Evento “CANCELLED” - Estamos Deixando de Ser um País Palco Para Esquerdismos

Coder escreveu:Hoje o jovem de 19 anos de esquerda já tem depressão, toma remédios e faz terapia. Pode reparar...

allexcosta escreveu:^ "Bairro" em paulistês é periferia?

rafacar escreveu:

allexcosta escreveu:^ "Bairro" em paulistês é periferia?

Bairro no interior é um misto com periferia.

Coder escreveu:Tive vários amigos negros que o apelido era "neguinho" ou "buiú". Todo mundo vivia numa boa e se respeitava!

Na escola todos se zoavam, tinham apelidos e bullying se resolvia na porrada. Ninguém cresceu complexado!

Hoje o jovem de 19 anos de esquerda já tem depressão, toma remédios e faz terapia. Pode reparar...

Rico escreveu:

Coder escreveu:Tive vários amigos negros que o apelido era "neguinho" ou "buiú". Todo mundo vivia numa boa e se respeitava!

Na escola todos se zoavam, tinham apelidos e bullying se resolvia na porrada. Ninguém cresceu complexado!

Hoje o jovem de 19 anos de esquerda já tem depressão, toma remédios e faz terapia. Pode reparar...

Discordo de forma veemente.

Sofri bullying na escola porque eu era muito pobre e estudava em escola particular. 

Era assim porque minha mãe não confiava no ensino das escolas públicas. Era um suplício pra pagar e o ensino era uma bosta. Tinha uns milicos retardados que davam aula de EMC e te tacavam apagador de madeira na cabeça. 

Outros puxavam seu cabelo se vc tentasse abaixar a cabeça para que o imbecil não visse você rindo de alguma besteira que alguém disse ou fez.

Comigo estudavam filhos de deputados, radialistas, policiais e sim, milicianos.

Uma parente chegou a estudar com o Beira Mar, mas aí foi na pública.

Naquela época, bullying se resolvia  na porrada. Se vc reclamasse tomava porrada, se vc contasse tomava porrada, se fizesse qualquer coisa, porrada.

E tinha de esconder dos pais, porque se alguem  fosse reclamar na secretaria, você tomava mais porrada.

Fui péssimo aluno porque vivia com medo e não queria nunca ir a escola.
 
Isso durou ate meus 15 anos, quando descobri uma forma de me defender e adquirir confiança.

Aos 16 ou 17 eu quebrava uns narizes por aí. Depois endireitei. Isso teve muito a ver com a revolta de todo o bullying que eu sofri. Eu enxerguei isso a tempo.

Se alguém sente saudades disso, provavelmente  era quem aplicava o bullying.

Eu tomei muito cuidado com meus filhos, pra que nunca acontecesse esse tipo de coisa a eles.

Também vi muitos amigos que não queriam ir a escola porque eram sacaneados todo o tempo. Tiziu, pobre, cego, macaco (esse era o pior.. imitavam os barulhos do animal), e mais um monte. Todos péssimos alunos. Ninguém sentia vontade de ir a escola.

allexcosta escreveu:^ Eu passei por quase tudo que o Rico descreveu acima, incluindo estudar em escola de barão sem ser barão. Meus colegas eram filho do prefeito, da maior rede de supermercados, de banqueiro, etc...

Só que eu sempre reagi muito violentamente e abruptamente a agressões e quando alguém me tocava eu dava pedrada, paulada, o que achasse na frente. Bem rápido ganhei a fama de meio maluco nesse sentido e ninguém mais encostava em mim.

Até que em determinado momento eu fiz bullying com alguns colegas, não de agressão física, mas eu costumava levantar um Dakar (carro de fibra de vidro) e colocar mochilas ou livros dos colegas bobões embaixo do pneu. Por algum motivo aquilo me divertia muito.

E eu era amigo dos bobões também, estudava junto se fosse o caso, conhecia os pais e tudo.

Nunca sequer pensei em não ir pra escola por causa de treta. Às vezes quando cortava cabelo eu ficava querendo que alguém me desse um daqueles tapas que se dava nos anos 80 só pra eu revidar. Eu era um excelente aluno até começar a tocar profissionalmente.

Eu também costumava portar uma arma de choque artesanal e todo mundo sabia disso. Diretoria tomou algumas vezes, mas eu fazia outra. E o diretor era meu amigo, então meio que terminava em pizza...

Meu segundo pior ato foi colocar uma bomba à prova d'água dentro do vaso sanitário. Lá eram uns 15 lado a lado e vôou cocô numa galera.

O pior de todos eu tenho vergonha de contar.

Diria que vivi tempos difíceis, mas não me considero nem perto de um homem forte. Sou meio preguiçoso e não tô nem aí pra maioria das coisas.

WHead escreveu:Senhores, acho fantástico que um fórum tão bem frequentado e com tanto conteúdo técnico (entre tantos outros assuntos) tenha uma sessão destinada a discussões gerais. Isso não apenas renova o meu apreço aos que por aqui convivem como também me deixa esperançoso quanto às possibilidades que somente surgirão através de muita empatia e diálogo. Entendo a acidez crítica dos que enxergam nos simples atos do cotidiano uma centelha revolucionária (e eles são!), assim como respeito os que preferem seguir em frente e fazem disso um feito glorioso (e realmente é!). Entendo até a ironia apocalíptica dos que esperam ansiosos a queda de um novo meteoro pra por fim às discussões que temos dia-após-dia e que nos consomem/alimentam, dependendo do ponto de vista. Isto posto, não posso deixar passar, no  atual ponto da discussão, uma tendência perigosa de reduzirmos tudo à "exagerada fragilidade humana do século XXI", bem como de tomarmos o "meu" pelo "nosso". Explico: desde que o homem passou a ser cobrado pela própria consciência, existe o suicídio.  Hoje o suicídio é segunda maior causa de morte entre os jovens de todo mundo, de acordo com a OMS. E motivos, todos sabemos, não faltam (vide os adventistas do próximo meteoro). E tudo pode se iniciar com a depressão. Que por sua vez pode se iniciar por qualquer banalidade, míseras migalhas de pertencimento ou de exclusão. Não compreendermos isso, ou mesmo minimizarmos isso, torna-nos potenciais gatilhos para o ato suicida. Do esfacelamento mental, as atitudes agressivas, até a externalização das angustias e sofrimentos individuais, tudo pode se encerrar no suicídio. Tudo está à nossa volta e se não somos capazes de impedir essa condições, podemos pelo menos tentar não ser o disparador desses atos. Aí entra a segunda parte: de tomar o "meu" pelo "nosso". Quando nosso discurso reafirma o que conseguimos como indivíduos, mesmo que com tantos "apesares", transferimos para o outro uma parte do nosso próprio infortúnio. Bem aventurados os que sobreviveram aos apelidos, às brigas de porta de escola, às realidades desiguais, mas glamourizar esses atos, frente à um doente (sim! depressão é doença!) é como sugerir a um míope que ele enxergaria melhor se forçasse mais a visão ao invés de recorrer aos óculos. Pode parecer estranho mas o tópico não desvirtuou tanto quanto parece: o cartaz gerou uma onda de empatia/aversão que só mesmo a arte pode exprimir. O que pra alguns soa como "lacração", é "mitagem" pra outros. E vice-versa. Faltou empatia? Sobrou sensibilidade? Isso eu prefiro que cada um defina. Eu ainda pretendo continuar revisitando esse tópico para ver o quanto mais conseguiremos nos mostrar tão iguais mesmo com tantas diferenças. Abraço.

Rico escreveu:Brou, vê isso:

Rico escreveu:Depressão é doença, não é frescura. Precisa apenas um gatilho...

Robin Williams era um ator famoso, com uma legião de fãs, acho que não passava por problemas financeiros, e ainda que passasse, Hollywood o amava.

Rico escreveu:Eu discordo de vários pontos, mas nem preciso fazer quote:

1 - Depressão é depressão. Ninguém se mata a toa. Acho que ninguém aqui, provavelmente nenhum de nós, tem a mínima noção do que é estar a segundos de decidir viver ou morrer. Depressão é depressão, e é uma doença que atinge  crianças, adolescentes, adultos e idosos.

2- quando a gente diz que "hoje, por qualquer coisa" alguém se mata, desconsideramos a importância de uma doença devastadora como essa, apenas para atribuir de forma irresponsável a pecha da covardia às pessoas que não foram, como nós, capazes de superar problemas "simples" como o bullying.

Isso faz de nós pessoas mais fortes? Há quem creia nisso e se vanglorie de nada...

3- Esse assunto também trata de política, sem dúvida alguma. Até porque já cansei de ouvir teorias (que só servem para disfarçar ódio e preconceito), afirmando que a esquerda criou o politicamente correto, bullying e blá blá bla, mí mi mi, ui ui ui e demais sandices.

WHead escreveu: Eu ainda pretendo continuar revisitando esse tópico para ver o quanto mais conseguiremos nos mostrar tão iguais mesmo com tantas diferenças.

Gabriel Mazzini escreveu:Pessoas brancas sofrem preconceito por serem brancas?

rafacar escreveu:Pessoal, depressão é uma doença. Terrível e assombrosa.  

Tenho uma familiar de 62 anos que até pouco tempo tomava medicamento pesado para depressão. Uma outra familiar com 39 anos está tomando remédio. Uma tia com 50 idem. Não são mais jovens e nem millennials.

Fui premiado e chegou minha vez, estou medicado fazem 16 (dezesseis) dias, previsão de medicação por um ano. As coisas já estão bem melhores, e vai ficar tudo bem. Não precisam se preocupar.

(...)

#pas

rafacar escreveu:Pessoal, depressão é uma doença. Terrível e assombrosa.  

Tenho uma familiar de 62 anos que até pouco tempo tomava medicamento pesado para depressão. Uma outra familiar com 39 anos está tomando remédio. Uma tia com 50 idem. Não são mais jovens e nem millennials.

Fui premiado e chegou minha vez, estou medicado fazem 16 (dezesseis) dias, previsão de medicação por um ano. As coisas já estão bem melhores, e vai ficar tudo bem. Não precisam se preocupar.

O negócio é tão terrível que não desejo nem para os esquerdistas, que devem sofrer ainda mais quando acometidos da moléstia devido pregarem ambiente de desestruturação familiar, subversão dos costumes, e expurgo da religião, pilares que são muito importantes nessa hora, e em geral na vida do ser humano e na manutenção de uma sociedade saudável.  

#pas

allexcosta escreveu:Eu não tô falando de depressão, que é um desequilíbrio químico no cérebro e pode ter consequências devastadoras.

Eu tô falando que do jeito que as coisas estão caminhando, daqui uns dias você vai chegar num comércio e falar "bom dia senhor" e a pessoa vai se ofender e querer se matar porque você a chamou de velho. Assim como você dirá "bom dia jovem" e a pessoa entrará em depressão porque você quis dizer que ela é incompetente pra aquele serviço.

Aí você fala "bom dia amigo" e o cara entra em depressão porque você usou uma palavra masculina e el* não possui gênero.

Pessoa vai se matar porque tá escrito "sexo feminino" na certidão de nascimento e el* se identifica como "binária" ou "fluida", seja lá que diabos isso seja.

Vão se matar porque o shopping que eles vão não tem banheiro pra trans.

Vocês tão insistindo em usar esse argumento de depressão enquanto sabem muito bem que a conversa não é sobre isso.

É essa geração que acha bonito ser depressivo, ser triste e se matar, mesmo sem nenhuma alteração química cerebral.

É tomar veneno porque não conseguiu a vaga de trabalho que queria, ou porque conseguiu e tá sem tempo pra jogar LOL.

É frescura sim, geração formada de gente fresca que quer se matar porque tá chovendo ou porque tá muito calor.

Não vamos confundir as coisas, por favor...

Rico escreveu:até porque não tá escrito na testa de cada um quem é ou não depressivo

Rico escreveu:Frescura é diferente de depressão. Observe que você mesmo disse que não é sobre depressão, mas utiliza esse termo em vários momentos desse texto.

Rico escreveu:O que você quer dizer é que talvez algumas pessoas estejam "sensíveis" demais, mas isso é outra coisa, e nem mesmo isso justifica bullying, até porque não tá escrito na testa de cada um quem é ou não depressivo, portanto não dá pra falarmos de como era legal a época em que sofriamos bullying e como resolviamos bem aquelas questões, porque independente de depressão, abuso é abuso e é um comportamento que deve ser evitado.

Rico escreveu:
Daí, quando tiver melhor, talvez entenda de assuntos que hoje você não tem o mais rasteiro conhecimento.

allexcosta escreveu:Eu não tô falando de depressão, que é um desequilíbrio químico no cérebro e pode ter consequências devastadoras.

Eu tô falando que do jeito que as coisas estão caminhando, daqui uns dias você vai chegar num comércio e falar "bom dia senhor" e a pessoa vai se ofender e querer se matar porque você a chamou de velho. Assim como você dirá "bom dia jovem" e a pessoa entrará em depressão porque você quis dizer que ela é incompetente pra aquele serviço.

Aí você fala "bom dia amigo" e o cara entra em depressão porque você usou uma palavra masculina e el* não possui gênero.

Pessoa vai se matar porque tá escrito "sexo feminino" na certidão de nascimento e el* se identifica como "binária" ou "fluida", seja lá que diabos isso seja.

Vão se matar porque o shopping que eles vão não tem banheiro pra trans.

Vocês tão insistindo em usar esse argumento de depressão enquanto sabem muito bem que a conversa não é sobre isso.

É essa geração que acha bonito ser depressivo, ser triste e se matar, mesmo sem nenhuma alteração química cerebral.

É tomar veneno porque não conseguiu a vaga de trabalho que queria, ou porque conseguiu e tá sem tempo pra jogar LOL.

É frescura sim, geração formada de gente fresca que quer se matar porque tá chovendo ou porque tá muito calor.

Não vamos confundir as coisas, por favor...

rafacar escreveu:

Rico escreveu:
Daí, quando tiver melhor, talvez entenda de assuntos que hoje você não tem o mais rasteiro conhecimento.

Ledo engano seu, ou preconceito com a doença, ou maldade com viés político, sugerir que eu também esteja com problemas mentais como déficit de cognição ou raciocínio. Por enquanto é só depressão, ainda não sofro de problemas incapacitantes das habilidades mentais como o esquerdismo.

rafacar escreveu:Fica uma impressão no ar de que os doidos varridos trancafiaram ou calaram as pessoas normais, e o conceito de normalidade não existe mais, foi substituído pelo de loucura, já que são os loucos no poder dando as cartas.