Modificando a Eletrônica de um Fender American Deluxe Precision Bass 1996
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Modificando a Eletrônica de um Fender American Deluxe Precision Bass 1996
Bom dia a todos. Há poucos dias comprei um Fender Precision American Deluxe, ano 1996. É meu primeiro PB.
Pra começar, ele é só ativo. Tenho um JB Deluxe 1999 que também era só ativo e eu converti para ativo e passivo. Ou seja, acho que de 1995 a 1999 os Deluxe eram apenas ativos mesmo. E esse meu PB 1996 não é diferente.
Desmontei o cara todo e achei algo interessante: ele tem um humbucker special design na ponte e um P split no neck. Até aí tudo bem. Mas ao medir a resistência desses caras, percebi que o P split tem 11.2k e o humbucker (que só tem 2 condutores e já é ligado em série de fábrica) apenas 6.7k.
Separei as bobinas do humbucker e cada uma mediu 3.35k mais ou menos, o que bate com os 6.7k em série.
Estranho pensar numa configuração em que o captador da ponte tem metade da resistência do captador do braço. Normalmente, pelo fato da proximidade com a ponte fazer sobrar agudos e faltar graves, colocamos captadores mais fortes ali.
O interessante, portanto, é que um humbucker special design, com apenas 6.7k, deve ter sido desenhado para trabalhar somente no modo ativo mesmo. Até aí OK, pois o baixo sai de fábrica só no modo ativo. Mas que diabos levou a Fender a meter 11.2k no P split que só vai funcionar no modo ativo? É brutal a diferença.
Eu sei, eu sei, vcs vão dizer que DCR não significa saída mais forte ou fraca num captador, pois também depende dos magnetos, fio, etc. Mas os magnetos do humbucker são bem mais fracos do que os do captador do braço. A chave de fenda comprovou isso quando encostei neles.
Bem, nem preciso falar: o P split vai funcionar bem no modo passivo quando eu converter o baixo para ativo/passivo. Mas, certamente, o humbucker não vai ter saída no modo passivo. E vai ser ainda pior por estar na posição da ponte. Vai soar fraco e sem peso no passivo.
Sendo assim, resolvi "consertar" o humbucker pra ele funcionar tanto no ativo como no passivo.
Primeira coisa foi converter de 2 para 4 condutores, assim vou ter mais possibilidades instalando uma mini DP3T switch (3 posições) nesse baixo só para manipular o humbucker (série, paralelo e single).
Segunda coisa, e mais ousada: substituí uma das bobinas do humbucker (cada uma mede 3.35k apenas, lembram?) por uma bobina Seymour Duncan JB Hot Vintage SJB-2 bridge. A outra bobina (de polaridade magnética oposta), permaneceu no humbucker, mais com a finalidade de cancelar ruído do que qualquer outra coisa. Só a bobina do Seymour SJB-2 tem 16.6k de saída (mais os 3.35k da bobina dummy, dará algo em torno de 20K).
Tendo 20K na ponte com 11.2K no braço, terei um instrumento mais equilibrado no modo passivo.
Obviamente, quando a DP3T splitar esse humbucker, vou ligar apenas a bobina do SJB-2, obtendo 16.6K nessa hora, ainda deixando as coisas equilibradas (16.6K contra 11.2K).
Ainda posso colocar um trimpot de 10K para controlar a mistura das bobinas do humbucker, trazendo com mais ou menos intensidade o som da bobina dummy.
Considerações?
Seguem fotos do trabalho. Agora é montar e testar no modo ativo e passivo:
Pra começar, ele é só ativo. Tenho um JB Deluxe 1999 que também era só ativo e eu converti para ativo e passivo. Ou seja, acho que de 1995 a 1999 os Deluxe eram apenas ativos mesmo. E esse meu PB 1996 não é diferente.
Desmontei o cara todo e achei algo interessante: ele tem um humbucker special design na ponte e um P split no neck. Até aí tudo bem. Mas ao medir a resistência desses caras, percebi que o P split tem 11.2k e o humbucker (que só tem 2 condutores e já é ligado em série de fábrica) apenas 6.7k.
Separei as bobinas do humbucker e cada uma mediu 3.35k mais ou menos, o que bate com os 6.7k em série.
Estranho pensar numa configuração em que o captador da ponte tem metade da resistência do captador do braço. Normalmente, pelo fato da proximidade com a ponte fazer sobrar agudos e faltar graves, colocamos captadores mais fortes ali.
O interessante, portanto, é que um humbucker special design, com apenas 6.7k, deve ter sido desenhado para trabalhar somente no modo ativo mesmo. Até aí OK, pois o baixo sai de fábrica só no modo ativo. Mas que diabos levou a Fender a meter 11.2k no P split que só vai funcionar no modo ativo? É brutal a diferença.
Eu sei, eu sei, vcs vão dizer que DCR não significa saída mais forte ou fraca num captador, pois também depende dos magnetos, fio, etc. Mas os magnetos do humbucker são bem mais fracos do que os do captador do braço. A chave de fenda comprovou isso quando encostei neles.
Bem, nem preciso falar: o P split vai funcionar bem no modo passivo quando eu converter o baixo para ativo/passivo. Mas, certamente, o humbucker não vai ter saída no modo passivo. E vai ser ainda pior por estar na posição da ponte. Vai soar fraco e sem peso no passivo.
Sendo assim, resolvi "consertar" o humbucker pra ele funcionar tanto no ativo como no passivo.
Primeira coisa foi converter de 2 para 4 condutores, assim vou ter mais possibilidades instalando uma mini DP3T switch (3 posições) nesse baixo só para manipular o humbucker (série, paralelo e single).
Segunda coisa, e mais ousada: substituí uma das bobinas do humbucker (cada uma mede 3.35k apenas, lembram?) por uma bobina Seymour Duncan JB Hot Vintage SJB-2 bridge. A outra bobina (de polaridade magnética oposta), permaneceu no humbucker, mais com a finalidade de cancelar ruído do que qualquer outra coisa. Só a bobina do Seymour SJB-2 tem 16.6k de saída (mais os 3.35k da bobina dummy, dará algo em torno de 20K).
Tendo 20K na ponte com 11.2K no braço, terei um instrumento mais equilibrado no modo passivo.
Obviamente, quando a DP3T splitar esse humbucker, vou ligar apenas a bobina do SJB-2, obtendo 16.6K nessa hora, ainda deixando as coisas equilibradas (16.6K contra 11.2K).
Ainda posso colocar um trimpot de 10K para controlar a mistura das bobinas do humbucker, trazendo com mais ou menos intensidade o som da bobina dummy.
Considerações?
Seguem fotos do trabalho. Agora é montar e testar no modo ativo e passivo:
Última edição por Savio_RJ em Qui Ago 03, 2023 4:44 pm, editado 1 vez(es)
Savio_RJ- Membro
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Localização : Niterói-RJ
Re: Modificando a Eletrônica de um Fender American Deluxe Precision Bass 1996
Os P/J sets da DiMarzio são assim também.Savio_RJ escreveu:Estranho pensar numa configuração em que o captador da ponte tem metade da resistência do captador do braço.
Acho que essa "lógica" nem sempre é "verdade" e deve haver outros fatores que afetam a combinação.Savio_RJ escreveu:Normalmente, pelo fato da proximidade com a ponte fazer sobrar agudos e faltar graves, colocamos captadores mas fortes ali.
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Modificando a Eletrônica de um Fender American Deluxe Precision Bass 1996
O que eu penso é que a Fender calibrou/equilibrou o som dos caps desse baixo para trabalhar apenas no modo ativo.
Quem quiser converter para ativo/passivo, que se vire com o humbucker. E foi o que eu fiz.
Talvez ele não precisasse ser mais forte do que o P Split, mas ficar do jeito que estava, não poderia. Eu testei esse humbucker no modo passivo e ele não fala, é quase um mudo.
Quem quiser converter para ativo/passivo, que se vire com o humbucker. E foi o que eu fiz.
Talvez ele não precisasse ser mais forte do que o P Split, mas ficar do jeito que estava, não poderia. Eu testei esse humbucker no modo passivo e ele não fala, é quase um mudo.
Savio_RJ- Membro
- Mensagens : 109
Localização : Niterói-RJ
Feedback
Tô querendo mudar a configuração de um Jazz Bass para a mesma do teu baixo (Humbucker + Precision)
Mas pretendo deixa-lo só Passivo msm.
Como ficou o resultado do teu no Passivo depois da mudança?
Mas pretendo deixa-lo só Passivo msm.
Como ficou o resultado do teu no Passivo depois da mudança?
JonasHenrique91- Membro
- Mensagens : 1
Localização : Curitiba-PR
Re: Modificando a Eletrônica de um Fender American Deluxe Precision Bass 1996
Acho que é meio Fender sendo Fender.
Talvez a lógica seja justamente o captador da ponte ser mais fraco e só adicionar um "sparkle" no som do instrumento. E o captador da ponte normalmente fica mais próximo das cordas, criando um certo problema se você tiver muita força magnética ali.
Me parece que você está no caminho de melhorar o instrumento e ficamos na espera das impressões e resultados.
Talvez a lógica seja justamente o captador da ponte ser mais fraco e só adicionar um "sparkle" no som do instrumento. E o captador da ponte normalmente fica mais próximo das cordas, criando um certo problema se você tiver muita força magnética ali.
Me parece que você está no caminho de melhorar o instrumento e ficamos na espera das impressões e resultados.
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O fascismo não é só uma opção política, mas também uma doença da alma...
allexcosta- Administrador
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