Luthieria EcoGuitar

Pessoal, gostaria de saber se alguém conhece, já testou ou até mesmo se há algum proprietário dos baixos feitos pela EcoGuitar.

No site deles tem uma galeria de instrumentos produzidos (bem bonitos diga-se de passagem), porém não encontrei muito material além de fotos.
A proposta da empresa é utilizar madeira de demolição (algo como reciclar madeira). Eles produzem a própria captação e pré, porém há também possibilidade de utilizar captação Malagoli (muito bem falada aqui no forum).
Ferragens podem ser Gotoh, genérica e no caso da ponte pode ser Sung Il.

Mandei um e-mail solicitando um orçamento e fui muito bem atendido (e a resposta foi bem rápida também). Os preços me pareceram bem em conta (cerca de $2000,00 por um P Bass 51).

A dúvida realmente é sobre a qualidade dos instrumentos. Alguém pode ajudar?

Site da empresa: http://www.ecoguitar.com.br/

O que será que quer dizer 'Sistema de Iluminação por Fibra óptica' no modelo Jazz Bass Araucária?

ZédeLepelin escreveu:O que será que quer dizer 'Sistema de Iluminação por Fibra óptica' no modelo Jazz Bass Araucária?

Também fiquei curioso. Parece que as 'bolinhas' da marcação na lateral do braço se acendem, mas não tenho certeza se é exatamente isso.

cara, sou cliente da Eco Guitar heheh Atendimento 100%, preço super competitivo e dentro da realidade.
As madeiras do cara são show. Tem um vídeo no youtube de um sujeito visitando a fábrica e testando alguns instrumentos. As madeiras são super curtidas, mais estáveis que qualquer peça desses estoques made in China que as vezes vem com alta porcentagem de umidade, verde, mal cortadas, etc.
A qualidade deve ser relativa ao projeto. Se tu customizar e quiser peças top de linha custará mais, se quiser com peças intermediárias (meu caso) custará menos. Mas vale muito a pena.
Em relação as madeiras a qualidade é excelente e a proposta de reaproveitamento de madeiras é um ótimo diferencial.

Mas acho que ele tem baixos prontos pra vender também, que devem sair mais em conta ainda do que customizar.

Achei os baixos estranhos...Parecem corpos e braços de guitarra reaproveitados pra fazer baixo (posso estar errado e devo estar, não sou especialista) As medidas do Jazz Bass tão mto estranhas

Na boa, achei o acabamento horrível, olha o exemplo dessa tampa traseira, cortada toda torta, dá pra ver ferpa de madeira...



E esse headstock cortado na foice então...

pelo que eu sei a proposta não é fazer cópias fiéis, embora ele tenha os gabaritos dos modelos tradicionais pra quem quiser fazer uma reprodução.
No meu caso pedi o corpo de JB, só que em tamanho reduzido (com algumas alterações). Ele usou o gabarito de JB e fez as modificações que pedi e ficou idêntico ao que eu tinha em mente, sem qualquer tipo de imperfeição nos cortes.

As madeiras são reaproveitadas, madeiras de construção, o que é legal pois muitas vezes peças boas são jogadas fora pra virar lixo.

Essas fotos ...

Até entendo a proposta ecológica, o reaproveitamento de madeiras e tal, acho até muito legal isso, mas não é justificativa a falta de cuidado em detalhes, acabamento, etc... Eu não pagaria nem R$ 100,00 num baixo com esse headstock.

Muito bacana a proposta.
Porém achei o acabamento um pouco fraco.
Quem sabe eles não vão aperfeiçoando.

entendo.
Bom, só posso falar pelo meu instrumento. O meu JB modificado ficou 100% perfeito em relação ao que solicitei ao luthier (e olha que eram várias alterações novas heheheh falando com ele pelo facebook umas 5 vezes ao dia, acertando e modificando detalhes, todo o santo dia).
O cara é de Jundiaí-SP e eu nunca negociei um baixo de luthier que não fosse do RS pela facilidade de distância e comunicação, mas por ele ser tão solícito a customização e com o preço tão em conta resolvi arriscar.

Dada a discrepância de acabamento da guitarra da foto pro meu instrumento só posso supor que essa guitarra deva ser uma das primeiras que o cara fez, porque atualmente (ou pelo menos no caso do meu baixo customizado) ele foi hiper caprichoso e cuidadoso nos cortes.

Não conhecia essa Luthieria, mas vendo os produtos que tem em estoque achei umas guitarras lindas e visualmente bem construídas, já os baixos não me agradaram tanto na questão visual.
Põe fotos do seu baixo aqui Edu .

Pois é Edu, acho que fotos do seu baixo ajudariam a favor da EcoGuitar.
Será que eles não topam participar do forum? Outras Luthierias participam e a interação sempre gera bons resultados.
Edu, faça o convite, creio que será bom para a EcoGuitar e para nós também.

Seria um espaço para ele se "defender", afinal, me parece que as fotos são meio antigas. Entre as guitarras já se nota que umas são melhores acabadas que as outras.. pode ser um registro da evolução, mas que para nós não fica evidente.

Thiago, eu quero ter tempo pra abrir um tópico sobre o baixo rsrs
Quero escrever um pouco sobre os detalhes de construção e tal, aí já coloco fotos também
Quando conseguir vou abrir na seção "luthieria"

Lucas, vou avisar ele. Mas acho um pouco difícil porque ele trabalha sozinho tocando tudo, cobrando o escanteio e fazendo o gol rsrs mesmo assim o cara é super atencioso no face

Sei bem como é! Seria um ótimo canal para ele expor o trabalho e até mesmo captar opiniões.
Ele realmente é muito atencioso mandei e-mail solicitando algumas informações ele respondeu em menos de uma hora, e se mostrou bem proativo.. me mandou foto das madeiras disponíveis e me esclareceu todas as dúvidas.
Se tudo correr bem, depois da metade do ano vou fazer um P Bass 56, mas com aquele ar rustico dos instrumentos deles (G.A.S).

Edu escreveu:entendo.
...Dada a discrepância de acabamento da guitarra da foto pro meu instrumento só posso supor que essa guitarra deva ser uma das primeiras que o cara fez, porque atualmente (ou pelo menos no caso do meu baixo customizado) ele foi hiper caprichoso e cuidadoso nos cortes.

Pode ser que a proposta desses instrumentos seja o rústico mesmo, e a falta de acabamento seja proposital e não descuido, aí dependendo do pedido do cliente o Luthier capricha mais ou não. É que nas fotos numa primeira visão, passa a impressão de amadorismo do luthier, mas pode ser proposital e tratar-se de um ótimo luthier, mas nesse caso deveria ter algum texto nas fotos justificando essa escolha pelo rústico.

também acho, edumoraes, mas acredito mais na hipótese de que ele tenha evoluído mais a cada trabalho

lucas, outro cara hiper recomendado, principalmente nesse quesito de atenção e prestatividade pra fazer os detalhes que tu gostaria é o José Luiz Ávila Jr. de Porto Alegre, da "Z Guitarras e Baixos". O cara é sensacional (extremamente atencioso e rápido como o Pedro da Eco Guitar) e tem um talento fora do comum. Vi cada baixo no atelier dele de cair o queixo (e não é careiro!!)

Edu escreveu:também acho, edumoraes, mas acredito mais na hipótese de que ele tenha evoluído mais a cada trabalho

lucas, outro cara hiper recomendado, principalmente nesse quesito de atenção e prestatividade pra fazer os detalhes que tu gostaria é o José Luiz Ávila Jr. de Porto Alegre, da "Z Guitarras e Baixos". O cara é sensacional (extremamente atencioso e rápido como o Pedro da Eco Guitar) e tem um talento fora do comum. Vi cada baixo no atelier dele de cair o queixo (e não é careiro!!)

Também acredito na evolução. Quem acompanha o tópico dos baixos F. Lisboa sabe o quanto um luthier talentoso pode evoluir a cada novo instrumento.

Sobre a Z Guitarras e Baixos, nunca havia ouvido falar. Vou dar uma pesquisada, obrigado pela dica

Pode ser que sejam instrumentos estritamente funcionais.
Tenho um violão do luthier Emanuel de Carvalho que tem uma proposta de construir instrumentos baratos, com sonoridade muito boa usando madeiras adequadas e funcionalidade para estudantes. O instrumento não tem acabamento refinado, é bem tosco, mas tem um som e manuseio muito bons.

acho que é por aí mesmo, instrumentos com um ar rústico, "orgânico", acompanhando a proposta mais "naturalista" do reaproveitamento de madeiras e consequentemente com um custo mais acessível. O meu JB Fretless foi baseado nesse conceito.

Única coisa que achei ruim foi esses fiapos de madeira, uma lixadinha não custava nada, depois espeta isso no dedo na hora de tocar já viu né...

Edu, quando criar o tão esperado tópico sobre seu bass, poderia atualizar este post com o link? Além de nos ajudar (leia-se matar nossa curiosidade), pode direcionar outros usuários do forúm.

lucas, claro, pode deixar.

edumoraes, verdade, uma lixa ali já resolve

O que achei bacana dos instrumentos dele é o uso de madeiras as vezes "rejeitadas" pela luthieria. Como o Angelim, Peroba e o Pinho.
Gostei muito das guitarras e teria uma fácil. Mas os baixos deixaram a desejar em relação das guitas.

ZédeLepelin escreveu:O que será que quer dizer 'Sistema de Iluminação por Fibra óptica' no modelo Jazz Bass Araucária?

Fibra óptica conduz a luz, ele instala a lampada em um ponto específico, e deste um unico ponto pode levar luz para as extremidades da fibra, no caso as marcações de escala.
A grande vantagem é que a fibra óptica é extremamente maleável, fina e mais fácil de instalar do que diversas lampadas.
Você já viu estes pinheirinhos de natal com fibra optica? o principio é o mesmo:


Agora uma pergunta, nos tempos atuais o numero de luthiers aderindo a esta prática de reaproveitamento já não seria expressivo?

Realmente olhando os baixos do site, acho que nessa faixa de 2 mil, está tão bem pago que chega ser caro.

2 mil pra ter um headstock cortado no facão e ferpa enfiada no dedo? Obrigado, vou de Squier mesmo...

artur, que eu saiba não.

esse JB de araucária tá 1.300 tem um cara tocando esse baixo aqui (acho que o amp é de guitarra):

Pô, Edu... só uma fotinho 

Hauahauahau
Realmente uma prévia não faria mal a ninguém

siodoni escreveu:Gostei muito das guitarras e teria uma fácil.

Achei a SG Diablo muito linda... quase que volto a tocar guitarra... rsrsrsrsrs

[OFF] Edu c*****! esta simulação de arco que o tiago fez aos 6:13 foi muito f***!

afonsodecampos

Thiago Almeida

meu baixo não está comigo. É um baixo fretless e como uso cordas roundwound (e costumo tocar forte) decidi fazer uma aplicação de resina de poliester na escala (com o efeito sonoro mais "orgânico" do que a resina epoxy, por exemplo) pra proteger a madeira. Assim que eu receber o baixo do outro luthier (da Hot Machine Custom) abrirei um tópico explicando os detalhes, uma vez que é um "Jazz Bass" bastante modificado. "Jazz Bass" entre aspas porque nem dá pra dizer que é realmente um JB rsrs

arturbmallmann
interessante né! Não sabia que dava pra fazer isso rs

Testei o "efeito" com o baixo,deveras peculiar!! hahahahha. Não digo que pareça com um violoncelo, mas lembra bastante!

^ por favor, me ensine esta técnica, artur!.

/\ Execute a nota com o volume no mínimo e abra de forma progressiva, e para simular o sustain vá aumentando o volume enquanto a corda ressoa. O que não pode é deixar com que o "golpe" apareça.

Pelas mãos do "mestre"...

arturbmallmann escreveu:/\ Execute a nota com o volume no mínimo e abra de forma progressiva, e para simular o sustain vá aumentando o volume enquanto a corda ressoa. O que não pode é deixar com que o "golpe" apareça.

HenriqueBessa escreveu:Pelas mãos do "mestre"...

Usando essa questão de reciclagem eu acho bacana o esquema da prismaguitars que usa shapes de skate para fazer a reciclagem.

^Esse método já existe desde o início dos anos 60.
Não é novidade, pois desde há muito se usa compensado e "sandwiches" ou laminados para confecção de corpos, com bons e maus resultados...
Aqui tem um russo que faz a mesma coisa:
https://www.youtube.com/watch?v=mLGfmSeAfxs

Esse skate guitar do russo aí achei o serviço final meio "porco" ao meu gosto, mas o resultado das guitarras da PRISMA Guitars achei muito legal e bem acabado, um capricho só...

Alguém tem alguma atualização sobre os baixos ECO ??

Achei alguns instrumentos bem bonitos e outros tenebrosos, para mim a linha que separara o rústico do mal acabado é muito tênue.