Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
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Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Nos meus estudos de improvisação, encontrei esse vídeo e achei genial. As análises e todo o processo de mapear os recursos que dá para usar na harmonia da música em questão e, claro, ele fazendo isso na prática.
Não é de um baixista, mas tudo é 100% aplicável. Bem didático ver um improvisador de alto nível explicar de onde vem o improviso dele.
Não é de um baixista, mas tudo é 100% aplicável. Bem didático ver um improvisador de alto nível explicar de onde vem o improviso dele.
Passos_Gigantes- Membro
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dibass e Gabriel_cwb gostam desta mensagem
Re: Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Hamilton é um monstro.
Curioso para ver ele ao vivo com o Thiago junto. Já em video e achei surreal de bom.
Curioso para ver ele ao vivo com o Thiago junto. Já em video e achei surreal de bom.
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Fernando Zadá- Moderador
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fheliojr e Passos_Gigantes gostam desta mensagem
Re: Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Fernando Zadá escreveu:Hamilton é um monstro.
Curioso para ver ele ao vivo com o Thiago junto. Já em video e achei surreal de bom.
Realmente, o cara tá num nível para poucos.
Esse solo aqui mesmo é o absurdo no melhor dos sentidos:
*Fui picado pelo mosquito nas dissonâncias e "spicy" notes, acho que não consigo achar mais graça em nada diatônico demais
Passos_Gigantes- Membro
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Re: Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Sobre dissonância eu acho em música esse conceito um dos mais relativos e controversos. No meio de um standard com acordes mais carregados o dissonante pode ser tocar uma tríade! Rsss
Mas entendi o que quis dizer vou depois assistir o primeiro video com calma.
Muitas das "dissonâncias" são muitas vezes uma coisa simples tocada sobreposta. Tem muito a ver como vai ser tocado do que se é o diatônico ou não.
Por exemplo os solos, em especial do sax e do guitarrista no som abaixo é totalmente no ângulo mas eu gosto mais dessa onda do Hamilton. O solo do próprio Corey do Snarky naquela música Lingus é um absurdo de bom gosto.
Mas entendi o que quis dizer vou depois assistir o primeiro video com calma.
Muitas das "dissonâncias" são muitas vezes uma coisa simples tocada sobreposta. Tem muito a ver como vai ser tocado do que se é o diatônico ou não.
Por exemplo os solos, em especial do sax e do guitarrista no som abaixo é totalmente no ângulo mas eu gosto mais dessa onda do Hamilton. O solo do próprio Corey do Snarky naquela música Lingus é um absurdo de bom gosto.
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Fernando Zadá- Moderador
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Re: Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Fernando Zadá escreveu:Sobre dissonância eu acho em música esse conceito um dos mais relativos e controversos. No meio de um standard com acordes mais carregados o dissonante pode ser tocar uma tríade! Rsss
Mas entendi o que quis dizer vou depois assistir o primeiro video com calma.
Muitas das "dissonâncias" são muitas vezes uma coisa simples tocada sobreposta. Tem muito a ver como vai ser tocado do que se é o diatônico ou não.
Por exemplo os solos, em especial do sax e do guitarrista no som abaixo é totalmente no ângulo mas eu gosto mais dessa onda do Hamilton. O solo do próprio Corey do Snarky naquela música Lingus é um absurdo de bom gosto.
Vou falar do ponto de vista de um curioso mais que qualquer coisa, sem formação formal em música. Qualquer coisa, pode corrigir sem problemas que o Ego está sob controle hahaha.
A questão da sobreposição faz sentido, o Nico fala disso num Workshop no Youtube dele de tocar arpejos maiores da Quinta, Quarta e outros graus do acorde original. Na prática, se eu tocar um arpejo de G7M em cima de C7M, vou tocar a quinta (G), a 7M, a 9 e a 11#. Sendo a 11# uma nota de tensão bem característica. Assim, dá para extrair sons menos óbvios. Uma tríade maior começando 1 tom a frente de um acorde maior é uma 9M, 5b e uma 6M. Nesse sentido? Aí possibilidades são infinitas. No piano fica mais fácil pensar isso.
Por dissonância (e aí tô definindo da minha cabeça, o conceito acadêmico deve ser outro rs), acho mais fácil pensar primeiro em intervalos de duas notas (e partindo do pressuposto do sistema temperado que usamos na música ocidental em geral, alguns intervalos soam bem diferentes se a gente partir de outros sistemas). O mais dissonante, aos meus ouvidos, é o intervalo de um semitom ou a 9m. Tônica e quinta bemol também. Aí a coisa complica à medida que colocamos mais notas. Se a gente começar a empilhar terças: Tônica - 3M - 5 justa - 7M, o intervalo de um semitom da 7M para a Tônica já não é tão dissonante no contexto do acorde. Dentro desse conceito de acordes e empilhar terças, os acordes dentro de um campo harmônico maior ou menor natural soam bem pouco dissonantes. Agora acordes cheios de extensôes com 11#, 9m, 5# e por aí vaí, já me soam bem mais dissonantes. Também tem a questão da progressão, se modula, que caminhos harmônicos toma.
Aí também entra questão de timing. Nessa de tocar angulado, entrar a frase não só na cabeça do tempo etc.
Isso é dissonante para mim:
Isso também (a intro, tem a questão do compasso mais quebrado também):
A definição do dicionário:
"
dissonância
substantivo feminino
1.
reunião de sons que causam impressão desagradável ao ouvido.
2.
POR EXTENSÃO
falta de harmonia, discordância (entre duas ou mais coisas).
"cores e formas em d. não acalmam"
Sim, ouvi muita gente dizer que esse solo do Corey foi um dos solos mais influentes no mundo do Jazz (que também não é algo muito fácil de definir, imagino) nos últimos anos. Esse Larnell Lewis é mais que um absurdo na batera. Tem um vídeo dele ouvindo Enter Sandman pela primeira vez, e uma vez só, e toca perfeitamente de primeira (até melhor que a original). Como diria Ed Motta "música ou é clássico ou imitar americano, não tem jeito" (o que quase todos os grandes do Brasil fizeram).
Ouvindo aqui o vídeo, muito bom. Roubar umas frases depois
Passos_Gigantes- Membro
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Gabriel_cwb gosta desta mensagem
Re: Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Vou assistir com calma mas o do Schoenberg já conheço e é punk mesmo.
O raciocínio esta correto sempre o acorde seguinte do que você esta tocando tem as tensões superiores e mais distantes da fundamental.
Tá tudo correto só um comentário por questões acústicas 2m soa mais ardida do que a b9 que esta mais distante da tônica e pros meus ouvidos soa lindamente.
Na própria definição que você postou reside o que falei:
reunião de sons que causam impressão desagradável ao ouvido.
2.
POR EXTENSÃO
falta de harmonia, discordância (entre duas ou mais coisas).
"cores e formas em d. não acalmam"
Impressão no ouvido de quem? Depende do vocabulário auditivo de cada um por isso é um termo controverso.
Discordância também vai implicar uma coisa ou situação mais aberta e passível de interpretações multiplas.
Mas é isso ai sobreposições não são só de notas as vezes rola uma sequencia e o solista esta tocando sobre outra substituta e esta tudo bem também.
O raciocínio esta correto sempre o acorde seguinte do que você esta tocando tem as tensões superiores e mais distantes da fundamental.
Tá tudo correto só um comentário por questões acústicas 2m soa mais ardida do que a b9 que esta mais distante da tônica e pros meus ouvidos soa lindamente.
Na própria definição que você postou reside o que falei:
reunião de sons que causam impressão desagradável ao ouvido.
2.
POR EXTENSÃO
falta de harmonia, discordância (entre duas ou mais coisas).
"cores e formas em d. não acalmam"
Impressão no ouvido de quem? Depende do vocabulário auditivo de cada um por isso é um termo controverso.
Discordância também vai implicar uma coisa ou situação mais aberta e passível de interpretações multiplas.
Mas é isso ai sobreposições não são só de notas as vezes rola uma sequencia e o solista esta tocando sobre outra substituta e esta tudo bem também.
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Fernando Zadá- Moderador
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Gabriel_cwb gosta desta mensagem
Re: Análise Improviso "Incompatibilidade de Gênios" Hamilton de Holanda
Fernando Zadá escreveu:Vou assistir com calma mas o do Schoenberg já conheço e é punk mesmo.
O raciocínio esta correto sempre o acorde seguinte do que você esta tocando tem as tensões superiores e mais distantes da fundamental.
Tá tudo correto só um comentário por questões acústicas 2m soa mais ardida do que a b9 que esta mais distante da tônica e pros meus ouvidos soa lindamente.
Na própria definição que você postou reside o que falei:
reunião de sons que causam impressão desagradável ao ouvido.
2.
POR EXTENSÃO
falta de harmonia, discordância (entre duas ou mais coisas).
"cores e formas em d. não acalmam"
Impressão no ouvido de quem? Depende do vocabulário auditivo de cada um por isso é um termo controverso.
Discordância também vai implicar uma coisa ou situação mais aberta e passível de interpretações multiplas.
Mas é isso ai sobreposições não são só de notas as vezes rola uma sequencia e o solista esta tocando sobre outra substituta e esta tudo bem também.
Boa observação da 2m e 9b, realmente. A 2m é sinistra:
Concordo, a questão do vocabulário e subjetividade do ouvinte tornam a coisa difícil de definir. Se for filosofar nisso, teria até a questão de música microtonal (ou do A a 432 hz ao invés de 440 hz). Mas, de fato, para mim existem músicas mais "temperadas" e mais "insossas". Ainda que às vezes o tempero é demais, ou não temos ainda o paladar para aquilo.
Passos_Gigantes- Membro
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Fernando Zadá gosta desta mensagem
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