John Wetton - Fuzz, Overdrive ou o quê?

Gostaria de pedir uma ajuda aos entendidos de pedais, já que sou bem amador na arte de explorá-los.
Estou querendo tirar um timbre que se parece bastante com o tirado pelo John Wetton, como baixista do King Crimson. Alguém saberia me dizer o que ele usa? Parece um Fuzz bem carregado, mas não sei bem.
Aí vai uma amostra:



Valeu!

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Sem pedal, eu acho. Fender Precision com overdrive natural do amplificador. Nos anos 70, não era difícil fazer um amp valvulado saturar. Bastava abrir o ganho.

^ Valeu, JAZZigo. Pela época, cheguei a imaginar que seria drive de valvulado mesmo (em 73/74 isso era bem comum), mas pendi pelo pedal porque me pareceu muito distorcido. Não pensei que chegasse a tanto.

Outro exemplo. Com o amp modificado:
https://www.youtube.com/watch?v=NxcOxvEsE_Y

^ Bertola, esse álbum todo do GFR tem uma saturação bem massa. Mas o que cê quer dizer com amp modificado?

Reza a lenda que o Mel Schacher usava um cabeçote com o pré alterado (com mais válvulas de mais saída - 12AX7 provavelmente) para ter esse som distorcido...

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Outro exemplo. Com o amp modificado:
https://www.youtube.com/watch?v=NxcOxvEsE_Y

E junte-se John Paul Jones a John Wetton e Mel Schacher, eis os meus 3 timbres de contrabaixo elétrico dos sonhos na primeira metade dos anos 70.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Reza a lenda que o Mel Schacher usava um cabeçote com o pré alterado (com mais válvulas de mais saída - 12AX7 provavelmente) para ter esse som distorcido...

Massa. Acho que tem que mexer mesmo, né, porque pra saturar desse jeito só abrindo o ganho, não sei. Talvez o Wetton também tenha feito isso.

JAZZigo, na minha lista, eu acrescentaria o timbre do Chris Squire, só que fazer essa combinação de Rickenbacker + Ampeg + palheta + técnica do Squire é um desafio rs.

Willian Casagrande escreveu:JAZZigo, na minha lista, eu acrescentaria o timbre do Chris Squire, só que fazer essa combinação de Rickenbacker + Ampeg + palheta + técnica do Squire é um desafio rs.

Com certeza... é que eu quis me referir mais especificamente aos baixos Fender. Quanto aos Rickenbacker, Chris Squire e Geddy Lee estão no topo.

Não é fuzz... É o amp mesmo... Um daqueles sons mágicos que os anos 70 guardaram pra sí, e que hoje é tão pouco utilizado e conhecido.

A distorção do Mel também é uma das mais bacanas que já ouvi, pois o baixo não perde a característica grave do instrumento. Por isso simuladores nunca me conquistaram. O som da distorção originada na seção de power de um bom valvulado eu ainda não ví fazerem igual. Pode até parecer, mas com dois minutos de tocação a gente nota como a dinâmica é diferente.

JAZZigo escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Outro exemplo. Com o amp modificado:
https://www.youtube.com/watch?v=NxcOxvEsE_Y

E junte-se John Paul Jones a John Wetton e Mel Schacher, eis os meus 3 timbres de contrabaixo elétrico dos sonhos na primeira metade dos anos 70.

Pódiscrê!

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É! Na verdade, estou por fora dos os all-tube amps de hoje em dia, mas, se eles só puderem gerar a mesma potência que seus antecessores nos '70, também não deve ser difícil fazê-los saturar naturalmente.

allexcosta escreveu:

JAZZigo escreveu:Nos anos 70, não era difícil fazer um amp valvulado saturar.

Hoje é?

Difícil não, mas caro... Saturação qualquer efeito faz. Acho que o que o Jazzigo quis dizer é algo assim: Alguns modelos Ampeg tiveram válvulas que foram descontinuadas, e posteriormente substituídas por outras. Em alguns casos, isso significou mexer um pouco no projeto original do amp.

Hoje não existem mais válvulas inglesas, americanas, holandesas, alemãs ou até mesmo japonesas. Tudo é feito na China, Russia ou coisa assim. Elas são muito diferentes entre si.

Há uns dois anos precisei trocar uma válvula do pré do meu Marshall VBA. Valvulas de pré costumavam durar dez anos ou até mais.. Comprei umas valvulas antigas, coisa boa. O pré do amp é outra coisa depois disso.

JAZZigo escreveu:^
É! Na verdade, estou por fora dos os all-tube amps de hoje em dia, mas, se eles só puderem gerar a mesma potência que seus antecessores nos '70, também não deve ser difícil fazê-los saturar naturalmente.

Então, pra conseguir um som épico desses que estamos falando, só recorrendo aos amps das antigas? Aí meus dinheiros não vão dar conta
O jeito é improvisar com uns pedais mesmo.

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Para você ter uma ideia, um Ampeg B-15 Heritage Series (reissue) novo, com seus "ensurdecedores" 30W, custa a "bagatela" de US$ 4,000.00 (street).


AMPEG HERITAGE B-15
Made in USA
http://www.ampeg.com/products/heritage/b-15/

Imagina uma geladeira dessas, então, quanto não sairia...
http://www.ampeg.com/products/heritage/svt810e/

Alguns valvulados disponíveis são mesmo muito bons. Uns meses atrás eu ví um Pedrone seminovo e bem potente no ml por menos de 3k. Não comprei porque a quantidade de trambolhos aquí é muito grande, e minha casa, relativamente pequena. Se eu tivesse comprado, poderia pensar numas válvulas legais para equipar o bicho...

A Reeves nos USA oferece amps com válvulas NOS, se você preferir ($$$$)...

Comparo válvulas a combustível. Um combustível de qualidade melhora o desempenho do veículo.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Outro exemplo. Com o amp modificado:
https://www.youtube.com/watch?v=NxcOxvEsE_Y

Grand banda .. parafraseando parte do nome hehehehe

Rico escreveu:Alguns valvulados disponíveis são mesmo muito bons. Uns meses atrás eu ví um Pedrone seminovo e bem potente no ml por menos de 3k. Não comprei porque a quantidade de trambolhos aquí é muito grande, e minha casa, relativamente pequena. Se eu tivesse comprado, poderia pensar numas válvulas legais para equipar o bicho...

A Reeves nos USA oferece amps com válvulas NOS, se você preferir ($$$$)...

Comparo válvulas a combustível. Um combustível de qualidade melhora o desempenho do veículo.

Cara, nunca toquei (que eu me lembre) em um valvulado para baixo. Tenho até intenção, um dia (se a necessidade vier), em pegar um para sentir a diferença. No entanto, eu sempre enrosco no quesito preço. Qualquer coisinha já ferra a valvula e aí pra arrumar é dose. A portabilidade também é quase sempre um problema para nós, baixistas. Afinal, somos impossibilitados, pelas próprias características dos amps de baixo, em ter um amp de 50w valvulado e compacto que grite demais, como quase todos os valvulados de guitarra que vi por aí até hoje. Um primo meu tem um Bugera de 100w que é um monstro...

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Olha só que belezinha Willian, por US$ 3,399.00 na Sweetwater:


Mesa/Boogie Bass Strategy Eight:88 Bass Head
Made in USA
http://www.mesaboogie.com/amplifiers/bass/prodigy--strategy-tube-bass-amp-series/bass-strategy-eight-88/index.html

Featuring:

- Full/half/low power switch (465-watt, 250-watt, 125-watt)
- Normal and vintage inputs give you a stylistic choice of voicings
- Pull Boost switch lets you add a slight overdrive to aggressive grind
- Footswitchable, assignable, or bypassable 9-band graphic EQ (Strategy footswitch optional)
- Footswitchable solo level control
- 2 tuner outputs (back panel, footswitch) with footswitchable amp mute and manual play/mute switch
- Fully buffered, footswitchable FX Loop
- 5 combination speakON-1/4" speaker output jacks
- Slave out with level control; fan cooling
- Fixed bias for consistent, maintenance-free performance
- External switching jack for mid-voice, EQ, solo, tuner mute, and FX loop

Gera overdrive no preamp de suas 3 válvulas 12AX7, mas acredito dificilmente vai saturar na power section das 8 válvulas KT-88, em full. São 465W que soam como 900W, segundo o fabricante.

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JAZZigo escreveu: São 465W que soam como 900W, segundo o fabricante.

O.o
Com certeza vai ser um "pouco complicado" para saturar esse cara... rsrsrsrs

O retube (bem feito) desse mesa vai ser metade do valor do amp.

Um ponto dos valvulados é Timbre x Potência.

Engraçado é que a grande maioria dos valvulados (não só de baixo) vão em direção do timbre.
A busca dos compradores esta entre 10 e 30W, de preferência com redutor para 15W quando for de 30W.

O Ed fez o Heart Blower baseado nesses caras. Pra quem não tem ou não quer gastar tanto com um amplificador valvulado pode ser uma boa saída.

sobre saturar as válvulas, é só aumentar o ganho e baixar a saída.
Ouvi um workshop do Pedrone sobre as válvulas mandarem harmônicos das notas tocadas em 5 e oitava, quer dizer que cada nota vira um powerchord.

Conheço um estúdio no Rio de Janeiro que tem um Ampeg b-15 da década de 1970, não é exatamente o som que eu gosto, mas pra quem procura um som mais vintage é fantástico. Nunca toquei em nada da Ampeg que passasse perto daquele som, sem falar que o volume é uma piada. Achava que Allex exagerava em falar mal dos novos amps da marca, mas depois de tocar num SVT 6, concordo inteiramente. Me pergunto se esse reissue faz frente aos antigos.