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ROCK NO RIO ANOS 60 - "THE BUBBLES" "A BOLHA"

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Mensagem por dj jorge cafe Sáb Abr 28, 2012 7:35 pm

ROCK NO RIO ANOS 6O - BANDA " THE BUBBLES" - " A BOLHA "
A Bolha foi uma banda de rock brasileira formada em 1965 no Rio de Janeiro, com o nome The Bubbles. Pelos irmãos César e Renato Ladeira, filhos da atriz Renata Fronzi e do radialista César Ladeira que tocavam guitarra solo e ritmo, juntamente com Ricardo no baixo e Ricardo Reis na bateria a participação de Ricardo no baixo durou apenas algumas semanas devido a diferenças de visão sobre a banda. Lincoln Bittencourt foi recrutado para o baixo e, com essa formação, são convidados pela gravadora Musidisc a registrar um compacto simples com duas versões de músicas de sucesso: Não Vou Cortar o Cabelo, versão de "Break It All" da banda uruguaia Los Shakers, no lado A e Por Que Sou Tão Feio, versão do hit "Get Off Of My Cloud" dos Rolling Stones, no lado B. O convite se deu nos bastidores da gravação de um programa de tv.





Participaram ativamente do circuito de bailes, programas de rádio e de tv como a tv RIO que existia na capital carioca naquela época. No início tocavam apenas covers ou versões de canções e bandas de sucesso da Europa e dos Estados Unidos, mas, no início dos anos 70, passaram a compor canções próprias e chegaram a gravar dois álbuns,
Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas
Em 1968, são convidados por seu amigo Márcio Greyck para serem a banda de apoio na gravação de um álbum. O álbum é lançado em agosto de 1968 e abre portas para a banda, gerando o interesse da PolyGram em lançar um compacto com versões de duas canções dos Beatles extraídas do álbum branco, Ob-La-Di, Ob-La-Da e Honey Pie. Esse compacto, assim como outros gravados entre 1966 e 1969 para as gravadoras Musidisc e PolyGram, não foi lançado na época, vindo a luz apenas em 2010 através de uma coletânea lançada no mercado europeu pela Groovie Records .


Ainda em 1968, César decide deixar a banda para se dedicar aos estudos, abandonando a carreira artística. Também Lincoln e, posteriormente, Ricardo deixariam a banda. Para o lugar deles, entram na banda Pedro Lima na guitarra solo, Arnaldo Brandão no baixo e Johnny na bateria. Com essa formação, o som da banda fica mais pesado, passeando por Cream, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Grand Funk Railroad e Black Sabbath mas, ainda assim, continuam como uma das grandes sensações do circuito de bailes de fim de semana carioca, chegando a tocar para mais de cinco mil pessoas.
César Ladeira, que havia deixado a banda em 1968, passou a estudar cinema e trabalhar junto com o avô, o diretor Adhemar Gonzaga, como assistente de direção. César, então, chama o The Bubbles para tocar no filme Salário Mínimo, de 1970. A banda participa com a canção de abertura do filme, dublando outra em uma cena e, ainda, com uma canção que toca numa boate em outra cena, todas de autoria do guitarrista Pedro.





Lima. Em 1970 ainda ocorreria mais uma mudança de formação: Johnny sai e dá lugar a Gustavo Schroeter na bateria.
em 1973 e 1977. Encerraram as atividades em 1978, mas voltaram a ativa em 2007, chegando a gravar um novo álbum, para então pararem novamente.
Tocaram como banda de apoio para Gal Costa, Leno, Márcio Greyck, Raul Seixas e Erasmo Carlos. Seus integrantes deram origem ou integraram várias bandas que fariam sucesso na década de 1970 e na década seguinte como Bixo da Seda, Herva Doce, Roupa Nova e Hanói-Hanói.
Em 1970, foram convidados por Jards Macalé para acompanhar Gal Costa em um show que ela iria fazer na boate Sucata. O show tinha cenário de Hélio Oiticica, contava com a participação de um naipe de metais e de grandes músicos, como: Naná Vasconcelos, Márcio Montarroyos, Íon Muniz e Zé Carlos. A recepção de público e crítica para a banda foi excelente, sendo classificada, anos depois, como "inesperada"
Este sucesso renderia um convite para que Pedro, Arnaldo e Gustavo acompanhassem Gal em apresentações ao vivo e aparições na tv em Portugal, como o programa de Raúl Solnado gravado no teatro Monumental de Lisboa. Depois do programa, os três acompanharam Gal Costa até Londres para visitar Caetano Velloso e Gilberto Gil que estavam exilados e morando na capital inglesa. Ficaram uns dias na casa de um brasileiro que conheceram por lá, até se encontrarem todos de novo para participar do Festival da Ilha de Wight. Foram todos para assistir aos shows, mas, no acampamento do local, faziam jams acústicas que chamavam a atenção de todos a volta. Gustavo gravava tudo com um gravador de bolso e, um dia, Pedro pegou as fitas e mostrou para o pessoal da organização do festival. Todos foram convidados para tocar em um dos palcos alternativos ao principal, de forma acústica mesmo. Assistiram a The Who, The Doors, Sly and the Family Stone, Ten Years After (grupo de Alvin Lee), Chicago, Jethro Tull e Jimi Hendrix. Ainda passariam por Paris alguns dias depois e veriam Rolling Stones e Eric Clapton.

Neste vídeo abaixo o Arnaldo baixista esta usando um bass Rickenbacker, tenho quase certeza que no Rock in Rio de 2011, Darryl Jones tocando com o Arnaldo, estava usando este baixo. Postei este video no topico: Baixistas que Cantam.




Após essa experiência na Europa, os três voltam para o Brasil e contam para Renato a decisão de seguir outro caminho, fazer música própria, em português, e parar de fazer covers e versões já que, segundo Gustavo, "não dava para fazer igual" a esses caras. Passam a compor e ensaiar um novo repertório, próprio, e mudam o nome para A Bolha. Emblemático foi um show que fizeram logo que voltaram do festival (no ginásio do clube Tamoios em Niterói ou no Clube Mauá em São Gonçalo , no qual tocaram apenas o repertório próprio e o público foi saindo no decorrer do show. A partir desse evento decidem fazer uma mudança mais paulatina, inserindo músicas próprias no repertório antigo.
O primeiro grande teste para o novo repertório foi a participação da banda no Festival de Verão de Guarapari, em fevereiro de 1971. A apresentação deles, assim como todo o festival, foi recheada de problemas. A mesa de som foi instalada atrás do palco, houve problemas com o governo militar da época.Com a fama adquirida no show com Gal Costa e também no festival, são chamados por um produtor da CBS pra tocar no novo LP de Leno. Este produtor era ninguém menos do que Raul Seixas que trabalhava na gravadora nesta época. Eles foram a banda da gravação do álbum Vida e Obra de Johnny McCartney, que teve várias faixas censuradas pelo governo militar, acabando sendo lançado na época apenas um compacto duplo com 4 faixas. Apenas em 1995, Leno lançou o álbum como fora previsto na época.
Ainda em 1971, participam do VI Festival Internacional da Canção defendendo a música 18:30 de Eduardo Souza Neto e Geraldo Carneiro. Como era comum na época, era lançado um compacto com as músicas concorrentes no festival e a banda aproveitou e incluiu Sem Nada no lado A e ainda Os Hemadecons Cantavam em Coro
Chôôôô no lado B. O compacto foi lançado pela gravadora Top Tape. Também participaram da gravação do compacto duplo de Gal Costa, Gal, em duas músicas: Zoilógico e Vapor Barato.
Gravações dos álbuns próprios e término
Após quase um ano sem tocar em lugar nenhum, em 1973 lançam seu primeiro álbum, Um Passo à Frente, pela gravadora Continental. O álbum traz músicas com um toque mais progressivo, chegando algumas a ter dez minutos de duração. O álbum não foi bem recebido pelo público, tendo vendagem pequena.



No ano seguinte, participam da gravação do primeiro compacto duplo de Raul Seixas com Não Pare na Pista, Trem das Sete, Como Vovó já Dizia e Se o Rádio Não Toca, tocando em Não Pare na Pista e Como Vovó já Dizia. Como as coisas esfriaram e ficaram meio fracas, Gustavo Schroeter foi para o Veludo e Arnaldo Brandão saiu da banda. Entram Sérgio Herval, na bateria, e Roberto Ly, no baixo. Com esta formação, participam do festival Banana Progressiva, em 1975. Ainda em 1975, Renato Ladeira deixa a banda para tocar no Bixo da Seda e para o seu lugar é escolhido Marcelo Sussekind.







Em 1977 gravam o seu segundo disco, É Proibido Fumar cujo som marca uma volta ao rock clássico e ao hard rock, mais próximo do som da Jovem Guarda. Renato Ladeira participaria do disco apenas como compositor. A seguir realizam uma turnê abrindo para Erasmo Carlos sendo que, na sequência, tocavam como banda de apoio do artista. Esta turnê contou com a volta de Renato Ladeira nos teclados, tornando a banda um quinteto. Durante a turnê a banda grava o álbum novo de Erasmo, Pelas Esquinas de Ipanema, que sairia em julho de 1978. Logo após o fim da turnê, a banda encerra as suas atividades.
Vários componentes de A Bolha tocaram com músicos famosos da MPB, como Caetano Veloso e Raul Seixas. Além disso outros grupos surgiram a partir da desfragmentação, como A Cor do Som, Herva Doce, Outra Banda da Terra (que acompanhou Caetano Veloso), Roupa Nova e Hanói-Hanói, entre outros.
Lançamentos nos anos 2000
Em 2004, o diretor José Emílio Rondeau convidou Renato Ladeira para ser diretor artístico do seu novo filme, 1972. Renato mostrou algumas músicas que haviam sido censuradas no início dos anos 70 e o diretor se interessou, então ele chamou seus velhos companheiros de banda para gravarem aquelas músicas para o filme. Da reunião acabou surgindo a vontade de gravar um novo disco com aquele material e mais alguns covers, gerando o álbum É Só Curtir, de 2006, pela gravadora Som Livre. Apesar do lançamento do disco, a banda não chegou a sair em turnê.
Em 2010, saiu uma coletânea com todos os singles da banda no mercado europeu, tanto os dois lançados como outros que apenas foram gravados, The Bubbles - Raw and Unreleased, pela Groovie Records.

Última formação
Pedro Lima: guitarra solo.
Renato Ladeira: guitarra ritmica e teclados.
Arnaldo Brandão: baixo.
Gustavo Schroeter: bateria.
Entre os anos 1965 - 1972 haviam muitas bandas no Rio, a maioria formadas por colegas de escolas da Zona sul, Colegio AngloAmericano, C Pedro II, Sao vicente etc,eles se apresentavan por toda a Zona Sul da cidade em clubes , teatros e escolas.
A “Bolha” tinha um som de vanguarda, era “cult” , uma turma mais antenada no rock com conecção direta com Londres, Liverpool e São Francisco. O rock foi evoluindo. Ouve “Quero Viajar” da Bolha . Esse pessoal tocava em inglês, tinha a mesma estética de roupa, estava no paralelo, no underground.
Eu assisti muitas vezes, inicialmente na tv Rio as apresentaçoes dos The Bubbles, e posteriormente, ja nos anos setenta nos teatros que se nao me falha a memoria haviam 5 teatros que davam espaço ao rock: Tereza Raquel em Copacabana, teatro Opiniao, teatro Ipanema, teatro da Praia, este pegava fogo e as pedras rolavam, e o Joao Caetano, e o MAM.
A Bolha produzia um som que era unico, algo como faziam OS MUTANTES , que vinha desde a iluminaçao do (Bimbão) , um cara que era fera da iluminaçao, passava pelo tecnico de som pelos musicos ate o baixo VOX,do Arnaldo, a Guitarra do Pedro, batera do Gustavo e voz do Renato, para os amplificadores Marshal.
A Bolha video release com Lulu Santos PT 1



A Bolha video release com Aninha Maria Bahiana & Erasmo Carlos.



Esta e uma homenagem aos que comecaram a dar vida ao Rock no RIO.
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Mensagem por Lucas_Panurge Seg Abr 30, 2012 1:35 pm

Pra quem não sabe, Arnaldo Brandão é o parceiro de Cazuza na composição "O tempo não pára"

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Clube Adriano Engel #001 ; Clube Giannini #037 ; Clube dos não somente baixistas #001
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Mensagem por dj jorge cafe Seg Abr 30, 2012 3:36 pm

Mais uma contribuiçao para para este topico, do Lucas, o meu muito obrigado cara,
segue mais uma parceria de Arnaldo aqui com o Claudio Zoli, nos tempos da banda Brilho. Noite do prazer

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Mensagem por Rico Seg Abr 30, 2012 10:48 pm

Arnaldo é cohecido meu. Já ensaiei diversas vezes no estúdio dele em Botafogo. Ele tem uma porção de amps dados por Keith Richards e Mick Taylor. Ele é mesmo um baixista fenomenal... Tenho orgulho em conhecê-lo.
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Mensagem por Rico Seg Abr 30, 2012 10:49 pm

Já o Claudio Zoli, que também conheço, tenho razões para não admirar, infelizmente...
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Mensagem por Mauricio Luiz Bertola Ter maio 01, 2012 12:13 am

Tópico muito bacana!!
claps
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Mensagem por Zubrycky Qui maio 03, 2012 12:09 am

AVISO IMPORTANTÍSSIMO: A Bolha tocará na próxima Virada Cultural, aqui em São Paulo ( capital ) no dia 5 de maio, às 20h na Alameda Barão de Limeira ( Altura do número 200 )

Fonte:

http://www.viradacultural.org/programacao#lugar12019

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Mensagem por dj jorge cafe Qui maio 03, 2012 7:37 am

Valeu pessoal,O aviso esta dado, vale a pena conferir!!!
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