Como podemos organizar uma campanha para mudar o nome do "funk carioca"?

Vocês que mexem em facebook e coisas com #, o que dá pra ser feito? Criar uns memes e compartilhar, criar um texto bem redigido ou algo assim?

É simplesmente ridículo ter que explicar pra alguém que o funk que você gosta não tem nada a ver com uma mulher escrota gritando palavrão no microfone enquanto alguém balbucia "tchu tcha tcha tchu tchu" e outras tantas pessoas ficam nuas no palco.

Esquece. Mais fácil eu ser o novo Papa ou minha cachorra ganhar o Nobel de Física.

Não acredito que seja possível. O funk Carioca nasceu assim e já existe há muito tempo...

Imagina que existem comunidades aqui com os nomes mais esdrúxulos e que ninguém nunca conseguiu mudar... Rola Bosta, Bichinho, Rôla, Pauceta e por aí vai...

Mas eu entendo e compartilho da sua indignação.

Difícil hein !?

Rico escreveu:Não acredito que seja possível. O funk Carioca nasceu assim e já existe há muito tempo...

Imagina que existem comunidades aqui com os nomes mais esdrúxulos e que ninguém nunca conseguiu mudar... Rola Bosta, Bichinho, Rôla, Pauceta e por aí vai...

Mas eu entendo e compartilho da sua indignação.

Discordo. O Funk Carioca não nasceu assim. Pelo contrário, ele sofreu modificações durante os tempos até se tornar essas lástima toda. Nasceu como um derivado do Miami Bass e aos poucos foi incorporando elementos nacionais e dos locais onde ele era difundido. Basta pegar discos de funk dos anos 80, comparar com os dos anos 90, depois com os dos anos 2000 até chegar na nossa década. Verás uma diferença enorme inclusive nos temas abordados, no estilo das batidas e afins.

Sei lá cara... Eu não sou expert nesse tipo de música, mas desde de que me lembro desse ritmo, quando até a Dercy Gonçalves entrou na roda, essa coisa é mais ou menos assim.

Claro, as letras de duplo sentido com o tempo passaram a ser diretas e tratar até de outros assuntos, mas pra mim esse funk (desde que eu conheço) sempre significou a mesma coisa.

E se não nasceu assim, tem pelo menos uns 20 anos que ficou desse jeito. Não creio que alguém vá deixar de chamar isso de funk porque a gente quer...

Eu gostaria que se chamasse outra coisa, mas enfim...

Rico escreveu:Sei lá cara... Eu não sou expert nesse tipo de música, mas desde de que me lembro desse ritmo, quando até a Dercy Gonçalves entrou na roda, essa coisa é mais ou menos assim.

Claro, as letras de duplo sentido com o tempo passaram a ser diretas e tratar até de outros assuntos, mas pra mim esse funk (desde que eu conheço) sempre significou a mesma coisa.

É, também não sou expert. Como disse em um outro tópico, minha experiência com o estilo durou de 1997- meados dos anos 2000. Mas se lembro bem, teve a época que choveu aqueles artistas dos anos 80 que cantavam em inglês com aquele estilo que o pessoal chamava de funk melody. Isso durou até os anos 90 também com funk melody cantado em português, como por exemplo o Marcinho. Na mesma década de 90 começou os chamados bailes de corredor com os funks que eram como gritos de guerra das comunidades e os funks que pregavam a paz. Lembro também das duplas que surgiram na década de 90, como por exemplo Claudinho e Buchecha e as primeiras tentativas de popularizar o estilo e tirá-lo da marginalidade. Nos anos 2000 começou uma reforma no funk com o início da temática que conhecemos hoje e uma tentativa cada vez maior de popularizar o estilo.

Tô pouco me lixando pra o que se faz nesse mundo. Por mim, cada um canta o que quer e ouve o que quer...

Só quero ter o direito de chamar funk de funk e ser entendido. Pra mim devia chamar isso aí de "batidão carioca".

Pelo menos nós músicos poderíamos assumir o compromisso de se referir a esse movimento por outro nome e aí quando alguém perguntar o que é isso, você dá um exemplo. A pessoa, obviamente, vai dizer "isso é funk" e você responde "não, funk é outra coisa".

allexcosta escreveu:Tô pouco me lixando pra o que se faz nesse mundo. Por mim, cada um canta o que quer e ouve o que quer...

Só quero ter o direito de chamar funk de funk e ser entendido. Pra mim devia chamar isso aí de "batidão carioca".

Pelo menos nós músicos poderíamos assumir o compromisso de se referir a esse movimento por outro nome e aí quando alguém perguntar o que é isso, você dá um exemplo. A pessoa, obviamente, vai dizer "isso é funk" e você responde "não, funk é outra coisa".

Concordo.

allexcosta escreveu:Tô pouco me lixando pra o que se faz nesse mundo. Por mim, cada um canta o que quer e ouve o que quer...

Só quero ter o direito de chamar funk de funk e ser entendido. Pra mim devia chamar isso aí de "batidão carioca".

Pelo menos nós músicos poderíamos assumir o compromisso de se referir a esse movimento por outro nome e aí quando alguém perguntar o que é isso, você dá um exemplo. A pessoa, obviamente, vai dizer "isso é funk" e você responde "não, funk é outra coisa".

Costumo fazer algo assim... A gente podia mesmo batizar e ver no que dá.

Eu falo isso direto e uso o termo batidão carioca também. Tem muito mais a ver

^Já que a ALERJ tem hora que não faz nada mesmo da vida, podia ter algum PL que rebatiza o estilo como Batidão Carioca.

Na boa, o famigerado e ordinário "funk" carioca não precisa mudar de nome... ele precisa mesmo é acabar, ser extinto. Essa m$%& é um atentado, é a melhor expressão para a anti-cultura.

Claudio escreveu:Na boa, o famigerado e ordinário "funk" carioca não precisa mudar de nome... ele precisa mesmo é acabar, ser extinto. Essa m$%& é um atentado, é a melhor expressão para a anti-cultura.

O fato desse negócio existir não me abala em nada...

É igual casa de swing, de sado-masoquismo, igreja de cramulhão, essas coisas meio bizarras... Quem gosta vá e faça sexo com 200 pessoas, tome chicotada no toba, beba sangue na caveira, tô pouco ligando. Problema é afetar a gente que não tem nada a ver com o bagulho e tem que ficar explicando "não, seu imbecil, funk tipo Tim Maia, sabe?"

Pô cara, nos anos 90 eu tocava na Funk Machine e vez em quando alguém vinha perguntar se a gente ia tocar música tal do MC Tico e Teco, Bonde dos Inferno ou algum nome similar.

allexcosta escreveu:

Claudio escreveu:Na boa, o famigerado e ordinário "funk" carioca não precisa mudar de nome... ele precisa mesmo é acabar, ser extinto. Essa m$%& é um atentado, é a melhor expressão para a anti-cultura.

O fato desse negócio existir não me abala em nada...

É igual casa de swing, de sado-masoquismo, igreja de cramulhão, essas coisas meio bizarras... Quem gosta vá e faça sexo com 200 pessoas, tome chicotada no toba, beba sangue na caveira, tô pouco ligando. Problema é afetar a gente que não tem nada a ver com o bagulho e tem que ficar explicando "não, seu imbecil, funk tipo Tim Maia, sabe?"

Isso não abala pra quem é de fora do Rio. Casa de swing, igreja e etc, são atividades que você precisa ir ao encontro delas. Aí sim, não quer?, não vá. Mas, aqui no Rio, essa m$%& que chamam equivocadamente de Funk, está espalhado pelas ruas, pelos transportes, pelas festas, por todo lado. É impossível de sair às ruas sem ter que ouvir essa m$%&. Aqui na esquina do meu prédio de trabalho, em frente ao mercado Zona Sul, tem um infeliz que estuda violino e toca na rua. Ele chega às 10:00 e fica até 16:00. O repertório dele tem apenas 6 músicas, e todas são referências ao funk carioca.

allexcosta escreveu:Vocês que mexem em facebook e coisas com #, o que dá pra ser feito? Criar uns memes e compartilhar, criar um texto bem redigido ou algo assim?

É simplesmente ridículo ter que explicar pra alguém que o funk que você gosta não tem nada a ver com uma mulher escrota gritando palavrão no microfone enquanto alguém balbucia "tchu tcha tcha tchu tchu" e outras tantas pessoas ficam nuas no palco.

Allex, se bem entendi sua proposta você pretende mudar o nome de Satanás para Manoel porque não concorda como o nome e espera que isso o torne menos (ou mais) "satânico"?

Mauricio Luiz Bertola escreveu:

allexcosta escreveu:Vocês que mexem em facebook e coisas com #, o que dá pra ser feito? Criar uns memes e compartilhar, criar um texto bem redigido ou algo assim?

É simplesmente ridículo ter que explicar pra alguém que o funk que você gosta não tem nada a ver com uma mulher escrota gritando palavrão no microfone enquanto alguém balbucia "tchu tcha tcha tchu tchu" e outras tantas pessoas ficam nuas no palco.

Allex, se bem entendi sua proposta você pretende mudar o nome de Satanás para Manoel porque não concorda como o nome e espera que isso o torne menos (ou mais) "satânico"?

O Spotify chama o Funk de "Funk Americano"

Mauricio Luiz Bertola escreveu:
Allex, se bem entendi sua proposta você pretende mudar o nome de Satanás para Manoel porque não concorda como o nome e espera que isso o torne menos (ou mais) "satânico"?

Kakakak
Gostei da comparação.


Mas acho que o que o Alex gostaria era que esse tipo de música (funk carioca) não tivesse usurpado o nome "funk", por que não tem sequer similaridade e gera confusão nas pessoas.

"Eu gosto de funk" é uma frase que gera caras confusas em quem ouve

É phoda!    Quem começou com essa merrda foi a Furacão 2000, ainda no início dos anos 80. Lixo hoje intitulado por eles mesmos "funk de verdade".  

Claudio escreveu:Isso não abala pra quem é de fora do Rio. Casa de swing, igreja e etc, são atividades que você precisa ir ao encontro delas. Aí sim, não quer?, não vá. Mas, aqui no Rio, essa m$%& que chamam equivocadamente de Funk, está espalhado pelas ruas, pelos transportes, pelas festas, por todo lado. É impossível de sair às ruas sem ter que ouvir essa m$%&. Aqui na esquina do meu prédio de trabalho, em frente ao mercado Zona Sul, tem um infeliz que estuda violino e toca na rua. Ele chega às 10:00 e fica até 16:00. O repertório dele tem apenas 6 músicas, e todas são referências ao funk carioca.

Não deve ser fácil ser carioca atualmente. Além do caos total, ainda tem batidão pornô na rua. Que coisa, hein?

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Allex, se bem entendi sua proposta você pretende mudar o nome de Satanás para Manoel porque não concorda como o nome e espera que isso o torne menos (ou mais) "satânico"?

Não, nada disso... Quero poder acender minha vela preta ou que quer que seja pra Satanás e que ele mesmo apareça pra trocar idéia, não um impostor.

Não é questão de "não concordar com o nome". É que "funk" já existe. Então, você que cria um diabo de um estilo musical novo, arrume também um nome novo.

Stormbringer escreveu:Mas acho que o que o Alex gostaria era que esse tipo de música (funk carioca) não tivesse usurpado o nome "funk", por que não tem sequer similaridade e gera confusão nas pessoas.

"Eu gosto de funk" é uma frase que gera caras confusas em quem ouve

Exato. Chama de "minha gueuba carioca", de "zé de obró carioca", mas respeite o que já existe.

allexcosta escreveu:

Claudio escreveu:Isso não abala pra quem é de fora do Rio. Casa de swing, igreja e etc, são atividades que você precisa ir ao encontro delas. Aí sim, não quer?, não vá. Mas, aqui no Rio, essa m$%& que chamam equivocadamente de Funk, está espalhado pelas ruas, pelos transportes, pelas festas, por todo lado. É impossível de sair às ruas sem ter que ouvir essa m$%&. Aqui na esquina do meu prédio de trabalho, em frente ao mercado Zona Sul, tem um infeliz que estuda violino e toca na rua. Ele chega às 10:00 e fica até 16:00. O repertório dele tem apenas 6 músicas, e todas são referências ao funk carioca.

Não deve ser fácil ser carioca atualmente. Além do caos total, ainda tem batidão pornô na rua. Que coisa, hein?

Exatamente isso... bem resumido. Ser carioca era muito fácil, mas nos últimos anos se tornou algo bem complexo!

Aproveitando o tópico, bem que o sertanejo universitário também poderia ter o nome dele alterado para qualquer outra coisa...

Zubrycky escreveu:Aproveitando o tópico, bem que o sertanejo universitário também poderia ter o nome dele alterado para qualquer outra coisa...

Eu acho que poderia desaparecer junto com o batidão carioca.

pedrohenrique.astronauta escreveu:

Zubrycky escreveu:Aproveitando o tópico, bem que o sertanejo universitário também poderia ter o nome dele alterado para qualquer outra coisa...

Eu acho que poderia desaparecer junto com o batidão carioca.

Tem tantas coisas que eu gostaria que desaparecesse desse mundo...