Behringer bx4500h x(versus)x Meteoro 800mb

Boa tarde, baixistas do fórum!

Vou aproveitar o tópico para jogar uma dúvida em duas opções que considero oportunidades.

De um lado, um Meteoro 800mb, cabeçote em estado de novo, por R$ 1.700,00.
- ainda precisaria ir atrás de uma caixa...

Do outro, um Behringer Ultrabass bx4500h, com caixa BA115, aparência razoável - tweeter não é original, por R$ 2.200,00.

O que vocês acham melhor? Ou menos pior...

Sei que nenhuma das marcas têm aquela confiança de uma marca top, mas o preço me parece sedudor pra colocar em gigs esporádicas, no qual o cara precisa de pressão em espaços abertos, como uma praça. Ando tocando metal com um baterista senta a lenha no estilo Eloy Casagrande.

já toquei bastante nesses heads, mas admito que tenho mais afinidade de equalização com o 800mb, o único da Meteoro que respeito. Já o Behringer parece mais resistente e tem subs intensos.

800MB

Na minha opinião nenhuma das duas opções é adequada.

É do meu entendimento que o Meteoro é clone ou semi-clone do excelente 800RB, porém com construção e componentes inferiores e talvez até mesmo transformador/fonte sub-dimensionados.
Digo "talvez" porque é meio de conversar com colegas de áudio, mas não que eu tenha visto um aberto, somado os capacitores da fonte, realmente analisado os componentes que eles usam ou nada assim. Isso é só meio senso comum.

Então esses amps supostamente terão boa performance até esquentarem um pouco, quando os transistores começam a sair das specs do datasheet e a performance muda bastante, além da robustez reduzida.

É possível e até provável que um desses se torne um amp muito melhor depois de passar pelas mãos de um técnico caprichoso que minimizará problemas de projeto e construção, mas isso custa dinheiro e nem sempre vale à pena.

Os Behringer também costumam ser projetos bons, porém eram feitos em fábricas genéricas da China antes de montarem a "cidade Behringer". Acho que esse foi feito nessa época, mas não posso garantir. A robustez é meio sorte. Uns duram muito outros nem tanto... Junto com essa caixa de um falante NÃO moverá ar suficiente para suas necessidades frente a um baterista marreta numa praça. Pelo menos eu acho que não.

Alguns amps que conheço que devem ser mais apropriados para o trabalho com excelente robustez:

- GK 800RB
- GK 700RBII
- GK 1001RBII
- Hartke HA3500
- Hartke HA5500
- Peavey Tour 450

A um desses amps eu adicionaria uma boa caixa das seguintes configurações:

- 4x10
- 2x12
- 2 caixas 1x12 (essa configuração em teoria terá menos grave)

Obs: Uma boa caixa não precisa ser de marca nem importada. O Brasil produz falantes muito bons de linha profissional para esse fim.

Uma alternativa pouco utilizada mas que funciona é comprar mais de um combo, tipo dois ou três desses Staner que sabemos serem robustos e falarem alto. Ou quem sabe um Staner e um Peavey, que tem uma voz mais full range, ou dois Staner e um Peavey...

A gente vê esses amps por aí usados na faixa de 1000 Reais. É uma alternativa modular que não quebra a banca. Leve quantos forem necessários pra o tipo de gig do dia.

Dentre as alternativas apresentadas, eu provavelmente ficaria com o Meteoro revisadinho com uma das caixas que recomendei.

allexcosta escreveu:Na minha opinião nenhuma das duas opções é adequada.

[2]

Isso aí pode deixar vc na mão a qualquer momento na gig. É a fama desses amps. Eu não tenho coragem de colocar em gig paga (não que eu faça gig não paga), ainda mais comprando o negócio usado.

Eu acho dinheiro jogado fora, sinceramente. Agora, se não tem jeito mesmo, tem certa urgência e só existem as duas opções eu iria no Behringer que sai muito mais barato. 

No Meteoro vc ainda vai ter que comprar uma caixa. Vamos dizer que o mínimo de qualidade é uma Teksound: dei uma olhada aqui e uma Teksound 1x15" tradicional custa 2k. Aí já tá indo pra quase 4k, e não vale a pena esse dinheiro pra rodar um set Meteoro. 

Se não tiver jeito pede 2k no Behringer, na minha opinião é o mal menor.

Senhores,

Primeiramente, obrigado pelas observações. Sempre levo muito em consideração as mensagens postadas no fórum.

Em função dos preços dos produtos que encontrei e a minha frequência de uso, eu achei que poderia ser uma boa alternativa, mas vou continuar estudando as possibilidades...

Acho Harkte e GK grandes marcas, sem dúvida, mas o problema é o preço, além do prejuízo em possíveis roubos/danos - por isso pensei em modelos mais modestos. Eu não ganho dinheiro tocando.

- Quanto ao 800mb, já toquei em vários estúdios/gigs, sempre tive boas experiências - diferente do 400mb, que é realmente ruim.
- Já o Behringer, eu lembro quando foi lançado, meados de 2004. Era muito comum vê-los nos estúdios e gigs, mas sumiram, isso me levanta um super alerta.

Obrigado.

Dennis Messa escreveu:Acho Harkte e GK grandes marcas, sem dúvida, mas o problema é o preço, além do prejuízo em possíveis roubos/danos - por isso pensei em modelos mais modestos. Eu não ganho dinheiro tocando.

Isso tudo é importante ponderar.

Só lembrando que um 800RB, por exemplo, você compra hoje e fica pra seu filho e até neto. É literalmente amp pra vida toda e você jamais terá que pensar nisso de novo.

Dennis Messa escreveu:- Quanto ao 800mb, já toquei em vários estúdios/gigs, sempre tive boas experiências

Essas experiências pessoais não devem ser ignoradas. Se for essa a decisão, lembre que além da energia que sai do amp, você precisa de área de cone para movimentar ar e se ouvir num ambiente de competição sonora extrema.

allexcosta escreveu:

Uma alternativa pouco utilizada mas que funciona é comprar mais de um combo, tipo dois ou três desses Staner que sabemos serem robustos e falarem alto. Ou quem sabe um Staner e um Peavey, que tem uma voz mais full range, ou dois Staner e um Peavey...

A gente vê esses amps por aí usados na faixa de 1000 Reais. É uma alternativa modular que não quebra a banca. Leve quantos forem necessários pra o tipo de gig do dia.

Alex, vc é genial! Trouxe a solução para os meus problemas! Tendo 2 cubos desses de 100w mais ou menos, acha que daria um bom retorno para palcos maiores? O meu de 90w sofreu um pouquinho para cobrir o palco do Teatro onde eu fiz meu último show, se tivesse 2 nesse esquema aí talvez desse melhor. Eu conseguia ouvir bem, alguns membros da banda que estava do outro lado do palco é que não... Um sistema assim seria legal, porque se fosse em um ambiente menor eu levava um cubo só e em outro maior eu poderia levar os 2.  

B3ck1m2n escreveu:Alex, vc é genial!

Sou não, só sou velho.

B3ck1m2n escreveu:Tendo 2 cubos desses de 100w mais ou menos, acha que daria um bom retorno para palcos maiores? O meu de 90w sofreu um pouquinho para cobrir o palco do Teatro onde eu fiz meu último show, se tivesse 2 nesse esquema aí talvez desse melhor.

"Bom retorno" e "palco maior" são coisas muito subjetivas, mas se um amp sofreu realmente um "pouquinho" numa situação, é razoável assumir que dois dele cobrirão essa situação de maneira adequada, pois dobro da potência com dobro de cone oferecem até +6db de SPL.

B3ck1m2n escreveu:Eu conseguia ouvir bem, alguns membros da banda que estava do outro lado do palco é que não... Um sistema assim seria legal, porque se fosse em um ambiente menor eu levava um cubo só e em outro maior eu poderia levar os 2.  

Mas normalmente seu sistema é pra você se ouvir né? Se alguém que está do outro lado do palco precisa te ouvir, o normal é colocar o baixo num retorno de chão, side-fill ou retorno de fone.

Qual seria a melhor maneira de posicionar esses 2 cubos? Fazendo uma torre (colocando um sobre o outro), um do lado do outro ou um em cada lado do palco?

Dependendo da situação, você pode colocar em torre (+ SPL na frente), ou uma do lado da outra (+ graves e maior dispersão horizontal). Se precisar distribuir melhor pras laterais, você coloca uma do lado da outra e vira as duas uns 45 graus para fora(esquerda para a esquerda e direita para a direita).

Resumindo, é melhor fazer os testes pra entender como fica melhor pra você em cada situação.

B3ck1m2n escreveu:Qual seria a melhor maneira de posicionar esses 2 cubos? Fazendo uma torre (colocando um sobre o outro), um do lado do outro ou um em cada lado do palco?

Se você se ouve bem com um e tem uma região do palco ouvindo mal e querendo ouvir melhor, você põe o outro mais perto dessa região.

No papel existem teorias de cancelamento, coupling, de-coupling, etc... Mas na vida real é mais pra "tá bom pra você?"

A gente que é baixista com frequência acomoda a posição dos nossos amps pra mandar algo pro batera, assim como o side deles, caso exista, com frequência nos serve um pouco. Isso inclui inclinar, por numa cadeira, numa mesa, apoiado num cara com camisa de roqueiro, sei lá...

O nome do peixe é "tentativa e erro com uns 20 centavos de bom senso".

allexcosta escreveu:Uma alternativa pouco utilizada mas que funciona é comprar mais de um combo, tipo dois ou três desses Staner que sabemos serem robustos e falarem alto. Ou quem sabe um Staner e um Peavey, que tem uma voz mais full range, ou dois Staner e um Peavey...

A gente vê esses amps por aí usados na faixa de 1000 Reais. É uma alternativa modular que não quebra a banca. Leve quantos forem necessários pra o tipo de gig do dia.

Como ligar esses dois cubos juntos, quando nenhum dos dois tem saídas extras (além da de phones, é claro!)? Usaria um pedal ABY Box pra isso, no caso?

B3ck1m2n escreveu:Usaria um pedal ABY Box pra isso, no caso?

Sim. Tem quem gambiarre uma LINE OUT também.