Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
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Mauricio Luiz Bertola
Voila Marques
fheliojr
Zubrycky
8 participantes
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Página 1 de 1
Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima
Por João Paulo Carvalho
"A inserção da criança ao mundo da música faz com que ela lide melhor com as impressões mais difíceis de cada ciclo da vida"
Os irmãos Hassan Saad ( baixista) e Zein Saad ( na bateria) se ajudam durante as aulas de música
"Estudos científicos recentes mostram que o aprendizado de um instrumento musical ainda na infância pode ajudar na assimilação de conteúdos de diversas disciplinas escolares. Além disso, a musicalização infantil melhora a concentração, a autoestima e a capacidade de raciocínio lógico. "Quando a criança tem um contato precoce com a música, ela, automaticamente, desenvolve melhor suas relações socioemocionais. Isso inclui a diminuição da ansiedade, déficit de atenção e a prevenção de transtornos mais graves", afirma o neurologista e neuropediatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Mauro Muszkat.
De acordo com o médico, a relação estimula regiões específicas do cérebro, que são ativadas especialmente no estudo de matérias como língua portuguesa e matemática. Esses conteúdos, portanto, também atuam no processamento e na produção de sentido e emoção da música. "A música tem potencial para facilitar o neurodesenvolvimento, tanto na funções cognitivas quanto nas modulações relacionadas à questão emocional. A inserção da criança ao mundo da música faz com que ela lide melhor com as impressões mais difíceis de cada ciclo da vida", complementa o médico.
Hassan Saad, 10, toca baixo ( ) há quatro meses. Fã de Beatles, Kiss e AC/DC, o garoto, que antes tinha problemas de concentração e muitas vezes não conseguia terminar o dever de casa, hoje é um estudante muito mais focado nas aulas. "Ele não conseguia prestar atenção nos professores. Quando chegava do colégio, na parte da tarde, não terminava a lição. Hassan apresentava dificuldades para ler o problema e resolvê-lo. A música deu disciplina a ele", diz a mãe Carolle Saad.
O interesse de Hassan pela música começou em janeiro, quando o menino foi matriculado no curso de música de curta duração em uma escola na zona sul da capital paulista. "São apenas quatro meses, mas o avanço é notório. Hoje ele consegue se socializar de maneira mais saudável com as outras crianças. Hassan também desenvolveu um senso de cooperação muito grande. Ele é mais prestativo e solidário com os colegas de turma", afirma a mãe, que também matriculou o irmão mais novo, Zein Saad, 8, na aula de bateria. "A melhora é perceptível quando os dois decidem tocar juntos. Um ajuda o outro com o ritmo de cada música", complementa.
Música na escola.
A importância da música na grade de educação básica já foi formalizada pelo governo em 2008, com a sanção da Lei n° 11.769, que torna obrigatório, mas não exclusivo, o ensino da disciplina na educação básica. A música, portanto, pode ser integrada a outras matérias sem a obrigatoriedade de ser específica.
Segundo a pedagoga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Neide de Aquino Noffs, questões como conteúdo e a falta de profissionais capacitados para o ensino da disciplina nas escolas ainda devem ser pontualmente debatidas. "Há uma discussão sobre quem deve lecionar música nos colégios. Estão habituados a relacionar musicalidade à cantigas infantis, o chamar cantar alegremente na escola. Essa visão precisa ser modificada. Portanto, eu entendo música apenas como alguém que canta na escola? A musicalidade é essencial para o desenvolvimento da pessoa e vai muito além deste conceito", ressalta a educadora.
Ainda de acordo com a profissional da educação, o Brasil tem um modelo musical arcaico. Para ela, o País precisa rever seus conceitos e implantar um novo método educacional destinado à música. "A música em nosso País ainda não possui um modelo muito sério e claro. Nós não temos a educação do ouvir, como acontece nos Estados Unidos ou em outros países da Europa. E isso, certamente, altera toda a base", conclui a professora".
Fonte:http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/comportamento,musica-na-infancia-melhora-o-desempenho-escolar-e-a-autoestima,1502150
Por João Paulo Carvalho
"A inserção da criança ao mundo da música faz com que ela lide melhor com as impressões mais difíceis de cada ciclo da vida"
Os irmãos Hassan Saad ( baixista) e Zein Saad ( na bateria) se ajudam durante as aulas de música
"Estudos científicos recentes mostram que o aprendizado de um instrumento musical ainda na infância pode ajudar na assimilação de conteúdos de diversas disciplinas escolares. Além disso, a musicalização infantil melhora a concentração, a autoestima e a capacidade de raciocínio lógico. "Quando a criança tem um contato precoce com a música, ela, automaticamente, desenvolve melhor suas relações socioemocionais. Isso inclui a diminuição da ansiedade, déficit de atenção e a prevenção de transtornos mais graves", afirma o neurologista e neuropediatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Mauro Muszkat.
De acordo com o médico, a relação estimula regiões específicas do cérebro, que são ativadas especialmente no estudo de matérias como língua portuguesa e matemática. Esses conteúdos, portanto, também atuam no processamento e na produção de sentido e emoção da música. "A música tem potencial para facilitar o neurodesenvolvimento, tanto na funções cognitivas quanto nas modulações relacionadas à questão emocional. A inserção da criança ao mundo da música faz com que ela lide melhor com as impressões mais difíceis de cada ciclo da vida", complementa o médico.
Hassan Saad, 10, toca baixo ( ) há quatro meses. Fã de Beatles, Kiss e AC/DC, o garoto, que antes tinha problemas de concentração e muitas vezes não conseguia terminar o dever de casa, hoje é um estudante muito mais focado nas aulas. "Ele não conseguia prestar atenção nos professores. Quando chegava do colégio, na parte da tarde, não terminava a lição. Hassan apresentava dificuldades para ler o problema e resolvê-lo. A música deu disciplina a ele", diz a mãe Carolle Saad.
O interesse de Hassan pela música começou em janeiro, quando o menino foi matriculado no curso de música de curta duração em uma escola na zona sul da capital paulista. "São apenas quatro meses, mas o avanço é notório. Hoje ele consegue se socializar de maneira mais saudável com as outras crianças. Hassan também desenvolveu um senso de cooperação muito grande. Ele é mais prestativo e solidário com os colegas de turma", afirma a mãe, que também matriculou o irmão mais novo, Zein Saad, 8, na aula de bateria. "A melhora é perceptível quando os dois decidem tocar juntos. Um ajuda o outro com o ritmo de cada música", complementa.
Música na escola.
A importância da música na grade de educação básica já foi formalizada pelo governo em 2008, com a sanção da Lei n° 11.769, que torna obrigatório, mas não exclusivo, o ensino da disciplina na educação básica. A música, portanto, pode ser integrada a outras matérias sem a obrigatoriedade de ser específica.
Segundo a pedagoga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Neide de Aquino Noffs, questões como conteúdo e a falta de profissionais capacitados para o ensino da disciplina nas escolas ainda devem ser pontualmente debatidas. "Há uma discussão sobre quem deve lecionar música nos colégios. Estão habituados a relacionar musicalidade à cantigas infantis, o chamar cantar alegremente na escola. Essa visão precisa ser modificada. Portanto, eu entendo música apenas como alguém que canta na escola? A musicalidade é essencial para o desenvolvimento da pessoa e vai muito além deste conceito", ressalta a educadora.
Ainda de acordo com a profissional da educação, o Brasil tem um modelo musical arcaico. Para ela, o País precisa rever seus conceitos e implantar um novo método educacional destinado à música. "A música em nosso País ainda não possui um modelo muito sério e claro. Nós não temos a educação do ouvir, como acontece nos Estados Unidos ou em outros países da Europa. E isso, certamente, altera toda a base", conclui a professora".
Fonte:http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/comportamento,musica-na-infancia-melhora-o-desempenho-escolar-e-a-autoestima,1502150
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
p/ mim, o ensino artistico deveria ser obrigatorio em qualquer escola. com o tempo, os alunos desta poderiam se direcionar p/ o q mais lhes agrada, como dança, música, escultura...
fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Sempre achei que um dos grandes benefícios da Música para quem a estuda é o aumento da concentração.
Meu filho também se enquadra no "modelito" do Hassan.
Como ele nasceu prematuro de 7 meses e está um ano adiantado na escola, a concentração dele é "seletiva": só presta atenção no que interessa a ele.
Felizmente, não é deficit de atenção; é falta de maturidade mesmo, diagnóstico dado por uma psicopedagoga.
O problema é que ele é inteligente, sabe as matérias, etc, mas não tem nenhuma concentração para fazer provas.
Quando faço a revisão das provas, ele acerta tudo o que errou, em pelo menos 95% das vezes...
Só para vocês terem uma ideia de como meus cabelos ficavam em pé:
Numa das provas de quando ele ainda estava no 2º ano foi pedido: dê o diminutivo da palavra sublinhada. Resposta dada: sublinhadinha!
Há três meses, meus filhos começaram a estudar piano e a concentração "deseletiva" do meu filho está dando sinais de melhora.
O professor de Matemática dele me disse que ele está prestando muito mais atenção na aula.
Esse ano, ele não ficou em recuperação na matéria, pelo menos, até agora.
Ótimo post, Zubrycky querido!
Meu filho também se enquadra no "modelito" do Hassan.
Como ele nasceu prematuro de 7 meses e está um ano adiantado na escola, a concentração dele é "seletiva": só presta atenção no que interessa a ele.
Felizmente, não é deficit de atenção; é falta de maturidade mesmo, diagnóstico dado por uma psicopedagoga.
O problema é que ele é inteligente, sabe as matérias, etc, mas não tem nenhuma concentração para fazer provas.
Quando faço a revisão das provas, ele acerta tudo o que errou, em pelo menos 95% das vezes...
Só para vocês terem uma ideia de como meus cabelos ficavam em pé:
Numa das provas de quando ele ainda estava no 2º ano foi pedido: dê o diminutivo da palavra sublinhada. Resposta dada: sublinhadinha!
Há três meses, meus filhos começaram a estudar piano e a concentração "deseletiva" do meu filho está dando sinais de melhora.
O professor de Matemática dele me disse que ele está prestando muito mais atenção na aula.
Esse ano, ele não ficou em recuperação na matéria, pelo menos, até agora.
Ótimo post, Zubrycky querido!
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
fheliojr escreveu:p/ mim, o ensino artistico deveria ser obrigatorio em qualquer escola. com o tempo, os alunos desta poderiam se direcionar p/ o q mais lhes agrada, como dança, música, escultura...
Concordo plenamente.
Voila Marques escreveu:Sempre achei que um dos grandes benefícios da Música para quem a estuda é o aumento da concentração.
Meu filho também se enquadra no "modelito" do Hassan.
Como ele nasceu prematuro de 7 meses e está um ano adiantado na escola, a concentração dele é "seletiva": só presta atenção no que interessa a ele.
Felizmente, não é deficit de atenção; é falta de maturidade mesmo, diagnóstico dado por uma psicopedagoga.
O problema é que ele é inteligente, sabe as matérias, etc, mas não tem nenhuma concentração para fazer provas.
Quando faço a revisão das provas, ele acerta tudo o que errou, em pelo menos 95% das vezes...
Só para vocês terem uma ideia de como meus cabelos ficavam em pé:
Numa das provas de quando ele ainda estava no 2º ano foi pedido: dê o diminutivo da palavra sublinhada. Resposta dada: sublinhadinha!
Há três meses, meus filhos começaram a estudar piano e a concentração "deseletiva" do meu filho está dando sinais de melhora.
O professor de Matemática dele me disse que ele está prestando muito mais atenção na aula.
Esse ano, ele não ficou em recuperação na matéria, pelo menos, até agora.
Ótimo post, Zubrycky querido!
Obrigado pelo depoimento, minha querida!
Fico muito feliz em saber que você gostou da matéria.
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Concordo em gênero, número e grau!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
^ Sempre tive essa noção de que música ajudava, mas o depoimento da Voila foi uma grata confirmação. Vou usar essa informação no futuro próximo, com certeza.
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
fheliojr escreveu:p/ mim, o ensino artistico deveria ser obrigatorio em qualquer escola. com o tempo, os alunos desta poderiam se direcionar p/ o q mais lhes agrada, como dança, música, escultura...
Exato! +1
E o ensino de artes no geral e até mesmo uma aula de educação física que não seja apenas recreação ou jogar bola ajudam a criança a se encontrar e achar onde se encaixa melhor o que evita que ela fique perdida num grupo do qual as vezes ela não tem a minima afinidade e esta com atenção e interesses focados em outra coisa.
É comum ver o ruim de bola mas bom em música perdido e deslocado num grupo de boleiros e o contrário também.
Estimular as várias aptidões e a sensibilidade artística deveria ser a tônica em qualquer sistema de educação.
Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14288
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Compartilho um texto longo mas que vale a pena ler.
Eu escrevi o inicio compartilhando uma mensagem do Carlinhos Antunes sobre uma mensagem do Jair Oliveira.
Fernando Zdanowicz
Eu concordo com cada palavra escrita abaixo por ambos.
É longo mas vale ler principalmente se você tem filhos.
Eu por sorte agradeço ter conhecido a pedagogia Waldordf e meu filho estudar numa escola dessa orientação pois me assusto com o excesso de besteiras e coma forma com a qual as escolas "normais" (na minha opinião anormais) fingem ensinar artes, educação física e outras matérias que elas colocam em segundo plano como se fossem dispensáveis e/ou um enfeite desnecessário que são obrigados a aturar.
"Roubartilhado" do amigo Carlinhos Antunes
Caros e Caras taí um assunto que adoro e creio fundamental. Bato nessa tecla há anos e quando temos filhos aprendemos muito com eles e com nossas mazelas do ensino formal que trata a arte e a música em especial de um" modo menor. " Outro dia, lendo o livro do Oliver Sacks " Alucinações musicais ", dentre outras coisas, percebi ainda mais a importância da música na vida das pessoas e das crianças em fase escolar. Se nos ativéssemos mais `a ORALIDADE, que herdamos dos índios, africanos, árabes etc isso seria muito fácil de ser compreendido.Mas a lógica cartesiana é imponente, e vem da Europa e EUA, lugares que nos fizeram pensar de uma forma acadêmica e ou tecnica. Jair Oliveira , meu amigo,mande brasa nessa conversa que dá pano pra manga e você esta no rumo certo meu caro. Nossas crianças agradecerão num futuro bem próximo.
Palavras do Jair Oliveira
Realmente o sensacionalismo no jornalismo de hoje acaba atrapalhando o entendimento das opiniões e gerando uma série de incômodos desnecessários. Jamais consideraria aceitar pesos diferentes para as matérias que compõem a educação de minhas filhas. Inclusive escrevi um texto grande sobre isso na página dos Grandes Pequeninos (www.facebook.com/gpequeninos). Aí vem uma matéria do UOL dando como manchete que eu havia dito que a arte é mais importante que matemática na vida de nossas crianças!!!! Reportagem esta cujo o tema principal nem era este (era simplesmente uma matéria de divulgação do projeto Grande Pequeninos, não uma discussão sobre o sistema educacional brasileiro)!!! Acho que a jornalista não compreendeu bem meu ponto de vista (minhas filhas sabem muito bem o que penso sobre isso). Batalho muito para que nosso sistema de educação dê o mesmo peso para as artes como dá para todas as outras matérias (matemática, geografia, gramática etc); pois, em grande parte das vezes, a formação de um bom indivíduo é mais importante do que fazê-lo passar no vestibular. Esta é minha humilde opinião! Aí, obviamente, as pessoas não querem nem saber se focinho de porco não é tomada, e, diante de uma manchete espalhafatosa como esta, acabam atirando todas as armas sem nem tentar saber do contexto ou da veracidade da transcrição da jornalista. Mas tudo bem. É assim mesmo. Quem me conhece sabe que sou um pouco mais inteligente do que a "declaração" desta manchete inconsequente. Paciência...
Aqui vai meu texto sobre o assunto (a meu ver com uma opinião muito menos simplista do que esta com a qual a jornalista tentou me caracterizar):
(Jair Oliveira para Grandes Pequeninos)
Há mais ou menos um mês, durante uma entrevista sobre o lançamento de meu DVD “Jair Oliveira 30”, o jornalista me perguntou se eu e Tania temos o hábito de incluir a música como parte da educação de nossas pequenas. Imagino que ele já sabia de antemão qual seria minha resposta, mas enxerguei um ponto bem interessante em seu questionamento. É fácil perceber que, aqui em nosso país, geralmente temos a tendência em separar a educação “formal” de nossas crianças (e de adolescentes e adultos também!) das expressões artísticas, não é mesmo? O que conta de verdade é matemática, química, biologia etc. Música, dança, teatro, pintura não passam de mero entretenimento e diversão. Não sei bem ao certo sobre a origem desta míope visão e confesso que nunca compreendi as razões de sua existência. Talvez seja a mania - equivocada, em meu entendimento - que nossa sociedade tem de avaliar o lúdico e o poético como menor, inocente ou “infantil”. Eu, particularmente, considero este “infantil” extremamente essencial para o formação completa do indivíduo e do bom cidadão, em qualquer fase de seu aprendizado! Não sou nenhum profissional da área educacional, mas cresci em uma família musical que sempre fez questão de incorporar a música (e todas as outras expressões artísticas) à minha educação. E hoje fazemos questão de repassar isso a nossas pequeninas; ou seja, não excluímos as artes da constante tarefa de bem educá-las. Pode parecer óbvio para uma família que tem pai músico e mãe atriz, mas achamos extremamente pertinente que a música, a literatura, a dança, a fotografia, as artes dramáticas e plásticas andem sempre de mãos dadas com a matemática, a gramática, a geografia, a história etc.
O racional e o lúdico não se excluem; ao contrário, se complementam aqui em casa. Ultimamente muitos pais têm enxergado o real valor desta postura, mas ainda uma grande parte da população brasileira considera as artes como mera distração na vida de seus pequenos. Desconhecem que informações e mundos incríveis são conhecidos através das cores de um quadro, das notas de uma canção, dos passos de uma dança e das linhas mágicas de um texto poético. Nossas crianças, por outro lado, sabem muito bem disso. Aliás, elas habitam naturalmente este mundo incrível até quando nós, adultos, chegamos para arrastá-las somente para o universo racional, sério e muitas vezes enfadonho no qual estamos condicionados a viver. Efetivamente, arte é cultura, arte é educação; e não somente um “slogan” para ser usado nas contra capas de livros e discos de áudio. Através da música, por exemplo, podemos ensinar inúmeros conceitos importantes sobre matemática, física, história, geografia, gramática e civismo. Volto a repetir que não escrevo aqui como especialista no assunto; escrevo somente como um pai apaixonado pelas artes e que enxerga nelas algo indispensável para a boa educação de suas queridas filhas. Indispensável e e indissociável! A pergunta do jornalista me fez pensar em como ainda é comum em nosso sistema educacional e em nossa sociedade observar o preconceito em relação às artes no processo de formação de nossos indivíduos. Relega-se o poético ao imaginário infantil e inocente e coloca-se um valor excessivo e extremo nas matérias que compõem a tirania dos vestibulares por aí espalhados. Nossos cidadãos têm muito o que aprender com as expressões artísticas. E nossas crianças conhecem muito bem o caminho. Deixemos que elas façam suas artes e nos ensinem mais sobre tudo o que há de mais culto e mais belo na vida!
http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/28/arte-tem-mais-peso-do-que-matematicadiz-jairzinho-sobre-projeto-infantil.htm
Eu escrevi o inicio compartilhando uma mensagem do Carlinhos Antunes sobre uma mensagem do Jair Oliveira.
Fernando Zdanowicz
Eu concordo com cada palavra escrita abaixo por ambos.
É longo mas vale ler principalmente se você tem filhos.
Eu por sorte agradeço ter conhecido a pedagogia Waldordf e meu filho estudar numa escola dessa orientação pois me assusto com o excesso de besteiras e coma forma com a qual as escolas "normais" (na minha opinião anormais) fingem ensinar artes, educação física e outras matérias que elas colocam em segundo plano como se fossem dispensáveis e/ou um enfeite desnecessário que são obrigados a aturar.
"Roubartilhado" do amigo Carlinhos Antunes
Caros e Caras taí um assunto que adoro e creio fundamental. Bato nessa tecla há anos e quando temos filhos aprendemos muito com eles e com nossas mazelas do ensino formal que trata a arte e a música em especial de um" modo menor. " Outro dia, lendo o livro do Oliver Sacks " Alucinações musicais ", dentre outras coisas, percebi ainda mais a importância da música na vida das pessoas e das crianças em fase escolar. Se nos ativéssemos mais `a ORALIDADE, que herdamos dos índios, africanos, árabes etc isso seria muito fácil de ser compreendido.Mas a lógica cartesiana é imponente, e vem da Europa e EUA, lugares que nos fizeram pensar de uma forma acadêmica e ou tecnica. Jair Oliveira , meu amigo,mande brasa nessa conversa que dá pano pra manga e você esta no rumo certo meu caro. Nossas crianças agradecerão num futuro bem próximo.
Palavras do Jair Oliveira
Realmente o sensacionalismo no jornalismo de hoje acaba atrapalhando o entendimento das opiniões e gerando uma série de incômodos desnecessários. Jamais consideraria aceitar pesos diferentes para as matérias que compõem a educação de minhas filhas. Inclusive escrevi um texto grande sobre isso na página dos Grandes Pequeninos (www.facebook.com/gpequeninos). Aí vem uma matéria do UOL dando como manchete que eu havia dito que a arte é mais importante que matemática na vida de nossas crianças!!!! Reportagem esta cujo o tema principal nem era este (era simplesmente uma matéria de divulgação do projeto Grande Pequeninos, não uma discussão sobre o sistema educacional brasileiro)!!! Acho que a jornalista não compreendeu bem meu ponto de vista (minhas filhas sabem muito bem o que penso sobre isso). Batalho muito para que nosso sistema de educação dê o mesmo peso para as artes como dá para todas as outras matérias (matemática, geografia, gramática etc); pois, em grande parte das vezes, a formação de um bom indivíduo é mais importante do que fazê-lo passar no vestibular. Esta é minha humilde opinião! Aí, obviamente, as pessoas não querem nem saber se focinho de porco não é tomada, e, diante de uma manchete espalhafatosa como esta, acabam atirando todas as armas sem nem tentar saber do contexto ou da veracidade da transcrição da jornalista. Mas tudo bem. É assim mesmo. Quem me conhece sabe que sou um pouco mais inteligente do que a "declaração" desta manchete inconsequente. Paciência...
Aqui vai meu texto sobre o assunto (a meu ver com uma opinião muito menos simplista do que esta com a qual a jornalista tentou me caracterizar):
(Jair Oliveira para Grandes Pequeninos)
Há mais ou menos um mês, durante uma entrevista sobre o lançamento de meu DVD “Jair Oliveira 30”, o jornalista me perguntou se eu e Tania temos o hábito de incluir a música como parte da educação de nossas pequenas. Imagino que ele já sabia de antemão qual seria minha resposta, mas enxerguei um ponto bem interessante em seu questionamento. É fácil perceber que, aqui em nosso país, geralmente temos a tendência em separar a educação “formal” de nossas crianças (e de adolescentes e adultos também!) das expressões artísticas, não é mesmo? O que conta de verdade é matemática, química, biologia etc. Música, dança, teatro, pintura não passam de mero entretenimento e diversão. Não sei bem ao certo sobre a origem desta míope visão e confesso que nunca compreendi as razões de sua existência. Talvez seja a mania - equivocada, em meu entendimento - que nossa sociedade tem de avaliar o lúdico e o poético como menor, inocente ou “infantil”. Eu, particularmente, considero este “infantil” extremamente essencial para o formação completa do indivíduo e do bom cidadão, em qualquer fase de seu aprendizado! Não sou nenhum profissional da área educacional, mas cresci em uma família musical que sempre fez questão de incorporar a música (e todas as outras expressões artísticas) à minha educação. E hoje fazemos questão de repassar isso a nossas pequeninas; ou seja, não excluímos as artes da constante tarefa de bem educá-las. Pode parecer óbvio para uma família que tem pai músico e mãe atriz, mas achamos extremamente pertinente que a música, a literatura, a dança, a fotografia, as artes dramáticas e plásticas andem sempre de mãos dadas com a matemática, a gramática, a geografia, a história etc.
O racional e o lúdico não se excluem; ao contrário, se complementam aqui em casa. Ultimamente muitos pais têm enxergado o real valor desta postura, mas ainda uma grande parte da população brasileira considera as artes como mera distração na vida de seus pequenos. Desconhecem que informações e mundos incríveis são conhecidos através das cores de um quadro, das notas de uma canção, dos passos de uma dança e das linhas mágicas de um texto poético. Nossas crianças, por outro lado, sabem muito bem disso. Aliás, elas habitam naturalmente este mundo incrível até quando nós, adultos, chegamos para arrastá-las somente para o universo racional, sério e muitas vezes enfadonho no qual estamos condicionados a viver. Efetivamente, arte é cultura, arte é educação; e não somente um “slogan” para ser usado nas contra capas de livros e discos de áudio. Através da música, por exemplo, podemos ensinar inúmeros conceitos importantes sobre matemática, física, história, geografia, gramática e civismo. Volto a repetir que não escrevo aqui como especialista no assunto; escrevo somente como um pai apaixonado pelas artes e que enxerga nelas algo indispensável para a boa educação de suas queridas filhas. Indispensável e e indissociável! A pergunta do jornalista me fez pensar em como ainda é comum em nosso sistema educacional e em nossa sociedade observar o preconceito em relação às artes no processo de formação de nossos indivíduos. Relega-se o poético ao imaginário infantil e inocente e coloca-se um valor excessivo e extremo nas matérias que compõem a tirania dos vestibulares por aí espalhados. Nossos cidadãos têm muito o que aprender com as expressões artísticas. E nossas crianças conhecem muito bem o caminho. Deixemos que elas façam suas artes e nos ensinem mais sobre tudo o que há de mais culto e mais belo na vida!
http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/28/arte-tem-mais-peso-do-que-matematicadiz-jairzinho-sobre-projeto-infantil.htm
Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14288
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Poxa, ótimo post. Sinto falta de não ter estudado música desde cedo. Comecei a tocar com 18 anos e vejo amigos que estudam música desde 7, 8 anos (alguns até antes) sendo virtuoses em seus instrumentos e com uma inteligência acima da média. Pretendo colocar meu filho em uma escola de música assim que ele tiver uma idade viável para o estudo.
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Antes disso deixe uns instrumentos, mesmo que sejam de brinquedo, a mão para despertar o interesse e estimular a curiosidade.
Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14288
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
Fernando Zadá escreveu:Antes disso deixe uns instrumentos, mesmo que sejam de brinquedo, a mão para despertar o interesse e estimular a curiosidade.
Opa, valeu pela dica, Zadá!
Re: Música na infância melhora o desempenho escolar e a autoestima.
A música realmente estimula a memória, a atenção, o raciocínio matemático, além de desenvolver o convívio social da criança, pois é uma atividade em que proporciona conversas, troca de experiências e informações. Desenvolve ainda o interesse pela cultura em geral, pela história (vide que muitas bandas e grupos musicais estão inseridas em momentos históricos importantes, acompanhando, muitas vezes mudanças ocorridas, como, por exemplo foi o caso da ditadura...), etc. Muito interessante o tópico! Traz muitas reflexões!
B3ck1m2n- Membro
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