Luthier Eliel Marcos

jaopiao escreveu:
Em relação ao meu, só me arrependo de uma coisa: não ter encomendado um baixo mais profissional em vez do meu estudante. Com um pouquinho mais de esforço, poderia ter pegado um nas mesmas configurações do baixo do filipe, por exemplo.

Mas o que, ou quais fatores exatamente te causaram insatisfação com o instrumento?

Vi pelas fotos no blog que o baixo está com aquelas cordas Mauro Calixto, isso pode ser desanimador mesmo!

Ah, Claudio, desculpe, acho que não fui muito claro. Na verdade não tenho nenhuma insatisfação com o instrumento não. Só disse isso porque o meu só tem o tampo maciço. Com um pouquinho mais de grana já pegava um com tampo e fundo maciço de uma vez. Acredito que valeria bastante o investimento pela pouco diferença de preço na epoca.
Quanto às cordas, já troquei. Coloquei as Pirasto obligato orchestra. A unica insatisfação é com os braços que não estão acompanhando o raciocínio, hehe.
O meu baixo é o modelo basico. Acho que não precisa nem falar, mas vale pedir pro Eliel colocar um bom cravelheiro, achei o meu duro quando se usa muito, como pra trocar as cordas. Uma outra coisa que não sei se vai influenciar no seu caso é o espigão. Achei bom o espigão que ele colocou, mas achei curto (30,5 cm). Dá pra usar tranquilamente, mas no meu caso que tenho pouco mais de 1,80 m, às vezes faz falta alguns cm de altura no baixo. Talvez valha a pena pedir um maior só pra ter margem pra outras possibilidades.

jaopiao escreveu:
Ah, Claudio, desculpe, acho que não fui muito claro. Na verdade não tenho nenhuma insatisfação com o instrumento não. Só disse isso porque o meu só tem o tampo maciço. Com um pouquinho mais de grana já pegava um com tampo e fundo maciço de uma vez.

Ahhh, ok... é que como você usou a palavra "arrependimento", achei que o instrumento estivesse causando alguma insatisfação. Mas, mesmo só com o tampo maciço já dá uma diferença bem perceptível no som.

jaopiao escreveu:
vale pedir pro Eliel colocar um bom cravelheiro, achei o meu duro quando se usa muito, como pra trocar as cordas.

Bem, o meu limite para troca de cordas é no mínimo 5 anos, e essa é uma atividade que eu não faço em casa. Sempre que preciso trocar cordas de um acústico eu levo pro Luthier. Em casa eu só troco cordas do vertical e dos elétricos.

jaopiao escreveu:
Uma outra coisa que não sei se vai influenciar no seu caso é o espigão. Achei bom o espigão que ele colocou, mas achei curto (30,5 cm). Dá pra usar tranquilamente, mas no meu caso que tenho pouco mais de 1,80 m, às vezes faz falta alguns cm de altura no baixo.

Eu sou baixinho, tenho 1.71m, mas não toco em pé, utilizo um banco alto, meu espigão fica regulado no máximo com 15cm.

É, realmente me expressei mal.
Acho que vc não vai ter nenhum problema mesmo. Alem do mais, os detalhes que eu citei realmente não fazem muita diferença já que são raros os casos em que influenciam em alguma coisa. Não tenho o que reclamar do serviço do Eliel. O baixo é ótimo.
No caso das cordas eu troquei com meu professor. o Luthier mais próximo, que eu saiba, fica a 300 Km daqui.
Eu tambem uso um banco alto pra tocar, mas ainda sim existem algumas peças e estudos que faz falta o espigão ser um pouquinho maior.

jaopiao escreveu:
Eu tambem uso um banco alto pra tocar, mas ainda sim existem algumas peças e estudos que faz falta o espigão ser um pouquinho maior.

Em fevereiro desse ano, comprei um espigão tubular em aço carbono com a Edna (Paulo Gomes), saiu por R$ 250,00. Pro material que é, e pela qualidade, achei um preço ótimo!

Claudio. não entendo muito bem como é, já que nunca comprei peças pro baixo. No que vc comprou vem só o ferro de suporte ou vem tambem aquela parte com a borboleta para apertar? qual o comprimento? será que ele cabe no furo do meu baixo? Obrigado.

^ Vem o conjunto completo, esse que comprei tem 50cm. Não sei dizer se o encaixe no corpo segue um padrão, mas o ideal é que você leve pra alguém fazer a substituição e os ajustes necessários. Ou, se for o caso, você compra só a haste.

No link abaixo vende uma haste padrão de 53cm, inclusive com um preço bem atrativo. Veja:
http://www.lemurmusic.com/Double-Bass-Endpin-Replacement-Rod-and-Screw-on-Tip-10mm-x-21/productinfo/A1264L/

Legal. Obrigado pela informação, Claudio. Vou procurar por isso.

Cláudio Parabéns pela encomenda!
Meu amigo, o meu entrei na fila faz tempo!
Fica pronto em Janeiro!
Estou preocupado, porque não decidi as cordas ainda.
O meu é o mesmo modelo do seu, porém pedi para o Eliel usar o estandarte Pollmann, achei maravilhoso.
Pedi também ele todo fosco com efeito envelhecido. Porém absolutamente todas as madeiras nacionais.

Será que compro as Spirocore ou Evah Pirazzi?
Quero um baixo bem "roncadão" mas não quero sacrificar os estudos com o arco.
D'Addario não estou querendo usar... ela tem um "martelinho" no pizzicato que não gosto...não fica tão aveludado como gosto.

Edu,
gosto mais do som da Evah Pirazzi, acho mais equilibrado para pizzicato e arco.

Pôoo, dei uma sumidinha do tópico e já tá bombando de novo. hahah
Parabéns Claudião! Você não vai se arrepender!

A propósito, tô curtindo muito o meu brinquedo aqui, acabei de comprar um arco com o Elias Guasti, deve chegar sexta feira, já tenho muita diversão pras férias!!! Uhul

jaopiao escreveu:
Também acho que está sendo um dos melhores investimentos no momento. Acredito que logo os baixos do Eliel vão ser muito valorizados e vai ficar mais difícil ter um... hehehe

éee.... pode acontecer isso, mas que por enquanto é o melhor custo/benefício do mercado, sem dúvidas.

Filipe Castro escreveu:

jaopiao escreveu:
Também acho que está sendo um dos melhores investimentos no momento. Acredito que logo os baixos do Eliel vão ser muito valorizados e vai ficar mais difícil ter um... hehehe

éee.... pode acontecer isso, mas que por enquanto é o melhor custo/benefício do mercado, sem dúvidas.

Concordo Filipe. Sem dúvidas. Espero que o Eliel demore pra se dar conta disso e possa ajudar ainda muitos baixistas quebrados como eu.

Eu adoro pagar um valor justo que cabe no bolso.

Filipe Castro escreveu:Eu adoro pagar um valor justo que cabe no bolso.

Disse tudo...

edumalta escreveu:Cláudio Parabéns pela encomenda!
Meu amigo, o meu entrei na fila faz tempo!
Fica pronto em Janeiro!

Pois é amigão, o meu só em junho, isso se o clima ajudar...

edumalta escreveu:
Será que compro as Spirocore ou Evah Pirazzi?
Quero um baixo bem "roncadão" mas não quero sacrificar os estudos com o arco.
D'Addario não estou querendo usar... ela tem um "martelinho" no pizzicato que não gosto...não fica tão aveludado como gosto.

Estou usando a Daddario há um bom tempo e não sinto esse "martelinho" no pizzicato... achei até que com mais de 1 ano de uso a corda começou a proporcionar um timbre vem aveludado. Mas, enfim, isso é coisa que varia de um instrumento pra outro, em se tratando de acústico é complicado tecer padrões!

A Thomastik Spirocore eu usava no meu antigo Nhureson, são cordas maravilhosas (e caras também), mas vale a pena. A Evah Pirazzi eu não conheço.

Pra esse baixo novo eu acabei optando pela LaBella 7710 Black Nylon, aquela mesma utilizada pelo Ron Carter, mas considerando que no Acústico eu não vou utilizar o Arco. Para os estudos com Arco eu tenho utilizado o Upright... além disso, Arco não é muito a minha praia, estudo só pra efeitos de conhecimentos básicos, sem mais pretensões!

Filipe Castro escreveu:

jaopiao escreveu:
Também acho que está sendo um dos melhores investimentos no momento. Acredito que logo os baixos do Eliel vão ser muito valorizados e vai ficar mais difícil ter um... hehehe

éee.... pode acontecer isso, mas que por enquanto é o melhor custo/benefício do mercado, sem dúvidas.

Sim, apesar de ter escolhindo um conjunto de madeiras um pouco diferente, ainda assim achei o preço bem justo... só o tempo de espera é que é cruel, mas com certeza vai valer a pena esperar!

Claudião, vc foi nas madeiras "tops"?

^ Preferi algo mais conservador... como conversei bastante com o Eliel, e não conheço ninguém que tenha um baixo todo em Marupá por mais de 5 anos, não sei como será o comportamento dessa madeira ao longo do período de maturação. O Andrea Spada também comentou comigo que não sabe, a longo prazo, como o Marupá se comporta, e como quero um baixo definitivo, acabei optando pelo kit com Abeto, Maple e Ébano. É provável que o laminado da faixa e o maciço do fundo sejam feitos em Marupá, mas isso ainda dependende uns testes que o Eliel irá fazer.

Claudio, tem como dá uma idéia do quanto saiu o baixo com essas madeiras?

Saiu muito caro não... o valor da venda da cobertura no Leblon foi a conta certinha...

hehehe, claro que é brincadeira!!!

Me perdoe Thiago, mas poor questões até de preservação do próprio Eliel, vou ficar te devendo essa resposta.

Hahahahaha, relaxa Claudião. Só curiosidade.

http://elielmarcos-luthier.blogspot.com/2010/06/viola-baseado-em-stradivari-de-1689_09.html

Eliel, vc é o cara!

eliel-luthier escreveu:http://elielmarcos-luthier.blogspot.com/2010/06/viola-baseado-em-stradivari-de-1689_09.html

Orra meu...que trabalho maravilhoso Eliel , nossa...me impressionou as fotos da s construções dos baixos...brother...coisa linda...parabéns pelo trabalho...

Eu acho o trabalho do Eliel muito impressionante! É de um nível de acabamento excelente. O som, todos os que experimentam estão aprovando. E o preço é impressionante pra esse nível de trabalho. Eu até acho que deveria se cobrar mais caro por um trabalho tão fino e especializado. Não sei como tem gente que cogita comprar um baixo de fábrica tendo um luthier como o Eliel aí disponível.

Aí cê falou Mayo.

Pois é... imagina a minha "agonia" aqui tendo que esperar até junho

ah, tranquilo Claudião, o meu já chegou merrrrmo... hehehe

^ Produz um videozinho básico aí pra mostrar o som da criança... deixa de preguiça pô!

ClaudioBass escreveu:Pois é... imagina a minha "agonia" aqui tendo que esperar até junho

Essa espera vale a pena, Claudião! É o único ônus que consigo imaginar em relação a um baixo de fábrica desses baratos.

ClaudioBass escreveu:^ Produz um videozinho básico aí pra mostrar o som da criança... deixa de preguiça pô!

Aí tu falou, Claudio!

ClaudioBass escreveu:^ Produz um videozinho básico aí pra mostrar o som da criança... deixa de preguiça pô!

Noh cara, não levo o menor jeito, talvez se fosse com o audio da câmera, mas a ultima vez que fiz isso ficou uma bosta!
E aquela visita à Minas, pô?

Filipe Castro escreveu:

ClaudioBass escreveu:^ Produz um videozinho básico aí pra mostrar o som da criança... deixa de preguiça pô!

Noh cara, não levo o menor jeito, talvez se fosse com o audio da câmera, mas a ultima vez que fiz isso ficou uma bosta!
E aquela visita à Minas, pô?

Veja bem...

O interesse não é em se você leva jeito ou não, se sabe tocar ou não... não é obrigatório e nem necessário mostrar a cara... basta apenas tocar cordas soltas, ou fazer uma escala básica de Dó maior, só pra termos uma noção de como é o som do instrumento... não é necessário executar nenhum solo virtuose ou frases mirabolantes da escola Nico... apenas o som! sacou?

mas com som de câmera mesmo cara? o som fica mto diferente! fiz isso uma vez com o precision que eu vendi e o video ficou mto ruim! e olha q a camera da minha namorada é boa... vou pedi-la pra trazer a camera aki e vou fazer, desse jeito. pq eu n tenho placa de som, microfone e etc... é o unico jeito.

^ Valeu aguardaremos ansiosos!!!

Ela ficou de vir aqui em casa hoje, se vier mesmo, vou agilisar... heheh

Galera, desculpem o nervosismo aí, fiquei tensão, gravei um tanto de coisa mas apanhei tanto pra editar que ficou curtinho. Já tava entardecendo então a imagem ficou meio escura. Enfim, se servir pra galera dar uma sacada no som já tá valendo. Não reparem no instrumentista pq tem um mês que tô com o baixo...

Valeu Filipe, ficou bem bacana... o instrumento tem um volume natural excelente... a ação das cordas reparei que estão bem baixas, chutaria até na casa dos 9mm.

Obrigado por atender ao pedido!

isso mesmo claudião, o volume é bacana sim, não sei se deu pra sacar mas ele tá bem metálico o timbre, já disseram por aki q é o fato do instrumento ser novo e tbm as dadadrio, mas ainda acho q poder o cavalete, o corte dele é mto estreito (nao sei se é assim q fala) mas digamos q da parte onde as cordas apoiam até o detalhe de coração tem pouco espaço, comparado com outros cavaletes q eu ja vi, meu professor disse q isso pode deixar o timbre mais agudo... talvez no seu caso role de vc comprar um cavalete de sua preferencia e levar o seu cavalete pro eliel.

Esse timbre metálico vem em pelo menos 80% das cordas novas... com o passar do tempo, e a maturação das madeiras, com certeza voc~e vai perceber a mudança do timbre.

Meu acústico deve ter um volume natural menor do que o seu em função das cordas. Vou utilizar a LaBella Nylon com Cavalete em Maple... por conta do tampo em Abeto, o timbre deve vir mais fechado.

Esse teu acústico tá bonito pra caramba, o acabamento é muito bem feito!

Massa Filipão!
Penso em encomendar um acustico em breve com o Eliel, mas deve ficar pra 2012.

obs.: Grava alguma coisa com o Zaga também po hehe

abç

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, tô falando...

ClaudioBass escreveu:
Esse teu acústico tá bonito pra caramba, o acabamento é muito bem feito!

Eu fiquei muito satisfeito, na boa, valeu cada centavo!

nussa, revendo aqui, eu fiquei travadasso no vídeo! hehehe minha mão ficou durona de tensa...

felipe, todo baixo novo tem o som mais aberto mesmo! Demora uns 4 anos até o som começar a escurecer. Uma coisa que ajuda muito a soltar a tensão do contrabaixo quando está novo, pois como dá para imaginar com o tempo a madeira vai se movimentando, faça todos os dias dez minutos de cordas soltas com arco, notas bem longas e com bastante volume.

Para você ter ideia, a Edna cedeu gentilmente para eu estudar e trabalhar enquanto estou em brasília aquele baixo amarelo que o Paulo aluga. O baixo é bem antigo, madeiras excelentes, e é um paulo gomes. Mas ainda por conta das cordas serem a Thomastik, o som vem bem mais aberto do que eu gosto. Porém dá para perceber que é uma característica das cordas, pois sinto um som escuro escondido por trás do ronco da thomastik.

Uma corda bem escura e que funciona relativamente bem tanto no popular como no erudito é a Jarga, eu usei a Dolce, ela afina solo também. Foi a corda mais versátil que já usei, pois ela entra em um naipe de orquestra muito bem, e também afina solo e é justa no pizzicato (sem muito ronco). O único problema é que afinada solo ela ficava com uma tensão um pouco pesada, pois quando na afinação orquestra ela tinha a tensão normal. Mas tem gente que gosta de cordas mais duras para solo pois o vibrato sai maior!

Parabéns pelo baixão!

4 anos é muita coisa se for pensar pra ansiedade de quem espera mas nem é muito pra vida de um instrumento... então tá valendo!

Filipe Castro escreveu:Eu adoro pagar um valor justo que cabe no bolso.

Essa é uma questão importante. O que seria esse valor justo? Eu acho que o Eliel não cobra o valor justo, mas muito abaixo do que deveria cobrar. Enquanto o preço não sobe, aproveitemos nós músicos. A questão complicada é que os músicos também certamente não ganham o valor justo. Ambas são atividades extremamente especializadas, dificílimas de serem aprendidas e desenvolvidas, mas ganham praticamente o mesmo que qualquer profissional sem especialização nenhuma. Conheço luthiers e músicos competentes que ganham menos do que atendentes de lojas de roupas, por exemplo. Isso tudo é uma aberração.

Grande Mayo, entendo sua frustação como luthier músico... o que eu quis dizer é que tem muito camarada aí, de competencia inegável cobrando digamos, algo, a mais do que o justo... o Eliel não tem esse lado porco capitalista em si, os instrumentos dele vão encarecer, lógico, principalmente porque a procura vai aumentar, mas acredito e conversei isso com ele, ele entende esse lado do músico e tenta manter um equilíbrio na questão preço. O importante é assim, se o que ele cobra é o suficiente pra ele se manter, e é algo que o músico iniciante pode pagar, bom pros dois lados!

Como vc mesmo disse, não tem porque alguém q tá começando comprar um baixo de fábrica com os do Eliel custando quase o mesmo valor.

Ah e esse problema é um problema do capitalismo, tá em todas as áreas, quem dera se fosse só com os artistas. Já viu quanto ganha um professor?