É possivel ser um Músico Profissional?

Olá, meus amigos...

Estou com essa dúvida. Acredito que todo Músico pensa ou já pensou em ganhar a vida com música.
(Entrar em uma banda,)...

Mas ouvi dizer que no Brasil é meio difício de acontecer... Isso é verdade? O que eu faço para viver de Música? (Estudo? Sorte? Dinheiro?tempo? investimento?)
Tenho recursos para ser um Bom Músico, Mas tenho medo de me arrepender de todo o investimento que fiz por nada se eu me arriscar nisso e quebrar a cara depois. Sabendo que ṕoderia ter investido em outra coisa para minha vida.
Mas se existe uma forma de pelo menos ter estabilidade financeira e proficional, o que eu tenho de fazer hoje?

Obrigado, amigos...

^
Por que não?! Só depende do seu talento, conhecimento, competência, dedicação e sorte. Simples assim!

Matheus passei por isso e não tive um experiência legal, resultado terminar a faculdade bem depois dos 30 e correr atrás de Concurso Público. Hj tenho estabilidade e uso a musica com terapia e relax, pois não consigo viver sem essa danada!! Abraço e força na peruca dos dedos!!

dougblu escreveu:Matheus passei por isso e não tive um experiência legal, resultado terminar a faculdade bem depois dos 30 e correr atrás de Concurso Público. Hj tenho estabilidade e uso a musica com terapia e relax, pois não consigo viver sem essa danada!! Abraço e força na peruca dos dedos!!

Obrigado, meu amigo... então não vale a pena mesmo, né?

Se tiver tempo e dinheiro pra investir... trabalhe com produção musical.
Dá grana pra kct.

Matheus Cid Bass escreveu:Obrigado, meu amigo... então não vale a pena mesmo, né?

Pra alguém sempre vale à pena... Se você vai ser um desses... é outra história...

Por "viver de música" você que dizer "aparecer no faustão"? ou quer dizer ganhar dinheiro dando aulas, tocando como freelancer em bandas, estúdios, orquestras...

Mas, sim, a probabilidade de quebrar a cara é grande se comparada com outras profissões...

Por outro lado... você poderia viver daquilo que ama fazer... a questãoe é... o que mais você ama fazer?

E esses Músicos que conseguem?

Um músico estuda a vida inteira, gasta 10.000 em equipamentos.
Estuda Métodos em seu instrumento, teoria musical, partituras...
E como não é recompensado?
que eu saiba, faculdade de música dura mais que faculdade de advocacia.

Matheus Cid Bass escreveu:E esses Músicos que conseguem?

Na minha pequena experiência, são poucos...
Conheço vários músicos profissionais aqui no RJ (que é um grande centro), pessoas que vivem e trabalham com música.
Muitos dos que eu conheço que vivem disso, estão na m....!
Os que não estão, dividem seu tempo entre música (tocar, ensaiar, estudar) e o magistério (de música).
TODOS (os que estão em melhor situação financeira), tem vidas de classe média modesta.
O produtor Mayrton Bahia (Maria Bethânia, Legião Urbana, 14-Bis, Paralamas, Beto Guedes, etc) é meu colega (e conhecido) coordenador e professor (como eu), na Universidade em que leciono, e tem uma vida de classe média comparável à minha...
O baixista Arthur Maia é meu conhecido e de minha mulher, e está em boa situação por ser Secretario de Cultura de Niterói.
Rogério Lopes (Vitória Régia, Marina Elali, Simone, Orquestra de Guitarras, etc), agora leciona nas rêde públicas e privadas de ensino.
Etc, Etc (podería citar vários outros nomes).
Claro que esses exemplos são aplicáveis ao meu universo de conhecimento (que é pequeno), e não constituem "verdade absoluta".
Portanto, medite e tire suas próprias conclusões.

Sim, é possível.

Envolve certo talento, suor, sorte, estrela e uma boa dose de política.

Você pode encontrar dois músicos excelente, um deles ganhando 50k por mês, enquanto o outro não tem um centavo no bolso. Sem tentar, você jamais saberá se você se tornará um ou outro.

Sem tentar, você jamais saberá se você se tornará um ou outro.

Não posso concordar de todo com essa frase, mesmo que o rapaz acima seja jovem, pois ela envolve um risco grande, algo que não é como, por exemplo, comprar um produto que não é bom e vc pode devolvê-lo ao vendedor ou simplesmente comprar outro... Estamos falando de algo muito mais sério e complicado: A vida de uma pessoa.
No mais, concordo com você que com "...talento, suor, sorte, estrela e uma boa dose de política..." é possível sim viver exclusivamente de música nesse país.

Seja o melhor absoluto naquilo que fizer simples assim!


E seja humilde, não adianta ser o melhor e ser um cavalo. HAHAHA

No meu estado, viver (BEM!) de música é quase sinônimo de ter que batalhar por uma raríssima vaga em um concurso público como professor de música na Universidade Federal, para tocar - paralelamente - seus projetos.

Existem os programas de incentivo à cultura, mas conheço músicos TALENTOSÍSSIMOS por aqui que passam por sufocos financeiros, inclusive, alguns deles bem conhecidos pelos foristas do CBBR.

Já no eixo Rio/SP, a chance é bem maior de conseguir uma carreira estável e tranquila como músico, só não vá pensando que depende somente do seu esforço. Infelizmente, não é bem assim.

Existem TANTOS CRITÉRIOS subjetivos e que NÃO DEPENDEM, necessariamente, do músico para uma carreira dar certo, que eu teria um grande cagaço em seguir carreira profissionalmente, hoje.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Sem tentar, você jamais saberá se você se tornará um ou outro.

Não posso concordar de todo com essa frase, mesmo que o rapaz acima seja jovem, pois ela envolve um risco grande, algo que não é como, por exemplo, comprar um produto que não é bom e vc pode devolvê-lo ao vendedor ou simplesmente comprar outro...

Não enxergo uma falha lógica na minha frase.

Explico: é mais difícil, estatisticamente, um ser humano ganhar na loteria que viver de música, aceitemos esse fato.

Pois bem, por um raciocínio simples entendemos que aquele que joga na loteria pode obter 2 resultados de tal jogo, são eles:

- Vencer
- Perder

Aquele que não joga poderá obter um e somente um resultado:

- Perder

Não jogar é o equivalente a não tentar ser músico. Se não tentar ele saberá o resultado, se tentar há dois resultados possíveis, mesmo que um seja improvável.

Estamos no país do concurso público com cargos estáveis. São essas pessoas que têm uma vida mais tranquila, todo o resto tem que tentar o que quer pra saber se vai dar certo.

Mas tem muito músico por aí ganhando bem.

Creio que mesmo sendo dificil, da pra viver de musica, mas para isso vc tem que morar em um grande centro, ou conseguir um padrinho forte que te coloque em uma banda de sertanejo, dessas trocentas duplas que cantam e tocam tudo igual.

Vc pode viver também ministrando aulas de musica, ou montar um studio.

Vá para uma encruzilhada com o seu baixo a meia noite, só depois tu já sabe né... ahahaha. brincadeira a parte.
Eu mesmo acabei desistindo de cursar a faculdade de música porque sei que é um caminho bem difícil, infelizmente! =(

Lembrando que a ciência de hoje nos ensina que são necessárias cerca de 10.000 horas de prática para se aprender um ofício ou adquirir uma habilidade de maneira satisfatória, o que dá uns 8 anos estudando 4 horas por dia, 5 ou 6 dias por semana.

Viver de música é complicado, todos os músicos que conheço andam de carro velho, moram em cubículos e não tem dinheiro nem para trocar de equipamento... Pra falar a verdade, nem sideman de artistas famosos ganham bem por aqui... Tem uns que vivem tranquilo dando aulas (concursados ou não) ou donos de escolas de música... Para ter um estúdio o investimento é alto, mas da pra ganhar uma graninha vendendo jingles ou trabalhando com produção...

Sim é possível ser músico profissional, ser musico profissional famoso são outros 500.

Do mesmo jeito que é possível ser advogado, médico, engenheiro, ser músico profissional exige muito estudo e dedicação.

Não espere tocar em grandes bandas, fazer turnês mundiais, sair na televisão todo dia. A realidade é outra. E é difícil.

Você é novo e ainda idealista, tem muito que aprender ainda.

Toda carreira profissional é difícil, tem que ralar muito e gostar do que faz, sempre terão os altos e baixos. Você tem que se preparar para eventuais decepções.

Coder escreveu:todos os músicos que conheço andam de carro velho, moram em cubículos e não tem dinheiro nem para trocar de equipamento...

Eu conheço músico com patrimônio da ordem de 10 milhões de Reais, conheço músico que em menos de uma década como músico profissional montou uma pequena frota de táxis que aluga, assim como conheço músicos que ganham o suficiente para ter um carro popular e morar em lugar decente e outros tantos que comem pão com margarina no almoço.

allexcosta escreveu:

Coder escreveu:todos os músicos que conheço andam de carro velho, moram em cubículos e não tem dinheiro nem para trocar de equipamento...

Eu conheço músico com patrimônio da ordem de 10 milhões de Reais, conheço músico que em menos de uma década como músico profissional montou uma pequena frota de táxis que aluga, assim como conheço músicos que ganham o suficiente para ter um carro popular e morar em lugar decente e outros tantos que comem pão com margarina no almoço.

Allex; toda regra tem excessão,e esses que vc citou são as excessões...
O salário dos jogadores dos grandes clubes brasileiros reflete apenas cerca de 10% do montante percebido pelo universo de jogadores PROFISSIONAIS do país.
90% ganham de 2 à 3 salários mínimos....
Ser funcionário público com estabilidade empregatícia é necessário e muito bom (embora eu seja de uma categoría profissional que recebe menos), e não há nada de errado nisso.
"Perder" no significado que você deu acima é um "perder" mais sério do que o dispor de uma mixaría para jogar na Mega-Sena de vez em quando (como aliás, eu mesmo faço...). Eu não acho que seja bom correr riscos como esse....
Talvez seja porque sou velho....

Acho que a questão central do amigo é se "vale a pena" o investimento de grana, o tempo, etc e tal.

Não me considero musico profissional, embora esteja tentando subir essa ladeira.

Minha posição aqui é que perguntas do tipo "vale a pena?", "vou ser bem sucedido?" não tem simplesmente relevância nessa história. É claro que faz parte do processo pessoal se fazer estas perguntas, mas vamos lá: você não estaria cogitando viver de musica se não gostasse de tocar. Se estiver, bom... deixa pra lá.

Vimos nos comentários dos amigos que não tem um caminho certo, é uma conjunção de fatores que pode ou não funcionar contigo.

Você gosta de tocar, toque. Estude, conheça pessoas, componha suas musicas. Se um belo dia você estiver tocando e, com seus cachês, conseguir comprar macarrão, salsicha e molho de tomate pra uma pessoa, durante um mês, pagar as contas e tudo o mais, parabéns, você está vivendo de música. Só não tenha filhos. Se sobrar macarrão, vc pensa no caso.
Se não, bola pra frente. Olhe para o tempo incrível que você passou se divertido, fazendo um som.

Imagino que o amigo seja novo, ainda na escola. Sua cabeça ainda tem uns 30 saltos carpados pra dar em volta dela mesma nos próximos anos.
Decidi que ia tentar meu caminho na música com 22 anos, depois de já ter largado uma faculdade e começado outra. Nenhuma das duas de música. Hoje tenho 26, e continuo, apenas, tentando.

Espero continuar tentando até bem velhinho.

Bom... Imagino que minha opinião possa ajudar...

Estude música,estude seu instrumento,toque em bandas,mas não deixe de correr atrás de uma outra carreira que tenha mais estabilidade.

Tente dividir o seu tempo entre música e um curso que te ofereça uma boa empregabilidade.

Fazer uma escolha não necessariamente anula a outra... Com um esforço,dá pra se dedicar à música e tentar buscar uma estabilidade numa outra area.

Vale a pena perder 45 minutinhos:

Se tem dúvida provavelmente não da não.
Ser músico é ser simplesmente. Você estuda se joga e faz isso porque não sabe ou não gostaria de fazer outra coisa e não pode viver sem a música.
Se tem dúvida por causa da grana escolha outra profissão provavelmente não é uma coisa que sente tão forte e que acha que valha a pena correr o risco.
Me diga uma profissão estável hoje em dia ser cargo concursado?

allexcosta escreveu:Lembrando que a ciência de hoje nos ensina que são necessárias cerca de 10.000 horas de prática para se aprender um ofício ou adquirir uma habilidade de maneira satisfatória, o que dá uns 8 anos estudando 4 horas por dia, 5 ou 6 dias por semana.

Brincando em cima do que voce escreveu......
Comecei a estudar contrabaixo com 53 anos.....quatro horas de estudos diários...oito anos mais ou menos...então com mais ou menos 61 anos  teria adquirido certa competência....
Mas não tenho quatro horas para estudos diários só uma horinha...terei uns 80 anos.....droga  vou precisar de um asilo que me deixe sair para ensaiar com a banda.....

No vídeo de Cláudio Roca alguém diz : "não  há nada que você faça no baixo de 5 cordas que eu não faça no de 4 cordas"

Acho essa uma das maiores falácias do mundo do contrabaixo.

Quero ver alguém tocar a versão só de contrabaixo que eu fiz de uma música do Bee gees com um baixo de 4 cordas.Impossível!

Um baixo de 5 cordas sempre será um de 5.Um baixo de 4 cordas sempre será um baixo de 4 cordas.Um nunca será igual ao outro!

Acho perfeitamente possível ser um músico profissional, e a área de música é até mais flexível do que outras carreiras.

Pra ser bem sucedido precisa de planejamento, estudo, dedicação, competência e um pouco de sorte, como qualquer outra profissão.

Cara, sua pergunta é extremamente difícil, principalmente porque o seu questionamento interior sobre ser ou não ser músico parece depender dessa coisa sobre a estabilidade ou não da profissão... Acho que todo mundo aqui irá , óbviamente, te dar respostas sobre suas próprias experiências de vida , ou seja , ninguém te dará resposta definitiva... vou te falar a minha resposta, a minha experiência de vida... sou músico profissional há muito tempo, me formei na extinta ULM na década de 90, me formei tb em comércio exterior e exerci muito pouco ou nada dessa profissão, porque a música sempre foi generosa comigo, mesmo que essa generosidade ás vezes fosse suficiente apenas para pagar umas contas do mês, e mandar outras para o mês seguinte,  ou seja , tive , como a imensa maioria dos colegas aqui, altos e baixos. Hj em dia, estudo no mínimo 5 horas por dia, acordo basicamente 6 horas da manhã e as 7 já estou com instrumento na mão (exceto óbviamente nos dias seguintes aos shows), e ainda ministro aulas que, na época de vacas magras, sempre ajudaram a segurar a onda. Tenho um equipo extremamente funcional para o que eu faço, toco em boas casas, pago o  meu financiamento imobiliário ( bom, isso acho que vai sobrar até para o meu filho!!! rsrs), tenho carro, mantenho meu hobby por motores 6 cil(tenho um brinquedinho de 250cv na garagem), mas , depois que fiquei mais velho, aprendi que as fases são cíclicas , que, realmente e até mais que qualquer outra profissão, o país não ajuda em nada, nunca! Por mais que eu me qualifique, por mais que eu estude, por mais que conheça gente, tenha contatos, etc, o fator sorte é uma variável importantíssima nessa equação do ser ou não  músico nessa terra. hj tenho uma visão totalmente diferente de qdo comecei (a idade pesa!), mas olhando para trás e, mesmo que a situação se inverta lá na frente, pelos lugares que toquei, pelas pessoas que conheci, pelas coisas que aprendi e até por poder dividir isto que escrevo com a rapaziada do aqui fórum , posso dizer que se tivesse a chance de voltar atrás, faria tudo de novo. (bom, honestamente iria beber um pouco menos!, rsrs) Mas, para finalizar, tem um  lembrete aqui, se a sua intenção é realmente ter grana, estabilidade, etc,...lembre-se que , mais do que a maioria das outras profissões, existem um monte de fatores aqui que nem de longe vc vai poder controlar.
boa sorte e abraço a todos.

Bacana o tópico, bem produtivo.

allexcosta escreveu:

Coder escreveu:todos os músicos que conheço andam de carro velho, moram em cubículos e não tem dinheiro nem para trocar de equipamento...

Eu conheço músico com patrimônio da ordem de 10 milhões de Reais, conheço músico que em menos de uma década como músico profissional montou uma pequena frota de táxis que aluga, assim como conheço músicos que ganham o suficiente para ter um carro popular e morar em lugar decente e outros tantos que comem pão com margarina no almoço.

Essa é a realidade. Conheço também músicos formados na UEL e no conservatório de Tatuí que hoje estão trabalhando em outras áreas para ter uma fonte de renda. Acho que tudo isso depende do lugar que o cara mora, uma boa oportunidade de trabalho e sorte, pq não?

Ed Carvalho escreveu:Mas, para finalizar, tem um  lembrete aqui, se a sua intenção é realmente ter grana, estabilidade, etc,...lembre-se que , mais do que a maioria das outras profissões, existem um monte de fatores aqui que nem de longe vc vai poder controlar.
boa sorte e abraço a todos.

O amigo disse tudo. Imagina que pra ter uma renda média você terá que trabalhar bastante, agora se quer ter uma boa grana aí terá que fazer tudo que está ao seu alcance e contar com a sorte.

Topico bacana, eu abandonei a música por 20 anos para ser médico, e depois voltei, por causa disso fiquei no amadorismo,o q nem de longe e ruim,eu vejo o mundo do contrabaixo como uma selva de feras,muita gente boa pra tão pouco espaço, infelizmente ha a questão sorte,politica e jabá, o que me arrependo e ter parado de tocar,,devido a minha dedicação integral,que foi durante esse tempo necessária,faça uma área que te de estabilidade, grana e importante sim!,o ser humano pensa de um jeito aos 30, aos 40 de outro, aos 50 também pode haver grandes ou pequenas mudanças no modo de pensar,nossos sonhos podem mudar,não recomendo contar somente com a sorte e talento,quantos talentos estao sumidos,faça uma carreira junto com a de musico,planos Bs,podem ser uteis,

Não

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ser funcionário público com estabilidade empregatícia é necessário e muito bom (embora eu seja de uma categoría profissional que recebe menos), e não há nada de errado nisso.

Necessário pra o cabra fazer o bagulho do jeito que bem entende e se escorar no fato de possuir estabilidade. Como evoluir e fazer o melhor sem a presença da concorrência?

Mas não quero mudar o rumo do tópico e conheço a argumentação contrária. Bola pra frente.

Eu não colocaria todos os meus ovos na mesma cesta.

allexcosta escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ser funcionário público com estabilidade empregatícia é necessário e muito bom (embora eu seja de uma categoría profissional que recebe menos), e não há nada de errado nisso.

Necessário pra o cabra fazer o bagulho do jeito que bem entende e se escorar no fato de possuir estabilidade. Como evoluir e fazer o melhor sem a presença da concorrência?

Mas não quero mudar o rumo do tópico e conheço a argumentação contrária. Bola pra frente.

daria uma boa discussão...no sentido produtivo...tens savco de abrir outro topico?

Vicente Ganem escreveu:daria uma boa discussão...no sentido produtivo...tens savco de abrir outro topico?

Infelizmente não, mas fique à vontade...

Kkkkkkk....deixa pra la,isso iria muito longe,não valeria a pena,

Vicente Ganem escreveu:Kkkkkkk....deixa pra la,isso iria muito longe,não valeria a pena,

Pois é. E conheço os argumentos.

Sidnei D Ferreira escreveu:Não

Não, e no Ceará principalmente.... Baixista, principalmente de forró ( e dos bons ) parece que dá em árvore... Sinceramente tenho até pena de alguns amigos que perderam a fase mais produtiva da vida insistindo na busca do "sucesso" com a música, tenho vários conhecidos na faixa dos 40 anos que vivem e agem como se tivessem 20...Toquei profissionalmente dos 17 aos 25 Anos, nessa época apenas subsistia foi uma fase da minha divertidíssima, poucas contas para pagar, muitas mulheres, festa todo fim de semana e etc... Porém não havia perspectiva de longo prazo e graças a deus entendi isso em tempo, fui fazer faculdade, consegui outro emprego e hoje vejo que foi a melhor decisão que havia tomado... Na época um grande amigo ( quase irmão ) músico me criticou bastante, disse que estava sendo covarde, desistindo do meu sonho, que iria ser mais um assalariado infeliz e que ele ia me provar que iria fazer sucesso, hoje quase 10 anos depois consegui realizar vários sonhos ( constituir família, viajar para o exterior, comprar uma Casa e Carro e etc ) esse meu amigo? Bem, hoje tem 43 anos ( velho para o mercado de trabalho formal ), continua na batalha pelo sucesso, o problema é que a ampulheta que ele virou a 10 anos está quase chegando no fim...

Meu cunhado é músico profissional, e o que ele fez/faz pra viver da profissão é o seguinte:

- Estudou música, bacharelado/licenciatura numa universidade aqui do Rio;
- Fez pós-graduação em Musicoterapia, e trabalha efetivamente com isso;
- Trabalha com arranjo e composição como músico de estúdio;
- Edita e revisa pautas para registro de músicas;
- É diretor de uma ONG que leva a música pra comunidades, apoiada pelo governo;
- Dá aulas de violão, guitarra e prática de banda;
- Toca em gigs como músico contratado;
- Dá aulas de educação musical numa escola do município.

Como pode ver, é um cara que vive de fato da sua profissão. Não é um músico conhecido do grande público, não aparece no Faustão e nem tem os holofotes da mídia. Porém, mora em uma excelente região da cidade, tem casa própria, carro, consultório, pagas as contas e vive com relativo conforto.... trabalhando de terça a domingo numa média de 16 horas por dia! (e isso não é sorte, é trabalho)

allexcosta escreveu:
Necessário pra o cabra fazer o bagulho do jeito que bem entende e se escorar no fato de possuir estabilidade.

Comentário eivado de preconceito...

Mas, afinal? Quem não tem preconceito sobre alguma coisa, não é mesmo?

PS: Foi só pra pontuar, não quero desviar o assunto.

Cara, isso tudo é muito relativo. Vou te dar o exemplo de dois amigos de infância (guitarristas) com quem eu convivi: um deles sempre teve talento, guitarrista fantástico, ia muito bem em todos os estilos musicais, desde música brasileira até metal. Todos achavam que se alguém tinha chance de fazer sucesso e viver de música seria esse cara. Entretanto, uma pessoa difícil de lidar, extremamente introvertido, preferia ficar tocando sozinho no quarto do que ir atrás de algo pra levar sua música adiante. Pra se ter uma idéia, eu o chamei pra substituir o guitarrista de minha banda que tinha se acidentado, em um show de covers (músicas simples, pop rock). O cara simplesmente travou, não conseguiu tocar, deu tudo na trave. Hj ele tem um emprego concursado e a música pra ele é um hobby.

O outro, tb amigo de infância, fanático por rock, guitarrista limitado. Mas foi atrás, montou uma banda, começou a tocar na noite, foi estudar pq sentiu que estava ficando pra trás. A banda deu certo no mercado da noite, eles hj tocam só em eventos de grande porte, cruzeiros (tocam nos cruzeiros do Roberto Carlos), já foram tocar na Africa, Europa. Esse guitarrista foi convidado a tocar em uma banda com o batera do Joe Lyn Turner, gravou um cd com músicos ingleses, em resumo, vive de música e muito bem, mesmo sendo um músico menos talentoso... Estudou comunicação, aplica o que aprendeu na faculdade na gestão dos negócios da banda. Em resumo, o grande talento dele e que foi responsável pelo seu sucesso se chama "relacionamentos e rede de contatos", e ele soube usar isso muito bem.

E isso não vale só pra música, mas para todas as profissões.

allexcosta escreveu:

Vicente Ganem escreveu:Kkkkkkk....deixa pra la,isso iria muito longe,não valeria a pena,

Pois é. E conheço os argumentos.

Eu também...
Mas deixa pra lá....

CaQuinhO escreveu:Comentário eivado de preconceito...

Seria pré-conceito se eu não tivesse nenhuma experiência real com o assunto. O nome correto é pós-conceito.

Eu, se pudesse, seria baixista profissional. Mas, resolvi ser engenheiro Industrial Mecânico e ter uma vida mais estável do ponto de vista financeiro.
Já meu filho optou por ser ator de teatro, apesar de ter feito um colégio técnico bem conceituado na região onde conseguiu emprego em empresa grande. Jogou tudo para o alto e foi fazer o que ele realmente gosta.
Ontem, com 33 anos de idade, ele chegou em casa e falou que ia procurar emprego "normal" pois ser ator não decolou na idade dele e ele achava que não iria mais decolar.
É lógico que dizer que tudo foi um fracasso na vida profissional dele é exagero, afinal ele já fez turnê nacional, ficando em hotéis maravilhosos e conhece muito mais cidades aqui no Brasil que eu. Mas ele se casou e não é justo deixar a família em necessidade, pois quando ele está em turnê, ganha até bem, mas passa 3 meses só fazendo bico e sobrevivendo antes de conseguir outra turnê...
Ele visitou um colega de escola, que acaba de construir uma casa de alto padrão, que tem a mesma idade dele e aceitou o trabalho que ele recusou. Dai a realidade bateu feio para ele...

allexcosta escreveu:
Seria pré-conceito se eu não tivesse nenhuma experiência real com o assunto. O nome correto é pós-conceito.

Conheço esse genial argumento em outros debates, com relação à igualdade religiosa, racial, de gênero, de orientação sexual, etc.

Maurício_Expressão escreveu:...

Em resumo: a arte é pra corações solitários... Quem tem "dependentes" precisa de estabilidade.