Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
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Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Boa Noite Pessoal!
Fuçando na internet eu encontrei esta entrevista com Carlos Assale, o responsável pelo licenciamento da Giannini junto a Fender!
Apesar de eu já ter escutado que "Fender Made in Brazil" é falso, não existe, é mito, coisa para enganar trouxas e etc...
Se alguém tiver um Jazz Bass da série Southern Cross e querer vender por acreditar que ele é mito, vende o mito prá mim!!!
(Fonte: http://brazilianguitars.blogspot.com.br/2010/01/fender-southern-cross-parte-1.html)
(Fonte: http://brazilianguitars.blogspot.com.br/2010/01/fender-southern-cross-parte-2.html)
Olá leitores. O assunto desse e do próximo post é a linha Southern Cross da Fender. Alguns devem estar se perguntando sobre o que que isso tem a ver com o blog, que se chama “Brazilian Guitars”. A resposta é simples. Essa série era fabricada no Brasil, pela Giannini de 1992 a 1995, sob supervisão da Fender. Um funcionário vinha dos Estados Unidos regularmente verificar a produção. Nesse primeiro post sobre essa linha, postarei uma entrevista com o Carlos Assale, responsável pelas guitarras “Fender by Giannini”. Essa entrevista também está disponível na comunidade “Guitarras Fender”, no Orkut.
“Entrevistador: Carlos Assale, você foi o responsável pelas Fender by Giannini. Como foi possível licenciar a marca Fender?
Carlos Assale: É verdade, o projeto Southern Cross. A Giannini tinha conseguido em 1990 uma licença para a fabricação das Fender aqui. O objetivo da fábrica americana era ter um fornecedor de violões tradicional, a quem pudesse confiar essa linha de instrumentos. Foi uma troca de interesses. Coincidentemente, foi na mesma época que eu estava deixando a Dolphin. O Giorgio Giannini - que apesar de ferrenho concorrente tinha comigo uma relação de amizade, respeito e admiração - me convidou para assumir a direção técnica da empresa e, entre outras coisas, tocar o projeto Fender/Giannini. Começamos a trabalhar em 1991 e enviar amostras para aprovação. Eu fui a interface com a Fender, acompanhado do Roberto Giannini. Visitamos as fábricas de Ensenada e Corona muitas vezes, trabalhamos o produto, demos aulas sobre design e fabricação de acústicos. Aprovamos o braço em pouco tempo mas o corpo levou uns dois anos e MUITAS amostras - foi preciso muitas mudanças de ferramental. É incrível como a Fender é sensível ao shape da Stratocaster, que é na verdade sua marca registrada, sua identificação. No fim recebemos um fax do Dan Smith, diretor de marketing da Fender, dizendo que o produto tinha melhorado 4000% e que a confiança era tanta que pela primeira vez eles iriam permitir que um produto produzido fora de suas fábricas e sem seu envolvimento comercial ostentasse o nome Fender no headstock. Fabricávamos em lotes e eles só iam para o mercado depois que um representante deles viesse fazer uma minuciosa inspeção. Elas eram até pesadas! Foram produzidos cerca de 5000 instrumentos de 1993 a 1995. O projeto foi abortado porque as peculiaridades econômicas do Brasil somadas ao royalty muito alto tornaram tudo economicamente inviável. As más línguas dizem que foi por problemas técnicos que tudo parou, mas nunca houve nenhum problema desse tipo.
E: As Fender brasileiras tinham a mesma qualidade que as americanas, mexicanas e japonesas?
C.A.: Conheci bem essas fábricas e seus produtos. Posso dizer com segurança que, fora o hardware e a captação, não há nenhuma diferença em relação às americanas. Com as outras não há nenhuma. É o que o pessoal que vem testando e comparando tem descoberto. Existem Fender feitas em todos os lugares do mundo, dos EUA a Coréia, passando por Japão e México, até no Brasil já foram feitas (pela Giannini, sob licença conhecidas como Fender Southern Cross, mas foram produzidas Stratos e não Teles por aqui), sem falar nas atuais Squier, sub linha da Fender. Eu tenho uma desde 93 e fiz um upgrade com Texas Special, tarraxas Gotoh, escudo white pearl, neckplate, ponte, knobs, strap lock, trastes dunlop, mudei a cor e parte elétrica tudo original e também tenho uma American Standard desde 96 que continua original. A Southtern Cross, ficou muito boa!, mas não ficou nelhor que a americana. A propósito, até onde eu sei ela foi produzida em nas cores preta, azul com preto tipo sunburst e vermelha. Inclusive já vi algumas Stratosonic transformadas com pickups encapados tipo Lace Sensor, não se enganem, são Giannini mesmo, e não foram usados nas Fender.”
As Southern Cross ainda são bastante admiradas por muitos e também odiada por outros. Um dos motivos é seu corpo em cedro, que é completamente diferente do Alder utilizado nas Fender americanas e mexicanas, descaracterizando o timbre de Stratocaster. Um outro motivo é um velho conhecido nosso: o preconceito contra instrumentos brasileiros. Mas de qualquer maneira, eram guitarras muito interessantes e com preço acessível na época.
Olá. Hoje, a segunda parte da postagem sobre a Fender Southern Cross Series by Giannini. Escreverei os detalhes sobre essa linha. A maioria dos dados por Carlos Assale.
-Fabricante: Giannini, já na atual fábrica na cidade de Salto/SP
-Período de fabricação: 1992 a 1995
-Produção: 5 mil exemplares
-Custo no lançamento: R$ 350,00. Em 1994, houve o Plano Real e nossa moeda ficou paritária com o dólar norte-americano.
-Madeiras: corpo – cedro; braço e escala – pau-marfim
-Hardware: Não há nenhuma identificação específica.
-Escudo: vinham já montados principalmente da Coréia, principalmente da Cor-Tek (hoje Cort). Eles também fabricam os Mighty Mite e os EMG Select, portanto todos têm o mesmo DNA.
Escudo branco, captadores com os polos aparentes, knobs de plástico, tipo strato.
Cordas: .009
-Headstock:
Frente: logotipo Fender PRATEADO com margem preta, STRATOCASTER Made In Brazil, Southern Cross (com as cinco estrelinhas do Cruzeiro do Sul acima do "n") ou Squier Series
Traseira: MANUFACTURED UNDER LICENCE
FENDER MUSICAL INSTRUMENTS INC.
USA
CGC: 61.196.119/0001-76
*As primeiras guitarras fabricadas no Brasil saíram com o selo "Squier". Posteriormente, foi criado o logo "Southern Cross ".
-Cores: Vermelho metálico, Sunburst azul (Moonburst) e Preto
*Portanto, não existem Fender SC de outras cores...
Versão canhota: A única Fender Southern Cross foi feita especialmente para o guitarrista Edgar Scandurra.
*"30 moscas brancas": Há 30 Fenders Southern Cross com parte elétrica americana (escudo, chave e captadores). Isto se deu porque o fabricante coreano atrasou a entrega, e o Assale providenciou uma importação direto dos EUA.
-Potenciômetros: CTS americanos.
*Quando a Giannini deixou de fabricar a Fender Stratocaster Southern Cross, devido ao "custo brasil" e ao altíssimo royalties pagos à matriz norte-americana, para não perder mercado, foi criada a Giannini Stratosonic e, posteriormente, a Supersonic, que eram semelhantes ou parecidas, mas não iguais.
É um equívoco afirmar que a Southern Cross e as stratos Giannini são a mesma coisa, porque o headstock é diferente, o corpo é diferente, não seguem em nada o padrão das Fenders Southern Cross. O controle de qualidade das Fender era bastante rigoroso. Antes de o lote ser liberado para o mercado brasileiro, vinha um técnico norte-americano da Fender e examinava guitarra por guitarra, inclusive pesando cada uma, para ver se estava no padrão. Um outro detalhe é que a Fender Southern Cross, devido a madeira utilizada, é mais pesada do que as vendidas na época, fabricadas no México e nos EUA.
-Último lote: 1995
Espero que tenham gostado!
Fuçando na internet eu encontrei esta entrevista com Carlos Assale, o responsável pelo licenciamento da Giannini junto a Fender!
Apesar de eu já ter escutado que "Fender Made in Brazil" é falso, não existe, é mito, coisa para enganar trouxas e etc...
Se alguém tiver um Jazz Bass da série Southern Cross e querer vender por acreditar que ele é mito, vende o mito prá mim!!!
(Fonte: http://brazilianguitars.blogspot.com.br/2010/01/fender-southern-cross-parte-1.html)
(Fonte: http://brazilianguitars.blogspot.com.br/2010/01/fender-southern-cross-parte-2.html)
Olá leitores. O assunto desse e do próximo post é a linha Southern Cross da Fender. Alguns devem estar se perguntando sobre o que que isso tem a ver com o blog, que se chama “Brazilian Guitars”. A resposta é simples. Essa série era fabricada no Brasil, pela Giannini de 1992 a 1995, sob supervisão da Fender. Um funcionário vinha dos Estados Unidos regularmente verificar a produção. Nesse primeiro post sobre essa linha, postarei uma entrevista com o Carlos Assale, responsável pelas guitarras “Fender by Giannini”. Essa entrevista também está disponível na comunidade “Guitarras Fender”, no Orkut.
“Entrevistador: Carlos Assale, você foi o responsável pelas Fender by Giannini. Como foi possível licenciar a marca Fender?
Carlos Assale: É verdade, o projeto Southern Cross. A Giannini tinha conseguido em 1990 uma licença para a fabricação das Fender aqui. O objetivo da fábrica americana era ter um fornecedor de violões tradicional, a quem pudesse confiar essa linha de instrumentos. Foi uma troca de interesses. Coincidentemente, foi na mesma época que eu estava deixando a Dolphin. O Giorgio Giannini - que apesar de ferrenho concorrente tinha comigo uma relação de amizade, respeito e admiração - me convidou para assumir a direção técnica da empresa e, entre outras coisas, tocar o projeto Fender/Giannini. Começamos a trabalhar em 1991 e enviar amostras para aprovação. Eu fui a interface com a Fender, acompanhado do Roberto Giannini. Visitamos as fábricas de Ensenada e Corona muitas vezes, trabalhamos o produto, demos aulas sobre design e fabricação de acústicos. Aprovamos o braço em pouco tempo mas o corpo levou uns dois anos e MUITAS amostras - foi preciso muitas mudanças de ferramental. É incrível como a Fender é sensível ao shape da Stratocaster, que é na verdade sua marca registrada, sua identificação. No fim recebemos um fax do Dan Smith, diretor de marketing da Fender, dizendo que o produto tinha melhorado 4000% e que a confiança era tanta que pela primeira vez eles iriam permitir que um produto produzido fora de suas fábricas e sem seu envolvimento comercial ostentasse o nome Fender no headstock. Fabricávamos em lotes e eles só iam para o mercado depois que um representante deles viesse fazer uma minuciosa inspeção. Elas eram até pesadas! Foram produzidos cerca de 5000 instrumentos de 1993 a 1995. O projeto foi abortado porque as peculiaridades econômicas do Brasil somadas ao royalty muito alto tornaram tudo economicamente inviável. As más línguas dizem que foi por problemas técnicos que tudo parou, mas nunca houve nenhum problema desse tipo.
E: As Fender brasileiras tinham a mesma qualidade que as americanas, mexicanas e japonesas?
C.A.: Conheci bem essas fábricas e seus produtos. Posso dizer com segurança que, fora o hardware e a captação, não há nenhuma diferença em relação às americanas. Com as outras não há nenhuma. É o que o pessoal que vem testando e comparando tem descoberto. Existem Fender feitas em todos os lugares do mundo, dos EUA a Coréia, passando por Japão e México, até no Brasil já foram feitas (pela Giannini, sob licença conhecidas como Fender Southern Cross, mas foram produzidas Stratos e não Teles por aqui), sem falar nas atuais Squier, sub linha da Fender. Eu tenho uma desde 93 e fiz um upgrade com Texas Special, tarraxas Gotoh, escudo white pearl, neckplate, ponte, knobs, strap lock, trastes dunlop, mudei a cor e parte elétrica tudo original e também tenho uma American Standard desde 96 que continua original. A Southtern Cross, ficou muito boa!, mas não ficou nelhor que a americana. A propósito, até onde eu sei ela foi produzida em nas cores preta, azul com preto tipo sunburst e vermelha. Inclusive já vi algumas Stratosonic transformadas com pickups encapados tipo Lace Sensor, não se enganem, são Giannini mesmo, e não foram usados nas Fender.”
As Southern Cross ainda são bastante admiradas por muitos e também odiada por outros. Um dos motivos é seu corpo em cedro, que é completamente diferente do Alder utilizado nas Fender americanas e mexicanas, descaracterizando o timbre de Stratocaster. Um outro motivo é um velho conhecido nosso: o preconceito contra instrumentos brasileiros. Mas de qualquer maneira, eram guitarras muito interessantes e com preço acessível na época.
Olá. Hoje, a segunda parte da postagem sobre a Fender Southern Cross Series by Giannini. Escreverei os detalhes sobre essa linha. A maioria dos dados por Carlos Assale.
-Fabricante: Giannini, já na atual fábrica na cidade de Salto/SP
-Período de fabricação: 1992 a 1995
-Produção: 5 mil exemplares
-Custo no lançamento: R$ 350,00. Em 1994, houve o Plano Real e nossa moeda ficou paritária com o dólar norte-americano.
-Madeiras: corpo – cedro; braço e escala – pau-marfim
-Hardware: Não há nenhuma identificação específica.
-Escudo: vinham já montados principalmente da Coréia, principalmente da Cor-Tek (hoje Cort). Eles também fabricam os Mighty Mite e os EMG Select, portanto todos têm o mesmo DNA.
Escudo branco, captadores com os polos aparentes, knobs de plástico, tipo strato.
Cordas: .009
-Headstock:
Frente: logotipo Fender PRATEADO com margem preta, STRATOCASTER Made In Brazil, Southern Cross (com as cinco estrelinhas do Cruzeiro do Sul acima do "n") ou Squier Series
Traseira: MANUFACTURED UNDER LICENCE
FENDER MUSICAL INSTRUMENTS INC.
USA
CGC: 61.196.119/0001-76
*As primeiras guitarras fabricadas no Brasil saíram com o selo "Squier". Posteriormente, foi criado o logo "Southern Cross ".
-Cores: Vermelho metálico, Sunburst azul (Moonburst) e Preto
*Portanto, não existem Fender SC de outras cores...
Versão canhota: A única Fender Southern Cross foi feita especialmente para o guitarrista Edgar Scandurra.
*"30 moscas brancas": Há 30 Fenders Southern Cross com parte elétrica americana (escudo, chave e captadores). Isto se deu porque o fabricante coreano atrasou a entrega, e o Assale providenciou uma importação direto dos EUA.
-Potenciômetros: CTS americanos.
*Quando a Giannini deixou de fabricar a Fender Stratocaster Southern Cross, devido ao "custo brasil" e ao altíssimo royalties pagos à matriz norte-americana, para não perder mercado, foi criada a Giannini Stratosonic e, posteriormente, a Supersonic, que eram semelhantes ou parecidas, mas não iguais.
É um equívoco afirmar que a Southern Cross e as stratos Giannini são a mesma coisa, porque o headstock é diferente, o corpo é diferente, não seguem em nada o padrão das Fenders Southern Cross. O controle de qualidade das Fender era bastante rigoroso. Antes de o lote ser liberado para o mercado brasileiro, vinha um técnico norte-americano da Fender e examinava guitarra por guitarra, inclusive pesando cada uma, para ver se estava no padrão. Um outro detalhe é que a Fender Southern Cross, devido a madeira utilizada, é mais pesada do que as vendidas na época, fabricadas no México e nos EUA.
-Último lote: 1995
Espero que tenham gostado!
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Nunca dei a mínima para baixos caros, de marca, exceto os RK's, já não posso dizer o mesmo sobre pedais overdrive. Obrigado JAZZigo.
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Muito boa a entrevista. Gosto de ler sobre a história desses antigos instrumentos. Pelo que pude ler por aqui mesmo, o Assale fez um ótimo trabalho na Dolphin. Tenho um Southern Cross encostado pra ser reformado um dia (tensor, escala, tarraxas, saddles ou ponte, potenciômetros). Depois de tantos textos lidos, o baixo ganhou importância pra mim. Talvez não seja um exemplar verdadeiro (algumas características batem com aquele tópico do Maurício Expressão), e caso seja, não terá muito dos aspectos que denotam originalidade depois da reforma. Valerá então pelo apego. hehe
Laysson- Membro
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Entrevista muito estranha...
Anos para se desenvolver o corpo de uma guitarra banal como a Strato?
As Giannini Stratosonic e Supersonic existiam muito antes da Giannini sonhar em ter um contrato com a Fender.
Essa história está muito mal contada...
Anos para se desenvolver o corpo de uma guitarra banal como a Strato?
*Quando a Giannini deixou de fabricar a Fender Stratocaster Southern Cross, devido ao "custo brasil" e ao altíssimo royalties pagos à matriz norte-americana, para não perder mercado, foi criada a Giannini Stratosonic e, posteriormente, a Supersonic, que eram semelhantes ou parecidas, mas não iguais.
As Giannini Stratosonic e Supersonic existiam muito antes da Giannini sonhar em ter um contrato com a Fender.
Essa história está muito mal contada...
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Houve séries com o nome de Stratosonic e Supersonic antes e depois do contrato com a Fender. Aliás, a Giannini deve adorar este nome!
Pelo que li em outras matérias, a demora não é exatamente em desenvolver um corpo, isso para uma empresa do ramo de instrumentos musicais é coisa pouca, o problema foi desenvolver um corpo com madeira nacional que a fender aprovasse.
Foram muitas idas e vindas Brasil x EUA até que um protótipo fosse aprovado, com os baixos foi pior, tanto é que foram produzidas + ou - 5 mil guitarras e apenas 200 baixos.
Pelo que li em outras matérias, a demora não é exatamente em desenvolver um corpo, isso para uma empresa do ramo de instrumentos musicais é coisa pouca, o problema foi desenvolver um corpo com madeira nacional que a fender aprovasse.
Foram muitas idas e vindas Brasil x EUA até que um protótipo fosse aprovado, com os baixos foi pior, tanto é que foram produzidas + ou - 5 mil guitarras e apenas 200 baixos.
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
GeTorres escreveu:Houve séries com o nome de Stratosonic e Supersonic antes e depois do contrato com a Fender. Aliás, a Giannini deve adorar este nome!
Pelo que li em outras matérias, a demora não é exatamente em desenvolver um corpo, isso para uma empresa do ramo de instrumentos musicais é coisa pouca, o problema foi desenvolver um corpo com madeira nacional que a fender aprovasse.
Foram muitas idas e vindas Brasil x EUA até que um protótipo fosse aprovado, com os baixos foi pior, tanto é que foram produzidas + ou - 5 mil guitarras e apenas 200 baixos.
Então as Stratosonic e Supersonic não foram "criadas" depois do fim do contrato com a Fender.
Na boa, se a Giannini tivesse passado por tantos aprimoramentos assim sairia dessa brincadeira com uma qualidade muito superior àquela dos instrumentos da marca do fim dos anos 90. Até hoje os melhores instrumentos Giannini são os mais antigos, muito antes de qualquer evento narrado nessa entrevista.
A Taurus herdou o maquinário da Beretta e até hoje faz armas de nível internacional. Os instrumentos Giannini não tem nenhuma condição de competir lá fora...
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allexcosta- Administrador
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
No fim das contas, a Giannini perdeu uma oportunidade única de se projetar mundialmente como um fabricante de tradição e qualidade.
Ela poderia ter tirado varias lições valiosas do contrato, mas ao que tudo indica, ela apenas eprendeu o lado errado do contrato.
Quanto á série da discórdia, eu entendi que foi fabricado mais uma série com nome que a fabrica acha ser "pomposo" e não que as series stratosonic e supersonic tenham sido criadas com o fim do contrato, eu tive um supersonic bass de 1973...
A visão comercial da taurus é comercial e da Giannini ao que tudo indica é familiar.
Empresas familiares que não são administradas com realismo, visão comercial, foco, mérito e sem paternalismos não prosperam
Ela poderia ter tirado varias lições valiosas do contrato, mas ao que tudo indica, ela apenas eprendeu o lado errado do contrato.
Quanto á série da discórdia, eu entendi que foi fabricado mais uma série com nome que a fabrica acha ser "pomposo" e não que as series stratosonic e supersonic tenham sido criadas com o fim do contrato, eu tive um supersonic bass de 1973...
A visão comercial da taurus é comercial e da Giannini ao que tudo indica é familiar.
Empresas familiares que não são administradas com realismo, visão comercial, foco, mérito e sem paternalismos não prosperam
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
GeTorres escreveu:No fim das contas, a Giannini perdeu uma oportunidade única de se projetar mundialmente como um fabricante de tradição e qualidade.
Ela poderia ter tirado varias lições valiosas do contrato, mas ao que tudo indica, ela apenas eprendeu o lado errado do contrato.
Lições sim, mas não acredito que a Giannini conseguiria projeção mundial. É muito difícil para uma empresa Brasileira competir lá fora. O custo e a burocracia do Brasil não permitem...
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allexcosta- Administrador
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
E aqui dentro a maioria não valoriza o produto nacional e as fabricas parecem que gostam disso, cada vez mais fabricam na china com qualidade xingling e quem que um produto bom, honesto e nacional, tem que recorrer a luthierias como o MLaghus, S.Martin, Tigueiz e tantos outros.
Talvez ela não conseguisse projeção mundial em vendas, mas se conseguisse impor seu nome lá fora como uma empresa de produtos de qualidade, ajudaria muito ela aqui dentro...
É utópico o que vou dizer, mas se ela tivesse aproveitado bem do contrato e da troca de experiências com a Fender e tivesse seguido o "Padrão fender de qualidade" acredito que muitos baixistas que tem um fender comprariam um Giannini.
Seria mais difícil para a Fender se estabelecer aqui no Brasil se tivesse uma empresa com suporte para enfrentá-los em pé de igualdade.
É claro, se a qualidade fosse 'pau-a-pau' e isso, hoje, é utopia...
Talvez ela não conseguisse projeção mundial em vendas, mas se conseguisse impor seu nome lá fora como uma empresa de produtos de qualidade, ajudaria muito ela aqui dentro...
É utópico o que vou dizer, mas se ela tivesse aproveitado bem do contrato e da troca de experiências com a Fender e tivesse seguido o "Padrão fender de qualidade" acredito que muitos baixistas que tem um fender comprariam um Giannini.
Seria mais difícil para a Fender se estabelecer aqui no Brasil se tivesse uma empresa com suporte para enfrentá-los em pé de igualdade.
É claro, se a qualidade fosse 'pau-a-pau' e isso, hoje, é utopia...
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Há muito mito nisso tudo.
A própria Fender não conseguia fazer um baixo decente no início dos anos 90.
Sei lá, é aquela história do logo no headstock fazendo mágica...
A própria Fender não conseguia fazer um baixo decente no início dos anos 90.
Sei lá, é aquela história do logo no headstock fazendo mágica...
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allexcosta- Administrador
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
E no final das contas, deve ser somente isso mesmo.
Um nome e um desenho de headstock que mudaram a história. E criou-se o mito, nada mais!
Um nome e um desenho de headstock que mudaram a história. E criou-se o mito, nada mais!
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Giannini : um dos grandes exemplos de empresa familiar que conseguiu um nome conhecido (a coisa mais valiosa para uma empresa) e não sobe aproveitar!
99% das empresas familiares tem a "mente" fechada mesmo!
Ela deveria fazer o possível para segurar este joint com a Fender....
Iria ser referencia para a Giannini e iria aprender a fazer instrumentos (digo em relação aos baixos e guitarras) melhores...
99% das empresas familiares tem a "mente" fechada mesmo!
Ela deveria fazer o possível para segurar este joint com a Fender....
Iria ser referencia para a Giannini e iria aprender a fazer instrumentos (digo em relação aos baixos e guitarras) melhores...
BigBoy- Membro
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Localização : Interior - SP
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Seria um sonho ver a nossa Gianinni oferecendo produtos reconhecidos internacionalmente hoje, já que ela tem no minimo 50 anos a mais de história que a Fender. Mas não deu.
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"A minha música é o reflexo da sinceridade."
Heitor Villa-Lobos
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Tenho um amigo que tem um baixo Fender Mexicano e outro tem um Japones e eu tenho esta linha Southern Cross, minha opinião e a deles, que o som do meu bass soa até mais "roncado". Um baixo que não deve a ninguém .
Nando Leandrez- Membro
- Mensagens : 2
Localização : Marilia
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
RodrigoBR escreveu:Seria um sonho ver a nossa Gianinni oferecendo produtos reconhecidos internacionalmente hoje, já que ela tem no minimo 50 anos a mais de história que a Fender. Mas não deu.
Em violões talvez...
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allexcosta- Administrador
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Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Nando Leandrez escreveu:Tenho um amigo que tem um baixo Fender Mexicano e outro tem um Japones e eu tenho esta linha Southern Cross, minha opinião e a deles, que o som do meu bass soa até mais "roncado". Um baixo que não deve a ninguém .
É esse da foto do seu avatar? Se for...sinto muito...esse não é southern cross não...
galegonobaixo- Membro
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Localização : Brasília
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Sou novo no fórum, muito legal essa entrevista. Tenho um Jazz Bass Southern Cross.
O meu veio com o logo Squier Series, mas coloquei um adesivo em cima qdo comprei.
Comprei ele em 94 novo na loja.
Agora sei que a cor dele é Moonburst!! muito legal!
Seguem as fotos.
Troquei o escudo original branco e os knobs.
Ps: Não vendo
[]s
O meu veio com o logo Squier Series, mas coloquei um adesivo em cima qdo comprei.
Comprei ele em 94 novo na loja.
Agora sei que a cor dele é Moonburst!! muito legal!
Seguem as fotos.
Troquei o escudo original branco e os knobs.
Ps: Não vendo
[]s
chimux- Membro
- Mensagens : 1
Localização : São Paulo
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Aproveitando que o tópico está alto eu gostaria de fazer uma pergunta que sempre me intrigou;;
Como se sabe que foram apenas cerca de 200 instrumentos ( no caso baixos ) produzidos? Houve alguma declaração de uma fonte ligada a fender ou giannini que disse isso?
Longe de duvidar da informação em si mas apenas curiosidade de saber de onde ela veio
Como se sabe que foram apenas cerca de 200 instrumentos ( no caso baixos ) produzidos? Houve alguma declaração de uma fonte ligada a fender ou giannini que disse isso?
Longe de duvidar da informação em si mas apenas curiosidade de saber de onde ela veio
Marlim- Membro
- Mensagens : 492
Localização : BH
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
^ Essa informação é dada pelo próprio Carlos Assale, que era o supervisor da produção.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Mauricio Luiz Bertola escreveu:^ Essa informação é dada pelo próprio Carlos Assale, que era o supervisor da produção.
Muito obrigado pela informação!
Marlim- Membro
- Mensagens : 492
Localização : BH
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
E hoje, misteriosamente, deve existir bem mais que 200 desses baixos circulando por aí!
pedrohenrique.astronauta- Membro
- Mensagens : 9200
Localização : Volta Redonda-RJ
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
pedrohenrique.astronauta escreveu:E hoje, misteriosamente, deve existir bem mais que 200 desses baixos circulando por aí!
hahaha certamente existem muito mais southern cross do que os que foram fabricados
Juro que nunca me conformei em existirem apenas 200 ( considerando 5000 instrumentos no total )
MAs o povo falsifica demais essa série...salvo engano os proprios baixos giannini da época eram bem parecidos com os souther cross e daí pra serem maquiados e vendidos como tal é um pulo
Eu tenho um southern cross autentico , porem apenas corpo , braço , escudo ponte e tarraxas são originais ...o dono anterior modificou brutalmente a parte eletrica do mesmo ( inclusive ficou com um p#$% som , apesar de que um pouco descaracterizado com a proposta original de um jazz bass ) dei sorte pq comprei -o num preço que julguei ser bom e o baixo realmente me agradou
Mas no fim das contas entendo bem pq sempre se parte do principio que todo souther cross é falso ( em especial esses que aparecem bem novinhos quase sem sinais da idade )
Marlim- Membro
- Mensagens : 492
Localização : BH
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Não faço a menor idéia, nem jamais ví esse tipo de coisa em qualquer dos (dezenas!) de Gianninis que já trabalhei como luthier.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Que pena :/, mas valeu aí!
Elifaz Marcos- Membro
- Mensagens : 2
Localização : Araraquara
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
O pessoal da gianini me deu a seguinte resposta pelo e-mail:
Olá Elifaz
O baixo modelo Jazz Bass, da Série Southern Cross, foi fabricado pela Giannini no Brasil, entre os anos de 1992 e 1995.
A Giannini fabricou estes baixos com autorização da Fender (USA), respeitando as especificações, desenhos e materiais definidos pela própria Fender, que periodicamente enviava inspetores de qualidade para a verificação e liberação dos lotes produzidos pela fábrica Giannini (localizada na época em Barueri/SP).
Obs.: a assinatura no braço (abaixo da parte parafusada), pode ser referente a um procedimento do controle de qualidade na época.
Apesar de ser um baixo com a marca Fender, as madeiras eram do mesmo tipo utilizado pela Giannini para fabricar seus baixos (com a marca Giannini), mas a seleção das madeiras obedecia o padrão estabelecido pela Fender.
As madeiras utilizadas eram as seguintes:
Corpo: Cedro
Braço: Pau-marfim
Escala: Pau-Ferro
Quanto aos outros componentes, os mesmos eram especificados pela Fender e importados pela Giannini (de fornecedores asiáticos especificados também pela própria Fender).
Att. Equipe Giannini
Olá Elifaz
O baixo modelo Jazz Bass, da Série Southern Cross, foi fabricado pela Giannini no Brasil, entre os anos de 1992 e 1995.
A Giannini fabricou estes baixos com autorização da Fender (USA), respeitando as especificações, desenhos e materiais definidos pela própria Fender, que periodicamente enviava inspetores de qualidade para a verificação e liberação dos lotes produzidos pela fábrica Giannini (localizada na época em Barueri/SP).
Obs.: a assinatura no braço (abaixo da parte parafusada), pode ser referente a um procedimento do controle de qualidade na época.
Apesar de ser um baixo com a marca Fender, as madeiras eram do mesmo tipo utilizado pela Giannini para fabricar seus baixos (com a marca Giannini), mas a seleção das madeiras obedecia o padrão estabelecido pela Fender.
As madeiras utilizadas eram as seguintes:
Corpo: Cedro
Braço: Pau-marfim
Escala: Pau-Ferro
Quanto aos outros componentes, os mesmos eram especificados pela Fender e importados pela Giannini (de fornecedores asiáticos especificados também pela própria Fender).
Att. Equipe Giannini
Elifaz- Membro
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Linha Fender Southern Cross - Informações
Última edição por BigBoy em Seg Set 02, 2024 1:46 pm, editado 24 vez(es) (Motivo da edição : atualizando informaçoes e adicionando mais fotos de exemplo)
BigBoy- Membro
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Lucas S Nepomuceno e fBraga gostam desta mensagem
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Primeiro e mais importante: parabéns pelas informações.
No link fala de 300 a 400 dos 3 modelos por bimestre... a informação que vc passou é de 500 por bimestre.
A verdade é que esse assunto sempre vai ter discrepâncias que não poderemos resolver, ou pela falta de registro da Gianinni ou pq quem poderia reafirmar ou se corrigir não esta mais entre nós.
No link fala de 300 a 400 dos 3 modelos por bimestre... a informação que vc passou é de 500 por bimestre.
A verdade é que esse assunto sempre vai ter discrepâncias que não poderemos resolver, ou pela falta de registro da Gianinni ou pq quem poderia reafirmar ou se corrigir não esta mais entre nós.
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Nossa!
Legal o seu post.
Ele quebra vários paradigmas, como por exemplo a informação de que foram feitas apenas 200 un de Fender Jazz Bass Southern Cross.
Sempre achei que os baixos com o headstock mais arredondado na parte inferior era falsificação e não falta de qualidade, pois é um erro muito grosseiro...
Mas como sempre apareceu muito mais baixos que guitarras a venda na internet, eu sempre achei que existia mais falsificação de baixos que de guitarras...
Legal o seu post.
Ele quebra vários paradigmas, como por exemplo a informação de que foram feitas apenas 200 un de Fender Jazz Bass Southern Cross.
Sempre achei que os baixos com o headstock mais arredondado na parte inferior era falsificação e não falta de qualidade, pois é um erro muito grosseiro...
Mas como sempre apareceu muito mais baixos que guitarras a venda na internet, eu sempre achei que existia mais falsificação de baixos que de guitarras...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
HenriqueBessa escreveu:
No link fala de 300 a 400 dos 3 modelos por bimestre... a informação que vc passou é de 500 por bimestre.
A verdade é que esse assunto sempre vai ter discrepâncias que não poderemos resolver, ou pela falta de registro da Gianinni ou pq quem poderia reafirmar ou se corrigir não esta mais entre nós.
Quando questionei sobre numero, ele deu um chute aproximado, acredito que seria nos momentos que maior produção.
Mas ele deixou bem claro que as guitarras tinham maior parcela na produção, os baixos era a metade em relação a quantidade de guitarra dos lotes... e os violões eram bem poucos... no então são mais raros dos 3 modelos.
Maurício_Expressão escreveu:Nossa!
Legal o seu post.
Ele quebra vários paradigmas, como por exemplo a informação de que foram feitas apenas 200 un de Fender Jazz Bass Southern Cross.
Sempre achei que os baixos com o headstock mais arredondado na parte inferior era falsificação e não falta de qualidade, pois é um erro muito grosseiro...
Mas como sempre apareceu muito mais baixos que guitarras a venda na internet, eu sempre achei que existia mais falsificação de baixos que de guitarras...
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Muito bom!
É uma honra receber um elogio de vcs e dos mestres Mauricio e o Bertola!!!
BigBoy- Membro
- Mensagens : 1517
Localização : Interior - SP
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
^ Obrigado, mas a honra é minha.
A pesquisa foi mui completa e mui bem feita.
A pesquisa foi mui completa e mui bem feita.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
BigBoy escreveu:
Quando questionei sobre numero, ele deu um chute aproximado, acredito que seria nos momentos que maior produção.
Mas ele deixou bem claro que as guitarras tinham maior parcela na produção, os baixos era a metade em relação a quantidade de guitarra dos lotes... e os violões eram bem poucos... no então são mais raros dos 3 modelos.
O que, de qualquer forma, leva a algum possível erro de interpretação da entrevista do Assale e tem, realmente, mais SC do que se pensava.
Novamente, parabéns por seguir na busca das informações.
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Ótima postagem BigBoy. Entrevista feita com um Luthier que estava lá é coisa quente!
O que eu fico mais chateado é que poderíamos ser referência no mundo tendo uma fábrica local, produzindo com madeira nacional, instrumentos da marca mais conceituada de eletroacústicos do mundo, e... deu no que deu.
Triste!
O que eu fico mais chateado é que poderíamos ser referência no mundo tendo uma fábrica local, produzindo com madeira nacional, instrumentos da marca mais conceituada de eletroacústicos do mundo, e... deu no que deu.
Triste!
Edão- Membro
- Mensagens : 1999
Localização : Rio Branco/AC
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Opa, já começo a ter esperanças na originalidade de meu "Southern Cross"
fotos dele
https://photos.google.com/share/AF1QipPMYbcjNjMnUn7xMOeifvBOpnWW-IMtRvgZiznUu5q6aLluERptecGe3HTM8wX1kw?key=MDlHbFlFS0VEOHVOSkZmcDIyZzdIRnlNZURnU2ZR
fotos dele
https://photos.google.com/share/AF1QipPMYbcjNjMnUn7xMOeifvBOpnWW-IMtRvgZiznUu5q6aLluERptecGe3HTM8wX1kw?key=MDlHbFlFS0VEOHVOSkZmcDIyZzdIRnlNZURnU2ZR
Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Danilo-Dog escreveu:Opa, já começo a ter esperanças na originalidade de meu "Southern Cross"
fotos dele
https://photos.google.com/share/AF1QipPMYbcjNjMnUn7xMOeifvBOpnWW-IMtRvgZiznUu5q6aLluERptecGe3HTM8wX1kw?key=MDlHbFlFS0VEOHVOSkZmcDIyZzdIRnlNZURnU2ZR
Belo baixo! Acredito ser original sim!
Ponte com 4 furações (algo que se manteve bem padrão nos baixos SC), posição e cores do decal ok e variação no formato Headstock conforme esperado. Pena que rasparam o “Made In Brazil”.
Última edição por BigBoy em Seg Nov 25, 2019 8:35 am, editado 1 vez(es)
BigBoy- Membro
- Mensagens : 1517
Localização : Interior - SP
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Obrigado, BigBoy.
Nossa nem tinha reparado na falta do Made in Brazil, comprei ele usado, se foi raspado não fui eu.
Ele veio com os dois caps com os polos escondidos, mas eu mudei o cap da ponte.
Quando comprei achei que ele era original pois um amigo tinha um idêntico (ou então capaz de ter sido o mesmo falsificador rsrs).
Nossa nem tinha reparado na falta do Made in Brazil, comprei ele usado, se foi raspado não fui eu.
Ele veio com os dois caps com os polos escondidos, mas eu mudei o cap da ponte.
Quando comprei achei que ele era original pois um amigo tinha um idêntico (ou então capaz de ter sido o mesmo falsificador rsrs).
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
É sim! Bate com as características que levantei sobre o modelo.
-As tarrachas foram trocas por Wilkinson;
- Corte no headstock com a ponta um pouco redondada, caracteristica dos ultimos 1994/95;
- Ponte com saddles grandes, com canal para os parafusos de altura.
- Corte da piscina OK, padrão Fender da época
-As tarrachas foram trocas por Wilkinson;
- Corte no headstock com a ponta um pouco redondada, caracteristica dos ultimos 1994/95;
- Ponte com saddles grandes, com canal para os parafusos de altura.
- Corte da piscina OK, padrão Fender da época
BigBoy- Membro
- Mensagens : 1517
Localização : Interior - SP
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
BigBoy escreveu:É sim! Bate com as características que levantei sobre o modelo.
-As tarrachas foram trocas por Wilkinson;
- Corte no headstock com a ponta um pouco redondada, caracteristica dos ultimos 1994/95;
- Ponte com saddles grandes, com canal para os parafusos de altura.
- Corte da piscina OK, padrão Fender da época
Massa Big Boy, valeu pela informação. Deixei o baixo para restauração com o Rodrigo Mozan (@rodrigomozan), luthier de referência em Fortaleza/CE em restauração e pintura. Comprei todo o hardware para troca, plates, tarraxas, ponte, parafusos, revisão na parte elétrica e regulagem. Resolvi trocar a ponte porque essa, as cordas tendem a sair do braço quando tô tocando, aí comprei uma menor. Quando tiver pronto, posto aqui pra vocês verem!!!
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Kim Franco escreveu:...o Rodrigo Mozan (@rodrigomozan), luthier de referência em Fortaleza/CE em restauração e pintura...
Kim, o Amorzão já está aceitando novos trabalhos?
fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Acho que sim, no primeiro contato que fiz com ele, aceitou o serviço. Porém a previsão é de 1 mês para entrega.
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Mozan é f***. Gosto do trabalho dele
patriciofernandes- Membro
- Mensagens : 1113
Localização : Campina Grande - PB
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
As considerações de BigBoy me fazem constatar que, na verdade, eu nunca vi um Southern Cross Falsificado dos anos 90, mas sim autênticos instrumentos de acabamento duvidoso. Sempre desconfiei: "como que uma empresa tão grande como a Giannini pudesse ter produzido somente 500 baixos Fenders?", ou, "por que haver tantas falsificações antigas de Fenders nacionais?". Sempre achei que as falsificações dos Southern Cross eram somente Gianinis antigos com o headstock alterado.
Acredito que as falsificações são mais comuns nos últimos 25 anos, com a entrada de produtos asiáticos; e a internet, que disseminou informações técnicas de produtos industrializados e métodos do yourself.
Acredito que as falsificações são mais comuns nos últimos 25 anos, com a entrada de produtos asiáticos; e a internet, que disseminou informações técnicas de produtos industrializados e métodos do yourself.
Dennis Messa- Membro
- Mensagens : 174
Localização : Novo Hamburgo, RS
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Boa tarde amigos do fórum, seguem alguma imagens do Fender Southern Cross restaurado pelo Rodrigo Mozan. O serviço durou quase 2 meses, troquei todas as ferragens exceto a ponte, que mantive a original da época. Foi lixado o braço e renovado o verniz, o escudo tirei a pintura preta velha e caraquenta que estava, trastes foram nivelados e polidos, parte elétrica revisada e regulado. Apenas não consegui baixar mais a tensão das cordas e alguns trastejados entre a 3ª e 5ª casa, apesar do tensor estar funcionando perfeitamente e os trastes estarem bem nivelados.
Segundo o Mozan, vai ser preciso lixar a escala para ficar nivelada também, muito provavelmente há alguma torção ou alguma parte da madeira deformou devido o tempo que baixo existe e porque ficou muito tempo sem regulagem, e também não foi guardado de forma adequada.
Alguém aqui já teve alguma problema desse tipo? O Baixo regulado com braço bem retinho, calçado, trastes nivelados, tensor 100% funcionando e ainda sim, não pegar a regulagem?
Vou levar para outra luthier, a Leiliane e ver a opinião dela... para quem deseja ver um vídeo dele funcionando nas mãos do Mozan, link tá abaixo:
Rodrigo Mozan IGTV
Segundo o Mozan, vai ser preciso lixar a escala para ficar nivelada também, muito provavelmente há alguma torção ou alguma parte da madeira deformou devido o tempo que baixo existe e porque ficou muito tempo sem regulagem, e também não foi guardado de forma adequada.
Alguém aqui já teve alguma problema desse tipo? O Baixo regulado com braço bem retinho, calçado, trastes nivelados, tensor 100% funcionando e ainda sim, não pegar a regulagem?
Vou levar para outra luthier, a Leiliane e ver a opinião dela... para quem deseja ver um vídeo dele funcionando nas mãos do Mozan, link tá abaixo:
Rodrigo Mozan IGTV
Última edição por Kim Franco em Qua Abr 29, 2020 4:04 pm, editado 2 vez(es)
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Alguém aqui já teve alguma problema desse tipo? O Baixo regulado com braço bem retinho, calçado, trastes nivelados, tensor 100% funcionando e ainda sim, não pegar a regulagem?
Já, e não é de todo incomum...
alguns trastejados entre a 3ª e 5ª casa
Esses trastes devem ser "tratados" individualmente.
Já, e não é de todo incomum...
alguns trastejados entre a 3ª e 5ª casa
Esses trastes devem ser "tratados" individualmente.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Kim Franco, amiguinho. Com uma sonzeira dessas o trastejamento sai na urina.
Faz o que o Bertola falou e seja feliz.
Tá legal o baixo e o som!
Faz o que o Bertola falou e seja feliz.
Tá legal o baixo e o som!
Edão- Membro
- Mensagens : 1999
Localização : Rio Branco/AC
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Edão escreveu:Kim Franco, amiguinho. Com uma sonzeira dessas o trastejamento sai na urina.
Faz o que o Bertola falou e seja feliz.
Tá legal o baixo e o som!
Só que esse vídeo foi antes de eu ir pegar o baixo, quando cheguei lá foi que notei que as cordas estavam bastante altas, nada confortável pra mim. Fomos ajustando juntos e conseguimos encontrar um meio termo, mas ainda sim, tenho que tocar sem empolgação senão sujam muito as notas.
Re: Fender Southern Cross - Entrevista com Carlos Assale
Parabéns Bigboy! Sua postagem foi muito esclarecedora. Acabou com vários mitos (negativos) envolvendo a originalidade da linha Southern Cross. Um trabalho de gigante e digno de nota!
Leandro Freire- Membro
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Localização : Espírito Santo
Leandro Freire gosta desta mensagem
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