Desafio da homenagem.
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Desafio da homenagem.
Saudações.
Diz a lenda que o Bebop foi criado intencionalmente técnico e de difícil execução para que músicos brancos não fossem capazes de tocar (e roubar o mérito pela criação e os seus dividendos). Nos clubes "white-only" da década de 40, músicos e dançarinas negras - e alguns gangsters também - forjavam uma nova linguagem musical que passaria a refletir sob todos os espectros musicais do Ocidente a partir de então, em maior ou menor grau, ao mesmo tempo em que eram obrigados a conviver com a ignorância do preconceito e o abuso de leis arbitrárias. No Brasil, o samba enfrentou as mesmas questões político-sociais enquanto tentava se estabelecer como gênero musical fora da marginalidade. Eram comuns os casos de sambistas negros que iam parar nas cadeias por "vadiagem" só por estarem portando um pandeiro ou - pasmem - por apresentarem calos nos dedos devido à pratica do violão. Nem mesmo o sertanejo, com suas personalidades típicas e suas duplas miscigenadas, ficou alheio às pressões sócio-culturais via mercado. Pouco tempo atrás foi a vez do Rap virar alvo de repressão. O processo de embranquecimento, responsável por praticamente expulsar os negros do Rock, tem sido comumente utilizado pela indústria para conciliar seus lucros com os interesses de dominação - cultural e/ou político-social - mas é impossível apagar da história nomes como os de Count Basie, B.B. King, João da Baiana, Luiz Gonzaga, Tim Maia, Chuck Berry, Jimi Hendrix, James Brown, Marvin Gaye, Prince, Pena Branca & Xavantinho, Bob Marley, Gil Scott-Heron, Nelson Triunfo, só pra citar os que me vieram à mente nesse instante.
Para homenagear esses e outros nomes responsáveis por colaborar com a construção musical que nos foi legada através dos anos, e de quebra trocarmos experiências sobre as nossas referências e inspirações, gostaria de propor o seguinte:
cada membro que passar por aqui e se sentir inspirado por essas histórias, esses nomes, e quiser compartilhar um novo nome, uma nova história, uma música, um disco, um vídeo ou mesmo um link interessante sobre essa relação, sinta-se à vontade para fazê-lo. Tenho certeza que teremos muito o que dividir, somar e multiplicar.
Abraço.
Diz a lenda que o Bebop foi criado intencionalmente técnico e de difícil execução para que músicos brancos não fossem capazes de tocar (e roubar o mérito pela criação e os seus dividendos). Nos clubes "white-only" da década de 40, músicos e dançarinas negras - e alguns gangsters também - forjavam uma nova linguagem musical que passaria a refletir sob todos os espectros musicais do Ocidente a partir de então, em maior ou menor grau, ao mesmo tempo em que eram obrigados a conviver com a ignorância do preconceito e o abuso de leis arbitrárias. No Brasil, o samba enfrentou as mesmas questões político-sociais enquanto tentava se estabelecer como gênero musical fora da marginalidade. Eram comuns os casos de sambistas negros que iam parar nas cadeias por "vadiagem" só por estarem portando um pandeiro ou - pasmem - por apresentarem calos nos dedos devido à pratica do violão. Nem mesmo o sertanejo, com suas personalidades típicas e suas duplas miscigenadas, ficou alheio às pressões sócio-culturais via mercado. Pouco tempo atrás foi a vez do Rap virar alvo de repressão. O processo de embranquecimento, responsável por praticamente expulsar os negros do Rock, tem sido comumente utilizado pela indústria para conciliar seus lucros com os interesses de dominação - cultural e/ou político-social - mas é impossível apagar da história nomes como os de Count Basie, B.B. King, João da Baiana, Luiz Gonzaga, Tim Maia, Chuck Berry, Jimi Hendrix, James Brown, Marvin Gaye, Prince, Pena Branca & Xavantinho, Bob Marley, Gil Scott-Heron, Nelson Triunfo, só pra citar os que me vieram à mente nesse instante.
Para homenagear esses e outros nomes responsáveis por colaborar com a construção musical que nos foi legada através dos anos, e de quebra trocarmos experiências sobre as nossas referências e inspirações, gostaria de propor o seguinte:
cada membro que passar por aqui e se sentir inspirado por essas histórias, esses nomes, e quiser compartilhar um novo nome, uma nova história, uma música, um disco, um vídeo ou mesmo um link interessante sobre essa relação, sinta-se à vontade para fazê-lo. Tenho certeza que teremos muito o que dividir, somar e multiplicar.
Abraço.
Última edição por WHead em Sex Abr 19, 2019 5:07 pm, editado 1 vez(es)
Adame gosta desta mensagem
Re: Desafio da homenagem.
1. Willie Dixon
Começou imitando o hábito que sua mãe tinha de rimar as palavras e acabou influenciando nomes tão distintos como Bob Dylan, Grateful Dead e Megadeth. Foi do trabalho infantil à cadeia (por se recusar a prestar o serviço militar), dos rings de boxe ao "Grammy Award", passando pelo "Blues Hall of Fame" e uma diabetes que lhe custou uma das pernas. Trabalhou para várias organizações que prestam ajuda jurídica a outros bluesmen que também não tiveram acesso aos devidos direitos. Faleceu em 92.
Começou imitando o hábito que sua mãe tinha de rimar as palavras e acabou influenciando nomes tão distintos como Bob Dylan, Grateful Dead e Megadeth. Foi do trabalho infantil à cadeia (por se recusar a prestar o serviço militar), dos rings de boxe ao "Grammy Award", passando pelo "Blues Hall of Fame" e uma diabetes que lhe custou uma das pernas. Trabalhou para várias organizações que prestam ajuda jurídica a outros bluesmen que também não tiveram acesso aos devidos direitos. Faleceu em 92.
Re: Desafio da homenagem.
ˆ
Dixon by Zeppelin:
Dixon by Zeppelin:
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Desafio da homenagem.
Não gosto de clichês, mas este tópico tem q ter: Charlie Parker - Donna Lee.
fheliojr- Membro
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Re: Desafio da homenagem.
Excelente!fheliojr escreveu:Não gosto de clichês, mas este tópico tem q ter: Charlie Parker - Donna Lee.
Re: Desafio da homenagem.
Herbie Hancock - Head Hunters - 1973
esse é um dos discos que abriu minha mente pra fora do rock a uns anos atrás, é um funk fusion super suingado de altíssima qualidade.
esse responde aquela pergunta "qual o único disco vc levaria pra uma ilha deserta?", meu disco de cabeceira
esse é um dos discos que abriu minha mente pra fora do rock a uns anos atrás, é um funk fusion super suingado de altíssima qualidade.
esse responde aquela pergunta "qual o único disco vc levaria pra uma ilha deserta?", meu disco de cabeceira
vinibassplayer- Membro
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Re: Desafio da homenagem.
Fantástico.vinibassplayer escreveu:Herbie Hancock - Head Hunters - 1973
esse é um dos discos que abriu minha mente pra fora do rock a uns anos atrás, é um funk fusion super suingado de altíssima qualidade.
esse responde aquela pergunta "qual o único disco vc levaria pra uma ilha deserta?", meu disco de cabeceira
Re: Desafio da homenagem.
Queria homenagear esses dois monstros do groove, Nile Rodgers e Bernard Edwards!
https://www.youtube.com/watch?v=gevqAwGOwyA
https://www.youtube.com/watch?v=gevqAwGOwyA
Andremoura- Membro
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Re: Desafio da homenagem.
Nile Rodgers e Bernard Edwards são demais!Andremoura escreveu:Queria homenagear esses dois monstros do groove, Nile Rodgers e Bernard Edwards!
Re: Desafio da homenagem.
Gil Scott-Heron - música, poesia e ativismo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gil_Scott-Heron
Re: Desafio da homenagem.
Moacir Santos merece nossa homenagem! Procurem saber...
leandrosf89- Membro
- Mensagens : 3716
Localização : São Paulo
Re: Desafio da homenagem.
Ain't Got No / I Got Life
Nina Simone
Ain't got no home, ain't got no shoes
Ain't got no money, ain't got no class
Ain't got no skirts, ain't got no sweaters
Ain't got no perfume, ain't got no love
Ain't got no faith
Ain't got no culture
Ain't got no mother, ain't got no father
Ain't got no brother, ain't got no children
Ain't got no aunts, ain't got no uncles
Ain't got no love, ain't got no mind
Ain't got no country, ain't got no schooling
Ain't got no friends, ain't got no nothing
Ain't got no water, ain't got no air
Ain't got no smokes, ain't got no chicken
Ain't got no
Ain't got no water
Ain't got no love
Ain't got no air
Ain't got no God
Ain't got no wine
Ain't got no money
Ain't got no faith
Ain't got no God
Ain't got no love
Then what have I got
Why am I alive anyway?
Yeah, hell
What have I got
Nobody can take away
I got my hair, got my head
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth
I got my
I got myself
I got my arms, got my hands
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver
Got my blood
I've got life
I've got lives
I've got headaches, and toothaches
And bad times too like you
I got my hair, got my head
Got my brains, got my ears
Got my eyes, got my nose
Got my mouth
I got my smile
I got my tongue, got my chin
Got my neck, got my boobs
Got my heart, got my soul
Got my back
I got my sex
I got my arms, got my hands
Got my fingers, got my legs
Got my feet, got my toes
Got my liver
Got my blood
I've got life
I've got my freedom
Ohhh
I've got life!
Re: Desafio da homenagem.
Show esse tópico!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Desafio da homenagem.
WHead escreveu:...
Sister Rosetta Tharpe.
fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Re: Desafio da homenagem.
A cantora brasileira do milênio nasceu na favela da Moça Bonita, RJ. Forçada a abandonar os estudos tornou-se vítima da violência doméstica e sexual de um casamento arranjado. Teve seu primeiro filho aos 12 anos e aos 15, viu seu segundo filho morrer de fome. Começou a cantar aos 23 anos mas só aos 30 tornou-se profissional. Teve uma filha recém-nascida sequestrada, foi acusada de ser "destruidora de lares" (pela mídia), de ser irresponsável (por ela mesma, ao se envolver em acidentes, escândalos e tragédias) e de ser artista (nesse caso, pela ditadura militar). Uma das vozes mais distintas da MPB, foi do samba ao jazz, da bossa à música eletrônica. "Deus é Mulher" (2018) é o 33º álbum de Elza Soares.
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Re: Desafio da homenagem.
Davis Sisters ( 1947-1970).
Filadélfia - Pensilvânia (EUA)
Thelma, Audrey, Alfreda, Edna e Imogene Greene (Jackie Verdell).
"Hard Gospel" da igreja Fire-Baptized Holiness.
Filadélfia - Pensilvânia (EUA)
Thelma, Audrey, Alfreda, Edna e Imogene Greene (Jackie Verdell).
"Hard Gospel" da igreja Fire-Baptized Holiness.
Re: Desafio da homenagem.
https://www.youtube.com/watch?v=IP4m6ibriKo
Análise de"Dark Was the Night, Cold Was the Ground", de Blind Willie Johnson, o blues que foi enviado para o espaço através da Voyager.
Análise de"Dark Was the Night, Cold Was the Ground", de Blind Willie Johnson, o blues que foi enviado para o espaço através da Voyager.
Guto_Castilho- Membro
- Mensagens : 107
Localização : Bauru
Re: Desafio da homenagem.
to mto na vibe do Miles, e esse álbum pra mim tem sido bastante instrutivo, junto com o Tutu e o Kind of Blues
vinibassplayer- Membro
- Mensagens : 1607
Localização : Corinto - MG
Re: Desafio da homenagem.
Peggy Jones, mais conhecida como Lady Bo, foi guitarrista da banda de Bo Diddley entre 57 e 63. A "Queen Mother of Guitar" nasceu no Harlem, estudou dança e comprou a primeira guitarra aos 15 anos. Envolveu-se com o R&B e Rufus & Chaka Khan. Faleceu em 2015.
https://www.independent.co.uk/news/obituaries/lady-bo-the-mother-of-the-electric-guitar-whose-rhythm-playing-became-a-vital-part-of-the-bo-diddley-a6670936.html
https://www.independent.co.uk/news/obituaries/lady-bo-the-mother-of-the-electric-guitar-whose-rhythm-playing-became-a-vital-part-of-the-bo-diddley-a6670936.html
Re: Desafio da homenagem.
Noir.
Banda britânica de rock progressivo dos anos 70 que se dissolveu antes do lançamento do primeiro e único álbum.
Re: Desafio da homenagem.
Otis Rush - I Can't Quit You Baby (1956)
Otis Rush Jr. (29 de abril de 1934 - Mississipi)
Inventor do "West Side Chicago Blues".
https://jbonamassa.com/seven-facts-you-need-to-know-about-otis-rush/
Re: Desafio da homenagem.
Bad Brains. Começaram no fusion, tiveram influência do rock e acabaram sendo um dos percursores do hardcore, vindo a se tornar uma das bandas mais importantes para o gênero.
Não bastasse esse feito, eram rastafari e também tocavam reggae. Tanto os álbuns quanto os shows ao vivo misturavam faixas de um hardcore "sujo" e com uma pegada rápida quanto o reggae completamente no outro oposto. Imagino que o show deveria ser uma experiência única.
Um hardcore
Um reggae
Não bastasse esse feito, eram rastafari e também tocavam reggae. Tanto os álbuns quanto os shows ao vivo misturavam faixas de um hardcore "sujo" e com uma pegada rápida quanto o reggae completamente no outro oposto. Imagino que o show deveria ser uma experiência única.
Um hardcore
Um reggae
Bruno da Rosa- Membro
- Mensagens : 439
Localização : Rio de Janeiro
Re: Desafio da homenagem.
E.S.G.
Grupo de art-funk (afro-rock? disco-punk?) do South Bronx.
ESG (Emerald Sapphire & Gold):
Renee, Valerie e Marie Scroggins (vocais e percussão);
David Miles (guitarra);
Leroy Glover (baixo).
A música do ESG é centrada nos ritmos das irmãs, com uma atmosfera fornecida por baixo e guitarra com sabor pop.
Seu primeiro álbum completo, "Come Away With ESG", é de 1983. O ESG se separou logo depois, mas retornou no início dos anos 90, muito graças à popularidade alcançada através das inúmeras citações e samplers utilizados por Wu-Tang Clan, Beastie Boys e Big Daddy Kane.
Re: Desafio da homenagem.
Fela Kuti nasceu em Abeokuta, na Nigéria, em uma família de classe média alta. Sua mãe Funmilayo Ransome-Kuti foi uma feminista atuante no movimento anticolonial, e seu pai, Reverendo Israel Oludotun Ransome-Kuti, o primeiro presidente da União Nigeriana de Professores. Em 1958, com a intenção de estudar medicina, Fela se mudou para Londres, mas acabou decidindo estudar música no Trinity College of Music.
Em 1963, Fela voltou para a Nigéria e trabalhou como produtor de rádio para a Empresa Nigeriana de Transmissão. Em 1969, no meio da Guerra Civil da Nigéria, Fela levou a banda para os Estados Unidos, passando a chamá-la Fela-Ransome Kuti and Nigeria 70. Lá, ele descobriu o movimento Black Power e passou a compreender melhor a luta de sua mãe pelos direitos dos africanos que estavam sob o regime colonial, assim como a importância do pan-africanismo exposta por Kwame Nkrumah, herói da independência de Gana.
Precursor do Afrobeat (mistura de jazz, funk e ritmos tradicionais africanos) Kuti foi artista, pensador, ativista e libertário.
http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/fela-kuti-foi-um-pensador-que-teve-um-engajamento-profundo-com-africa-e-os-afrodescendentes-do-mundo-disse-carlos-moore
Re: Desafio da homenagem.
Hilária Batista de Almeida, nasceu em 1854 em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano. Iniciada no candomblé, foi perseguida em Salvador por ser Iyalorixá. Junto com outras mães de santo foi tentar a vida no Rio de Janeiro, então capital do Brasil
Desembarcou aos 22 anos no Rio e começou seu trabalho como quituteira na Rua Sete de Setembro, sempre vestida de baiana Morou inicialmente na Pedra do Sal. Em 1876, teve sua primeira filha, Isabel, a quem criou sem a ajuda do pai. No terreiro da Rua Barão de São Felix, Hilária foi confirmada no santo como Ciata de Oxum
A Praça Onze era o ponto de encontro dos negros baianos e dos ex-escravizados que moravam nos morros do centro da cidade. Na década de 1940, a praça seria demolida para a abertura da Avenida Presidente Vargas A casa em que Tia Ciata morou de 1899 até o fim da vida ficava em frente à praça, na Rua Visconde de Itaúna. Lá, ela ficou popular por promover grandes rodas de samba: era a capital da Pequena África.
Nessas festas Tia Ciata recebia em casa muitos músicos − anônimos e famosos. Alguns dos frequentadores mais conhecidos eram Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres e João da Baiana.
Durante o mandato de Venceslau Brás, entre 1914 e 1918, Tia Ciata foi chamada ao Palácio do Catete, sede do governo, para tratar do então presidente da República
Ela receitou um unguento que ajudou a curar uma ferida na perna do presidente. Em agradecimento, ele transferiu o marido de Tia Ciata, que era funcionário público, para a chefia de gabinete do chefe de polícia
As rodas de samba na casa de Tia Ciata, que até então eram marginalizadas, num contexto de racismo e preconceito contra um ritmo popular, passaram a ser autorizadas − e contavam com dois soldados que faziam a segurança das festas.
Legado
A disseminação do samba e dos cultos de matriz africana fazem parte do seu legado. Hoje, o samba é considerado um bem cultural imaterial da humanidade pela Unesco – uma expressão a ser preservada. Virou um símbolo do Brasil, tanto internamente quanto no plano internacional
E o trabalho constante de Tia Ciata, junto com outras tias baianas, iniciou a tradição das baianas quituteiras que vendiam alimentos no centro do Rio. A existência até hoje da ala das baianas nos desfiles de Carnaval vem daí Tia Ciata teve 15 filhos, 14 com João Batista da Silva. Morreu com 70 anos, em 1924
https://www.tiaciata.org.br/tia-ciata/biografia
Desembarcou aos 22 anos no Rio e começou seu trabalho como quituteira na Rua Sete de Setembro, sempre vestida de baiana Morou inicialmente na Pedra do Sal. Em 1876, teve sua primeira filha, Isabel, a quem criou sem a ajuda do pai. No terreiro da Rua Barão de São Felix, Hilária foi confirmada no santo como Ciata de Oxum
A Praça Onze era o ponto de encontro dos negros baianos e dos ex-escravizados que moravam nos morros do centro da cidade. Na década de 1940, a praça seria demolida para a abertura da Avenida Presidente Vargas A casa em que Tia Ciata morou de 1899 até o fim da vida ficava em frente à praça, na Rua Visconde de Itaúna. Lá, ela ficou popular por promover grandes rodas de samba: era a capital da Pequena África.
Nessas festas Tia Ciata recebia em casa muitos músicos − anônimos e famosos. Alguns dos frequentadores mais conhecidos eram Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres e João da Baiana.
Durante o mandato de Venceslau Brás, entre 1914 e 1918, Tia Ciata foi chamada ao Palácio do Catete, sede do governo, para tratar do então presidente da República
Ela receitou um unguento que ajudou a curar uma ferida na perna do presidente. Em agradecimento, ele transferiu o marido de Tia Ciata, que era funcionário público, para a chefia de gabinete do chefe de polícia
As rodas de samba na casa de Tia Ciata, que até então eram marginalizadas, num contexto de racismo e preconceito contra um ritmo popular, passaram a ser autorizadas − e contavam com dois soldados que faziam a segurança das festas.
Legado
A disseminação do samba e dos cultos de matriz africana fazem parte do seu legado. Hoje, o samba é considerado um bem cultural imaterial da humanidade pela Unesco – uma expressão a ser preservada. Virou um símbolo do Brasil, tanto internamente quanto no plano internacional
E o trabalho constante de Tia Ciata, junto com outras tias baianas, iniciou a tradição das baianas quituteiras que vendiam alimentos no centro do Rio. A existência até hoje da ala das baianas nos desfiles de Carnaval vem daí Tia Ciata teve 15 filhos, 14 com João Batista da Silva. Morreu com 70 anos, em 1924
https://www.tiaciata.org.br/tia-ciata/biografia
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Re: Desafio da homenagem.
http://antigo.acordacultura.org.br/herois/heroi/joaovale
João do Vale - A voz do povo.
O poeta do povo - 1965.
Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo
Eu fui pedir aumento ao patrão
Fui piorar minha situação
O meu nome foi pra lista
Na mesma hora
Dos que iam ser mandados embora
Eu sou a flor que o vento jogou no chão
Mas ficou um galho
Pra outra flor brotar
A minha flor o vento pode levar
Mas o meu perfume fica boiando no ar.
Re: Desafio da homenagem.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42033622
Negros e negras brasileiros que deveriam ser mais estudados nas escolas
Laís Modelli - BBC Brasil
Apesar de obrigatória no currículo escolar, história de negros brasileiros ainda é deixada de lado nos livros e nas aulas.
"Parece que os negros não têm passado, presente e futuro no Brasil. Parece que sua história começou com a escravidão, sendo o antes e o depois dela propositalmente desconhecidos."
Kabengele Munanga, antropólogo e professor do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e Humanidades da USP.
Negros e negras brasileiros que deveriam ser mais estudados nas escolas
Laís Modelli - BBC Brasil
Apesar de obrigatória no currículo escolar, história de negros brasileiros ainda é deixada de lado nos livros e nas aulas.
"Parece que os negros não têm passado, presente e futuro no Brasil. Parece que sua história começou com a escravidão, sendo o antes e o depois dela propositalmente desconhecidos."
Kabengele Munanga, antropólogo e professor do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e Humanidades da USP.
Re: Desafio da homenagem.
Laurel Aitken - Boogie in My Bones" (1958).
Laurel Aitken já fazia parte da cena jamaicana quando esta começou a incorporar elementos de R'n'B, no final dos anos 50. Quando o Ska vingou e gerou o Rocksteady e o Reggae, Aitken ganhou a alcunha de Godfather.
Re: Desafio da homenagem.
Tim Maia - Sofre (1972)
Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, foi um dos responsáveis pela popularização do soul e funk na música popular brasileira. Do grupo pré-Jovem Guarda, The Sputniks, ao pioneirismo da editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos - passando pela doutrina filosófico-religiosa conhecida como Cultura Racional - Tim deixou sua marca sendo reconhecido como o maior cantor brasileiro de todos os tempos e também como o 9º maior artista da música brasileira ( pela Revista Rolling Stones).
Re: Desafio da homenagem.
Benedito José de Andrade (1906-1979).
Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as décadas de 30 e 40. Freqüentou o Liceu de Artes e Ofícios, sendo aluno de Viggiani, Panelli e Enrico Vio. Recebeu vários prêmios e está inserido historicamente numa circunstância de intensa produção artística. Seus trabalhos são quase que exclusivamente concentrados na representação dos negros. Emanoel Araujo escreve no livro “Museu Afro Brasil – um conceito em perspectiva”, que o artista “se aproximava daquilo que o retratado tinha de mais humano”.
http://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/indice-biografico/lista-de-biografias/biografia/2014/12/30/benedito-jose-de-andrade
Re: Desafio da homenagem.
Minha singela homenagem ao Bituca... juntar aquela galera e gerar todos os frutos que vieram do Clube da Esquina é digno de ser lembrado.
Convidado- Convidado
Re: Desafio da homenagem.
Henri-Q, eu demorei tanto tempo pra chegar nesse álbum.. Espero que meu filho leve menos tempo.. Abraço.
Re: Desafio da homenagem.
^
Normal man... tenho uma lista gigantesca de coisas das quais me constrange ter demorado muito para conhecer (ou pelo menos apreciar com a devida atenção)... daria um tópico, facilmente.
Normal man... tenho uma lista gigantesca de coisas das quais me constrange ter demorado muito para conhecer (ou pelo menos apreciar com a devida atenção)... daria um tópico, facilmente.
Convidado- Convidado
Re: Desafio da homenagem.
Carolina Maria de Jesus - Quarto de Despejo
Uma das primeiras escritoras negras do Brasil e considerada uma das mais relevantes para a literatura nacional, Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914 em Sacramento, Minas Gerais. Apesar da infância sofrida aprendeu a ler e escrever e, após o falecimento da mãe (1933), mudou-se para São Paulo. Desempregada e grávida, viveu na favela do Canindé, na zona norte da capital paulista, onde dividia o seu tempo entre a reciclagem e o registro do cotidiano do local em cadernos que ia recolhendo do lixo. Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada, publicado em 1960, nasceu assim e virou best-seller, vendido em 40 países e traduzido para 16 idiomas. Faleceu em fevereiro de 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/03/14/politica/1552565999_169291.html
Re: Desafio da homenagem.
Pedro Bell, ou Sir Lleb, foi o artista visual de Chicago responsável pelo imaginário imagético da banda Funkadelic. Suas obras levavam as ruas dos guetos negros, com suas gangs, cafetões e prostitutas, ao espaço, onde encontravam alienígenas e naves espaciais. Influenciado por Hieronymus Bosch e Frank Zappa, Bell morreu sozinho, no anonimato e passando dificuldades - apesar do prestígio junto à George Clinton, Bootsy Collins e todos apreciadores do P-Funk.
https://arthurmag.com/2009/11/15/ailing-poverty-stricken-funkadelic-artist-pedro-bell-is-looking-to-sell-his-originals/
https://reverb.com.br/artigo/pedro-bell-autor-de-capas-classicas-do-funkadelic-morre-pobre-e-no-anonimato.
Última edição por WHead em Sáb Dez 21, 2019 12:44 pm, editado 2 vez(es)
Re: Desafio da homenagem.
Autodidata, aos quatorze anos passa a ser apresentado como "menino prodígio" em espetáculos em que acompanha bandas de jazz. Logo começa a atuar como profissional na Orquestra de William Furneaux, e em 1962 forma o grupo "Três Américas".
Integra o "Quarteto Sabá", com quem grava o primeiro LP. Em seguida monta o grupo "Sambalanço Trio", ao lado de Airto Moreira e Humberto Claiber, gravam cinco LPs, um deles com o cantor e bailarino Lennie Dale. No fim da década de 60 é contratado pela TV Record de São Paulo, onde trabalha como instrumentista/arranjador e grava vários discos com seu novo grupo, "Som Três". Participou como jurado de festivais de música da Record. Na mesma época, entra no mercado de jingles e canções para cinema e propaganda. Dedicou-se por muitos anos como arranjador e produtor de Wilson Simonal.
Nos anos setenta tem início uma bem-sucedida parceria com Elis Regina e logo após casou-se com ela. César atua como diretor musical, produtor e arranjador da cantora, excursionando pelo Brasil e por vários países. O hoje histórico álbum Elis & Tom (1974) teve a participação de Cesar Camargo Mariano como arranjador, pianista e diretor musical. Também participa de trabalhos com Chico Buarque, Maria Bethânia, Jorge Ben, Ivan Lins, Gal Costa entre outros.
Na década de oitenta César gravou dois discos considerados históricos: "Samambaia", com o guitarrista Hélio Delmiro e "Voz e Suor", com a cantora Nana Caymmi. Em 1987, sua música instrumental "Mitos" é usada como tema de abertura da telenovela Mandala (telenovela), de Dias Gomes, na Rede Globo. Ainda nesta década, apresenta o programa "Um Toque de Classe", na Rede Manchete.
Foi o primeiro a utilizar teclado sintetizador nos seus arranjos musicais. Continua atuando como arranjador, produtor, compositor e pianista no Brasil até 1994, quando se muda para os Estados Unidos. Cesar tem colaborado com grandes nomes internacionais, desde a música clássica de Yo-Yo Ma até o Jazz sofisticado de Blossom Dearie. Mesmo nos EUA, continua em contato permanente com os maiores nomes da MPB, dirigindo e produzindo discos e espetáculos.
Entre suas mais de 200 composições, figuram as hoje clássicas “Samambaia”, “Cristal” e “Curumim”, gravadas também por outros artistas como Yo-Yo Ma, Paquito D’Rivera, Clare Fisher e Ettore Stratta & The London Royal Philharmonic.
Entre vários prêmios nacionais e internacionais, Cesar Camargo Mariano recebeu dos Diretores da Academia de Artes e Ciências o prêmio especial “Lifetime Achievement Latin Grammy Award” 2006, em reconhecimento à importância do conjunto de sua obra.
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sar_Camargo_Mariano
Integra o "Quarteto Sabá", com quem grava o primeiro LP. Em seguida monta o grupo "Sambalanço Trio", ao lado de Airto Moreira e Humberto Claiber, gravam cinco LPs, um deles com o cantor e bailarino Lennie Dale. No fim da década de 60 é contratado pela TV Record de São Paulo, onde trabalha como instrumentista/arranjador e grava vários discos com seu novo grupo, "Som Três". Participou como jurado de festivais de música da Record. Na mesma época, entra no mercado de jingles e canções para cinema e propaganda. Dedicou-se por muitos anos como arranjador e produtor de Wilson Simonal.
Nos anos setenta tem início uma bem-sucedida parceria com Elis Regina e logo após casou-se com ela. César atua como diretor musical, produtor e arranjador da cantora, excursionando pelo Brasil e por vários países. O hoje histórico álbum Elis & Tom (1974) teve a participação de Cesar Camargo Mariano como arranjador, pianista e diretor musical. Também participa de trabalhos com Chico Buarque, Maria Bethânia, Jorge Ben, Ivan Lins, Gal Costa entre outros.
Na década de oitenta César gravou dois discos considerados históricos: "Samambaia", com o guitarrista Hélio Delmiro e "Voz e Suor", com a cantora Nana Caymmi. Em 1987, sua música instrumental "Mitos" é usada como tema de abertura da telenovela Mandala (telenovela), de Dias Gomes, na Rede Globo. Ainda nesta década, apresenta o programa "Um Toque de Classe", na Rede Manchete.
Foi o primeiro a utilizar teclado sintetizador nos seus arranjos musicais. Continua atuando como arranjador, produtor, compositor e pianista no Brasil até 1994, quando se muda para os Estados Unidos. Cesar tem colaborado com grandes nomes internacionais, desde a música clássica de Yo-Yo Ma até o Jazz sofisticado de Blossom Dearie. Mesmo nos EUA, continua em contato permanente com os maiores nomes da MPB, dirigindo e produzindo discos e espetáculos.
Entre suas mais de 200 composições, figuram as hoje clássicas “Samambaia”, “Cristal” e “Curumim”, gravadas também por outros artistas como Yo-Yo Ma, Paquito D’Rivera, Clare Fisher e Ettore Stratta & The London Royal Philharmonic.
Entre vários prêmios nacionais e internacionais, Cesar Camargo Mariano recebeu dos Diretores da Academia de Artes e Ciências o prêmio especial “Lifetime Achievement Latin Grammy Award” 2006, em reconhecimento à importância do conjunto de sua obra.
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9sar_Camargo_Mariano
Convidado- Convidado
Re: Desafio da homenagem.
Kiluanji Kia Henda nasceu junto com a independência de Angola, sua terra natal. Cresceu junto com a guerra civil angolana (que só acabou em 2002) e, por tudo isso, participou ativamente da construção da identidade de uma nova Angola. Autor da emblemática obra Icarus 13, Kiluanji evoca de forma imediata o anti-herói grego que perde as asas no momento em que se aproxima do Sol, ao mesmo tempo em que estabelece uma ponte entre o mito e o real: construções iniciadas pelos estrangeiros no continente, mas abandonadas no caminho; grandes empreendimentos e empresários que sonham em transformar Luanda numa cidade futurista frente a um dos níveis de urbanização mais baixos da África e do mundo.
https://www.guiadasartes.com.br/kiluanji-kia-henda/biografia
Re: Desafio da homenagem.
Gloria Gaynor (Newark-Nova Jersey 1949) virou icone da comunidade LGBTQ+ por causa dessa canção, mas na verdade ela fala sobre a desilusão amorosa relatada por uma mulher qualquer. Gloria sofreu um grave acidente durante um show que quase a deixou paraplégica em 1978, além de ter perdido sua mãe tempos depois (Esses fatos ela encaixou com maestria na letra dos compositores Freddie Perren e Dino Fekaris). Durante o período de recuperação, ela entrou em estúdio e gravou o single, transformando sua tristeza em poesia disco. Curiosidade 1: Gloria gravou I will survive em espanhol também. Curiosidade 2: I Will Survive nunca saiu do setlist de nenhum show da cantora. Curiosidade 3: Apesar de ter sido o single "Never Can Say Goodbye" lançado em 75 o responsável pela transição do soul para disco music da cantora, é I Will Survive, lançada já no apagar das luzes do estilo, que leva os louros do sucesso de Gloria Gaynor.
Igor Canavarro- Membro
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Localização : Recife-PE
Re: Desafio da homenagem.
O negro que teve mais força gravitacional e poder de influência para se chegar ao que chamamos de Música Popular Brasileira foi o genial Pixinguinha. Muita influência de Bach na construção de contrapontos e fugas nos choros de Pixinguinha, não me recordo de alguém trabalhar tão bem isso na música brasileira popular.
Flautista profissional desde os 14 anos sempre foi reconhecido como excelente instrumentista.
Radamés Gnatalli, exímio arranjador e grande fã de Pixinguinha, resumia da seguinte maneira o impacto de suas composições: "Choro tem muito por aí, mas bons mesmo são os do Pixinguinha, e não é porque são mais elaborados, é porque ele era um gênio".
Exemplos de contraponto:
https://www.youtube.com/watch?v=RuG9rNnYdv4
https://www.youtube.com/watch?v=2c9RT2dJwwg
E sem contar as melodias primorosas:
https://www.youtube.com/watch?v=hXKqlokiFzs
https://www.youtube.com/watch?v=AT_GqoRG4lM
Flautista profissional desde os 14 anos sempre foi reconhecido como excelente instrumentista.
Radamés Gnatalli, exímio arranjador e grande fã de Pixinguinha, resumia da seguinte maneira o impacto de suas composições: "Choro tem muito por aí, mas bons mesmo são os do Pixinguinha, e não é porque são mais elaborados, é porque ele era um gênio".
Exemplos de contraponto:
https://www.youtube.com/watch?v=RuG9rNnYdv4
https://www.youtube.com/watch?v=2c9RT2dJwwg
E sem contar as melodias primorosas:
https://www.youtube.com/watch?v=hXKqlokiFzs
https://www.youtube.com/watch?v=AT_GqoRG4lM
Dpaulo- Membro
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Re: Desafio da homenagem.
Tina Turner nasceu Anna Mae Bullock, em Nutbush, Tennessee. Logo nos primeiros anos de vida teve que se separar, por dois anos, dos pais que foram em busca de trabalho e deixaram-na com a avó. Conviveu com o violência familiar (seu pai batia na sua mãe) até que o casamento se desfez. Voltou a ser deixada com a avó e acabou percebendo que seus pais nunca a amaram. Cantou em igrejas batistas e teve que abandonar a escola para cuidar da saúde da avó. Começou a trabalhar como doméstica até que perdeu a avó aos 16 e teve que ir morar com a mãe e a irmã, apesar da indiferença da mãe. Continuou trabalhando como doméstica, passou a cantar nos clubes noturnos locais e casou-se logo que pode para sair de casa. Voltou a estudar e se formou em auxiliar de enfermagem. Foi escolhida pelos próprios Ike e Raymond Hill para integrar a King of Rhythm. Quando a banda se desfez, ela e Ike se separaram para iniciar uma relação amorosa e uma dupla artística. Nascia Tina, a estrela.
O primeiro single da dupla, "Fool in Love" foi lançado em julho de 1960, e se tornou um hit, alcançando a vigésima-sétima posição na Billboard Hot 100. Foi descrita como "a gravação mais negra que havia emplacado nas paradas pop brancas desde a canção 'What'd I Say', de Ray Charles, no verão anterior".
Re: Desafio da homenagem.
Carlos de Assumpção simboliza a poesia contra o racismo há mais de 60 anos. Apesar de pouco citado, recentemente sua vida e obra virou tema de documentário e lhe rendeu o primeiro contrato com uma editora grande (seus 4 livros, até então, saíram de forma independente - "Protesto" foi o primeiro).
Protesto - Carlos de Assumpção.
https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2019/09/assumpccca7acc83o-protesto.pdf
Nascido em Tietê (SP), em 1927, Carlos era de uma família paupérrima, neto de negros escravizados, filho de um pai analfabeto e uma mãe alfabetizada, mas todos hábeis contadores de histórias. Estudou direito e letras (português e francês), atuou nas duas áreas, Carlos Assumpção é querido e reverenciado, e ainda hoje é figura ativa na cena cultural e educacional do município que adotou como lar - Franca (SP).
https://www1.folha.uol.com.br/amp/ilustrissima/2019/09/conheca-o-poeta-negro-de-92-anos-comparado-a-drummond-e-joao-cabral.shtml
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2019/10/28/interna_diversao_arte,801230/amp.html
https://revistacult.uol.com.br/home/carlos-de-assumpcao-protesto/
Re: Desafio da homenagem.
Slave Songbook : Origin of the negro Spiritual.
Trecho do documentário da PBS traçando o desenvolvimento dos Spirituals nos EUA e suas conexões culturais com a África.
Re: Desafio da homenagem.
Documentário sobre Clementina de Jesus, a rainha do canto negro no Brasil, disponível online.
https://vimeo.com/301702668
Vencedor de 23 prêmios, o documentário Clementina de Jesus – Rainha Quelé, foi disponibilizado na íntegra.
O filme que recebeu diversos prêmios em importantes festivais do país, foi dirigido por Wertinon Kermes e roteirizado por Miriam Cris Carlos, narra a história de Clementina de Jesus, negra, pobre e empregada doméstica, que passou a cantar aos 60 anos, tendo participações com Pixinguinha, Paulinho da Viola e João Bosco.
No documentário de 56 minutos, a trajetória de Clementina, é lembrada por personalidades como Leci Brandão, Cristina Buarque de Holanda, Paulinho da Viola, Martinho da Vila e Grupo Fundo de Quintal. O documentário foi disponibilizado com o intuito de semear a cultura e a memória, a partir da ideia de que “é um direito do cidadão brasileiro de conhecer a figura e a voz única de Clementina de Jesus.”
Clementina ou Quelé, como era chamada pelos amigos, era neta de escravos, nasceu em Valença, no estado do Rio de Janeiro, e mudou-se aos 10 anos para o Rio de Janeiro, onde acompanhou o surgimento da Escola de Samba Portela, que a influenciou para o resto de sua vida.
Tendo trabalhado durante 20 anos como empregada doméstica e durante toda a vida como dona de casa, foi descoberta pelo pesquisador Hermínio Bello de Carvalho, quando começou a sua carreira aos 62, cantando em bares no Rio de Janeiro. Gravou 11 discos e chegou a ser representante do Brasil no Festival de Cannes, em 1966.
A cantora faleceu em 1987.
https://produzindocultura.com.br/cinema/documentario-sobre-clementina-de-jesus-a-rainha-do-canto-negro-no-brasil-disponivel-online-gratuitamente/
Re: Desafio da homenagem.
Partido Cruzado (1986)
(Aluisio Machado/ Nei Lopes)
Cruz credo, cruzeiro acabado
Começa o cruzado
Tensão no mercado
Tudo congelado
Mas será que dá ?
Será que dá ?
Será que esse povo, coitado
Tão sacrificado,
Tão crucificado,
Vai ressuscitar ?
Será que esse ovo
Do dinheiro novo
No bolso do povo
Não vai estourar ?
Será que operário
que vive um calvário
com esse salário vai se segurar ?
Será que os senhores atravessadores
E especuladores
Vão colaborar ?
O povo só pede licença
Pra fiscalizar
O povo só pede licença
Pra fiscalizar
E a dívida externa
Que manda e governa
Vai fica eterna ou vai se acabar ?
E os capitais das multinacionais
Vão correr atrás
ou vão deixar prá lá ?
Feliz usurários
e proprietários,
latifundiários
Como vão ficar ?
O povo só pede licença
Pra fiscalizar
O povo só pede licença
Pra fiscalizar
Re: Desafio da homenagem.
Dança de negros
Quando os espertalhões [escravos] terminam sua estafante semana de trabalho, lhes é permitido então comemorar a seu gosto os domingos, dias em que, reunidos em locais determinados, incansavelmente dançam com os mais variados saltos e contorções, ao som de tambores e apitos tocados com grande competência, de manhã até a noite e da maneira mais desencontrada, homens e mulheres, velhos e moços, enquanto outros fazem voltas, tomando uma forte bebida feita de açúcar chamada Grape [garapa]; e assim gastam também certos dias santificados, numa dança ininterrupta em que se sujam tanto de poeira, que às vezes nem se reconhecem uns aos outros.”
Fonte: TINHORÃO,J.R. Os sons dos negros no Brasil (cantos, danças, folguedos: origens). São Paulo:Art Editora, 1988.pp.28-9.
Passagem de um livro acerca da fauna brasileira de autoria de Zacharias Wagener, antigo soldado e depois escrivão de Maurício de Nassau (1637-1644). Nele, foi fixada uma cena de dança coletiva, provavelmente um ritual de candomblé, gravura cujo sentido o desenhista não capta totalmente, como se depreende da sua descrição.
Re: Desafio da homenagem.
O que Dandara dos Palmares, Sojouner Thuth e Nilma Bentes têm em comum?
O protagonismo das mulheres negras.
https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/opiniao/2020/03/15/o-que-dandara-dos-palmares-sojouner-thuth-e-nilma-bentes-tem-em-comum.htm
O protagonismo das mulheres negras.
https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/opiniao/2020/03/15/o-que-dandara-dos-palmares-sojouner-thuth-e-nilma-bentes-tem-em-comum.htm
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