Gibson 20/20.

Saudações.
O nome de Ned Steinberger sempre esteve associado a instrumentos diferenciados em termos de material e design. O L2 Bass, seu primeiro modelo (headless) ainda nos anos 80, já indicava que a proposta dos modelos Steinberger se estabeleceriam bem longe das curvas tradicionais e dos timbres clássicos. Quando Ned vendeu sua marca para a Gibson ele permaneceu como consultor, trabalhando nesse Gibson 20/20, uma clara mistura entre o estilo Steinberger e Gibson. Feito em maple, escala de 24” em ébano, ativo com dois humbuckers, o modelo se diferenciava dos Steinbergers não apenas pela utilização da madeira em sua construção (em vez de materiais sintéticos), mas também por possuir um headstock. Não era um headstock do tipo que a Gibson e seus entusiastas estavam acostumados mas, para os padrões Steinberger, já era algo a se considerar. O fato é que o instrumento, lançado em 87, saiu de linha em 88. Detalhe para a ordem das tarraxas (com as cordas A e D mais próximas ao braço) e para o apoio extensível, para facilitar a execução enquanto sentado. Abraço.

Interessante esse baix. Eu gosto da estética minimalista do Steinberger. Esse modelo com me lembrou o baixo usado pelo baixista do Nadishana trio, um conjunto de ethno jazz, só que o dele é com seis cordas e fretless.

Confesso que esse 20/20 só me interessou por representar um capítulo muito distinto dentro da história da Gibson. As linhas retas e exatas que projetavam o futuro nos anos 80 - diferentemente das curvas e cores do futurismo das décadas anteriores - me transmitem uma frieza muito estranha. Coisa muito subjetiva e pessoal, eu sei - mas não consigo criar vínculo assim. Mas eu valorizo a ousadia da Gibson nesse projeto. Abraço.

WHead escreveu:Mas eu valorizo a ousadia da Gibson nesse projeto. Abraço.

Permita-me discordar, amigo WHead, mas, a despeito do bom som, para mim, em termos de design/ergonomia/playability, foi bola completamente fora da Gibson, sem noção mesmo, ao agregar as desvantagens do Steinberger a um baixo headed. Tanto é, que o modelo foi fogo de palha.

JAZZigo escreveu:

WHead escreveu:Mas eu valorizo a ousadia da Gibson nesse projeto. Abraço.

Permita-me discordar, amigo WHead, mas, a despeito do bom som, para mim, em termos de design/ergonomia/playability, foi bola completamente fora da Gibson, sem noção mesmo, ao agregar as desvantagens do Steinberger a um baixo headed. Tanto é, que o modelo foi fogo de palha.

Amigo Jazzigo, em termos de ergonomia, todos os modelos da Gibson são ruíns. Sei que você tem um montão de Gibson ou Like Gibson e eu também teria se tivesse a possibilidade de ser colecionador de baixos, mas é o que tenho a dizer. 
Abraço a todos

JAZZigo escreveu:

WHead escreveu:Mas eu valorizo a ousadia da Gibson nesse projeto. Abraço.

Permita-me discordar, amigo WHead, mas, a despeito do bom som, para mim, em termos de design/ergonomia/playability, foi bola completamente fora da Gibson, sem noção mesmo, ao agregar as desvantagens do Steinberger a um baixo headed. Tanto é, que o modelo foi fogo de palha.

Tens razão. O modelo realmente não emplacou. Mas, na minha opinião, isso não desmerece a iniciativa. Talvez o modelo não se encaixasse no perfil dos clientes Gibson e precisasse ser posicionado no mercado de uma forma diferente (através de uma marca subsidiária, talvez), não sei. No mais, você tem razão quando questiona o design, a ergonomia e a tocabilidade. Abraço.

Rui Lima escreveu:Amigo Jazzigo, em termos de ergonomia, todos os modelos da Gibson são ruíns.

É verdade, Rui. Neste aspecto, entre os instrumentos Gibson que conheço, eu diria que a guitarra Gibson SG Standard é a única excessão. De qualquer forma, no caso da tentativa de colaboração com a Steinberger, eu diria que um erro não justifica o outro!  

WHead escreveu:Tens razão. O modelo realmente não emplacou. Mas, na minha opinião, isso não desmerece a iniciativa. Talvez o modelo não se encaixasse no perfil dos clientes Gibson e precisasse ser posicionado no mercado de uma forma diferente (através de uma marca subsidiária, talvez), não sei. No mais, você tem razão quando questiona o design, a ergonomia e a tocabilidade. Abraço.

sobre ergonomia, o Gibson SG (EB-0, EB-3) é excelente.
o Gibson EB Bass (aka EB-13) é extremamente leve e veste super bem
O Les Paul é pesado, meio estranho de tocar sentado, porem de pé ele é confortavel apesar do peso
O Gibson Thunderbird (Gibson mesmo, não epiphone), na minha opiniao, tem um braço extremamente confortavel, leve e não apresenta neckdive algum (os 3 que ja toquei não tinham absolutamente nenhum neckdive). o corpo pode causar estranheza. sempre vejo criticas em relação a ele, porem nunca as identifiquei quando toquei em gibsons mesmo.

BLZENI escreveu:sobre ergonomia, o Gibson SG (EB-0, EB-3) é excelente.

IMHO, não dá chamar de excelente a ergonomia de um baixo com neck dive.

JAZZigo escreveu:

BLZENI escreveu:sobre ergonomia, o Gibson SG (EB-0, EB-3) é excelente.

IMHO, não dá chamar de excelente a ergonomia de um baixo com neck dive.

a não ser que ele não tenha neck dive. o meu ano 2010 e de um amigo, ano 2009, não tem neckdive algum.
toquei com um special ano 2014 que tambem não apresentava nenhum neckdive.

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Eu hein! Que eu saiba, o neck dive dos baixos Gibson SG é notório mundialmente e o meu não foge à regra. Apesar da escala curta, tem mais neck dive que o Gibson Midtown Standard Bass, semi-hollow com escala de 34''.

https://www.talkbass.com/threads/gibson-sg-bass-neck-dive.1139354/

Toco de pe, correia presa, posso soltar a mão esquerda e ele fica parado no lugar.
meu Fender Coronado Reissue, é so soltar e o braço mergulha!

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Incrível! Considere-se um cara premiado.

JAZZigo escreveu:^
Incrível! Considere-se um cara premiado.

não vejo assim, apenas mais um dentro da normalidade....
inclusive outros usuarios aqui do forum tem a mesma opinião....

https://www.contrabaixobr.com/t3226-gibson-sg-reissue-bass-com-video?highlight=gibson+sg

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Será que o problema do meu é o corpo muito leve?!

Basta uma passeio pelo YouTube e gente encontra um monte de vídeos sobre neck dive com SG etc., guitarra inclusive.