Arrependimento? Saudades? ou experiência?

Hoje, depois de tantos e tantos anos, sendo músico (nada de destaque mas por realização), como alguns sabem, pude experimentar vários e vários contrabaixos e equipamentos. Já disse várias vezes: Agora é definitivo... E um mês depois.....

Atualmente, fico pensando sobre isso, de ter um equipamento mas para parar com essa compra desenfreada. Apesar de que, sendo sincero, faz mais de ano que não cometo uma loucura do tipo: Dou um jeito de pagar ou passo o cartão em vezes, para adquirir algo de música. Cheguei, em uma época da vida, a comprar um baixo (com rolo, lógico) em que eu paguei uma parcela gorda do acordado baixo e deixei de pagar a conta de luz que já estava atrasada... Por que eu fazia isso, hein!? G.A.S. fi di mãe...

Hoje, entendo um pouco que vai mais de uma vibe que você tem no momento. Por exemplo, com alguns baixos bem bacanas que eu tenho aqui em casa, tenho preferido pegar um PB SX que coloquei um cap fender e ficar brincando, de vez brincar com o super power SMartyn 36" ou o factor ou o sandberg. E mesmo meio a essa pandemia, fico querendo recomprar um Lakland 55-02 ou um TRB 5 II ou 6 II novamente.

Será que sou louco? Será que tenho síndrome de acumulação? Preciso me tratar (não precisa responder a estar pergunta não, hahahaha)?

Cara... Teria que ser psicólogo para responder a última pergunta e só depois de algumas seções (suponho) kkkk

Mas na boa... Comprar baixo novo é demais! Nunca cheguei ao nível de comprometer minha renda, mas já troquei de baixo em intervalos de dois meses. No meu caso não me apego e por isso o turn over não me permite ter mais que três ao mesmo tempo. Quase sempre uso um na permuta e pago a diferença.

Arrependimento não, saudades sim e experiência sempre!

Claro que é ! Pbass? Não pode! Afinal ele não corta o mix!
Aprendi isso aqui no fórum!
Mas se quiser uns mil baixoēs porretas de luthier macanodo, aí pode!

Pra mim a experiência de um instrumento diferente em mãos é unica. Ainda mais quando é algo que você sempre quis.

Esse nível de deixar de pagar uma conta acho meio perigoso. Mas provavelmente houve um julgamento seu na hora de que seria ok, então não vejo problema.

Dentro do bom-senso de cada um, acho que não existe certo ou errado nas relações com os instrumentos. De minha parte sempre levei muito tempo para "descobrir" um instrumento - mesmo ciente do que ele podia ou não me oferecer. Então costumo ficar muito tempo com eles. Nunca (precisei) investi(r) mais do que eu podia numa aquisição e nem me sinto tentado facilmente - principalmente agora que já sei o que eu procuro num contrabaixo. Me sinto confortável com meu set atual (embora ainda nutra uma simpatia descompromissada pelos EB-0 - e platônica pelos RKs). Abraço.

Eu acho que essa sindrome não acomete apenas ao instrumento em si, mas a amplificadores, caixas e etc. eu agora acho que sosseguei um pouco

Você pode ter muita coisa, mas se tudo aquilo foi de forma consciente, sabendo o que você queria, pesquisando, isso eu acho legal.

O que eu não entendo é gente que compra e logo vende, depois logo troca, e troca de novo, aí vende, depois compra outro. E repete isso com uma frequência absurda. Pra mim isso aí já é um distúrbio.

Toco com um guitarrista que, a cada ensaio/show é um negócio novo: um pedal diferente, um amp diferente, uma guitarra diferente (é sério). Vive comprando, vendendo e trocando equipamento.
Resultado: o cara tá sempre perdido e indeciso com esse negócio de timbre, nunca tá contente.

Jãozeiro escreveu:Você pode ter muita coisa, mas se tudo aquilo foi de forma consciente, sabendo o que você queria, pesquisando, isso eu acho legal.

O que eu não entendo é gente que compra e logo vende, depois logo troca, e troca de novo, aí vende, depois compra outro. E repete isso com uma frequência absurda. Pra mim isso aí já é um distúrbio.

Toco com um guitarrista que, a cada ensaio/show é um negócio novo: um pedal diferente, um amp diferente, uma guitarra diferente (é sério). Vive comprando, vendendo e trocando equipamento.
Resultado: o cara tá sempre perdido e indeciso com esse negócio de timbre, nunca tá contente.

concordo com vc
tanto que nunca compro no escuro. sei o que quero, e poucas vezes me desfiz de algo que comprei

EU cheguei a recomprar itens que eu vendi.
Inclusive, um dos itens que tenho aqui e quase vendi novamente, que é o Sandberg.

Eu que uso como ferramenta de trabalho já fiz várias loucuras edssa estilo Guilherme de atrasar algo para pegar equipo mas vejo sempre como investimento.
Mas engraçado que estou em uma fase minimalista tocado com um baixo só, obviamente de olho em outro similar para não perder o costume rsss, mas estou mais interessado nos aspectos musicais e em dominar o que tenho na mão até porque nessa fase meu GAS é por gigs e cachês mas se focar no desenvolvimento e no bom uso de recursos a GAS se acalma.

Saudades talvez do Dingwall AB6 foi num momento de falta de grana mas com dor no coração. Hoje talvez bodeasse logo dele que a B não me encanta mais mas....

É disso que eu estou falando...
Você já se declarou um sem Bzona mas, mesmo assim, tem vontade de um baixo que passou por sua mão, mesmo sabendo que ele não será mais tão útil.

Rapaz...
Eu já tive uns baixos e trocava muito de instrumento. Depois sosseguei um pouco.

Acho que eu gosto de tocar com todos ele e não bater aquela vontade de ter outro. 

A não ser que o cara venha com um Warwick Stage II - 6 Cordas. Aí eu vou fazer uma loucura e ter.

kkkkkkkkkkkkkkkk

Jãozeiro escreveu:O que eu não entendo é gente que compra e logo vende, depois logo troca, e troca de novo, aí vende, depois compra outro. E repete isso com uma frequência absurda. Pra mim isso aí já é um distúrbio.

Resultado: o cara tá sempre perdido e indeciso com esse negócio de timbre, nunca tá contente.

Posso teclar umas linhas sobre isso com certa propriedade, pois já me vi assim.

Isso não é necessariamente ruim, pois pode ser que você vá se descobrindo dessa forma. Algumas pessoas conseguem, somente com base no que leem e ouvem, chegar a conclusão do que querem/precisam em relação a timbres/instrumentos, enquanto que outras não, só descartam ou aderem a algo depois de terem experimentado. Eu já tive baixo que não compraria hoje em dia nem se viesse pintado de ouro, mas também já tive boas surpresas com aquisições. Isso posto, já tenho certa noção do que funciona ou não na minha mão...

Um bom exemplo pessoal meu foram os fretless... comprei um Giannini JB e não deu liga na massa, não porque eu não tenha gostado, mas sim porque rapidamente percebi que seria preciso investir um tempo que eu não disponho para minimamente tocar afinado naquele tipo de baixo. Mesmo com essa conclusão, recentemente peguei um SX JB fretless de um amigo que estava a venda e quase fiquei com o baixo (mesmo sabendo que minha disponibilidade de tempo continua a mesma)!!!

Um amigo meu é guitarrista, o pai é pastor de uma igreja e tinha um baixo Squier; ele vendeu pra comprar um Tagima Tw65, acreditando na lábia de vendedor de uma loja aqui da cidade.

Toda vez que me olha com meu Tw65, ele fala que lembra disso e dá um desgosto nele

gsfteodoro escreveu:EU cheguei a recomprar itens que eu vendi.

Eu cheguei a vender um baixo pra você (que você fez o upgrade) e recomprei.
Hahahhahaahhaha.

Hoje to parado, minhas duas ultimas aquisições foram pro puro capricho estetico (uma telecaster e um PB).
Precisar eu não preciso de mais nada, mas vira e mexe to olhando os classificados.
Confesso que, quando um baixo que ja foi meu é anunciado, dá uma vontade de recomprar.
Acho que tenho um pouco de GAS/Acumulismo em mim.

Acumulação é algo muito comum nos dias de hoje.

Algumas vezes tem dinheiro envolvido (compra de instrumentos e gears por exemplo), mas outras não. Tem muitos casos de gente com dinheiro que vai pegando lixo de outras pessoas e guardando em casa.

Eu mesmo tenho um certo receio de me desfazer de roupas que eu acho que ainda posso usar. Por isso eu evito sempre de comprar roupas ou sapatos. Meu guarda roupas já está abarrotado.

Tem muitos reality shows na tv mostrando isso.

Antigamente essa mania era bem mais inocente e tinha o nome de "coleção".

Eu nunca me arrependi de nada, mas se eu começasse sabendo o que sei hoje, talvez eu não tivesse adquirido os meus baixos de 5 cordas...

Eu já me arrependi algumas vezes sim, um exemplo foi quando fiz a besteira de me desfazer do G&L L2500 Tribute Series, de lá pra cá já tive muita coisa melhor do que ele, mas foi um baixo que deixou muita saudade e pra compensar a besteira que fiz precisei me desfazer de outras coisas, ou seja, tomei um prejuízo considerável. Os mais antigos devem lembrar daquele Jass Bass D'Mark com encaixe da chave do tensor espanado... essa talvez tenha sido a maior besteira que já fiz por conta da G.A.S.

Por outro lado, todas as trocas, rolos, permutas ou como preferirem chamar me proporcionaram muita experiencia no que diz respeito a equipamentos distintos, marcas e tals, principalmente por eu ser uma pessoa de renda média/baixa. Jamais teria conseguido ter em mãos quase todos os instrumentos que já sonhei em ter, se dependesse unicamente de comprá-los.

Já me enrolei financeiramente por conta de aquisições mal planejadas motivadas unicamente pelo desejo incontrolável de ter. Hoje, tudo que pretendo adquirir é muito bem pensado, principalmente se eu precisar de alguma forma investir algum dinheiro. Acho que o passar dos anos, o casamento, a chegada dos filhos e toda a responsabilidade de ser um pai de família me fizeram amadurecer de alguma forma.

Estou "curado"? Não, pois acabei de fazer um rolo em meio a todo esse caos que a sociedade tem vivido e aguardo levemente ansioso a chegado do novo baixo. E pretendo ainda este ano trocar mais uns pedaizinhos kkkkkkkkk

Sou louco? Como disse no Alex Costa: Quem não é?

Fazendo um balanço geral, considero toda essa minha experiencia com compra, venda e trocas muito mais positiva do que negativa. Todo o conhecimento adquirido em todo esse processo de cerca de 15 anos de convivência com a G.A.S.(muito mais intensa depois que entrei aqui) foi muito importante para eu ser a pessoa e o "contrabaixista" que sou hoje.

Só contabilizando, foram 23 baixos, fora os dois que tenho hoje e 56 pedais(alguns repetidos) fora os 5 que tenho hoje.

Apesar de ter algumas coisas "definitivas" há muito tempo, eu também já tive uns momentos com maior rotatividade. Eu nunca fiz nenhum negócio que eu não pudesse pagar ou que prejudicasse muito as finanças. Sinceramente, eu não tenho coragem de deixar de pagar uma conta básica para ir atrás de equipo.

Dito isso, eu acho que a experiência de ter testado vários equipamentos foi muito legal. Porém, eu acho que em muitos casos faltou critério musical da minha parte e na hora de comprar/vender a parte financeira falou mais alto. Hoje em dia eu negocio muito menos do que no passado e só entro em alguma dividida se não for para colocar dinheiro (troca direta) ou tento vender antes e depois comprar (se não for possível fazer isso eu compro e depois mantenho o propósito de vender alguma coisa para não ficar acumulando). Na realidade, depois de um tempo e com medo de ficar no prejuízo, eu só comprava alguma coisa depois de muita pesquisa e quando eu tivesse certeza que conseguiria revender o produto por valor próximo ao que paguei.

No final do dia, eu vejo que passei muito mais tempo pesquisando sobre especificações técnicas dos equipamentos e como era o mercado musical, do que estudando música e os equipamentos que eu tinha. Hoje me envolvo muito menos com música, mas acho que no passado eu fui muito mais um negociador de equipamento do que um músico.

Uma das coisas bacanas de localizar suas postagens antigas perdidas pelo Fórum é que você pode fazer uma análise sincera em relação ao que pensava e pensa kkk

Desse Ibanez não tenho saudade nem das fotos... muito feliz por tê-lo passado adiante Depois disso tive vários 5 cordas e um Ibanez SR 506 (6 cordas), que está  comigo até hoje e de fato... adorei a experiência!

O legal é que naquela foto, minha esposa, alí atrás estava buchuda da minha filha que hoje tem 6 anos. Essa mesma esposa hoje está grávida, só que agora de gêmeos      



Cheguei a gravar um vídeo tocando um slap porcamente com esse baixo pouco tempo depois que ela nasceu. Só não excluo esse vídeo porque gosto da lembrança  

^Postagem muito legal, Henri-Q!
Seria legal se o Fórum tivesse um "lembrador" que, de tempos em tempos, nos chamasse a atenção para algo que compartilhamos no passado.. Pode parecer bobagem mas ajuda bastante a refletir e amadurecer. Parabéns pela menina também! Abraço.

Parabéns pelos Gêmeos!

Se isso ocorre comigo, eu surto e dou um tiro na cabeça!
Caralhoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Não tenho estrutura financeira e nem psicológica pra tal.

Só em saber que nenhum familiar me ajuda em p**** nenhuma e não posso contar com isso pra nada...já me deixa preocupado

Henri-Q escreveu:Uma das coisas bacanas de localizar suas postagens antigas perdidas pelo Fórum é que você pode fazer uma análise sincera em relação ao que pesava e pensa kkk

Desse Ibanez não tenho saudade nem das fotos... muito feliz por tê-lo passado adiante Depois disso tive vários 5 cordas e um Ibanez SR 506 (6 cordas), que está  comigo até hoje e de fato... adorei a experiência!

O legal é que naquela foto, minha esposa, alí atrás estava buchuda da minha filha que hoje tem 6 anos. Essa mesma esposa hoje está grávida, só que agora de gêmeos      

Lembro de quando postou isso... parabéns pelos gêmeos Henrique...

Henri-Q escreveu:Essa mesma esposa hoje está grávida, só que agora de gêmeos

Aeeeewwww, parabens!

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Valeu galera!

Juninho... quando a médica falou que eram dois assustou um bocado. Agora estou acostumado com a ideia e ansioso. Estamos no terceiro mês de gestação.

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valeu

Parabéns! Muita saúde para as crianças

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Valeu Bruno

Parabéns pelos gêmeos, meu caro!

Em tempo: Me lembrei agora de um grande amigo que há muito não vejo (e baterista com o qual toquei), pai de trigêmeos.

Lembro-me de ter perguntado para ele, na época, se ele estava precisando de alguma coisa e a resposta imediata foi "fraldas".

Parabens pelos gêmeos!

Meus filhos também são gêmeos, um casal e completarão 6 anos em junho. Prepare-se para a pedrada quando nascerem! quase ficamos loucos nos 2 primeiros anos. Virei praticamente um zumbi, ainda mais pq nasceram em um país longinquo (Russia). Mas no final é so alegrias!

Zubrycky escreveu:Parabéns pelos gêmeos, meu caro!

Em tempo: Me lembrei agora de um grande amigo que há muito não vejo (e baterista com o qual toquei), pai de trigêmeos.

Lembro-me de ter perguntado para ele, na época, se ele estava precisando de alguma coisa e a resposta imediata foi "fraldas".

Obrigado Zubrycky

Uau!!! Trigêmeos  

BLZENI escreveu:Parabens pelos gêmeos!

Meus filhos também são gêmeos, um casal e completarão 6 anos em junho. Prepare-se para a pedrada quando nascerem! quase ficamos loucos nos 2  primeiros anos. Virei praticamente um zumbi, ainda mais pq nasceram em um país longinquo (Russia). Mas no final é so alegrias!

Valeu por compartilhar. Estamos preparados para uma operação de guerra mesmo rsrsrs... pelos relatos de pessoas que já passaram por essa situação, entendemos que não será fácil! Porém me apoio nesse final aí... Mas no final é so alegrias! kkkk

Henri-Q escreveu:Essa mesma esposa hoje está grávida, só que agora de gêmeos

Que legal!!! Parabéns ai Henri-Q

Poderíamos fazer um chá de fraldas aqui no TÓPICO.

Chegar mais perto me lembre...

Melhor deixar no gelo... ia sair caro a brincadeira