Construção inspirada Les Paul Custom, meu 1º projeto com braço colado (finalizado e com áudio)

A Gibson não usa nas guitarras top pois estas são feitas com mogno bom, sem muito mineral, e não precisam tanto do alívio de peso.

Sobre o mogno usado pela Gibson, já vi muitas versões mas esta aqui é a que melhor me pareceu: http://guitarra99.blogspot.com.br/2013/11/mogno-de-fiji-o-que-e-e-o-que-gibson.html

caramba!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Legal Paulo, eu acompanho este blog e o outro Paulo e o Oscar têm matérias muito interessantes.
Meu problema aqui é com o top que escolhi,muito pesado. Consegui mogno bem leve.
Mesmo na impressão (não os pesei) o top pesa mais que o corpo (back).

emachado, troca o top, arruma um flamed maple que fica lindo e mais leve.

Acho que o top dessa les paul o emachado já cortou, não?

Finalmente consegui um esquema para o abaulamento mais próximo ao original.
As medidas de profundidade estão ok:

1/4" + (6 x 1/16") = 5/8" = 0,625" = 15,875 mm



Estava há dias procurando.

Agora falta definir a ordem dos trabalhos no corpo:

abertura da cavidade dos bindings; escavação do top conf desenho; angulação do braço e escala no corpo; angulação do plano dos captadores

Novidades na Les Paul?

Dei uma parada por conta de outros afazeres, mas devo retomar nesta semana.
Um dos motivos foi a confecção de uma churrasqueira de bafo em alumínio com cuba e grelha de inox.





Testada e aprovada.
Há quem goste de bafo na costela, cada um com seus gostos.
Eu já prefiro a costela no bafo.

Aproveitei também para dar uma geral no Rickemachado e vou postar em outro tópico.

Tá a venda essa churrasqueira? huuashuahsahu!

Muito bom!!
Vou ver se acho foto de uma que fizemos ha uns anos!

O Breno, este é um piloto que fiz com meu pai. Ele viaja para caramba e talvez, quando ele quiser sossegar um pouco, nós comecemos uma linha de produção com elas.
Ela é muito bacana e dura mais que nós mesmos. Meu pai tem uma dessa há 12 anos e está como nova. O segredo é a cuba de inox: só este material para aguentar fogo.

Tem um doido aqui da minha cidade que partiu ao meio um botijão de gás, e incorporou ele em uma bike. Quando tem festa, ele pedala com a churrasqueira até o lugar, e depois faz a festa kkkkkk

Tenho poucos grampos e, desta forma, antes de fazer a colagem do top, tenho que fazer o taco com raio 12 polegadas para trabalhar na escala e braço.

Meu 1º taco de 12 não estava bom e decidi fazer outro seguindo o mesmo processo que usei no taco de 10 do Rickemachado.

Preguei uma tábua no canto da serra. Nela, marquei uma linha horizontal e a partir esta a vertical, onde correrá a madeira que será o taco. para tal preguei um pedaço reto de madeira para ser a guia.
Nas fotos abaixo demonstro as fases de alinhamento, inclusive da base onde correrá a tupia.







Esta linha é obtida a partir do ponto central da madeira que será o taco.



Marquei um ponto nesta linha à 12 pol menos 1/16" (esta é a espessura que será usinada na peça).



Utilizo uma base de alumínio dobrada e furada para encaixar na tupia. Marco um ponto no centro dela com 1" até a ponta da fresa.



Tupia correndo na horizontal, vou subindo aos poucos a peça, sempre mantendo a referência com a madeira de batente.





É necessário um lixamento de leve para igualar e depois a colagem de um pedaço de EVA, pois este possibilita um melhor ataque da lixa à escala, se comparado à utilização da lixa sobre a madeira do taco apenas.





É um processo trabalhoso, mas prefiro este a comprar tacos em madeira ou alumínio por preços exorbitantes.

Cheguei à minha meta que era colar o top até o final de minhas férias (acabaram ontem).

Novamente estou preocupado com minha vizinha. Ouvi alguns comentários sobre multas e tenho medo que eles usem de influência para me prejudicar. Aqui na cidade passou a vigorar uma multa que, até onde entendi, diz respeito a som alto em veículos. O valor de quase 2 mil. De qualquer forma, não fui questionado por nenhuma autoridade.
Desde o 1º incidente com o B.O. ao final do Rickemachado (estava regulando o baixo recém construído) passei por uma grande depressão, a qual estava comprometendo inclusive meu casamento. Quase vendi todos os meus instrumento. Várias vezes fui ler as regras dos classificados deste fórum certo que os anunciaria. Deixei de tocá-los por um bom tempo.
Melhorei e felizmente não prejudiquei a minha família.
Tenho utilizado fones há um bom tempo.
Até junho devo estar iniciando a construção de outra casa e por isso comentei que em 2 ou 3 anos eu já possa receber encomendas dos colegas, seria uma honra.

Bem, trabalhei hoje entre 12 e 14h e fiz o seguinte para a colagem do top:

Com as medidas da escala reduzi um pouco a área onde ela será colada ao corpo, mas deixei ainda um pouco de material para ser retirado. Esta parte somente será usinada quando a escala estiver pronta.
Estreitei os contornos do top, aproximando-o às medidas do corpo. Para tal usei uma serra.





Para prensar a região central fiz quatro furos na região onde será aberta a cavidade dos caps.



Proteção à cavidade dos fios e aos furos dos parafusos para não encher de cola ao prensar. No caso dos parafusos ainda os untei com parafina, pois se receberem cola ao ser apertado, será difícil retirá-los depois.



Para o top gosto de usar uns pedaços quadrados de madeira para ajudar na prensagem dos cantos. São baratos e efetivos.



Bom, agora o trabalho será na escala. Gosto muito desta fase por conta do intenso trabalho com medidas.

Para trabalhar na escala até o final terei que definir como será o binding. Já não estou mais inclinado ao preto e desta forma, saio da proposta de releitura de um instrumento clássico. Devo fazer o binding de forma mais simples, até porque 7 camadas é exagero desnecessário.

Eu tava dando uma olhada na tua tele e vi a tua lixadeira. voce tem algum projeto dela?

O que vai ficar linda essa Les Paul não é brincadeira, tô aqui torcendo pra que dê tudo certo!   

Henri, eu não tenho os planos dela não. Eu fui observando alguns modelos e montando-a.

que motor voce usa nela?

Eu utilizei um de 3/4 cv de baixa rotação (1740rpm).
Uma variável importante é o tamanho e cada polia.
Na do motor usei 60mm e na do eixo o dobro, 120mm.
Desta forma a rotação é reduzida no eixo a o torque é aumentado.
O sanduíche de madeira que fiz para cilindro ficou com 140mm de diâmetro. Me dei mal por usar uma madeira muito dura (garapeira), mas era a que tinha disponível. Isto porque depois de montado é necessário ajustá-la à mesa: primeiro um desbaste com o formão, depois com uma madeira reta com uma lixa colada sobre ela, de forma que ao girar, o cilindro vai sendo retificado.

Ela dá conta dos trabalhos que faço tranquilo, mas se pudesse eu colocaria um motor mais forte é aumentaria um pouco o cilindro. Mas seria apenas por maior comodidade.
O cilindro maior é interessante sobretudo para o trabalho com acústicos, pois pode-se obter camadas mais finas com menor aquecimento da peça de madeira.

Eu havia tentado com uma polia menor no cilindro (80mm) e não deu certo: o cilindro não tinha força e travava demais, mesmo com o desbaste de camadas finas.

Para a regulagem da mesa prendi num lado com dobradiça e no outro um tubo 1 polegada com uma barra roscada e porca soldada no tubo. Desta forma elevo ou reduzo a altura da mesa e esta permanece apoiada no tuco.
Para que mesa ficasse firme usei vigas de garapeira e preguei depois um compensado sobre para ficar mais reto. O ideal seria uma chapa de aço.

Como não encontrei mancais adequados para o apoio do eixo, acabei torneando as pontas para obter uma medida que pudesse inserir num rolamento blindado. Estes rolamentos foram inseridos na madeira que atravessa ambos os lados. São 4, um de cada lado das travessas.
O eixo (comprei no ferro velho) é de aço e foi difícil de tornear. Meu pai o fez pra mim. Os torneiros devem cobrar um pouco caro, pois danifica demais a ferramenta (bedame).

valeu as dicas, eu to querendo montar uma desta ja faz um bom tempo.
eu to montando uma base para tupia tipos esta

Henri, se quiser posso tirar umas fotos mais detalhadas da lixadeira.
Bem útil esta ferramenta que está fazendo; dá para nivelar superfícies, regular espessura e já vi em vídeos o pessoal usando para abrir os canais para binding.

Dei uma parada nos trabalhos com a Lespa por conta do emprego: começo de aulas.
Nesse interim aproveitei para montar dois pedais para os quais já tinha comprado os componentes há um bom tempo: o Dr Boogey (simulador Mesa Boogie Dual Rectifier) e u o tremolo EA. Neste primeiro, depois de refazer placa, medir e inverter transistores e diodos, acabei descobrindo que o problema era o mais simples possível: polaridade da fonte invertida. Me chamei de burro por horas... O pedal é bem bacana e é a distorção mais high gain que conheço. O EA tremolo ainda não funfou; vou retomar noutro momento.

Bem, seguindo a sequencia necessária à Lespa, trabalhei na escala em jacarandá.
Ajuste da espessura na lixadeira de rolo; veio com partes em 7 e outras em 8mm. Equalizei tudo em 7mm de espessura.



Novamente tive que fazer ajustes na impressão do template para a abertura dos slots. Tranquilo, o programa Wfret é bem preciso, o que peca um pouco aqui é minha impressora. As linhas que inseri no ajuste não ultrapassam 0,5mm, apesar de parecerem largas nas fotos.



Repetindo o esquema para conseguir alinhar a abertura perpendicular (90º) ao centro da escala.



Com a régua e um estilete, faço os cortes marcados no papel.







Eu tenho um bloco de MOP (material plástico imitação de madrepérola) comprado na Inlayecia. Fiz um teste antes para verificar se após lixamento e desbaste o material voltaria a brilhar e destacr o veios. Consegui fazê-lo com lixa 600, 1200 e pasta de polir nº2. Pensei que ficaria fosco depois de trabalhar a escala, mas não.
A foto está bem ruim, mas já dá pra ver algum reflexo.



É muito trabalhoso conseguir ajustar as medidas apenas limando e lixando os cantos e se perde o paralelismo entre as extremidades dos retângulos. Amanhã vou tentar serrar já na medida exata e lixar apenas para ficar liso. Eu prefiro prender a placa com um pequeno grampo para obter firmeza.





Quando a escala ficar pronta, inclusive o binding, poderei ajustar o braço.

caramba Evandro que trabalheira.

Siodoni, é verdade, é bastante trabalho. Eu optei por fazer bem artesanal mesmo. Quando tiver minha oficina vou criar algumas ferramentas e otimizar alguns processos, como a abertura dos slots, onde poderei usar uma serra circular de 0,6mm que tenho aqui.
Até lá, vou improvisando.
Um abraço.

Ah, você vai no encontro de São Paulo? O pessoal está fechando data e, se puder eu vou e levarei o Rickemachado.

Nesse encontro infelizmente nao poderei ir.

Evandro manda as fotos da lixadeira pra mim, eu ja comprei quase todas as peças

Henri lhe enviei por MP o link abaixo, mas parece que deu erro.
Em todo caso vai ai o link do álbum.

https://plus.google.com/u/0/photos/100096805748203683103/albums/5989685702367572177

Fiquei um bom tempo sem mexer na guita porque estava ocupado com os projetos de pedais e assuntos de família. Montei o EA Trêmulo e Dr Boogey e são muito bons.
Dei uma parada também por conta do trampo desta fase. Eita coisinha difícil...
Agora entendo porque o serviço com inlays é um dos mais caros em luteria: é muito trampo.

Bem...
Tentei mudar o processo, abrindo as cavidades antes de cortar a placa imitação de madrepérola, para depois passar um lápis sobre elas e destacar neste o contorno. Não ficou legal, mas foi bom ter aberto as cavidades e fui medindo, cortando e ajustando na lima as peças.
Com a serra estava difícil e fiz um rasquete para poder cortá-las de forma mais adequada (perpendicular).

Paralelo aos trastes foi fácil, pois bastava riscar à 42mm e prensar um pedaço de madeira como encosto da tupia.
Com as laterais já não dava mais, pois não tinha área suficiente dos lados.
Assim, tentei fazer o encosto para a tupia (com fresa de 3mm) usando madeira, mas não ficou bom e acabei optando por deixar a escala móvel e uma base fixa com tubo de alumínio assumiu o papel delimitador da tupia.

Errado:



Esta posição não facilita a medida dos 42mm e para tal usei um taco transferindo esta medida para o encosto da tupia e os cantos dos cortes.




Cavidades abertas, ainda sem acertar os cantos com formão.


Rasquete feita no esmeril. Facilitou bastante o corte, já que a serra quase sempre saia do esquadro.


A seguir colei com TekBond 725 (superbond), mas antes fiz um teste com esta cola e com a Epoxi (Araldite). Esta última é indicada para preencher as aberturas que ficarem quando misturada ao pó da madeira. Deixa um acabamento perfeito, sem lacunas.

Resultado do dia, a colagem dos inlays, ainda sem  o preenchimento das laterais, o que será necessário somente em 3 pontos.

Evandro, esse trabalho de inlay é desumano...
Parabens pelo capricho.

Preenchimento de pequenos espaços com Araldite e pó da mesma madeira da escala.







Só tinha a de secagem de 10 minutos. É pouco tempo para trabalhar a "massa". Com 3 minutos já empasta e fica difícil usar.

Hoje,como estou me recuperando de uma bela de uma gripe, evitei pó de madeira.
Acabei dando um up na Telecaster.
Vi uma dica no site do Paulo May e troquei os pots de 250k para 500k e ficou muito bom.
O único inconveniente é que surgiu um pouco de ruído com drives pesados, mas nada que atrapalhe.
Retirei também o Treble Bleed que tinha feito, pois achei que ele tinha modificado de forma negativa o timbre (pelo menos para meu gosto). Ia testar outras combinações de capacitor e resistor, mas para meu uso (não sou músico profissional e ainda não tenho um valvulado), acabou atrapalhando mais do que ajudando. O cap da ponte estava crunchando rápido demais (quando adicionava compressor ou mesmo o boost).
O tone ficou mais funcional e com atuação mais marcante.

Ainda gripado, mas de saco cheio de não fazer nada, tentei terminar a escala hoje.

Me esqueci de marcar a linha central e a perdi após o lixamento para nivelar o inlay. Deu um trabalhão para marca-la de novo, pois a peça não está perpendicular, impossibilitando apenas marcar o meio.



Pensei que as medidas da escala estavam erradas na planta que tenho e preferi testar riscando as cordas, escala para obter o correto alinhamento destas com os captadores , assim, definir a medida mais adequada da escala em seu 12º traste.





Para fazer o corte desta vez optei por voltar ao uso da tupia.



O problema é no segundo corte, pois não há área suficiente para apoiar o encosto da tupia.





Coloquei um calço na mesma medida da escala por baixo. Isto ajuda, mas próximo ao final do corte a tupia força a escala para fora, desalinhando e matando a peça. Para tal utilizei um prego com a cabeça cortada e um furo de mesma medida sobre a abertura do traste. Ele também será usado na hora da colagem para posicionar a escala.





A medida ficou com 39 no nut e 48 no 12º traste, isto porque terá mais 2mm de cada lado com o binding, ou seja, 43 e 52mm.
Comecei o lixamento com grana 80 (para ganhar tempo) e finalizei o shape com 150 e 220. Para polimento, 600 e 1200, mas o polimento definitivo será após o binding.



Folhas de laminado para o binding em três camadas (B/preto/b) (R$ 37,00).
Ia colar hoje mas minha cola TekBond acabou, vai bastante. Testei também a Araldite (Epoxi), mas não gostei do resultado. Espero que com esta cianoacrilato (superbonder) nã resseque e descole. Mas, há que se considerar que elas ainda serão embebidas em seladra e nitro.





Após o lixamento, pois este excesso foi usado na fixação durante o lixamento, fiz o corte perpendicular. R$ 100,00 bem aplicados nesta serra.



Quase perdi a escala. Ao aprofundar os cortes que o lixamento havia reduzido, acreditei que seria suficiente apenas seguir o pouco que sobrou. Que nada, desalinhei uns 3 slots, mas consegui corrigir.
Para os demais retomei o procedimento de riscar primeiro com um estilete, depois alargar com a ponta grossa da faca, de forma que a serra entre alinhada.



Ainda falta o binding.

Perdi uma parte da leitura, que cola você usou, emachado?

Leo, em qual colagem, do inlay?

Sim. E aliás, o trabalho está ficando muito bom, parabéns.

O inlay também foi colado com TEkBond 725, uma cianoacrilato como a Superbonder. Fiz testes e a colagem fica muito forte.

Obrigado, eu estou fazendo um projeto e também preciso colar madeira, toda a informação e conhecimento é sempre bem vinda.

Eu vi o seu tópico. No caso para colar a escala/espelho utilize cola de madeira ou, se tiver como, a cola de madeira Titebond 50.
Araldite ou superbonder só para acabamentos ou pequenos detalhes.

Valeu cara, logo que eu começar vou postar aqui como anda o processo de construção.

Dei uma pesquisada e achei a Original, Premium e Ultimate, na faixa dos 30 reais no Mercado Livre, vale a pena?

Essa que eles atribuem como original deve ser a Titebond 50. Se for esta eu uso e recomendo.
O pessoal abaixo também tem madeiras, além da cola em questão:

http://www.youblisher.com/p/618446-Catalogo-Musictools-2013/

Olhando o catálogo deste link vi que a Original é mais um tipo de cola desta marca.
Eu recomendo a Titebond 50, é a que tenho usado e não me deu problemas.
Deve ser colada com prensas a frio: sargentos/grampos ou dispositivos com barras roscadas e madeira.

A distribuidora desta cola é Grossl e fica em São Bento do Sul em Santa Catarina.
Só que a menor embalagem que vendem é a de 5 kg e dá pra colar um mundo de madeira.

Vou ver alguns reviews dessa Titebond Original, que é a mais acessível pra mim no momento, obrigado de qualquer forma emachado.

Eu confundi custo beneficio com acessibilidade, ignore o que eu disse hahaha

Fiquei um bom tempo em dúvida quanto ao binding:
1- em PVC de uma camada vendido no Mercado Livre - o meio mais fácil;
2- cortar um filete de pau-marfim em uma camada - o meio intermediário;
3- unir camadas de madeira laminada com preto e branco - o mais difícil, sobretudo quando for fazer as curvas do corpo e headstock.

Acabei ficando com este último mesmo, pois se é por desafio então vamos lá.
Para tal fiquei horas olhando o álbum do Fábio Moffato. O cara é muito bom:
https://plus.google.com/101178297892446817906/photos/photo/5785143872178492178

Tentei unir as camadas com Tekbond (superbonder), mas a cola umedecia e amarelava as faces brancas.
Acabei por usar cola epóxi Araldite 10 min.



Se eu fizesse o binding em madeira sólida ou laminada teria que resolver um problema: o tingimento. Para tal,fiz um teste com isalamento de fita crepe e pude constar que assim não seria possível, pois o corante avança por sobre a madeira e não fica restrito ao limite da fita. Se fosse de PVC não teria este problema, mas decidi que vou tingir antes de colocar o binding.
Vai dificultar, mas ...


Antes de fazer a colagem acertei a profundidade dos slots. Ainda tenho o primeiro papel que usei para tal em 2010 na minha 1º guita. Bem, deu certo de primeira, então pra que jogá-lo fora...



Uni as três camadas e, antes de colar na escala, passei um algodão com álcool isopropilico, pois o jacarandá possui óleo.



Nas quinas, acabamento com lixa para obter 90º.



Aproveitei para dar uma tacada no corpo enquanto a cola secava. preciso acertar e finalizar as laterais antes de fazer a abertura do binding.
Anida com proteção para não marcar o corpo.



Ainda tenho muito lixamento para este acabamento. A lixa 36 para ferro fez o desbaste, pois é a que mais dura. A 50 de ferro um desbaste mais fino e a 220 o começo do acabamento.


Acho que vou deixar a espessura com menos do que 61mm, a medida original da Lespa, pois está pesada em função do top. Ainda será retirado material no abaulamento. Eu não me incomodo, pois toco somente em casa e quase sempre sentado.

Caramba tá bem espesso esse corpo ein!
E o binding da escala tá ficando bonito.

Siodoni, ainda está com 63mm, mas ainda vou tirar material. A Les Paul tem 61 na parte mais alta do top (45 do mogno mais 16 do top).

Terminei o lixamento da escala e biding.



Aproveitei para fazer a folha do heastock. Deixei a muiracatiara com 2,3mm, usando a plaina e lixadeira de rolo. Escala e nut ficarão sobre esta folha, o que dará mais resistência ainda.
Já vou colar com a abertura do inlay do headstock. Este será o trampo dos próximos dias.

Colagem da cobertura do headstock.
Optei por colá-la por baixo da escala e do nut, pois em violões, quando esta cobertura permite um vão entre a escala e o nut fica propenso a descolar conforme o nut é pressionado.



Fiquei em dúvida entre criar um logo personalizado ou manter o aplicado nas guitas Custom da Gibson. Acabei mantendo mesmo, mas não terá a inscrição de Gibson no headstock. Seria falsificação e o que estou fazendo não tem nada a ver com isso. Pensei em usar Gébson, mas ficará melhor apenas assiná-la como o Emachado.



Abertura do canal do tensor com a tupia.



Sobre a bala do tensor fica uma diferença entre a altura deste e a escala, a qual preenchi com um pedaço de pau-marfim, o que dará maior resistência à pressão das cordas. É comum nas Lespas.
Para tal furei um pedaço que tinha aqui com 8mm e com a serra e lixas moldei esta pequena peça. Nem será necessário colá-la, pois ela sofre resistência nas laterais, ajudando a evitar que o headstock rache ao meio com a pressão das cordas e ação do tensor.





O já tradicional preenchimento com parafina de vela para não receber cola e travar a ação do tensor... Também vai ajudar a não escorrer cola para a cavidade do tensor na região da bala.





O plástico ajudará para que a madeira do calço não cole na folha de muiracatiara, pois a abertura do inlay do headstock deverá verter cola com a pressão dos grampos, apesar de ter retirado um pouco da cola com um pincel úmido antes de prender os grampos.



Quero terminá-la antes de Julho, quando devo iniciar a construção de minha casa e, se a patroa autorizar, a oficina no fundo com um espaço melhor.