Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
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Claudio
Zarra
LucasJazz
7 participantes
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Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Pessoal, tenho um arco Guasti & Bottoni há pouco mais de um ano. Uso breu pop's. O problema é que o breu está saindo do arco com muita rapidez, assim tenho de passar breu todo dia. Tenho estudado bastante (cerca de 4 horas por dia) sempre com arco, fazendo notas longas, Simandl, escalas, arpejos, etc.
Já ouvi falar que com o tempo a crina perde a capacidade de reter o breu. Acontece que como meu arco tem só um ano, acho que nao é o caso. Percebi que meu breu está soltando um pózinho branco quando passo no arco e deixando muito desse pó nas cordas. Moro em Ribeirão Preto, onde é muito quente e seco e talvez o breu tenha ressecado. Será que há alguma forma de fazer ele voltar ao normal, ou vou ter que comprar outro breu?
Mais uma coisa, há algum sinal de quando a crina está velha e preciso trocá-la?
Quanto tempo dura uma crina boa, em média??
Agradeço pela ajuda!
Já ouvi falar que com o tempo a crina perde a capacidade de reter o breu. Acontece que como meu arco tem só um ano, acho que nao é o caso. Percebi que meu breu está soltando um pózinho branco quando passo no arco e deixando muito desse pó nas cordas. Moro em Ribeirão Preto, onde é muito quente e seco e talvez o breu tenha ressecado. Será que há alguma forma de fazer ele voltar ao normal, ou vou ter que comprar outro breu?
Mais uma coisa, há algum sinal de quando a crina está velha e preciso trocá-la?
Quanto tempo dura uma crina boa, em média??
Agradeço pela ajuda!
LucasJazz- Membro
- Mensagens : 95
Localização : Ribeirão Preto SP
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Lucas, o Pop's é um breu meio farelento mesmo, solta bastante poeira e no calor amolece bastante. Usei bastante essa marca... lembre-se de sempre limpar as cordas e o baixo com um pano seco após parar de estudar.
Vc não acha normal passar breu todo dia no arco? Ainda mais tocando 4 horas por dia? Sei não... pra mim isso é extremamente normal... só acho ruim se tiver que passar umas 4 vezes por hora, o que parece que não é o seu caso.
Sei lá... vou aguardar a opinião dos outros pq fiquei na dúvida agora também.
Vc não acha normal passar breu todo dia no arco? Ainda mais tocando 4 horas por dia? Sei não... pra mim isso é extremamente normal... só acho ruim se tiver que passar umas 4 vezes por hora, o que parece que não é o seu caso.
Sei lá... vou aguardar a opinião dos outros pq fiquei na dúvida agora também.
Zarra- Membro
- Mensagens : 109
Localização : São Paulo
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Na temporada passei estudando Arco, também passava resina todos os dias antes de começar a estudar. Utilizava a Nyman, que não derretia e nem soltava pó.
____________________________
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Claudio- Membro
- Mensagens : 15413
Localização : Rio de Janeiro - RJ
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Nyman's é melhor mesmo que o Pop's... solta bem menos poeira...
Zarra- Membro
- Mensagens : 109
Localização : São Paulo
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
É que estou de férias das aulas na EMESP, então vou perguntar pro meu professor só em agosto...
Estudo baixo elétrico lá, mas fiz algumas aulas particulares de acústico com o Alexandre Rosa, da OSESP e algumas com o Sizão Machado, que foi meu professor de Harmonia e Improvisação durante o ano passado. Em agosto vou perguntar pra eles e pra outros professores de acústico com que frequência eles passam breu no arco!
Aguardo a opinião de outros forumeiros que usem o arco diariamente....
Valeu!!
Estudo baixo elétrico lá, mas fiz algumas aulas particulares de acústico com o Alexandre Rosa, da OSESP e algumas com o Sizão Machado, que foi meu professor de Harmonia e Improvisação durante o ano passado. Em agosto vou perguntar pra eles e pra outros professores de acústico com que frequência eles passam breu no arco!
Aguardo a opinião de outros forumeiros que usem o arco diariamente....
Valeu!!
LucasJazz- Membro
- Mensagens : 95
Localização : Ribeirão Preto SP
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
LucasJazz escreveu:Pessoal, tenho um arco Guasti & Bottoni há pouco mais de um ano. Uso breu pop's. O problema é que o breu está saindo do arco com muita rapidez, assim tenho de passar breu todo dia. Tenho estudado bastante (cerca de 4 horas por dia) sempre com arco, fazendo notas longas, Simandl, escalas, arpejos, etc.
Já ouvi falar que com o tempo a crina perde a capacidade de reter o breu. Acontece que como meu arco tem só um ano, acho que nao é o caso. Percebi que meu breu está soltando um pózinho branco quando passo no arco e deixando muito desse pó nas cordas. Moro em Ribeirão Preto, onde é muito quente e seco e talvez o breu tenha ressecado. Será que há alguma forma de fazer ele voltar ao normal, ou vou ter que comprar outro breu?
Mais uma coisa, há algum sinal de quando a crina está velha e preciso trocá-la?
Quanto tempo dura uma crina boa, em média??
Agradeço pela ajuda!
Olá, LucasJazz!
Vamos por partes...
A crina perde a capacidade de reter a resina em algumas situações:
a) Crina velha;
b) Crina de qualidade ruim;
c) Resina ruim;
d) Resina velha;
e) Variações climáticas.
De qualquer forma, é perfeitamente normal o uso diário de resina.
Para estudar em casa ou mesmo para tocar algum solo, não recomendo o uso excessivo de resina, porque o som fica áspero, "artificial" e isso também se torna quase que um vício. No dia em que faltar resina por um motivo qualquer, o contrabaixista viciado em resina não tira som nenhum do instrumento com o resíduo de resina que fica no arco.
Para tocar em orquestra, a grande maioria dos contrabaixistas usa muita resina, porque isso deixa o som mais projetado, e isso exige menos "esforço" para tocar muitas notas fortes, por um período de três ou quatro horas de ensaio, ou duas ou três horas de concerto. Mesmo que o som fique áspero, ele é bem-vindo na orquestra, porque a aspereza some diante do repertório pesado, o que não acontece com o repertório solo, que perde as nuances interpretativas com o excesso de resina, já que num pianíssimo, por exemplo, o arco pode "grudar" e a nota só sair na base dos trancos e arrancos.
Nesse caso, o ideal é ter dois arcos: um para casa e outro para orquestra.
A quantidade de resina e a frequência de uso são subjetivas e "culturais": se você está acostumado ao som do arco com muita resina, dificilmente usará pouca. Esse "costume" pode ser adquirido através do professor e/ou dos colegas, ou mesmo por problemas técnicos, quando só se consegue tirar um som "convincente" com o uso de muita resina, etc.
Sempre passei pouca resina em casa (uma ou duas passadas para o dia inteiro, ou duas vezes ao dia).
Na orquestra eu também fazia isso, mas mudei há pouco tempo, ao ver que todos os meus colegas passam de cinco a dez passadas (ou bem mais), de uma a duas vezes a cada ensaio.
Logicamente, como não estou acostumada com isso, se usar essa quantidade meu arco não sairá do lugar.
Passo umas quatro passadas por ensaio.
Se a crina começa a ficar "lisa", aí passo um pouco mais.
Sobre o pozinho da Pop´s, é normal, porque ela é uma resina mais seca.
Ela é muito usada por contrabaixistas de arco alemão e por muitos contrabaixistas em orquestra.
Eu não gostei do som que ela emite: muito áspero para o meu gosto.
Prefiro um som mais redondo, e há muitos anos uso a Nyman's, que é uma resina mais macia e que faz menos farofa.
Meus colegas que usam a Pop´s gostam do som áspero que ela tira na orquestra e eles também acham que ela dura mais.
Isso também é algo subjetivo, e é sempre bom conhecer mais de uma resina, para poder ter alguma referência e/ou mais opções.
Se a crina for nova e a resina não estiver pegando, é sempre bom lembrar que é preciso passar muita resina nas primeiras vezes, para ela "aderir" na crina.
Depois, é só usar a quantidade que você está acostumado.
Se o problema continuar, pode ser crina de má qualidade ou resina velha.
Há pouco tempo, encrinei meu arco no Guasti & Bottoni, mas a crina não pegava resina direito.
Fiquei intrigada, até que um colega perguntou: sua resina não está velha?
E estava...
A crina dura três, quatro anos, mas tem contrabaixista que encrina de ano em ano ou de dois em dois anos.
Isso depende da crina, da resina, das suas exigências e da sua situação financeira.
Eu não sei o tempo de vida útil de uma resina.
Um pote de resina dura muitos anos comigo, mas a minha resina que não estava pegando na crina tinha mais de dez anos, hahaha!
Acredito que o tempo de uma resina fique entre três e quatro anos, mas não posso precisar isso para você.
No mais, cuide da sua resina, principalmente a Pop's, que derrete até em gaveta.
Não a deixe sob calor excessivo, nem ao sol, e mantenha a fofa na caixinha original.
Sobre as variações climáticas, elas também interferem no resultado sonoro.
Há alguns anos, fiz uns concertos sinfônicos na praia.
A ventania úmida, fez com que a crina ficasse molhada e pegajosa, até que o som sumiu, porque a crina ficou completamente "lisa".
E dá-lhe resina, porque o som deixava de existir a cada vez que a crina ficava "lisa"...
Talvez você queira saber quando uma crina é ruim ou não.
Eu só sei quando toco.
Por isso, é importante encrinar o arco em profissionais gabaritados e confiáveis, porque eles têm mais de uma opção de crina e poderão dizer para você qual é a melhor.
Sem contar que não adianta crina boa num arco mal encrinado.
No mais, usar resina todo o dia é saudável e protege a crina do atrito excessivo com a corda.
Penso também que não deve estar havendo nenhum problema com a sua crina ou com a sua resina, e que você só precisa se informar melhor sobre a frequência de utilização da resina com o seu professor e com os colegas para que você possa, a partir daí, fazer as suas experimentações sem preocupações, e chegar ao que é bom para você.
Quando você estiver com o Alexandre Rosa, mande meu abraço contrabaixístico para ele, ok?
Boa sorte e abraços contrabaixísticos procê.
____________________________
Divida a ideia e multiplique o resultado: perguntas e respostas técnicas se tornam solidárias, se postadas em fórum aberto!
voilamarques.com
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Voila, muitíssimo obrigado pela elaborada e paciente resposta! Acho que eu estava passando pouca resina pelo tempo que tenho estudado.
Por curiosidade, quanto custa para recrinar um arco com uma boa crina, num bom profissional (Guasti e Bottoni?)?
Pode deixar que eu mando um abraço pro Alex quando vê-lo novamente!
Um abraço
Por curiosidade, quanto custa para recrinar um arco com uma boa crina, num bom profissional (Guasti e Bottoni?)?
Pode deixar que eu mando um abraço pro Alex quando vê-lo novamente!
Um abraço
LucasJazz- Membro
- Mensagens : 95
Localização : Ribeirão Preto SP
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Ola Lucas, possuo a mesma marca de resina e toco há um ano em um arco Guasti e Bottoni tbm. No meu caso nunca aconteceu isso, passo resina uma vez por ensaio ou num dia de estudo. A ilustríssima Voila creio que deu todas as possibilidades, como minha regiao é mais umida, sul de minas acredito que pode ser por isso de não ressecar. Não sei se afeta o breu, mas costumo as vezes deixar um pouco no sol. Eu estou satisfeito com o breu pops e tbm da crina que veio o arco. Abraço
Anderson Bacha- Membro
- Mensagens : 40
Localização : São Lourenço MG
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Aproveitando o tópico: estou pensando em comprar um arco novo já que o que tenho foi o que veio com o contrabaixo. Alguém tem o contatado do Elias Guasti?
Eu uso o breu Pops, pois é o que o pessoal aqui da cidade usa. O problema que a variação climática aqui (em um dia tá -2° no outro 30°) faz com que o breu varie muito o seu estado físico e cada dia o breu tá num formato diferente.
Eu uso o breu Pops, pois é o que o pessoal aqui da cidade usa. O problema que a variação climática aqui (em um dia tá -2° no outro 30°) faz com que o breu varie muito o seu estado físico e cada dia o breu tá num formato diferente.
camilom- Membro
- Mensagens : 112
Localização : Santa Maria -RS
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
camilom escreveu:Aproveitando o tópico: estou pensando em comprar um arco novo já que o que tenho foi o que veio com o contrabaixo. Alguém tem o contatado do Elias Guasti?
Eu uso o breu Pops, pois é o que o pessoal aqui da cidade usa. O problema que a variação climática aqui (em um dia tá -2° no outro 30°) faz com que o breu varie muito o seu estado físico e cada dia o breu tá num formato diferente.
Ola Camilom, possuo este numero do Elias (27)32761335. Espero que consiga falar com ele. Gostei dos arcos e indico. Abraço.
Anderson Bacha- Membro
- Mensagens : 40
Localização : São Lourenço MG
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Acho que o Elias Guasti tem outro número de telefone também: (27) 3276-1040.
Abraço
Abraço
LucasJazz- Membro
- Mensagens : 95
Localização : Ribeirão Preto SP
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Valeu! Vou tentar falar com ele.
Abraço
Abraço
camilom- Membro
- Mensagens : 112
Localização : Santa Maria -RS
Re: Estou tendo que passar breu todo dia no arco, qual o problema?
Desculpem-me entrar em assunto tão específico, mas fiquei com vontade de contar uma pequenina história...
Lá pela metade dos anos 80, quando comecei o estudar o acústico, não encontrávamos breu por estas bandas de BH, de jeito nenhum - nem importado. Não havia...era como cabeça de bacalhau...e quem tinha, se tinha, um canal para conseguir, guardava com ele a sete chaves.
Resultado...ia ao Mercado Central numa loja de produtos químicos, que nem sei se existe mais, e já esqueci o nome, comprava uns bagulhos lá, que também não me lembro, jogava uns tantos numa panela, no olhômetro mesmo, derretia e misturava tudo, e torcia com todas as forças para dar certo. Às vezes, repetia o processo umas 3 vezes para chegar a um resultado mais ou menos. Minha mãe e depois minha esposa ficavam bravas comigo, pois esta operação acabava com as panelas que usava - grudava e não saia mais.
Era difícil caminhar para frente, e a vontade de desistir era constante...
Lá pela metade dos anos 80, quando comecei o estudar o acústico, não encontrávamos breu por estas bandas de BH, de jeito nenhum - nem importado. Não havia...era como cabeça de bacalhau...e quem tinha, se tinha, um canal para conseguir, guardava com ele a sete chaves.
Resultado...ia ao Mercado Central numa loja de produtos químicos, que nem sei se existe mais, e já esqueci o nome, comprava uns bagulhos lá, que também não me lembro, jogava uns tantos numa panela, no olhômetro mesmo, derretia e misturava tudo, e torcia com todas as forças para dar certo. Às vezes, repetia o processo umas 3 vezes para chegar a um resultado mais ou menos. Minha mãe e depois minha esposa ficavam bravas comigo, pois esta operação acabava com as panelas que usava - grudava e não saia mais.
Era difícil caminhar para frente, e a vontade de desistir era constante...
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Finou? Tá bão. O resto é dedo - CT. Colela.
Se traste fosse bom não tinha este nome - Cláudio Cuoco.
Tocar fretless é uma arte. Desafinar faz parte - Márcio Azzarini.
"Toma, que esta p**** não afina" (Sobre o baixo fretless) - Luizão Maia para o Arthur Maia.
Tarcísio Caetano- Membro
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