13º Contraponto: Um causo ocorrido na Expomusic 2012.

Olá a todos!

Neste 13º Contraponto, farei algo diferente: Contarei um causo que vivi.

Hoje recebi um vídeo gravado em setembro de 2012. Fiquei feliz ao recebê-lo, depois de vê-lo, tive a idéia de repartir com vocês a história que acabou sendo registrada naquela filmagem.

Fui na Expomusic no ano passado e, entre outras coisas, visitei os meus amigos (e também grandes irmãos) do stand da Audiobrazil.

Na frente deste stand, estava o stand da Novità Music. Passei nesse stand, vi os vários instrumentos que lá estavam e pedi para testar o que mais me chamou a atenção: O Lakland Skyline Decade.

Estava eu testando o contrabaixo tranquilamente quando, de repente, houve um rebuliço no stand que se provou ser mais do que justificado porque o stand estava sendo visitado pelo grande Xymba Uchyama.

Continuei tocando, absorto no meu teste quando de repente o Ximba se senta ao meu lado para testar um outro contrabaixo e começa a tocar.

De repente eu me vi rodeado por um monte de gente que estava vendo o Ximba tocar (E ele estava tocando muito, diga-se de passagem) e eu, por um momento, fiquei sem saber o que fazer (Ainda mais porque eu, como baixista, não chego aos pés do Ximba e, além disso, eu não sei tocar coisas que agradem ao pessoal que costuma prestigiar os grandes instrumentistas que frequentam a Expomusic).

Como não queria deixar de tocar o baixo e também não queria atrapalhar o Ximba e o pequeno (Mas atento) público que espontâneamente se juntou para vê-lo em ação, perguntei-lhe se ele gostaria que eu fizesse uma base para que ele pudesse improvisar à vontade.

Ele, solícito e simpático, aceitou a minha sugestão. Fiz um riff em Lá menor e começamos a tocar, a simplesmente tocar sem pensar em mais nada.

Aprendi muito naquele dia porque eu não apenas presenciei de muito perto a arte de um mestre dos graves de uma escola completamente diferente da minha como também precisei exercitar o meu próprio senso de tempo para transformar o meu pequeno riff em uma base coesa para que o Ximba pudesse improvisar sem ter que se preocupar com mais nada.

Foi uma experiência divertidíssima que vou levar para sempre comigo.

No fim daquela pequena jam improvisada, agradeci ao Ximba, saí de meu lugar, deixei ele continuar a tocar para o deleite da platéia, devolvi o baixo para o rapaz do stand da Novità, agradecendo-lhe por me deixar testar o instrumento e voltei para conversar com os meus amigos da Audiobrazil.

Eis aqui a filmagem - recebida por mim hoje - de parte daquela jam (A gravação foi feita por um amigo meu).

Notem como o Ximba toca muito.



Enfim, essa é a história que eu tinha para contar hoje.

Espero que vocês tenham gostado.

Até o Próximo Contraponto!

Post Scriptum: Dedico este pequeno Contraponto ao grande Ximba Uchyama, que não conhecia pessoalmente antes daquele dia e que, naqueles poucos minutos daquele improviso, me deu uma verdadeira aula de música, de humildade e simpatia.