O que você aprendeu com a experiência do palco?

Por mais que a gente ensaie, tente imaginar coisas que podem acontecer, se precaver, sempre tem alguma coisa que não passou pela cabeça da gente, mas que o palco nos ensina.. gostaria que vocês comentassem a respeito, com a experiencia aqui que cada um tem...

Algumas coisas que aprendi:

- Nunca usar cabos velhos e com mau contato, eles irão falhar e vai ser muito chato.
- Ter pelo menos um afinador de vibração ou um pedal de afinação, para evitar desesperos.
- Usar extensões com bom encaixe, não deixar nenhum fio esticado a ponto que ele possa ser desconectado com a vibração de um ampli ou pelas danças do vocalista no palco. Pedais desligados no meio do show não é uma coisa legal.
- Não deixar copos com liquido e palhetas (elas voam e quando você vai pega-las, cade?) em cima dos amplis
- Desligar o celular ou colocar em modo "off line".
- Que eu começo a suar em bicas quando toco, então deixo uma garrafa de agua perto de mim, mas longe do vocalista se não ele acaba com ela em 2 minutos.
- Sempre alguem vai achar bom (por mais que não esteja) e sempre alguem vai achar pessimo (por mais que não esteja).

Aprendi a:

- Identificar a saída mais próxima em caso de confusão.
- Pedir ao motorista da van pra deixá-la sempre próxima dessa saída.
- Se for trio elétrico, identificar o local protegido mais próximo em caso de falta de óleo diesel para o gerador ou falha técnica do som.
- Pedir à polícia pra não atirar pra cima quando começa a confusão.
- Nunca confiar quando alguém diz que aquela tomada é 110V.
- Ficar do lado oposto da percussão.
- Aprendi que o som vai estar sempre do jeito que o técnico quer e sua vontade serve pra pouca coisa.
- Aprendi que GK 800RB pra baixo e Roland Jazz Chorus pra guitarra duram pra sempre.
- Aprendi que retorno perfeito é uma ilusão.
- Aprendi que roadies fazem amizade com 100.000 pessoas em uma hora.

Enfim, são tantas coisas...

Aprendi que:

- Nem sempre que uma mina te chama no canto do palco é para pedir música. Pode ser para te dar uma lambida na orelha.
- Levar o baixo e esquecer a correia num show de rock numa festa de aniversário de Moto Clube é uma sensação horrível.
- Que tocar, na mesma hora que um parente está na UTI morrendo de câncer de pulmão, ainda pode ser uma boa coisa.
- Que tocar todo final de semana é legal. Mas quando você sai da banda e tem o final de semana só pra você, não se preocupando com o show também é muito manero!!!
- Que tocar em cidade longe, dá trabalho, dá despesa e decididamente não vale a pena. Mas se marcarem gig de novo você aceita correndo.
- Que nem sempre aquela casa maravilhosa e com infraestrutura e cachê bom é garantia de um bom show.
- Que meia dúzia de gato pingado, curtindo o som da banda, é melhor que um show para 500 pessoas onde nem percebem que tem gente tocando...
- Dá uma tremenda segurança ter tudo preparado (testador de tensão, cordas reservas, palhetas, baterias, até baixo reserva, etc...), mesmo não usando e tendo bastante trabalho para carregar e descarregar do carro esse monte de tralha.
- Uma toalha bem felpuda e limpa é uma benção no meio do show, quando o suor começa a escorrer e cai no olho...

allexcosta escreveu:- Identificar a saída mais próxima em caso de confusão.

Já passou por algo onde precisou usar essa saída de emergencia?

Maurício_Expressão escreveu:Aprendi que:

- Nem sempre que uma mina te chama no canto do palco é para pedir música. Pode ser para te dar uma lambida na orelha.

Mestre...

allexcosta escreveu:Aprendi a:


- Nunca confiar quando alguém diz que aquela tomada é 110V.

Enfim, são tantas coisas...

Essa é uma das principais mesmo!! Rssss

Aprendi que:

- tomada funcionando em palco é raro e vale ouro;
- mulher gosta de musico, mas namorada de musico nao gosta de mulher que gosta de musico
- beber um pouco antes é bom pra relaxar, mas beber demais te deixa um relaxo.
- você tem que ser capaz de fazer o show inteiro só com o baixo, mesmo que tenha milhões de efeitos
- sempre é bom levar seu prórpio sistema de retorno, mesmo que digam que não precisa
- o melhor calmante é um set list bem ensaiado
- quase nunca a grana compensa, mas também nunca toque de graça
- aprendi que sem musica eu morro mais rapido.

- Sempre leve uma extensão e um multímetro
- Seja simpático com o técnico de som
- Verifique seus cabos antes de tocar
- Frio na barriga é muito normal mas não demonstre nervosismo
- Fazer firulas pode causar lesões
- Sempre que possível faça um contrato

Aprendi que a sinergia de palco faz o show rolar perfeito, mesmo que os ensios tenham sido uma bosta!

Algumas dessas gigs já me fizeram pensar que, quanto menos ensaiado, melhor!

Além dos já citados...

- Nunca confiar na equipe de som local, se você deixar seu cabo, alça ou suporte dando sopa, vai sumir.
- Atualizar regularmente o seu raid de palco
- Anotar a regulagem da passagem de som, nos casos de festivais ou eventos com mais bandas
- Fazer sua marcação de palco de modo que consiga enxergar o baterista
- Orientar o roadie a guardar primeiro os instrumentos nos cases, depois vá desmontar a bateria.
- Sempre levar uma toalha de rosto, SEMPRE!
- O princípio "macaquinho vê, macaquinho faz" é muito válido com o público. Se você ficar estático olhando pro intrumento, o público tende a ficar parado... se você olhar pra eles e agitar, inconsientemente (não sei se por reflexo ou constrangimento) eles começam a fazer o mesmo.
- Músico se f***, mas f***...
- Via de regra, dono de bar não presta.

Dentre outros fatores...
Abx!

- Se matam alguém da platéia no show, não tem como tocar depois.
- Viver de música é bom, mas depois de um tempo vira um trabalho comum.
- Tocar de quarta a domingo durante 3 anos pode fazer qualquer ser humano ficar longe do instrumento por aproximadamente 2 anos.
- Tocar com quem tem amizade e comprometimento com você é melhor do que tocar com quem tocara pra cara***, mas é um enrolado e vai te deixar na mão.
- Pra platéia, tanto faz se você usa um fender ou um condor. Mas pro músico que vai te ver, vai por o olho primeiro no headstock.
- Na banda sempre vai ter alguém querendo tocar pra quebrar um galho na festa de um amigo e acabar quebrando o resto da banda.
- Se você quer ganhar dinheiro com bandas cover, toque o que o público quer ouvir e de preferência em português. Yes, rush, supertramp e música clássica, só músico quebrado de grana gosta.
- Não encarne o popstar em cima do palco. Vai por mim, fica ridículo um analista de sistemas tentando achar que toca no Van Halen.

Abraços
Léo

Sempre tive contato com música. Comecei com bateria com 13 anos, mas nunca "fui pra frente de batalha".

Ao ler estas experiências acho muito legal e acabo comparando com minha profissão: fotógrafo.

Faço tanta foto no dia a dia que quando vou viajar, simplesmente não levo a câmera.

Igual ao amigo acima disse: - Tocar de quarta a domingo durante 3 anos pode fazer qualquer ser humano ficar longe do instrumento por aproximadamente 2 anos.

zanforlin escreveu:
- Se matam alguém da platéia no show, não tem como tocar depois.

Ô lôco!!!

ClaudioBass escreveu:Aprendi que a sinergia de palco faz o show rolar perfeito, mesmo que os ensios tenham sido uma bosta!

Algumas dessas gigs já me fizeram pensar que, quanto menos ensaiado, melhor!

ClaudioBass, uma certa vez pensei assim como vc, e acabei achando que eu estava ficando louco, mas é a pura verdade. Ano passado pegamos uma gig meio que em cima da hora, em 2 ensaios passamos um repertório de 15 músicas, dava até desgosto nos ensaios e vontade de cancelar a participação no evento, mas tínhamos que honrar a palavra. Pensava eu nos ensaios: "vixi estamos perdidos, nunca mais tocaremos em lugar algum".

E não é que na hora do vamos ver, o negócio saiu que foi uma maravilha, parecia repertório de banda que toca o mesmo todo fim de semana.

Concordo contigo.

-Aprendi que não importa o quanto você ou outro músico da banda sejam bonitos, as mulheres sempre vão ter mais interesse no vocalista, ainda que seja feio e estranho.
-Aprendi que por mais que o repertório esteja agradando a gregos e troianos, sempre haverá alguém pedindo "TOCA RAULLLLL".
-Aprendi que um bêbado na platéia tem o poder de animar ou estragar um show(na mesma proporção).
-Aprendi que em um show de covers (Pop/Rock), algumas músicas são infalíveis: BORN TO BE WILD, SWEET CHILD O'MINE, MR JONES, ALL FOR YOU, HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN, SMOKE ON THE WATER, ROCK AND ROLL ALL NITE, (entre outras...).
-Aprendi que a pior parte do show é quando acaba e você tem que colocar o ampli no carro(e nem sempre pode ser perto), mas que mesmo assim você dá graças à Deus por não ser o baterista.
-Falando em bateristas, aprendi que alguns deles tem o poder de te deixar surdo por alguns dias.
-Aprendi que sempre vai aparecer alguém chato, querendo dar uma "canja", mexer na regulagem da sua correia, mexer na regulagem do seu baixo, do seu ampli e se você não estiver afim de permitir você é o "escroto anti-social".
Entre muitas e muitas outras situações...

Fabio Motta escreveu:-Aprendi que em um show de covers (Pop/Rock), algumas músicas são infalíveis: BORN TO BE WILD, SWEET CHILD O'MINE, MR JONES, ALL FOR YOU, HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN, SMOKE ON THE WATER, ROCK AND ROLL ALL NITE, (entre outras...).

Esse tópico ta ficando interessante...

Fabio, vou concordar com a sua pessoa, eu diria que essa lista é bem extensa mas gostaria de fazer uma observação: Born to be wild e Have you ever seen the rain SEMPRE faz o povo sacudir o esqueleto!
Mas pra minha surpresa, ano passado eu aprendi uma nova: tava eu com minha banda de covers tocando num ginásio para um público muito peculiar: Headbangers, ou como minha vó gosta de dizer "Metaleiros"

De cara eu pensei "f%*$eu né", imagina eu e meus amiguinhos tocando "Don't you forget about me" do Simple Minds, tinha lá um povo se remexendo e tals mas sabe como é "metaleiro" ops, headbanger né: ficam todos de braço cruzado fazendo cara de malvado, mas no fundo são todos gente boa!
Tocamos Born To Be Wild, Breaking the Law e nada dos caras desfazerem a 'rabugisse' eis que de repente esse que vos escreve chama os primeiros acordes de Under Pressure (Queen???) e pronto, toda aquela massa com camisetas famosas nos anos 80 (Possessed, Venom, Kreator, Destruction e por aí vai) darem aquele gritinho de "eeeeeeeeee" e todo mundo saiu feliz naquele dia!
Vai entender esse povo!
No fundo, no fundo, todo mundo é fã do Farrokh Bulsara e a partir desse dia, Under Pressure é uma das minhas músicas favoritas pra tocar até por que ainda dá muita moral pro baixista!

zanforlin escreveu:
- Se matam alguém da platéia no show, não tem como tocar depois.
- Viver de música é bom, mas depois de um tempo vira um trabalho comum.
- Tocar de quarta a domingo durante 3 anos pode fazer qualquer ser humano ficar longe do instrumento por aproximadamente 2 anos.
- Tocar com quem tem amizade e comprometimento com você é melhor do que tocar com quem tocara pra cara***, mas é um enrolado e vai te deixar na mão.
- Pra platéia, tanto faz se você usa um fender ou um condor. Mas pro músico que vai te ver, vai por o olho primeiro no headstock.
- Na banda sempre vai ter alguém querendo tocar pra quebrar um galho na festa de um amigo e acabar quebrando o resto da banda.
- Se você quer ganhar dinheiro com bandas cover, toque o que o público quer ouvir e de preferência em português. Yes, rush, supertramp e música clássica, só músico quebrado de grana gosta.
- Não encarne o popstar em cima do palco. Vai por mim, fica ridículo um analista de sistemas tentando achar que toca no Van Halen.

Abraços
Léo

Ri muito aqui com sua lista!! Rsss
Mas tem muita verdade ai apesar do tom de humor!!

Fabio Motta escreveu:-Aprendi que a pior parte do show é quando acaba e você tem que colocar o ampli no carro(e nem sempre pode ser perto), mas que mesmo assim você dá graças à Deus por não ser o baterista.

- Para montar as coisas para tocar é uma alegria imensa, mas para desmontar é complicado, bate um vontade de fica parado..rs
Aí você olha para o baterista e suas trocentos mil peças, e volta a ficar animado para desmontar suas coisas.

Cada post aqui nesse tópico me lembrou de mais coisas que vi por aí... muito bacana.

Sou baterista, e realmente "nós" sofremos. É muita tralha p/ montar/desmontar.
Sem contar também que ocupa um baita espaço no carro e em casa!

Aprendi que tudo em uma bateria pode quebrar (inclusive sapata de pedal e pedestais);
Aprendi que guitarristas treinam caretas antes de tocar e fazem todas e mais algumas no palco;
Aprendi a levar dois jogos de cordas (um para mim e um para um terceiro);
Aprendi que baixistas podem ser bem desleixados em relação a cordas, paletas e cabos;
Aprendi que Wattsom multiuso é Wattsom multiuso, Meteoro MB800 é Meteoro MB800 e GK800RB... bem, este não vai te deixar na mão;
Aprendi a regular amplis de guitar, bass, teclado e afinar baterias;
Aprendi a regular Zooms, Digitechs, Lines 6, tudo para guitarristas que tem preguiça de ler;
Aprendi que distorção digital é distorção digital, de pedal analogico é de pedal analogico e ampli alltube é de ampli alltube;
Aprendi que pode haver uma "santa trindade" onde distorção significa fuzz, overdrive e distortion, dependendo de quem usa;
Aprendi que afinador vicia e muito;
Aprendi que antes de ouvir o guitar falar que o ampli estragou, deve se conferir se o cabo que saí da guitar está na entrada (in, instrument, etc) do pedal/pedaleira e se o cabo que deve sair do pedal/pedaleira (out, amplifier) está conectado ao ampli,ou se pelo menos a guitarra está plugada no ampli (no canal de entrada e não no return);
Aprendi que guitarrista, as vezes, preocupa-se mais com a camisa que vai usar do que com os cabos que interligam os pedais;
Aprendi que bateria, se não estiver bem presa ao palco, pode virar frontman;
Aprendi que tocar sem passar o som é como dar um tiro no escuro;
Aprendi que para tocar um repertório inteiro de música autoral tem que ter muita desenvoltura e tolerância com as críticas destrutivas;
Aprendi que marra e visual podem valer mais que muito ensaio e equipamentos de qualidade;
Aprendi que muitos guitarristas querem um valvulado mas poucos sabem timbrar um quando estão diante do mesmo;
Aprendi que tem muito baixista que na verdade é guitarrista base que espera o guitar solo sair para "virar" guitarrista de novo;
Aprendi que tocar na mesma Gig com duas bandas diferentes pode ser bem cansativo;
Aprendi a conferir tudo antes de ir embora (através de lista) e cobrar que os outros músicos da banda façam isto (quando não são contratados);
Aprendi que cinco minutos para passar um flanela seca no baixo e guardar os cabos com calma valem ouro e podem me economizar algumas horas de trabalho posterior;
Aprendi que o JCM 800 é uma porcaria porque não tem botão para ligar a distorção e nem loop de efeitos (está foi uma das piores que eu já ouvi...)
Aprendi que o GK800RB é uma réplica do Meteoro800MB ( );
Aprendi que qualquer droga (ilicíta ou não) em qualquer quantidade antes do show pode ser prejudicial para a execução das músicas;
Aprendi a falar pouco, ouvir muito e fazer o possível, assim sempre aprendo mais...

Bem, em minhas poucas experiências de palco eu aprendi:
- que baterias andam
- que baixo serve de bumbo quando a corrente do pedal da bateria solta ou arrebenta
- que conhecer bem seu baterista aumenta em 90% as chances de um bom show
- que tocar de manhã é tão animado quanto fila de previdência social
- que tocar em bar que fica em rua que alaga em um dia de previsão de muita chuva, definitivamente, não é uma boa idéia
- que tocar músicas "coringas" durante a regulagem do som desperta, e muito, a curiosidade do público.
- que começar um show descobrindo que seu baixo está afinado meio tom abaixo do resto da banda é um desafio e tanto.

ja que disseram tudo, vou falar da minha experiencia com som:
-aprenda o que puder sobre som. vc pode salvar um show, assumindo a mesa. pode ate ganhar um trocado, quando nao tiver show pra fazer.
-aprenda sobre gates, equalizadores, compressores, crossovers, etc.
-muitas vezes a microfonia de grave pode ser no bumbo, devido ao gate mal regulado ou ate a falta dele. no segundo caso, o melhor a se fazer é abaixar ou tirar grave do bumbo, por mais que o baterista te xingue.
-completando o que o alex disse la em cima, deixe o operador de som fazer o trabalho dele. um operador implicado com vc pode ser seu pior inimigo na hora do show. uma vez tinha um cara me torrando a paciencia demais, eu taquei o cavaquinho dele no ultimo volume e disse "quer aparecer? entao aparece". claro, eu nao precisava apelar, mas isso irrita muito.
-microfonia de medio e agudo, na maioria das vezes é no retorno. aprender sobre equalizadores pode ajudar muito nessa hora.
-se o som nao tiver do agrado da banda, pode ter um motivo tecnico, tipo limitaçoes do som ou do ambiente. nao culpe o operador.
-nao existe um operador igual a outro. ja teve banda que me detestou e banda que me amou.

minha experiencia como musico:
-se preocupe apenas em tocar o seu instrumento e cantar, se for o caso. nao se preocupe se o baterista vai lembrar de tal passagem, faça sua parte e pronto. ja vi muito nego fazendo sinalzinho pro outro e errando logo em seguida.
-sobre mulher gostar de musico: tome muito cuidado com a mulher que vc vai mexer, principalmente se estiver fora da sua cidade.
-nao seja egoista. empreste seu cabo, sua correia, ou ate seu instrumento numa emergencia. amanha pode ser vc precisando do colega.

acho que é só

andersonbr escreveu:Sou baterista, e realmente "nós" sofremos. É muita tralha p/ montar/desmontar.
Sem contar também que ocupa um baita espaço no carro e em casa!

eu sempre fui solidario com o baterista. principalmente com o bag de ferragens. rsrsrsrs.

andersonbr escreveu:Sou baterista, e realmente "nós" sofremos. É muita tralha p/ montar/desmontar.
Sem contar também que ocupa um baita espaço no carro e em casa!

(Troll mode on) - Também aprendi que, no final do show, depois de você guardar todo o seu equipamento, ficar sentado tomando cerveja enquanto o baterista se mata de trabalhar é imoral, mas divertido pacas! (troll Mode off)

rodsom escreveu:

andersonbr escreveu:Sou baterista, e realmente "nós" sofremos. É muita tralha p/ montar/desmontar.
Sem contar também que ocupa um baita espaço no carro e em casa!

eu sempre fui solidario com o baterista. principalmente com o bag de ferragens. rsrsrsrs.

infelizmente são poucos iguais a você

Rodrigolack escreveu:

andersonbr escreveu:Sou baterista, e realmente "nós" sofremos. É muita tralha p/ montar/desmontar.
Sem contar também que ocupa um baita espaço no carro e em casa!

(Troll mode on) - Também aprendi que, no final do show, depois de você guardar todo o seu equipamento, ficar sentado tomando cerveja enquanto o baterista se mata de trabalhar é imoral, mas divertido pacas! (troll Mode off)

não disse!?!

Átila Moreira Cedro escreveu:Aprendi que bateria, se não estiver bem presa ao palco, pode virar frontman;

Breno_Barnabe escreveu:Já passou por algo onde precisou usar essa saída de emergencia?

Algumas vezes... Interior do Nordeste é o bicho...

Rodrigolack escreveu:
- que começar um show descobrindo que seu baixo está afinado meio tom abaixo do resto da banda é um desafio e tanto.

Caramba... já passei por isso! Tenso!! Peguei emprestado um afinador e apertei o botão "mode", achando que mudava de "guitar" pra "bass"... na real, ganhei num sustenido na afinação... E pra piorar, as 3 primeiras músicas do show eram emendadas! Felizmente, me virei nos 30 e ninguém percebeu nada... rs.

Aprendi que:

- Baixo ativo e passivo fazem o mesmo trabalho;
- É sempre bom levar sua própria estante pra colocar o guia (pauta, tab ou cifra), se não vai ter que ficar roçando no guitarrista pra dividir a que tem com ele;
- Moscas te atrapalham, e muito;
- Tomar cuidado com chicletes no chão pra não grudar no cabo;
- A levar sempre um cabo XLR porque nem sempre todo lugar tem;
- Não se distrair com a bonitona que está na plateia curtindo o som (já aconteceu comigo e eu errei a cifra );
- Nunca haverá um show 100% perfeito, sempre você vai achar que errou em algum lugar;
- Alguns bateristas gostam de te testar pra ver se você é bom mesmo;

- etc.

Algumas das coisas que aprendi...

- Baixos ativos vão te deixar na mão.
- Como fingir que toco baixo de 5 cordas.
- Como aprender a tocar instantaneamente com um baixo que não é o meu.
- Sempre perguntar a voltagem das tomadas.
- O público só quer se divertir.
- O público gosta de gente maluca em cima do palco.
- Sorrir não custa nada.
- Sempre perguntar o nome do responsável pelo som.
- Ser simpático com os funcionários da casa.
- Sempre ter uma garrafa de água no palco (Mas não em cima do amplificador).
- Sempre deixe o público querendo mais.
- Essa história de que tocar faz você pegar mulher é uma grande mentira.
- Sempre levar meus cabos.
- Como tirar um bom som com qualquer amplificador possível
- Como tocar sem precisar de nenhuma espécie de retorno.
- Detesto tocar com pessoas embriagados.
- Detesto falar com bêbados depois do show.
- Iluminação de palco esquenta e muito.
- Tocar sob o efeito moderado de substâncias psicodélicas pode ser uma experiência divertida e muito instrutiva.
- Ensaio é ensaio, show é show.
- No que se refere à tocar uma música que nunca foi tocada antes, isso é possível desde que se saiba qual é o gênero da canção, qual é a primeira nota dela e ver o que o baterista está fazendo no bumbo (De forma a imitá-lo).
- Ir ao banheiro antes do show.
- O público não sabe o quanto (E se) você ensaiou.
- Menos é mais.
- Dá para quebrar acidentalmente o braço do instrumento no show e fazer com que isso pareça ser parte do show.
- Como tocar no escuro.
- Saber que você está fora do tom é uma habilidade necessário para que a correção seja feita o quanto antes.
- Como errar com autoridade.
- O baixo nunca erra, pois o que ele faz determina o acorde da canção. Uma nota diferente indica que o acorde teve o seu baixo alterado.
- Prestar atenção aos demais músicos.
- Como fazer um baterista ruim soar como se ele fosse um baterista bom.
- Que odeio tocar no frio.

williamfernandes escreveu:Aprendi que:
- É sempre bom levar sua própria estante pra colocar o guia (pauta, tab ou cifra), se não vai ter que ficar roçando no guitarrista pra dividir a que tem com ele;
- Não se distrair com a bonitona que está na plateia curtindo o som (já aconteceu comigo e eu errei a cifra );
- etc.

Tenho um preconceito danado com estante de cifras em cima do palco, no estúdio durante os ensaios é até tolerável e compreensível, mas além de não usar, detesto tocar com pessoas que fazem uso deste recurso. Mas é claro que cada um tem a sua necessidade. Pessoas que tocam em inúmeras gigs, de estilos diversos ou fazer um sub de última hora para alguém são algumas delas...

Aprendi que faz mais calor em cima do palco...

Eita, lendo outros aprendizados lembrei de mais alguns:

- Levar umas amigas malucas para se fingirem de fãs estéricas no meio do público contamina os demais
- que o pai dessas amigas vai tirar sarro de você no dia seguinte
- que o Roadie pode fazer mais sucesso que a banda
- que tocar realmente não é garantia de sucesso com a mulherada e que o roadie carismático aí de cima vai pegar mais mulher que você
- que tocar com baterista iniciante que só decorou uma única levada, vai usá-la em todas as músicas do setlist e deixar você louco
- que você se sente o Victor Wooten quando aquela virada alucinante que você está ensaiando a anos sair perfeita pela primeira vez
- que essa sensação de estrelismo vai embora na nota seguinte
- que, parafraseando nosso amigo Zubrycky, o baixo nunca erra, o duro é convencer os outros músicos disso
- que, assim como álcool e direção, álcool e música mal ensaiada não combinam
- que tocar em um bar de lésbicas garante o seu casamento
- que show beneficente é beneficente mesmo, não espere nem uma coxinha com refresco
- que ver o público cantando junto e se divertindo é uma das sensações mais gratificantes que alguém pode ter.

entre outras que não me lembro agora.

Rodrigolack escreveu:Eita, lendo outros aprendizados lembrei de mais alguns:

- que você se sente o Victor Wooten quando aquela virada alucinante que você está ensaiando a anos sair perfeita pela primeira vez
- que essa sensação de estrelismo vai embora na nota seguinte

entre outras que não me lembro agora.

HAHAHA...
Já aconteceu isso comigo!

Eu já queimei um desses, numa Virada Cultural.

allexcosta escreveu:Aprendi a:


- Aprendi que GK 800RB pra baixo e Roland Jazz Chorus pra guitarra duram pra sempre.

renatogaragerock escreveu:Eu já queimei um desses, numa Virada Cultural.

Erro de usuário não conta...

williamfernandes escreveu:
- Não se distrair com a bonitona que está na plateia curtindo o som;

Na última gig fui literalmente hipnotizado por uma beldade, só sai do transe após umas 3/4 músicas dando na trave... fazia tempooooo que isso não me acontecia...

Zubrycky escreveu:
- Ir ao banheiro antes do show.

MUITO bem lembrado.

Aprendi que se for um show ao ar livre e você tiver que ler alguma partitura, não esqueça de levar pregadores de roupa.

Zubrycky escreveu:Algumas das coisas que aprendi...


- Tocar sob o efeito moderado de substâncias psicodélicas pode ser uma experiência divertida e muito instrutiva.

JCBASS escreveu:Aprendi que se for um show ao ar livre e você tiver que ler alguma partitura, não esqueça de levar pregadores de roupa.

O mesmo vale pra lugares fechados com ventiladores (em especial os de parede).

Aprendi que:

- Pelo menos aqui no Rio, som contratado por terceiros é para pagodeiros, o técnico de som não podia ser diferente, toco rock e o resultado, sendo otimista é um som ruim;
- Tirando os Ampegs e Aguilars que toquei, meu Warm Music (200w) mequetrefe soa melhor que todos os outros;
- Opções para escolher o set de baixo para o palco, Meteoro, GK ou Hartke, até aí nada de mais, o "mais" vc descobre quando liga e vê que o cabeçote é de 800w e a caixa de 200w (complemento do item anterior);
- Saber os acordes e alguns detalhes marcantes das músicas (na medida do possível e impossível), guitarristas acham que as músicas entrarão em suas cabeças via bluetooth;
- Não preciso ouvir o baixo, a guitarra ou teclado, ouvindo a voz e a batera já é o suficiente;
- O equipo que estiver no palco, deixou flat, mexeu 1 minutinho aqui e ali, aumenta o volume e seja feliz.


Concordando com o ClaudioBass, ensaio só estraga o show... hahaha

JCBASS escreveu:Aprendi que se for um show ao ar livre e você tiver que ler alguma partitura, não esqueça de levar pregadores de roupa.

E alguma luminaria também, caso seja de noite ou o cara da iluminação resolva fazer algo como apagar as luzes e usar um strobe (é assim que se escreve? São aquelas luze que piscam e fazem a gente parecer uns molóides).

o que mais aprendi nessas idas e vindas é garantir fazer o seu, assim você pode por a culpa nos outros sempre

^ Adorei este tópico, Breno_Barnabe!

Aprendi que pode ser bem perigoso confiar numa pessoa que durante os ensaios arrota superioridade, e que na hora do concerto rege uma orquestra de costas para o seu público, enquanto olha de frente para os músicos - sem nunca vê-los - e caga a música toda...

JCBASS escreveu:

Zubrycky escreveu:Algumas das coisas que aprendi...


- Tocar sob o efeito moderado de substâncias psicodélicas pode ser uma experiência divertida e muito instrutiva.

Aprendi a afinar duas vezes. Na hora que chega no lugar e depois pouco antes de tocar.

- Aprendi a usar uma boa correira que de preferência não faça o baixo sair voando
- Ter sempre um afinador por vibração
- Tratar muito, mais muito bem o técnico de som
- Levar sempre uma camiseta reserva
- Aprendi que o bêbado é muito gente boa, agita toda a galera e ainda faz vc dar várias risadas
- Tomar cuidado em pequenos palcos para não dar um head tarracha shot no vocalista
- Ouvir o baixo ? pra quê ? isso é luxo !!!
- Que cair do palco vale a pena e é legal, vc machuca a perna mais vai sempre ter uma história pra contar !!!

bodhan escreveu:Aprendi a afinar duas vezes. Na hora que chega no lugar e depois pouco antes de tocar.

Depois de hoje essa está no meu top 5.