Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
AndréBurger escreveu:NETOULTRA escreveu:AndréBurger escreveu:Opa, falei la atras mas me ignoraram.
Depois alguem me manda os 30 artigos de autoria do Marcos Pontes, por favor?
Valeu!!
Isso faria diferença pra ti? Como falaram acima, pelo menos pra uma coisa a eleição do bolsonora serviu até agora, gente q até então não dava a mínima pra os ministros agora está analisando até o currículo deles... Uma bela evolução...
Ué
Pelo o que entendi faz diferença pra ti, ja qie vc citou como algo que o qualifica.
E sim, faz a diferença pra mim ja que me interesso pela area. E devia fazer pra toda a populaçao que banca a academia.
Se preciso dizer pra minha pergunta ter alguma relevancia: Kassab foi horrivel como ministro.
Obrigado, gora podemos prosseguir?
Pode me mostrar alguma evidência q vc estava analisando a nomeação de ministros dos governos anteriores? Print de fscebbok, Instagram, postagem no fórum... Qlq Coisa q evidencie que vc sempre se preoucopou com quem estava sendo nomeado nos governos anteriores.... Sem evidência, sem papo furado...
NETOULTRA- Membro
- Mensagens : 4620
Localização : Belém - Made in Ceará
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
https://noticias-uol-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/12/04/onyx-ministro-bolsonaro-fachin-processo-pgr-caixa-dois-stf.amp.htm?amp_js_v=a2&_gsa=1#referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&_tf=Fonte%3A%20%251%24s&share=https%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fpolitica%2Fultimas-noticias%2F2018%2F12%2F04%2Fonyx-ministro-bolsonaro-fachin-processo-pgr-caixa-dois-stf.htm
Agora é só aguardar o manifesto dos Minions...
Agora é só aguardar o manifesto dos Minions...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:https://noticias-uol-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/12/04/onyx-ministro-bolsonaro-fachin-processo-pgr-caixa-dois-stf.amp.htm?amp_js_v=a2&_gsa=1#referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&_tf=Fonte%3A%20%251%24s&share=https%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fpolitica%2Fultimas-noticias%2F2018%2F12%2F04%2Fonyx-ministro-bolsonaro-fachin-processo-pgr-caixa-dois-stf.htm
Agora é só aguardar o manifesto dos Minions...
O cara recebeu R$100 Mil, mas pediu desculpas
Se errou tem que pagar!
Groovin- Membro
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Localização : Paraná (43)
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Coder escreveu:^
Voltar atrás não é ser frouxo. É ouvir opiniões e ter bom senso. Vocês não viviam dizendo que ele queria trazer a ditadura de volta? Que seria o fim dos tempos, 1964, etc? Aos poucos a narrativa está se desfazendo...
Ou seja, é o Neo Lula, cheio de acordos toma lá dá cá.
Nesse terreno Bozo e Lula são duas faces da mesma moeda...
AndréBurger- Membro
- Mensagens : 925
Localização : São Paulo
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Cara, acho que se fosse toma lá da cá ou tentar agradar alguma bancada, já teria indicado o inútil do Magno Malta pra alguma coisa... Algo que não fez e acredito que não irá fazer...
Coder- Membro
- Mensagens : 3785
Localização : Brasil
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Parabéns presidente...fez todo mundo se interessar por política...aaaeeee
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Não tem sentido o que você tá escrevendo. Não é porque nao passa pelo crivo da sociedade que a sociedade não possa emitir opiniões e cobrar.NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:Esquece...AndréBurger escreveu:Opa, falei la atras mas me ignoraram.
Depois alguem me manda os 30 artigos de autoria do Marcos Pontes, por favor?
Valeu!!
Eles não sabem e nem estão preocupados com isso... O que importa que que é mais um ministro do palhaço e fim de papo...
E desde quando a nomeação de algum ministro passou pelo crivo da sociedade? Sério mesmo, acho q vivíamos em países diferentes...
Ate porque o frouxo vive voltando atrás
Relaxa, ditador é assim mesmo???
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
https://oglobo.globo.com/brasil/onyx-tem-minha-confianca-pessoal-diz-moro-23279948
Vai entender, né.
O sujeito admite caixa 2 e o impávido bastião da justiça diz que tem a confiança pessoal dele...
Veem alguma diferença com os governos antigos nesse quesito?
Sinceramente, não vejo. Aliás, tá tudo muito mais escancarado do que antes.
Vai entender, né.
O sujeito admite caixa 2 e o impávido bastião da justiça diz que tem a confiança pessoal dele...
Veem alguma diferença com os governos antigos nesse quesito?
Sinceramente, não vejo. Aliás, tá tudo muito mais escancarado do que antes.
AndréBurger- Membro
- Mensagens : 925
Localização : São Paulo
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
AndréBurger escreveu:https://oglobo.globo.com/brasil/onyx-tem-minha-confianca-pessoal-diz-moro-23279948
Vai entender, né.
O sujeito admite caixa 2 e o impávido bastião da justiça diz que tem a confiança pessoal dele...
Veem alguma diferença com os governos antigos nesse quesito?
Sinceramente, não vejo. Aliás, tá tudo muito mais escancarado do que antes.
Acho que sempre foi disso aí a pior, apenas a mídia e as pessoas não davam tanta importância quanto agora, simplesmente isso. Até pq em tempos atrás, quem se importaria com uma notícia de 200 mil reais de caixa 2. (uma formiga perto de elefantes).
O petrolão e mensalão juntos, tiveram menos repercussão que a continência.
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
Localização : MT
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Jura que acha isso?
Não foi por isso que a presidenta caiu?
A continência não derrubou ninguém, na verdade é ela que manterá ele lá.
Tão lesa pátria quanto PT é entregar o país pros outros. Vergonhoso de maneiras diferentes.
Não foi por isso que a presidenta caiu?
A continência não derrubou ninguém, na verdade é ela que manterá ele lá.
Tão lesa pátria quanto PT é entregar o país pros outros. Vergonhoso de maneiras diferentes.
AndréBurger- Membro
- Mensagens : 925
Localização : São Paulo
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não viaja. O caso aqui é a covardia de usar a mídia como termômetro para projetos impopulares, descabidos e sem motivo, apenas para se auto promover.NeyBass escreveu:Rico escreveu:Não tem sentido o que você tá escrevendo. Não é porque nao passa pelo crivo da sociedade que a sociedade não possa emitir opiniões e cobrar.NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:Esquece...AndréBurger escreveu:Opa, falei la atras mas me ignoraram.
Depois alguem me manda os 30 artigos de autoria do Marcos Pontes, por favor?
Valeu!!
Eles não sabem e nem estão preocupados com isso... O que importa que que é mais um ministro do palhaço e fim de papo...
E desde quando a nomeação de algum ministro passou pelo crivo da sociedade? Sério mesmo, acho q vivíamos em países diferentes...
Ate porque o frouxo vive voltando atrás
Relaxa, ditador é assim mesmo???
É uma criança testando limites... Faz a bagunça e olha pra cara de reprovação dos pais. Frouxo e infantil.
Rico- Eterno Colaborador
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Novo app...
GERADOR DE OLAVO DE CARVALHO
Sorocabano desenvolve gerador automático de pensamentos do filósofo
Renato Terra - Folha de S. Paulo, 7.dez.2018 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/renato-terra/2018/12/gerador-de-olavo-de-carvalho.shtml
O programador sorocabano Valmir Fernando Hisselman lançou hoje um aplicativo que formula pensamentos de Olavo de Carvalho automaticamente. "Basta preencher alguns campos e pronto! O usuário contará com uma linha de raciocínio completa para justificar qualquer argumentação", disse. Em seguida, completou: "Sem ideologia, claro".
Com um protótipo em mãos, Valmir explicou que o sistema possui um algoritmo capaz de reproduzir a lógica do professor. "O primeiro campo do formulário é INIMIGO. Com a definição de um alvo, o algoritmo cria uma argumentação vazia de ideias, mas recheada de retórica colérica para deslegitimar o interlocutor", disse Valmir, fumando um cachimbo.
"O algoritmo sabe que há sempre alguma doutrinação por trás de quem discorda da gente. Ninguém elabora uma visão de mundo por conta própria", concluiu.
O campo INIMIGO já vem preenchido com a palavra ESQUERDA, mas pode ser alterado mediante anuidade de US$ 1.200.
Para obter um pensamento, o usuário deve completar os seguintes tópicos: assunto, signo e xingamento favorito.
Esta coluna fez o teste. Preenchi os campos da seguinte maneira: inimigo: esquerda| assunto: Los Hermanos anuncia turnê pelo Brasil em 2019 | signo: touro| xingamento: pústula.
Eis o argumento: "O projeto da esquerda não é o socialismo, é a manutenção do poder. Los Hermanos anuncia turnê pelo Brasil em 2019 para impregnar marxismo-lírico-gayzista e o cheiro da maconha. Los Hermanos usam barba porque têm um problema com a paternidade. Então me digam: se não tem pai, a gente nasce de quem? Deixe de ser abortista! Você não pode respeitar esses pústulas".
Encantado, refiz o formulário e, por ser um protótipo, consegui alterar o inimigo para Darth Vader. Ficou assim: Darth Vader| Julgamento da Taça das Bolinhas| leão| crápula.
Deu: "Se as leis requerem interpretação, não existe lei. A Taça das Bolinhas, portanto, será julgada segundo os princípios do lado negro da Força —e não da Bíblia. Ou seja: o juiz ficará de cócoras diante dos abortistas, das feministas, dos maconheiros, dos Los Hermanos [erro 474]. A lei é um fantoche para manter o projeto de poder de Darth Vader, seu crápula".
Contador
Estamos trabalhando há 268 dias sem saber quem matou —e quem mandou matar— Marielle Franco.
Renato Terra
Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.
JAZZigo- FCBR-CT
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Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
JAZZigo escreveu:
GERADOR DE OLAVO DE CARVALHO
Sorocabano desenvolve gerador automático de pensamentos do filósofo
Renato Terra - Folha de S. Paulo, 7.dez.2018 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/renato-terra/2018/12/gerador-de-olavo-de-carvalho.shtml
O programador sorocabano Valmir Fernando Hisselman lançou hoje um aplicativo que formula pensamentos de Olavo de Carvalho automaticamente. "Basta preencher alguns campos e pronto! O usuário contará com uma linha de raciocínio completa para justificar qualquer argumentação", disse. Em seguida, completou: "Sem ideologia, claro".
Com um protótipo em mãos, Valmir explicou que o sistema possui um algoritmo capaz de reproduzir a lógica do professor. "O primeiro campo do formulário é INIMIGO. Com a definição de um alvo, o algoritmo cria uma argumentação vazia de ideias, mas recheada de retórica colérica para deslegitimar o interlocutor", disse Valmir, fumando um cachimbo.
"O algoritmo sabe que há sempre alguma doutrinação por trás de quem discorda da gente. Ninguém elabora uma visão de mundo por conta própria", concluiu.
O campo INIMIGO já vem preenchido com a palavra ESQUERDA, mas pode ser alterado mediante anuidade de US$ 1.200.
Para obter um pensamento, o usuário deve completar os seguintes tópicos: assunto, signo e xingamento favorito.
Esta coluna fez o teste. Preenchi os campos da seguinte maneira: inimigo: esquerda| assunto: Los Hermanos anuncia turnê pelo Brasil em 2019 | signo: touro| xingamento: pústula.
Eis o argumento: "O projeto da esquerda não é o socialismo, é a manutenção do poder. Los Hermanos anuncia turnê pelo Brasil em 2019 para impregnar marxismo-lírico-gayzista e o cheiro da maconha. Los Hermanos usam barba porque têm um problema com a paternidade. Então me digam: se não tem pai, a gente nasce de quem? Deixe de ser abortista! Você não pode respeitar esses pústulas".
Encantado, refiz o formulário e, por ser um protótipo, consegui alterar o inimigo para Darth Vader. Ficou assim: Darth Vader| Julgamento da Taça das Bolinhas| leão| crápula.
Deu: "Se as leis requerem interpretação, não existe lei. A Taça das Bolinhas, portanto, será julgada segundo os princípios do lado negro da Força —e não da Bíblia. Ou seja: o juiz ficará de cócoras diante dos abortistas, das feministas, dos maconheiros, dos Los Hermanos [erro 474]. A lei é um fantoche para manter o projeto de poder de Darth Vader, seu crápula".
Contador
Estamos trabalhando há 268 dias sem saber quem matou —e quem mandou matar— Marielle Franco.
Renato Terra
Roteirista e autor de “Diário da Dilma”. Dirigiu o documentário “Uma Noite em 67”.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Pô, plágio do http://geradordedesculpasdopt.com.br/ e do http://asgunzi.github.io/BullshitComunista/!
Breno_Barnabe- Membro
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Bolsonaro Queima a Largada
BOLSONARO QUEIMA A LARGADA
Depósito de assessor dispara todos os alarmes de quem investiga corrupção
Celso Rocha de Barros - Folha de S. Paulo, 10.dez.2018 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/celso-rocha-de-barros/2018/12/bolsonaro-queima-a-largada.shtml
A verdade é que ninguém estava pronto para um escândalo desses já agora.
Acabamos de sair da pior campanha eleitoral de nossa história, e mesmo os derrotados da eleição estavam aproveitando a trégua para respirar e se reorganizar. A maioria dos eleitores brasileiros votou em Bolsonaro, e, como convém a maiorias eleitorais no mês entre a eleição e a posse, ainda se permite ter esperança com o novo governo. Em não se tratando de reeleição, alguma lua de mel sempre é concedida ao recém-eleito.
Até porque, qual a probabilidade de aparecer uma denúncia de corrupção quente, antes da posse, que não tenha aparecido na campanha?
Pois é.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador recém-eleito Flávio Bolsonaro, movimentou em 2016 e 2017 muito mais dinheiro do que poderia, plausivelmente, ter ganho com suas fontes de renda conhecidas. Entre os vários depósitos suspeitos feitos por Fabrício, R$ 24 mil para Michelle Bolsonaro, nossa nova primeira-dama.
O presidente recém-eleito, aparentemente, achou que ainda não estava suficientemente envolvido no escândalo e resolveu dizer que ele, Jair Bolsonaro, emprestou dinheiro para Fabrício Queiroz e que o depósito para a primeira-dama seria pagamento do empréstimo.
Olha, sinceramente, se era para inventar um negócio desses, era melhor ter pedido ajuda ao Olavo. Ele teria contado que Queiroz era do Foro de São Paulo, que o dinheiro havia sido roubado por George Soros usando a Lei Rouanet, que Bolsonaro nasceu no Quênia, enfim, algo que tampouco nos convenceria, mas, ao menos, nos manteria entretidos.
Assessor de político depositando dinheiro para a família do chefe é o tipo de coisa que dispara todos os alarmes de quem investiga corrupção. Na mesma hora em que as denúncias foram publicadas, por exemplo, o cientista político Sérgio Praça lembrou do caso do esquema de distribuição de dinheiro de PC Farias no governo Fernando Collor.
E, falando em gente que investiga corrupção, o que Sergio Moro pretende fazer? O novo ministro da Justiça não poderá continuar evitando perguntas sobre o assunto, e é bem ruim que as tenha evitado até agora.
Se um acusado da Lava Jato, sentado no banco dos réus, contasse essa história do empréstimo, Moro acreditaria?
Os bolsonaristas sabem que sofreram um golpe duro. Excepcionalmente, a bolsosfera calou-se. Afinal, o pessoal precisa manter sua credibilidade, e a tese do empréstimo de Bolsonaro para Fabrício não é tão plausível quanto, digamos, a história de que Haddad distribuiu mamadeiras com bico de pênis nas creches de São Paulo.
Por um lado, é terrível para o governo Bolsonaro que sua imagem de honestidade tenha trincado já na saída. É um governo eleito na onda da Lava Jato, um governo com Sergio Moro no Ministério da Justiça. É muito ruim que tenha sido pego fazendo uma operação com tanta cara de centrão.
Mas também é verdade que o clima de ressaca pós-campanha não favorece o tipo de onda de opinião pública que, com essa denúncia na mão, em outro momento, poderia ameaçar um mandato.
De qualquer forma, é melhor que Bolsonaro tenha como sustentar seu governo em mais do que sua reputação de incorruptibilidade.
Mês que vem começa o ajuste econômico.
Celso Rocha de Barros
Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).
Depósito de assessor dispara todos os alarmes de quem investiga corrupção
Celso Rocha de Barros - Folha de S. Paulo, 10.dez.2018 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/celso-rocha-de-barros/2018/12/bolsonaro-queima-a-largada.shtml
A verdade é que ninguém estava pronto para um escândalo desses já agora.
Acabamos de sair da pior campanha eleitoral de nossa história, e mesmo os derrotados da eleição estavam aproveitando a trégua para respirar e se reorganizar. A maioria dos eleitores brasileiros votou em Bolsonaro, e, como convém a maiorias eleitorais no mês entre a eleição e a posse, ainda se permite ter esperança com o novo governo. Em não se tratando de reeleição, alguma lua de mel sempre é concedida ao recém-eleito.
Até porque, qual a probabilidade de aparecer uma denúncia de corrupção quente, antes da posse, que não tenha aparecido na campanha?
Pois é.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador recém-eleito Flávio Bolsonaro, movimentou em 2016 e 2017 muito mais dinheiro do que poderia, plausivelmente, ter ganho com suas fontes de renda conhecidas. Entre os vários depósitos suspeitos feitos por Fabrício, R$ 24 mil para Michelle Bolsonaro, nossa nova primeira-dama.
O presidente recém-eleito, aparentemente, achou que ainda não estava suficientemente envolvido no escândalo e resolveu dizer que ele, Jair Bolsonaro, emprestou dinheiro para Fabrício Queiroz e que o depósito para a primeira-dama seria pagamento do empréstimo.
Olha, sinceramente, se era para inventar um negócio desses, era melhor ter pedido ajuda ao Olavo. Ele teria contado que Queiroz era do Foro de São Paulo, que o dinheiro havia sido roubado por George Soros usando a Lei Rouanet, que Bolsonaro nasceu no Quênia, enfim, algo que tampouco nos convenceria, mas, ao menos, nos manteria entretidos.
Assessor de político depositando dinheiro para a família do chefe é o tipo de coisa que dispara todos os alarmes de quem investiga corrupção. Na mesma hora em que as denúncias foram publicadas, por exemplo, o cientista político Sérgio Praça lembrou do caso do esquema de distribuição de dinheiro de PC Farias no governo Fernando Collor.
E, falando em gente que investiga corrupção, o que Sergio Moro pretende fazer? O novo ministro da Justiça não poderá continuar evitando perguntas sobre o assunto, e é bem ruim que as tenha evitado até agora.
Se um acusado da Lava Jato, sentado no banco dos réus, contasse essa história do empréstimo, Moro acreditaria?
Os bolsonaristas sabem que sofreram um golpe duro. Excepcionalmente, a bolsosfera calou-se. Afinal, o pessoal precisa manter sua credibilidade, e a tese do empréstimo de Bolsonaro para Fabrício não é tão plausível quanto, digamos, a história de que Haddad distribuiu mamadeiras com bico de pênis nas creches de São Paulo.
Por um lado, é terrível para o governo Bolsonaro que sua imagem de honestidade tenha trincado já na saída. É um governo eleito na onda da Lava Jato, um governo com Sergio Moro no Ministério da Justiça. É muito ruim que tenha sido pego fazendo uma operação com tanta cara de centrão.
Mas também é verdade que o clima de ressaca pós-campanha não favorece o tipo de onda de opinião pública que, com essa denúncia na mão, em outro momento, poderia ameaçar um mandato.
De qualquer forma, é melhor que Bolsonaro tenha como sustentar seu governo em mais do que sua reputação de incorruptibilidade.
Mês que vem começa o ajuste econômico.
Celso Rocha de Barros
Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Celso Rocha de Barros
Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).
Universidade que forma quadros para o Partido Comunista Illuminati Repitiliano...
Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra).
Universidade que forma quadros para o Partido Comunista Illuminati Repitiliano...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
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Xadrez do COAF, dos Bolsonaro e do estado policial, por Luis Nassif
XADREZ DO COAF, DOS BOLSONARO E DO ESTADO POLICIAL
Por LUIS NASSIF
GGN - DOM, 09/12/2018 - 16:39, atualizado em 10/12/2018 - 10:46
https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-coaf-dos-bolsonaro-e-do-estado-policial-por-luis-nassif
Peça 1 – cronologia do fator Flávio Bolsonaro
https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lava_jato_rio.png
14/11/2017 – deflagrada a Operação Cadeia Velha, que manda para a prisão vários deputados estaduais do Rio de Janeiro, entre eles Jorge Picciani.
16/11/2017 – manutenção da prisão de Jacob Barata, o todo-poderoso presidente da Fetransporte, a associação das empresas de transporte público do Rio de Janeiro, alvo da operação.
07/01/2018 – o Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concede habeas corpus e há uma manifestação da Procuradora Geral da República Raquel Dodge solicitando a manutenção da prisão dos deputados Jorge Picciani e Paulo Cesar de Mello junto ao STF (https://goo.gl/tu7pL1). Ou seja, o caso chegou ao comando do MPF (Ministério Público Federal).
08/10/2018 – termina o primeiro turno das eleições e o deputado estadual Flávio Bolsonaro é eleito senador. Pelo Twitter, recebe os cumprimentos piedosos do juiz Marcelo Bretas, titular da Operação Cadeia Velha. “Parabenizo os novos Senadores, ora eleitos para representar o Rio de Janeiro a partir de 2019, Flavio Bolsonaro e Andrade de Oliveira. Que Deus os abençoes!” Ao que responde o piedoso Flávio: “Obrigado, Dr. Bretas e que Deus nos dê muita sabedoria, todos os dias, para fazermos a Sua vontade!”.
15/10/2018 – treze dias antes do segundo turno, são exonerados Fabricio de Queiroz, o militar que servia o gabinete de Flavio Bolsonaro, e sua filha Natália, contratada pelo gabinete do pai Jair (clique aqui).
28/10/2018 – encerra-se o segundo turno das eleições, com Jair eleito.
08/11/2018 – prisão preventiva de diversos deputados e assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Furna da Onça, tocada pelo MPF do Rio e pelo juiz Bretas (clique aqui)
14/11/2018 – o MPF justifica as prisões alegando suspeitas de vazamento de informações da operação (clique aqui). As demissões dos assessores dos Bolsonaros ocorreram no período em que já se suspeitava dos vazamentos.
23/11/2018 – Flávio Bolsonaro se encontra por duas horas com o juiz Bretas. O encontro foi a pedido de Flávio. A troco de quê um senador eleito vai visitar o juiz que comanda o processo que envolve a Assembleia? Mais que isso. “Interlocutores próximos a Jair” informam O Globo ser intenção do novo presidente indicar Bretas para um tribunal superior (clique aqui).“Essa indicação pode acontecer tanto para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), como para o Supremo Tribunal Federal (STF)”, diz o jornal. Quase certamente a tal “fonte próxima a Bolsonaro” era o próprio filho Flávio, falando em off.
Modestamente, o juiz minimiza o encontro, mas não rejeita um possível convite:
— Não tem nada disso, foi apenas um encontro amistoso. Já ouvi essas especulações (sobre as indicações). Mas, não tratamos sobre o tema.
Qual a intenção desse afago a Bretas?
06/12/2018 – a denúncia do Estadão em cima do relatório da COAF.
A narrativa mais óbvia:
1. Bem antes das eleições, as investigações sobre os esquemas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tinham identificado as principais operações suspeitas. E o nome dos assessores de Flávio Bolsonaro já constavam da relação do COAF.
2. Treze dias antes do segundo turno, são exonerados o militar Fabrício Queiroz – que trabalhava com Flávio há mais de dez anos – e sua filha Natália. É a indicação mais evidente de que Flávio foi informado das descobertas do COAF. Ao segurar a informação, os órgãos de segurança garantem a eleição de Jair Bolsonaro.
3. As peripécias dos filhos de Bolsonaro já eram bastante difundidas. Fotógrafos do Congresso flagraram uma troca de mensagem de Jair com o filho Eduardo, alertando-o para as consequências de seus atos (clique aqui). Dizia um dos trechos da mensagem: “Jair: “Se a imprensa te descobrir ai, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.
Peça 2 – o jogo político da segurança
Na fase inicial, de formação do governo, o general Hamilton Mourão tinha dossiês prontos para torpedear grande parte das indicações bancadas pelos financiadores de campanha - o advogado Gustavo Bebiano, o dono do PSL, Luciano Bivar, e o lobista carioca Paulo Marinho – e pelos olavetes.
Em “Xadrez da nova corte e a fragilidade de Bolsonaro” há uma descrição dos grupos que se digladiam.
A desenvoltura e as trapalhadas da família Bolsonaro ganharam uma dimensão tal, a ponto de comprometer até a base aliada. Encrencaram-se com todos e, hoje em dia, são minoritários dentro do PSL. Há informações de que a maioria dos parlamentares eleitos planeja transferir-se para o DEM.
As declarações estapafúrdias dos Ministros das Relações Exteriores, Educação, Direitos Humanos, bancados pelos irmãos, estão sendo fontes de desmoralização internacional do Brasil. E tinha-se um dilema. De um lado, filhos insaciáveis ; do outro, um pai incapaz de qualquer atitude para enquadrá-los.
Mal terminaram as eleições, Flávio Bolsonaro combinou com Wilson Witzel, governador eleito do Rio de Janeiro, uma ida a Israel para compras milionárias mal explicadas de equipamentos de segurança. Witzel acabou indo sem Flávio. Aliás, é questão de tempo para se revelar sua verdadeira dimensão.
Os Bolsonaro se tornaram, portanto, uma ameaça à estabilidade do novo governo. E seria impossível que as estripulias da família Bolsonaro passassem despercebidas dos serviços de informação do Exército.
Até agora, nesse relatório do COAF, apareceu apenas a ponta do iceberg. Rompida a blindagem, certamente haverá uma enxurrada de novas acusações. Os Bolsonaro nunca tiveram envergadura para jogadas dos políticos do alto clero, bancados por empresas. No baixo clero, as jogadas são com esquemas de Detran, caixinhas de prestadores de serviço e, no caso do Rio de Janeiro, alianças com milícias, de muito mais fácil identificação. Em muitos casos, se misturam crimes de colarinho branco com crimes de sangue, como se viu no episódio Marielle.
Peça 3 – o COAF e estado policial
O relatório da COAF teve duas funções. Enquanto oculto, não comprometeu a eleição de Jair. Depois de eleito, ajudará a excluir a família presidencial do processo decisório. O jogo político-jurídico extrapolou o combate ao PT e entrou de cabeça nas disputas pelo poder. O bate-pronto do general Mourão, exigindo explicações do motorista e do filho, não deixam espaço para dúvidas.
A única dúvida é se, o fato de ter vindo à tona antes da posse de Bolsonaro, foi fruto de um vazamento não planejado ou se foi necessário antecipar a denúncia para conter a fome dos rapazes.
Haverá uma de duas possíveis consequências.
1. Depois de empossado, um processo rápido de impeachment de Jair Bolsonaro, assumindo o vice-presidente Mourão.
2. Mais provável, ter-se-á um Jair sem os filhos. E, sem os filhos, Jair Bolsonaro é apenas uma figura frágil, facilmente controlável por patentes superiores. Terá papel meramente decorativo, e com as rédeas do governo transferidas definitivamente para os ministros militares.
Consolida-se, de forma nítida agora, a aliança entre os setores militares e o juiz Sérgio Moro. E, nesse ponto, torna-se inexplicável a falta de reação da Febraban, da OAB e das instituições em geral ao projeto de transferir o COAF do Ministério da Fazenda para o da Justiça. Não se trata de uma mera movimentação burocrática, mas do capítulo mais grave de transformação do país em um estado policial.
A Lei que criou o COAF (Lei 9613/98) colocou o Conselho no "âmbito do Ministério da Fazenda". Em todos os grandes países, são os Ministérios das Finanças que abrigam órgãos tipo COAF. O órgão recebe dados de todas as transações acima de R$ 10 mil.
É uma função da área financeira dos governos, porque é essa área que tem acesso aos dados. O Ministério da Fazenda tem a rede conectada ao sistema bancário para extrair esses dados.
Os auditores têm acesso a todas as transações, mas selecionam para análise apenas as operações suspeitas. Estima-se que, de cada mil transações, 998 são regulares e apenas 2 são consideradas suspeitas. Mas todas elas são acessíveis aos técnicos do COAF. Seu pessoal é concursado do Ministério da Fazenda. São quadros diferentes da Justiça. Os auditores fiscais têm status superior ao pessoal da Justiça e cultivam a cultura da proteção do sigilo bancário e fiscal, que não existe no Ministério da Justiça.
No COAF, nunca houve vazamento. E na Justiça? Até agora, essa transferência é o principal instrumento de suspeita sobre a criação de um estado policial. Ficarão à mercê de Moro dados fiscais de congressistas, políticos, empresários, jornalistas, líderes da oposição.
O que se tem de concreto é que, nesses tempos de estado de exceção, o relatório ajudou a eleger um presidente, levando junto um vice-presidente militar. E ajudará a entregar ao vice o comando do governo.
https://www.treasury.gov/resource-center/terrorist-illicit-finance/Pages/default.aspx
https://www.gov.uk/anti-money-laundering-registration
Por LUIS NASSIF
GGN - DOM, 09/12/2018 - 16:39, atualizado em 10/12/2018 - 10:46
https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-coaf-dos-bolsonaro-e-do-estado-policial-por-luis-nassif
Peça 1 – cronologia do fator Flávio Bolsonaro
https://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagens/lava_jato_rio.png
14/11/2017 – deflagrada a Operação Cadeia Velha, que manda para a prisão vários deputados estaduais do Rio de Janeiro, entre eles Jorge Picciani.
16/11/2017 – manutenção da prisão de Jacob Barata, o todo-poderoso presidente da Fetransporte, a associação das empresas de transporte público do Rio de Janeiro, alvo da operação.
07/01/2018 – o Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concede habeas corpus e há uma manifestação da Procuradora Geral da República Raquel Dodge solicitando a manutenção da prisão dos deputados Jorge Picciani e Paulo Cesar de Mello junto ao STF (https://goo.gl/tu7pL1). Ou seja, o caso chegou ao comando do MPF (Ministério Público Federal).
08/10/2018 – termina o primeiro turno das eleições e o deputado estadual Flávio Bolsonaro é eleito senador. Pelo Twitter, recebe os cumprimentos piedosos do juiz Marcelo Bretas, titular da Operação Cadeia Velha. “Parabenizo os novos Senadores, ora eleitos para representar o Rio de Janeiro a partir de 2019, Flavio Bolsonaro e Andrade de Oliveira. Que Deus os abençoes!” Ao que responde o piedoso Flávio: “Obrigado, Dr. Bretas e que Deus nos dê muita sabedoria, todos os dias, para fazermos a Sua vontade!”.
15/10/2018 – treze dias antes do segundo turno, são exonerados Fabricio de Queiroz, o militar que servia o gabinete de Flavio Bolsonaro, e sua filha Natália, contratada pelo gabinete do pai Jair (clique aqui).
28/10/2018 – encerra-se o segundo turno das eleições, com Jair eleito.
08/11/2018 – prisão preventiva de diversos deputados e assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no âmbito da Operação Furna da Onça, tocada pelo MPF do Rio e pelo juiz Bretas (clique aqui)
14/11/2018 – o MPF justifica as prisões alegando suspeitas de vazamento de informações da operação (clique aqui). As demissões dos assessores dos Bolsonaros ocorreram no período em que já se suspeitava dos vazamentos.
23/11/2018 – Flávio Bolsonaro se encontra por duas horas com o juiz Bretas. O encontro foi a pedido de Flávio. A troco de quê um senador eleito vai visitar o juiz que comanda o processo que envolve a Assembleia? Mais que isso. “Interlocutores próximos a Jair” informam O Globo ser intenção do novo presidente indicar Bretas para um tribunal superior (clique aqui).“Essa indicação pode acontecer tanto para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), como para o Supremo Tribunal Federal (STF)”, diz o jornal. Quase certamente a tal “fonte próxima a Bolsonaro” era o próprio filho Flávio, falando em off.
Modestamente, o juiz minimiza o encontro, mas não rejeita um possível convite:
— Não tem nada disso, foi apenas um encontro amistoso. Já ouvi essas especulações (sobre as indicações). Mas, não tratamos sobre o tema.
Qual a intenção desse afago a Bretas?
06/12/2018 – a denúncia do Estadão em cima do relatório da COAF.
A narrativa mais óbvia:
1. Bem antes das eleições, as investigações sobre os esquemas da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tinham identificado as principais operações suspeitas. E o nome dos assessores de Flávio Bolsonaro já constavam da relação do COAF.
2. Treze dias antes do segundo turno, são exonerados o militar Fabrício Queiroz – que trabalhava com Flávio há mais de dez anos – e sua filha Natália. É a indicação mais evidente de que Flávio foi informado das descobertas do COAF. Ao segurar a informação, os órgãos de segurança garantem a eleição de Jair Bolsonaro.
3. As peripécias dos filhos de Bolsonaro já eram bastante difundidas. Fotógrafos do Congresso flagraram uma troca de mensagem de Jair com o filho Eduardo, alertando-o para as consequências de seus atos (clique aqui). Dizia um dos trechos da mensagem: “Jair: “Se a imprensa te descobrir ai, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.
Peça 2 – o jogo político da segurança
Na fase inicial, de formação do governo, o general Hamilton Mourão tinha dossiês prontos para torpedear grande parte das indicações bancadas pelos financiadores de campanha - o advogado Gustavo Bebiano, o dono do PSL, Luciano Bivar, e o lobista carioca Paulo Marinho – e pelos olavetes.
Em “Xadrez da nova corte e a fragilidade de Bolsonaro” há uma descrição dos grupos que se digladiam.
A desenvoltura e as trapalhadas da família Bolsonaro ganharam uma dimensão tal, a ponto de comprometer até a base aliada. Encrencaram-se com todos e, hoje em dia, são minoritários dentro do PSL. Há informações de que a maioria dos parlamentares eleitos planeja transferir-se para o DEM.
As declarações estapafúrdias dos Ministros das Relações Exteriores, Educação, Direitos Humanos, bancados pelos irmãos, estão sendo fontes de desmoralização internacional do Brasil. E tinha-se um dilema. De um lado, filhos insaciáveis ; do outro, um pai incapaz de qualquer atitude para enquadrá-los.
Mal terminaram as eleições, Flávio Bolsonaro combinou com Wilson Witzel, governador eleito do Rio de Janeiro, uma ida a Israel para compras milionárias mal explicadas de equipamentos de segurança. Witzel acabou indo sem Flávio. Aliás, é questão de tempo para se revelar sua verdadeira dimensão.
Os Bolsonaro se tornaram, portanto, uma ameaça à estabilidade do novo governo. E seria impossível que as estripulias da família Bolsonaro passassem despercebidas dos serviços de informação do Exército.
Até agora, nesse relatório do COAF, apareceu apenas a ponta do iceberg. Rompida a blindagem, certamente haverá uma enxurrada de novas acusações. Os Bolsonaro nunca tiveram envergadura para jogadas dos políticos do alto clero, bancados por empresas. No baixo clero, as jogadas são com esquemas de Detran, caixinhas de prestadores de serviço e, no caso do Rio de Janeiro, alianças com milícias, de muito mais fácil identificação. Em muitos casos, se misturam crimes de colarinho branco com crimes de sangue, como se viu no episódio Marielle.
Peça 3 – o COAF e estado policial
O relatório da COAF teve duas funções. Enquanto oculto, não comprometeu a eleição de Jair. Depois de eleito, ajudará a excluir a família presidencial do processo decisório. O jogo político-jurídico extrapolou o combate ao PT e entrou de cabeça nas disputas pelo poder. O bate-pronto do general Mourão, exigindo explicações do motorista e do filho, não deixam espaço para dúvidas.
A única dúvida é se, o fato de ter vindo à tona antes da posse de Bolsonaro, foi fruto de um vazamento não planejado ou se foi necessário antecipar a denúncia para conter a fome dos rapazes.
Haverá uma de duas possíveis consequências.
1. Depois de empossado, um processo rápido de impeachment de Jair Bolsonaro, assumindo o vice-presidente Mourão.
2. Mais provável, ter-se-á um Jair sem os filhos. E, sem os filhos, Jair Bolsonaro é apenas uma figura frágil, facilmente controlável por patentes superiores. Terá papel meramente decorativo, e com as rédeas do governo transferidas definitivamente para os ministros militares.
Consolida-se, de forma nítida agora, a aliança entre os setores militares e o juiz Sérgio Moro. E, nesse ponto, torna-se inexplicável a falta de reação da Febraban, da OAB e das instituições em geral ao projeto de transferir o COAF do Ministério da Fazenda para o da Justiça. Não se trata de uma mera movimentação burocrática, mas do capítulo mais grave de transformação do país em um estado policial.
A Lei que criou o COAF (Lei 9613/98) colocou o Conselho no "âmbito do Ministério da Fazenda". Em todos os grandes países, são os Ministérios das Finanças que abrigam órgãos tipo COAF. O órgão recebe dados de todas as transações acima de R$ 10 mil.
É uma função da área financeira dos governos, porque é essa área que tem acesso aos dados. O Ministério da Fazenda tem a rede conectada ao sistema bancário para extrair esses dados.
Os auditores têm acesso a todas as transações, mas selecionam para análise apenas as operações suspeitas. Estima-se que, de cada mil transações, 998 são regulares e apenas 2 são consideradas suspeitas. Mas todas elas são acessíveis aos técnicos do COAF. Seu pessoal é concursado do Ministério da Fazenda. São quadros diferentes da Justiça. Os auditores fiscais têm status superior ao pessoal da Justiça e cultivam a cultura da proteção do sigilo bancário e fiscal, que não existe no Ministério da Justiça.
No COAF, nunca houve vazamento. E na Justiça? Até agora, essa transferência é o principal instrumento de suspeita sobre a criação de um estado policial. Ficarão à mercê de Moro dados fiscais de congressistas, políticos, empresários, jornalistas, líderes da oposição.
O que se tem de concreto é que, nesses tempos de estado de exceção, o relatório ajudou a eleger um presidente, levando junto um vice-presidente militar. E ajudará a entregar ao vice o comando do governo.
https://www.treasury.gov/resource-center/terrorist-illicit-finance/Pages/default.aspx
https://www.gov.uk/anti-money-laundering-registration
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Taí o que é o neo-liberalismo, o que ele faz:
https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2018/12/14/grupo-estacio-faz-nova-demissao-em-massa-de-professores--365592.php
https://oglobo.globo.com/economia/estacio-anuncia-demissoes-de-professores-no-rio-23302419
Para leitura e reflexão:
Neoliberalismo, o caminho tenebroso para o fascismo
6 de dezembro de 2018
por Chris Hedges*
O neoliberalismo como teoria econômica sempre foi um absurdo. Tinha tanta validade quanto as ideologias dominantes do passado, como o direito divino dos reis e a crença fascista no Übermensch. Nenhuma das suas alardeadas promessas era remotamente possível.
Ao concentrar a riqueza nas mãos de uma elite oligárquica global – oito famílias detêm hoje tanta riqueza quanto 50% da população mundial – enquanto procedia a demolição de controles e regulamentações governamentais, gerou sempre maciças desigualdades de renda, poder dos monopólios, alimentou o extremismo político e destruiu a democracia.
Não é necessário folhear as 577 páginas de Capital in the Twenty-First Century de Thomas Piketty para descobrir isso. Mas a racionalidade econômica nunca foi o ponto. O ponto era a restauração do poder de classe.
Como ideologia dominante, o neoliberalismo foi um êxito brilhante. A partir dos anos 70 do século XX, os seus principais críticos keynesianos foram expulsos das universidades, instituições estatais e organizações financeiras, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial e excluídos dos media. Os cortesãos e intelectuais impostores, como Milton Friedman, foram preparados em locais como a Universidade de Chicago, foram-lhes dados lugares proeminentes e pródigos fundos de grandes empresas. Disseminaram os dogmas oficiais de teorias econômicas desacreditadas, popularizadas antes por Friedrich Hayek e pela escritora de terceira categoria Ayn Rand (erroneamente chamada de “filósofa” por alguns de seus seguidores).
Uma vez ajoelhado diante dos ditames do mercado, anulando regulamentações governamentais, reduzindo os impostos para os ricos, permitindo o fluxo de dinheiro através das fronteiras, destruindo sindicatos e assinando acordos comerciais que desviavam empregos para fábricas sem condições na China, o mundo seria mais feliz e livre, um lugar mais rico. Foi um golpe. Mas funcionou.
“É importante reconhecer as origens de classe deste projeto, que ocorreu na década de 1970, quando a classe capitalista estava em grandes dificuldades, os trabalhadores estavam bem organizados e começavam a avançar”, disse David Harvey, autor de A Brief History of Neoliberalism, quando falamos em Nova York. “Como qualquer classe dominante, eles precisavam de ideias dominantes. Assim, a liberdade do mercado, as privatizações, o empreendedorismo do eu, a liberdade individual e tudo o mais deveriam ser as ideias dominantes de uma nova ordem social, e foi essa a ordem implementada nos anos 80 e anos 90”.
“Como projeto político, foi muito habilidoso”, disse ele. “Conseguiu muito consentimento popular porque falava sobre liberdade individual e liberdade de escolha”. Quando eles falavam sobre liberdade, era na verdade a liberdade do mercado. O projeto neoliberal disse à geração de 68: “Tudo bem, você quer liberdade? É Isso que o movimento estudantil pretende? Nós vamos dar isso a vocês, mas vai ser a liberdade do mercado. A outra coisa que você procura é justiça social – esqueça. Então, vamos dar-lhes liberdade individual, mas esqueçam a justiça social. Não se organizem”.
O objetivo era desmantelar as instituições, as instituições coletivas da classe trabalhadora, particularmente os sindicatos e pouco a pouco os partidos políticos que representassem algum tipo de preocupação com o bem-estar das massas.
“A grande coisa sobre a liberdade do mercado é que parece ser igualitária, mas não há nada mais desigual do que o tratamento igual dos desiguais”, continuou Harvey. “Promete igualdade de tratamento, mas se você for extremamente rico, isso significa que pode ficar ainda mais rico. Se você for muito pobre, é mais provável que fique ainda mais pobre. O que Marx mostrou brilhantemente no primeiro volume de O Capital é que a liberdade de mercado produz níveis cada vez maiores de desigualdade social “.
A disseminação da ideologia do neoliberalismo foi altamente organizada por uma classe capitalista unificada. As elites capitalistas financiaram organizações como a Business Roundtable, a Câmara de Comércio e grupos de reflexão como a The Heritage Foundation, para vender a ideologia ao público. Inundaram universidades com doações, desde que as universidades retribuíssem com fidelidade à ideologia dominante. Usaram a sua influência e riqueza, bem como serem donos dos media, para transformar a imprensa no seu porta-voz. Silenciaram ou dificultaram o emprego a quaisquer heréticos. O aumento dos valores das ações, em vez da produção, tornou-se a nova medida da economia. Tudo e todos foram financeirizados e tornados mercadorias, a tal ponto que não importa o valor objetivo, mas apenas o valor que o marketing apõe.
“O valor é fixado por qualquer que seja o preço verificado no mercado”, disse Harvey. “Assim, Hillary Clinton é muito valiosa porque fez uma palestra na Goldman Sachs por 250 mil dólares. Se eu der uma palestra para um pequeno grupo no centro da cidade e receber 50 dólares, então obviamente ela vale muito mais do que eu. A valorização de uma pessoa e do seu conteúdo é avaliada por quanto consegue obter no mercado”.
“Esta é a filosofia por trás do neoliberalismo”, continuou. “Temos de atribuir um preço às coisas. Mesmo que não sejam realmente coisas que devam ser tratadas como mercadorias”. Por exemplo, a assistência médica torna-se uma mercadoria. Habitação para todos torna-se uma mercadoria. A educação torna-se uma mercadoria. Assim, os estudantes têm de pedir emprestado para obter a educação que lhes dará um emprego no futuro. Esse é o golpe da coisa. Basicamente, diz-se que se você é um empreendedor, se se qualificar, etc, receberá a justa recompensa (o que não é verdade). Se não recebe uma justa recompensa é porque não se qualificou suficientemente. Adquiriu o tipo errado de cursos. Fez cursos de filosofia ou de clássicos em vez de aprender técnicas de gestão de como explorar mão-de-obra.
O contra do neoliberalismo é agora amplamente compreendido em todo o espectro político. É cada vez mais difícil esconder a sua natureza predatória, incluindo suas exigências de enormes subsídios públicos (a Amazon, por exemplo, recentemente solicitou e recebeu incentivos fiscais multimilionários de Nova York e Virgínia para estabelecer centros de distribuição nesses estados); o Estado (conivente) o financia. Isso forçou as elites dominantes a fazerem alianças com demagogos de direita que usam as táticas cruas do racismo, islamofobia, homofobia, fanatismo e misoginia para canalizar a raiva e a crescente frustração do público para longe das elites e canaliza-la para os mais vulneráveis (cujo número aumenta exponencialmente pela financeirização da Educação e pela propagação do irracionalismo, principalmente no “mundo virtual”).
Esses demagogos aceleram a pilhagem pelas elites globais e, ao mesmo tempo, prometem proteger os trabalhadores e as mulheres. A administração de Donald Trump, por exemplo, aboliu numerosas regulamentações, das emissões de gases do efeito estufa à neutralidade da Internet e reduziu os impostos para os indivíduos e empresas mais ricos, eliminando cerca de 1,5 milhão de milhões de dólares de receita do governo nos próximos dez anos, adotando linguagem e formas autoritárias de controle e mera propaganda ideológica.
O neoliberalismo gera pouca riqueza. Em vez disso, redistribui-a para as mãos das elites dominantes. Harvey chama isso de “acumulação por desapossamento”. O principal argumento da acumulação por desapossamento baseia-se na ideia de que “quando as pessoas ficam sem capacidade de produzir ou fornecer serviços, elas criam um sistema que extrai riqueza de outras pessoas”, observa David Harvey. “Essa extração então torna-se o centro de suas atividades. Uma das maneiras pelas quais essa extração pode ocorrer é criando mercados onde antes não existiam. Por exemplo, diz ele: “Quando eu era mais jovem, o ensino superior na Europa era essencialmente um bem público. Cada vez mais [este e outros serviços] se tornaram uma atividade privada como os serviços de saúde. Muitas dessas áreas que você consideraria não serem mercadorias no sentido comum, tornam-se assim mercadorias. Habitação para a população de baixos rendimentos era frequentemente vista como uma obrigação social. Agora tudo tem de passar pelo mercado. Impõe-se uma lógica de mercado em áreas que não deveriam estar abertas ao mercado”.
“Quando eu era criança, a água na Grã-Bretanha era fornecida como um bem público”, demonstra Harvey. “Então, é claro, foi privatizada. Você começa a pagar taxas de água”. Eles privatizaram o transporte na Grã-Bretanha (por exemplo). O sistema de transportes coletivos tornou-se ainda mais caótico. Há empresas privadas a circular por toda parte. Não é o sistema que as pessoas realmente precisam. A mesma coisa acontece na ferrovia. Uma das coisas agora, recentemente mais interessantes na Grã-Bretanha é que o Partido Trabalhista diz: “Vamos trazer tudo isso de volta à propriedade pública porque a privatização é totalmente insana e tem consequências insanas, não está funcionando devidamente. A maioria da população concorda com isto”.
Sob o neoliberalismo, o processo de “acumulação por desapossamento” é acompanhado pela financeirização. “A desregulamentação permitiu que o sistema financeiro se tornasse um dos principais centros de atividade redistributiva através da especulação, predação, fraude e roubo”, escreve Harvey no seu livro, talvez o melhor e mais conciso relato da história do neoliberalismo. “Promoções de ações, esquemas Ponzi (pirâmide), destruição de ativos estruturados pela inflação, espoliação de ativos por meio de fusões e aquisições, promoção de níveis de endividamento que reduzem populações inteiras – mesmo nos países capitalistas avançados – à escravidão pelas dívidas. Para não falar em fraudes empresariais, desapropriação de ativos, invasão de fundos de pensão dizimados em colapsos de ações e por manipulação do crédito e do valor de ações, tudo isso se tornou uma característica central do sistema financeiro capitalista”.
O neoliberalismo, exercendo um tremendo poder financeiro, é capaz de fabricar crises econômicas para deprimir o valor dos ativos e depois apossar-se deles. “Uma das maneiras pelas quais se pode engendrar uma crise é cortar o fluxo de crédito”. Isso foi feito no leste e sudeste da Ásia em 1997 e 1998. De repente, a liquidez secou. As principais instituições deixam de emprestar dinheiro. Havia um grande fluxo de capital estrangeiro para a Indonésia anteriormente. Eles fecharam a torneira. O capital estrangeiro fugiu. Fecharam a torneira do crédito em parte porque, uma vez que as empresas fossem à falência, poderiam vir a ser compradas e colocadas novamente a funcionar. Vimos a mesma coisa durante a crise da habitação aqui nos EUA (em 2008 e em diante). As execuções hipotecárias das habitações deixaram muitas vazias que poderiam ser apanhadas a preços muito baixos. A Blackstone [1] apareceu, comprou todas as casas e é agora o maior senhorio dos Estados Unidos; tem 200 mil propriedades ou algo parecido. Está à espera que o mercado dê uma volta. Quando o mercado muda, o que pode acontecer a qualquer momento, então poderá vender ou arrendar e ganhar imensos lucros com isso. Desta forma, a Blackstone ganhou uma fortuna a crise dos arrestos hipotecários, onde todos perderam. Foi uma enorme transferência e concentração de riqueza.
Harvey adverte que a liberdade individual e a justiça social não são necessariamente compatíveis. A justiça social, escreve ele, requer solidariedade social e “disposição de subordinar necessidades e desejos individuais à causa de uma luta mais geral por, digamos, igualdade social e justiça ambiental”. A retórica neoliberal, com ênfase em liberdades individuais pode efetivamente “separar as ideias de liberdade, identidade política, o multiculturalismo e, eventualmente, o consumismo narcisista, das forças sociais alinhadas na procura de justiça social através da conquista do poder de Estado”.
O economista Karl Polanyi entendeu que existem dois tipos de liberdade. Há as más liberdades para explorar os que nos rodeiam e extrair enormes lucros sem levar em conta o bem comum, incluindo o mal que é feito ao ecossistema e às instituições democráticas. Essas más liberdades têm origem no fato de as grandes empresas monopolizarem as tecnologias e os avanços científicos a fim de obter enormes lucros, mesmo quando, como no caso da indústria farmacêutica, um monopólio significa que as vidas daqueles que não podem pagar preços exorbitantes são colocadas em risco. As boas liberdades – liberdade de consciência, liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade de associação, liberdade de escolher o seu trabalho – acabam por ser extintas pela primazia dada às más liberdades.
“Planejamento e controle são atacados como negação da liberdade”, escreveu Polanyi. “A livre iniciativa e a propriedade privada são declaradas essenciais para a liberdade”. Uma sociedade construída sobre outros fundamentos é dito que não merece ser chamada de livre. A liberdade que a regulamentação cria é denunciada como falta de liberdade; a justiça, a liberdade e o bem-estar que ela oferece são denunciados como uma camuflagem da escravidão.
“A ideia de liberdade” se degenera, assim, numa mera defesa acrítica da livre iniciativa (leia-se a do grande capital, jamais a do pequeno empreendedor), que significa “a plenitude da liberdade para aqueles cujo rendimento, lazer e segurança não precisam ser promovidos, e uma mera margem de liberdade para as pessoas que podem em vão tentar fazer uso de seus direitos democráticos para se defenderem do poder dos donos do capital”, escreve Harvey, citando Polanyi. “Mas se, como é sempre o caso, nenhuma sociedade é possível em que o poder e a compulsão estejam ausentes, nem num mundo em que a força não seja necessária”, então a única maneira pela qual esta visão utópica liberal poderia ser sustentada é pela força, violência e autoritarismo. A utopia liberal ou neoliberal está condenada, na opinião de Polanyi, a ser frustrada pelo autoritarismo, ou mesmo pelo fascismo total. As boas liberdades estão perdidas, as más são assumidas.
O neoliberalismo transforma a liberdade de muitos em liberdade para alguns. O resultado lógico é o neofascismo. O neofascismo abole as liberdades civis em nome da segurança nacional e classifica grupos inteiros como traidores e inimigos do povo. É o instrumento militarizado usado pelas elites dominantes para manter o controle, dividir e separar a sociedade e acelerar ainda mais a pilhagem e a desigualdade social. A ideologia dominante, não sendo mais crível, é substituída pela bota militar, seja ela real ou disfarçada.
[1] Blackstone: é o fundo abutre que em Portugal adquiriu o Novo Banco (ex-Banco Espírito Santo) por preço praticamente nulo.
*Jornalista. Durante quase duas décadas foi correspondente estrangeiro na América Central, Médio Oriente, África e Balcãs. Fez reportagens em mais de 50 países e trabalhou para The Christian Science Monitor, National Public Radio, Dallas Morning News e The New York Times, no qual foi correspondente estrangeiro durante 15 anos.
https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/economia/nacional/noticia/2018/12/14/grupo-estacio-faz-nova-demissao-em-massa-de-professores--365592.php
https://oglobo.globo.com/economia/estacio-anuncia-demissoes-de-professores-no-rio-23302419
Para leitura e reflexão:
Neoliberalismo, o caminho tenebroso para o fascismo
6 de dezembro de 2018
por Chris Hedges*
O neoliberalismo como teoria econômica sempre foi um absurdo. Tinha tanta validade quanto as ideologias dominantes do passado, como o direito divino dos reis e a crença fascista no Übermensch. Nenhuma das suas alardeadas promessas era remotamente possível.
Ao concentrar a riqueza nas mãos de uma elite oligárquica global – oito famílias detêm hoje tanta riqueza quanto 50% da população mundial – enquanto procedia a demolição de controles e regulamentações governamentais, gerou sempre maciças desigualdades de renda, poder dos monopólios, alimentou o extremismo político e destruiu a democracia.
Não é necessário folhear as 577 páginas de Capital in the Twenty-First Century de Thomas Piketty para descobrir isso. Mas a racionalidade econômica nunca foi o ponto. O ponto era a restauração do poder de classe.
Como ideologia dominante, o neoliberalismo foi um êxito brilhante. A partir dos anos 70 do século XX, os seus principais críticos keynesianos foram expulsos das universidades, instituições estatais e organizações financeiras, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial e excluídos dos media. Os cortesãos e intelectuais impostores, como Milton Friedman, foram preparados em locais como a Universidade de Chicago, foram-lhes dados lugares proeminentes e pródigos fundos de grandes empresas. Disseminaram os dogmas oficiais de teorias econômicas desacreditadas, popularizadas antes por Friedrich Hayek e pela escritora de terceira categoria Ayn Rand (erroneamente chamada de “filósofa” por alguns de seus seguidores).
Uma vez ajoelhado diante dos ditames do mercado, anulando regulamentações governamentais, reduzindo os impostos para os ricos, permitindo o fluxo de dinheiro através das fronteiras, destruindo sindicatos e assinando acordos comerciais que desviavam empregos para fábricas sem condições na China, o mundo seria mais feliz e livre, um lugar mais rico. Foi um golpe. Mas funcionou.
“É importante reconhecer as origens de classe deste projeto, que ocorreu na década de 1970, quando a classe capitalista estava em grandes dificuldades, os trabalhadores estavam bem organizados e começavam a avançar”, disse David Harvey, autor de A Brief History of Neoliberalism, quando falamos em Nova York. “Como qualquer classe dominante, eles precisavam de ideias dominantes. Assim, a liberdade do mercado, as privatizações, o empreendedorismo do eu, a liberdade individual e tudo o mais deveriam ser as ideias dominantes de uma nova ordem social, e foi essa a ordem implementada nos anos 80 e anos 90”.
“Como projeto político, foi muito habilidoso”, disse ele. “Conseguiu muito consentimento popular porque falava sobre liberdade individual e liberdade de escolha”. Quando eles falavam sobre liberdade, era na verdade a liberdade do mercado. O projeto neoliberal disse à geração de 68: “Tudo bem, você quer liberdade? É Isso que o movimento estudantil pretende? Nós vamos dar isso a vocês, mas vai ser a liberdade do mercado. A outra coisa que você procura é justiça social – esqueça. Então, vamos dar-lhes liberdade individual, mas esqueçam a justiça social. Não se organizem”.
O objetivo era desmantelar as instituições, as instituições coletivas da classe trabalhadora, particularmente os sindicatos e pouco a pouco os partidos políticos que representassem algum tipo de preocupação com o bem-estar das massas.
“A grande coisa sobre a liberdade do mercado é que parece ser igualitária, mas não há nada mais desigual do que o tratamento igual dos desiguais”, continuou Harvey. “Promete igualdade de tratamento, mas se você for extremamente rico, isso significa que pode ficar ainda mais rico. Se você for muito pobre, é mais provável que fique ainda mais pobre. O que Marx mostrou brilhantemente no primeiro volume de O Capital é que a liberdade de mercado produz níveis cada vez maiores de desigualdade social “.
A disseminação da ideologia do neoliberalismo foi altamente organizada por uma classe capitalista unificada. As elites capitalistas financiaram organizações como a Business Roundtable, a Câmara de Comércio e grupos de reflexão como a The Heritage Foundation, para vender a ideologia ao público. Inundaram universidades com doações, desde que as universidades retribuíssem com fidelidade à ideologia dominante. Usaram a sua influência e riqueza, bem como serem donos dos media, para transformar a imprensa no seu porta-voz. Silenciaram ou dificultaram o emprego a quaisquer heréticos. O aumento dos valores das ações, em vez da produção, tornou-se a nova medida da economia. Tudo e todos foram financeirizados e tornados mercadorias, a tal ponto que não importa o valor objetivo, mas apenas o valor que o marketing apõe.
“O valor é fixado por qualquer que seja o preço verificado no mercado”, disse Harvey. “Assim, Hillary Clinton é muito valiosa porque fez uma palestra na Goldman Sachs por 250 mil dólares. Se eu der uma palestra para um pequeno grupo no centro da cidade e receber 50 dólares, então obviamente ela vale muito mais do que eu. A valorização de uma pessoa e do seu conteúdo é avaliada por quanto consegue obter no mercado”.
“Esta é a filosofia por trás do neoliberalismo”, continuou. “Temos de atribuir um preço às coisas. Mesmo que não sejam realmente coisas que devam ser tratadas como mercadorias”. Por exemplo, a assistência médica torna-se uma mercadoria. Habitação para todos torna-se uma mercadoria. A educação torna-se uma mercadoria. Assim, os estudantes têm de pedir emprestado para obter a educação que lhes dará um emprego no futuro. Esse é o golpe da coisa. Basicamente, diz-se que se você é um empreendedor, se se qualificar, etc, receberá a justa recompensa (o que não é verdade). Se não recebe uma justa recompensa é porque não se qualificou suficientemente. Adquiriu o tipo errado de cursos. Fez cursos de filosofia ou de clássicos em vez de aprender técnicas de gestão de como explorar mão-de-obra.
O contra do neoliberalismo é agora amplamente compreendido em todo o espectro político. É cada vez mais difícil esconder a sua natureza predatória, incluindo suas exigências de enormes subsídios públicos (a Amazon, por exemplo, recentemente solicitou e recebeu incentivos fiscais multimilionários de Nova York e Virgínia para estabelecer centros de distribuição nesses estados); o Estado (conivente) o financia. Isso forçou as elites dominantes a fazerem alianças com demagogos de direita que usam as táticas cruas do racismo, islamofobia, homofobia, fanatismo e misoginia para canalizar a raiva e a crescente frustração do público para longe das elites e canaliza-la para os mais vulneráveis (cujo número aumenta exponencialmente pela financeirização da Educação e pela propagação do irracionalismo, principalmente no “mundo virtual”).
Esses demagogos aceleram a pilhagem pelas elites globais e, ao mesmo tempo, prometem proteger os trabalhadores e as mulheres. A administração de Donald Trump, por exemplo, aboliu numerosas regulamentações, das emissões de gases do efeito estufa à neutralidade da Internet e reduziu os impostos para os indivíduos e empresas mais ricos, eliminando cerca de 1,5 milhão de milhões de dólares de receita do governo nos próximos dez anos, adotando linguagem e formas autoritárias de controle e mera propaganda ideológica.
O neoliberalismo gera pouca riqueza. Em vez disso, redistribui-a para as mãos das elites dominantes. Harvey chama isso de “acumulação por desapossamento”. O principal argumento da acumulação por desapossamento baseia-se na ideia de que “quando as pessoas ficam sem capacidade de produzir ou fornecer serviços, elas criam um sistema que extrai riqueza de outras pessoas”, observa David Harvey. “Essa extração então torna-se o centro de suas atividades. Uma das maneiras pelas quais essa extração pode ocorrer é criando mercados onde antes não existiam. Por exemplo, diz ele: “Quando eu era mais jovem, o ensino superior na Europa era essencialmente um bem público. Cada vez mais [este e outros serviços] se tornaram uma atividade privada como os serviços de saúde. Muitas dessas áreas que você consideraria não serem mercadorias no sentido comum, tornam-se assim mercadorias. Habitação para a população de baixos rendimentos era frequentemente vista como uma obrigação social. Agora tudo tem de passar pelo mercado. Impõe-se uma lógica de mercado em áreas que não deveriam estar abertas ao mercado”.
“Quando eu era criança, a água na Grã-Bretanha era fornecida como um bem público”, demonstra Harvey. “Então, é claro, foi privatizada. Você começa a pagar taxas de água”. Eles privatizaram o transporte na Grã-Bretanha (por exemplo). O sistema de transportes coletivos tornou-se ainda mais caótico. Há empresas privadas a circular por toda parte. Não é o sistema que as pessoas realmente precisam. A mesma coisa acontece na ferrovia. Uma das coisas agora, recentemente mais interessantes na Grã-Bretanha é que o Partido Trabalhista diz: “Vamos trazer tudo isso de volta à propriedade pública porque a privatização é totalmente insana e tem consequências insanas, não está funcionando devidamente. A maioria da população concorda com isto”.
Sob o neoliberalismo, o processo de “acumulação por desapossamento” é acompanhado pela financeirização. “A desregulamentação permitiu que o sistema financeiro se tornasse um dos principais centros de atividade redistributiva através da especulação, predação, fraude e roubo”, escreve Harvey no seu livro, talvez o melhor e mais conciso relato da história do neoliberalismo. “Promoções de ações, esquemas Ponzi (pirâmide), destruição de ativos estruturados pela inflação, espoliação de ativos por meio de fusões e aquisições, promoção de níveis de endividamento que reduzem populações inteiras – mesmo nos países capitalistas avançados – à escravidão pelas dívidas. Para não falar em fraudes empresariais, desapropriação de ativos, invasão de fundos de pensão dizimados em colapsos de ações e por manipulação do crédito e do valor de ações, tudo isso se tornou uma característica central do sistema financeiro capitalista”.
O neoliberalismo, exercendo um tremendo poder financeiro, é capaz de fabricar crises econômicas para deprimir o valor dos ativos e depois apossar-se deles. “Uma das maneiras pelas quais se pode engendrar uma crise é cortar o fluxo de crédito”. Isso foi feito no leste e sudeste da Ásia em 1997 e 1998. De repente, a liquidez secou. As principais instituições deixam de emprestar dinheiro. Havia um grande fluxo de capital estrangeiro para a Indonésia anteriormente. Eles fecharam a torneira. O capital estrangeiro fugiu. Fecharam a torneira do crédito em parte porque, uma vez que as empresas fossem à falência, poderiam vir a ser compradas e colocadas novamente a funcionar. Vimos a mesma coisa durante a crise da habitação aqui nos EUA (em 2008 e em diante). As execuções hipotecárias das habitações deixaram muitas vazias que poderiam ser apanhadas a preços muito baixos. A Blackstone [1] apareceu, comprou todas as casas e é agora o maior senhorio dos Estados Unidos; tem 200 mil propriedades ou algo parecido. Está à espera que o mercado dê uma volta. Quando o mercado muda, o que pode acontecer a qualquer momento, então poderá vender ou arrendar e ganhar imensos lucros com isso. Desta forma, a Blackstone ganhou uma fortuna a crise dos arrestos hipotecários, onde todos perderam. Foi uma enorme transferência e concentração de riqueza.
Harvey adverte que a liberdade individual e a justiça social não são necessariamente compatíveis. A justiça social, escreve ele, requer solidariedade social e “disposição de subordinar necessidades e desejos individuais à causa de uma luta mais geral por, digamos, igualdade social e justiça ambiental”. A retórica neoliberal, com ênfase em liberdades individuais pode efetivamente “separar as ideias de liberdade, identidade política, o multiculturalismo e, eventualmente, o consumismo narcisista, das forças sociais alinhadas na procura de justiça social através da conquista do poder de Estado”.
O economista Karl Polanyi entendeu que existem dois tipos de liberdade. Há as más liberdades para explorar os que nos rodeiam e extrair enormes lucros sem levar em conta o bem comum, incluindo o mal que é feito ao ecossistema e às instituições democráticas. Essas más liberdades têm origem no fato de as grandes empresas monopolizarem as tecnologias e os avanços científicos a fim de obter enormes lucros, mesmo quando, como no caso da indústria farmacêutica, um monopólio significa que as vidas daqueles que não podem pagar preços exorbitantes são colocadas em risco. As boas liberdades – liberdade de consciência, liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade de associação, liberdade de escolher o seu trabalho – acabam por ser extintas pela primazia dada às más liberdades.
“Planejamento e controle são atacados como negação da liberdade”, escreveu Polanyi. “A livre iniciativa e a propriedade privada são declaradas essenciais para a liberdade”. Uma sociedade construída sobre outros fundamentos é dito que não merece ser chamada de livre. A liberdade que a regulamentação cria é denunciada como falta de liberdade; a justiça, a liberdade e o bem-estar que ela oferece são denunciados como uma camuflagem da escravidão.
“A ideia de liberdade” se degenera, assim, numa mera defesa acrítica da livre iniciativa (leia-se a do grande capital, jamais a do pequeno empreendedor), que significa “a plenitude da liberdade para aqueles cujo rendimento, lazer e segurança não precisam ser promovidos, e uma mera margem de liberdade para as pessoas que podem em vão tentar fazer uso de seus direitos democráticos para se defenderem do poder dos donos do capital”, escreve Harvey, citando Polanyi. “Mas se, como é sempre o caso, nenhuma sociedade é possível em que o poder e a compulsão estejam ausentes, nem num mundo em que a força não seja necessária”, então a única maneira pela qual esta visão utópica liberal poderia ser sustentada é pela força, violência e autoritarismo. A utopia liberal ou neoliberal está condenada, na opinião de Polanyi, a ser frustrada pelo autoritarismo, ou mesmo pelo fascismo total. As boas liberdades estão perdidas, as más são assumidas.
O neoliberalismo transforma a liberdade de muitos em liberdade para alguns. O resultado lógico é o neofascismo. O neofascismo abole as liberdades civis em nome da segurança nacional e classifica grupos inteiros como traidores e inimigos do povo. É o instrumento militarizado usado pelas elites dominantes para manter o controle, dividir e separar a sociedade e acelerar ainda mais a pilhagem e a desigualdade social. A ideologia dominante, não sendo mais crível, é substituída pela bota militar, seja ela real ou disfarçada.
[1] Blackstone: é o fundo abutre que em Portugal adquiriu o Novo Banco (ex-Banco Espírito Santo) por preço praticamente nulo.
*Jornalista. Durante quase duas décadas foi correspondente estrangeiro na América Central, Médio Oriente, África e Balcãs. Fez reportagens em mais de 50 países e trabalhou para The Christian Science Monitor, National Public Radio, Dallas Morning News e The New York Times, no qual foi correspondente estrangeiro durante 15 anos.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Que texto bacana Bertola. Essa noção de "acumulação e apossamento" explica muito do que acontece hoje.
Gostaria muito de fazer uma graduação em Filosofia. Sei que a Federal de Santa Catarina fez um piloto à distância. Até ano passado ainda não tinham aberto este curso.
A crise da Rússia em 98 assolou o setor produtivo. Eu estava na indústria na época. Era um funcionário acabando com o outro para se manter no emprego. Isto quando não se passava a fazer funções de outros três... que logo depois iriam ser despedidos. Também houve muitos fechamentos de empresas na Grande São Paulo para mudarem para outros estados com mão de obra mais barata.
Quem seriam essas poucas famílias que detêm a maior parte da riqueza no mundo? São conhecidas?
Opa, editei...
Um tema interessante nesta discussão é o uso da internet. Se em seus momentos inicias se acreditou que ela traria a LIBERDADE no acesso à informação e conhecimento, isto não se concretizou. O que vejo na maioria das vezes é seu uso causando alienação, passividade, propagação de ideologias que que justificam a injustiça.
Vem bem ao encontro das noções discutidas quanto à liberdade programada para manter a exploração.
Gostaria muito de fazer uma graduação em Filosofia. Sei que a Federal de Santa Catarina fez um piloto à distância. Até ano passado ainda não tinham aberto este curso.
A crise da Rússia em 98 assolou o setor produtivo. Eu estava na indústria na época. Era um funcionário acabando com o outro para se manter no emprego. Isto quando não se passava a fazer funções de outros três... que logo depois iriam ser despedidos. Também houve muitos fechamentos de empresas na Grande São Paulo para mudarem para outros estados com mão de obra mais barata.
Quem seriam essas poucas famílias que detêm a maior parte da riqueza no mundo? São conhecidas?
Opa, editei...
Um tema interessante nesta discussão é o uso da internet. Se em seus momentos inicias se acreditou que ela traria a LIBERDADE no acesso à informação e conhecimento, isto não se concretizou. O que vejo na maioria das vezes é seu uso causando alienação, passividade, propagação de ideologias que que justificam a injustiça.
Vem bem ao encontro das noções discutidas quanto à liberdade programada para manter a exploração.
emachado- Membro
- Mensagens : 1006
Localização : SP
Até por um notório liberal e anti-PTista...
TORÇAM PARA QUE BOLSONARO CONSIGA MODENIZAR GUEDES
Ou o presidente vira o conselheiro do ministro da Economia ou a nau afunda
Reinaldo Azevedo, Folha de S. Paulo, 21.dez.2018 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2018/12/torcam-para-que-bolsonaro-consiga-modernizar-guedes.shtml
Os tais "mercados", vocês sabem, têm em Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, a garantia de que Jair Bolsonaro não vai sair do eixo. É mesmo? Vai aqui uma leitura que contraria o senso comum nesse grupo influente, mas ingênuo em política: espero que Bolsonaro seja a garantia de que Guedes não vá sair do eixo. Se, a partir de 1º de janeiro, o presidente não ministrar uma mistura de Rivotril com Aristóteles a seu contador arrogante, pode esperar crises em cascata. "Impossível o Aristóteles?". Ok. Só o Rivotril já ajuda.
O discurso de Guedes na Firjan (Federação das Indústrias do Rio), na segunda (17), quando prometeu "meter a faca no Sistema S", constituiu um notável espetáculo de truculência. A promessa veio junto com uma ameaça: referindo-se a Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, presidente da entidade, que oferecia o almoço, arreganhou os dentes: "Se tivermos interlocutores inteligentes, preparados, que queiram construir, como o Eduardo Eugênio, cortamos 30%; se não tiver, é 50%". Marcos Cintra, da equipe de transição, já anunciou que a intenção é tomar metade dos recursos. Síntese: não haveria, pois, no empresariado, "interlocutores inteligentes". No encontro, o ex-banqueiro não desceu do salto da ironia em momento nenhum. Quando anunciou a facada, ele mesmo fez um "Ohhh", simulando a reação de espanto dos empresários que o ouviam, reduzidos a infantilidade.
O Sistema S é uma espécie de imposto —o correspondente a 2,5% da folha de pagamento—, administrado por entes que representam setores empresariais. Por óbvio, compõe a carga tributária, que recai sobre todos, mas só beneficia a parcela que usufrui dos serviços oferecidos. Ditas as coisas dessa maneira, pergunte-se: por que não fincar a faca até o cabo e extinguir "isso daí"? No manual do perfeito idiota liberal latino-americano, todos sairiam lucrando.
Ocorre que não se conhece a equação tributária de que a "facada" faria parte. A contribuição obrigatória será reduzida a 1,25%, ou o governo quer tomar metade dos 2,5%? O Sistema S é um exemplo de gestão privada eficiente de recursos que, na origem, são, sim, públicos. Transformam-se em escolas eficientes, em teatros, em centros poliesportivos. Tudo o que o Estado não faz. Guedes ainda tentou estabelecer um paralelo entre o dinheiro do Sistema S e o Imposto Sindical, que foi extinto. É mesmo? Onde estão os alunos, os esportistas e os artistas das centrais sindicais?
Segundo informou esta Folha na terça, um corte de 30% de recursos do sistema —e se anuncia que será de 50%— implicaria o fim de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes do Senai, com o fechamento de 162 escolas. O Sesi extinguiria 498 mil vagas no ensino básico e de educação para jovens e adultos. Só o Sesc de São Paulo gastou, em 2017, informa Vinicius Torres Freire, o equivalente a dois terços da despesa do Ministério da Cultura. São apenas 3 das 9 entidades que compõem o Sistema S.
Há algum estudo sobre o impacto de tal decisão? Não! Ainda que o corte fosse a melhor escolha, há de ser de supetão? Ela dispensa, como sugere Guedes, a negociação com o empresariado? Então a medida será imposta com mais rigor ou menos a depender da subserviência do interlocutor?
Guedes foi além na Firjan. Anunciou a disposição de negociar a reforma da Previdência com governadores e prefeitos, que, em troca, seriam beneficiados por uma descentralização de recursos. E ele reproduziu como se daria a conversa: "Vai apoiar a reforma?" Ao que responderia o outro: "Não, eu não vou, não". E então o ministro mandaria ver: "Foi um prazer te conhecer. Vá lá pagar a sua folha. Eu não posso ajudar. Como é que eu posso ajudar alguém que não tá me ajudando? Tenho o maior prazer em ajudar. Toda reforma que tiver, eu quero fazer questão de que o dinheiro vá para estados e municípios. Agora me dá a reforma primeiro".
Em Chicago, o agora superpoderoso matou as aulas do curso "Massinha I de Habilidade Política".
Parece ironia, mas juro que não é: ou o presidente vira o conselheiro do ministro, impondo-lhe a prudência, ou a nau afunda, sob a condução dos insensatos. O gênio da raça precisa modernizar o seu discurso. Ainda está no Chile de Pinochet. E isso implica três décadas de atraso político e... técnico! Torçam para que Bolsonaro consiga modernizar Guedes.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
Ou o presidente vira o conselheiro do ministro da Economia ou a nau afunda
Reinaldo Azevedo, Folha de S. Paulo, 21.dez.2018 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2018/12/torcam-para-que-bolsonaro-consiga-modernizar-guedes.shtml
Os tais "mercados", vocês sabem, têm em Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, a garantia de que Jair Bolsonaro não vai sair do eixo. É mesmo? Vai aqui uma leitura que contraria o senso comum nesse grupo influente, mas ingênuo em política: espero que Bolsonaro seja a garantia de que Guedes não vá sair do eixo. Se, a partir de 1º de janeiro, o presidente não ministrar uma mistura de Rivotril com Aristóteles a seu contador arrogante, pode esperar crises em cascata. "Impossível o Aristóteles?". Ok. Só o Rivotril já ajuda.
O discurso de Guedes na Firjan (Federação das Indústrias do Rio), na segunda (17), quando prometeu "meter a faca no Sistema S", constituiu um notável espetáculo de truculência. A promessa veio junto com uma ameaça: referindo-se a Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, presidente da entidade, que oferecia o almoço, arreganhou os dentes: "Se tivermos interlocutores inteligentes, preparados, que queiram construir, como o Eduardo Eugênio, cortamos 30%; se não tiver, é 50%". Marcos Cintra, da equipe de transição, já anunciou que a intenção é tomar metade dos recursos. Síntese: não haveria, pois, no empresariado, "interlocutores inteligentes". No encontro, o ex-banqueiro não desceu do salto da ironia em momento nenhum. Quando anunciou a facada, ele mesmo fez um "Ohhh", simulando a reação de espanto dos empresários que o ouviam, reduzidos a infantilidade.
O Sistema S é uma espécie de imposto —o correspondente a 2,5% da folha de pagamento—, administrado por entes que representam setores empresariais. Por óbvio, compõe a carga tributária, que recai sobre todos, mas só beneficia a parcela que usufrui dos serviços oferecidos. Ditas as coisas dessa maneira, pergunte-se: por que não fincar a faca até o cabo e extinguir "isso daí"? No manual do perfeito idiota liberal latino-americano, todos sairiam lucrando.
Ocorre que não se conhece a equação tributária de que a "facada" faria parte. A contribuição obrigatória será reduzida a 1,25%, ou o governo quer tomar metade dos 2,5%? O Sistema S é um exemplo de gestão privada eficiente de recursos que, na origem, são, sim, públicos. Transformam-se em escolas eficientes, em teatros, em centros poliesportivos. Tudo o que o Estado não faz. Guedes ainda tentou estabelecer um paralelo entre o dinheiro do Sistema S e o Imposto Sindical, que foi extinto. É mesmo? Onde estão os alunos, os esportistas e os artistas das centrais sindicais?
Segundo informou esta Folha na terça, um corte de 30% de recursos do sistema —e se anuncia que será de 50%— implicaria o fim de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes do Senai, com o fechamento de 162 escolas. O Sesi extinguiria 498 mil vagas no ensino básico e de educação para jovens e adultos. Só o Sesc de São Paulo gastou, em 2017, informa Vinicius Torres Freire, o equivalente a dois terços da despesa do Ministério da Cultura. São apenas 3 das 9 entidades que compõem o Sistema S.
Há algum estudo sobre o impacto de tal decisão? Não! Ainda que o corte fosse a melhor escolha, há de ser de supetão? Ela dispensa, como sugere Guedes, a negociação com o empresariado? Então a medida será imposta com mais rigor ou menos a depender da subserviência do interlocutor?
Guedes foi além na Firjan. Anunciou a disposição de negociar a reforma da Previdência com governadores e prefeitos, que, em troca, seriam beneficiados por uma descentralização de recursos. E ele reproduziu como se daria a conversa: "Vai apoiar a reforma?" Ao que responderia o outro: "Não, eu não vou, não". E então o ministro mandaria ver: "Foi um prazer te conhecer. Vá lá pagar a sua folha. Eu não posso ajudar. Como é que eu posso ajudar alguém que não tá me ajudando? Tenho o maior prazer em ajudar. Toda reforma que tiver, eu quero fazer questão de que o dinheiro vá para estados e municípios. Agora me dá a reforma primeiro".
Em Chicago, o agora superpoderoso matou as aulas do curso "Massinha I de Habilidade Política".
Parece ironia, mas juro que não é: ou o presidente vira o conselheiro do ministro, impondo-lhe a prudência, ou a nau afunda, sob a condução dos insensatos. O gênio da raça precisa modernizar o seu discurso. Ainda está no Chile de Pinochet. E isso implica três décadas de atraso político e... técnico! Torçam para que Bolsonaro consiga modernizar Guedes.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não tem cara mais chato que esse Reinaldo aí. Nem li & nem lerei...
mblacerda- Membro
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Localização : São Paulo, SP, Brasil
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Li os textos postados pelo Bertola (bastante elucidativo, por sinal) e o do Jazz (esclarecedor quando se pensa nos rumos do novo desgoverno). Vou compartilhá-los. São bem claros e diretos.
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Também não gosto do cretino. Por outro lado, acho importante "ouvir", para tentar entender as limitações do lado oposto. Achei interessante a matéria, pois denota uma certa frustração do bolsominion, à véspera da assunção do novo (des)governo.mblacerda escreveu:Não tem cara mais chato que esse Reinaldo aí. Nem li & nem lerei...
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Meio antigo, mas tá valendo...
Como identificar um bolsominion?
Por Vinicios Knuth, 05/12/2017
https://acidblacknerd.wordpress.com/2017/12/05/como-identificar-um-bolsominion/
Olá amiguinhos!
Nos últimos tempos tenho identificado na minha timeline do facebook o surgimento de um novo grupo social. Os membros de tal grupo parecem idolatrar de forma doentia uma pessoa, o qual julgam ser a salvação para o nosso país. Tudo bem que nesse caso específico, de fato Jair Messias Bolsonaro é o enviado de Deus para libertar nosso país do comunismo, mas creio que muitos de seus seguidores estejam indo longe demais.
O que tenho observado ultimamente é um comportamento quase patológico por parte de alguns. Parece que há uma obsessão monotemática que faz certas pessoas falarem do Bolsonaro o tempo todo. Em casos mais leves, a pessoa ainda mantém parte da racionalidade, mas acaba por demonstrar alguns sintomas desagradáveis. O pior é que eu já conheci e conversei com o Jair, o Carlos e o Eduardo Bolsonaro, que foram bastante educados e civis comigo, em total contrapartida a boçalidade que vejo em muitos dos seus seguidores.
1- Culto ao líder
Muitos bolsominions se dizem conservadores, mesmo sem nunca terem lido uma linha de Edmund Burke. Para eles, conservadorismo, por definição, é alguma coisa diferente daquilo que o conservadorismo verdadeiramente é, que é a aversão a todas as utopias. Ao crerem de forma doentia que a eleição de uma pessoa seria o suficiente para acabar com os problemas do país, tais bolsominions se afastam do conservadorismo, já que um conservador entende que nem o conservadorismo em si é suficiente para resolver tais problemas.
Como sabemos que a mente humana é uma fábrica de ídolos, o culto a uma pessoa pode afastar as pessoas defenderem o indefensável o justificar o injustificável. Mais prudente é defender princípios e querer que os políticos os defendam do que defender um político e comprar todos os seus princípios de tabela.
Se analisarmos de forma séria o discurso de Bolsonaro – inclusive suas declarações acerca de temas econômicos ou de planejamento familiar – perceberemos que o rótulo que o define desde o início de sua carreira melhor não é conservador e sim nacionalista.
2- Agressividade
Uma pessoa conservadora geralmente é inteligente o suficiente para ter e defender-se com argumentos. Aparentemente muitos bolsominions não parecem dar muita atenção para isto, preferindo partir direto para xingamentos, acusações ad hominem ou coisas do tipo. E aqui cabe um adendo, quem legitimou o uso do palavrão como argumento válido nos meios conservadores brasileiros foi o mestre Olavo de Carvalho, não o Bolsonaro.
Geralmente, quando acuado com argumentos inteligentes, o bolsominion parte para a ignorância. Eu aprendi isso quando discuti com um bolsominion chamado Jamil Felippe Junior. O tema da discussão era se o Islã era a religião violenta ou se todas as religiões poderiam ser violentas. Eu defendi a ideia que qualquer religião poderia ser violenta, e mostrei uma reportagem da Time mostrando a violência que budistas faziam contra muçulmanos em Myanmar. Jamil primeiro disse que a matéria era mentirosa e fake news porque a Time era esquerdista. Então mostrei a mesma notícia só que dessa vez noticiada pela direitosa Fox News. A postura dele em nada mudou. Sabendo que não me venceria por meio de argumentos, partiu pro ad hominem, chamando-me de “apologista do Islã” e de homossexual. Assim pensa o Bolsominion: “contra fatos, não há porque não usar ad hominem”.
Como a esquerda sequestrou todas as pautas das minorias (a defesa do negro, do gay, da mulher, do nordestino), ela convenceu o consciente popular que se você odeia negros, gays, mulheres e nordestinos, então não há lugar pra você na esquerda, só restando aos imbecis tentar procurarem um lugar na direita. E tais imbecis tem sido bastante bem acolhidos no bolsomundo, já que qualquer crítica a essas minorias é percebida como discurso anti-esquerdista. Além disso, entre os bolsominions ideias espúrias como intervenção militar, fim do Estado Laico, banimento de muçulmanos, legalização da tortura e proibição do comunismo são tratadas com a maior naturalidade do mundo.
3- Comportamento de manada
Não raramente, o bolsominions agem em grupo. Em páginas e grupos do facebook atuam como uma guerrilha virtual de modo a encher postagens de comentários elogiosos ao BolsoGod ou de críticas aos seus detratores, que podem ser globalistas, comunistas, feministas ou até gayzistas. Por meio de uma instrução/voz de comando do tipo “Vamos lá oprimir” manadas de bolsominions enfurecidos atacam de forma irracional qualquer voz destoante do discurso do qual estão inseridos. O bolsominion assim perde a individualidade. Ele vira parte de algo muito maior, que é o exército do Bolsonaro. E ai de quem pensar diferente do grupo, pois será taxado de comunista, gay ou desinformado – e então dirão que ele tem que ler algum livro bem desconhecido graças ao marxismo cultural.
4- Bolha social
Como o Bolsominion vive tomado pelo radicalismo – o qual nega reconhecer que tem, já que seria o senso comum dominado pelo radicalismo da esquerda e só eles seriam os iluminados pelo ponderamento -, o natural é que com o passar do tempo ele só se alimente de conteúdos “pró-Bolsonaro” e qualquer coisa que não o seja este considera “fake news”. Assim, o viés de confirmação cresce cada vez mais e as pontes para um diálogo com discordantes são rapidamente derrubadas. Com o tempo, o bolsominion passa a se relacionar mais com outros bolsominions, criando assim uma bolha virtual na qual constroem um mundo para eles mesmos.
Eu pude perceber esse fenômeno na eleição a prefeito do Rio em 2016. Havia pessoas que conhecia que juravam que o Flávio seria eleito, já que só conheciam gente que o apoiava. Defendiam que todas as pesquisas eram manipuladas e quando chegou o resultado das urnas, ficaram surpresos ao descobrirem que o que se passava na timeline deles não reproduzia a opinião pública do eleitorado carioca.
5- Pensamento bipolar
A maioria dos Bolsominions que conheço são adolescentes de 14 a 18 anos, que estão cheios de si por terem descobrido algo para acreditar. Para quem já é mais velho, é impossível não compará-los com os ateus-modinha do início da década. Aliás, onde estão os ateus-modinha?
Outro problema é que dentro de um pensamento fanatizado não há muito espaço para nuances, o que faz com que a marginalização de outros direitistas seja um processo natural. É dentro desse espírito que vi uma figura como o Alexandre Borges ser defenestrado por tirar uma mera e singela foto com o Dória. Sabendo disso, conclui-se que essa histeria bolsonática não parará até que a sua mentalidade de seita a faça se tornar tão sectária que acabe por expulsar o apoio de liberais e de outras matizes do eleitorado que Bolsonaro precisaria para ser eleito.
Muita gente acha que o Bolsonaro tem nos bolsominions um grande trunfo para a sua candidatura. Não discordo que eles de fato serão um trunfo – só acho que eles serão um trunfo dos seus adversários.
Por Vinicios Knuth, 05/12/2017
https://acidblacknerd.wordpress.com/2017/12/05/como-identificar-um-bolsominion/
Olá amiguinhos!
Nos últimos tempos tenho identificado na minha timeline do facebook o surgimento de um novo grupo social. Os membros de tal grupo parecem idolatrar de forma doentia uma pessoa, o qual julgam ser a salvação para o nosso país. Tudo bem que nesse caso específico, de fato Jair Messias Bolsonaro é o enviado de Deus para libertar nosso país do comunismo, mas creio que muitos de seus seguidores estejam indo longe demais.
O que tenho observado ultimamente é um comportamento quase patológico por parte de alguns. Parece que há uma obsessão monotemática que faz certas pessoas falarem do Bolsonaro o tempo todo. Em casos mais leves, a pessoa ainda mantém parte da racionalidade, mas acaba por demonstrar alguns sintomas desagradáveis. O pior é que eu já conheci e conversei com o Jair, o Carlos e o Eduardo Bolsonaro, que foram bastante educados e civis comigo, em total contrapartida a boçalidade que vejo em muitos dos seus seguidores.
1- Culto ao líder
Muitos bolsominions se dizem conservadores, mesmo sem nunca terem lido uma linha de Edmund Burke. Para eles, conservadorismo, por definição, é alguma coisa diferente daquilo que o conservadorismo verdadeiramente é, que é a aversão a todas as utopias. Ao crerem de forma doentia que a eleição de uma pessoa seria o suficiente para acabar com os problemas do país, tais bolsominions se afastam do conservadorismo, já que um conservador entende que nem o conservadorismo em si é suficiente para resolver tais problemas.
Como sabemos que a mente humana é uma fábrica de ídolos, o culto a uma pessoa pode afastar as pessoas defenderem o indefensável o justificar o injustificável. Mais prudente é defender princípios e querer que os políticos os defendam do que defender um político e comprar todos os seus princípios de tabela.
Se analisarmos de forma séria o discurso de Bolsonaro – inclusive suas declarações acerca de temas econômicos ou de planejamento familiar – perceberemos que o rótulo que o define desde o início de sua carreira melhor não é conservador e sim nacionalista.
2- Agressividade
Uma pessoa conservadora geralmente é inteligente o suficiente para ter e defender-se com argumentos. Aparentemente muitos bolsominions não parecem dar muita atenção para isto, preferindo partir direto para xingamentos, acusações ad hominem ou coisas do tipo. E aqui cabe um adendo, quem legitimou o uso do palavrão como argumento válido nos meios conservadores brasileiros foi o mestre Olavo de Carvalho, não o Bolsonaro.
Geralmente, quando acuado com argumentos inteligentes, o bolsominion parte para a ignorância. Eu aprendi isso quando discuti com um bolsominion chamado Jamil Felippe Junior. O tema da discussão era se o Islã era a religião violenta ou se todas as religiões poderiam ser violentas. Eu defendi a ideia que qualquer religião poderia ser violenta, e mostrei uma reportagem da Time mostrando a violência que budistas faziam contra muçulmanos em Myanmar. Jamil primeiro disse que a matéria era mentirosa e fake news porque a Time era esquerdista. Então mostrei a mesma notícia só que dessa vez noticiada pela direitosa Fox News. A postura dele em nada mudou. Sabendo que não me venceria por meio de argumentos, partiu pro ad hominem, chamando-me de “apologista do Islã” e de homossexual. Assim pensa o Bolsominion: “contra fatos, não há porque não usar ad hominem”.
Como a esquerda sequestrou todas as pautas das minorias (a defesa do negro, do gay, da mulher, do nordestino), ela convenceu o consciente popular que se você odeia negros, gays, mulheres e nordestinos, então não há lugar pra você na esquerda, só restando aos imbecis tentar procurarem um lugar na direita. E tais imbecis tem sido bastante bem acolhidos no bolsomundo, já que qualquer crítica a essas minorias é percebida como discurso anti-esquerdista. Além disso, entre os bolsominions ideias espúrias como intervenção militar, fim do Estado Laico, banimento de muçulmanos, legalização da tortura e proibição do comunismo são tratadas com a maior naturalidade do mundo.
3- Comportamento de manada
Não raramente, o bolsominions agem em grupo. Em páginas e grupos do facebook atuam como uma guerrilha virtual de modo a encher postagens de comentários elogiosos ao BolsoGod ou de críticas aos seus detratores, que podem ser globalistas, comunistas, feministas ou até gayzistas. Por meio de uma instrução/voz de comando do tipo “Vamos lá oprimir” manadas de bolsominions enfurecidos atacam de forma irracional qualquer voz destoante do discurso do qual estão inseridos. O bolsominion assim perde a individualidade. Ele vira parte de algo muito maior, que é o exército do Bolsonaro. E ai de quem pensar diferente do grupo, pois será taxado de comunista, gay ou desinformado – e então dirão que ele tem que ler algum livro bem desconhecido graças ao marxismo cultural.
4- Bolha social
Como o Bolsominion vive tomado pelo radicalismo – o qual nega reconhecer que tem, já que seria o senso comum dominado pelo radicalismo da esquerda e só eles seriam os iluminados pelo ponderamento -, o natural é que com o passar do tempo ele só se alimente de conteúdos “pró-Bolsonaro” e qualquer coisa que não o seja este considera “fake news”. Assim, o viés de confirmação cresce cada vez mais e as pontes para um diálogo com discordantes são rapidamente derrubadas. Com o tempo, o bolsominion passa a se relacionar mais com outros bolsominions, criando assim uma bolha virtual na qual constroem um mundo para eles mesmos.
Eu pude perceber esse fenômeno na eleição a prefeito do Rio em 2016. Havia pessoas que conhecia que juravam que o Flávio seria eleito, já que só conheciam gente que o apoiava. Defendiam que todas as pesquisas eram manipuladas e quando chegou o resultado das urnas, ficaram surpresos ao descobrirem que o que se passava na timeline deles não reproduzia a opinião pública do eleitorado carioca.
5- Pensamento bipolar
A maioria dos Bolsominions que conheço são adolescentes de 14 a 18 anos, que estão cheios de si por terem descobrido algo para acreditar. Para quem já é mais velho, é impossível não compará-los com os ateus-modinha do início da década. Aliás, onde estão os ateus-modinha?
Outro problema é que dentro de um pensamento fanatizado não há muito espaço para nuances, o que faz com que a marginalização de outros direitistas seja um processo natural. É dentro desse espírito que vi uma figura como o Alexandre Borges ser defenestrado por tirar uma mera e singela foto com o Dória. Sabendo disso, conclui-se que essa histeria bolsonática não parará até que a sua mentalidade de seita a faça se tornar tão sectária que acabe por expulsar o apoio de liberais e de outras matizes do eleitorado que Bolsonaro precisaria para ser eleito.
Muita gente acha que o Bolsonaro tem nos bolsominions um grande trunfo para a sua candidatura. Não discordo que eles de fato serão um trunfo – só acho que eles serão um trunfo dos seus adversários.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Ahahahahahahahahahahah!!! Boa!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Não adianta. Vão falar que a situação da Venezuela é culpa dos EUA e nunca do ditador sanguinário Maduro (é de esquerda, então pode fazer o que quiser, até matar opositores)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ A mulher foi abusada sexualmente quando criança e a esquerda faz memes. Nenhuma feminista defendendo, nada. Ta certinho! Isso mostra o quanto a esquerda é suja, mau caráter e hipócrita.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Negativo. Me importo com a violência que ela sofreu. Me importo com a violencia que a maioria das mulheres sofre todo dia nesse pais.
Quem não se importa é a louca da goiabeira, que é contra o aborto e a favor da discriminação das mulheres, por apoiar e fazer parte de desgoverno misógino que humilhava a presidenta desse país com memes preconceituosos e violentos.
Portanto, a louca da goiabeira que se fod#@##!
Leva a mal não...
Quem não se importa é a louca da goiabeira, que é contra o aborto e a favor da discriminação das mulheres, por apoiar e fazer parte de desgoverno misógino que humilhava a presidenta desse país com memes preconceituosos e violentos.
Portanto, a louca da goiabeira que se fod#@##!
Leva a mal não...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Isso só deixa claro que a comoção da esquerda é seletiva e ideológica...
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não. Deixa claro que ou eu me expresso mal, ou você tem dificuldade em interpretar textos simples.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Gente mau caráter como você eu mantenho distância, tanto pessoalmente quanto virtualmente!
#paz!
#paz!
Coder- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Bem, não tenho nada contra você, até porque nunca te vi mais gordo, então até lamentaria ser chamado de mau caráter, visto que voce também nunca me viu mais feio...Coder escreveu:^ Gente mau caráter como você eu mantenho distância, tanto pessoalmente quanto virtualmente!
#paz!
Mas daí raciocinei e concluí que ser chamado de mau carater por quem defende fã de torturador, racista, machista e fascista é apenas elogio.
Uma estrategia dessa turma é te acusar do que eles são, rsrsrs
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Eita! Legítimo Bolsominion da República das Bananas faltando com o decoro...Coder escreveu:^ Gente mau caráter como você eu mantenho distância, tanto pessoalmente quanto virtualmente!
#paz!
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não faltou.JAZZigo escreveu:Eita! Legítimo Bolsominion da República das Bananas faltando com o decoro...Coder escreveu:^ Gente mau caráter como você eu mantenho distância, tanto pessoalmente quanto virtualmente!
#paz!
Se ser mau carater é estar ao lado das minorias, ser a favor da igualdade entre as pessoas, e combater a tal meritocracia que eles usam covardemente pra justificar as maldades e todo o preconceito que eles defendem, então a partir de hoje, que se refiram a mim apenas como mau caráter.
Terei orgulho em ser chamado assim por eles. Não podem me atingir. São piada ridiculamente pronta.
E no final, o cara escreve paz... Ahahahah!!!!!
Faltou só desejar Feliz Natal.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Diz que é a favor das minorias (desde que seja de esquerda). Diz que luta contra o preconceito lgbt (desde que seja de esquerda), senão vira motivo de chacota, é humilhado e diz que tem mais é que se f**
Tem que ser muito ingênio para não perceber que a pauta de vocês é seletiva e ideológica...
Rico escreveu:Portanto, a louca da goiabeira que se fod#@##!
Tem que ser muito ingênio para não perceber que a pauta de vocês é seletiva e ideológica...
Coder- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Cê tá igual ao bolsa de bosta...não ia manter distância pessoal e virtual do mau carater???Coder escreveu:Diz que é a favor das minorias (desde que seja de esquerda). Diz que luta contra o preconceito lgbt (desde que seja de esquerda), senão vira motivo de chacota, é humilhado e diz que tem mais é que se f**Rico escreveu:Portanto, a louca da goiabeira que se fod#@##!
Tem que ser muito ingênio para não perceber que a pauta de vocês é seletiva e ideológica...
Cê muda de opinião muito rápido! Podia ser ministro do desgoverno do Bozo, o palhaço sem graça... Nao precisa entender de coisa alguma. Só falar do jeitinho que o asno entenda.
Só com as vogais já basta.
Rico- Eterno Colaborador
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Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Tinha prometido que não viria aqui mais, mas o festival de besteiras me atraiu.... graças ao bom deus já fiquei nauseado novamente e já me vou, tentando entender o que faz pessoas pensarem e agirem como agem...
Paulo Penna- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Eu concordo com o escrito acima...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Reflexão:
Quando a gente é a favor de politicas sociais, quando a gente é a favor de combater má distribuição de renda, desigualdades sociais, exclusão das classes oprimidas e concentração de riqueza, a gente nao tá querendo ser bonzinho...
A gente quer combater a violência, a pobreza e a corrupção de forma contundente. Principalmente, a gente quer um futuro digno pros nossos filhos.
Vocês querem paliativos... Milico matando geral, trocando bala em comunidade... Pra vocês, se morrerem 10 bandidos e um inocente, valeu a pena, contanto que o inocente não tenha parentesco com vocês.
Pra gente, se morrerem 1000 bandidos e um inocente, a atuação foi desastrosa. Uma vergonha, um desgoverno!
Porque toda vida importa. Porque esse país possui leis, e porque elas têm obrigação de defender nossa população.
Então parem com essa baboseira de que a esquerda defende bandido. Parem com essa historinha de que vocês não tem bandido de estimação, porque as atuais notícias mostram que tem! Tem e são orgulhosos, porque a maioria não lê um texto mísero, mas se informa e forma suas opiniões na faculdade do Facebook e Watsapp.
Vocês querem combater corrupção? Cadê a repercussão do caixa 2 do Onyx? Cadê a revolta com o Garoto Juca, que recebe grana de laranja?? Não tô vendo vocês se pronunciarem...
Quem mora no asfalto acha que tudo se resolve com intervenção e bala. Quem não é do RJ é meu convidado pra passar uma semana na cidade. Não que ela seja mais violenta que outras cidades desse país, mas venham ver o resultado da intervenção militar aqui. Boa oportunidade pra checar in loco.
Tenho amigo em comunidade que teve casa invadida, com direito a porta arrombada e assedio a própria esposa, que estava de roupas íntimas.
Violência é pra bandido. O Estado tem de agir com inteligência, e não com um monte de brucutus, idiotas armados, amedrontando trabalhador.
Que vocês não precisem passar por isso pra entender.
Violência de combate com igualdade, infraestrutura e diminuição de injustiças sociais. Se isso é ideal socialista, bem... Cabe a vocês aceitarem e lerem um pouco mais.
A midia se incumbe de desviar a atenção. Deixa vocês preocupados com a sexualidade alheia enquanto um bando de FDP saqueia o país.
Daí vem vocês com Lula e o PT... Caras... Se o Lula roubou, que pague! Dou todo apoio, mas não nessa farsa que se tornou esse julgamento baseado em delações e sem provas.
E mais uma vez: Por Alá!!! Ser esquerda não significa ser petista. Ser comunista não significa ser petista, e ser ateu não significa ser mau. Tão aí os Macedos e Malafaias e centenas de João de Deus .. por favor!!!!
É isso que o mau caráter queria dizer a vocês nesse momento.
Quando a gente é a favor de politicas sociais, quando a gente é a favor de combater má distribuição de renda, desigualdades sociais, exclusão das classes oprimidas e concentração de riqueza, a gente nao tá querendo ser bonzinho...
A gente quer combater a violência, a pobreza e a corrupção de forma contundente. Principalmente, a gente quer um futuro digno pros nossos filhos.
Vocês querem paliativos... Milico matando geral, trocando bala em comunidade... Pra vocês, se morrerem 10 bandidos e um inocente, valeu a pena, contanto que o inocente não tenha parentesco com vocês.
Pra gente, se morrerem 1000 bandidos e um inocente, a atuação foi desastrosa. Uma vergonha, um desgoverno!
Porque toda vida importa. Porque esse país possui leis, e porque elas têm obrigação de defender nossa população.
Então parem com essa baboseira de que a esquerda defende bandido. Parem com essa historinha de que vocês não tem bandido de estimação, porque as atuais notícias mostram que tem! Tem e são orgulhosos, porque a maioria não lê um texto mísero, mas se informa e forma suas opiniões na faculdade do Facebook e Watsapp.
Vocês querem combater corrupção? Cadê a repercussão do caixa 2 do Onyx? Cadê a revolta com o Garoto Juca, que recebe grana de laranja?? Não tô vendo vocês se pronunciarem...
Quem mora no asfalto acha que tudo se resolve com intervenção e bala. Quem não é do RJ é meu convidado pra passar uma semana na cidade. Não que ela seja mais violenta que outras cidades desse país, mas venham ver o resultado da intervenção militar aqui. Boa oportunidade pra checar in loco.
Tenho amigo em comunidade que teve casa invadida, com direito a porta arrombada e assedio a própria esposa, que estava de roupas íntimas.
Violência é pra bandido. O Estado tem de agir com inteligência, e não com um monte de brucutus, idiotas armados, amedrontando trabalhador.
Que vocês não precisem passar por isso pra entender.
Violência de combate com igualdade, infraestrutura e diminuição de injustiças sociais. Se isso é ideal socialista, bem... Cabe a vocês aceitarem e lerem um pouco mais.
A midia se incumbe de desviar a atenção. Deixa vocês preocupados com a sexualidade alheia enquanto um bando de FDP saqueia o país.
Daí vem vocês com Lula e o PT... Caras... Se o Lula roubou, que pague! Dou todo apoio, mas não nessa farsa que se tornou esse julgamento baseado em delações e sem provas.
E mais uma vez: Por Alá!!! Ser esquerda não significa ser petista. Ser comunista não significa ser petista, e ser ateu não significa ser mau. Tão aí os Macedos e Malafaias e centenas de João de Deus .. por favor!!!!
É isso que o mau caráter queria dizer a vocês nesse momento.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Acho muito curioso alguém chamar alguém de "mau caráter" dadas as circunstâncias aqui desse meio...
Eu tenho certeza de que há "maus caráteres" aqui em nosso meio. Mas JAMAIS direi isso sobre alguém que não conheço, e ainda mais aqui...
Eu tenho certeza de que há "maus caráteres" aqui em nosso meio. Mas JAMAIS direi isso sobre alguém que não conheço, e ainda mais aqui...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
https://www.youtube.com/watch?v=21Sp53dnnvw
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Assisti. Concordo com as colocações.Mauricio Luiz Bertola escreveu:https://www.youtube.com/watch?v=21Sp53dnnvw
O "último adulto da sala" foi perfeito!
Realmente preocupante o futuro da humanidade para os próximos anos. As maiores potências mundiais nas mãos de insanos.
Quem viver, verá.
Rico- Eterno Colaborador
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