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FELIPE ANDREOLI - Biografia relatada pelo próprio.

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Mensagem por webercar Sex Mar 12, 2010 11:32 am

Olá galera da baixaria, li esta entrevista do felipe Andreoli feita pelo programa Venegas Music em 03/03/2010. Ele fala sobre o início de sua carreira, suas inflluências, sua evolução como baixista, as bandas q tocou, enfim um relato de sua carreira. Imperdível.

"A música entrou na minha vida muito cedo. Em casa, a minha mãe me ensinou a gostar de boa música, e sempre gostava de me mostrar os discos, as letras, e me apresentar coisas novas. Foi assim que conheci bandas como Supertramp, Yes, Emerson, Lake and Palmer, Led Zeppelin e muitas outras. Foi ela também que me comprou o meu primeiro disco, o vinil do Red Hot Chili Peppers, Blood Sugar Sex Magic. Nessa época, através dos amigos do prédio, comecei a descobrir o Heavy Metal. A primeira banda que chamou minha atenção foi o Metallica. Era a época do Grunge, e bandas como Alice in Chains e Soundgarden eu ouço até hoje. Na escola, o pessoal começou a tocar violão, guitarra, e isso de alguma forma despertou meu interesse.E foi em 1992, em Juqueí, litoral paulista, que eu tive o primeiro contato com o violão. O meu amigo André Brunetti também estava aprendendo a tocar, pois o pai dele, César, é músico. E foi ele, César, que me colocou pela primeira vez o violão no colo (sim, no colo, já que eu e o André tocávamos como se fosse uma guitarra havaiana de Ula-ula!). A primeira coisa que eu aprendi foi o “riff” de La Bamba. Daí por diante cresceu o interesse, e logo meu pai se viu obrigado a me comprar um violão e pagar umas aulas.Na escola, meus amigos tinham formado uma banda, onde só faltava o baixista. Sabendo que eu também tocava, me convidaram a assumir o posto, e também os vocais. Na mesma semana comprei meu primeiro baixo, um Dolphin usado de 80 dólares! Depois de umas duas semanas de ensaio a banda se apresentou na Escola Uirapuru. Nós tocamos covers de Led Zeppelin a Barão Vermelho. Pouco depois formei a minha primeira verdadeira banda, o Holocaust, onde eu, o André (na bateria) e o guitarrista Marcelo Cortez tocávamos basicamente Metallica, e alguma coisa de Megadeth, às vezes até arriscando Emotional Catastrophe, do Dr Sin, uma das minhas bandas preferidas. A minha idéia original para essa banda é que eu tocasse bateria e o André baixo, mas como foi ele que comprou a bateria, tinha todo o direito de não aprovar minha idéia... A partir daí, toquei em incontáveis bandas, de diferentes estilos, mas desisti de cantar, por motivos óbvios.As influências também foram se renovando, e a minha vida realmente mudou depois de ouvir Yngwie Malmsteen. Para quem achava que Kirk Hammet era Deus (sem desmerecê-lo, é claro), aquele foi um choque tremendo! Eu simplesmente não acreditava que aquilo era possível! Isso me despertou para estudar coisas novas, ampliou minha visão sobre a música e a maneira de abordar o instrumento. Daí pra frente muitas outras influências surgiram, e talvez a principal delas tenha sido o Dream Theater, com os discos Awake e Images and Words. A complexidade instrumental, as harmonias, tudo aquilo me apresentou uma gama totalmente nova de possibilidades. Eu cheguei a tirar de ouvido todas as músicas desses dois discos e mais algumas de outros discos. O próximo grande baque veio com Jaco Patorius. Foi aí que o baixo solo realmente começou a fazer sentido pra mim, e foi uma época em que eu me voltei para o improviso e para o Jazz Fusion.O primeiro (e único) professor de baixo que eu tive foi Ximba Uchyama. Comecei a ter aulas com Ximba em 1997, e ele me ajudou a desvendar muitos mistérios da música, e me apresentou baixistas que até hoje marcam sua influência no meu jeito de tocar. Foi a época em que eu descobri Victor Wooten, John Patitucci, Billy Sheehan, e muitos outros. Nesse mesmo ano conheci um guitarrista chamado Vandré Nascimento. Foi a primeira vez que tive a oportunidade de tocar com alguém capaz de fazer todas aquelas frases na velocidade da luz, e isso fez com que eu me esforçasse muito para alcançar o nível dele. Com Vandré e o baterista Renato Bon, formei a banda Metris, que foi o primeiro lugar onde havia espaço pra aplicar tudo o que eu tinha aprendido, todas as técnicas, o improviso, a composição, e muitas risadas.Em 1999, recebi uma ligação do Marcell Cardoso, baterista do Karma, me convidando pra fazer um teste. Eu sempre tive vontade de tocar um som mais progressivo, e o Karma foi perfeito pra isso. A primeira vez que eu assisti ao ensaio, saí de boca aberta, pois não imaginava que houvesse uma banda nacional com nível tão alto. Eles estavam gravando o disco Inside the Eyes, e eu fui obrigado a aprender e gravar as músicas em tempo recorde! No fim desse ano (1999), o Marcos Cardoso, da gravadora Encore, me convidou pra participar de uma banda com o ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di´Anno. Em 2000 gravamos o disco Nomad, e fizemos sete shows pelo Brasil. Essa foi a minha primeira turnê, com os primeiros shows maiores.Ainda em 2000, recebi uma ligação do André Brunetti, dizendo que gostaria de gravar uma demo com umas músicas que nós tocávamos a muito tempo atrás, e algumas novas. Eu sugeri a ele que nós gravássemos no Contato, estúdio do Thiago, vocalista do Karma. No decorrer do processo, o Thiago e também o Marcell do Karma, além do Mauro Chevis no teclado, tomaram parte no projeto, que no fim já era mais que uma demo. Tanto foi que, quando nós mostramos para o Marcos, da Encore, ele logo se prontificou em lançar o disco, intitulado "The Top of the Mountain".No início de 2001, recebi um convite pra entrar no Angra. Eu fui indicado por várias pessoas que conhecia em comum com o Kiko e com o Rafael, e também pelo Aquiles Priester, com quem eu já tinha tocado junto na banda Di’Anno. E foi assim que, no dia 18 de fevereiro, ingressei oficialmente na banda. Ainda naquele ano gravamos “Rebirth”, que foi o disco que trouxe o Angra de volta ao sucesso. Uma longa tour seguiu, e conseqüentemente tive de deixar o Karma.No ano seguinte lançamos “Hunters And Prey”, que é um EP com versões acústicas, material original e um cover de “Mama”, uma canção da banda Genesis. Também lançamos o CD e DVD “Rebirth World Tour – Live In São Paulo”, gravado na casa Via Funchal dia 15 de Dezembro do ano anterior. Em 2004 lançamos “Temple Of Shadows”, um dos discos mais aclamados da carreira da banda, e considerado por muitos uma obra prima. Novamente tivemos uma longa tour, com mais de 130 shows.Em 2005 tive a oportunidade de voltar a tocar com o Karma, já que então baixista Tito Falaschi estava deixando a banda. Eles estavam prontos para lançar o disco “Leave Now!!!”, que eu já tinha e ouvia direto no carro. No entanto, ao entrar na banda fiz a exigência de regravar todos os baixos, e ao fazer isso busquei linhas de baixo mais pesadas, na região grave. O disco foi lançado no mesmo ano em todo o mundo. Ainda com Thiago e Marcell do Karma, mais meu amigo André Brunetti, gravamos o que seria o segundo disco do FireSign, mas no meio do caminho as composições tomaram um rumo completamente diferente, e resolvemos rebatizar a banda como Vox. O disco se chama “Original”, e soa muito mais como um grunge alternativo.No ano seguinte gravei com Aquiles Priester, Fábio Laguna e Eduardo Martinez o disco “Freakeys”, num projeto instrumental de mesmo nome, que nos proporcionou alguns shows. Durante o ano todo também fiz shows com o projeto solo de Kiko Loureiro, com Fernando Schaefer na bateria, e no fim do ano o Angra lançou o terceiro disco de estúdio com a nova formação, “Aurora Consurgens”. Em Julho de 2007, devido a diversos problemas de empresariamento, o Angra parou suas atividades. No meio tempo me juntei ao Edu Falaschi em seu projeto Almah, e fizemos alguns shows. No fim do ano ainda lutávamos para voltar com o Angra, mas sem sucesso, então decidimos gravar um novo disco do Almah. Ao mesmo tempo estava gravando o disco “The Journey” com o projeto instrumental Time Out, que conta com o guitarrista Mello Jr. e o baterista Maurício Leite. É um CD/DVD que conta não só com as músicas, mas também com um making of, performances ao vivo incluindo uma música que não está no disco), mini vídeos-aula, entrevistas e transcrições das músicas. Em Janeiro Edu, Marcelo Barbosa e eu começamos a compor para o novo disco do Almah. Em Abril já tínhamos todas as músicas, além de um novo line-up com Marcelo Moreira na bateria e Paulo Schroeber na outra guitarra. Gravamos no Norcal Studios em São Paulo, e o disco está pronto, e chama-se “Fragile Equality”. Praticamente ao mesmo tempo gravei 5 faixas do primeiro disco solo de Rafael Bittencourt, que será lançado junto com o Almah. No momento estou me concentrando na divulgação dos discos do Almah, Time Out e Rafael Bittencourt".

abraços....
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Mensagem por Cantão Sex Mar 12, 2010 11:37 am

^Também tem lançamento do Angra vindo por ai... up

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Mensagem por Maniaky Sex Mar 12, 2010 11:12 pm

Estamos aguardando anciosamente Twisted Evil
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Mensagem por bruno the manager Sáb Mar 13, 2010 5:11 am

Muito legal a história do Felipe, acompanho o Angra desde a formação antiga, e quando ele entrou pra banda deu um novo gás, não conhecia o trabalho dele, e realmente me surpreendeu, hoje o considero o melhor baixista nacional nesse estilo!
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Mensagem por Maniaky Dom Mar 14, 2010 1:02 pm

Um videozinho do Felipe pra mostrar o talento dele.

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