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"Saber" regular/timbrar é uma arte? Mas faz uma diferença...

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Mensagem por URSOBHZ Sex 23 Out 2009 - 8:56

Olá!

Bem, tenho visto os mais experientes comentarem sobre opções de timbres, o que "buscam" no som, que o mais importante é bom senso, e tudo o mais!

Nos últimos dias acabei tendo uma prova desse quesito. Assisti a três shows na mesma casa (Beef Street - Alameda Quality Center, em Bauru), mesmo palco. O amplificador era exatamente o mesmo (não o mesmo modelo, mas a mesma unidade) e a caixa idem: GK 800RB e caixa 4x10 Hartke, linha VX. Os instrumentos eram diferentes: dois JB (Squier num dos shows, Fender no outro) em Precision Squier. Não vi pedal algum em nenhum dos casos. Os estilos musicais eram equivalentes também. E em nenhum dos casos era a primeira apresentação da banda no local e com esse equipamento

Pois bem: A apresentação na qual o baixista usava o Squier JB estava "soberba". Som MUITO bom. Bom volume, muita definição (escutava-se tudo e "sentia-se" o baixo também), peso "na medida". Não era preciso esforço para sentir e ouvir o baixo. Era nítida sua presença e seu som. O mesmo se aplica ao show com o Squier PB. Som muito bom!

Já ontem (onde o baixista usava um Fender JB).... foi o contrário disso: Horrível, sofrível! Só se sabia que tinha um baixo ali pq se via o sujeito no palco. Não se conseguia identificar direito o som, não se "sentia" o dito cujo. Não havia peso, presença. Som apagado, "fanho".... O cara até que tinha boa presença de palco, e podia se ver que a "técnica" na execução não era ruim. MAs o timbre que ele escolheu..... A reclamação foi geral (vi isso nas mesas proximas à minha). Estavamos num grupo de 10 pessoas, e todos notaram que estava estranho, aquém de apresentações anteriores. Estava tão ruim que, se bobear, daria para o sujeito sair do palco, ir ao banheiro e voltar, que não faria falta! Matou a apresentaçaõ do cara.

Acho pouco provável que seja culpa do instrumento, pois o mesmo é de boa qualidade (Fender JB) ou da amplificação (GK 800RB + 4x10 Hartke).

Ai eu fico pensando: Determinar o timbre é tão importante quanto a técnica!

Vocês, mais experientes, quais cuidados adotam para a timbragem do instrumento? Levam em conta apenas o gosto pessoal ou o que "vai para o público" interfere na escolha? O que pode causar esse tipo de situação (bons equipamentos e som ruim)?

Abraços
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Mensagem por Guilé Sex 23 Out 2009 - 9:18

Timbrar o instrumento é sim tão importante qto a técnica....como vc mesmo falou, o cara até tinha técnica mas som q é bom nada.

Comecei a me atentar pra isso depiois de um show q fui...era um palcão...cerca de 10 a bandas ou mais, Cabeça GK e Caixas Hartke 1x15 e 4X10...passaram pelo palco baixos de diferentes tipos, preços e tocando variados estilos.

O melhor som obtido foi por um rapaz que empunhava um Condor BX-12 careta e sem efeito algum ( baixista da banda de um amigo meu)....o cara simplesmente engoliu todos os demais baixos q passaram lá, inclusive um Fender Precision Special Japones, que é um dos baixos que mais me agradou na vida no quesito Punch x Timbre.

Encontrar o equilíbrio entre o som que te agrada, que case bem com o resto da banda e fique agradável pra quem ouve é fator determinante pro sucesso numa apresentação.

Eu já gastei muito dinheiro trocando de instrumentos, fazendo upgrades, montando sets de efeitos, etc, por não saber tirar do instrumento que tinha em mãos o timbre que meu ouvido ou a situação pedia...isso demanda bastante tempo com o instrumento apenas se preocupando em saber exatamente o que cada controle do seu baixo e/ou equipo faz com o som qdo acionado.

Tenho um amigo q comprou um baixo novo e reclamava muito do som...achei estranho, pois o bixo é equipado com captação e pré EMG de 3 bandas...qdo fui conhecer o instrumento dele vi os 5 botões e perguntei o q cada um fazia...e pasmei com a resposta:
"Não sei direito não....um baixa e aumenta, o outro fica mais estalado ou mais aveludado esses três aí tem q ir mexendo, mas não uso muito eles não !!!" facepalm

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Mensagem por Claudio Sex 23 Out 2009 - 9:20

Bem... na minha opinião, ao timbrar é necessário levar em consideração o local onde você está tocando. Você pode timbrar durante a passagem de som com a casa completamente vazia, e perceber que o som mudou bastante horas depois com a casa completamente cheia.

No meu caso, que toco Acústico, não tem segredos, vou pela fórmula mais simples. Primeiro eu fecho (zero) todos os controles de equalização, abro 100% do volume do Pré, e vou subindo aos poucos o volume do cabeçote. No Pré eu trabalho sempre com o volume todo aberto. Em seguida vou abrindo o controle de graves do Pré bem devagar, abrindo e ouvindo. Quando chega no peso que eu quero, adiciono os médios do cabeçote. Pronto... essa é a equalização que costumo fazer com a casa vazia, só na passagem de som!

Depois que a casa enche, ainda durante a primeira música, de acordo com a necessidade vou adicionando pontos de agudos no Pré, e se for o caso, adiciono um pouco mais de médios no cabeçote.

Antigamente, eu tentava timbrar só pelo cabeçote, mas depois de vários testes, percebi que trabalhar com com a equalização do Pré em conjunto com o Cabeçote dava um resultado muito melhor, conseguia chegar com mais facilidade no timbre de Acústico que eu gosto.

Além do seu ouvido ser o seu maior guia, é importante perguntar pro pessoal da banda como está soando o seu instrumento, pedir a alguém da banda que tente tocar alguma coisa no seu baixo enquanto você se afasta do palco pra sentir como está o som do lado de fora. Mas, considere sempre que a casa vai encher e que aquele som vai sofrer modificações!

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Mensagem por allexcosta Sex 23 Out 2009 - 9:30

O primeiro passo e ter um timbre ideal na cabeca.
O segundo e se livrar completamente de preconceitos e ideias pre-concebidas.

O equipamento e um meio para um fim, simplesmente isso. Nao existe equalizacao que funciona pra todas as salas. As carinhas sorrindo, triste, etc sao as maiores inimigas do timbre. Bem como o habito de apertar o "mid-contour" no 800RB geralmente e receita pra desastre.
Se a pessoa nao se sente confortavel em colocar o grave de um amp no 6 na sexta-feira e ter que colocar no 1 no sabado provavelmente ela vai ter problemas com timbre. Outra coisa catastrofica e o pavor que alguns musicos tem aos medios em geral. Ou o amor ao excesso de graves.

Se comeca equalizando com tudo em flat, alem de todos os filtros desligados. Encontra-se as frequencias ofensivas da sala, um corte de 3db nessas frequencias (geralmente algo entre 150-250k) geralmente e suficiente. Quando se tem um bom baixo, cordas e amp, isso ja deve dar um bom timbre. Compara-se o som "corrigido" ao som "da cabeca" e se faz ajustes minimos se necessario (se baixo e amp sao bons isso e raro).

Quando o musico sabe timbrar ele e capaz de tirar praticamente o mesmo som de qualquer amp (salvo algumas excessoes). Em 1 ou 2 minutos eu consigo fazer o mesmo timbre num GK, Hartke, Ampeg valvulado (nos outros e impossivel), Ashdowns, Eden, Epifani, Aguilar, etc...

Alem de tudo isso vem a pegada do musico e a regulagem do instrumento. Algumas combinacoes sao catastroficas, como pegada forte e regulagem muito baixa, nao sai nada...

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Mensagem por patrickqueres Sex 23 Out 2009 - 9:34

Guilé Santos escreveu:
Tenho um amigo q comprou um baixo novo e reclamava muito do som...achei estranho, pois o bixo é equipado com captação e pré EMG de 3 bandas...qdo fui conhecer o instrumento dele vi os 5 botões e perguntei o q cada um fazia...e pasmei com a resposta:
"Não sei direito não....um baixa e aumenta, o outro fica mais estalado ou mais aveludado esses três aí tem q ir mexendo, mas não uso muito eles não !!!" facepalm

Esses dias eu estava comentando isso com o Edu Fettermann. Fui em um festival de música a um mês atrás mais ou menos em Angra dos Reis. No palco passaram Tobias, Fenders, Corts, Squier, Ibanez, Tagimas... mas o som que mais me agradou foi de um Eagle daqueles de R$300, o cara rancou um funkão, timbre matador. Todos usando o mesmo set, uma Hartke HA3500 com caixas Tp 410 E 115, e eu vi que ele foi um dos únicos que mexeu na equalização do amplificador, até então, a equalização estava "sorrindo" pra todo mundo.

Um erro que muitos cometem (e eu já cometi muito), é abrir todos os controles pra "sair mais som". Tudo bem que as vezes o timbre agrada a algumas pessoas, mas nem sempre é assim. Depois de quase 1 ano tocando baixo que eu fui parar pra ver o que cada controle do meu baixo fazia Very Happy, até então, eu ativava o "Joselito MODE" e largava tudo aberto. Você pode notar, que geralmente quando alguem pega o seu baixo emprestado (Olha aqui depois!), eles abrem tudo rápido na correria, e tem gente que reclama que o som é ruim.
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Mensagem por URSOBHZ Sex 23 Out 2009 - 10:10

Ontem ainda aconteceram dois fatos interessantes. Percebia-se que o vocalista estava "desconfortável" com o som. Num dado momento o baixista foi até o amp e mudou alguma coisa (coisa muito rápida, de segundos).. não melhorou nada. Pelo contrário...

O equipamento de lá é fornecido pelo mesmo pessoal que faz a sonorização do SESC aqui, e são todos de 1ª linha.

Numa parte da casa, que (pela localização) recebe mais som do PA que da amplificação do instrumento a quantidade de mesas que esvaziaram DURANTE a apresentação foi infinitamente menor que na outra área (onde eu estava). Na minha localização recebia-se mais o som do palco. No fim do show, não tinha mais do que 25% das mesas ocupadas nessa área. Nos vários shows que fui nesse local nunca vi uma coisa dessas. A casa fica sempre lotada!

Ao final, o vocalista agradeceu o técnico de som pela "força", e deu uma "bronca" no baixista e no guitarrista pelo som. O batera se salvou!


Última edição por URSOBHZ em Sex 23 Out 2009 - 11:49, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Rico Sex 23 Out 2009 - 10:16

Muito interessante este tópico... Principalmente o que se falou sobre idéias pré concebidas em termos de regulagem. Antigamente era uma incógnita nos meus shows: Eu achava que amp tinha que ter a mesma regulagem sempre. Fazia um timbre em casa e queria repetí-lo ao vivo. Usava cordas coladas no braço, e tocava com a pegada de um orangotango. Com os anos, a gente vai se aprimorando e percebendo onde estão nossos erros. Sempre tive instrumentos caros. Eu devo ter sido uma das poucas pessoas que começou a tocar em baixo americano (um Fender Precision Plus prateado). Meu primeiro amp foi um Staner Bold. Fiquei com ele 6 meses e aí, troquei por um Fender Bassman All Tube que tenho até hoje. Qual era minha surpresa quando outro amigo que já tocava há mais tempo, tirava o som que sempre sonhei com meu set, mas que eu não conseguia reproduzir por nada??? Era de matar... Na verdade, me aprimorei e abrí mais a cabeça, de 10 anos prá cá.
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Mensagem por Dpaulo Sex 23 Out 2009 - 10:18

Concordo com Allex, a pegada é determinante para o timbre e a técnica é indispensável para se chegar nessa pegada.

Quando garoto e ainda nem tocava baixo, a primeira vez que ouvi o Nico Assumpção o que me chamou atenção no primeiro momento foi o timbre e não a técnica em si.
Até hoje o meu ideal de sonoridade é referenciado pelo mestre Nico.
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Mensagem por Amagomes Sex 23 Out 2009 - 10:29

patrickqueres escreveu:
Esses dias eu estava comentando isso com o Edu Fettermann. Fui em um festival de música a um mês atrás mais ou menos em Angra dos Reis. No palco passaram Tobias, Fenders, Corts, Squier, Ibanez, Tagimas... mas o som que mais me agradou foi de um Eagle daqueles de R$300


Ótimo tópico!! Deveria ser fixo, com dicas como as que o Alex deu, simples e objetivas e outras, tb baseadas nas experiências da galera

Qto ao Eagle engolindo Tobias e Fenders...kkk eu tb já presenciei, fato semelhante algumas vezes .Um deles: Qdo cheguei ao local, lá da rua já dava pra sentir a "pancada no peito"...a "sizona" superdefinida,limpa médios enxutos, ouvia-se nitidamente todas as frases . Eu pensei :Warwick, no mínimo...qdo entro dou de cara com um sujeito baixinho empunhando um poderoso...Strinberg 6 C Ligado numa caixa Staner (muito boa, por sinal)... .

Sem dúvida, saber timbrar é uma arte...e não se pode esquecer que "mão" conta muito tb!!
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Mensagem por Daniel Sex 23 Out 2009 - 12:28

Excelente discussão.

Realmente, não se pode ter amor excessivo a graves e muito menos subestimar os médios.

Tá cheio de gente que só se preocupa com o gravão, indefinido que seja, e isso, na minha opinião, só combina com funk carioca.

Saber timbrar com o que se tem em mão é realmente uma arte, e não se domina nenhuma arte da noite pro dia. Ouvir muito, testar muito, ter muito bom senso e principalmente, saber ouvir críticas são etapas importantes da evolução desse aprendizado.

Abraço
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Mensagem por Rico Sex 23 Out 2009 - 13:41

Também acho que temos que saber nos virar, dentro de uma situação em que seja possível... Vejo todo mundo (ou quase) falando mal dos meteoro por exemplo. Não gosto de transistores, então, nenhum vai me agradar mesmo. Só uso meus amps (salvo casos em que não é possível de jeito algum), mas no estúdio onde ensaio, só tem Meteoro Starblack. Como não gosto de cordas velhas, tenho sempre cordas novas ou razoáveis no instrumento. Acho que aprendí a timbrar de forma satisfatória, onde o baixo fica o mais próximo possível do que eu quero, conseguindo resultados satisfatórios. Agora, o curioso é que na maioria das vezes que chego ao estúdio, o volume e os graves do bixo estão no talo, e o efeito aberto pela metade... Não tenho idéia de como se pode tocar assim. É realmente questão de aprendizado. Sabendo timbrar, vamos poder nos ouvir em quase todo tipo de equipamento, ainda que em outros , o resultado seja tão melhor, que não possa ser sequer comparado.
É claro que o timbre também está diretamente ligado a técnica do baixista. Seja no dedo ou na palheta, o grande desafio é conseguir um som beeeeem próximo do que se tem em mente, senão passa a vida toda gastando dinheiro em equipos, procurando um som que não sabe como tirar.
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Mensagem por Cantão Sex 23 Out 2009 - 14:57

danielreo escreveu:
...Saber timbrar com o que se tem em mão é realmente uma arte, e não se domina nenhuma arte da noite pro dia. Ouvir muito, testar muito, ter muito bom senso e principalmente, saber ouvir críticas são etapas importantes da evolução desse aprendizado.
...

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Mensagem por GusVCD Sex 23 Out 2009 - 15:58

Ótimo tópico... realmente muito bom!!

Eu ainda estou buscando aprender mais a despeito de como chegar num timbre ideal pra mim, tenho algumas idéias na cabeça, mas não consegui definir exatamente o q é o timbre q eu quero exatamente pra mim... mas tenho evoluído muito nesses últimos meses junto aos amigos aqui!! What a Face

Em tenho buscado escapar um pouco do amor pelos graves a uns tempos, e um passo forte q dei em busca de médios mais definidos e expressivos, foi adquirir o Yamaha NE-1, com intuito te usar mais no meu Precision, e q me mostrou muito q médio não é só aquele sozinho anasalado de radinho de pilha... facepalm

Qt a experiencias pessoais, como toco em power trios normalmente, tenho espaço pra buscar timbrar o baixo e deixar ele bem na cara, até pra segurar a linha na hora dos solos, então isso acaba me ajudando tbm...

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Mensagem por Dpaulo Sex 23 Out 2009 - 16:06

Um recurso meio óbvio mas percebo que muitos baixistas não exploram isso é o uso da mão direita variando junto a ponte e ao braço, isso varia muito bem o timbre...
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Mensagem por Rdg Bass Sex 23 Out 2009 - 16:38

Dpaulo escreveu:Um recurso meio óbvio mas percebo que muitos baixistas não exploram isso é o uso da mão direita variando junto a ponte e ao braço, isso varia muito bem o timbre...

Esse recurso utilizo muito, pois não tenho um timbre apenas na minhas cabeça, gosto tanto do timbre mais clássico passivão até o moderno, do anasalado do Jaco e também do anasalado de caps Bartolini.

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Mensagem por GusVCD Sex 23 Out 2009 - 16:42

Gostaria de sugerir uma coisa:

Ou postado aqui, ou criado um tópico sobre as formas de variação de timbres em relação a mudança de mão, variação dentro de mesmas técnicas (formas diferente de se tocar slap, por exemplo), pois creio q muitas vezes acabamos postando coisas no forum em relação a equipamentos, e se tiver maior conhecimento das técnicas em si, podemos tirar muito mais do baixo por si só...

Tbm tenho muito interesse em quem tem experiencia com diversos ritmos, de dar alguns conselhos relacionados ao balanço dos captadores, pois eu tenho um som q gosto muito na minha cabeça mas por inexperiência em outros ritmos (ou ignorância mesmo... pale ) acabo tocando tudo sempre com a mesma regulagem no Bass... Por mais q eu saiba q isso tem q vir da gente e tal, creio q algumas dicas do tipo:

- Pra esse determinado ritmo, pede-se um baixo com uma regulagem mais assim... pra esse outro, normalmente se usa um timbre puxando mais pra essas frequencias, então uma regulagem mais desse jeito é recomendada...

Tipo um tutorial básico de ritmos para pessoas menos diversificadas como eu, ter como base pra descobrir o nosso som pessoal dentro daquele universo a parte, q é variado de ritmo pra ritmo...

Desculpa qq coisa ai! What a Face

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Mensagem por squall_mv Sex 23 Out 2009 - 17:17

GusVCD escreveu:Gostaria de sugerir uma coisa:

Ou postado aqui, ou criado um tópico sobre as formas de variação de timbres em relação a mudança de mão, variação dentro de mesmas técnicas (formas diferente de se tocar slap, por exemplo), pois creio q muitas vezes acabamos postando coisas no forum em relação a equipamentos, e se tiver maior conhecimento das técnicas em si, podemos tirar muito mais do baixo por si só...

Tbm tenho muito interesse em quem tem experiencia com diversos ritmos, de dar alguns conselhos relacionados ao balanço dos captadores, pois eu tenho um som q gosto muito na minha cabeça mas por inexperiência em outros ritmos (ou ignorância mesmo... pale ) acabo tocando tudo sempre com a mesma regulagem no Bass... Por mais q eu saiba q isso tem q vir da gente e tal, creio q algumas dicas do tipo:

- Pra esse determinado ritmo, pede-se um baixo com uma regulagem mais assim... pra esse outro, normalmente se usa um timbre puxando mais pra essas frequencias, então uma regulagem mais desse jeito é recomendada...

Tipo um tutorial básico de ritmos para pessoas menos diversificadas como eu, ter como base pra descobrir o nosso som pessoal dentro daquele universo a parte, q é variado de ritmo pra ritmo...

Desculpa qq coisa ai! What a Face
(2)up Apoio a sugestão do GusVCD, ainda mais pra iniciantes como eu terem conhecimento outras variações de timbres. Normalmente nós nos acostumamos demais com os graves ou com uma técnica e esquecemos do resto que é possivel fazer com o bass.
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Mensagem por korg Sex 23 Out 2009 - 20:01

Dpaulo escreveu:Um recurso meio óbvio mas percebo que muitos baixistas não exploram isso é o uso da mão direita variando junto a ponte e ao braço, isso varia muito bem o timbre...
+2

A cada música me vejo tocando em uma posição especifica com a mão direita, além de estar o tempo todo mudando o pré do baixo. Cada música, uma regulagem específica.
Acho que uma coisa muito bacana que um músico deveria vivenciar, mas que infelizmente na prática não é o que ocorre, é aprender a mixar. Voce aprende muita coisa ali e muita dessas coisas vc pode aplicar à sua banda e, com isso, conseguir extrair o melhor do conjunto banda+música, inclusive adequando ao ambiente, como já falaram. Lembrando que não devemos nos preocupar apenas em "timbrar o baixo" , mas sim em timbrar de acordo com o que a música pede! E ao que a banda possui e toca.

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Mensagem por Christian Sex 23 Out 2009 - 20:30

eu sou da formula do flat, porque adoro o som dos meus baixos, coloco grave , agudo nos controles do meu baixo, um Sx jazz bass e um Washburn Xb 920, consigo resultados que me agrade...
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Mensagem por Maurício_Expressão Sex 23 Out 2009 - 21:08

Eu não sei, mas a gente está nas mãos do tecnico de som do PA. Por mais que a gente faça alguma coisa no ampli do palco e nos knobs do baixo, o som mesmo que vai para o povo é o do PA.
Eu confio totalmente no técnico. Todas as vezes que confiamos cegamente no técnico nos demos bem...
Em bares muito pequeno, sem PA, ou em que só a voz vai para o PA, e sem tecnico de som, onde o som dos amplis é que vai para o público a equalização dos amplis é bem mais fundamental. Ela tem que ser legal para o palco e para o público.
Lembro-me que uma das primeiras vezes que toquei com a banda Expressão após a volta, em 2004, foi para um público de 4.000 pessoas e após a passagem de som, quando o técnico pegou o som do cabeçote após a minha equalização pediu para que eu diminuisse o Boost e o Master do Output do GK. Fiz isso e diminui uns 30% do que estava. O cara ficou satisfeito disse que conseguiria assim tratar o som para o PA e acredito que som rolou legal no show pelo o que o pessoal de casa falou.
Para compensar essa queda de boost e Master, tive que aumentar o volume.
Já aconteceu em outra casa do tecnico "famoso" me pedir para simplesmente quase zerar o Boost e o Master, mesmo eu colocando a cheve de saída do som para mesa em pré e não em pós equalização...
Também já aconteceu do técnico pedir para eu equalizar o cabeçote com meu som e depois ele pegar o som equalizado e quando comentei que gostava de som bom bastante Boost e Master ele dizer que já tinha percebido isso mas que se viraria e mandaria um som legal para o PA.
Também já aconteceu de outro técnico não conseguir som legal do baixo, mesmo eu abaixando o Boost e Master a quase zero e o cara só conseguir som legal quando dividiu o sinal do baixo com uma DI antes de chegar no cabeçote e usou o sinal direto do baixo para a mesa. Dai eu voltei o cabeçote para o meu som.
Hoje devido a essas experiências uso mais ou menos 35% de Boost e Master no output do GK.
Mas percebo que o ambiente influencia demais: se está com bastante gente ou não, ou se está com o pessoal em silêncio ou falando alto, se tem muita madeira (cadeiras e mesas) ou se é metálico as cadeiras e mesas. Se o piso é madeira ou cerâmico, etc...
Enfim, tudo isso faz diferença no som que chega ao público.
O que menos eu mexo é na equalização propriamente dita. Eu uso agudo (50%), Hi-Mid (60%), Low-Mid (80%) e bass (55%). Meu equalizador é paramétrico com 4 potenciômetros.
Nos filtros eu deixo 60% de Contour e 80% de presence. Mas o que mais vario é no voicing filters (contour e presence) em função do local e no outputs em função do som do PA.
No baixo Fender Jazz Bass eu sempre deixo 70% do volume no pick-up do braço e 100% do volume no píck-up da ponte.
Tone também é 100%.

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Mensagem por jiroumaru Sex 23 Out 2009 - 22:16

Quase sempre eu fico feliz com meu baixo + amp todo flat. De vez em quando fico mexendo nos botões do baixo ou do amp, até acho coisas legais, mas quando eu vejo, tá tudo no flat de novo.

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Mensagem por Toninho (Tequeba) Sex 23 Out 2009 - 23:05

Excelente tópico, é muito valiosa esta troca de experiências e de conhecimento prático. Principalmente para os novatos. Parabens!!!

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Mensagem por Gobbo Sáb 24 Out 2009 - 16:24

Leitura obrigatória... muito bom...
Eu também voto na idéia de um material didatico... ia ser uma boa...
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Mensagem por Rafael FindanS Sáb 24 Out 2009 - 19:37

Acho que estudar engenharia de som é mais adequado para se conseguir o timbre que você quer. Dá pra chegar confiando no ouvido, mas estudando como funciona o som, talvez seja o mais garantido.

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Mensagem por URSOBHZ Dom 25 Out 2009 - 1:24

allexcosta escreveu:......Encontra-se as frequencias ofensivas da sala, um corte de 3db nessas frequencias (geralmente algo entre 150-250k) geralmente e suficiente. ...

Allex,

O que seriam essas "frequências ofensivas"? O que elas provocam? Como fazer para identificar isso? Quais os "sinais" que devemos notar acerca dessas frequências?

Abraços
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Mensagem por allexcosta Dom 25 Out 2009 - 1:36

Urso, frequencias ofensivas sao as frequencias ressonantes de uma sala. Quando voce toca um instrumento em stacatto, as vezes a sala continua "cantando" algumas frequencias que voce ouve claramente como uma continuacao da nota. Faca isso na sala da sua casa: fique em pe num dos cantos e cante algumas notas baixas. Voce vai ver que a propria sala canta de volta (ecoa) algumas notas e nao canta outras. Num palco ocorre a mesma coisa. Pra indentificar a frequencia ofensiva (parametricos e graficos sao otimos pra isso) voce da um "boost" em cada frequencia separada, a que piorar o eco da sala e uma frequencia ofensiva, que deve ser cortada na ordem de cerca de 3db, ou ate 6db num caso extremo. O corte excessivo termina mudando o som do instrumento, portanto todo cuidado e pouco. A presenca de frequencias ofensivas depende muito da posicao da caixa e da presenca ou nao de publico, portanto sempre se observa uma diferenca entre a passagem de som e o show.

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Mensagem por URSOBHZ Dom 25 Out 2009 - 18:27

Olá!

Allex, obrigado pela resposta! claps

Pelo visto a situação é de fato complexa! Nessas frequências ofensivas inclui-se também a frequência de ressonância da própria sala, correto?

Seria interessante, então, para a obtenção do "timbre" adequado, que o baixista olhe com cuidado o formato da sala; localização do palco/sonorização, janelas e portas; disposição do público, etc.?

Ou seja, vai bem mais além de simplesmente aumentar ou diminuir grave/médio/agudo....

Valeu! up
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Mensagem por Pedroswaldo Seg 26 Out 2009 - 1:51

Pois é moçada, concordo plenamente.

Toco baixo há pouco tempo, mas sou chato com timbre por tradição de família. Desde pequeno meu pai ficava me mostrando LP's e comentando peculiaridades (dentro de nossa limitaçào musical, nem ele nem eu fizemos aula de nada, tocamos por teimosia mesmo). Toco guitarra há 13 anos e sempre fui muito chato com timbre. Sabe aquele cara que afina "de orelha" todos os instrumentos da banda, pois é...

E recentemente vi isso nitidamente. Mesmo lugar, duas bandas, mesmo estilo, samba-rock. A primeira, um CORT ligado numa Hartke A100. Cristalino. Graves redondos, médios bonitos, tava tudo lá. A segunda, um RICKEMBACKER no mesmo A100. Embolado de tudo, não dava para entender nada, lixão mesmo. Parecia até audio de filme nacional da Déc. de 80: moommfosofmsmommmdemomoommvmomvoromrvom

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Mensagem por allexcosta Seg 26 Out 2009 - 2:00

URSOBHZ escreveu:Seria interessante, então, para a obtenção do "timbre" adequado, que o baixista olhe com cuidado o formato da sala; localização do palco/sonorização, janelas e portas; disposição do público, etc.?

Na verdade nao... Olhar com cuidado nao, OUVIR com cuidado sim. Voce faz o som na passagem e faz os micro-ajustes na primeira musica do show. Quando a gente aumenta o amp (e sempre rola fazer isso na hora do vamo ver) a ressonancia tambem aumenta, em contra-partida, a absorcao da sala quando esta cheia de gente e bem maior. Essas variaveis fazem necessario se re-ajustar o timbre durante as primeiras musicas de um show.

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Mensagem por José Carlos Ter 27 Out 2009 - 22:59

Poxa, tópico q é ess.. ainda to viajando em informação, meio confuso cara, fico ansioso para tirar sons assim por isso to montando meu set com o que vou conseguindo, levei tempo pra pegar um bass que me agradasse, com uma ação diferente das cordas, uma maciez na tocabilidade, uma captação com brilho, mas tou louco pra testar variações, pegar um equipo meu pra poder mixar muito, testar muito..
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Mensagem por malka_aff Sex 3 Ago 2012 - 21:17

up pros novatos verem!

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Mensagem por CG Sex 3 Ago 2012 - 22:41

malka_aff escreveu:up pros novatos verem!

Isso é que eu chamo de UP... claps

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Mensagem por SirGalahad Sáb 4 Ago 2012 - 8:49

Up de qualidade!

Eu já tinha lido esse tópico a muito tempo atrás, mas tava precisando reler, veio em ótima hora esse up.

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Mensagem por Lucas Sales Batista Sáb 4 Ago 2012 - 10:54

GusVCD escreveu:Gostaria de sugerir uma coisa:
Ou postado aqui, ou criado um tópico sobre as formas de variação de timbres em relação a mudança de mão, variação dentro de mesmas técnicas (formas diferente de se tocar slap, por exemplo), pois creio q muitas vezes acabamos postando coisas no forum em relação a equipamentos, e se tiver maior conhecimento das técnicas em si, podemos tirar muito mais do baixo por si só...
Tbm tenho muito interesse em quem tem experiencia com diversos ritmos, de dar alguns conselhos relacionados ao balanço dos captadores, pois eu tenho um som q gosto muito na minha cabeça mas por inexperiência em outros ritmos (ou ignorância mesmo... pale ) acabo tocando tudo sempre com a mesma regulagem no Bass... Por mais q eu saiba q isso tem q vir da gente e tal, creio q algumas dicas do tipo:
- Pra esse determinado ritmo, pede-se um baixo com uma regulagem mais assim... pra esse outro, normalmente se usa um timbre puxando mais pra essas frequencias, então uma regulagem mais desse jeito é recomendada...
Tipo um tutorial básico de ritmos para pessoas menos diversificadas como eu, ter como base pra descobrir o nosso som pessoal dentro daquele universo a parte, q é variado de ritmo pra ritmo...
Desculpa qq coisa ai! What a Face

olha só Gus, isso é um assunto bem amplo q renderia um livro todo, mas a grosso modo funciona assim:
uma corda quanto mais frouxa, mais tende para os graves, enquanto uma mais tensa tende cada vez mais para os agudos (é so afrouxar ou apertar uma tarraxa pver oq acontece..). Observe q a corda no ponto final da escala é muito menos tensa do que bem próximo à ponte. Ou seja, mesmo sem mexer na tarraxa observamos tensões diferentes na corda. se tocarmos na região mais "mole" teremos mais graves, se tocarmos na região mais dura teremos mais agudos. o mesmo vale para o captador selecionado.

outro ponto importante é o ataque. Quanto maior e mais macia for a superfície que ataca a corda, mais graves obteremos; por outro lado, quanto menor e/ou mais dura for a area d contato, mais agudo. Assim, um som tocado com a polpa do dedão tem muito mais grave q outro som obtido com as unhas ou com uma palheta. Você pode combinar a forma de ataque (dedão, palheta, pontinha do dedo, unha....) com a região do ataque da corda e com o captador da ponte ou braço e assim conseguir muuuuitos timbres diferentes no mesmo baixo sem mexer no tone ou no equalizador.

Agora quanto aos gêneros: depende do q voce (e o resto do grupo) quer ouvir. Por exemplo no reggae ou no blues o contrabaixo é a principal voz grave do conjunto e espera-se que ele de a segurança ritmica com aquele grave bem gordo e aveludado. uma boa opção nesse caso seria tocar com dedão e/ou perto do braço, privilegiando o grave.
Ja no samba (e outros ritmos com grande presença de tambores e percussões graves), o baixo não é o único instrumento q faz a função de suprir os graves e o groove. o baixo tem q achar seu espaço em meio a todos estes outros graves. daí q muitos baixistas destes estilos utilizam as unhas também para tocar. e tocar perto da ponte vai dar mais clareza para seu baixo ser ouvido.

Estes são só dois exemplos, mas seguindo esse raciocínio você pode se adequar à diversas situações.



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Mensagem por Daniel PM Sáb 4 Ago 2012 - 13:28

up li todo o tópico, muito bom, depois de ler meditei melhor se estou fazendo as coisas certas(regulagens) e claro vou ficar mais atento a isso,

vlw pelo UP.
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Mensagem por Fabio Linhares Sáb 4 Ago 2012 - 19:10

Acho que no caso do exemplo citado no inicio do topico. É tudo muito relativo, e precisamos entender o real motivo do som do fender ter ficado tão ruim.
O som vinha somente do set, ou tinha PA? Isso muda todo o foco do baixista para o tecnico.
Muitas vezes eu já ajustei meu som legal, aí chega alguém da banda e manda um: abaixa aí que tá muito alto, tá muito grave e tal... Brochante
Sem contas cordas velhas, jack bixado e outras coisas que vao mais do capricho do musico do que habilidade para timbrar.
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Mensagem por allexcosta Sáb 4 Ago 2012 - 19:20

Lembrando que o jeito de tocar e a pegada é muito mais importante que tudo isso que estamos discutindo aqui.

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Mensagem por NeyBass Sáb 4 Ago 2012 - 19:48

excelente tópico e parabéns a todos pela bela discussão que com certeza abre muito mais as nossas cabeças para coisas que muitas vezes não acreditamos que possa acontecer.

Esse tópico prova mais uma vez que não se faz necessário possuir um baixo de 8 mil reais para conseguir um bom som, claro, parabéns a quem possa ter.

Eu também ja vi num mesmo show, mesmo equipamento de caixas e cabeça, um warwick rockbass dos antigos engolir um fender deluxe 5c, não quero abrir discussão rockbass x fender e nem to dizendo que o fender é pior, mas percebi que o cara do rockbass tinha muito mais técnica, pegada e definição nas notas tudo isso acompanhado de uma ótima timbragem.

Não sei se faço da maneira certa, mas costumo na hora de timbrar, deixar o baixo e amp todo flat e ir adicionando no amplificador conforme a necessidade, com isso o pré do baixo continua flat e quando a música ta rolando o que necessitar ou sobrar eu acerto no pré do baixo e claro, sempre evitando o abuso de graves para não embolar e os agudos para não ficar aquela estaladeira danada. Como uso ação muito baixa evito força excessiva na mão direita.

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Mensagem por silvanoandrade Sáb 4 Ago 2012 - 19:57

allexcosta escreveu:Lembrando que o jeito de tocar e a pegada é muito mais importante que tudo isso que estamos discutindo aqui.

é uma das frases que levo para minha vida...



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Mensagem por subgrave Sáb 4 Ago 2012 - 23:18

allexcosta escreveu:O primeiro passo e ter um timbre ideal na cabeca.
O segundo e se livrar completamente de preconceitos e ideias pre-concebidas.

O equipamento e um meio para um fim, simplesmente isso. Nao existe equalizacao que funciona pra todas as salas. As carinhas sorrindo, triste, etc sao as maiores inimigas do timbre. Bem como o habito de apertar o "mid-contour" no 800RB geralmente e receita pra desastre.
Se a pessoa nao se sente confortavel em colocar o grave de um amp no 6 na sexta-feira e ter que colocar no 1 no sabado provavelmente ela vai ter problemas com timbre. Outra coisa catastrofica e o pavor que alguns musicos tem aos medios em geral. Ou o amor ao excesso de graves.

Se comeca equalizando com tudo em flat, alem de todos os filtros desligados. Encontra-se as frequencias ofensivas da sala, um corte de 3db nessas frequencias (geralmente algo entre 150-250k) geralmente e suficiente. Quando se tem um bom baixo, cordas e amp, isso ja deve dar um bom timbre. Compara-se o som "corrigido" ao som "da cabeca" e se faz ajustes minimos se necessario (se baixo e amp sao bons isso e raro).

Intuitivamente faço desse jeito que o Allex descreveu.

E todas vezes que toquei com GK de sonorizações o próprio pessoal da sonorização vinha reto no palco apertar aquele mid-contour assim que eu desapertava...

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Mensagem por herrero Dom 5 Ago 2012 - 1:56

Uma coisa que sempre fica para trás na hora de regular o som e a posição dos cabs, por tocar guitarra com cab open Back eu tive que aprender a procurar o local onde o som fica balanceado, eu vejo baixistas colocando cab com rear port bem próximo da parede ou nos cantos e o som fica puro grave.

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Mensagem por allexcosta Dom 5 Ago 2012 - 7:41

herrero escreveu:eu vejo baixistas colocando cab com rear port bem próximo da parede ou nos cantos e o som fica puro grave.

Mas nos EUA é disso que os caras gostam. Som grave e fofo, com poucos médios e agudos.

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Mensagem por lucochoa Dom 5 Ago 2012 - 10:22

Mesmo com o mesmo equipamento, e bandas parecidas, acontece disso o tempo todo. Porque? Porque o principal responsável pelo "som" somos nós e não o instrumento. Por isso, não adianta um baixista ruim ter um Alembic que ele nunca vai soar bem porque o músico continua sendo ruim. Da mesma forma, podemos entregar um Golden pro Stanley Clarke que ele vai fazer a diferença, podem apostar.

Mas concordo que tem muitos "musicos" por ai que realmente não dão a mínima bola para a parte técnica e acabam piorando o que já não está bom. Conheço uma boa gama de guitarristas/baixistas que simplesmente plugam o instrumento e mandam ver, sem fazer alteração nenhuma no timbre do instrumento. Na minha banda, por exemplo é assim. E som de guitarra mal equalizado consegue ser ainda pior que de baixo, pois vira um ruído irritante.

Mas eu em particular adoro descobrir as novas sonoridades possíveis que se consegue apenas mudando a posição de tocar. Recentemente fiz isso com o meu novo Jazz Bass, mudando a equalização pra cima e pra baixo, de todas as maneiras até descobrir que o melhor modo era quase em flat, haha!
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Mensagem por AlbertoBass Seg 6 Ago 2012 - 10:27

Uma coisa que tenho buscado ultimamente é encaixar o som do baixo no cotexto da música. As vezes um timbre lindo sozinho não fica legal junto com o resto da banda. Por exemplo, não curto o timbre do Precision sendo tocado sozinho mas dependendo do estilo e da música seu timbre encaixa perfeitamente. Certa vez, estava passando o som sozinho e gostei muito do timbre que tirei do ampli e do baixo mas na hora que entrou todos os instrumentos não estava soando legal. Acho muito importante trabalhar junto com o técnico de som e conhecer seus instrumentos para tirar sempre o melhor proveito dos mesmos.

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Mensagem por lucochoa Seg 6 Ago 2012 - 10:32

É, isso aconteceu aqui em casa quando tocava sozinho, depois acompanhando músicas no meu aparelho de som. O timbre do baixo estava esquisito, mas quando a música entrou, ficou muito bom! É um equilíbrio complexo esse.
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Mensagem por Chapo Qua 15 Ago 2012 - 10:20

Vou desenterrar o tópico, mas por uma boa causa !

Eu estava aqui, tranquilão lendo esse tópico, já que timbre é um fator que eu me preocupo bastante, mas continuo pecando e resolvi pesquisar sabre timbres de guitarra também, foi aí que eu achei esse link aqui :
http://www.guitarbattle.com.br/licoes/1888-timbrando-a-guitarra.html

O cara da tipo um tutorial básico de equalização, com amostras de áudios de exagero em cada frequência e de efeitos !
Achei muito legal e interessante, e acho que vai dar uma ajuda até para os baixistas, nem que seja para poder dar erguida nos guitarristas no ensaio! hahaha

Seria legal se alguém mais experiente fizesse algo assim para contrabaixo também né ? notme

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Mensagem por alexjorib Ter 21 Ago 2012 - 1:35

Como comentado nesse tópico, vários fatores são indispensáveis para regular o som do baixo em diferentes situações, equipamentos, ambientes e acústicas.

Como já falado falado pelo AllexCosta:
- Ter pegada e o jeito de tocar.
- Ter um timbre gravado na "cabeça".
- Saber regular passo-a-passo, iniciando com tudo flat.
E etc...

Somente coloco aqui alguns detalhes pormenores que acho de suma importância para tudo correr bem:

- Ter um baixo no qual se identifique(ou mais do que um).

- Conhecer muito bem o seu instrumento e os controles que nele dispõe.

- O baixo deverá estar totalmente regulado por um profissional adequado a sua forma de tocar, além do circuito ter que estar devidamente "aterrado" para evitar interferências ou perdas.

- Cordas novas influenciam no timbre e na afinação (nunca trocar as cordas na véspera e muito menos no dia do show)

- Não se apegar somente ao seu equipamento de amplificação(pois cada local tem um equipamento diferente e quase nunca da para levar o equipo próprio), porém saber qual timbre lhe satisfaz no seu equipamento para poder reproduzi-lo em outros.

- Sempre exigir um retorno de palco para você, principalmente em ambientes maiores(ginásios, palco ao ar livre, grandes casas) ou com pouca acústica (locais com mais de um ambiente sonoro, palcos elevados(normalmente em baladas), trio-elétrico, etc) .

- Ter experiencia com headphone, pois assim obterá plenas noções do seu instrumento, dos controles, timbragem e no show poderá optar pelo retorno em phones(shows em pequenos ambientes não é necessário os phones).

- Ter experiencia com diferentes ambientes, desde galpões, ginásios, bares, baladas, trio-elétrico, conchas acústicas, garagem, sala, quarto, palco ao ar livre, etc. Tudo valerá para o amadurecimento profissional, acredite.

- Se utilizar efeitos, saber que em cada local o efeito pode soar diferente, muitas vezes levando a não utiliza-lo para preservar a qualidade sonora do baixo.

-Até mesmo a qualidade dos cabos e o tipo de plugue P10 influenciam no timbre, cabos de marcas renomadas sempre são melhores, mesmo custando mais caro, é um investimento essencial.

Creio que somente assim um baixista conseguirá timbrar seu instrumento da mesma forma que deseja em diferentes locais que estiver se apresentando mesmo que da primeira vez, pois já terá plena noção do que deverá fazer.

**Outra coisa:

- Algo que vai além dos "poderes" do baixista saber o que faz na hora de timbrar esta relativamente ligado a capacidade e a vontade que o técnico de som que esta na mesa, estará de fazer o seu timbre sair no P.A da mesma forma que você regulou no palco.
Se o técnico de som não manjar ou não quiser colaborar, tudo vai por água abaixo.

- Em pequenos e médios ambientes essa falha do técnico de som pode ser amenizada se o baixista estiver utilizando um set "mais poderoso" de cabeça e caixas (4x10/1x15) bem regulado, pois ao aumentar o volume geral, o som do palco vai para a plateia também.

* Dicas:

-Um baixista ainda inexperiente, nunca pode querer ousar na regulagem ou utilizar efeitos em shows, devendo optar por uma regulagem equivalente em todas as frequências no amplificador (flat ou tudo no mediano) e tirar o que precisar na regulagem que tem no baixo que esta usando.

-Nunca subestime um instrumento de marca com fama de ruim, cada instrumento é uma obra, pode ser por conhecimento ou sorte, mas existem instrumentos bons de marcas afamadas como ruins, dependendo do ano, da linha/serie e do local onde foi fabricado.

-Um Squier ou um Eagle como ja dito aqui, pode sim ter um timbre muito bom, se o baixista for profissional, saber tocar e saber o que precisa fazer na hora de regular o som para obter o timbre que deseja de acordo com o local.
Em uma outra situação por exemplo, a carcaça do baixo é a que você vê, mas a eletrônica vs captação presente nele pode ter sido substituída por produtos da melhor qualidade possível.
*Sem você perceber, um Eagle ou um Giannini antigão e feio, pode ter um valor sentimental para o baixista e poderá estar dotado de captadores Lindy Fralin e potenciômetros CTS por exemplo(o som será esmagadoramente definido com pegada e timbre).

Eu já presenciei em um show numa casa de São Paulo, um baixista com um Samick que eu não dava nada a primeira vista, que estava ligado em linha(acreditem), quando fui perguntar para o baixista no final do show o porque daquela "sonzera", ele me respondeu, "é porque essa criança aqui tem um pré Aguilar e captação Di-Marzio".

Ao meu ver é isso.


Última edição por alexjorib em Ter 21 Ago 2012 - 13:38, editado 1 vez(es)
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Mensagem por GusVCD Ter 21 Ago 2012 - 12:56

alexjorib escreveu:(...) Somente coloco aqui alguns detalhes pormenores que acho de suma importância para tudo correr bem:

Imagina se fosse realmente detalhar as tuas idéias! hehehe Boas observações! up

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Mensagem por Fred Calhau Ter 21 Ago 2012 - 13:25

Ótimo tópico, saber timbrar é uma arte, vi um cara com um eagle egb 5010 num evento que toquei e pasmei no som...

Gostei do que o Alex falou,a primeira coisa é não ter preconceito com marcas e equipamentos...
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Mensagem por alexjorib Ter 21 Ago 2012 - 13:34

GusVCD escreveu:
alexjorib escreveu:(...) Somente coloco aqui alguns detalhes pormenores que acho de suma importância para tudo correr bem:

Imagina se fosse realmente detalhar as tuas idéias! hehehe Boas observações! up

Desculpe-me.
Kkkkkk, acabo sempre escrevendo muito em tudo, acho legal explicar em detalhes.

Os detalhes são pormenores porque antes de qualquer coisa, o mais importante é:
- Ter pegada e o jeito de tocar.
- Ter um timbre gravado na "cabeça".
- Saber regular passo-a-passo, iniciando com tudo flat.

Ai, depois disso, vem o que eu citei, que são os detalhes pormenores (no sentido de serem pequenas coisas essenciais).

Valeu, GusVCD, abraço.
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