Informações sobre Mlaghus x Eliezar Lara x Fodera

Fala Allex td blz?

Busquei mais informações no fórum e não consegui encontrar algo relacionado a minha dúvida.

Tenho um "sonho" muito comum de baixistas, que é um Fodera e tal...

...mas, pensando numa realidade de dólar, economia e prioridades, vai ficar no sonho mesmo.

Porém, como OBJETIVO, que buscar a ter um baixo definitivo em meu propósito de set, que será:

Atual: Condor XB650A (mosca branca), que será transformado em fretless após o definitivo.

Baixolão, para sons acústicos, estudos e pequenos ensaios (tive um Ibanez que gostei muito, mas até Strinberg cogito para isso).

Definitivo: Aqui está minha maior dúvida.

Estive pesquisando bastante os Luthiers nacionais, fabricação e que mais se aproxima do Fodera (visual, referencias e timbres).

Mas gostaria  de sua opinião sobre:

Mlaghus Genesis 5C (inteiriço)

Modern Jazz 5C da Eliezer Lara

O que você poderia me falar sobre esses caras ai?

Desde já obrigado pela atenção, considero muito as suas opiniões mesmo não concordando sempre.

Abraços.

Olá, Rodolfo.

Uma coisa que salta aos olhos na sua mensagem é que sua dúvida paira entre um baixo parafusado e um inteiriço. Apesar de razoavelmente similares, as duas construções implicam em algumas vantagens e desvantagens e talvez fosse legal você decidir qual prefere e porque prefere.

Quanto às marcas citadas, só posso comentar sobre os baixos que tive em mãos...

Fodera foram uns 40, entre vários modelos e configurações diferentes.

MLaghus foram uns 20 ou 25, fora os semi-prontos.

Eliezer foram 2, o prateado e o vermelho, ambos do Prateado.

Não sei se seria uma comparação justa, mas aí vai:

Sem tirar nenhum mérito de qualquer outro baixo, só vi duas marcas até hoje realmente similares aos Fodera. Uma é um luthier da Ucrânia, cujo nome não lembro agora e que já trabalhou um tempo na Fodera. A outra é a Mlaghus...

Há inúmeros detalhes e nuances nos instrumentos Fodera que vão muito além da aparência similar. Jacimário sempre teve preocupação obsessiva com os detalhes e sempre foi fã assumido da lutheria americana, a ponto de passar madrugadas destrinchando esses instrumentos e gastar uma boa grana com exames de imagem dos instrumentos feitos em uma clínica veterinária. É verdade, eu vi os raios x. Até a quantidade de cola utilizada em partes diferentes dos Fodera ele sabe.

Não estou puxando o saco, até mesmo porque não ganho ou perco nada com isso, mas diria até que a Mlaghus tem uma consistência maior na qualidade do produto final. São todos muito similares e muito bons, sendo que já vi Fodera que deixava a desejar em algo.

O baixo do cara da Ucrânia era um absurdo de bom também, mas não posso falar de consistência.

Os dois Eliezer eram outra viagem. Bons baixos, soavam bem, mas se eu fechar o olho e você me der pra tocar não falo Fodera da maneira que faço com os outros dois citados.

Em tempo: a lei dos rendimentos decrescentes atua de forma impiedosa sobre instrumento desse naipe. Muitas vezes você precisa dobrar um instrumento de preço para que ele tenha uma tocabilidade 5 ou 8% melhor. Em termos de pegada, a diferença só é brutal mesmo pra quem sola muito, faz frases intricadas e precisa de uma ação bem baixa para desenvolver sua música.

Acho muito dinheiro pra quem não se encaixa nesse perfil. Mas cada um sabe do seu bolso e dos seus sonhos.

Mestre! Respondido minhas dúvidas...

...pelo que ví em muitos comentários, realmente Mlaghus é o mais "Fodera" de todos, rsrsrsrs...

...mas como você comentou no começo, preciso buscar maior discernimento quanto a construção.

Atualmente, o meu "Foderinha" (o da foto), kkkkkkk, tem braço inteririço, este é o meu primeiro e amei quanto ao sustein que ele mantém.

É muita grana mesmo num Fodera, sei que aos poucos consigo chegar num baixo entre 7 e 8 conto, mas num Fodera (devido ao Dólar), minhas prioridades em casa falam muito mais alto.

Abraços, obrigado pela resposta e ensinamentos.

Cara, o Vitor Colmenero conhece um luthier do interior de SP que faz uns baixos na linha Fodera. Bem construídos e soam bem. Não dá pra deixar de falar da S.Martyn também.

Interessante Allex, vou pesquisar sobre tbm...

...tinha visto o SJ de Goiania, acho que o PJ tinha encomendado um bass desses caras, e até fez um video e tal, sem contar o Zaganin...

Enfim, existe uma infinidades, mas o Mlaghus, pela história que me contou, seria um objetivo de bass definitivo ideal, creio eu, afinal de contas, se eu não atirar nas estrelas, nem no teto de minha casa eu acerto, correto?

Olá Rodolfo, desculpe me intrometer na conversa. Acho que você deve tomar um pouco de cuidado com essa idéia de "baixo definitivo ideal". Sei que às vezes uma marca transmite tanta credibilidade e confiança que a gente acaba tendo essa idéia de que será o baixo dos sonhos, com tudo perfeito, se encaixando magicamente na nossa forma de tocar e tal...

Na prática isso acaba não dando muito certo, infelizmente. É logico que existem baixos maravilhoso por aí, mas já tive experiência com baixos caríssimos, que eu achava que seriam fantásticos, e simplesmente não rolou...

Não quero te desanimar, e todos as marcas citadas aqui são realmente muito boas, mas fique aberto à experimentação. Às vezes você encontra seu som num instrumento bem simples e relativamente barato. Outras vezes você sabe tão bem o que quer, que fica fácil para um bom luthier chegar no resultado que você busca.

Enfim... são coisas para você considerar durante sua busca. Acho que o mais importante de um instrumento é te despertar a vontade de tocar e estudar.

joabi, obrigado pelas dicas...

...e é isso mesmo que vou e estou fazendo.

Hoje tenho um Condor XB650A, é de uma marca digamos "barata" mas boa, com uma qualidade acredito eu no nível da Ibanez (linha SR) ou mesmo da CORT. Digo por experiência, pois já tive instrumentos dessa categoria, até mesmo comparo esse baixo ao Bass Colection que tive por um tempo.

Hoje ele me dá um timbre que fica proximo o que busco, quando ouço o Pascal Celma tocando, ou mesmo o Janek Gwizdala, alguns sons que ouvi do André Vasconsellos e Helio Silva com o Fodera e tal. Mas reitero: Fica PROXIMO, não igual :-)

Hoje esse baixo será o meu definitivo, quando eu o transformar em fretless, acredito que o músico quando tem uma intimidade maior com o seu instrumento, e o mantém por toda a vida, acaba tirando um som melhor com o passar do tempo e parceria. Digo isso pois tenho um amigo que possui uma guitarra Greco a décadas, não se desfaz por nada, e tira um som incrível dessa guitarra.

Mas não me alongando no assunto, valeu pela dica, e continuarei minha pesquisa até chegar ao "meu baixo definitivo" seguindo e ouvindo os conselhos amigos.

rodolfo.teixeira.5667 escreveu:acredito que o músico quando tem uma intimidade maior com o seu instrumento, e o mantém por toda a vida, acaba tirando um som melhor com o passar do tempo e parceria.

Concordo e muito...

rodolfo.teixeira.5667 escreveu:quando ouço o Pascal Celma tocando, ou mesmo o Janek Gwizdala, alguns sons que ouvi do André Vasconsellos e Helio Silva com o Fodera e tal. Mas reitero: Fica PROXIMO, não igual :-)

Igual só o cara né?

Você entrega o baixo do Janek na mão do André e vai soar como André, não como Janek.

Mas assim... Jacimário tem um talento interessante que é fundamental a todo luthier custom. Se você é bem específico no que quer, ele sabe os pormenores técnicos que darão essas características aos instrumentos. E se você chegar lá mostrando um vídeo de um Fodera desses aí e disser: eu quero isso, ele é um dos caras que conheço que tem mais know-how pra entender tudo que significa o "isso" e transformar em um instrumento, inclusive ele já fez réplica de Fodera WW que você só sabe que não é Fodera porque tem a cobrinha na mão.

Então Allex, é isso mesmo!!!

E como eu queria poder entregar o baixo na mão do Janek e André!!!

E isso que você comenta sobre o Jacimário é o que mais me interessa, pois hoje estou buscando o meu timbre me baseando nos caras que admiro e me inspiram, e dentro de um certo tempo, quando tudo isso estiver bem claro e definido em minha mente e fisicamente no me bolso ($$$$$), srsrsrsrs, vou pra Bahia!!! \0/.

E como tudo na vida precisa ser colocado como uma meta, um objetivo a ser alcançando, este será concretizado em: 01/06/2019

Terei o prazer em postar as fotos e alguns avanços para buscar este objetivo, aguardem!!!

Abraços!!!

joabi escreveu:
Olá Rodolfo, desculpe me intrometer na conversa. Acho que você deve tomar um pouco de cuidado com essa idéia de "baixo definitivo ideal". Sei que às vezes uma marca transmite tanta credibilidade e confiança que a gente acaba tendo essa idéia de que será o baixo dos sonhos, com tudo perfeito, se encaixando magicamente na nossa forma de tocar e tal...

Na prática isso acaba não dando muito certo, infelizmente. É logico que existem baixos maravilhoso por aí, mas já tive experiência com baixos caríssimos, que eu achava que seriam fantásticos, e simplesmente não rolou...

Não quero te desanimar, e todos as marcas citadas aqui são realmente muito boas, mas fique aberto à experimentação. Às vezes você encontra seu som num instrumento bem simples e relativamente barato. Outras vezes você sabe tão bem o que quer, que fica fácil para um bom luthier chegar no resultado que você busca.

Enfim... são coisas para você considerar durante sua busca. Acho que o mais importante de um instrumento é te despertar a vontade de tocar e estudar.

Isso aqui deveria figurar como tópico fixo!
Sábias palavras Joabi.

Jacimário é cruel...
f*** é quando vc fala o timbre que quer e aquela máquina enrola as bobinas do jeito que vc quer...

Ele dá uma aula sobre impedância e indutância a você.

Pois é Juninho, fiquei bem impressionado com isso, pois o Allex fez um video muito bacana sobre a Mlaghus.

Concordo com opiniões de outros que preferem que os caps e circuito possa ser de outros fabricantes e tal, mas nesse caso vemos que há um desenvolvimento nacional, só falta ter "BNDES" para nós músicos hein? rsrsrsrsrs.

Vejo também que existem diversos luthiers que também fabricam os proprios caps e circuitos, e com isso vai enriquecendo muito as opções.

Se vier à Salvador e quiser ir lá...manda uma mensagem que te levo lá de boa!

Assim que eu for, pode ter certeza de que mandarei sim, valew!!

Blz! Qd mandar a mensagem te mando meu numero. Mas não tenho ZAP.
E não me pergunte o por que!