Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Vejam isso abaixo.
E estou citando um "site" de direita (O Antagonista)...
É esse tipo de gente que está no poder agora. Essa é a política que essa gente quer implantar!
https://www.oantagonista.com/economia/e-bom-que-as-mortes-se-concentrem-entre-os-idosos/
Declaro em alto e bom som: ODEIO ESSA GENTE! ODEIO QUEM AINDA APOIA ESSE CELERADO SEUS ASSECLAS!!!
E estou citando um "site" de direita (O Antagonista)...
É esse tipo de gente que está no poder agora. Essa é a política que essa gente quer implantar!
https://www.oantagonista.com/economia/e-bom-que-as-mortes-se-concentrem-entre-os-idosos/
Declaro em alto e bom som: ODEIO ESSA GENTE! ODEIO QUEM AINDA APOIA ESSE CELERADO SEUS ASSECLAS!!!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Salles aprofunda desgaste do Brasil e coloca em xeque acordo Mercosul-UE
A sugestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de usar a pandemia para promover uma maior desregulamentação na área ambiental aprofunda a rejeição de uma parcela de parlamentares europeus à ideia de um acordo com o Mercosul. No ano passado, o bloco sul-americano concluiu um acordo comercial com a UE, depois de 20 anos de negociações. Mas o tratado precisa ser ratificado e, para isso, terá de passar por todos os 27 parlamentos da UE. Ao longo dos últimos meses, parlamentos como o da Bélgica e Áustria votaram moções contrárias ao acordo, um sinal claro de que o projeto já teria sérias dificuldades para ser aprovado. Mas a crise se ampliou diante da resposta do Brasil à pa... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/05/28/salles-aprofunda-desgaste-do-brasil-e-coloca-em-xeque-acordo-mercosul-ue.htm
A sugestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de usar a pandemia para promover uma maior desregulamentação na área ambiental aprofunda a rejeição de uma parcela de parlamentares europeus à ideia de um acordo com o Mercosul. No ano passado, o bloco sul-americano concluiu um acordo comercial com a UE, depois de 20 anos de negociações. Mas o tratado precisa ser ratificado e, para isso, terá de passar por todos os 27 parlamentos da UE. Ao longo dos últimos meses, parlamentos como o da Bélgica e Áustria votaram moções contrárias ao acordo, um sinal claro de que o projeto já teria sérias dificuldades para ser aprovado. Mas a crise se ampliou diante da resposta do Brasil à pa... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/05/28/salles-aprofunda-desgaste-do-brasil-e-coloca-em-xeque-acordo-mercosul-ue.htm
Convidado- Convidado
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Era o PT que ia transformar o Br numa Venezuela??
Fala sério...
Fala sério...
AndréBurger- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Estão sendo todos "caçados" pela PF...
Essa "Sara Winters" é uma perturbada...
Essa "Sara Winters" é uma perturbada...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
É deprimente perceber que uma boa fração da população abre mão do senso crítico para pensar ipsis litteris como esses influencers.
Convidado- Convidado
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Ciro Gomes manda recado a Bolsonaro - 28/05/2020
allexcosta- Administrador
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Localização : Terra
Os 70%
‘Somos 70% contra o que se colocou como projeto de País’, diz Eduardo Moreira
Economista que criou a campanha virtual #somos70porcento afirma que maioria da população precisa se fazer ouvir e ocupar seu espaço em favor da democracia
Entrevista com
Eduardo Moreira, economista e criador do movimento virtual somos70porcento
Adriana Ferraz e Renato Vasconcelos, O Estado de S.Paulo
02 de junho de 2020 | 16h00
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,somos-70-contra-o-que-se-colocou-como-projeto-de-pais-diz-eduardo-moreira,70003322313
As recentes falas do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados sobre uma eventual ruptura institucional aliadas às ultimas pesquisas que mostram queda da popularidade do presidente levaram o economista Eduardo Moreira a criar e espalhar uma hashtag que acabou compartilhada milhares de vezes por usuários de diversas redes sociais no último fim de semana. Por meio da #Somos 70 por cento, opositores ao governo Bolsonaro quiseram deixar bem claro que são maioria no País.
Segundo o economista, os representantes dos outros 30% - que são, portanto, minoria - colocaram a maioria com medo com seus robôs e estratégias de difamação e violência. "Alguém que faça parte de um grupo de WhatsApp com 100 pessoas onde 5 são radicais bolsonaristas não têm coragem de se expor, por se sentir como se minoria fosse. A ideia do movimento é resgatar esse direito, empoderar as pessoas para que voltem a falar. Seja a favor de Ciro ou Lula, de impeachment ou cassação da chapa, de socialismo ou capitalismo. O que não pode é ter o medo de participar do debate por ser acuado como se os 70% fossem a minoria", afirma.
A repercussão foi tamanha que em apenas dois dias já surgiram camisetas, canais no Youtube, memes e vídeos com a "marca" #somos70porcento. Também já existem projetos de encontros culturais com artistas do povo e famosos batizados com a mesma hashtag. "Recebi varias mensagens de pessoas dizendo que nos últimos dias os vizinhos que tinham bandeiras com temas fascistas, agressivos ou de apoio ao governo em suas varandas e janelas os retiraram. A maioria esta voltando a ocupar o seu lugar democrático e resgatando sua voz."
Acompanhe a entrevista:
Como surgiu a ideia de criar a #somos70porcento?
A ideia surgiu num debate em que eu participava e o assunto da última pesquisa de popularidade do presidente Bolsonaro surgiu. Apesar do aumento da rejeição ao presidente mostrada na pesquisa, os participantes do debate se mostraram frustrados por conta dos 30% que apoiam o presidente não terem baixado de patamar. Eu disse então que era curioso como nós, os 70% que rejeitávamos esse governo anti-democrático, nos sentirmos como se fôssemos minoria e dar tanto peso aos 30% que eram minoria. Disse, então, a frase: “o problema do Brasil é que os 30% se sentem como 70%. Os 70% se sentem como 30%”. No mesmo momento vi os olhos dos participantes brilharem como se uma ficha tivesse caído. Senti que a frase tinha acertado o alvo. Postei ela então no twitter e ali começou o movimento, que ganhou uma força e velocidade incriveis no Brasil inteiro.
O economista Eduardo Moreira, idealizador do movimento virtual #Somos70PorCento Foto: Geraldo Magela/Agência Senado (25/3/2019)
"Somos 70 por cento" contra o presidente Jair Bolsonaro? É isso, e o que mais?
Na verdade, a ideia é lembrar que somos 70% contra o que se colocou como projeto de País. Somos 70% que rejeitam a aproximação com o centrão, 70% contra as afirmações de Bolsonaro a favor do armamento, 70% que consideram o governo ruim/péssimo/regular, 70% que são contra a política deste governo para a Amazônia, 70% que apoiam o isolamento social… Curiosamente, são também cerca de 70% os pobres que vivem com uma renda per capita abaixo de 1 salário mínimo no Brasil e que mais sofrem com um projeto de governo que não olha para os mais pobres.
Por que é importante mostrar que a maioria não apoia o presidente? Que diferença isso pode fazer no cenário atual?
O importante é dar voz para as pessoas, resgatar o direito de opinar, de se expor. A minoria colocou a maioria com medo com seus robôs e estratégias de difamação e violência. Alguém que faça parte de um grupo de WhatsApp com 100 pessoas onde 5 são radicais Bolsonaristas não têm coragem de se expor, por se sentir como se minoria fosse. A ideia do movimento é resgatar esse direito, empoderar as pessoas para que voltem a falar. Seja a favor de Ciro ou Lula, de impeachment ou cassação da chapa, de socialismo ou capitalismo. O que não pode é ter o medo de participar do debate por ser acuado como se os 70% fossem a minoria.
Essa ideia ganhou status de campanha. É uma campanha? Quais os objetivos, ações que serão promovidas?
Eu acredito em movimentos que são independentes e muito maiores do que seus criadores. Na verdade, nem me sinto como criador do movimento, eu simplesmente falei a frase e notei que ela tinha força, como tem força o “I can’t breath” nos EUA. A força está na causa e não no Eduardo. E a causa ganha força e escolhe seu caminho naturalmente. Já existem projetos de encontros culturais com artistas do povo e famosos batizados de #somos70porcento. Camisetas feitas por canais do YouTube com toda renda revertida para projetos sociais com a marca #somos70porcento. Artes, memes, vídeos produzidos com esse mote. Isso é incrivel! E, naturalmente, o outro lado passa a se ver como realmente é: minoria. Recebi varias mensagens de pessoas dizendo que nos últimos dias os vizinhos que tinham bandeiras com temas fascistas, agressivos ou de apoio ao governo em suas varandas e janelas os retiraram. A maioria esta voltando a ocupar o seu lugar democrático e resgatando sua voz.
Quantas pessoas já compartilharam a hashtag? Vocês têm ideia?
Foram milhões. No primeiro dia ficamos em primeiro lugar no Twitter Brasil e em terceiro lugar no mundo, num dia em que havia protestos históricos nos EUA e também no dia da missão especial Space X. Os apoiadores do governo tentaram reagir e apesar de no Twitter, onde têm uma legião de centenas de milhares de robôs, terem feito muitos posts, nas outras redes sociais como Instagram e Facebook as menções ao #somos70porcento são em 10 vezes maior do que a hasthtag levantada pelo governo. Como deveríamos esperar, afinal de contas, somos a maioria absoluta que não acredita neste projeto de poder segregador e anti-democrático.
A que você atribui essa repercussão em tão pouco tempo? As pessoas estão identificando uma real perigo à democracia?
Acho que as pessoas estão sofrendo muito e há muito tempo. E querem ter suas vozes ouvidas. Não a voz de um político x ou y. A voz delas, a dos 70%. Não precisamos de heróis da resistência. Precisamos ver e escutar quem sofre e clama por um país mais justo. Os 70%.
Economista que criou a campanha virtual #somos70porcento afirma que maioria da população precisa se fazer ouvir e ocupar seu espaço em favor da democracia
Entrevista com
Eduardo Moreira, economista e criador do movimento virtual somos70porcento
Adriana Ferraz e Renato Vasconcelos, O Estado de S.Paulo
02 de junho de 2020 | 16h00
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,somos-70-contra-o-que-se-colocou-como-projeto-de-pais-diz-eduardo-moreira,70003322313
As recentes falas do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados sobre uma eventual ruptura institucional aliadas às ultimas pesquisas que mostram queda da popularidade do presidente levaram o economista Eduardo Moreira a criar e espalhar uma hashtag que acabou compartilhada milhares de vezes por usuários de diversas redes sociais no último fim de semana. Por meio da #Somos 70 por cento, opositores ao governo Bolsonaro quiseram deixar bem claro que são maioria no País.
Segundo o economista, os representantes dos outros 30% - que são, portanto, minoria - colocaram a maioria com medo com seus robôs e estratégias de difamação e violência. "Alguém que faça parte de um grupo de WhatsApp com 100 pessoas onde 5 são radicais bolsonaristas não têm coragem de se expor, por se sentir como se minoria fosse. A ideia do movimento é resgatar esse direito, empoderar as pessoas para que voltem a falar. Seja a favor de Ciro ou Lula, de impeachment ou cassação da chapa, de socialismo ou capitalismo. O que não pode é ter o medo de participar do debate por ser acuado como se os 70% fossem a minoria", afirma.
A repercussão foi tamanha que em apenas dois dias já surgiram camisetas, canais no Youtube, memes e vídeos com a "marca" #somos70porcento. Também já existem projetos de encontros culturais com artistas do povo e famosos batizados com a mesma hashtag. "Recebi varias mensagens de pessoas dizendo que nos últimos dias os vizinhos que tinham bandeiras com temas fascistas, agressivos ou de apoio ao governo em suas varandas e janelas os retiraram. A maioria esta voltando a ocupar o seu lugar democrático e resgatando sua voz."
Acompanhe a entrevista:
Como surgiu a ideia de criar a #somos70porcento?
A ideia surgiu num debate em que eu participava e o assunto da última pesquisa de popularidade do presidente Bolsonaro surgiu. Apesar do aumento da rejeição ao presidente mostrada na pesquisa, os participantes do debate se mostraram frustrados por conta dos 30% que apoiam o presidente não terem baixado de patamar. Eu disse então que era curioso como nós, os 70% que rejeitávamos esse governo anti-democrático, nos sentirmos como se fôssemos minoria e dar tanto peso aos 30% que eram minoria. Disse, então, a frase: “o problema do Brasil é que os 30% se sentem como 70%. Os 70% se sentem como 30%”. No mesmo momento vi os olhos dos participantes brilharem como se uma ficha tivesse caído. Senti que a frase tinha acertado o alvo. Postei ela então no twitter e ali começou o movimento, que ganhou uma força e velocidade incriveis no Brasil inteiro.
O economista Eduardo Moreira, idealizador do movimento virtual #Somos70PorCento Foto: Geraldo Magela/Agência Senado (25/3/2019)
"Somos 70 por cento" contra o presidente Jair Bolsonaro? É isso, e o que mais?
Na verdade, a ideia é lembrar que somos 70% contra o que se colocou como projeto de País. Somos 70% que rejeitam a aproximação com o centrão, 70% contra as afirmações de Bolsonaro a favor do armamento, 70% que consideram o governo ruim/péssimo/regular, 70% que são contra a política deste governo para a Amazônia, 70% que apoiam o isolamento social… Curiosamente, são também cerca de 70% os pobres que vivem com uma renda per capita abaixo de 1 salário mínimo no Brasil e que mais sofrem com um projeto de governo que não olha para os mais pobres.
Por que é importante mostrar que a maioria não apoia o presidente? Que diferença isso pode fazer no cenário atual?
O importante é dar voz para as pessoas, resgatar o direito de opinar, de se expor. A minoria colocou a maioria com medo com seus robôs e estratégias de difamação e violência. Alguém que faça parte de um grupo de WhatsApp com 100 pessoas onde 5 são radicais Bolsonaristas não têm coragem de se expor, por se sentir como se minoria fosse. A ideia do movimento é resgatar esse direito, empoderar as pessoas para que voltem a falar. Seja a favor de Ciro ou Lula, de impeachment ou cassação da chapa, de socialismo ou capitalismo. O que não pode é ter o medo de participar do debate por ser acuado como se os 70% fossem a minoria.
Essa ideia ganhou status de campanha. É uma campanha? Quais os objetivos, ações que serão promovidas?
Eu acredito em movimentos que são independentes e muito maiores do que seus criadores. Na verdade, nem me sinto como criador do movimento, eu simplesmente falei a frase e notei que ela tinha força, como tem força o “I can’t breath” nos EUA. A força está na causa e não no Eduardo. E a causa ganha força e escolhe seu caminho naturalmente. Já existem projetos de encontros culturais com artistas do povo e famosos batizados de #somos70porcento. Camisetas feitas por canais do YouTube com toda renda revertida para projetos sociais com a marca #somos70porcento. Artes, memes, vídeos produzidos com esse mote. Isso é incrivel! E, naturalmente, o outro lado passa a se ver como realmente é: minoria. Recebi varias mensagens de pessoas dizendo que nos últimos dias os vizinhos que tinham bandeiras com temas fascistas, agressivos ou de apoio ao governo em suas varandas e janelas os retiraram. A maioria esta voltando a ocupar o seu lugar democrático e resgatando sua voz.
Quantas pessoas já compartilharam a hashtag? Vocês têm ideia?
Foram milhões. No primeiro dia ficamos em primeiro lugar no Twitter Brasil e em terceiro lugar no mundo, num dia em que havia protestos históricos nos EUA e também no dia da missão especial Space X. Os apoiadores do governo tentaram reagir e apesar de no Twitter, onde têm uma legião de centenas de milhares de robôs, terem feito muitos posts, nas outras redes sociais como Instagram e Facebook as menções ao #somos70porcento são em 10 vezes maior do que a hasthtag levantada pelo governo. Como deveríamos esperar, afinal de contas, somos a maioria absoluta que não acredita neste projeto de poder segregador e anti-democrático.
A que você atribui essa repercussão em tão pouco tempo? As pessoas estão identificando uma real perigo à democracia?
Acho que as pessoas estão sofrendo muito e há muito tempo. E querem ter suas vozes ouvidas. Não a voz de um político x ou y. A voz delas, a dos 70%. Não precisamos de heróis da resistência. Precisamos ver e escutar quem sofre e clama por um país mais justo. Os 70%.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Como sempre o Eduardo Moreira dando um show!
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Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Miliciano fascistóide veste a carapuça...
Bolsonaro chama de marginais e terroristas integrantes dos chamados grupos antifascistas
Presidente disse querer recriar Ministério da Segurança Pública e insinuou que Witzel será preso
Daniel Carvalho
Folha de S. Paulo, 3.jun.2020 às 11h11
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/06/bolsonaro-chama-de-marginais-e-terroristas-integrantes-dos-chamados-grupos-antifascistas.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou integrantes de grupos antifascistas que estão promovendo protestos contra seu governo de marginais e terroristas. Na porta do Palácio da Alvorada, ele também defendeu retaguarda jurídica para atuação policial nas manifestações.
"Começou aqui com os antifas em campo. O motivo, no meu entender, político, diferente [daquele dos protestos nos EUA]. São marginais, no meu entender, terroristas. Têm ameaçado, domingo, fazer movimentos pelo Brasil, em especial, aqui no DF", disse Bolsonaro na noite de terça-feira (2).
Na segunda-feira (1º), o presidente já havia dito a seus apoiadores que eles não deveriam ir às ruas no domingo (7), como fazem todos os finais de semana, já que, neste, está marcado um ato contra o fascismo e em oposição ao governo Bolsonaro.
Auxiliares do presidente, no entanto, não sabem como ele se comportará já que, em março, no início da pandemia do novo coronavírus, ele havia feito um pronunciamento desaconselhando seus apoiadores, mas, ele mesmo compareceu ao ato de 15 de março.
"Eu já disse que não domino, não tenho influência, não tenho nenhum grupo e nunca convoquei ninguém para ir às ruas. Agradeço, de coração, essas pessoas que estão na rua apoiando o nosso governo. Agora, nós precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar em se apresentando um crescente este tipo de movimento que não tem nada a ver com democracia. Até, me desculpe aqui, uma parte da imprensa muito grande anunciava nosso pessoal como estando em movimento antidemocrático, do outro lado, o pessoal de preto, como movimento democrático", disse Bolsonaro.
Na mesma entrevista, o presidente citou depredação em Curitiba e disse que não se pode deixar que episódios assim não podem se alastrar pelo país.
"Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile. Não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão. Isso, no meu entender, é terrorismo. A gente espera que este movimento não cresça, porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja", disse Bolsonaro.
Sobre as manifestações antirracistas que se espalharam por diversas cidades nos Estados Unidos depois que um policial branco matou um homem negro, Bolsonaro afirmou que, lá, o racismo é diferente.
"Estados Unidos: lá o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil. Logicamente que qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, este tipo de movimento, nós não concordamos", afirmou.
Bolsonaro também voltou a dizer quer tem intenção de desmembrar o Ministério da Segurança Pública do Ministério da Justiça, mas não quis se comprometer com data ou nome. Ele não quis se comprometer com a indicação do ex-deputado e seu amigo desde 1982, Alberto Fraga (DEM-DF).
"Não vou dizer que seja ele nem que não seja. Sou amigo do Fraga desde 1982. Ele está livre de todos os problemas que teve aí [processos judiciais], é um grande articulador. Ele é cotado aí, mas nada de bater o martelo não", declarou.
Na mesma entrevista, Bolsonaro disse não ter problema em prestar depoimento à Polícia Federal presencialmente no âmbito do inquérito que apura se houve interferência dele na instituição. Sem entrar em detalhes, afirmou que "coisas acontecerão". "Coisas acontecerão ao longo do caminho. Pode ter certeza. Mas não é nada contra a minha pessoa, muito pelo contrário."
Indagado sobre ao que se referia, continuou enigmático. "Outras coisas. A Polícia Federal está trabalhando, senti que estão mais felizes", disse o presidente.
Nesta quarta-feira (3), também na porta do Palácio do Alvorada, ouviu um apoiador que se apresentou como policial militar do Rio de Janeiro reclamar do governador do estado, Wilson Witzel (PSC) e insinuou que o chefe do governo fluminense, seu adversário político, seria preso.
"Não vou conversar com o Witzel. Até porque brevemente já sabe onde ele deve estar, né?", indagou Jair Bolsonaro.
Na semana passada, Witzel foi alvo da Operação Placebo deflagrada pela Polícia Federal um dia após ser nomeado o novo superintendente da corporação no Rio, Tácio Muzzi. A representação da PF no estado está no centro de uma investigação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que apura se o presidente buscava interferir politicamente em investigações da corporação.
A Polícia Federal fez buscas no Palácio das Laranjeiras, residência oficial em que mora o governador do Rio de Janeiro. A Polícia Federal apreendeu o aparelho de celular e o computador do governador.
A operação, autorizada pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mira um suposto esquema de desvios de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus no estado.
O inquérito no STJ foi aberto no último dia 13, com base em informações de autoridades de investigação do estado do Rio. Os mandados em cumprimento foram solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na semana passada.
Segundo investigadores, a PF também buscou provas no Palácio da Guanabara, onde o chefe do Executivo fluminense despacha, em sua antiga casa, usada antes de se eleger, e em um escritório da mulher dele.
Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 11 endereços. O governador seria ouvido nesta terça-feira, mas pediu para que o depoimento fosse adiado para que possa falar depois de ter acesso aos autos.
Em meio à operação, Witzel afirmou em nota que não cometeu irregularidades e apontou interferência de Bolsonaro na investigação. Ele apontou como evidência da interferência o fato de a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) ter mencionado, um dia antes, ações iminentes da PF contra governadores.
Presidente disse querer recriar Ministério da Segurança Pública e insinuou que Witzel será preso
Daniel Carvalho
Folha de S. Paulo, 3.jun.2020 às 11h11
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/06/bolsonaro-chama-de-marginais-e-terroristas-integrantes-dos-chamados-grupos-antifascistas.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou integrantes de grupos antifascistas que estão promovendo protestos contra seu governo de marginais e terroristas. Na porta do Palácio da Alvorada, ele também defendeu retaguarda jurídica para atuação policial nas manifestações.
"Começou aqui com os antifas em campo. O motivo, no meu entender, político, diferente [daquele dos protestos nos EUA]. São marginais, no meu entender, terroristas. Têm ameaçado, domingo, fazer movimentos pelo Brasil, em especial, aqui no DF", disse Bolsonaro na noite de terça-feira (2).
Na segunda-feira (1º), o presidente já havia dito a seus apoiadores que eles não deveriam ir às ruas no domingo (7), como fazem todos os finais de semana, já que, neste, está marcado um ato contra o fascismo e em oposição ao governo Bolsonaro.
Auxiliares do presidente, no entanto, não sabem como ele se comportará já que, em março, no início da pandemia do novo coronavírus, ele havia feito um pronunciamento desaconselhando seus apoiadores, mas, ele mesmo compareceu ao ato de 15 de março.
"Eu já disse que não domino, não tenho influência, não tenho nenhum grupo e nunca convoquei ninguém para ir às ruas. Agradeço, de coração, essas pessoas que estão na rua apoiando o nosso governo. Agora, nós precisamos de uma retaguarda jurídica para que nosso policial possa bem trabalhar em se apresentando um crescente este tipo de movimento que não tem nada a ver com democracia. Até, me desculpe aqui, uma parte da imprensa muito grande anunciava nosso pessoal como estando em movimento antidemocrático, do outro lado, o pessoal de preto, como movimento democrático", disse Bolsonaro.
Na mesma entrevista, o presidente citou depredação em Curitiba e disse que não se pode deixar que episódios assim não podem se alastrar pelo país.
"Não podemos deixar que o Brasil se transforme no que foi há pouco tempo o Chile. Não podemos admitir isso daí. Isso não é democracia nem liberdade de expressão. Isso, no meu entender, é terrorismo. A gente espera que este movimento não cresça, porque o que a gente menos quer é entrar em confronto com quem quer que seja", disse Bolsonaro.
Sobre as manifestações antirracistas que se espalharam por diversas cidades nos Estados Unidos depois que um policial branco matou um homem negro, Bolsonaro afirmou que, lá, o racismo é diferente.
"Estados Unidos: lá o racismo é um pouco diferente do Brasil. Está mais na pele. Então, houve um negro lá que perdeu a vida. Vendo a cena, a gente lamenta. Como é que pode aquilo ter acontecido? Agora, o povo americano tem que entender que, quando se erra, se paga. Agora, o que está se fazendo lá é uma coisa que não gostaria que acontecesse no Brasil. Logicamente que qualquer abuso você tem que investigar e, se for o caso, punir. Agora, este tipo de movimento, nós não concordamos", afirmou.
Bolsonaro também voltou a dizer quer tem intenção de desmembrar o Ministério da Segurança Pública do Ministério da Justiça, mas não quis se comprometer com data ou nome. Ele não quis se comprometer com a indicação do ex-deputado e seu amigo desde 1982, Alberto Fraga (DEM-DF).
"Não vou dizer que seja ele nem que não seja. Sou amigo do Fraga desde 1982. Ele está livre de todos os problemas que teve aí [processos judiciais], é um grande articulador. Ele é cotado aí, mas nada de bater o martelo não", declarou.
Na mesma entrevista, Bolsonaro disse não ter problema em prestar depoimento à Polícia Federal presencialmente no âmbito do inquérito que apura se houve interferência dele na instituição. Sem entrar em detalhes, afirmou que "coisas acontecerão". "Coisas acontecerão ao longo do caminho. Pode ter certeza. Mas não é nada contra a minha pessoa, muito pelo contrário."
Indagado sobre ao que se referia, continuou enigmático. "Outras coisas. A Polícia Federal está trabalhando, senti que estão mais felizes", disse o presidente.
Nesta quarta-feira (3), também na porta do Palácio do Alvorada, ouviu um apoiador que se apresentou como policial militar do Rio de Janeiro reclamar do governador do estado, Wilson Witzel (PSC) e insinuou que o chefe do governo fluminense, seu adversário político, seria preso.
"Não vou conversar com o Witzel. Até porque brevemente já sabe onde ele deve estar, né?", indagou Jair Bolsonaro.
Na semana passada, Witzel foi alvo da Operação Placebo deflagrada pela Polícia Federal um dia após ser nomeado o novo superintendente da corporação no Rio, Tácio Muzzi. A representação da PF no estado está no centro de uma investigação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que apura se o presidente buscava interferir politicamente em investigações da corporação.
A Polícia Federal fez buscas no Palácio das Laranjeiras, residência oficial em que mora o governador do Rio de Janeiro. A Polícia Federal apreendeu o aparelho de celular e o computador do governador.
A operação, autorizada pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), mira um suposto esquema de desvios de recursos públicos destinados ao combate ao coronavírus no estado.
O inquérito no STJ foi aberto no último dia 13, com base em informações de autoridades de investigação do estado do Rio. Os mandados em cumprimento foram solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na semana passada.
Segundo investigadores, a PF também buscou provas no Palácio da Guanabara, onde o chefe do Executivo fluminense despacha, em sua antiga casa, usada antes de se eleger, e em um escritório da mulher dele.
Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 11 endereços. O governador seria ouvido nesta terça-feira, mas pediu para que o depoimento fosse adiado para que possa falar depois de ter acesso aos autos.
Em meio à operação, Witzel afirmou em nota que não cometeu irregularidades e apontou interferência de Bolsonaro na investigação. Ele apontou como evidência da interferência o fato de a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) ter mencionado, um dia antes, ações iminentes da PF contra governadores.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Para variar, mais um trabalho valioso do Meteoro:
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Um "para-raios sem fio terra".
É assim que o antropólogo e professor da Universidade Federal de São Carlos Piero Leirner enxerga o presidente Bolsonaro.
"As declarações de Bolsonaro não são estapafúrdias apenas diante da pandemia. São diante de tudo. Seu papel é funcionar como uma espécie de "para-raios sem fio terra". Ele causa a explosão, para possibilitar a ação reparadora dos bombeiros. Bolsonaro atrai o caos para si, enquanto a "solução da ordem" emerge das "instituições que estão funcionando". Dentre elas, a que se considera mais funcional e que fez um trabalho de convencimento da opinião pública para parecer assim é a instituição militar. Então, não é que os militares "aceitam" o que o Presidente diz ou faz. De um lado, eles colocam que "não podem fazer nada, pois o jogo democrático não permite que eles intervenham". De outro, eles não só "aceitam" como "operam" essas manifestações. E saem lucrando, reafirmando sua "vocação democrática". "A partir daí, os outros poderes começam a reagir, invadindo atribuições. E o que começa a aparecer? A ideia de que são os outros poderes que passam dos limites da democracia. E isso de fato ocorre, pois replicam todos os mecanismos da "sinergia" que foram estabelecidos no passado. Há, assim, uma retroalimentação dessas posições. As Forças Armadas jogam nas duas pontas: no "vitimismo bolsonarista" e na "tolerância" e "respeito" ao jogo institucional, reafirmando sistematicamente estarem longe do golpismo. Como essa sempre foi uma operação baseada em contradições, justamente o que não se busca é a "união nacional". Pelo menos até a hora em que tudo ficar tão insuportável, desorganizado e caótico, que o único jeito será apelar para que eles deem um jeito nessa situação."
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/06/07/bolsonaro-veio-para-causar-explosao-e-permitir-acao-reparadora-de-militares-diz-antropologo.htm
É assim que o antropólogo e professor da Universidade Federal de São Carlos Piero Leirner enxerga o presidente Bolsonaro.
"As declarações de Bolsonaro não são estapafúrdias apenas diante da pandemia. São diante de tudo. Seu papel é funcionar como uma espécie de "para-raios sem fio terra". Ele causa a explosão, para possibilitar a ação reparadora dos bombeiros. Bolsonaro atrai o caos para si, enquanto a "solução da ordem" emerge das "instituições que estão funcionando". Dentre elas, a que se considera mais funcional e que fez um trabalho de convencimento da opinião pública para parecer assim é a instituição militar. Então, não é que os militares "aceitam" o que o Presidente diz ou faz. De um lado, eles colocam que "não podem fazer nada, pois o jogo democrático não permite que eles intervenham". De outro, eles não só "aceitam" como "operam" essas manifestações. E saem lucrando, reafirmando sua "vocação democrática". "A partir daí, os outros poderes começam a reagir, invadindo atribuições. E o que começa a aparecer? A ideia de que são os outros poderes que passam dos limites da democracia. E isso de fato ocorre, pois replicam todos os mecanismos da "sinergia" que foram estabelecidos no passado. Há, assim, uma retroalimentação dessas posições. As Forças Armadas jogam nas duas pontas: no "vitimismo bolsonarista" e na "tolerância" e "respeito" ao jogo institucional, reafirmando sistematicamente estarem longe do golpismo. Como essa sempre foi uma operação baseada em contradições, justamente o que não se busca é a "união nacional". Pelo menos até a hora em que tudo ficar tão insuportável, desorganizado e caótico, que o único jeito será apelar para que eles deem um jeito nessa situação."
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2020/06/07/bolsonaro-veio-para-causar-explosao-e-permitir-acao-reparadora-de-militares-diz-antropologo.htm
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
O bozo potencializando uma prática nefasta nesse país:
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Fascismo à Brasileira...
Por que assistimos a uma volta do fascismo à brasileira
Intelectuais da USP comparam bolsonarismo ao movimento integralista da década de 1930
VÁRIOS AUTORES (nomes ao final do texto)
Folha de S. Paulo, 9.jun.2020 às 12h00
Atualizado: 9.jun.2020 às 15h30
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/06/por-que-assistimos-a-uma-volta-do-fascismo-a-brasileira.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail#erramos
[RESUMO] Professores da área de humanas da USP argumentam que a extrema direita brasileira atualiza, com particularidades históricas, discursos e estratégias da tradição fascista do país —visíveis no fundamentalismo religioso, na defesa da família patriarcal e no culto à violência—, que remonta ao integralismo liderado por Plínio Salgado.
*
A proposta presidencial, na reunião ministerial gravada em 22 de abril, de armar a população para a defesa daquilo que Jair Bolsonaro chama de “liberdade”; as agressões físicas e tentativas de intimidação a jornalistas e membros do Supremo Tribunal Federal (STF); o acampamento dos 300 do Brasil em Brasília —um grupo armado bolsonarista, segundo o Ministério Público do Distrito Federal; e a propalada ligação do bolsonarismo com as milícias são fatos que deram urgência à pergunta sobre se estamos diante de uma ascensão fascista no país.
Não existe um consenso entre estudiosos sobre a definição de fascismo. Em parte, a dificuldade vem da própria natureza do fenômeno, que escapa a identificações fáceis. O fascismo foi reacionário e revolucionário; buscou a tradição, mas admirava a tecnologia; pregava a ordem por meio da rebelião; apresentava-se contra o sistema, mas tinha fortes ligações com as elites; falava em povo, apesar de ser profundamente autoritário e de sufocar qualquer crítica à liderança.
Como argumenta o historiador Robert Paxton, talvez seja melhor guiar-se pela estrutura das paixões que caracterizaram o fascismo. Algumas delas foram o culto à violência e ao militarismo; a crença de que a salvação da pátria requer a eliminação dos inimigos internos por meio da mobilização permanente; o uso da identidade nacional através de uma concepção imunitária e agressiva de corpo social. Unindo tudo, a obediência ao líder, percebido como uma encarnação da vontade nacional.
Não se pretende enfrentar aqui a complicada e necessária discussão acadêmica sobre o caráter do fascismo em geral, que foge ao escopo de um artigo voltado para os temas urgentes da conjuntura brasileira. Deseja-se, antes, lembrar que o bolsonarismo ressoa discursos e estratégias de uma velha tradição fascista local, cuja atualização, nos parece, ajuda a explicar o que está acontecendo.
A AIB (Ação Integralista Brasileira), liderada por Plínio Salgado, formada em 1932, no contexto dos efeitos da Grande Depressão, constituiu uma importante iniciativa fascista. No seu auge, chegou a ter ao redor de um milhão de aderentes. Em 1938, após um fracassado golpe armado contra o Estado Novo varguista, a AIB se desintegraria, levando Plínio Salgado para o exílio em Portugal.
O líder integralista voltaria ao Brasil em 1946 para assumir a presidência do PRP (Partido de Representação Popular), agremiação que daria roupagem pseudodemocrática ao integralismo no contexto da democracia do pós-guerra. Após o golpe militar de 1964, o PRP seria extinto, dessa vez com a decretação do AI-2 por Castelo Branco. A filiação de Plínio Salgado e de seus seguidores mais fiéis ao partido pró-ditadura (Arena) acabaria por dispersar os herdeiros da AIB, tendência reforçada pela morte do líder integralista em 1975.
Os integralistas enxergavam a nação como um organismo em estado de profunda crise, ameaçada em sua unidade e ferida de morte pela corrupção oligárquica e por graves conflitos estaduais. Para os seguidores de Plínio Salgado, a nação também sangrava em função do materialismo e da insensibilidade dos liberais. Se ideologias radicais ateias e internacionalistas vingassem, alertavam os membros da AIB, isso representaria a própria morte do corpo social: a escravização do Brasil frente ao movimento comunista planetário.
Para salvar a nação, os integralistas defendiam o desmantelamento da democracia liberal e a construção de um “Estado orgânico”, baseado em representações corporativas (classes e grupos de interesse) e intermediadas por uma liderança incontestável —o “chefe nacional”. A corrupção oligárquica, o separatismo, o materialismo burguês, a desordem e os conflitos de classe representariam um repúdio profundo aos valores fundamentais e imutáveis da “alma brasileira”, entre os quais “os princípios eternos da religião do povo” e o “sentimento da família e dos deveres para com ela”.
Como se vê, a religião cristã e a família constituíam os pilares do projeto fascista brasileiro nos anos 1930. A partir da família patriarcal se ergueriam as bases da “família brasileira”, imersa nos princípios atemporais do cristianismo. Não à toa, o lema integralista era “Deus, Pátria, Família”. Colocava-se a pátria no meio dos dois sustentáculos da alma nacional —Deus e família— exatamente porque ela constituía, nos termos de Plínio Salgado, a “síntese do Estado e da nação”.
Há paralelismos na retórica de integralistas e bolsonaristas. A retomada da religião cristã —agora em versão neopentecostal—, da família e da pátria parece servir para rearticular um núcleo fascistizante de longa data na sociedade brasileira. É notória a relação existente entre Bolsonaro e parte dos líderes evangélicos. Uma aliança que repercute na popularidade de Bolsonaro entre os fiéis, assim como na adesão da chamada bancada da Bíblia aos projetos do governo federal.
A proximidade de Bolsonaro com um tipo de fundamentalismo religioso permite sublinhar a contraposição, tão cara às milícias virtuais alinhadas ao presidente, entre o “vagabundo” e o “pai de família”. Essa polaridade revela a intenção das hostes bolsonaristas de purificar violentamente a nação de seus “inimigos”.
Tal como o bordão deixa claro (“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”), a saída para acabar com a sangria do país, causada pela corrupção, crise na segurança pública e avanço do globalismo comunista, envolve colocar uma suposta homogeneidade nacional acima de quaisquer outras identidades e compromissos, respeitando seu pilar fundamental —a religião cristã—, algo que vai ao encontro das tradições do fascismo à brasileira.
O manifesto da Aliança pelo Brasil, partido em construção por Bolsonaro, afirma que o primeiro e mais importante objetivo da nova agremiação política será o de “respeitar Deus e a religião”, reconhecendo “o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro”. Segundo o manifesto, o brasileiro caracteriza-se por ser um povo “religioso e solidamente educado nas bases do cristianismo”. Mais do que isso: haveria no Brasil um verdadeiro amálgama entre Deus e nação, uma vez que esta última teria sido fundada sob a cruz (“Terra de Santa Cruz”), portanto alfabetizada e educada desde o início segundo o primado da religião cristã.
O mesmo manifesto da Aliança pelo Brasil caracteriza a família como “núcleo natural e fundamental da sociedade”. Trata-se, logicamente, de um tipo particular de família: patriarcal, monogâmica, heteronormativa e baseada em rígidos estereótipos de gênero.
Comportamentos e relações que se afastam desse padrão —de relações homoafetivas a estruturas familiares alternativas ao paradigma nuclear— não constituem meras questões de pluralidade afetiva, mas temas de segurança nacional (“chaga ideológica de nosso país”, diz o manifesto), sobre os quais o Estado, principalmente por meio de políticas educacionais e culturais, deve dedicar especial atenção.
A família também ocupa lugar decisivo no discurso de Bolsonaro, tanto porque se encontraria genericamente em perigo quanto pelo fato de que a “sua” família” constitui um valor tão supremo que se impõe ostensivamente a decisões políticas.
A família cristã é ainda um espaço pretensamente idílico, onde lugares de autoridade não estariam em conflito e divisões sociais de gênero não seriam questionadas. Em meio a uma sociedade antagônica, espera-se que a família cristã imponha a paz de uma ordem natural e, por isso, supostamente inquestionável do ponto de vista moral.
Os deslizes de estilo, as alterações de tom, as inadequações de vocabulário tornam-se, no interior do sistema de linguagem, a prova e a marca de autenticidade de Bolsonaro, criada pela dissolução da fronteira entre público e privado. É a linguagem de um pai que fala com a sua família, tomado pela cólera da impotência, revertida em delírio de perseguição, cujo objeto flutuante vai da imprensa às universidades e aos padrões não heteronormativos, calcado em neologismos como esquerdopata e gaysista.
Quanto à pátria, o assunto é mais complicado. O integralismo não só era crítico ao crescente controle da economia pelo “estrangeiro” —subordinador da pátria “às oscilações caprichosas de Londres e depois de Nova York”, nas palavras de Salgado—, como defendia a necessidade de forte intervenção do Estado na economia, coordenando a produção aos objetivos nacionais e protegendo os mais frágeis dos “abusos do capitalismo”.
Como sabemos, o bolsonarismo defende o contrário: se apresenta estranhamente submisso a outro país —no caso, aos Estados Unidos. O ideólogo máximo do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, vê no trumpismo a trincheira final da defesa da nação contra as garras do globalismo comunista —justificando, assim, o apoio de Bolsonaro a Donald Trump. Ao mesmo tempo, Bolsonaro vem aprofundando a agenda neoliberal e desmontando o Estado, o que deixa os mais vulneráveis crescentemente desamparados frente ao mercado.
Apesar de invulgar quando considerado do ponto de vista histórico, porque inverte o sentimento de proteção que liga as massas ao líder nas experiências clássicas, o script bolsonarista parecia caminhar relativamente bem até a eclosão da pandemia. As assim chamadas reformas estruturais, em sua maioria destinadas a flexibilizar o mercado, retirando direitos e garantias sociais consagrados na Constituição Federal de 1988, iam sendo efetivadas e socialmente aceitas; até porque faziam coro com a ideia da meritocracia, que já grassava há algum tempo dentre os setores médios, e que a ascensão do pentecostalismo, com sua teologia da prosperidade, ia ajudando a difundir junto aos pobres.
O fato é que, aclimatada a um país periférico e em tempos ainda de hegemonia neoliberal, mesmo que decadente, a exortação à nação servia para convalidar uma política econômica ultraliberal e de destruição planejada da capacidade de intervenção do Estado, o que claramente a contradiz. Como não faria nenhum sentido o "make Brazil great again", fica o “Brasil acima de tudo”, mas abaixo dos Estados Unidos.
Esse traço não estava presente na experiência pretérita do integralismo, entre outras razões, porque o momento histórico era outro. Vivia-se um período em que não só as classes médias —de onde provinham os quadros intelectuais mais importantes do integralismo—, mas parte significativa das próprias elites econômicas mostravam-se bem mais dispostas a apostar e agir pela construção, no Brasil, de um Estado nacional com relativa força.
Um fascismo ultraliberal como o de Bolsonaro seria viável? Até que ponto um movimento com essas características pode ser considerado fascista? É verdade que a maior parte das experiências historicamente identificadas como fascistas não foram economicamente liberais, bem ao contrário, mas isso não quer dizer que exista uma relação unívoca entre fascismo e estatismo.
Ludwig von Mises, no final dos anos 1920, exaltava as virtudes do líder dos camisas pretas italianos pelo resgate que este promovera do princípio da propriedade privada. O próprio Mussolini iniciou seu governo nos anos 1920 com o economista liberal Alberto De Stefani à frente do Ministério da Fazenda, concentrando-se inicialmente em realizar políticas de livre-comércio, redução de impostos, privatizações e cortes de gastos e empregos públicos. Foi somente durante a Grande Depressão dos anos 1930 que o governo fascista passou a investir em obras públicas para a geração de empregos e na socialização dos prejuízos de setores industriais.
Ainda que o ultraliberalismo econômico não sirva para descaracterizar o bolsonarismo como movimento fascista, é indubitável que a ideologia do Estado mínimo de Paulo Guedes distingue substancialmente o atual momento do fascismo brasileiro daquele dos anos 1930. Porém, mesmo considerando as diferenças, o bolsonarismo está muito mais próximo das marcas características do integralismo do que da tradicional direita conservadora brasileira, pela simples razão de que ambos, bolsonarismo e integralismo, representam um fenômeno mobilizador, que vem de baixo para cima.
Nos termos da historiadora Sandra Deutsch, os conservadores visam, sobretudo, manter uma ordem considerada em dissolução; os reacionários vão além, buscando conservar, mas também restaurar um passado mítico. Conservadores e reacionários podem até pregar vias autoritárias para atingir seus objetivos, mas não há neles, como há no fascismo, a pulsão mobilizadora de massas e do culto à violência, profundamente desumanizadora do “outro” configurado como uma mácula de grupo, tornando-o alvo de extermínio literal.
Quando, em 2015-2016, as elites tradicionais voltaram a se unir para derrubar o lulismo, fizeram-no de forma puramente restritiva, com o intuito de esvaziar o conteúdo social da Constituição de 1988. Pelejando para transformar a democracia em um mero arremedo oligárquico sem disfarce, o establishment social e econômico parecia então ter desistido de oferecer ao país uma alternativa crível.
É no vácuo deixado pelas forças tradicionais de direita que se compreende a possível retomada do fascismo à brasileira. Mesmo tendo sido oportunisticamente atiçado, no início, por uma oposição sem força eleitoral suficiente para derrotar a esquerda nas urnas, o bolsonarismo acabou libertando-se da tutela conservadora.
Eis a novidade: pela primeira vez na história do Brasil republicano, um autoritarismo vindo de baixo para cima não teve seu voo interceptado no meio do caminho por uma alternativa conjurada pelas elites, como se deu com Getúlio Vargas nos anos 1930 e com o golpe de 1964.
Na conjuntura 2015-2018, o bolsonarismo não apenas credenciou-se para exprimir, a seu modo, a raiva plebeia contra a destrutiva estagnação econômica, como também capitalizou para si, pelo menos em parte, a gradual corrosão da legitimidade dos que ocupavam e ocupam as posições altas do Estado e da sociedade, em sua patente incapacidade para estender, contra a penúria material e a insegurança crescente, o manto protetor das estruturas que comandam.
Nesse sentido, a extrema direita soube se aproveitar do impulso anti-institucional desperto pelas manifestações de 2013, com suas tópicas de antirrepresentação política e refratária aos modelos de governabilidade característicos da democracia pós-Constituição de 1988. De modo análogo às experiências clássicas, o fascismo à brasileira surfou nessa onda, apresentando-se como uma força que repudiava o jogo institucional predominante na vida política do país.
Cavalgando, assim, o corcel antissistêmico, Bolsonaro reatou o fio perdido do fascismo brasileiro com a energia que emergiu em junho de 2013, potencializada pela Operação Lava Jato. Depois de 40 anos de silêncio, o movimento bolsonarista resgatou grupos como Tradição, Família e Propriedade (TFP), as bases do janismo e do malufismo da década de 1980, caracterizadas pelo sociólogo Flávio Pierucci como protofascistas, e políticos como Enéas Carneiro, que no primeiro turno da eleição presidencial de 1994 chegou a ter 7,4% dos votos.
Diferentemente dos integralistas e seus camisas verdes, os bolsonaristas ainda não têm uma estrutura paramilitar organizada, mas conexões com as milícias policiais e a normalização de “camisas pardas” pró-Bolsonaro em espaços públicos apontam para este caminho: a sedimentação do apoio de massa a uma ideologia e movimento fascista à brasileira, com o cortejo de horrores que sempre traz consigo.
Parte da história moderna do país e um dos subprodutos de suas fundas mazelas, o fascismo à brasileira sempre esteve por aí, com seu rosto e gestos ameaçadores, ainda que, em geral, perambulando nas margens da vida nacional. Agora, contudo, galgou um dos centros decisórios do Estado brasileiro, o que significa que a velha ameaça logrou dar um alarmante salto de qualidade. É tarefa número um de todos os democratas não só impedir que ela se consume, mas fazê-la regredir ao espaço marginal de onde nunca deveria ter saído.
André Singer é professor titular do Departamento de Ciência Política da USP.
Christian Dunker é professor titular do Instituto de Psicologia da USP.
Cicero Araújo é professor titular do Departamento de Ciência Política da USP.
Felipe Loureiro é professor associado do Instituto de Relações Internacionais da USP.
Laura Carvalho é professora associada do Departamento de Economia da USP.
Leda Paulani é professora titular do Departamento de Economia da USP.
Ruy Braga é professor titular do Departamento de Sociologia da USP.
Vladimir Safatle é professor titular do Departamento de Filosofia da USP.
Intelectuais da USP comparam bolsonarismo ao movimento integralista da década de 1930
VÁRIOS AUTORES (nomes ao final do texto)
Folha de S. Paulo, 9.jun.2020 às 12h00
Atualizado: 9.jun.2020 às 15h30
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/06/por-que-assistimos-a-uma-volta-do-fascismo-a-brasileira.shtml?utm_source=mail&utm_medium=social&utm_campaign=compmail#erramos
[RESUMO] Professores da área de humanas da USP argumentam que a extrema direita brasileira atualiza, com particularidades históricas, discursos e estratégias da tradição fascista do país —visíveis no fundamentalismo religioso, na defesa da família patriarcal e no culto à violência—, que remonta ao integralismo liderado por Plínio Salgado.
*
A proposta presidencial, na reunião ministerial gravada em 22 de abril, de armar a população para a defesa daquilo que Jair Bolsonaro chama de “liberdade”; as agressões físicas e tentativas de intimidação a jornalistas e membros do Supremo Tribunal Federal (STF); o acampamento dos 300 do Brasil em Brasília —um grupo armado bolsonarista, segundo o Ministério Público do Distrito Federal; e a propalada ligação do bolsonarismo com as milícias são fatos que deram urgência à pergunta sobre se estamos diante de uma ascensão fascista no país.
Não existe um consenso entre estudiosos sobre a definição de fascismo. Em parte, a dificuldade vem da própria natureza do fenômeno, que escapa a identificações fáceis. O fascismo foi reacionário e revolucionário; buscou a tradição, mas admirava a tecnologia; pregava a ordem por meio da rebelião; apresentava-se contra o sistema, mas tinha fortes ligações com as elites; falava em povo, apesar de ser profundamente autoritário e de sufocar qualquer crítica à liderança.
Como argumenta o historiador Robert Paxton, talvez seja melhor guiar-se pela estrutura das paixões que caracterizaram o fascismo. Algumas delas foram o culto à violência e ao militarismo; a crença de que a salvação da pátria requer a eliminação dos inimigos internos por meio da mobilização permanente; o uso da identidade nacional através de uma concepção imunitária e agressiva de corpo social. Unindo tudo, a obediência ao líder, percebido como uma encarnação da vontade nacional.
Não se pretende enfrentar aqui a complicada e necessária discussão acadêmica sobre o caráter do fascismo em geral, que foge ao escopo de um artigo voltado para os temas urgentes da conjuntura brasileira. Deseja-se, antes, lembrar que o bolsonarismo ressoa discursos e estratégias de uma velha tradição fascista local, cuja atualização, nos parece, ajuda a explicar o que está acontecendo.
A AIB (Ação Integralista Brasileira), liderada por Plínio Salgado, formada em 1932, no contexto dos efeitos da Grande Depressão, constituiu uma importante iniciativa fascista. No seu auge, chegou a ter ao redor de um milhão de aderentes. Em 1938, após um fracassado golpe armado contra o Estado Novo varguista, a AIB se desintegraria, levando Plínio Salgado para o exílio em Portugal.
O líder integralista voltaria ao Brasil em 1946 para assumir a presidência do PRP (Partido de Representação Popular), agremiação que daria roupagem pseudodemocrática ao integralismo no contexto da democracia do pós-guerra. Após o golpe militar de 1964, o PRP seria extinto, dessa vez com a decretação do AI-2 por Castelo Branco. A filiação de Plínio Salgado e de seus seguidores mais fiéis ao partido pró-ditadura (Arena) acabaria por dispersar os herdeiros da AIB, tendência reforçada pela morte do líder integralista em 1975.
Os integralistas enxergavam a nação como um organismo em estado de profunda crise, ameaçada em sua unidade e ferida de morte pela corrupção oligárquica e por graves conflitos estaduais. Para os seguidores de Plínio Salgado, a nação também sangrava em função do materialismo e da insensibilidade dos liberais. Se ideologias radicais ateias e internacionalistas vingassem, alertavam os membros da AIB, isso representaria a própria morte do corpo social: a escravização do Brasil frente ao movimento comunista planetário.
Para salvar a nação, os integralistas defendiam o desmantelamento da democracia liberal e a construção de um “Estado orgânico”, baseado em representações corporativas (classes e grupos de interesse) e intermediadas por uma liderança incontestável —o “chefe nacional”. A corrupção oligárquica, o separatismo, o materialismo burguês, a desordem e os conflitos de classe representariam um repúdio profundo aos valores fundamentais e imutáveis da “alma brasileira”, entre os quais “os princípios eternos da religião do povo” e o “sentimento da família e dos deveres para com ela”.
Como se vê, a religião cristã e a família constituíam os pilares do projeto fascista brasileiro nos anos 1930. A partir da família patriarcal se ergueriam as bases da “família brasileira”, imersa nos princípios atemporais do cristianismo. Não à toa, o lema integralista era “Deus, Pátria, Família”. Colocava-se a pátria no meio dos dois sustentáculos da alma nacional —Deus e família— exatamente porque ela constituía, nos termos de Plínio Salgado, a “síntese do Estado e da nação”.
Há paralelismos na retórica de integralistas e bolsonaristas. A retomada da religião cristã —agora em versão neopentecostal—, da família e da pátria parece servir para rearticular um núcleo fascistizante de longa data na sociedade brasileira. É notória a relação existente entre Bolsonaro e parte dos líderes evangélicos. Uma aliança que repercute na popularidade de Bolsonaro entre os fiéis, assim como na adesão da chamada bancada da Bíblia aos projetos do governo federal.
A proximidade de Bolsonaro com um tipo de fundamentalismo religioso permite sublinhar a contraposição, tão cara às milícias virtuais alinhadas ao presidente, entre o “vagabundo” e o “pai de família”. Essa polaridade revela a intenção das hostes bolsonaristas de purificar violentamente a nação de seus “inimigos”.
Tal como o bordão deixa claro (“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”), a saída para acabar com a sangria do país, causada pela corrupção, crise na segurança pública e avanço do globalismo comunista, envolve colocar uma suposta homogeneidade nacional acima de quaisquer outras identidades e compromissos, respeitando seu pilar fundamental —a religião cristã—, algo que vai ao encontro das tradições do fascismo à brasileira.
O manifesto da Aliança pelo Brasil, partido em construção por Bolsonaro, afirma que o primeiro e mais importante objetivo da nova agremiação política será o de “respeitar Deus e a religião”, reconhecendo “o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro”. Segundo o manifesto, o brasileiro caracteriza-se por ser um povo “religioso e solidamente educado nas bases do cristianismo”. Mais do que isso: haveria no Brasil um verdadeiro amálgama entre Deus e nação, uma vez que esta última teria sido fundada sob a cruz (“Terra de Santa Cruz”), portanto alfabetizada e educada desde o início segundo o primado da religião cristã.
O mesmo manifesto da Aliança pelo Brasil caracteriza a família como “núcleo natural e fundamental da sociedade”. Trata-se, logicamente, de um tipo particular de família: patriarcal, monogâmica, heteronormativa e baseada em rígidos estereótipos de gênero.
Comportamentos e relações que se afastam desse padrão —de relações homoafetivas a estruturas familiares alternativas ao paradigma nuclear— não constituem meras questões de pluralidade afetiva, mas temas de segurança nacional (“chaga ideológica de nosso país”, diz o manifesto), sobre os quais o Estado, principalmente por meio de políticas educacionais e culturais, deve dedicar especial atenção.
A família também ocupa lugar decisivo no discurso de Bolsonaro, tanto porque se encontraria genericamente em perigo quanto pelo fato de que a “sua” família” constitui um valor tão supremo que se impõe ostensivamente a decisões políticas.
A família cristã é ainda um espaço pretensamente idílico, onde lugares de autoridade não estariam em conflito e divisões sociais de gênero não seriam questionadas. Em meio a uma sociedade antagônica, espera-se que a família cristã imponha a paz de uma ordem natural e, por isso, supostamente inquestionável do ponto de vista moral.
Os deslizes de estilo, as alterações de tom, as inadequações de vocabulário tornam-se, no interior do sistema de linguagem, a prova e a marca de autenticidade de Bolsonaro, criada pela dissolução da fronteira entre público e privado. É a linguagem de um pai que fala com a sua família, tomado pela cólera da impotência, revertida em delírio de perseguição, cujo objeto flutuante vai da imprensa às universidades e aos padrões não heteronormativos, calcado em neologismos como esquerdopata e gaysista.
Quanto à pátria, o assunto é mais complicado. O integralismo não só era crítico ao crescente controle da economia pelo “estrangeiro” —subordinador da pátria “às oscilações caprichosas de Londres e depois de Nova York”, nas palavras de Salgado—, como defendia a necessidade de forte intervenção do Estado na economia, coordenando a produção aos objetivos nacionais e protegendo os mais frágeis dos “abusos do capitalismo”.
Como sabemos, o bolsonarismo defende o contrário: se apresenta estranhamente submisso a outro país —no caso, aos Estados Unidos. O ideólogo máximo do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, vê no trumpismo a trincheira final da defesa da nação contra as garras do globalismo comunista —justificando, assim, o apoio de Bolsonaro a Donald Trump. Ao mesmo tempo, Bolsonaro vem aprofundando a agenda neoliberal e desmontando o Estado, o que deixa os mais vulneráveis crescentemente desamparados frente ao mercado.
Apesar de invulgar quando considerado do ponto de vista histórico, porque inverte o sentimento de proteção que liga as massas ao líder nas experiências clássicas, o script bolsonarista parecia caminhar relativamente bem até a eclosão da pandemia. As assim chamadas reformas estruturais, em sua maioria destinadas a flexibilizar o mercado, retirando direitos e garantias sociais consagrados na Constituição Federal de 1988, iam sendo efetivadas e socialmente aceitas; até porque faziam coro com a ideia da meritocracia, que já grassava há algum tempo dentre os setores médios, e que a ascensão do pentecostalismo, com sua teologia da prosperidade, ia ajudando a difundir junto aos pobres.
O fato é que, aclimatada a um país periférico e em tempos ainda de hegemonia neoliberal, mesmo que decadente, a exortação à nação servia para convalidar uma política econômica ultraliberal e de destruição planejada da capacidade de intervenção do Estado, o que claramente a contradiz. Como não faria nenhum sentido o "make Brazil great again", fica o “Brasil acima de tudo”, mas abaixo dos Estados Unidos.
Esse traço não estava presente na experiência pretérita do integralismo, entre outras razões, porque o momento histórico era outro. Vivia-se um período em que não só as classes médias —de onde provinham os quadros intelectuais mais importantes do integralismo—, mas parte significativa das próprias elites econômicas mostravam-se bem mais dispostas a apostar e agir pela construção, no Brasil, de um Estado nacional com relativa força.
Um fascismo ultraliberal como o de Bolsonaro seria viável? Até que ponto um movimento com essas características pode ser considerado fascista? É verdade que a maior parte das experiências historicamente identificadas como fascistas não foram economicamente liberais, bem ao contrário, mas isso não quer dizer que exista uma relação unívoca entre fascismo e estatismo.
Ludwig von Mises, no final dos anos 1920, exaltava as virtudes do líder dos camisas pretas italianos pelo resgate que este promovera do princípio da propriedade privada. O próprio Mussolini iniciou seu governo nos anos 1920 com o economista liberal Alberto De Stefani à frente do Ministério da Fazenda, concentrando-se inicialmente em realizar políticas de livre-comércio, redução de impostos, privatizações e cortes de gastos e empregos públicos. Foi somente durante a Grande Depressão dos anos 1930 que o governo fascista passou a investir em obras públicas para a geração de empregos e na socialização dos prejuízos de setores industriais.
Ainda que o ultraliberalismo econômico não sirva para descaracterizar o bolsonarismo como movimento fascista, é indubitável que a ideologia do Estado mínimo de Paulo Guedes distingue substancialmente o atual momento do fascismo brasileiro daquele dos anos 1930. Porém, mesmo considerando as diferenças, o bolsonarismo está muito mais próximo das marcas características do integralismo do que da tradicional direita conservadora brasileira, pela simples razão de que ambos, bolsonarismo e integralismo, representam um fenômeno mobilizador, que vem de baixo para cima.
Nos termos da historiadora Sandra Deutsch, os conservadores visam, sobretudo, manter uma ordem considerada em dissolução; os reacionários vão além, buscando conservar, mas também restaurar um passado mítico. Conservadores e reacionários podem até pregar vias autoritárias para atingir seus objetivos, mas não há neles, como há no fascismo, a pulsão mobilizadora de massas e do culto à violência, profundamente desumanizadora do “outro” configurado como uma mácula de grupo, tornando-o alvo de extermínio literal.
Quando, em 2015-2016, as elites tradicionais voltaram a se unir para derrubar o lulismo, fizeram-no de forma puramente restritiva, com o intuito de esvaziar o conteúdo social da Constituição de 1988. Pelejando para transformar a democracia em um mero arremedo oligárquico sem disfarce, o establishment social e econômico parecia então ter desistido de oferecer ao país uma alternativa crível.
É no vácuo deixado pelas forças tradicionais de direita que se compreende a possível retomada do fascismo à brasileira. Mesmo tendo sido oportunisticamente atiçado, no início, por uma oposição sem força eleitoral suficiente para derrotar a esquerda nas urnas, o bolsonarismo acabou libertando-se da tutela conservadora.
Eis a novidade: pela primeira vez na história do Brasil republicano, um autoritarismo vindo de baixo para cima não teve seu voo interceptado no meio do caminho por uma alternativa conjurada pelas elites, como se deu com Getúlio Vargas nos anos 1930 e com o golpe de 1964.
Na conjuntura 2015-2018, o bolsonarismo não apenas credenciou-se para exprimir, a seu modo, a raiva plebeia contra a destrutiva estagnação econômica, como também capitalizou para si, pelo menos em parte, a gradual corrosão da legitimidade dos que ocupavam e ocupam as posições altas do Estado e da sociedade, em sua patente incapacidade para estender, contra a penúria material e a insegurança crescente, o manto protetor das estruturas que comandam.
Nesse sentido, a extrema direita soube se aproveitar do impulso anti-institucional desperto pelas manifestações de 2013, com suas tópicas de antirrepresentação política e refratária aos modelos de governabilidade característicos da democracia pós-Constituição de 1988. De modo análogo às experiências clássicas, o fascismo à brasileira surfou nessa onda, apresentando-se como uma força que repudiava o jogo institucional predominante na vida política do país.
Cavalgando, assim, o corcel antissistêmico, Bolsonaro reatou o fio perdido do fascismo brasileiro com a energia que emergiu em junho de 2013, potencializada pela Operação Lava Jato. Depois de 40 anos de silêncio, o movimento bolsonarista resgatou grupos como Tradição, Família e Propriedade (TFP), as bases do janismo e do malufismo da década de 1980, caracterizadas pelo sociólogo Flávio Pierucci como protofascistas, e políticos como Enéas Carneiro, que no primeiro turno da eleição presidencial de 1994 chegou a ter 7,4% dos votos.
Diferentemente dos integralistas e seus camisas verdes, os bolsonaristas ainda não têm uma estrutura paramilitar organizada, mas conexões com as milícias policiais e a normalização de “camisas pardas” pró-Bolsonaro em espaços públicos apontam para este caminho: a sedimentação do apoio de massa a uma ideologia e movimento fascista à brasileira, com o cortejo de horrores que sempre traz consigo.
Parte da história moderna do país e um dos subprodutos de suas fundas mazelas, o fascismo à brasileira sempre esteve por aí, com seu rosto e gestos ameaçadores, ainda que, em geral, perambulando nas margens da vida nacional. Agora, contudo, galgou um dos centros decisórios do Estado brasileiro, o que significa que a velha ameaça logrou dar um alarmante salto de qualidade. É tarefa número um de todos os democratas não só impedir que ela se consume, mas fazê-la regredir ao espaço marginal de onde nunca deveria ter saído.
André Singer é professor titular do Departamento de Ciência Política da USP.
Christian Dunker é professor titular do Instituto de Psicologia da USP.
Cicero Araújo é professor titular do Departamento de Ciência Política da USP.
Felipe Loureiro é professor associado do Instituto de Relações Internacionais da USP.
Laura Carvalho é professora associada do Departamento de Economia da USP.
Leda Paulani é professora titular do Departamento de Economia da USP.
Ruy Braga é professor titular do Departamento de Sociologia da USP.
Vladimir Safatle é professor titular do Departamento de Filosofia da USP.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Caros amigos, apresento uma "live" que participei hoje mesmo.
Algumas discussões servem de contraponto ao que está sendo discutido nesse tópico.
Esse é o trabalho de um Historiador, de um Cientista Social.
Algumas discussões servem de contraponto ao que está sendo discutido nesse tópico.
Esse é o trabalho de um Historiador, de um Cientista Social.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
O vídeo está indisponível Bertola , não dá pra assistir nem no YouTube.
Cantão- Moderador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Eu estou revendo aqui agora...Cantão escreveu:O vídeo está indisponível Bertola , não dá pra assistir nem no YouTube.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Conseguiu Cantão?Cantão escreveu:O vídeo está indisponível Bertola , não dá pra assistir nem no YouTube.
Entra direto pelo you2b. Por aqui não entra mesmo.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Consegui entrar Mestre , acessei direto no Youtube , vou assistir...Mauricio Luiz Bertola escreveu:Eu estou revendo aqui agora...Cantão escreveu:O vídeo está indisponível Bertola , não dá pra assistir nem no YouTube.
Cantão- Moderador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Obrigado!Cantão escreveu:Consegui entrar Mestre , acessei direto no Youtube , vou assistir...Mauricio Luiz Bertola escreveu:Eu estou revendo aqui agora...Cantão escreveu:O vídeo está indisponível Bertola , não dá pra assistir nem no YouTube.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Grande Alencar , como está brother ? Tudo bem com você e a família ? Abraço...Alencar escreveu:Que alívio não ter minions aqui!
Cantão- Moderador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Cantão escreveu:Grande Alencar , como está brother ? Tudo bem com você e a família ? Abraço...Alencar escreveu:Que alívio não ter minions aqui!
Fala Cantão!! quanto tempo! tudo em paz! e com vc? tudo certo?
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Tudo certo irmão , levando a vida , por aqui estão todos bem...estou na quarentena e aguardando uma cirurgia de hérnia inguinal , mas de resto tudo bem sim...Alencar escreveu:Cantão escreveu:Grande Alencar , como está brother ? Tudo bem com você e a família ? Abraço...Alencar escreveu:Que alívio não ter minions aqui!
Fala Cantão!! quanto tempo! tudo em paz! e com vc? tudo certo?
Cantão- Moderador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Maravilha. A conversa foi boa. Eu tenho um bom know-how relativo a modelos de contratos de concessão, desestatização, estudos de viabilidade técnica e econômica, lei de licitações e etc, porque uso no trabalho e ainda assim fiquei surpreso com diversos pontos levantados durante o bate-papo. Parabéns professor, Cezar e Paulo. Agregou bastante!!!Mauricio Luiz Bertola escreveu:Caros amigos, apresento uma "live" que participei hoje mesmo.
Algumas discussões servem de contraponto ao que está sendo discutido nesse tópico.
Esse é o trabalho de um Historiador, de um Cientista Social.
Convidado- Convidado
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Em 1 mês foram criadas 204 páginas neonazistas no Brasil.
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-10/sites-neonazistas-crescem-no-brasil-espelhados-no-discurso-de-bolsonaro-aponta-ong.html
Intolerância com base na ideologia nazista de superioridade e pureza de determinada raça com recursos de agressão, humilhação e discriminação é neonazismo.
Quem fabrica, comercializa, distribui ou veicula símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda com símbolos (como a cruz suástica) e defesa do pensamento nazista é neonazista.
Grupos brasileiros que professam ideias ultranacionalistas, racistas, xenófobas e discriminatórias com apologia, em maior ou menor grau, ao uso da violência, são grupos neonazistas.
Na Internet a Safernet atua para coibir este tipo de utilização da web.
Denuncie : https://new.safernet.org.br/denuncie
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-10/sites-neonazistas-crescem-no-brasil-espelhados-no-discurso-de-bolsonaro-aponta-ong.html
Intolerância com base na ideologia nazista de superioridade e pureza de determinada raça com recursos de agressão, humilhação e discriminação é neonazismo.
Quem fabrica, comercializa, distribui ou veicula símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda com símbolos (como a cruz suástica) e defesa do pensamento nazista é neonazista.
Grupos brasileiros que professam ideias ultranacionalistas, racistas, xenófobas e discriminatórias com apologia, em maior ou menor grau, ao uso da violência, são grupos neonazistas.
Na Internet a Safernet atua para coibir este tipo de utilização da web.
Denuncie : https://new.safernet.org.br/denuncie
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
O bolsonarismo é uma doença, uma doença moral:
https://revistaforum.com.br/coronavirus/video-bolsonarista-arranca-cruz-em-ato-por-mortos-pela-covid-19-em-copacabana-e-pai-de-vitima-recoloca/
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/06/09/reitoria-divulga-nota-de-repudio-ao-ataque-cibernetico-racista
https://revistaforum.com.br/coronavirus/video-bolsonarista-arranca-cruz-em-ato-por-mortos-pela-covid-19-em-copacabana-e-pai-de-vitima-recoloca/
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/06/09/reitoria-divulga-nota-de-repudio-ao-ataque-cibernetico-racista
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
De fato, estão meio sumidos ultimamente... deve ter batido desânimo e/ou vergonha.Alencar escreveu:Que alívio não ter minions aqui!
JAZZigo- FCBR-CT
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Paulo Penna- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Ae Penna
Pode quebrar vidraça de banco?
E tacar fogos num prédio público de autoridades?
Só responder, sem vídeo de youtoba, beleza?
Pode quebrar vidraça de banco?
E tacar fogos num prédio público de autoridades?
Só responder, sem vídeo de youtoba, beleza?
AndréBurger- Membro
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Localização : São Paulo
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Brother Paulo... Vindo de quem por profissão defende as leis e a constituição, isso me choca profundamente...
Cê tá por dentro de todas as atitudes antidemocráticas e inconstitucionais, tomadas quase que diariamente pelo er... Presidente... Né???
Se ligou que as ações pro controle da crise causada pela pandemia, foram ridicula e criminosamente tomadas pela defesa do empresariado, sem levar em consideração a segurança da população, mostrando inclusive profundo desprezo pela vida dos mais pobres e dos idosos, certo??
Por fim, tem de admitir que o atual governo é formado pelos piores bandidos que o caráter do presidente foi capaz de atrair. Pessoas de incompetência máxima, burrice nível hard e caráter zero, ok??
Porque a bronca com o STF?
Cê tá por dentro de todas as atitudes antidemocráticas e inconstitucionais, tomadas quase que diariamente pelo er... Presidente... Né???
Se ligou que as ações pro controle da crise causada pela pandemia, foram ridicula e criminosamente tomadas pela defesa do empresariado, sem levar em consideração a segurança da população, mostrando inclusive profundo desprezo pela vida dos mais pobres e dos idosos, certo??
Por fim, tem de admitir que o atual governo é formado pelos piores bandidos que o caráter do presidente foi capaz de atrair. Pessoas de incompetência máxima, burrice nível hard e caráter zero, ok??
Porque a bronca com o STF?
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Uma das características básicas do fascismo é criar uma distorção proposital do Direito.
Quem conhece os julgamentos feitos pelo juiz nazista Roland Freisler conhece bem tais trâmites.
Ou seja: Para os fascistas o único Direito que lhe interessa é o que lhe favoreça...
Quem conhece os julgamentos feitos pelo juiz nazista Roland Freisler conhece bem tais trâmites.
Ou seja: Para os fascistas o único Direito que lhe interessa é o que lhe favoreça...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Alencar escreveu:Que alívio não ter minions aqui!
Não é só aqui meu amigo. Se olhar bem muitos sumiram do fórum. Isso aqui já foi melhor quando era um fórum de contrabaixo e sem partido.
kkk...fiquem a vontade, agora ele é só de quem pensa igual a vcs.
NeyBass- Membro
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Localização : MT
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Particularmente não fazem nenhuma falta! E sim, a maioria das pessoas com bom senso pensa de forma semelhante sobre alguns assuntos.
Na verdade, eles sumiram de vergonha! Não por causa da orientação política de pessoas que são, inclusive, minoria no fórum.
Além do mais, os fóruns técnicos seguem preservados.
Mas eu entendo que pra Minions e isentões (uma subespécie de minion) o simples fato de que existam pessoas com pensamentos diferentes dessa zona ideológica sem vergonha, perpretada pelo Capitão Hemorróida, é motivo para não dividir espaço.
É meio que a piada do corno que vendeu o sofá...
Na verdade, eles sumiram de vergonha! Não por causa da orientação política de pessoas que são, inclusive, minoria no fórum.
Além do mais, os fóruns técnicos seguem preservados.
Mas eu entendo que pra Minions e isentões (uma subespécie de minion) o simples fato de que existam pessoas com pensamentos diferentes dessa zona ideológica sem vergonha, perpretada pelo Capitão Hemorróida, é motivo para não dividir espaço.
É meio que a piada do corno que vendeu o sofá...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:^Particularmente não fazem nenhuma falta! E sim, a maioria das pessoas com bom senso pensa de forma semelhante sobre alguns assuntos.
Na verdade, eles sumiram de vergonha! Não por causa da orientação política de pessoas que são, inclusive, minoria no fórum.
Além do mais, os fóruns técnicos seguem preservados.
Mas eu entendo que pra Minions e isentões (uma subespécie de minion) o simples fato de que existam pessoas com pensamentos diferentes dessa zona ideológica sem vergonha, perpretada pelo Capitão Hemorróida, é motivo para não dividir espaço.
É meio que a piada do corno que vendeu o sofá...
Essa do corno não fiquei sabendo, conta aí a experiência ...
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
Localização : MT
Quem tá vivo sempre aparece...
Bozo hoje saiu do Alvorada cedinho e nem parou para adular sua claque de plantão. Foi direto pro Planalto. O que será que tá pegando?!
JAZZigo- FCBR-CT
- Mensagens : 16657
Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Não posso. O corno é sempre o último a saber...NeyBass escreveu:Rico escreveu:^Particularmente não fazem nenhuma falta! E sim, a maioria das pessoas com bom senso pensa de forma semelhante sobre alguns assuntos.
Na verdade, eles sumiram de vergonha! Não por causa da orientação política de pessoas que são, inclusive, minoria no fórum.
Além do mais, os fóruns técnicos seguem preservados.
Mas eu entendo que pra Minions e isentões (uma subespécie de minion) o simples fato de que existam pessoas com pensamentos diferentes dessa zona ideológica sem vergonha, perpretada pelo Capitão Hemorróida, é motivo para não dividir espaço.
É meio que a piada do corno que vendeu o sofá...
Essa do corno não fiquei sabendo, conta aí a experiência ...
Ahahahahahahahahahahah!!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:Não posso. O corno é sempre o último a saber...NeyBass escreveu:Rico escreveu:^Particularmente não fazem nenhuma falta! E sim, a maioria das pessoas com bom senso pensa de forma semelhante sobre alguns assuntos.
Na verdade, eles sumiram de vergonha! Não por causa da orientação política de pessoas que são, inclusive, minoria no fórum.
Além do mais, os fóruns técnicos seguem preservados.
Mas eu entendo que pra Minions e isentões (uma subespécie de minion) o simples fato de que existam pessoas com pensamentos diferentes dessa zona ideológica sem vergonha, perpretada pelo Capitão Hemorróida, é motivo para não dividir espaço.
É meio que a piada do corno que vendeu o sofá...
Essa do corno não fiquei sabendo, conta aí a experiência ...
Ahahahahahahahahahahah!!!!
Normal....esses traumas vão passar, tenha fé
NeyBass- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^^Isso! Reze pro deus nazicristão da goiabeira.
Quanto a traumas, pelo visto não é problema meu, rsrsrs...
Quanto a traumas, pelo visto não é problema meu, rsrsrs...
Rico- Eterno Colaborador
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Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^O bom é que qualquer um, aliás, qualquer coisa que puserem no lugar desse idiota, será menos imbecil e mais competente que ele.
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Paulo Penna- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Petê??
Porque toda bosta do bozonaro sempre é acompanhada de um "E o petê"????
Não seria melhor defender sua opinião apresentando os motivos (se é que é possível) pra pedir o fechamento do STF???
Eu hein...
Porque toda bosta do bozonaro sempre é acompanhada de um "E o petê"????
Não seria melhor defender sua opinião apresentando os motivos (se é que é possível) pra pedir o fechamento do STF???
Eu hein...
Rico- Eterno Colaborador
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:Petê??
Porque toda bosta do bozonaro sempre é acompanhada de um "E o petê"????
Não seria melhor defender sua opinião apresentando os motivos (se é que é possível) pra pedir o fechamento do STF???
Eu hein...
Parece-me que essa vai ser a tônica da seita bolsonarista, a partir de agora. Tenho um exemplo "em casa", meu sogro... Até recentemente, exaltava o "combate à corrupção" e o "conserto do estado". Inúmeras lambanças depois com milícias, Queiroz, cabidão de empregos para militares, naufrágio da economia, saúde e educação, além de total e absoluta inexistência de qualquer plano de governo, por mais simples que seja, o levaram, agora, a simplesmente voltar a criticar Lula, Dilma, PT, etc, etc, etc... Ladainha conhecida e repetitiva que vamos ouvir muito de agora em diante.
peter.forc- Membro
- Mensagens : 1092
Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
peter.forc escreveu:
Parece-me que essa vai ser a tônica da seita bolsonarista, a partir de agora. Tenho um exemplo "em casa", meu sogro... Até recentemente, exaltava o "combate à corrupção" e o "conserto do estado". Inúmeras lambanças depois com milícias, Queiroz, cabidão de empregos para militares, naufrágio da economia, saúde e educação, além de total e absoluta inexistência de qualquer plano de governo, por mais simples que seja, o levaram, agora, a simplesmente voltar a criticar Lula, Dilma, PT, etc, etc, etc... Ladainha conhecida e repetitiva que vamos ouvir muito de agora em diante.
2
Coincidentemente meu sogro também é membro da seita. Mesmo discurso! Ontem falávamos sobre Queiroz... ele se blindou e parecia que nem ouvia os argumentos. Nem levei a diante a conversa.
Convidado- Convidado
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