Covid-19 #2

Como diz a célebre frase erroneamente atribuída à Charles De Gaulle, "o Brasil não é um país sério".

Rico escreveu:

Sonikado escreveu:

Maurício_Expressão escreveu:A imagem internacional do país que nasci e que amo está muito prejudicada.

Não vivi muito tempo, tenho apenas 25 anos de vida. Nos aproximados 15 anos de lucidez mental, ouso dizer que a imagem internacional do país não está tão diferente assim.

Pois eu que já vivi quase o dobro, te digo que a imagem do país é a pior no período pós ditadura. Nem vou perder tempo postando publicações do mundo inteiro. Isso já foi mostrado à exaustão no país fascista. Vai lá...

Vou te fazer uma pergunta que o Alex já entendeu o que eu quis dizer:

É melhor ter milhares de publicações (que ninguém lê, porque fica td no rodapé - Trump ou o loirão da inglaterra dão manchetes melhores) falando mal do Brasil ou sermos tão irrelevantes que ninguém fala absolutamente nada?

Hoje a gente ganha alguns holofotes e muita gente falando mal. Antes disso mal sabiam que existíamos.

O gringo médio não poderia se importar menos com nossa pífia existência.

Agora a gente tem algum destaque porque corremos pro TOP 3 países corona. Só que, mundialmente, o corona vírus já não é mais manchete - O destaque agora é o negro que morreu nos EUA. Qualquer manchete que o Brasil poderia ter em relação a isso agora está oficialmente na "pagina 2".

Zubrycky escreveu:

WHead escreveu:Bolsonaro ordenou atrasar boletins para não passar em telejornais.

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/06/05/interna_politica,861307/covid-19-bolsonaro-ordenou-atrasar-boletins-nao-passar-em-telejornais.shtml

Após a decisão, que foi tomada nesta semana, as informações diárias sobre a pandemia passam a ser divulgadas às 22 horas.

Fiquei em dúvida se essa notícia deveria figurar nesse tópico ("Covid-19") ou no "Já Somos um País Fascista"..
Em todo caso, cabe a quem interessar, atentar-se pra mais esse desafio: o de obter (a já pouco confiável) informação oficial.
E o discurso hipócrita da atual gestão, que "se indignava" com abusos semelhantes partidos da China, Rússia, Irã, Venezuela, Cuba etc. entra, cada dia mais, pro folclore político brasileiro.

Os extremos sempre se encontram, no fim das contas.

Zubrycky, embora possa parecer bastante clara - e até tentadora - a teoria da ferradura é bastante frágil e superficial visto que basicamente se sustenta sobre a oposição ao “status quo” das democracias liberais que ambos os espectros políticos fazem - mas por razões diametralmente opostas. Quando tudo isso passar, espero que tenhamos mais tranquilidade para essa análise.

Por agora, tenho acompanhado o aplicativo da Unesp que monitora em tempo real a tendência de aceleração ou desaceleração do crescimento da doença (https://theguarani.com.br) e ele expõe a contradição das medidas de flexibilização em plena fase aumento exponencial da doença.

https://www2.unesp.br/portal#!/noticia/35798/cientistas-da-unesp-desenvolvem-acelerometro-da-covid-19

Pior: em regiões como a minha (Vale do Paraíba), onde ainda estamos em fase lenta, deveríamos estar tomando medidas de enfrentamento - mas estamos passando por um relaxamento ainda maior!

https://www.ovale.com.br/_conteudo/especial/2020/06/105923--acelerometro--monitora-propagacao-de-virus-e-aponta-risco-de-nova-onda.html

Sem uma política nacional para a crise, submetidos à pressões econômicas e sem engajamento social, estamos praticamente sendo empurrados para a tal imunização do rebanho - a mesma que sacrificou tantas vidas na Itália e Espanha.

https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2020/03/23/italia-e-espanha-evidenciam-que-imunizacao-do-rebanho-mata-o-rebanho.amp.htm

https://oglobo.globo.com/sociedade/coronavirus/populacao-foi-liberada-para-ir-ao-abatedouro-diz-integrante-do-portal-covid-19-brasil-sobre-reducao-do-distanciamento-24459467

Sonikado escreveu:

Rico escreveu:

Sonikado escreveu:

Maurício_Expressão escreveu:A imagem internacional do país que nasci e que amo está muito prejudicada.

Não vivi muito tempo, tenho apenas 25 anos de vida. Nos aproximados 15 anos de lucidez mental, ouso dizer que a imagem internacional do país não está tão diferente assim.

Pois eu que já vivi quase o dobro, te digo que a imagem do país é a pior no período pós ditadura. Nem vou perder tempo postando publicações do mundo inteiro. Isso já foi mostrado à exaustão no país fascista. Vai lá...

Vou te fazer uma pergunta que o Alex já entendeu o que eu quis dizer:

É melhor ter milhares de publicações (que ninguém lê, porque fica td no rodapé - Trump ou o loirão da inglaterra dão manchetes melhores) falando mal do Brasil ou sermos tão irrelevantes que ninguém fala absolutamente nada?

Hoje a gente ganha alguns holofotes e muita gente falando mal. Antes disso mal sabiam que existíamos.

O gringo médio não poderia se importar menos com nossa pífia existência.

Agora a gente tem algum destaque porque corremos pro TOP 3 países corona. Só que, mundialmente, o corona vírus já não é mais manchete - O destaque agora é o negro que morreu nos EUA. Qualquer manchete que o Brasil poderia ter em relação a isso agora está oficialmente na "pagina 2".

Você está fazendo uma análise superficial da coisa. As sandices do energúmeno presidencial dão matéria, mas o pior são os índices econômicos e a falta de políticas definidas.

Você acha que o investidor não corre de um país às vésperas de um processo de impedimento ou até de uma guerra civil, causada única e exclusivamente por um comandante incapaz e trapalhão? Você acha que o investidor tá brigando pra trazer negócios pro país que outrora já era o país do pibinho???

Você acha que quando o Trump (cacete!!! O Trump!!!!) critica a política adotada no assunto Coronavirus e proíbe a entrada de brasileiros nós EUA, os negócios irão de vento em popa???

E por fim, é só a economia interna que está prestes a implodir?

Você acha que as principais publicações no mundo fazendo chacota do presidente é bom pro Brasil? De onde você tirou que ninguém as lê? De repente a imprensa ficou tão desacreditada mundo afora??? Como é isso??? Sua afirmação baseia-se em quê?

Você está fazendo uma análise superficial da coisa. As sandices do energúmeno presidencial dão matéria, mas o pior são os índices econômicos e a falta de políticas definidas.

Você acha que o investidor não corre de um país às vésperas de um processo de impedimento ou até de uma guerra civil, causada única e exclusivamente por um comandante incapaz e trapalhão? Você acha que o investidor tá brigando pra trazer negócios pro país que outrora já era o país do pibinho???

Você acha que quando o Trump (cacete!!! O Trump!!!!) critica a política adotada no assunto Coronavirus e proíbe a entrada de brasileiros nós EUA, os negócios irão de vento em popa???

E por fim, é só a economia interna que está prestes a implodir?

Economia =/= imagem. Estamos falando de marketing, de conhecimento popular. Do quanto tempo uma BBC, uma Fox News, um The New York Times fala do nosso país.

Economia não é "imagem do país", embora faça parte. Investidores já fogem do nosso país fazem pelo menos 6 anos, isso só intensificou.

Você acha que as principais publicações no mundo fazendo chacota do presidente é bom pro Brasil?

Não. E volto a pergunta: O que é pior, fazer chacota ou sequer reconhecer nossa existência?

De onde você tirou que ninguém as lê? De repente a imprensa ficou tão desacreditada mundo afora??? Como é isso??? Sua afirmação baseia-se em quê?

Ninguém lê não, ninguém escreve.
Aqui uns links:
https://www.foxnews.com/
https://www.nytimes.com/
https://www.bbc.com/news
https://www.washingtonpost.com/
https://www.theguardian.com/international
https://www.independent.co.uk/

Tem muitos outros. Te desafio a abrir a Home Page de todos eles e me dizer quantos links você encontra falando do Brasil ou do Bolsonaro.
Cara, um negro nos EUA é mais importante do que nosso país em termos de manchetes, imagem e conhecimento internacional.

Eu tenho que contar quantos links? Vou botar um só de cada e na ordem, valeu???

https://www.google.com/amp/s/www.foxnews.com/world/brazil-bolsonaro-biggest-threat-coronavirus
response.amp

https://www.google.com/amp/s/www.nytimes.com/2020/05/01/world/americas/brazil-bolsonaro-coronavirus-crisis.amp.html

https://www.google.com/amp/s/www.bbc.com/news/amp/world-latin-america-52351636

https://www.google.com/amp/s/www.washingtonpost.com/opinions/2020/05/28/copying-us-is-leading-brazil-disaster-covid-19/%3foutputType=amp

https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/world/2019/aug/21/jair-bolsonaro-accuses-ngos-setting-fire-amazon-rainforest

https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/world/2020/apr/24/justice-ministers-sacking-plunges-brazil-into-turmoil


Agora, se você acha que asses assuntos nada tem a ver com a imagem do país no exterior, aí são outros 500. O Brasil foi a 8a economia do mundo. Pegar um caipira americano comedor de peito queimado, que não sabe o que existe fora do Estado em que vive, pra medir conhecimento e popularidade, é dose. E o pior: como se mede a popularidade do país? Pelé? Senna? Ponte Rio Niterói???

Eu tô falando de economia, de auto suficiência... Porque pra falar de turismo sexual, por exemplo, a gente já tem o Jair...

E quanto ao crime de racismo, ele tem a proporção que deveria ter. Talvez até menos. O Brasil é que é um dos países que não se importam com o assassinato de negros e com má distribuição de renda e suas consequências.

Viu isso Zubrycky?

https://oglobo.globo.com/sociedade/referencia-global-sobre-covid-19-universidade-johns-hopkins-interrompe-contagem-de-dados-do-brasil-1-24466845

Jornalistas, economistas e pessoas que produzem conteúdo sobre o Brasil lá fora sempre existiram.

Mas é conteúdo com pouca relevância. Não sai no jornal principal, na capa da revista, nada disso. Tampouco uma pessoa média andando na rua vai saber quem é Bolsonaro, o que ele faz, que língua ele fala, em que região do mundo ele mora, ou algo assim...

Exemplo, quem aqui sabe detalhes sobre Kosovo, quem é seu presidente, se é de direita ou esquerda, se nega ou não a pandemia, que língua eles falam?

A pessoa média que vive num país relevante sabe mais ou menos isso sobre o Brasil.

^Mas isso não é o normal? Porque parece que o fato de não conhecerem o Pelé, faz com que às vezes nos achemos invisíveis ou menores, menos importantes que qualquer outro povo, mas a verdade é que fomos os maiores produtores de carne bovina no mundo, tendo um rebanho de 222 milhões de cabeças em 2019, só pra dar um exemplo...

O gringo "médio" não sabe mesmo, mas o que incomoda é nós também não sabermos ou não valorizarmos..

E mais... Muitos consideram coisa dos ignóbeis de segundo mundo não conhecer símbolos europeus ou americanos famosos, mas consideram sinal de inferioridade que os gringos não conheçam símbolos nossos... Vai entender...

Rico escreveu:O gringo "médio" não sabe mesmo, mas o que incomoda é nós também não sabermos ou não valorizarmos

Brasileiro é especialista em auto-depreciação.

allexcosta escreveu:Jornalistas, economistas e pessoas que produzem conteúdo sobre o Brasil lá fora sempre existiram.

Mas é conteúdo com pouca relevância. Não sai no jornal principal, na capa da revista, nada disso. Tampouco uma pessoa média andando na rua vai saber quem é Bolsonaro, o que ele faz, que língua ele fala, em que região do mundo ele mora, ou algo assim...

Exemplo, quem aqui sabe detalhes sobre Kosovo, quem é seu presidente, se é de direita ou esquerda, se nega ou não a pandemia, que língua eles falam?

A pessoa média que vive num país relevante sabe mais ou menos isso sobre o Brasil.

Digo mais tio, o americano "padrão" por exemplo, sabe muito pouco até dos paises mais relevantes. Se perguntar quem é Merkel a maioria não saberá a resposta. Na europa, até porque os paises são menores, eles tem um pouco mais de conhecimento de seus vizinhos.

Geralmente investidores e pessoas ligadas a diretorias de multinacionais buscam saber sobre a situação debpaises onde tem empresas e investimentos. É com esses caras que o Brasil tem se queimado.

Juninho Sampaio escreveu:
Helio,

Obrigado por perguntar. 
Meu pai está bem. Nem eu acredito que ele teve apenas um mal-está, porém não teve falta de ar ou febre.

Estamos todos vivos. Espero que todos os amigos aqui, tenham seus parentes todos recuperados e sem mais nada.

Graças a Deus, cara!!

Sonikado escreveu:...É melhor ter milhares de publicações (que ninguém lê, porque fica td no rodapé - Trump ou o loirão da inglaterra dão manchetes melhores) falando mal do Brasil ou sermos tão irrelevantes que ninguém fala absolutamente nada?

Hoje a gente ganha alguns holofotes e muita gente falando mal. Antes disso mal sabiam que existíamos...

Este é, exatamente, o tipo de marketing dos políticos q vc mencionou. A questão é se, realmente, vale a pena o "falem mal, mas falem de mim".

Rico escreveu:^Mas isso não é o normal? Porque parece que o fato de não conhecerem o Pelé, faz com que às vezes nos achemos invisíveis ou menores menos importantes que qualquer outro povo

Sim, é normal... Problema é usar antolhos e ficar assistindo noticiário e achando que realmente líderes relevantes falam sobre o Brasil, o que não é verdade.

Rico escreveu: mas a verdade é que fomos os maiores produtores de carne bovina no mundo, tendo um rebanho de 222 milhões de cabeças em 2019, só pra dar um exemplo...

Em 2020 ser o maior produtor de matéria prima não é exatamente um orgulho. Seria o mesmo que um país dizer que é o maior produtor de silício enquanto outros países fazem micro-processadores.

Rico escreveu:O gringo "médio" não sabe mesmo, mas o que incomoda é nós também não sabermos ou não valorizarmos.

Eu acho errado é não sabermos onde estamos. O Brasil é MUITO desligado do mundo e não aceita esse fato. O Brasil é o único país da América Latina que não conhece Simón Bolívar, por exemplo.

Rico escreveu:E mais... Muitos consideram coisa dos ignóbeis de segundo mundo não conhecer símbolos europeus ou americanos famosos, mas consideram sinal de inferioridade que os gringos não conheçam símbolos nossos... Vai entender...

Não entro nesse mérito. Só acho que o brasileiro deveria conhecer melhor sua identidade e seu lugar no mundo.

Henri-Q escreveu:Viu isso Zubrycky?

https://oglobo.globo.com/sociedade/referencia-global-sobre-covid-19-universidade-johns-hopkins-interrompe-contagem-de-dados-do-brasil-1-24466845

Vi isso sim, o que não me surpreendeu, uma vez que uma instituição séria como aquela não poderia trabalhar sem dados confiáveis.

De qualquer forma os dados do Brasil voltaram a ser computados e, neste momento, estão no site.

allexcosta escreveu:

Sim, é normal... Problema é usar antolhos e ficar assistindo noticiário e achando que realmente líderes relevantes falam sobre o Brasil, o que não é verdade.

Em 2020 ser o maior produtor de matéria prima não é exatamente um orgulho. Seria o mesmo que um país dizer que é o maior produtor de silício enquanto outros países fazem micro-processador

Brother, é um equivoco achar que não se fala do Brasil. Inclusive se fala com MUITO interesse...

https://www.google.com/amp/s/apublica.org/2020/05/no-ministerio-da-justica-sergio-moro-abriu-as-portas-para-o-fbi/%3famp

A América Latina SEMPRE importou aos americanos e europeus. Estrategicamente, desde sempre houveram planos pra cá.

https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/01/17/interna_internacional,931530/na-franca-criadores-de-gado-temem-chegada-de-carne-sul-americana.shtml

Não entendi qual o problema de refazer a contagem dos que 8nfelizmente morreram de covid.
Também não entendi qual a comoção de divulgar os números do dia em um horário diferente do que acontecia anteriormente.

allexcosta escreveu:
Eu acho errado é não sabermos onde estamos. O Brasil é MUITO desligado do mundo e não aceita esse fato. O Brasil é o único país da América Latina que não conhece Simón Bolívar, por exemplo.

O brasileiro não se reconhece como latino. Na verdade não são poucos os casos de xenofobia contra latinos ainda mais nas fronteiras.

Por vezes me questiono como seria se nossa colonização tivesse sido espanhola também.

Paulo Penna escreveu:Não entendi qual o problema de refazer a contagem dos que 8nfelizmente morreram de covid.
Também não entendi qual a comoção de divulgar os números do dia em um horário diferente do que acontecia anteriormente.

Desinformação intencional. No primeiro caso como uma tentativa de amenizar -pra não dizer mascarar- o crescimento alarmante do número de mortes, e na segunda situação pra impedir que saísse no JN, um dos mais importantes telejornais.

Refazer a contagem não seria para dar números exatos? Onde está a desinformação?

A quem interessar: foi lançado no dia 07/06/2020 um site oficial com dados completos sobre a pandemia do coronavírus, a partir de registros de cada estado.

http://www.dadostransparentes.com.br/

As observações são importantes:

Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde

*Essa é a Versão 1.0 e ao longo dos próximos dias melhorias serão incorporadas ao painel.

** Quanto a ausência do número de Recuperados, informamos que nem todas as unidades da federação informam o número de recuperados e nessa primeira versão optamos, em respeito à qualidade dos dados, não trazer um número impreciso ao painel. Assim que encontrarmos um cálculo seguro, daremos publicidade.

(Modo sarcástico ativado) Se a ideia do Bolsonaro foi mesmo mudar o horário da divulgação dos dados do COVID-19 para acabar com as matérias do JN, bom, talvez o tiro tenha saído pela culatra e possivelmente os dados tenham sido divulgados para um público ainda maior - e muito menos anestesiado pelas notícias a respeito da pandemia - do que o do JN...

https://istoe.com.br/video-globo-interrompe-novela-e-faz-plantao-para-divulgar-numeros-de-coronavirus/

Associação Paulista de Medicina: 84,5% dos médicos compreendem que o pior está por vir.

http://associacaopaulistamedicina.org.br/covid19/assets/arquivos/Pesquisa_APM_m%C3%A9dicos_e_covid-19_mai2020.pdf

Apuração realizada pela Associação Paulista de Medicina aponta ainda que 96,6% admitem a possibilidade de faltar profissionais para o atendimento e mostra que 58,5% (entre médicos e equipe multidisciplinar) já foram vítimas de violência relacionada à pandemia; 64% dos médicos não foram testados para Covid-19.

A análise contou com a participação de 2.808 profissionais ao redor do País, que responderam a um questionário on-line através da plataforma Survey Monkey. Os resultados estão sendo divulgados desde a última segunda-feira (1), com ampla repercussão na imprensa

http://associacaopaulistamedicina.org.br/noticia/covid-19-845-dos-medicos-compreendem-que-o-pior-esta-por-vir-revela-nova-pesquisa-da-apm

Indagados sobre a percepção que têm do isolamento social, a somatória de 75,3% respondeu bom e importante.

84,5% consideram ainda não atravessamos a pior onda da Covid-19.

Apenas 3,4% afirmam ser improvável faltar médicos para cuidar dos infectados. Os outros 96,6% admitem a possibilidade isso ocorrer, em variados níveis. Aliás, 46% dos que estão na linha de frente apontam que já faltam médicos e profissionais da Saúde nas unidades em que trabalham.

Outros dados preocupantes dizem respeito à integridade dos médicos: 58,5% já presenciaram ou souberam de casos de violência contra médicos e outros profissionais da Saúde por conta da pandemia. O mais grave é que 17% desses episódios são de agressão física.

64% dos médicos da linha de frente não foram testados para Covid-19. Quer dizer, são profissionais vulneráveis, assim como os pacientes que assistem.

Aos profissionais de Medicina, foi indagado também se a rotina de atendimento a pacientes e a percepção deles condizem com os números oficiais de casos divulgados pelas autoridades de Saúde, tanto de infectados quanto de óbitos. Foram 63% os que disseram que não.

Deficiências das mais diversas receberam apontamentos dos entrevistados pela pesquisa APM. 33% dizem que faltam máscaras N95, PFF2 ou equivalente (N99, N100 ou PFF3) nos hospitais em que atendem. Há carência de leitos para pacientes que precisam de internação em UTI (18%) e de leitos para os pacientes que precisam de internação em unidades regulares (12,2%).

Os médicos e profissionais da Saúde não estão trabalhando com estrutura física/insumos adequados e segurança na opinião de 50,3% dos que responderam ao levantamento e estão atendendo pacientes com Covid-19.

Somente 58,7% relatam que quando algum profissional da Saúde tem manifestações clínicas que possam ser atribuídas à COVID-19 ele é sistematicamente submetido ao teste para confirmação diagnóstica, em todos os lugares onde trabalham.

A população também sofre neste quesito: 39,4% dos médicos da linha de frente pontuam que só há testes para os pacientes com sintomas graves e 9,1% relatam não existir testes em seus locais de trabalho.

Entre os médicos que estão atuando no combate à pandemia, 22,3% dizem estar plenamente capacitados para atender os enfermos em qualquer fase da doença, inclusive quando graves, sob tratamento intensivo.

Ainda sobre capacitação, fica clara mais uma deficiência do setor público: atualmente, 38,5% dos médicos da linha de frente recebem atualização científica dos hospitais, 38% têm acesso a conhecimento científico via associações médicas e 61,5% pesquisam diretamente na literatura médica. Já o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais ficam no fim da fila com índices de 31,5%, 17,5% e 18,5%, respectivamente.

A propósito, a conceituação do Ministério da Saúde despencou após a saída de Luiz Henrique Mandetta. O ex-titular da cadeira tinha excelente aprovação na primeira edição da pesquisa da APM e parcos 5% de ruim e péssimo. Na pesquisa de agora, o MS teve 43,1% de ruim e péssimo – aumento de mais de 800% nas críticas.

Os médicos da linha de frente seguem apreensivos, pessimistas, deprimidos, insatisfeitos e revoltados – em uma somatória de 79,3%. Apenas 20,7% dividem-se entre otimistas (5,3%) e tranquilos (15,4%).

No período da pesquisa, 75,3% dos profissionais atendiam até cinco pacientes com suspeita e/ou confirmação diariamente. Outros 24,7% respondiam à desumana e arriscada carga de atender entre 6 até mais de 20 infectados por dia, em média.

Destes profissionais da linha de frente do combate à pandemia, 33,7% tiveram pacientes assistidos que vieram a falecer com suspeita e/ou confirmação da doença. Cerca de 7,3% já viram morrer entre seis até mais de 20 pessoas.

A despeito de estarem trabalhando muito mais e de colocarem todos os dias suas vidas em risco para atender ao próximo, os profissionais de Medicina relatam que tiveram queda de renda em razão da pandemia (85,2%), sendo que 37,6% acusam queda acentuada na remuneração.

Zubrycky escreveu:(Modo sarcástico ativado) Se a ideia do Bolsonaro foi mesmo mudar o horário da divulgação dos dados do COVID-19 para acabar com as matérias do JN,  bom,  talvez o tiro tenha saído pela culatra e possivelmente os dados tenham sido divulgados para um público ainda maior - e muito menos anestesiado pelas notícias a respeito da pandemia - do que o do JN...

https://istoe.com.br/video-globo-interrompe-novela-e-faz-plantao-para-divulgar-numeros-de-coronavirus/

Por isso que digo, caro Zubrycky... temos o governo mais eficiente que um país poderia ter. Faz situação e oposição ao mesmo tempo (esse segundo com mais afinco e esmero).

Olha o nível...

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/06/apos-ameacar-sonegar-dados-governo-promove-confusao-com-numeros-a-covid-19.shtml

"Veículos de comunicação fazem parceria para dar transparência a dados de Covid-19

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos EXTRA, O Globo, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e UOL decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal."

https://extra.globo.com/noticias/coronavirus/veiculos-de-comunicacao-fazem-parceria-para-dar-transparencia-dados-de-covid-19-24468189.html

Recomendo firmemente o vídeo abaixo:

Bruno da Rosa escreveu:
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos EXTRA, O Globo, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e UOL decidiram formar uma parceria (...)

Me corrijam se estiver enganado, mas uma parcela razoável das empresas citadas estão sobre o mesmo guarda-chuva (empresa), não?
Me parece uma parceria entre Audi, Volkswagen, SEAT, Porsche, Bugatti...

mas a verdade é que fomos os maiores produtores de carne bovina no mundo, tendo um rebanho de 222 milhões de cabeças em 2019, só pra dar um exemplo...

Em 2020 ser o maior produtor de matéria prima não é exatamente um orgulho. Seria o mesmo que um país dizer que é o maior produtor de silício enquanto outros países fazem micro-processadores.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_explora%C3%A7%C3%A3o

Acho que não melhoramos muito em relação aos nossos antepassados

Vir me falar de venda de matéria prima é ofensivo. Deveríamos ser casa de fabricação de microprocessadores, produtores de carros elétricos, desenvolvedores de tecnologias de ponta para comunicação em alta velocidade.
Mas a gente vende carne e soja. E usamos tratores importados no processo.

Vc vende o que os outros querem comprar.
Se vc tenta vender trator pra quem quer comprar mineiro de ferro, o comprador compra minério de quem tem pra vender.
Vc pode vender minério e incentivar a indústria de tratores, aí se vc atingir um nível de excelência na produção, com preço e qualidade melhores que a concorrência, alguém pode querer comprar o seu trator.
Mas vc vai continuar a vender o minério.
O que isso tem com o covid, o que o catiripapo chinês tem com o covid?....

Sonikado escreveu:

Vir me falar de venda de matéria prima é ofensivo. Deveríamos ser casa de fabricação de microprocessadores, produtores de carros elétricos, desenvolvedores de tecnologias de ponta para comunicação em alta velocidade.
Mas a gente vende carne e soja. E usamos tratores importados no processo.

Não é mesmo? O país sempre investiu em tecnologia,. desenvolvimento, educação de qualidade, sobretudo durante o governo militar, né?


Mas tudo isso foi resolvido na gestão bozonarista, em que a gente voltou a rezar pra resolver pandemia e desacreditar cientistas, isso pra não falar da terra plana...

Mas embora vc julgue ofensivo que eu não fale de tecnologia, lembro que ser a oitava economia do mundo é uma posicao a ser respeitada.

Mas aí, já que tem de falar de tecnologia...

https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/detalhe/noticia/Embraer-exporta-avioes-para-a-maior-companhia-aerea-regional-do-mundo-com-financiamento-do-BNDES/

https://www.gazetadopovo.com.br/gazz-conecta/brasil-e-pais-da-america-do-sul-que-mais-exporta-servicos-de-tecnologia/

https://super.abril.com.br/tecnologia/brasil-tipo-exportacao/

Agora, apesar disso tudo, eu acho bem interessante que o país tenha capacidade de desenvolver aquilo em que tem força. Sabe quanto isso representa em crescimento para o país?

Então...

São Paulo está num momento esquizofrenia em relação a pandemia. Segundo as notícias, somos o "epicentro" (palavra da moda) da pandemia, batendo recordes de mortes e tal, por outro lado, foi anunciada a abertura de comercio de ruas e shopping center.

Paulo Penna escreveu:Vc vende o que os outros querem comprar.
Se vc tenta vender trator pra quem quer comprar mineiro de ferro, o comprador compra minério de quem tem pra vender.
Vc pode vender minério e incentivar a indústria de tratores, aí se vc atingir um nível de excelência na produção, com preço e qualidade melhores que a concorrência, alguém pode querer comprar o seu trator.
Mas vc vai continuar a vender o minério.
O que isso tem com o covid, o que o catiripapo chinês tem com o covid?....

Desculpa, mas eu vou discordar.
O pessoal quer comprar trator, e vai pagar caro para não transformar minério de ferro em trator.
Então porque não fazer o trator, que é o que realmente querem comprar?
E se você entender só um pouquinho de balança comercial, vai entender que sempre está perdendo quando vende matéria prima e compra produtos finalizados.
O preço do trator é várias vezes o valor do minério de ferro. Quem só quer vender minério não tem capacidade para exportar trator, então fica vendendo minério, e esta tem sido a "vocação" do Brasil. Não deixa de ser a mesma questão que vimos na nossa colonização e não saímos da mesma.

Recomendo a leitura:
Super Interessante - Alemanha 70 x 1 Brasil

PéDIPano escreveu:

Paulo Penna escreveu:Vc vende o que os outros querem comprar.
Se vc tenta vender trator pra quem quer comprar mineiro de ferro, o comprador compra minério de quem tem pra vender.
Vc pode vender minério e incentivar a indústria de tratores, aí se vc atingir um nível de excelência na produção, com preço e qualidade melhores que a concorrência, alguém pode querer comprar o seu trator.
Mas vc vai continuar a vender o minério.
O que isso tem com o covid, o que o catiripapo chinês tem com o covid?....

Desculpa, mas eu vou discordar.
O pessoal quer comprar trator, e vai pagar caro para não transformar minério de ferro em trator.
Então porque não fazer o trator, que é o que realmente querem comprar?
E se você entender só um pouquinho de balança comercial, vai entender que sempre está perdendo quando vende matéria prima e compra produtos finalizados.
O preço do trator é várias vezes o valor do minério de ferro. Quem só quer vender minério não tem capacidade para exportar trator, então fica vendendo minério, e esta tem sido a "vocação" do Brasil. Não deixa de ser a mesma questão que vimos na nossa colonização e não saímos da mesma.

Recomendo a leitura:
Super Interessante - Alemanha 70 x 1 Brasil

Sem problema, faça trator e ofereça no mercado.
O grande comprados de minério é a china, e eles produzem os tratores mais baratos do mundo.
Fale com eles que agora só vende trator e não minério....

Henri-Q escreveu:São Paulo está num momento esquizofrenia em relação a pandemia. Segundo as notícias, somos o "epicentro" (palavra da moda) da pandemia, batendo recordes de mortes e tal, por outro lado, foi anunciada a abertura de comercio de ruas e shopping center.  

Ah cara. Eu estou naquelas de, "nem tão ao ceu, nem tão ao inferno".
A média móvel de SP é de estabilidade em relação à obitos. Em relação à casos, tende a crescer, pelo que andei lendo. Pelo menos a taxa de ocupação hospitalar de UTI deu uma diminuída considerável (foi de uns 90 e tantos pra 60 e alguma coisa, em %). Mas não acho que deveria já abrir tanta coisa como estão propondo. Acho que transporte publico, por exemplo, pode vir a ser uma grande rede de transmissão.

A propósito, algumas coisas que aconteceram recentemente:

2 familias que conheço (uma no Brasil e uma nos Estados Unidos) passaram por uma situacão semelhante: uma pessoa teve diagnostico de Covid e não soube, só foi saber 1 mes depois com exame (rede particular, por pura curiosiade, apontou anti-corpos). Mas ninguem que mora na mesma casa teve (testaram negativo, inclusive conjuges que dividem a cama). E o mais estranho: uma das pessoas de uma das famílias, ha mais de 1 mes está com sintomas de não sentir gosto nem cheiro e nada mais, e fez o exame alguns dias atras e deu que possui anti corpos mas que o virus ainda está ativo (um possivel retransmissor, digamos assim). Eu sinceramente, no meu pouco conhecimento (na real quase nulo), só consigo pensar no quanto a gente não sabe sobre isso.
Ao mesmo tempo, uma outra família conhecida, com pouquíssimo contato, praticamente todo mundo foi diagnosticado, um caso grave inclusive.
São fatos que não fazem muito sentido dadas as circunstancias que conhecemos até o momento, mas me questiono se não há variantes bem fortes desse virus ou se há alguma coisa em comum que faz as pessoas pegarem mais ou menos.

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Hoje estava ouvindo a Jovem Pan (sim... as vezes ouço a sucursal dos Minions, até para saber o que eles pensam e não dizer que julgo só por fontes contrárias) e tinha um especialista falando isso... De como é pequeno nosso entendimento científico em relação ao novo corona e de como isso dificulta as coisas.

Tomara que seu prognóstico esteja certo. Vamos torcer

O LabCidade (Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade) da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo) criou um mapa interativo que permite encontrar os endereços onde estão os casos de hospitalizações provocadas pelo novo coronavírus em 25 municípios na região metropolitana de São Paulo.

O objetivo do mapa é propiciar uma leitura territorial da epidemia para que estratégias específicas de enfrentamento sejam colocadas em prática, considerando que a covid-19 não se distribui homogeneamente pelo território e, portanto, estratégias homogêneas não funcionam.

A retirada dos dados por CEP do DataSus (Ministério da Saúde), porém, compromete a atualização do mapa - que passou a utilizar dados de outras fontes.

Mapa LabCidade FAU

Ninguém sabe nada sobre esse vírus. Essa é a pura verdade. Nem a WHO (OMS).
Para cada informacão, você acha uma contra informacão. Até da mesma fonte.
Exemplo: Assintomáticos não transmitem o vírus. Assintomáticos transmitem o virus (WHO). Só para citar um exemplo.
Estamos numa guerra de informacões.
Parece que unanimidade só a respeito de higiene pessoal e uso de máscara em transmissão spray.
O resto ninguém realmente sabe sobre essa pandemia.
Dai fica difícil você tomar atitudes de prevencão.
Moro no nono andar. Até hoje não sei se o virus pode vir por aerosol para meu apartamento trazido pelo vento...
Deixo ele aberto ou fechado?
Sei lá... E isso só é mais um pequeno exemplo...

Já vi pesquisas que indicam a possibilidade do vírus ser transmitido pelas partículas de poluição suspensas no ar e já vi pesquisas que indicam a possibilidade de tal via de transmissão ser inexistente.

Contrariando a maioria dos palpiteiros que dão entrevistas o dia todo, ciência não trás certezas, trás possibilidades e versões, portanto podemos ter posições científicas divergentes.

Calma colegas... o que faz este tópico importante é justamente a diferença de posições e informações.

Confesso que me desliguei um pouco da TV e notícias da internet porque percebo que o conteúdo aqui é mais significativo.

Eu estava pensando agora no caminho: toda esta situação está gerando um baita stress em todo mundo.
Eu ando de pavio curto com todos no trabalho.

Recorde de mortes em SP dá espaço para divergência científica?

Vou repetir: recorde de mortes em 24 em SP e reabertura de comércio acontecendo. Shopping reabrindo. Loja de roupa. Filas de centenas de pessoas esperando para entrar nos lugares, aglomerações em todos os lugares. Diz aqui pra mim que existe uma pesquisa, algo minimamente razoável cientificamente que apoie esse tipo de movimento acontecer agora.

Edu Fettermann escreveu:Recorde de mortes em SP dá espaço para divergência científica?

Vou repetir: recorde de mortes em 24 em SP e reabertura de comércio acontecendo. Shopping reabrindo. Loja de roupa. Filas de centenas de pessoas esperando para entrar nos lugares, aglomerações em todos os lugares. Diz aqui pra mim que existe uma pesquisa, algo minimamente razoável cientificamente que apoie esse tipo de movimento acontecer agora.

Pois bem Edu... foi mais ou menos o que comentei aqui ontem. Agora, mais do que nunca, percebemos a politização do problema, que majoritariamente deveria ser encarado como de saúde pública somente. Certamente os barões do comercio estão fazendo forte pressão sobre o governo do estado e prefeitura, que não mudaram o discurso mas mudaram a postura. Eu já estou ficando meio que indiferente a esse tema... não por achá-lo irrelevante, mas por perceber o quanto nós somos irrelevantes em relação ao que é decidido. Parece série... vamos assistindo na condição de passividade. Não há interação nenhuma de nossa parte pois a nossa sociedade é tão individualizada que não temos a menor ideia de quem poderia ser o porta voz da coletividade, caso essa se manifestasse contra o que está sendo decidido.

Paulo Penna escreveu:

PéDIPano escreveu:

Paulo Penna escreveu:Vc vende o que os outros querem comprar.
Se vc tenta vender trator pra quem quer comprar mineiro de ferro, o comprador compra minério de quem tem pra vender.
Vc pode vender minério e incentivar a indústria de tratores, aí se vc atingir um nível de excelência na produção, com preço e qualidade melhores que a concorrência, alguém pode querer comprar o seu trator.
Mas vc vai continuar a vender o minério.
O que isso tem com o covid, o que o catiripapo chinês tem com o covid?....

Desculpa, mas eu vou discordar.
O pessoal quer comprar trator, e vai pagar caro para não transformar minério de ferro em trator.
Então porque não fazer o trator, que é o que realmente querem comprar?
E se você entender só um pouquinho de balança comercial, vai entender que sempre está perdendo quando vende matéria prima e compra produtos finalizados.
O preço do trator é várias vezes o valor do minério de ferro. Quem só quer vender minério não tem capacidade para exportar trator, então fica vendendo minério, e esta tem sido a "vocação" do Brasil. Não deixa de ser a mesma questão que vimos na nossa colonização e não saímos da mesma.

Recomendo a leitura:
Super Interessante - Alemanha 70 x 1 Brasil

Sem problema, faça trator e ofereça no mercado.
O grande comprados de minério é a china, e eles produzem os tratores mais baratos do mundo.
Fale com eles que agora só vende trator e não minério....

Eu entendo seu ponto, mas se não mudar as variáveis da equação o resultado é o mesmo.
Nós não produzimos nada. Nem guarda-chuva. Trator é uma alegoria. e uma alegoria que está longe.
Leia a matéria que eu passei e você vai entender o que quero dizer.
Se a China quiser, ela compra minério de ferro de outros cantos e todo mundo paga mais caro. Mas se o Brasil não puder comprar da china, volta a idade da pedra. E só fazemos isto. Vendemos matéria prima, compramos produtos finalizados (não vendemos). Nem serviços exportamos.

Henri-Q escreveu:
Pois bem Edu... foi mais ou menos o que comentei aqui ontem. Agora, mais do que nunca, percebemos a politização do problema, que majoritariamente deveria ser encarado como de saúde pública somente. Certamente os barões do comercio estão fazendo forte pressão sobre o governo do estado e prefeitura, que não mudaram o discurso mas mudaram a postura. Eu já estou ficando meio que indiferente a esse tema... não por achá-lo irrelevante, mas por perceber o quanto nós somos irrelevantes em relação ao que é decidido. Parece série... vamos assistindo na condição de passividade. Não há interação nenhuma de nossa parte pois a nossa sociedade é tão individualizada que não temos a menor ideia de quem poderia ser o porta voz da coletividade, caso essa se manifestasse contra o que está sendo decidido.

Sim, cara, ninguém liga para ninguém enquanto indivíduo. O interesse maior é sempre macro. O problema é que o macro depende do micro, e nesse ritmo, o micro vai ser tão prejudicado que é questão de tempo até o macro parar de novo. Tenho tentado não acompanhar noticiários também, porque estava me fazendo muito mal ver algumas coisas, mas somos bombardeados por informação em todo lugar. Ontem fui à padaria, por exemplo, e tinha uma TV ligada mostrando a reabertura de lojas em SP e fiquei desiludido. Gostaria de ser mais otimista, mas o panorama não é nada bom.

Edu Fettermann escreveu:

Henri-Q escreveu:
Pois bem Edu... foi mais ou menos o que comentei aqui ontem. Agora, mais do que nunca, percebemos a politização do problema, que majoritariamente deveria ser encarado como de saúde pública somente. Certamente os barões do comercio estão fazendo forte pressão sobre o governo do estado e prefeitura, que não mudaram o discurso mas mudaram a postura. Eu já estou ficando meio que indiferente a esse tema... não por achá-lo irrelevante, mas por perceber o quanto nós somos irrelevantes em relação ao que é decidido. Parece série... vamos assistindo na condição de passividade. Não há interação nenhuma de nossa parte pois a nossa sociedade é tão individualizada que não temos a menor ideia de quem poderia ser o porta voz da coletividade, caso essa se manifestasse contra o que está sendo decidido.

Sim, cara, ninguém liga para ninguém enquanto indivíduo. O interesse maior é sempre macro. O problema é que o macro depende do micro, e nesse ritmo, o micro vai ser tão prejudicado que é questão de tempo até o macro parar de novo. Tenho tentado não acompanhar noticiários também, porque estava me fazendo muito mal ver algumas coisas, mas somos bombardeados por informação em todo lugar. Ontem fui à padaria, por exemplo, e tinha uma TV ligada mostrando a reabertura de lojas em SP e fiquei desiludido. Gostaria de ser mais otimista, mas o panorama não é nada bom.

É meu caro... solução ou entendimento da situação, não tenho, mas podemos lamentar juntos! É o que nos resta... pensar bem nos votos futuros e orar (para quem tem fé).

Bom, de modo geral, temos sido exportadores de matéria prima bruta desde 1500...