O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
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O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Fala pessoal, tudo certo com vocês? sempre acompanhei o forum porém essa é a minha primeira postagem.
Estou adentrando o mundo da teoria musical agora, estudando por conta própria porque o dinheiro tá bem curto hehehe..
Tava fazendo uma análise de campo harmônico da música Como tudo deve ser e eu percebi que o primeiro acorde que seria um Lá na verdade é o quarto grau. Aí me surgiu a dúvida:
o tom da música sempre tem que ser o I grau? se não, pra saber só sentando e tocando a escala pra confirmar? pois procurei em alguns sites e todos dizem que o tom é A, porém se o tom necessariamente for o primeiro grau da harmonia sempre o correto seria Mi.
Estou adentrando o mundo da teoria musical agora, estudando por conta própria porque o dinheiro tá bem curto hehehe..
Tava fazendo uma análise de campo harmônico da música Como tudo deve ser e eu percebi que o primeiro acorde que seria um Lá na verdade é o quarto grau. Aí me surgiu a dúvida:
o tom da música sempre tem que ser o I grau? se não, pra saber só sentando e tocando a escala pra confirmar? pois procurei em alguns sites e todos dizem que o tom é A, porém se o tom necessariamente for o primeiro grau da harmonia sempre o correto seria Mi.
williamrds_- Membro
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Bem-vindo.
O primeiro acorde tocado numa música ou o primeiro tocado numa melodia baseada em escalas não precisam ser os primeiros graus ou fundamentais da escala ou do campo harmônico.
Tom e tonalidade de um trecho musical é aquele acorde one a música "descansa", onde ela se "resolve", onde o trecho musical "chega em casa".
Essa sensação com frequência é provocada por tensões e resoluções já repetidas naquilo que chamamos de "música ocidental" e que reconhecemos com alguma facilidade, mas há situações em que não há uma resolução padrão e é um pouco mais difícil, ou mesmo impossível se definir o tom de um trecho musical.
Essas tensões e resoluções que nossos ouvidos colonizados por cultura ocidental aprenderam a distinguir muitas vezes obedecem regras conhecidas como campo harmônico, mas frequentemente existem trechos com modulações sutis onde o compositor pode optar por ir para outro caminho ou mesmo voltar para o ambiente harmônico anterior.
Há também trechos sem solução razoável que não obedecem regras de campo harmônico e que o autor define uma tonalidade simplesmente para não deixá-lo sem esse atributo.
Não é de modo algum um assunto simples, mas tampouco é algo que você deva quebrar muito a cabeça ou mesmo ter dificuldade uma vez que entenda campo harmônico e tensão/resolução.
O primeiro acorde tocado numa música ou o primeiro tocado numa melodia baseada em escalas não precisam ser os primeiros graus ou fundamentais da escala ou do campo harmônico.
Tom e tonalidade de um trecho musical é aquele acorde one a música "descansa", onde ela se "resolve", onde o trecho musical "chega em casa".
Essa sensação com frequência é provocada por tensões e resoluções já repetidas naquilo que chamamos de "música ocidental" e que reconhecemos com alguma facilidade, mas há situações em que não há uma resolução padrão e é um pouco mais difícil, ou mesmo impossível se definir o tom de um trecho musical.
Essas tensões e resoluções que nossos ouvidos colonizados por cultura ocidental aprenderam a distinguir muitas vezes obedecem regras conhecidas como campo harmônico, mas frequentemente existem trechos com modulações sutis onde o compositor pode optar por ir para outro caminho ou mesmo voltar para o ambiente harmônico anterior.
Há também trechos sem solução razoável que não obedecem regras de campo harmônico e que o autor define uma tonalidade simplesmente para não deixá-lo sem esse atributo.
Não é de modo algum um assunto simples, mas tampouco é algo que você deva quebrar muito a cabeça ou mesmo ter dificuldade uma vez que entenda campo harmônico e tensão/resolução.
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allexcosta- Administrador
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Zubrycky, Joel Pereira e williamrds_ gostam desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
nao necessariamente.. em musicas com harmonias muito simples, ou que usam apenas os acordes com campo harmonico, normalmente considera-se o I grau. mas a grande maioria dos musicos 'comuns' falam q o tom da musica é a primiera nota dela.
mas existem inumeras musicas com emprestimo modal, e outras variacoes, que, como disse o allex, impossibilitam de dizer realmente qual o tom.
normalmente, quando a gnt fala q o tom é a primeira nota da musica, é qdo chega alguem pra tocar junto e q nunca tocou a musica, pra nao ficar tao perdido na gig
mas existem inumeras musicas com emprestimo modal, e outras variacoes, que, como disse o allex, impossibilitam de dizer realmente qual o tom.
normalmente, quando a gnt fala q o tom é a primeira nota da musica, é qdo chega alguem pra tocar junto e q nunca tocou a musica, pra nao ficar tao perdido na gig
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Ser baixista é isso... nota certa, no lugar e na hora certa. Firulas são como no futebol, só são válidas se for em direção ao gol ( a serviço da música). Amagomes(membro)
vinibassplayer- Membro
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williamrds_ gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
O primeiro grau é quem dá a tonalidade. A partir dele, são construídos os intervalos. É uma nota de referência para, na harmonia modal e tonal. Aprender a essência do campo harmônico ajuda muito na hora de tirar musicas e já antever que acordes serão maiores, menores. Com a evolução do estudo, facilita o entendimento de progressões tipicamente usadas, com o II-V- I. Acho que vou até fazer um video sobre isso.
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williamrds_ gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Há um lance dubio nessa pergunta:
se a música for modal o I não vai ser o 1 do campo harmônico maior que é o de onde partimos geralmente.
Exemplo
Get Lucky
Bm D F#m E
Se analisar a partir de A: IIm IV VIm V
mas na verdade a música esta em Bm dórico
Im bIII Vm IV
Harmonia é um assunto para estudar a vida inteira.
E sim tem música e muitas na verdade que começam de outro grau que o primeiro e inclusive outras que terminam não no I! Rsss
se a música for modal o I não vai ser o 1 do campo harmônico maior que é o de onde partimos geralmente.
Exemplo
Get Lucky
Bm D F#m E
Se analisar a partir de A: IIm IV VIm V
mas na verdade a música esta em Bm dórico
Im bIII Vm IV
Harmonia é um assunto para estudar a vida inteira.
E sim tem música e muitas na verdade que começam de outro grau que o primeiro e inclusive outras que terminam não no I! Rsss
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
dibass, Vidigal e williamrds_ gostam desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
^ Zadá foi um pouco além e saiu do senso comum. Que louco isso, né. Um monte de música com progressão bobinha na verdade é modal e não tonal.
E Sweet Child o' Mine, que tom está? Essa é polêmica, hehe. Bom, o tom é G, pois as relações de dominante, subdominante e fundamental dizem que o tom dessa música é G e ponto final. Mas na prática a música não funciona em G. A melodia não foi feita pensando em G, mas em D.
Ora bolas, se ela tá em G, então pode-se improvisar uma melodia nessa música usando a escala de G maior natural que vai ficar tudo lindo... só que não! Vc vai ver que não vai dar certo. Vai soar Mixolíio! Hehe
A progressao dela (os versos e refrões, tudo o que vem antes do solo, pq depois é tudo G sem sombra de dúvidas) repousa em D. A melodia da música foi pensada em D. Se vc fizer um G em cima desse repouso D fica agoniante, o negócio fica suspenso, não resolve. Então como que o tom pode ser G? E apesar disso pelas regras o tom dessa musica é G.
O Adam Neely tem um vídeo sobre isso. Mas é falando da música Sweet Home Alabama, do Slynyrd Skinnyrd (é o mesmo caso da Sweet Child o' mine). Na verdade nunca assisti inteiro, inclusive vou fazê-lo logo menos.
E Sweet Child o' Mine, que tom está? Essa é polêmica, hehe. Bom, o tom é G, pois as relações de dominante, subdominante e fundamental dizem que o tom dessa música é G e ponto final. Mas na prática a música não funciona em G. A melodia não foi feita pensando em G, mas em D.
Ora bolas, se ela tá em G, então pode-se improvisar uma melodia nessa música usando a escala de G maior natural que vai ficar tudo lindo... só que não! Vc vai ver que não vai dar certo. Vai soar Mixolíio! Hehe
A progressao dela (os versos e refrões, tudo o que vem antes do solo, pq depois é tudo G sem sombra de dúvidas) repousa em D. A melodia da música foi pensada em D. Se vc fizer um G em cima desse repouso D fica agoniante, o negócio fica suspenso, não resolve. Então como que o tom pode ser G? E apesar disso pelas regras o tom dessa musica é G.
O Adam Neely tem um vídeo sobre isso. Mas é falando da música Sweet Home Alabama, do Slynyrd Skinnyrd (é o mesmo caso da Sweet Child o' mine). Na verdade nunca assisti inteiro, inclusive vou fazê-lo logo menos.
Jãozeiro- Membro
- Mensagens : 3252
Localização : Doha - Qatar
williamrds_ gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Ah eu vi esse video acho que tem um da Hey Joe também...
É na real tem algumas formas de analisar eu misturo tudo.
Mas pop rock tem muita coisa que mistura tonalidades e acaba tendo um centro tonal mas de forma bem disfarçada.
E tem os acordes de empréstimo modal que confundem bem e as vezes parece que a música modulou...
Em música popular bem feita é comum não ficarmos presos no tradicional e simples campo harmônico maior ou menor.
Temos N formas de embelezar e trazer acordes para melhorar ou modificar um centro tonal mais simples.
É na real tem algumas formas de analisar eu misturo tudo.
Mas pop rock tem muita coisa que mistura tonalidades e acaba tendo um centro tonal mas de forma bem disfarçada.
E tem os acordes de empréstimo modal que confundem bem e as vezes parece que a música modulou...
Em música popular bem feita é comum não ficarmos presos no tradicional e simples campo harmônico maior ou menor.
Temos N formas de embelezar e trazer acordes para melhorar ou modificar um centro tonal mais simples.
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
williamrds_ gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Jãozeiro escreveu:^ Zadá foi um pouco além e saiu do senso comum. Que louco isso, né. Um monte de música com progressão bobinha na verdade é modal e não tonal.
E Sweet Child o' Mine, que tom está? Essa é polêmica, hehe. Bom, o tom é G, pois as relações de dominante, subdominante e fundamental dizem que o tom dessa música é G e ponto final. Mas na prática a música não funciona em G. A melodia não foi feita pensando em G, mas em D.
Ora bolas, se ela tá em G, então pode-se improvisar uma melodia nessa música usando a escala de G maior natural que vai ficar tudo lindo... só que não! Vc vai ver que não vai dar certo. Vai soar Mixolíio! Hehe
A progressao dela (os versos e refrões, tudo o que vem antes do solo, pq depois é tudo G sem sombra de dúvidas) repousa em D. A melodia da música foi pensada em D. Se vc fizer um G em cima desse repouso D fica agoniante, o negócio fica suspenso, não resolve. Então como que o tom pode ser G? E apesar disso pelas regras o tom dessa musica é G.
O Adam Neely tem um vídeo sobre isso. Mas é falando da música Sweet Home Alabama, do Slynyrd Skinnyrd (é o mesmo caso da Sweet Child o' mine). Na verdade nunca assisti inteiro, inclusive vou fazê-lo logo menos.
Então o C pode ser empréstimo de Dm..
Tem muitas formas de enxergar mas essa é uma das mais simplistas de explicar. Muita música pop tem bVii no campo harmônico maior.
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
williamrds_ gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Obrigado pelas respostas pessoal, realmente é um assunto muito extenso né, quanto mais a gente estuda mais tem pra aprender hahaha. Eu sei que é importante ter um professor pra nos orientar mas infelizmente a minha situação financeira atual não permite, então eu tô tentando organizar os assuntos que vou estudar em ordem, pegar intervalos, ciclo das quintas e quartas, empréstimos modais, modos gregos, porém eu fico perdido na hora de saber o que vai complementar melhor cada assunto e facilitar na hora de colocar em prática no braço do instrumento o aprendizado. Mas esse é o preço que se paga (ou melhor, não se paga) por não conseguir um professor hahahaha.
Então no caso dessa música que falei (como tudo deve ser do charlie brown jr.) o tom da música realmente seria E7M ao invés de Lá como dizem os sites de cifra, pois seria o primeiro grau do campo harmônico... correto?
Ivanov_br escreveu:O primeiro grau é quem dá a tonalidade. A partir dele, são construídos os intervalos. É uma nota de referência para, na harmonia modal e tonal. Aprender a essência do campo harmônico ajuda muito na hora de tirar musicas e já antever que acordes serão maiores, menores. Com a evolução do estudo, facilita o entendimento de progressões tipicamente usadas, com o II-V- I. Acho que vou até fazer um video sobre isso.
Então no caso dessa música que falei (como tudo deve ser do charlie brown jr.) o tom da música realmente seria E7M ao invés de Lá como dizem os sites de cifra, pois seria o primeiro grau do campo harmônico... correto?
williamrds_- Membro
- Mensagens : 7
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Fernando Zadá escreveu:...Harmonia é um assunto para estudar a vida inteira...
Zadá (e galera), por que harmonia é um assunto tão complexo?
williamrds_ escreveu:Obrigado pelas respostas pessoal, realmente é um assunto muito extenso né, quanto mais a gente estuda mais tem pra aprender hahaha. Eu sei que é importante ter um professor pra nos orientar mas infelizmente a minha situação financeira atual não permite, então eu tô tentando organizar os assuntos que vou estudar em ordem, pegar intervalos, ciclo das quintas e quartas, empréstimos modais, modos gregos, porém eu fico perdido na hora de saber o que vai complementar melhor cada assunto e facilitar na hora de colocar em prática no braço do instrumento o aprendizado. Mas esse é o preço que se paga (ou melhor, não se paga) por não conseguir um professor hahahaha...
Bem-vindo, William.
Peça para o pessoal te passar um "roteiro" de estudo sobre este assunto.
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fheliojr- Membro
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williamrds_ gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
vinibassplayer escreveu:mas a grande maioria dos musicos 'comuns' falam q o tom da musica é a primiera nota dela.
Desculpe ser meio taxativo, mas isso não é verdade.
A não ser que por "músicos comuns" você queira dizer a banda toda com uma semana de experiência.
Nem na primeira banda que toquei na vida a gente dizia que o tom era a primeira nota. Tampouco jamais vi alguém dizer isso, só ouvi falar... E já se vão 34 anos...
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allexcosta- Administrador
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
fheliojr escreveu:Fernando Zadá escreveu:...Harmonia é um assunto para estudar a vida inteira...
Zadá (e galera), por que harmonia é um assunto tão complexo?
Por que permeia tudo que se faz na música.
Harmonia como um conceito mais amplo tem a ver com resolver tensões e movimentos. Repouso é estático e a partir do momento que as coisas, no caso notas e vozes, se movimentam a harmonia acontece através dos movimentos de tensão e resolução de formas muito variadas.
Existem muitos níveis de harmonia o ideal seria ir com calma dominando por etapas mas tem que ir desenvolvendo o ouvido junto para não virarem regras abstratas e sem sentido sonoro.
É trabalho para se degustar devagar.
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
fheliojr gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Tópico espetacular. Aprendi muita coisa em poucas postagens.
pedrohenrique.astronauta- Membro
- Mensagens : 9200
Localização : Volta Redonda-RJ
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Uma dica que faço, quando pego uma música mais complexa em que o tom da música não fica definido, é ouvir o 4º e 6º graus.
Eu aprendi a ouvir e conhecer o som dos intervalos, então quando a música é tocada, procuro ouvir o 4º grau, quando o encontro, descubro o tom da música.
Então minha dica é, solfeje e aprenda a ouvir os graus da escala, principalmente os mais usados, 4º, 5º e 6º graus.
Estes sites de cifras tem essa mania de definir como o tom da música, a primeira nota tocada.
Então quando vc ver uma nota menor, exemplo, "Bm" como tonalidade, há 70% de chances do tom dessa música ser "D". Não é regra, mas é um norte que deve ser observado.
Esse "Bm" pode também indicar que a música esteja no tom de "A", "G", porém como ele é o relativo de "D" então a chance do tom ser "D" é bem maior.
Olha só, essa música está no tom de "D", observe que o Ré, aparece 1x na introdução e 2 vezes no refrão, apenas.
Eu aprendi a ouvir e conhecer o som dos intervalos, então quando a música é tocada, procuro ouvir o 4º grau, quando o encontro, descubro o tom da música.
Então minha dica é, solfeje e aprenda a ouvir os graus da escala, principalmente os mais usados, 4º, 5º e 6º graus.
williamrds_ escreveu:Obrigado pelas respostas pessoal, realmente é um assunto muito extenso né, quanto mais a gente estuda mais tem pra aprender hahaha. Eu sei que é importante ter um professor pra nos orientar mas infelizmente a minha situação financeira atual não permite, então eu tô tentando organizar os assuntos que vou estudar em ordem, pegar intervalos, ciclo das quintas e quartas, empréstimos modais, modos gregos, porém eu fico perdido na hora de saber o que vai complementar melhor cada assunto e facilitar na hora de colocar em prática no braço do instrumento o aprendizado. Mas esse é o preço que se paga (ou melhor, não se paga) por não conseguir um professor hahahaha.Ivanov_br escreveu:O primeiro grau é quem dá a tonalidade. A partir dele, são construídos os intervalos. É uma nota de referência para, na harmonia modal e tonal. Aprender a essência do campo harmônico ajuda muito na hora de tirar musicas e já antever que acordes serão maiores, menores. Com a evolução do estudo, facilita o entendimento de progressões tipicamente usadas, com o II-V- I. Acho que vou até fazer um video sobre isso.
Então no caso dessa música que falei (como tudo deve ser do charlie brown jr.) o tom da música realmente seria E7M ao invés de Lá como dizem os sites de cifra, pois seria o primeiro grau do campo harmônico... correto?
Estes sites de cifras tem essa mania de definir como o tom da música, a primeira nota tocada.
Então quando vc ver uma nota menor, exemplo, "Bm" como tonalidade, há 70% de chances do tom dessa música ser "D". Não é regra, mas é um norte que deve ser observado.
Esse "Bm" pode também indicar que a música esteja no tom de "A", "G", porém como ele é o relativo de "D" então a chance do tom ser "D" é bem maior.
Olha só, essa música está no tom de "D", observe que o Ré, aparece 1x na introdução e 2 vezes no refrão, apenas.
NeyBass- Membro
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
^Mas em outro tópico teve quem falasse que baixista não precisa saber sobre intervalos...
pedrohenrique.astronauta- Membro
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Localização : Volta Redonda-RJ
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
NeyBass escreveu:Estes sites de cifras tem essa mania de definir como o tom da música, a primeira nota tocada.
Seria pedir muito me arrumar alguns exemplos?
Na época das vigu acho que nunca vi errarem isso.
É um erro que eu sei que existe, mas nunca convivi com isso, nem em banda nem em algo de ensinar cifras.
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allexcosta- Administrador
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
pedrohenrique.astronauta escreveu:^Mas em outro tópico teve quem falasse que baixista não precisa saber sobre intervalos...
Billy Sheehan não sabe...
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allexcosta- Administrador
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
allexcosta escreveu:pedrohenrique.astronauta escreveu:^Mas em outro tópico teve quem falasse que baixista não precisa saber sobre intervalos...
Billy Sheehan não sabe...
Para alguns, não para mim, ele está acima disso tudo!
pedrohenrique.astronauta- Membro
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Zubrycky gosta desta mensagem
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
allexcosta escreveu:pedrohenrique.astronauta escreveu:^Mas em outro tópico teve quem falasse que baixista não precisa saber sobre intervalos...
Billy Sheehan não sabe...
Ele sabe sim. Aliás, as aulas, clínicas e colunas dele são bastante instrutivas.
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Clube Danelectro (Alvíssaras! Não estou mais só neste Clube!), também membro de outros clubes (Vide perfil) e dono da mão de marreta... Links --->Contrapontos,Vídeos e Soundcloud
Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
Zubrycky escreveu:Ele sabe sim.
https://books.google.com.br/books?id=SURZr4l5hbwC&pg=PA199&lpg=PA199&dq=billy+sheehan+doesn%27t+know+key&source=bl&ots=p4-CLKBIhr&sig=ACfU3U0RNZ7Qf9Neuvz9Q9mWD3SofwOcIA&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=billy%20sheehan%20doesn't%20know%20key&f=false
https://www.thegearpage.net/board/index.php?threads/billy-sheehan-doesnt-know-theory.1585378/
https://www.talkbass.com/threads/theory-vs-playing-by-intuition.882501/
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allexcosta- Administrador
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
allexcosta escreveu:NeyBass escreveu:Estes sites de cifras tem essa mania de definir como o tom da música, a primeira nota tocada.
Seria pedir muito me arrumar alguns exemplos?
Na época das vigu acho que nunca vi errarem isso.
É um erro que eu sei que existe, mas nunca convivi com isso, nem em banda nem em algo de ensinar cifras.
Olha aí, nem pesquisei música alguma, só abri a página inicial do cifraclub e abri as músicas sugeridas. É quase unanimidade, se a música iniciar no 6º grau eles colocam essa nota como tonalidade.
Para não carregar muito a página aqui, caso tenha curiosidade, abra o site vai abrindo música por música e conferindo a tonalidade.
Se eu estiver errado, os amigos me corrija, pois quero aprender da maneira correta.
Música: Oceanos (Oceans)
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
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Re: O tom de uma música deve ser necessariamente o I grau?
^ Fui no youtube e escutei essa música "Oceanos".
Apesar dela ter algumas resoluções em D, não é absurdo dizer que ela está em Bm. Até porque as notas e campos harmônicos das duas tonalidades são idênticas.
É mais da percepção de quem ouve mesmo. Como é uma música introspectiva, não acho estranho assumir que as resoluções no relativo menor são as mais importantes da música e, assim, sua tonalidade.
Mas não estou duvidando que esse fenômeno exista nesses sites. Que pena, pois eles deveriam ser um upgrade dos vigu, que até traziam falta de acordes, mas não lembro de tom errado.
Enfim...
Apesar dela ter algumas resoluções em D, não é absurdo dizer que ela está em Bm. Até porque as notas e campos harmônicos das duas tonalidades são idênticas.
É mais da percepção de quem ouve mesmo. Como é uma música introspectiva, não acho estranho assumir que as resoluções no relativo menor são as mais importantes da música e, assim, sua tonalidade.
Mas não estou duvidando que esse fenômeno exista nesses sites. Que pena, pois eles deveriam ser um upgrade dos vigu, que até traziam falta de acordes, mas não lembro de tom errado.
Enfim...
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allexcosta- Administrador
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