Situação do mercado da Música Sertaneja
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Situação do mercado da Música Sertaneja
Achei muito interessante esse desabafo em entrevista do cantor Jorge, da dupla Jorge e Mateus. Mostra os grandes problemas de bastidores que interferem na musica sertaneja, tornando-a sinônimo de negocio$... vejam ai, vale a pena:
''Nosso meio é podre e eu tenho nojo”, diz Jorge sobre o mercado da música sertaneja
No último domingo (1), após o show “Villa Mix”, em Goiânia, tive uma rápida conversa sobre mercado com o Jorge, da dupla Jorge e Mateus.
Já havíamos conversado a respeito, mas nada de forma aprofundada. Em meio a uma discussão e outra, ele disse que pela primeira vez estava com vontade de falar publicamente sobre algumas situações do meio sertanejo. A entrevista que pode ser conferida mais abaixo foi feita na noite de ontem (3), na casa dele, em Goiânia.
Além de se mostrar incomodado com os rumos do mercado e da música sertaneja, ser incisivo ao chamar o meio sertanejo de “podre” e assumir que tem “nojo” de tudo o que vem acontecendo, o cantor admitiu que já pensou em parar mais de uma vez por não aguentar determinadas situações.
Aos que não são habituados com o meio sertanejo, Jorge e Mateus têm 7 anos de carreira, e são considerados a principal dupla da nova geração, seja por repertório, faturamento, público e etc.
O cantor, de 29 anos, está incomodado, principalmente, com as rixas dentro do mercado. Rixas entre duplas, escritórios, empresários e outras pessoas importantes.
Como se sabe, apesar do sucesso, tanto ele quanto Mateus mantém uma certa distância proposital da mídia, o que torna a conversa ainda mais interessante.
Abaixo, a entrevista dividida em duas partes: mercado e música.
___
Mercado
Por que você decidiu falar agora?
A gente chegou a uma situacão insuportável, e acho que é um momento em que alguém precisa falar algo. O mercado nosso é podre, podre. Onde já se viu essa competição que acontece hoje entre duplas, entre escritórios? Nossas carreiras não são um jogo, ninguém tá competindo, ninguém vai ser campeão no fim do ano se fizer mais pontos. As pessoas estão equivocadas. Há uma briga de bastidores hoje entre os escritórios que só atrapalha.
Hoje existem grupos isolados, escritórios que criam rixas com os outros, e isso não leva ninguém a nada. Enquanto você se preocupa demais com o que os outros tão fazendo, você tá deixando de se preocupar com seu trabalho. Eu tô com nojo, disso. Nojo.
O seu escritório também é bastante criticado…
Sem dúvida, e eu incluo o meu nisso. Os escritórios viraram ilhas e os artistas se fecharam em grupinhos. Tá todo mundo esquecendo que nós não somos nada, somos apenas cantores tentando fazer o que a gente mais gosta. A vaidade tá acabando com qualquer coisa boa que ainda restava nesse meio nosso. Se a nossa preocupação principal não for a música, a carreira tá com os dias contados.
Houve alguma passagem específica que te incomodou mais?
É muita coisa, não são acontecimentos isolados. Eu fico puto, por exemplo, com essa cultura do tapinha nas costas. Você recebe a pessoa numa boa no seu camarim, na maior boa vontade, e fica sabendo que ela vive tentando descobrir quanto foi seu último cachê, seu último público, como anda sua carreira… com qual intenção? Onde a pessoa acha que vai chegar com esse comportamento?
Não é um comportamento comum a qualquer mercado?
É diferente. Diferente porque aqui não há concorrência. Uma dupla ganhar menos não quer dizer que eu vou ganhar mais. Uma dupla sumir, não quer dizer que outra vai aparecer. Isso não competição. Não muda nada se fulano ganha mais ou menos que eu. Você me entende? Nós temos mais de 6 mil municípios no Brasil. Tem dupla pra cobrir tudo isso? Não tem, essa visão de concorrência dentro do próprio mercado é o fim. Olha o que eu tenho, olha minha casa, minha vida… você acha que eu tenho que me preocupar se tem um cara ganhando um cachê mais alto que eu? Eu tô errado?
E quem alimenta, quem cria essas intrigas?
São coisas de bastidores. Há uma competição insana entre empresários. Eu não preciso citar nomes pra que as pessoas saibam, todo mundo no meio sabe o que acontece, mas isso precisa acabar. Isso tá estragando a vida de quem tá ali pra trabalhar, de quem vive de música. Me diz, cara, como é que uma pessoa trabalha a semana inteira, às vezes tem um dia só de folga, e consegue perder tempo pensando numa forma de derrubar uma outra dupla? Qual o benefício em ver um evento dar errado? Em geral, as pessoas precisam baixar um pouco a bola e pensar mais na própria carreira.
Critica-se muito os anos 1990, falam que os “Amigos” fechavam o mercado, que só três duplas cuidavam sozinha do mercdo, mas o que se faz hoje é muito pior. É ridículo.
Não é um pouco de romantismo da sua parte achar que um mercado tão grande não vai se comportar como qualquer mercado?
Não, não. Minha visão é realista e atual. Eu vivo isso, eu sei o que eu tô falando. Hoje nós temos 20 grandes contratantes no Brasil, e eles tem aquele menu não muito extenso de artistas que vão fazer as festas mais importantes do país. E tem cara que não sabe aproveitar, agradecer por fazer parte desse grupo seleto, sendo que a gente tem milhões de artistas querendo esses lugares. Cara não aproveita, prefere ficar gastando tempo bolando uma forma de te derrubar.
Toda a situação que você descreveu já te fez pensar em parar em algum momento?
Sim, várias vezes. Já pensei em parar, sumir, ir pra roça e ficar lá. Eu não trabalho pra viver isso, eu não sou obrigado a passar por isso, viver essas situações. O que nos mantém é que há sim relações de amizade muito firmes, pessoas que você quer muito bem e você sabe que é recíproco. Mas no geral, fazemos parte de um meio muito podre.
___
Música
A nova linha do mercado sertanejo, que trata música mais como negócio do que como arte, já tem seus resultados negativos?
Sem dúvida. É visível pra todo mundo. Hoje você compra tudo, as pessoas aprenderam isso. Paga o jabá na rádio, compra a matéria, aparece na TV, então qualquer coisa é capaz de aparecer, por isso muita coisa ruim consegue espaço. Mas aparecer e fazer sucesso são coisas diferentes. Você pode estourar uma música ruim, ganhar uns trocados, comprar um carro bom, mas em menos de um ano você já tá de volta à estaca zero por não haver base. Não adianta querer explicar o que é uma carreira de sucesso pra alguém que tá feito louco atrás de um hit.
Eu tô ficando meio grilado com esse lance de história musical. Eu não posso falar de carreira porque eu tenho 7 anos, mas eu posso falar de base, de conhecimento. Hoje tem artista que não conhece de música, não vive música, não tem noção de nada, acha que ser músico é uma profissão que você escolhe da noite pro dia pra ganhar dinheiro.
E isso ilude muita gente, não?
Exatamente, estamos criando uma geração de artistas iludidos. Música é mais dom do que meio de vida, não adianta o cara pensar de repente música pode ser um trabalho como qualquer outro. Eu participo de festival de música desde os 8 anos de idade, e mesmo assim eu não pensava que música seria minha profissão. Essa ideia de artista como negócio, como lançamento de um produto qualquer, sem nenhuma verdade e espontaneidade, só faz criar iludidos que somem na mesma velocidade que aparecem.
E o futuro é ruim, como muito se fala dentro do próprio meio?
De forma alguma. Isso que tá acontecendo musicalmente é passageiro. Vai estourar um aqui, outra ali, mas a música sertaneja não cai, não some. O romantismo vai acabar voltando a ter mais destaque, nos shows a gente percebe a reação quando você canta uma música nova romântica.
Se um cantor novo, com investidor poderoso, te pedisse uma dica do que fazer pra começar, o que você diria?
Sinceramente, eu mandava ele esperar. Calma, deixa essa loucura passar, ela vai passar. Com a música sertaneja, com a música romântica, ninguém acaba. Vai devagar, pensa numa carreira, pensa em repertório, em um trabalho concreto, e deixa a poeira baixar um pouco.
As pessoas se esqueceram completamente que quem escolhe o sucesso é o público. Não é o empresário, o cantor, o escritório ou o dinheiro. É o público. Você pode fazer barulho, reclamar, xingar, gastar dinheiro, mas se as pessoas não gostarem, você não é ninguém, a música não é nada. Você pode ter 5 milhões pra investir e gastar esses 5 milhões sem ter nenhum retorno.
Você já viu um show do Amado Batista? Já foi em um show do Leonardo? Aquilo é a resposta: povo. O sucesso quem escolhe é o povo, é a massa, é o lance da identificação, e isso parece ter sido completamente esquecido. É por isso que no meio você ouve falar de um monte de “sucesso”, mas quando chega na vida real, vê que é tudo mentira. Isso aqui é vida real.
FONTE: http://universosertanejo.blogosfera.uol.com.br/2012/07/04/nosso-meio-e-podre-e-eu-tenho-nojo-diz-jorge-sobre-o-mercado-da-musica-sertaneja/
''Nosso meio é podre e eu tenho nojo”, diz Jorge sobre o mercado da música sertaneja
No último domingo (1), após o show “Villa Mix”, em Goiânia, tive uma rápida conversa sobre mercado com o Jorge, da dupla Jorge e Mateus.
Já havíamos conversado a respeito, mas nada de forma aprofundada. Em meio a uma discussão e outra, ele disse que pela primeira vez estava com vontade de falar publicamente sobre algumas situações do meio sertanejo. A entrevista que pode ser conferida mais abaixo foi feita na noite de ontem (3), na casa dele, em Goiânia.
Além de se mostrar incomodado com os rumos do mercado e da música sertaneja, ser incisivo ao chamar o meio sertanejo de “podre” e assumir que tem “nojo” de tudo o que vem acontecendo, o cantor admitiu que já pensou em parar mais de uma vez por não aguentar determinadas situações.
Aos que não são habituados com o meio sertanejo, Jorge e Mateus têm 7 anos de carreira, e são considerados a principal dupla da nova geração, seja por repertório, faturamento, público e etc.
O cantor, de 29 anos, está incomodado, principalmente, com as rixas dentro do mercado. Rixas entre duplas, escritórios, empresários e outras pessoas importantes.
Como se sabe, apesar do sucesso, tanto ele quanto Mateus mantém uma certa distância proposital da mídia, o que torna a conversa ainda mais interessante.
Abaixo, a entrevista dividida em duas partes: mercado e música.
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Mercado
Por que você decidiu falar agora?
A gente chegou a uma situacão insuportável, e acho que é um momento em que alguém precisa falar algo. O mercado nosso é podre, podre. Onde já se viu essa competição que acontece hoje entre duplas, entre escritórios? Nossas carreiras não são um jogo, ninguém tá competindo, ninguém vai ser campeão no fim do ano se fizer mais pontos. As pessoas estão equivocadas. Há uma briga de bastidores hoje entre os escritórios que só atrapalha.
Hoje existem grupos isolados, escritórios que criam rixas com os outros, e isso não leva ninguém a nada. Enquanto você se preocupa demais com o que os outros tão fazendo, você tá deixando de se preocupar com seu trabalho. Eu tô com nojo, disso. Nojo.
O seu escritório também é bastante criticado…
Sem dúvida, e eu incluo o meu nisso. Os escritórios viraram ilhas e os artistas se fecharam em grupinhos. Tá todo mundo esquecendo que nós não somos nada, somos apenas cantores tentando fazer o que a gente mais gosta. A vaidade tá acabando com qualquer coisa boa que ainda restava nesse meio nosso. Se a nossa preocupação principal não for a música, a carreira tá com os dias contados.
Houve alguma passagem específica que te incomodou mais?
É muita coisa, não são acontecimentos isolados. Eu fico puto, por exemplo, com essa cultura do tapinha nas costas. Você recebe a pessoa numa boa no seu camarim, na maior boa vontade, e fica sabendo que ela vive tentando descobrir quanto foi seu último cachê, seu último público, como anda sua carreira… com qual intenção? Onde a pessoa acha que vai chegar com esse comportamento?
Não é um comportamento comum a qualquer mercado?
É diferente. Diferente porque aqui não há concorrência. Uma dupla ganhar menos não quer dizer que eu vou ganhar mais. Uma dupla sumir, não quer dizer que outra vai aparecer. Isso não competição. Não muda nada se fulano ganha mais ou menos que eu. Você me entende? Nós temos mais de 6 mil municípios no Brasil. Tem dupla pra cobrir tudo isso? Não tem, essa visão de concorrência dentro do próprio mercado é o fim. Olha o que eu tenho, olha minha casa, minha vida… você acha que eu tenho que me preocupar se tem um cara ganhando um cachê mais alto que eu? Eu tô errado?
E quem alimenta, quem cria essas intrigas?
São coisas de bastidores. Há uma competição insana entre empresários. Eu não preciso citar nomes pra que as pessoas saibam, todo mundo no meio sabe o que acontece, mas isso precisa acabar. Isso tá estragando a vida de quem tá ali pra trabalhar, de quem vive de música. Me diz, cara, como é que uma pessoa trabalha a semana inteira, às vezes tem um dia só de folga, e consegue perder tempo pensando numa forma de derrubar uma outra dupla? Qual o benefício em ver um evento dar errado? Em geral, as pessoas precisam baixar um pouco a bola e pensar mais na própria carreira.
Critica-se muito os anos 1990, falam que os “Amigos” fechavam o mercado, que só três duplas cuidavam sozinha do mercdo, mas o que se faz hoje é muito pior. É ridículo.
Não é um pouco de romantismo da sua parte achar que um mercado tão grande não vai se comportar como qualquer mercado?
Não, não. Minha visão é realista e atual. Eu vivo isso, eu sei o que eu tô falando. Hoje nós temos 20 grandes contratantes no Brasil, e eles tem aquele menu não muito extenso de artistas que vão fazer as festas mais importantes do país. E tem cara que não sabe aproveitar, agradecer por fazer parte desse grupo seleto, sendo que a gente tem milhões de artistas querendo esses lugares. Cara não aproveita, prefere ficar gastando tempo bolando uma forma de te derrubar.
Toda a situação que você descreveu já te fez pensar em parar em algum momento?
Sim, várias vezes. Já pensei em parar, sumir, ir pra roça e ficar lá. Eu não trabalho pra viver isso, eu não sou obrigado a passar por isso, viver essas situações. O que nos mantém é que há sim relações de amizade muito firmes, pessoas que você quer muito bem e você sabe que é recíproco. Mas no geral, fazemos parte de um meio muito podre.
___
Música
A nova linha do mercado sertanejo, que trata música mais como negócio do que como arte, já tem seus resultados negativos?
Sem dúvida. É visível pra todo mundo. Hoje você compra tudo, as pessoas aprenderam isso. Paga o jabá na rádio, compra a matéria, aparece na TV, então qualquer coisa é capaz de aparecer, por isso muita coisa ruim consegue espaço. Mas aparecer e fazer sucesso são coisas diferentes. Você pode estourar uma música ruim, ganhar uns trocados, comprar um carro bom, mas em menos de um ano você já tá de volta à estaca zero por não haver base. Não adianta querer explicar o que é uma carreira de sucesso pra alguém que tá feito louco atrás de um hit.
Eu tô ficando meio grilado com esse lance de história musical. Eu não posso falar de carreira porque eu tenho 7 anos, mas eu posso falar de base, de conhecimento. Hoje tem artista que não conhece de música, não vive música, não tem noção de nada, acha que ser músico é uma profissão que você escolhe da noite pro dia pra ganhar dinheiro.
E isso ilude muita gente, não?
Exatamente, estamos criando uma geração de artistas iludidos. Música é mais dom do que meio de vida, não adianta o cara pensar de repente música pode ser um trabalho como qualquer outro. Eu participo de festival de música desde os 8 anos de idade, e mesmo assim eu não pensava que música seria minha profissão. Essa ideia de artista como negócio, como lançamento de um produto qualquer, sem nenhuma verdade e espontaneidade, só faz criar iludidos que somem na mesma velocidade que aparecem.
E o futuro é ruim, como muito se fala dentro do próprio meio?
De forma alguma. Isso que tá acontecendo musicalmente é passageiro. Vai estourar um aqui, outra ali, mas a música sertaneja não cai, não some. O romantismo vai acabar voltando a ter mais destaque, nos shows a gente percebe a reação quando você canta uma música nova romântica.
Se um cantor novo, com investidor poderoso, te pedisse uma dica do que fazer pra começar, o que você diria?
Sinceramente, eu mandava ele esperar. Calma, deixa essa loucura passar, ela vai passar. Com a música sertaneja, com a música romântica, ninguém acaba. Vai devagar, pensa numa carreira, pensa em repertório, em um trabalho concreto, e deixa a poeira baixar um pouco.
As pessoas se esqueceram completamente que quem escolhe o sucesso é o público. Não é o empresário, o cantor, o escritório ou o dinheiro. É o público. Você pode fazer barulho, reclamar, xingar, gastar dinheiro, mas se as pessoas não gostarem, você não é ninguém, a música não é nada. Você pode ter 5 milhões pra investir e gastar esses 5 milhões sem ter nenhum retorno.
Você já viu um show do Amado Batista? Já foi em um show do Leonardo? Aquilo é a resposta: povo. O sucesso quem escolhe é o povo, é a massa, é o lance da identificação, e isso parece ter sido completamente esquecido. É por isso que no meio você ouve falar de um monte de “sucesso”, mas quando chega na vida real, vê que é tudo mentira. Isso aqui é vida real.
FONTE: http://universosertanejo.blogosfera.uol.com.br/2012/07/04/nosso-meio-e-podre-e-eu-tenho-nojo-diz-jorge-sobre-o-mercado-da-musica-sertaneja/
Leo Limabass- Membro
- Mensagens : 170
Localização : Mauá, São Paulo
Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Se ele não falasse essas coisas a gente nunca saberia...
Que bonitinho, um milionário iludido... Santa hipocrisia, Batman...
Que bonitinho, um milionário iludido... Santa hipocrisia, Batman...
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54816
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Li ontem essa entrevista. Achei interessante! Todo mundo já sabe, mas acho que esse Jorge surpreendeu falando isso abertamente, e deve ter desobedecido muito "padrinho" falando essas coisas, hein...
leandrosf89- Membro
- Mensagens : 3716
Localização : São Paulo
Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Hahahahaha... complexo de novo rico hipócrita.
Ele critica a si mesmo no meio do texto, e nem percebe.
Ele critica a si mesmo no meio do texto, e nem percebe.
CaQuinhO- Membro
- Mensagens : 2019
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
leandrosf89 escreveu:Li ontem essa entrevista. Achei interessante! Todo mundo já sabe, mas acho que esse Jorge surpreendeu falando isso abertamente, e deve ter desobedecido muito "padrinho" falando essas coisas, hein...
Aí tem...
Amagomes- Membro
- Mensagens : 5194
Localização : Rio de Janeiro
Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Será que essa entrevista não é parte de uma estratégia para dar visibilidade à dupla, uma vez que, segundo o texto, eles"mantêm uma certa distância proposital da mídia"?
Não quero ser cínico, mas bancar o perseguido é, indubitavelmente, uma estratégia eficaz para aparecer...
Não quero ser cínico, mas bancar o perseguido é, indubitavelmente, uma estratégia eficaz para aparecer...
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Clube Danelectro (Alvíssaras! Não estou mais só neste Clube!), também membro de outros clubes (Vide perfil) e dono da mão de marreta... Links --->Contrapontos,Vídeos e Soundcloud
Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Zubrycky escreveu:Será que essa entrevista não é parte de uma estratégia para dar visibilidade à dupla, uma vez que, segundo o texto, eles"mantêm uma certa distância proposital da mídia"?
Não quero ser cínico, mas bancar o perseguido é, indubitavelmente, uma estratégia eficaz para aparecer...
Pois é...por isso eu disse que "aí tem"...
Amagomes- Membro
- Mensagens : 5194
Localização : Rio de Janeiro
Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Amagomes escreveu:Zubrycky escreveu:Será que essa entrevista não é parte de uma estratégia para dar visibilidade à dupla, uma vez que, segundo o texto, eles"mantêm uma certa distância proposital da mídia"?
Não quero ser cínico, mas bancar o perseguido é, indubitavelmente, uma estratégia eficaz para aparecer...
Pois é...por isso eu disse que "aí tem"...
Aí tem... Tem caroço nesse angu, pelo visto.
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
''Nosso meio é podre e eu tenho nojo”, diz Jorge sobre o mercado da música sertaneja
Tai a prova que o gênero é Sertanojo!!!
Tai a prova que o gênero é Sertanojo!!!
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Ele tá achando ruim??? Sai da dupla e me coloca no lugar, uai...
Cayo & Mateus
Pelo que ele ganha, cantaria com orgulho e ainda ia aprender a ficar quietinho.
Cayo & Mateus
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" O homem que dá a sentença, deve brandir a espada."
Cayo Castro- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
^E o nome ficou bonito ein! =)
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
o sertanejo foi tomado pelos empresários e produtores que aproveitam a alta do estilo pra gerarem verdadeiras fortunas, isso que acaba estragando o estilo e a musica (que a tratam como copo descartável)
Minha opinião é que esse ''domínio'' de bastidores poderia acontecer com qualquer outro estilo que estivesse em auge.
Minha opinião é que esse ''domínio'' de bastidores poderia acontecer com qualquer outro estilo que estivesse em auge.
Leo Limabass- Membro
- Mensagens : 170
Localização : Mauá, São Paulo
Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
como toda moda jaja isso vai embora e em breve veremos alguns ex milionarios por ae fazendo gig em barzinho.
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O importante é ter o coração na ponta dos dedos ...
silvanoandrade- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
^
Duvido muito. A "música sertaneja" é a galinha-dos-ovos-de-ouro da indústria fonográfica brasileira desde 1990 e o seu processo mafioso de massificação continua em pleno vigor, sem demonstrar qualquer sinal de fadiga. Basta observar as duplas sertanejas que surgem como mágica a cada semana.
Duvido muito. A "música sertaneja" é a galinha-dos-ovos-de-ouro da indústria fonográfica brasileira desde 1990 e o seu processo mafioso de massificação continua em pleno vigor, sem demonstrar qualquer sinal de fadiga. Basta observar as duplas sertanejas que surgem como mágica a cada semana.
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"Odeio o ouvinte de memória fiel demais." (Erasmo de Rotterdam, 1466-1536†)
Avatar: Kramer Focus 7000 Bass (Japan, 1983)
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Os empresários e produtores não tomam nenhum gênero... os artistas procuram eles para financiar turnê, jabá, gravação, etc. Em troca eles ficam com porcentagem de bilheteria e publicidade. Nada de errado nisso, funciona como um banco. O músico trata música como produto e é tratado como produto pela máquina, que vai lucrar o possível e dispensar, nada mais justo.
fma- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Hipocrisia pura, na certa ele ficou sabendo que faturou menos que Vitor e Léo agora ta p# da vida, tentou mudar de empresário pra ver se ganhava mais e viu que tinha um contrato.
"Se eu tivesse que começar tudo de novo, a única coisa que eu iria mudar era aprender a ler um contrato direito". Ozzy Osbourne.
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Rick Charles- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
fma escreveu:Os empresários e produtores não tomam nenhum gênero... os artistas procuram eles para financiar turnê, jabá, gravação, etc. Em troca eles ficam com porcentagem de bilheteria e publicidade. Nada de errado nisso, funciona como um banco. O músico trata música como produto e é tratado como produto pela máquina, que vai lucrar o possível e dispensar, nada mais justo.
É isso...
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allexcosta- Administrador
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
malka_aff escreveu:^E o nome ficou bonito ein! =)
Obrigado, amigo...
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Cayo Castro- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Visão um tanto quanto naïve, IMO. Esse seria um processo até bastante democrático, onde todos os jazzistas, rockeiros, bossa-novistas ou músicos eruditos etc. teriam chance de acesso ao mercado fonográfico, aos grandes shows, à mídia, aos patrocinadores e a um lugar ao sol... quem me dera!allexcosta escreveu:fma escreveu:Os empresários e produtores não tomam nenhum gênero... os artistas procuram eles para financiar turnê, jabá, gravação, etc. Em troca eles ficam com porcentagem de bilheteria e publicidade. Nada de errado nisso, funciona como um banco. O músico trata música como produto e é tratado como produto pela máquina, que vai lucrar o possível e dispensar, nada mais justo.
É isso...
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Não é uma visão ingênua, na minha opinião...
Empresários não investem em qualquer coisa, investem naquilo que tem maior chance de dar retorno financeiro. Um jazzista não conseguiria um contrato desse tipo nem tocaria no Faustão, mesmo pagando jabá...
O mercado sabe bem o que vende. Não é o produtor que banaliza a música, é o público que cada vez mais consome música pasteurizada.
Empresários não investem em qualquer coisa, investem naquilo que tem maior chance de dar retorno financeiro. Um jazzista não conseguiria um contrato desse tipo nem tocaria no Faustão, mesmo pagando jabá...
O mercado sabe bem o que vende. Não é o produtor que banaliza a música, é o público que cada vez mais consome música pasteurizada.
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allexcosta- Administrador
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
^ Exatamente, ou seja, uma música com mais de 4 acordes e 6 frases diferentes não faz sucesso nenhum hoje em dia
Rick Charles- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Concordo, Alex! Sempre foi e é assim no mundo inteiro. Por isso mesmo, achar que "os empresários e produtores não tomam nenhum gênero..." é não querer enxergar o óbvio.allexcosta escreveu:Não é uma visão ingênua, na minha opinião...
Empresários não investem em qualquer coisa, investem naquilo que tem maior chance de dar retorno financeiro. Um jazzista não conseguiria um contrato desse tipo nem tocaria no Faustão, mesmo pagando jabá...
O mercado sabe bem o que vende. Não é o produtor que banaliza a música, é o público que cada vez mais consome música pasteurizada.
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
JAZZigo escreveu:Concordo, Alex! Sempre foi e é assim no mundo inteiro. Por isso mesmo, achar que "os empresários e produtores não tomam nenhum gênero..." é não querer enxergar o óbvio.
Talvez seja um problema de interpretação da minha parte...
O empresário não "prefere" um estilo ou outro. Ele vê o assunto como negócio e faz uma análise fria do que vai vender, segundo uma série de parâmetros, mais objetivos que subjetivos.
Quando o empresário nega trabalhar com um artista, é porque não vê futuro financeiro naquele produto. Foi isso que o colega quis dizer por "não tomam nenhum gênero", penso eu...
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allexcosta- Administrador
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
JAZZigo escreveu:Visão um tanto quanto naïve, IMO. Esse seria um processo até bastante democrático, onde todos os jazzistas, rockeiros, bossa-novistas ou músicos eruditos etc. teriam chance de acesso ao mercado fonográfico, aos grandes shows, à mídia, aos patrocinadores e a um lugar ao sol... quem me dera!
Em termos de gênero, eu acho que o processo é até democrático... pra quem investe o dinheiro grande, o que importa é a previsão de retorno e o retorno pode vir em investir no Michel Teló, no Thiaguinho, no André Rieu, no Michael Bublé, no Patati e Patatá, etc rsrs.
Quem tem uma idéia mais rentável, consegue mais investimento, o "artista" decide quanto dinheiro e interferência externa ele quer no seu trabalho e paga o preço por isso, para o bem ou para o mal
fma- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
O mais engraçado é que todo artista sabe disso. Todo produtor sabe disso. Todo o público sabe disso. E mesmo assim, ainda aparece gente iludida e frustrada.
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Cayo Castro- Membro
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Re: Situação do mercado da Música Sertaneja
Eu, se tivesse alguns milhões pra investir, eu ia lá querer saber se artista X ou Y tá tendo oportunidade ou não. Eu quero é RETORNO $$$$$
Como disse o fma: Michel Teló, no Thiaguinho, no André Rieu, no Michael Bublé, no Patati e Patatá etc etc etc...
Como disse o fma: Michel Teló, no Thiaguinho, no André Rieu, no Michael Bublé, no Patati e Patatá etc etc etc...
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