Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
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JAZZigo
bodhan
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Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
Interessante:
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/brasileiros-sao-os-que-mais-ouvem-a-propria-musica-entre-todos-os-paises.shtml
Lucas Brêda
SÃO PAULO
Brasileiro gosta de música brasileira. A constatação é evidente quando damos uma passada pela programação da maioria das rádios.
Mas, desde a virada do século, a indústria vem passando por mudanças profundas. Nesta década, as gravadoras deixaram de lado os suportes físicos —CD, vinil— para enfim se estabelecer na internet, com o streaming já alcançando o rádio em tamanho por aqui.
Ouvir música no YouTube ou em plataformas especializadas vem se tornando regra, depois dos anos de crise com downloads ilegais e pirataria.
Um levantamento feito pelo DeltaFolha, baseado nas faixas mais tocadas no Spotify —mais popular streaming de música— em diversos países confirma a percepção. Ou seja, mesmo com a globalização e o maior acesso à internet, o brasileiro continua preferindo a música brasileira.
“Seja porque nossa língua nos separa da América Latina, seja pelas nossas dimensões continentais, a música brasileira sempre foi muito mais importante do que qualquer outra para nós”, diz Eduardo Vicente, doutor em ciência da comunicação pela USP e pesquisador de música popular. “Nenhum país na América Latina tem um percentual de consumo de repertório doméstico como o nosso. Podemos nos comparar a Estados Unidos, Japão, países da Europa.”
O comportamento do brasileiro ao consumir música, e como os nossos sons chegam a outros países, é tema da série de reportagens Música sem Fronteiras, que a Folha publica a partir desta semana.
A primeira parte aborda o isolamento brasileiro. Hits no Spotify por aqui dificilmente são sucesso lá fora e vice-versa.
Além da língua, Vicente acredita que a nossa dificuldade de exportação tenha a ver com a indústria. “O Brasil era um mercado bom para empresas internacionais”, diz. “Mas elas não tinham interesse em concorrer com outros artistas lá fora.”
Apesar da importância de alguns selos nacionais, a música brasileira, a partir dos anos 1960, foi basicamente administrada por gravadoras internacionais —que ganharam dinheiro gravando artistas daqui.
Hoje, o funk até consegue chegar às paradas de países da América Latina, mas o sucesso internacional da nossa produção ainda é limitado a hits e situações pontuais. Como, aliás, havia sido com a bossa nova.
Só que o isolamento mostrado pelos números tem mais a ver com a preferência por música nacional do que com a ausência de hits no exterior.
Um estudo do Nopem, o Nelson Oliveira Pesquisas de Mercado, que lista, por ano, os discos mais vendidos no país desde 1965, mostra os artistas brasileiros como maioria. Até sucessos gringos bombaram por aqui em versões traduzidas, comuns desde o começo do século passado até o “shallow now” de Paula Fernandes.
A maior entrada de sons estrangeiros, diz Vicente, aconteceu com as compilações, das trilhas de filmes e novelas e coletâneas de gênero. Nos anos 1960, músicas em italiano, francês e espanhol eram mais frequentes. A partir dos anos 1970, faixas em inglês passaram a ser dominantes.
Curiosamente, bandas de rock tradicionais como Rolling Stones e Led Zeppelin nem sequer aparecem nas listas do Nopem. Em compensação, cantores de baladas como Elton John e Barbra Streisand são nomes frequentes.
Até no rock mais pesado, bandas com um pé na música romântica, como Bon Jovi e Scorpions, fizeram mais sucesso por aqui. Somam-se a eles fenômenos adolescentes como Menudos e o jazz suave de Kenny G.
Nosso apreço pela black music também é uma particularidade. Se o Pink Floyd não aparece nas listas do Nopem —feita não com números oficiais de gravadoras, muitas vezes inflados, mas com dados das lojas de discos—, cantores como Stevie Wonder, Michael Jackson e Lionel Ritchie têm vários álbuns entre os mais vendidos.
“Até o sertanejo já teve fases de influências da música paraguaia, mexicana e do country americano”, diz Vicente. “Além de fazermos versões, ‘imitando’ o artista internacional, temos forte essa cultura de absorção.”
Para o professor, assim como acreditavam os tropicalistas, a música internacional entrou no Brasil misturada — ou “antropofagizada”.
“Conseguimos criar um rock brasileiro, um rap e um funk brasileiro, e todos venderam muito”, diz. “É possível que o punk nunca tenha chegado à massa, mas quem ouviu fez bandas punk brasileiras que chegaram a muita gente.”
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/brasileiros-sao-os-que-mais-ouvem-a-propria-musica-entre-todos-os-paises.shtml
Lucas Brêda
SÃO PAULO
Brasileiro gosta de música brasileira. A constatação é evidente quando damos uma passada pela programação da maioria das rádios.
Mas, desde a virada do século, a indústria vem passando por mudanças profundas. Nesta década, as gravadoras deixaram de lado os suportes físicos —CD, vinil— para enfim se estabelecer na internet, com o streaming já alcançando o rádio em tamanho por aqui.
Ouvir música no YouTube ou em plataformas especializadas vem se tornando regra, depois dos anos de crise com downloads ilegais e pirataria.
Um levantamento feito pelo DeltaFolha, baseado nas faixas mais tocadas no Spotify —mais popular streaming de música— em diversos países confirma a percepção. Ou seja, mesmo com a globalização e o maior acesso à internet, o brasileiro continua preferindo a música brasileira.
“Seja porque nossa língua nos separa da América Latina, seja pelas nossas dimensões continentais, a música brasileira sempre foi muito mais importante do que qualquer outra para nós”, diz Eduardo Vicente, doutor em ciência da comunicação pela USP e pesquisador de música popular. “Nenhum país na América Latina tem um percentual de consumo de repertório doméstico como o nosso. Podemos nos comparar a Estados Unidos, Japão, países da Europa.”
O comportamento do brasileiro ao consumir música, e como os nossos sons chegam a outros países, é tema da série de reportagens Música sem Fronteiras, que a Folha publica a partir desta semana.
A primeira parte aborda o isolamento brasileiro. Hits no Spotify por aqui dificilmente são sucesso lá fora e vice-versa.
Além da língua, Vicente acredita que a nossa dificuldade de exportação tenha a ver com a indústria. “O Brasil era um mercado bom para empresas internacionais”, diz. “Mas elas não tinham interesse em concorrer com outros artistas lá fora.”
Apesar da importância de alguns selos nacionais, a música brasileira, a partir dos anos 1960, foi basicamente administrada por gravadoras internacionais —que ganharam dinheiro gravando artistas daqui.
Hoje, o funk até consegue chegar às paradas de países da América Latina, mas o sucesso internacional da nossa produção ainda é limitado a hits e situações pontuais. Como, aliás, havia sido com a bossa nova.
Só que o isolamento mostrado pelos números tem mais a ver com a preferência por música nacional do que com a ausência de hits no exterior.
Um estudo do Nopem, o Nelson Oliveira Pesquisas de Mercado, que lista, por ano, os discos mais vendidos no país desde 1965, mostra os artistas brasileiros como maioria. Até sucessos gringos bombaram por aqui em versões traduzidas, comuns desde o começo do século passado até o “shallow now” de Paula Fernandes.
A maior entrada de sons estrangeiros, diz Vicente, aconteceu com as compilações, das trilhas de filmes e novelas e coletâneas de gênero. Nos anos 1960, músicas em italiano, francês e espanhol eram mais frequentes. A partir dos anos 1970, faixas em inglês passaram a ser dominantes.
Curiosamente, bandas de rock tradicionais como Rolling Stones e Led Zeppelin nem sequer aparecem nas listas do Nopem. Em compensação, cantores de baladas como Elton John e Barbra Streisand são nomes frequentes.
Até no rock mais pesado, bandas com um pé na música romântica, como Bon Jovi e Scorpions, fizeram mais sucesso por aqui. Somam-se a eles fenômenos adolescentes como Menudos e o jazz suave de Kenny G.
Nosso apreço pela black music também é uma particularidade. Se o Pink Floyd não aparece nas listas do Nopem —feita não com números oficiais de gravadoras, muitas vezes inflados, mas com dados das lojas de discos—, cantores como Stevie Wonder, Michael Jackson e Lionel Ritchie têm vários álbuns entre os mais vendidos.
“Até o sertanejo já teve fases de influências da música paraguaia, mexicana e do country americano”, diz Vicente. “Além de fazermos versões, ‘imitando’ o artista internacional, temos forte essa cultura de absorção.”
Para o professor, assim como acreditavam os tropicalistas, a música internacional entrou no Brasil misturada — ou “antropofagizada”.
“Conseguimos criar um rock brasileiro, um rap e um funk brasileiro, e todos venderam muito”, diz. “É possível que o punk nunca tenha chegado à massa, mas quem ouviu fez bandas punk brasileiras que chegaram a muita gente.”
bodhan- Membro
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Funk é o gênero musical brasileiro mais ouvido em países estrangeiros
Eletrônico de Alok tem hits globais, mas não é tão pop no Brasil; sertanejo tem sucesso local, mas não é exportado
Lucas Brêda
Daniel Mariani
Folha de S. Paulo, 22.out.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/funk-e-o-genero-musical-brasileiro-mais-ouvido-em-paises-estrangeiros.shtml
SÃO PAULO - Uma flauta de Bach, graves esparsos e refrão contagiante foram os elementos necessários para “Bum Bum Tam Tam”, do MC Fioti, ser a primeira música brasileira a alcançar a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube. Lançado em 2017, o clipe cresceu no Brasil, mas virou um hit global, com a audiência do exterior ultrapassando a de seu país de origem.
Foi um fenômeno de dimensões raras, mas que ajuda a entender como a nossa música de massa é ouvida no mundo.
De acordo com levantamento feito pelo DeltaFolha a partir das 200 músicas mais ouvidas no Spotify em 51 países, o funk é o gênero brasileiro que, ao mesmo tempo em que é escutado no país, consegue ter sucesso internacional.
Entre MCs que têm músicas ouvidas lá fora, Anitta é a mais bem-sucedida. “Downtown”, parceria com o colombiano J Balvin, em espanhol, entrou nas listas de44 dos 51 países, incluindo os Estados Unidos.
O sucesso de “Downtown”, porém, é triunfo maior do reggaeton do que da música brasileira. É, também, resultado das parcerias e dos esforços de Anitta em se promover lá fora.
Mas “Vai Malandra” quebra essa lógica. O funk eletrônico é um dos hits da cantora mais conectados com o Brasil e também tocou muito no exterior. Chegou ao Top 200 de 15 países, incluindo Suíça e Hungria, além dos latinos.
De maneira geral, fazer sucesso no exterior tem a ver com ir além de Paraguai e Portugal —que consomem quase tudo o que é hit no Brasil. Mas, mesmo nesses países, o funk tem mais apelo do que o sertanejo.
“Deu Onda”, do MC G15, chegou ao primeiro lugar no Paraguai. “Amor de Verdade”, do MC Kekel, em Portugal. Em comum, G15, Kekel e Fioti têm a ajuda de Kondzilla.
O canal que deu cara ao funk ostentação de São Paulo é um dos responsáveis pela internacionalização do gênero. Além do alcance no YouTube, o videomaker introduziu ideias de produção mais limpa e economia nos palavrões. O funk mainstream ficou mais parecido com o pop latino, mesmo mantendo sua cara.
Não surpreende que Kondzilla agora tenha contrato de distribuição internacional com a Universal. Também não assusta que Kevinho, outro MC da Kondzilla, tenha se apresentado para uma multidão no Lollapalooza Chile.
Sem cantar em espanhol ou fazer parcerias com gringos, ele teve “Olha a Explosão” no Top 200 de 28 países, com alcance maior na América do Sul.
Apesar da ascensão do funk, o Brasil não é bem uma potência na criação de hits globais. O k-pop, por exemplo, emplacou 985 músicas em países estrangeiros. Já as brasileiras foram 180 no período analisado.
Na música eletrônica, barreiras como a língua são menores. “Hear Me Now”, hit estrondoso do DJ Alok, chegou a 45 dos 51 países analisados. Sua melhor posição foi na Noruega (6º), mas a faixa rodou
o mundo e chegou até Estados Unidos e Europa.
Ao contrário de funk e sertanejo, que dividem a preferência do brasileiro, a EDM não chega a 6% do consumo nacional.
Segundo Gabriel Lopes, empresário de Alok desde o começo da carreira, o plano foi divulgar a faixa na Europa. “Em países com maior cultura da música eletrônica, fomos mais bem aceitos.”
Nas turnês, Alok privilegia Estados Unidos e Europa —onde estão os principais festivais—, em detrimento da América Latina. Até seu selo, o Spinnin’ Records, é holandês.
“‘Hear Me Now’ tinha muita semelhança com músicas do mercado internacional”, diz Lopes. “Como foi a primeira música dele com destaque, as pessoas não conseguiam identificar [que era brasileira]. Agora, sabem que é música brasileira por causa do nome Alok.”
Se o funk é ouvido tanto no Brasil quanto no exterior, a música eletrônica se estabelece lá fora em detrimento do sucesso local. O sertanejo, com mais de um terço do Top 200 nacional, não chega a outros países.
Gigantes por aqui, Wesley Safadão, Jorge & Mateus e Marília Mendonça, só têm hits em Portugal e Paraguai.
Gustavo Alonso, autor de “Cowboys do Asfalto”, lembra quando o sertanejo tentou ser exportado —do disco em espanhol de Victor & Leo à aventura de Milionário & José Rico na China. “Alguns tentaram fazer carreira no mercado latino. Chitãozinho e Xororó até mudou de nome para ajudar a pronúncia. Mas nem na América Latina eles se consolidaram.”
O grande hit internacional do sertanejo continua sendo “Ai Se Eu Te Pego”. A música de 2011, de Michel Teló, ainda hoje aparece no Top 200 de Suécia, Finlândia e Dinamarca.
Apostando em bachatas —ritmo derivado do bolero—, os esforços recentes de Luan Santana e Gusttavo Lima são tentativas de mudar esse cenário.
Funk é o gênero musical brasileiro mais ouvido em países estrangeiros
Eletrônico de Alok tem hits globais, mas não é tão pop no Brasil; sertanejo tem sucesso local, mas não é exportado
Lucas Brêda
Daniel Mariani
Folha de S. Paulo, 22.out.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/10/funk-e-o-genero-musical-brasileiro-mais-ouvido-em-paises-estrangeiros.shtml
SÃO PAULO - Uma flauta de Bach, graves esparsos e refrão contagiante foram os elementos necessários para “Bum Bum Tam Tam”, do MC Fioti, ser a primeira música brasileira a alcançar a marca de 1 bilhão de visualizações no YouTube. Lançado em 2017, o clipe cresceu no Brasil, mas virou um hit global, com a audiência do exterior ultrapassando a de seu país de origem.
Foi um fenômeno de dimensões raras, mas que ajuda a entender como a nossa música de massa é ouvida no mundo.
De acordo com levantamento feito pelo DeltaFolha a partir das 200 músicas mais ouvidas no Spotify em 51 países, o funk é o gênero brasileiro que, ao mesmo tempo em que é escutado no país, consegue ter sucesso internacional.
Entre MCs que têm músicas ouvidas lá fora, Anitta é a mais bem-sucedida. “Downtown”, parceria com o colombiano J Balvin, em espanhol, entrou nas listas de44 dos 51 países, incluindo os Estados Unidos.
O sucesso de “Downtown”, porém, é triunfo maior do reggaeton do que da música brasileira. É, também, resultado das parcerias e dos esforços de Anitta em se promover lá fora.
Mas “Vai Malandra” quebra essa lógica. O funk eletrônico é um dos hits da cantora mais conectados com o Brasil e também tocou muito no exterior. Chegou ao Top 200 de 15 países, incluindo Suíça e Hungria, além dos latinos.
De maneira geral, fazer sucesso no exterior tem a ver com ir além de Paraguai e Portugal —que consomem quase tudo o que é hit no Brasil. Mas, mesmo nesses países, o funk tem mais apelo do que o sertanejo.
“Deu Onda”, do MC G15, chegou ao primeiro lugar no Paraguai. “Amor de Verdade”, do MC Kekel, em Portugal. Em comum, G15, Kekel e Fioti têm a ajuda de Kondzilla.
O canal que deu cara ao funk ostentação de São Paulo é um dos responsáveis pela internacionalização do gênero. Além do alcance no YouTube, o videomaker introduziu ideias de produção mais limpa e economia nos palavrões. O funk mainstream ficou mais parecido com o pop latino, mesmo mantendo sua cara.
Não surpreende que Kondzilla agora tenha contrato de distribuição internacional com a Universal. Também não assusta que Kevinho, outro MC da Kondzilla, tenha se apresentado para uma multidão no Lollapalooza Chile.
Sem cantar em espanhol ou fazer parcerias com gringos, ele teve “Olha a Explosão” no Top 200 de 28 países, com alcance maior na América do Sul.
Apesar da ascensão do funk, o Brasil não é bem uma potência na criação de hits globais. O k-pop, por exemplo, emplacou 985 músicas em países estrangeiros. Já as brasileiras foram 180 no período analisado.
Na música eletrônica, barreiras como a língua são menores. “Hear Me Now”, hit estrondoso do DJ Alok, chegou a 45 dos 51 países analisados. Sua melhor posição foi na Noruega (6º), mas a faixa rodou
o mundo e chegou até Estados Unidos e Europa.
Ao contrário de funk e sertanejo, que dividem a preferência do brasileiro, a EDM não chega a 6% do consumo nacional.
Segundo Gabriel Lopes, empresário de Alok desde o começo da carreira, o plano foi divulgar a faixa na Europa. “Em países com maior cultura da música eletrônica, fomos mais bem aceitos.”
Nas turnês, Alok privilegia Estados Unidos e Europa —onde estão os principais festivais—, em detrimento da América Latina. Até seu selo, o Spinnin’ Records, é holandês.
“‘Hear Me Now’ tinha muita semelhança com músicas do mercado internacional”, diz Lopes. “Como foi a primeira música dele com destaque, as pessoas não conseguiam identificar [que era brasileira]. Agora, sabem que é música brasileira por causa do nome Alok.”
Se o funk é ouvido tanto no Brasil quanto no exterior, a música eletrônica se estabelece lá fora em detrimento do sucesso local. O sertanejo, com mais de um terço do Top 200 nacional, não chega a outros países.
Gigantes por aqui, Wesley Safadão, Jorge & Mateus e Marília Mendonça, só têm hits em Portugal e Paraguai.
Gustavo Alonso, autor de “Cowboys do Asfalto”, lembra quando o sertanejo tentou ser exportado —do disco em espanhol de Victor & Leo à aventura de Milionário & José Rico na China. “Alguns tentaram fazer carreira no mercado latino. Chitãozinho e Xororó até mudou de nome para ajudar a pronúncia. Mas nem na América Latina eles se consolidaram.”
O grande hit internacional do sertanejo continua sendo “Ai Se Eu Te Pego”. A música de 2011, de Michel Teló, ainda hoje aparece no Top 200 de Suécia, Finlândia e Dinamarca.
Apostando em bachatas —ritmo derivado do bolero—, os esforços recentes de Luan Santana e Gusttavo Lima são tentativas de mudar esse cenário.
JAZZigo- FCBR-CT
- Mensagens : 16653
Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
bodhan escreveu:Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
bodhan escreveu:“Nenhum país na América Latina tem um percentual de consumo de repertório doméstico como o nosso. Podemos nos comparar a Estados Unidos, Japão, países da Europa.”
Esse pessoal lê o que escreve?
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
A questão toda é o tipo de música brasileira que é ouvida. Estava ouvindo Trilhos Urbanos do Caetano e perguntei a um conhecido o que ele achava da música. A resposta foi que ele nunca tinha ouvido na vida. Desconhecia.
pedrohenrique.astronauta- Membro
- Mensagens : 9200
Localização : Volta Redonda-RJ
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
Sim. Coloquei o tópico como uma informação, não como orgulho de ser Brasileiro ou coisa do tipo!
bodhan- Membro
- Mensagens : 1991
Localização : sp-sp
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
Acho natural o Brasileiro consumir bastante sua própria música...
Dois motivos:
- O Brasil é um país completamente isolado do mundo. Fala uma língua que ninguém fala, tem uma cultura diferente de todo mundo, ritmos diferentes, etc... e não se identifica nem um pouco com qualquer música chamada de latina.
- O artista brasileiro só faz sucesso no Brasil mesmo e é ali que ele investe todo seu tempo e esforço.
Além disso os estilos que os EUA mais exportaram ao longo dos anos (rock, pop, hip-hop) estão em baixa.
Dois motivos:
- O Brasil é um país completamente isolado do mundo. Fala uma língua que ninguém fala, tem uma cultura diferente de todo mundo, ritmos diferentes, etc... e não se identifica nem um pouco com qualquer música chamada de latina.
- O artista brasileiro só faz sucesso no Brasil mesmo e é ali que ele investe todo seu tempo e esforço.
Além disso os estilos que os EUA mais exportaram ao longo dos anos (rock, pop, hip-hop) estão em baixa.
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
Eu achei que os EUA que escutavam mais a própria música.
fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
fheliojr escreveu:Eu achei que os EUA que escutavam mais a própria música.
Deve ser, é que a matéria é mal escrita.
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Brasileiros são os que mais ouvem a própria música entre todos os países
Curiosamente, nas lojas de cd em Buenos Aires é fácil encontrar trabalhos de músicos brasileiros.
Agora, encontrar qualquer cd de artistas argentinos aqui no Brasil é algo que beira o impossível...
Agora, encontrar qualquer cd de artistas argentinos aqui no Brasil é algo que beira o impossível...
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