqueles cujo preço começa a subir, depois da fase natural de declínio, portanto um Warwick 94 ou um Sadowsky 92 podem ser chamados de Vintage, já um Jennifer 79 não pode.
O termo também é usado para definir uma qualidade especial, fora do comum. Um Fender Fullerton 83 é Vintage, mas um 1985 já feito na nova fábrica não é.

^ Valeu Allex, acho que faz mais sentido esse teu ponto de vista mesmo.

For most collectors, pre-CBS (pre-1966) Fender vintage guitars and amps are the desirable ones. Although CBS purchased Fender (officially) on January 3rd 1965, it took some time till the guitars changed (though by mid 1964, six months before CBS bought Fender, things were already "on the way down"). By the end of 1965, the general look and feel of the Fender guitars had changed significantly. All collectors feel the quality of their instruments and amps suffered as CBS employed more "mass production" manufacturing processes to the Fender guitars. The "large peghead" (starting in late 1965) as used on the Fender Stratocaster was one example of the (bad) changes to come. The "custom contoured" bodies Fender was famous for no longer were as sculped and sleek. Newer (and less attractive) plastics were used for the pickguards. Pearl fingerboard inlays replaced the original "clay" dots. Indian rosewood replaced the beautifully figured Brazilian rosewood on the fingerboards. And by 1968, polyurathane replaced the original nitrocellulose lacquer that was used from Fender's conception. By early 1971 the party was truely over. Fender now employed the infamous "3 bolt neck" and one piece die cast bridge on the Strat, ruining it's tone and feel. Many other models suffered the same miserable fate of being over mass-produced and cheapened by corporate zealots.
Because of this, Fender's most innocent era of the 1950's is their most collectible. This decade produced guitars with one-piece maple necks, single layer pickguards, thin "spaghetti" logos, and tweed cases that seem to capture collectors the most.

The early 1960's Fenders with "slab" rosewood fingerboards are also collectible, but not to the extent of the earlier 1950's maple-neck era. Of the rosewood fingerboard models, the "slab" fingerboard (1958/mid-1959 to August 1962) variants are more desirable than the "veener" fingerboard (August 1962 and later) pre-CBS models. The "transistion" era (late summer 1964 to December 1965) are the least collectible of the pre-CBS models. This era is known as a "transition" because later summer 1964 to December 1965 was the time when there was a transition from the Leo Fender management to CBS management, and mass-production manufacturing techniques were starting to take a firm hold.

By 1966 (a year after CBS bought Fender), CBS management had really taken hold of Fender's production facilities and incorporated many changes. The sum of of all these changes had a serious effect on Fender guitars as a whole. 1966 brought an era of "large" pegheads, less contoured bodies, and much higher production numbers. CBS looked for ways to cut production time and costs, which generally led to much lower quality. Because of this, 1966 and later Fender instruments are considered far less collectible than vintage pre-CBS Fender guitars.

Fonte: http://home.provide.net/~cfh/fender.html

Por isso postei que "Lucas, no caso da Fender, realmente são Vintage os baixos pré-CBS (ou seja, até 1966)."

Sei que a Fender foi vendida em 1965, apesar da "era de transição" ser até anterior (1964 a 1965). Mas as mudanças radicais ocorreram em 1966. Com a introdução de novas técnicas de fabricação em massa. Isso desvaloriza os instrumentos à partir desse ano.

Mas sei que o assunto é polêmico.

Obrigado Alexx e Maurício, minhas dúvidas iniciais já estão esclarecidas, existe menos 79, pela grande quantidade de braços 78 produzidos, e um baixo 81 é menos procurado pela qualidade duvidosa.

Os knobs de volume tiveram números em quais anos?

Allex, deixa eu especular um pouco. Se instrumentos que começam a valorizar depois do período natural de declínio no seu entender podem ser considerados vintage, isso tb vale para reedições, como os Japanese Vintage do início dos anos 80? Ou ainda para os instrumentos como os Giannini Rickenbaker que volta e meia aparecem no ML com preços bem acima da qualidade do instrumento? O que vc acha?

Bom, ainda sobre os "vintages", vale lembrar que um verdadeiro vintage permanece inalterado ao longo dos anos, e por isso, um instrumento como um Jazz Bass 64, se tiver captadores trocados, ou potenciometros substituídos, ou mesmo a pintura refeita perde sua característica especial (segundo os colecionadores). Vale lembrar também, que quem paga perto de US$ 100.000,00 em um baixo, dificilmente vai levá-lo para um palco, e por isso, esse tipo de instrumento está muito mais nas mãos de ricos investidores, que sendo usado para o fim que foi produzido.
Só mais uma coisinha: Eu conheço alguns luthiers de renome, que afirmam categoricamente, que muitos vintages NOS (guitarras e baixos) comprados a valores inimagináveis são apenas instrumentos ruins, que exatamente por não serem bons, foram deixados de lado, em algum momento após sua produção.
Em todo caso, e mesmo sabendo que esse assunto já deu, e que não tem necessariamente a ver com o tópico, manifesto minha opinião de que pedaços de madeira morta, com cordas presas não podem custar o que cutam só por terem sido produzidos 40 anos atrás, afinal,vários processos se modernizaram, e um Fender decente, produzido hoje, com certeza é tão bom, ou melhor que um dos anos 50 ou 60.

Andremoura escreveu:Allex, deixa eu especular um pouco. Se instrumentos que começam a valorizar depois do período natural de declínio no seu entender podem ser considerados vintage, isso tb vale para reedições, como os Japanese Vintage do início dos anos 80? Ou ainda para os instrumentos como os Giannini Rickenbaker que volta e meia aparecem no ML com preços bem acima da qualidade do instrumento? O que vc acha?

Olha, a palavra "vintage" sempre me intrigou um pouco. Perguntei a um amigo meu americano que é colecionador de instrumentos e carros o que significava vintage na prática. Ele explicou a história dos vinhos e tal, mas disse que hoje em dia a palavra é usada em vários contextos. Em carros, é aceito pra carros com 30 anos ou mais, que tenham um bom valor de mercado e bastante "desirability". Já em outros bens, ele disse que a idade não influencia muito, mas sim uma característica especial, como um selo que veio impresso errado, ou um baixo Ken Smith feito pelo Vinny Fodera (sim, eles existem) e me explicou que algo ser chamado de vintage precisa de uma valorização no mercado, como é o caso dos Strato da década de 80, que valem mais do que um baixo Giannini novo, ou os Squiers japoneses, etc...

Desenterrando...

Encontrei a lenda. Fiquei por minutos com um Pbass 1960!
Quase morri!

E que minutos hein !!!

Cara,é uma longa história.. Ele estava aqui pertinho de minha casa...
hahaha Lindo! Sonzaço..

Está à venda a criança?

allexcosta escreveu:Olha, a palavra "vintage" sempre me intrigou um pouco. Perguntei a um amigo meu americano que é colecionador de instrumentos e carros o que significava vintage na prática. Ele explicou a história dos vinhos e tal, mas disse que hoje em dia a palavra é usada em vários contextos. Em carros, é aceito pra carros com 30 anos ou mais, que tenham um bom valor de mercado e bastante "desirability". Já em outros bens, ele disse que a idade não influencia muito, mas sim uma característica especial, como um selo que veio impresso errado, ou um baixo Ken Smith feito pelo Vinny Fodera (sim, eles existem) e me explicou que algo ser chamado de vintage precisa de uma valorização no mercado, como é o caso dos Strato da década de 80, que valem mais do que um baixo Giannini novo, ou os Squiers japoneses, etc...

Exemplo clássico de vintage pra mim p. ex. são as Strato com o head reverso, as Twin Reverb, os Ampeg SVT, que mesmo zerados carregam essas características próprias. Acho que se encaixam nessa descrição do Allex, muito boa por sinal.

Realmente. Hoje em dia, vintage é um termo já utilizado para coisas desejáveis com preço normalmente maior que quando novo.

Quanto a um Fender P 60, deve ter um baita som e até acho que ele existem... hehehehe.

Agora Fender J 60, esse eu acho que é que nem duende... Se existe, eu nunca vi.... Hehehehe.

puxa, que azar, meu jazz bass é 66 modelo 67, quase pré-cbs

'71, relic e vintage. Independendo de valor. Qualquer Custom Shop também é vintage pra mim.



Os Status KingBass também são super vintage, apesar de bregas (que me perdoe o Mark King).