Primeira experiência em estúdio com o acústico!

Boa noite! Gostaria de relatar pra vocês minha primeira experiencia em estúdio (e que estúdio!) gravando com um baixo acústico.
Na semana passada, depois de  quase um ano de ensaios, a banda de música instrumental da qual faço parte entrou em estúdio para gravar 11 faixas, que serão distribuídas gratuitamente em um evento em prol da APAE de Itapetininga, onde também as executaremos ao vivo. Como o objetivo não é divulgar essas gravações nas plataformas de streaming não nos preocupamos muito com direitos autorais.
Pra entender melhor, essa banda foi formada inicialmente apenas para estudar e se divertir. Somos um sexteto (baixo,piano, bateria, percussão, guitarra e sax). Até que um belo dia o Rafael Altério, proprietário do estúdio Gargolândia, de Alambari, foi assistir o ensaio e gostou muito, nos convidando para gravar algumas faixas.

Pra quem não conhece esse estúdio, de lá sairam 5 Grammys latinos. O Ivan Lins grava lá, o Hermeto Paschoal, Chico César, Pipoquinha, Vanessa Moreno, entre outros grandes. Normalmente você fica hospedado e come no local, pois é também uma fazenda, linda por sinal Tivemos então 3 dias para essa gravação (e por sorte tudo foi feito em 2 dias, com a ultima faixa sendo gravada em um único take). O Rafael Altério proprietário do estúdio acabou atuando como produtor informal do trabalho, e foram dois dias de "aulas" de como fazer um trabalho com qualidade realmente profissional. Como o estúdio é dividido em salas específicas para cada instrumento, quase sempre as gravações são feitas ao vivo, sem overdubs. Algum detalhe pode ser corrigido após o take, pois os instrumentos não vazam. Em um primeiro momento pode ficar um pouco estranho não estar na mesma sala dos outros, mas a qualidade da monitoração é tanta que no primeiro take essa estranheza some! Inclusive a técnica fica totalmente isolada, não existe aquele aquario que estamos acostumados a ver em outros estúdios, e o técnico consegue ver os músicos por um sistema de câmeras.

Foi uma experiencia muito diferente de gravar com o baixo elétrico, onde quase sempre gravava na técnica, em linha. Com o acústico tem toda a questão de selecionar o microfone ideal, distancia do instrumento em relação ao mic, etc...

Quanto ao repertório, apesar de tocarmos muitos standards de jazz, acabamos optando por dar uma cara mais brasileira ao trabalho, inclusive o único standard que gravamos (Night and Day) estava com uma "roupagem" mais bossa nova. Então além dessa gravamos Corcovado, Triste, Garota de Ipanema, Clube da Esquina II, História de un amor (um bolero que termina em tango), This Masquerade, Faz parte do meu show, Smooth Operator, Codinome Beija Flor e Samba de uma nota só.

Seguem algumas fotos da gravação (o aúdio ainda não foi mixado nem masterizado):

Que experiência sensacional André , e que estúdio top brother , e em prol de uma causa nobre , meus parabéns a você e a todos os envolvidos no projeto

Meu amigo, eu queria ser uma humilde mosquinha nesse ambiente, sem que me botassem pra fora, claro! kkkkkkkkkkkk

Que sonho!