Fui chamado para tocar de ultima hora!

allexcosta escreveu:Olha pra mao esquerda do guitarra ou pro dedo minimo esquerdo do pianista, tira a mao nas convencoes e da risada com as traves.

allexcosta escreveu:Isso quando o retorno funciona direito.

Normalmente 'e uma massa sonora disforme e horripilante. Ainda mais em igreja.

rafael.buzzi.andrade escreveu:

perguntar ao menos o tom da música antes também não machuca... isso diminui a probabilidade de erro quando fores "chutar"

william.belo.35 escreveu:as vezes pode ter alguem aqui do forum pode ter alguem que epassou por isso, se tiver por favor me conta ai como foi essa experiencia.

Olivier escreveu:William, tudo que foi postado é válido!!
Toquei muito tempo em barzinho e era tudo de última hora...
Minhas dicas:
1) Faça do erro um acerto: vizinho a uma nota errada sempre estará uma nota certa;
2) Ouça bastante música independente do seu gosto ou etilo musical;
3) Procure tirar pelo menos uma música por dia (escolha aleatoriamente, mas de preferência músicas que você goste) para montar o seu repertório. Fazendo isso vc cria facilidades para entender a harmonia de sequências de acordes que sejam parecidas nessa ou naquela música;
4) O menos é mais: geralmente quando tentamos tocar muitas notas e escolhemos notas ruins, a possibilidade de errar é maior. Se vc não conhece a música toque a tônica a quinta e a oitava do acorde. Provavelmente, fazendo assim, vc diminui os erros;
5) Estudar campo harmônico é muito importante assim como estudar as tecnicas de execução. Mas não é tudo. Vc só coseguirá aplicar o que aprendeu, tocando, tocando e tocando. Ou seja: fazendo música;
6) Não fique nervoso. Vc poderá criar bloqueios e travar... Relaxe, respire e...  se jogue!!!!

Essas são minhas dicas. Espero ter ajudado!!!

4) O menos é mais

Djabass escreveu:Jah passei por muito disso, e hoje até prefiro ir tocar de ultima hora, o que me ajudou bastante foi saber o tom da música, e saber improvisar com pentatonicas, acordes, etc.

Fá Mendonça escreveu:Na verdade se o tom é G, os prováveis acordes da música serão:

G7M(I) - Am7(II) - Bm7(III) - C7M(IV) - D7(V) - Em7(VI) - F#m7b5(VII)

Esse é o campo harmônico de G. Existem vários clichês harmônicos, sequências de acordes dentro da tonalidade, muito utilizados na música popular:

I - II - V - I
I - IV - V - I
I - III - IV - IV - I
I - VI - II - V - I
I - VI - IV - V - I
e por aí vai

A cadência mais comu é II - V - I e dentro de uma música podem ocorrer II - V secundários, preparando para acordes do Tom principal:

G7M - Dm7 - G7 - C7M - D7 - G7M

Nesse caso, os acordes Dm7 e G7 não fazem parte do campo harmônico de Sol maior, mas fazem uma cadência II -V secundária para o IV grau, C7M.

Existem também vários outros tipos de acordes que fogem ao campo harmônico principal, como dominantes substitutos, diminutos de passagem, Acordes de Empréstimo Modal, etc.

Tem um tópico aqui sobre campo harmônico bem bacana, vale dar uma olhada. Mas o princípio está aí.

Lembrando que o conhecimento das cadências harmônicas fazem com que algumas expectativas musicais sejam criadas em nossa estrutura cognitiva. Então, quando estamos ouvindo uma música e ouvimos sua harmonia, esperamos que o próximo acorde soe de uma determinada forma, e quase sempre estamos certos em relação a isso. Por isso, ouvir MUITO é uma das melhores formas de se habilitar a tocar uma música sem conhecer a sua harmonia.

Experimente colocar uma rádio, ou shufle nas suas músicas, e sair tocando direto. É uma excelente técnica de estudo de percepção musical e harmonia.

Fabio Linhares escreveu:Lembrando que um G7 sempre vem seguido de um C.
E se enroscar em alguma nota sempre tem aquela engatilhada no braço. Vrrruuummmm.

Fá Mendonça escreveu:Concordo com quase tudo o que disse nosso amigo Olivier, discordando apenas disso:

4) O menos é mais

Menos é Menos e Mais é Mais. Toque para a música o que a música pede.

Se for tocar fusion com essa máxima na cabeça, vai ficar horrível! É um tipo de música que pede Mais.
Não adianta também, entupir uma bossa a 60bpm de semicolcheias.

Fabio Linhares escreveu:Lembrando que um G7 sempre vem seguido de um C.
E se enroscar em alguma nota sempre tem aquela engatilhada no braço. Vrrruuummmm.

Fá Mendonça escreveu:

Fabio Linhares escreveu:Lembrando que um G7 sempre vem seguido de um C.
E se enroscar em alguma nota sempre tem aquela engatilhada no braço. Vrrruuummmm.

Tenho que discordar veementemente com a palavra "SEMPRE". Utilizaria, normalmente.

Um G7 pode estar cumprindo função de Substituto do C#7 e resovler em um F#7M, F#m7, F#7 e também em qualquer outro acorde que não de resolução, as chamadas resoluções deceptivas, tipo G7 - Dm7.

Fá Mendonça escreveu:Olivier, eu te entendo perfeitamente.

Só temos que tomar cuidado quando usamos a máxima que "Menos é mais"...

Até hoje, em algumas situações de fogueira eu toco com "menos" volume, assim nego fala "nem to ouvindo o baixo" hahahahahahahahha

william.belo.35 escreveu:O pior é que eu esqueci os shapes de pentatonica, vou trabalhar com os modos, pois ja estao mais decorados ^^