Restauração.... Perde valor?

Também concordo que o que fazemos é projeção, Zubrycky. Mas quanto vale o melhor Giannini já produzido? Particularmente, pensando em preços justos, acho que até uns 2 mil num AEB8B da década de 70, ainda valha, mas um SC, ficaria na faixa dos 1200 ambos muito bem conservados. Pagaria estes valores só para ter um baixo destes.
Para um cara que quer uma coleção da história do contrabaixo no Brasil, talvez pagaria mais por estes modelos.

Cair, talvez não, mas a coisa se estabiliza, sobretudo, diante das várias opções.
Por exemplo, tenho um Fender Prodigy. São da mesma época e, talvez, tão raro quanto os Southern Cross (e soam bem melhor, acho). Realmente não espero que ele se valorize.

Por recente, falo última década. Naquele tópico da situação da Fender tem um exemplo bacana como ouve um boom e isso é recente. Acho que, em parte, a culpa é das inúmeras opções sem qualidade que foram surgindo nos últimos anos.

Agora, eu cedo quanto aos 20 anos. Se a gente considerar que nosso instrumento tem 60 de história. 20 é coisa pra caramba...

Quanto a valorização, acho que os Giannini ainda teriam muito que valorizar... Só que o meio musical ainda não viu isso... Eu vejo alguns Giannini anos 80, 90 até início de 2000, qndo ainda eram fabricados aqui no BR, com som muito melhor que um MiM, acabamento perfeito e sendo vendido a preço de banana... E se o vendedor tentar subir o preço, nem oferta recebe.

Os Southern Cross então nem se fala... Como já citaram, tem menos Southern Cross do que 60's no mercado, é um baixo que tem um SENHOR timbre, acabamento respeitável e não passa de 1,5k dilmas...

Alguém consegue explicar esse preconceito com os Gianocas?!?!

Indignação de um fã da Giannini em sua época de ouro a parte, quanto a pergunta do nosso amigo, concordo com o que já foi dito...
Perde o valor sim, principalmente se você colocar a pintura numa cor fora das padrão daquele modelo.

Deixa o soldado, velho de guerra, com as marcas de batalha dele...

rassan escreveu:Quanto a valorização, acho que os Giannini ainda teriam muito que valorizar... Só que o meio musical ainda não viu isso... Eu vejo alguns Giannini anos 80, 90 até início de 2000, qndo ainda eram fabricados aqui no BR, com som muito melhor que um MiM, acabamento perfeito e sendo vendido a preço de banana... E se o vendedor tentar subir o preço, nem oferta recebe.

Eu já penso o contrário é um baixo que sofre com o péssimo controle de qualidade, com componentes de qualidade duvidosa e com um som bem comum sem nada de especial. Algumas unidades produzidas na decada de 70 até merecem respeito porém a maioria não vale o preço que pedem.

CG escreveu:

rassan escreveu:Quanto a valorização, acho que os Giannini ainda teriam muito que valorizar... Só que o meio musical ainda não viu isso... Eu vejo alguns Giannini anos 80, 90 até início de 2000, qndo ainda eram fabricados aqui no BR, com som muito melhor que um MiM, acabamento perfeito e sendo vendido a preço de banana... E se o vendedor tentar subir o preço, nem oferta recebe.

Eu já penso o contrário é um baixo que sofre com o péssimo controle de qualidade, com componentes de qualidade duvidosa e com um som bem comum sem nada de especial. Algumas unidades produzidas na decada de 70 até merecem respeito porém a maioria não vale o preço que pedem.

CG, concordo que não é regra e que tem muita coisa bizarra... Depois dessa época então nem se fala com os "china" entrando na jogada... Não são baixos que dá pra comprar no escuro, simplismente pelo nome ou modelo... Tem que tocar e ver se é uma safra boa ou não.

Mas, em compensação, alguns que vi são de primeira, não deixando nada a dever pras outras marcas.

rassan escreveu:
Alguém consegue explicar esse preconceito com os Gianocas?!?!

Eu diria que esse preconceito é fruto de uma enorme culpa que deve ser atribuída integralmente para a própria Giannini, já que ela que não soube (Ou não quis) dar o devido controle de qualidade nos instrumentos produzidos.

Outros fatores a serem levados em consideração: Muita gente não sabe da existência dos melhores instrumentos já feitos por esta marca e muitas pessoas só tocaram com Gianninis mal feitos.

Além disso, também existem dois componentes minoritários que já vi serem parte desse preconceito: O complexo de vira-lata ("O Brasil não sabe fazer instrumento", já me disseram) e a idolatria pela Fender ("Instrumento pra mim é só Fender", "só Fender presta", também já me disseram)

Se bem que eu não reclamo desse preconceito pois graças a ele já fiz bons negócios.

rassan escreveu:Não são baixos que dá pra comprar no escuro, simplismente pelo nome ou modelo... Tem que tocar e ver se é uma safra boa ou não.

Acredite, esses baixos são bem raros, eu mesmo só ví dois na minha vida, um deles é o do Maurício. A grande maioria dos Gianninis são inferiores a Eagles SX ou Tagimas encontrados atualmente no mercado.

Só por que é Giannini o cara coloca um preço exorbitante.

Zubrycky escreveu:

Eu diria que esse preconceito é fruto de uma enorme culpa que deve ser atribuída integralmente para a própria Giannini, já que ela que não soube (Ou não quis) dar o devido controle de qualidade nos instrumentos produzidos.

Outros fatores a serem levados em consideração: Muita gente não sabe da existência dos melhores instrumentos já feitos por esta marca e muitas pessoas só tocaram com Gianninis mal feitos.

Além disso, também existem dois componentes minoritários que já vi serem parte desse preconceito: O complexo de vira-lata ("O Brasil não sabe fazer instrumento", já me disseram) e a idolatria pela Fender ("Instrumento pra mim é só Fender", "só Fender presta", também já me disseram)

Concordo 100%.

Zubrycky escreveu:

Se bem que eu não reclamo desse preconceito pois graças a ele já fiz bons negócios.

KKKKK... É verdade... eu tmbm não devia reclamar... Meus dois Gianninis peguei a preço de banana e não vendo nem por decreto
É o patriotismo querendo falar mais alto!!! rsrsrs

A minha intenção nem é de vender pois passei 8 anos xavecando esse baixo de um amigo.

logo postarei as fotos das suas marcas.

Tenho um Giannini AE08B todo original até a captação... e tudo funciona perfeitamente, esse eu nem coloco a mão pois tá zero bala.

Agora o Fender é questão de dó do instrumento, pois da pra ver que ele ja sofreu algumas quedas, mas nada que alterasse o instrumento. Estética ou frescura mesmo hahhaha.

Minha opnião, minha opnião, eu sonho em comprar um desse, e dessa cor, moonburst, eu restauraria, mas restauração mesmo, sem retirar a tinta original nem nada e mantinha ele em casa juntinho com seus amigos...

rassan escreveu:

KKKKK... É verdade... eu tmbm não devia reclamar... Meus dois Gianninis peguei a preço de banana e não vendo nem por decreto
É o patriotismo querendo falar mais alto!!! rsrsrs

Shhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

CG escreveu:
Só por que é Giannini o cara coloca um preço exorbitante.

Concordo.

Mas verdade seja dita: Esse fenômeno também acontece (E com uma frequência maior, eu diria) com a Fender...

CG escreveu:
Eu já penso o contrário é um baixo que sofre com o péssimo controle de qualidade, com componentes de qualidade duvidosa e com um som bem comum sem nada de especial. Algumas unidades produzidas na decada de 70 até merecem respeito porém a maioria não vale o preço que pedem.

Até aqui, me ative apenas ao fenômeno da valorização dos Gianninis antigos, fenômeno que observo desde os anos 90.

Se estes baixos valem ou não o que se pede por eles hoje, bom, esta é uma outra questão que deve ser discutida à parte.

Há alguns critérios que, ao meu ver, podem ser usados caso a caso para determinar, através da análise dos dados colhidos no final da aplicação de todos os critérios, o quanto o preço pedido por um Giannini antigo é justo ou não.

Que critérios são esses?

Ei-los aqui, separados em dois grupos: Critérios objetivos (Dados que independem de preferências pessoais) e critérios subjetivos (Dados que estão sujeitos ao gosto pessoal).

Critérios objetivos

1) Raridade do modelo: Um modelo mais raro vale mais do que um que seja mais abundante. Um Giannini Diamond, por exemplo, vale mais do que um Jazz Bass da Giannini dos anos 90.

2) Idade do modelo: Um modelo mais antigo vale mais do que um mais atual. Um Stratosonic dos anos 70, por exemplo, vale mais do que um dos anos 80.

3) Necessidade de reforma: Um instrumento que não precise de reforma vale mais do que um que precisa ser restaurado, uma vez que o comprador de um instrumento que precisa de reforma terá que pagar o preço do instrumento mais o preço da reforma (Isso se o comprador quiser tocar com ele).

3) Construção: Se a idéia do comprador é ter um contrabaixo para ser tocado (E não pendurado na parede como objeto de decoração), um instrumento antigo que foi bem construído vale mais do que um outro instrumento (Mesmo que este seja igualmente ou mais antigo) com problemas de construção.

4) Materiais empregados: Um instrumento antigo com madeiras, ferragens e captadores de boa qualidade vale mais do que um instrumento com madeiras, ferragens e captadores de qualidade duvidosa.

5) Originalidade do instrumento: Um instrumento antigo que esteja mais original vale mais do que um que tenha sofrido modificações, principalmente se estas modificações transformarem este instrumento em algo muito diferente do que ele era originalmente.

Critérios subjetivos

1) Sonoridade do instrumento: Eis uma questão pessoal que influi muito na avaliação de valor. O som de um instrumento pode ser bom para um (Que achará que o preço pedido é justo) e péssimo para outro (Que achará que o preço pedido é irreal).

2) Peso do instrumento: Outra questão pessoal que pode ou não influir na avaliação de valor, dependendo do comprador. Pessoalmente, prefiro instrumentos mais leves. Há quem não se importe com o peso e também há quem prefira instrumentos mais pesados.

3) Preconceito em relação aos instrumentos Giannini: Se a pessoa em questão achar que nenhum Giannini presta, é provável que ela ache qualquer preço caro, mesmo que o preço seja justo ou esteja bem baixo...

Sinceramente, o único problema que vi nesse baixo das fotos é a tarraxa da Mi. De resto o baixo está perfeito.

allexcosta escreveu:Sinceramente, o único problema que vi nesse baixo das fotos é a tarraxa da Mi. De resto o baixo está perfeito.

(2)...

Cantão escreveu:

allexcosta escreveu:Sinceramente, o único problema que vi nesse baixo das fotos é a tarraxa da Mi. De resto o baixo está perfeito.

(2)...

Que me parece ser igual à da corda sol...eu só faria a manutenção básica neste instrumento...restaurar?! que dó...

^ Isso, não tinha reparado.

Colocar tarraxas iguais e só.

O baixo está perfeito. Se quiser dá uma polida no hardware e no acabamento que ele fica zero.

Já troca o jogo de tarrachas e coloca umas originais da Fender, assim ninguém vai depois criticar tbm...

É, do jeito que está, prá mim também não precisa de restauração nenhuma... Eu só trocaria mesmo as tarrachas. Colocaria um modelo mais tradicional. Particularmente, gosto das de pescoço longo em que o acabamento das orelhas (borboletas?????) se une a haste, sem um corte grosseiro.

No meu caso é inevitável. O baixo já está sem escala, então mesmo que eu coloque outra da mesma madeira, já perde a originalidade. Nem sei se era Jacarandá ou Pau Ferro. Como trocarei o tensor, tô até pensando na possibilidade de usar uma bala no mesmo formato dos Music Man, assim ficaria mais prático, sem ter que retirar o braço do corpo. A ponte se eu achar os 2 parafusos que faltam em um saddles, mantenho, caso contrário será outra. As tarraxas também trocaria. Pintura eu não vou mexer.

Laysson, tira umas fotos e faz um tópico, fiquei muito curioso com essa reforma do seu baixo...

Eu farei isso sim, galego, mas meu baixo tá em outra cidade no momento com um amigo luthier. Como a questão do tensor é meio complicada, e ele é iniciante, farei o serviço com outro luthier mais experiente. Falta só o dinheiro pra fazer o serviço.

Realmente as tarraxas das cordas mi e sol estão meio zuadas mas afinam perfeitamente, assim que acabar de mexer no meu ibanez 185 eu ja tenho em mente as tarrachas originais da fender como mais alguns detalhes. Mas a restaução eu ja tirei da cabeça hahhaha