Acarajé quente ou frio - Um mito?

jgs escreveu:eu sou alérgico a pimenta. se eu como pimenta, eu vomito tudo de volta (claro que não no mesmo estado físico e formato) em aproximadamente 2 minutos e 10 segundos.

Fico imaginando como o cara chegou a essa média... haha

Aproveitar que vocês estão falando de Iorubá...

Tio Allex, sabe me dizer porque os baianos disseminaram tanto a língua??? Só por causa do Candoblé ou tem mais coisa aí???
Queria saber também porque a comunidade homossexual aderiu verbetes em Iorubá...???

Se alguém souber responder agradeço...

Cayo Castro escreveu:Tio Allex, sabe me dizer porque os baianos disseminaram tanto a língua??? Só por causa do Candoblé ou tem mais coisa aí???
Queria saber também porque a comunidade homossexual aderiu verbetes em Iorubá...???

A maioria dos negros que foram pra Bahia durante a escravidão falavam Iorubá. O Recôncavo baiano é a região do Brasil que mais preservou as tradições Africanas das danças, comidas, língua e Religião.

Nunca me toquei que os homossexuais gostam de palavras em Iorubá, mas talvez seja porque o Candomblé é uma das poucas religiões que não condena o homossexualismo e por isso deve haver alguma afinidade.

allexcosta escreveu:E pra finalizar, um pedido aos meus conterrâneos: acarajé é substantivo masculino. O acarajé, um acarajé, por favor não deixem que seus filhos continuem esse assassinato à cultura da Bahia chamando o bolinho de "a acarajé".

Bem, eu nunca fui à Bahia nem comi um acaraje´ mas confesso que já ouvi a tal estória do "quente ou frio" inúmeras vezes. Em compensação,nunca ouvi ninguém se referir ao acarajé no gênero feminino... Se o Allex, bahiano de "quatro costados" citou o fato é porque deve ocorrer e isso, em Salvador deve ser uma verdadeira blasfêmia...

bem, de qualquer forma, uma coisa é certa: se você chegar em uma baiana em Salvador e pedir um "acarajé frio" (se referindo à pimenta, claro), a probabilidade do preço dobrar é muito grande. Fica mais do que evidente que se trata de um turista...

Já fui perguntado se queria o acarajé quente ou frio. Não foi em Salvador, foi em Prado no sul da Bahia. Quando a baiana me indagou fiquei confuso, não sabia a que ela se referia até que meu amigo falou: "ela perguntou se você quer com ou sem pimenta." Como gosto de pimenta e sempre ouvi que o acarajé leva pimenta optei por "quente". Até por que queria provar uma comida típica e se pedisse sem pimenta estaria descaracterizando-a.

Leandro Bragança escreveu:Já fui perguntado se queria o acarajé quente ou frio. Não foi em Salvador, foi em Prado no sul da Bahia. Quando a baiana me indagou fiquei confuso, não sabia a que ela se referia até que meu amigo falou: "ela perguntou se você quer com ou sem pimenta." Como gosto de pimenta e sempre ouvi que o acarajé leva pimenta optei por "quente". Até por que queria provar uma comida típica e se pedisse sem pimenta estaria descaracterizando-a.

Parece haver uma diferença no sistema dependendo do local. Ou talvez a baiana ache o tema folclórico e use quando percebe que o cliente é turista. Ou mais provável ainda, talvez a baiana não seja baiana, como a do vídeo que o Neto postou, que era uma mineira falando "oxenti, ele gosta do trem é quente"

Em tempo, a comida típica "acarajé" é só o bolinho, nada mais. Comê-lo sem pimenta não descaracteriza a comida.

allexcosta escreveu:

Leandro Bragança escreveu:Já fui perguntado se queria o acarajé quente ou frio. Não foi em Salvador, foi em Prado no sul da Bahia. Quando a baiana me indagou fiquei confuso, não sabia a que ela se referia até que meu amigo falou: "ela perguntou se você quer com ou sem pimenta." Como gosto de pimenta e sempre ouvi que o acarajé leva pimenta optei por "quente". Até por que queria provar uma comida típica e se pedisse sem pimenta estaria descaracterizando-a.

Parece haver uma diferença no sistema dependendo do local. Ou talvez a baiana ache o tema folclórico e use quando percebe que o cliente é turista. Ou mais provável ainda, talvez a baiana não seja baiana, como a do vídeo que o Neto postou, que era uma mineira falando "oxenti, ele gosta do trem é quente"

Em tempo, a comida típica "acarajé" é só o bolinho, nada mais. Comê-lo sem pimenta não descaracteriza a comida.

Alex acho que agora vc resumiu bem todo o caso!!!Aqui em Fortaleza também tem essas "baianas fake"... e já vi sim elas na praia perguntando se o cliente quer quente ou frio!!!

Fui à Salvador uma vez, 8 anos atrás, a comida na Bahia é maravilhosa. Acarajé é uma idéia/invenção genial. Uma delícia! Parabéns aos baianos pela gastronomia, gostei do restaurante do Sesc no pelourinho, ainda existe? Espero voltar lá e comer de novo! Quente ou Frio? Simples, diz para a baiana quanto de pimenta você gosta, ela fala tua língua, só com outro sotaque.

Ricardo escreveu:gostei do restaurante do Sesc no pelourinho, ainda existe?

Continua lá... Se você conseguir passar pelas 5.000 crianças te pedindo 1 Real, 3.000 bêbados tentando te vender fita do Bonfim, 2.000 peruanos tentando te vender artesanato ou maconha e 10.000 pobres almas ao relento fumando crack você chega lá no Sesc tranquilo.

Fui a Salvador uma vez em 2001. Desculpem os amigos baianos, mas detestei a cidade. Fiquei no hotel Othon num lugar que acredito que se chame Barra, mas não tenho certeza. Achei a cidade suja, o atendimento nos lugares que fui (restaurantes e hotel) muito ruim e fiquei impressionado de forma negativa com a quantidade de mendigos, bêbados e esse povo das fitinhas que ficam atrás da gente. Quanto ao acarajé, comi um 'frio', não entendi porque se chama dessa maneira e não gostei. Pra não dizer que tudo foi negativo, gostei da comida de um restaurante chamado Iemanjá e do Porcão.

Edu Fettermann escreveu:Fiquei no hotel Othon num lugar que acredito que se chame Barra, mas não tenho certeza.

Ondina. É perto...

Edu Fettermann escreveu:Achei a cidade suja, o atendimento nos lugares que fui (restaurantes e hotel) muito ruim e fiquei impressionado de forma negativa com a quantidade de mendigos, bêbados e esse povo das fitinhas que ficam atrás da gente.

Continua assim, só que muito pior que em 2001. As diversas crackolândias se estenderam e se multiplicaram, o Pelourinho está "às moscas", todo lugar supostamente sério como banco ou repartição pública está sempre com o "sistema fora do ar", povo urinando na rua, sujeira, maioria dos bairros sào perigosos após as 22hs e um trajeto que demorava 15 minutos de carro em 2001 agora demora 2 horas.

Edu Fettermann escreveu:Quanto ao acarajé, comi um 'frio', não entendi porque se chama dessa maneira e não gostei. Pra não dizer que tudo foi negativo, gostei da comida de um restaurante chamado Iemanjá e do Porcão.

Acarajé frio/quente em Salvador eu só acredito no dia que eu vir na minha frente. Eu viver lá por 30 anos e nunca ter presenciado esse fato e um turista ver isso quando passa um fim de semana lá é demais pra minha cabeça.

Porcão é padrão. A comida do Iemanjá é boa, mas uma mariscada que custava 25 Reais em 2001 hoje custa 180.

allexcosta escreveu:

Ricardo escreveu:gostei do restaurante do Sesc no pelourinho, ainda existe?

Continua lá... Se você conseguir passar pelas 5.000 crianças te pedindo 1 Real, 3.000 bêbados tentando te vender fita do Bonfim, 2.000 peruanos tentando te vender artesanato ou maconha e 10.000 pobres almas ao relento fumando crack você chega lá no Sesc tranquilo.

Uns anos atrás até viraria amigo dos peruanos! Para comprar artesanato é claro...

Com humildade aproveito o tópico, para um pouco mais de cultura.

allexcosta escreveu:

Cayo Castro escreveu:Tio Allex, sabe me dizer porque os baianos disseminaram tanto a língua??? Só por causa do Candoblé ou tem mais coisa aí???
Queria saber também porque a comunidade homossexual aderiu verbetes em Iorubá...???

Nunca me toquei que os homossexuais gostam de palavras em Iorubá, mas talvez seja porque o Candomblé é uma das poucas religiões que não condena o homossexualismo e por isso deve haver alguma afinidade.

Não existe no idioma yoruba qualquer palavra/expressão para definir a homossexualidade.Ato sendo até hoje punido com severidade cruel a quem o faça e viva em região yorubana.O candomblé é religião brasileira com várias adaptações e junções de religiões africanas.Que em solo africano não chegam a ter o mesmo sentido de"religião"para nós brasileiros,pois lá é uma cultura.Social,familiar,com cultos tradicionais que remontam tempos muito,muito distantes.Porém devido a guerra fomentada e financiada pelos ingleses,junto com povos nomades já convertidos ao islamismo,diante de um rei de carater duvidoso e seu kakanfo(general/algo como ministro de guerra)bastante oscilante,a guerra foi feia,gerou escravidão,cidades inteiras sumiram do mapa(fato esse que fez todo negro em solo brasileiro se dizer cidadão de Ketu,para homenagear importante cidade destruida),etc.Ao ponto de hoje em dia existir palavras que não se conhece mais o sentido.

A maioria dos negros que foram pra Bahia durante a escravidão falavam Iorubá. O Recôncavo baiano é a região do Brasil que mais preservou as tradições Africanas das danças, comidas, língua e Religião.

A influencia negra é imensa em nossa cultura,além das citadas pelo Alex inclui ditos e sabedorias populares.E é claro que musicos do naipe de Quincy Jones,George Duke e Herbie Hancock que nada tem de bobos,já exploraram bastante esse universo.

allexcosta escreveu:

Leandro Bragança escreveu:Já fui perguntado se queria o acarajé quente ou frio. Não foi em Salvador, foi em Prado no sul da Bahia. Quando a baiana me indagou fiquei confuso, não sabia a que ela se referia até que meu amigo falou: "ela perguntou se você quer com ou sem pimenta." Como gosto de pimenta e sempre ouvi que o acarajé leva pimenta optei por "quente". Até por que queria provar uma comida típica e se pedisse sem pimenta estaria descaracterizando-a.

Parece haver uma diferença no sistema dependendo do local. Ou talvez a baiana ache o tema folclórico e use quando percebe que o cliente é turista. Ou mais provável ainda, talvez a baiana não seja baiana, como a do vídeo que o Neto postou, que era uma mineira falando "oxenti, ele gosta do trem é quente"

Em tempo, a comida típica "acarajé" é só o bolinho, nada mais. Comê-lo sem pimenta não descaracteriza a comida.

Bom saber! Esse meu amigo trabalhava com dois residentes aqui no Rio que eram de Salvador. Os residentes falavam que sempre que iam a Salvador a primeira coisa que faziam era comer acarajé.

Agora fiquei curioso para experimentar um lá!

Ricardo escreveu:Uns anos atrás até viraria amigo dos peruanos! Para comprar artesanato é claro...

Ói que ela te pega...

allexcosta escreveu:

Ricardo escreveu:Uns anos atrás até viraria amigo dos peruanos! Para comprar artesanato é claro...

Ói que ela te pega...

Alex, fala a verdade. Você fica colecionando essas figurinhas na internet e esperando o momento certo de usá-las, não é não?

Acarajé e abará só quente. Esse negócio de "quente"
e "frio" é lenda...

Abará bom Pra mim é com a massa mais farofadinha... O com massa mais molhada não fica tão bom. Outra coisa importante é um bom vatapá. Salada só nos locais conhecidos, do contrário é piriri garantido. E a pimenta??? Taca a danada. O ardor faz parte.

lsardeiro escreveu:Alex, fala a verdade. Você fica colecionando essas figurinhas na internet e esperando o momento certo de usá-las, não é não?

Não, google imagens é meu amigo...

Exemplo: Uma busca de uns 5 segundos fornece isso:

^E que saudade da época que eu era magro (pois é, poucos meses de Itália fazem isso com você. Também, pizza grande por 5 euros...)

^ Eu bem sei o que é isso...



Só que a qualidade da que você come aí deve ser 100 vezes melhor.

^E que saudade da época quente... hoje, as coisas estão um pouco mais assim:

^pois é, tire suas próprias conclusões sobre a pizza:





5 euros, a mais cara...

^ Fala sério que vocês tem gig aí ao ar livre no inverno...

Esse Lakland fica bonitão com roupa preta.

^pois é... mas estava quente nesse dia. Quentíssimos 6 graus (positivos, pelo menos)...

Allex , nesse lugar ai o cliente monta o acarajé na mesa ? dá pra escolher os recheios e tal ?

^ Exato...

Rapaz , deu fome agora...a lombriga maior está comendo a menor aqui na barriga ..rsrsrs...
E esse comilão ai , é o Tarcísião ?

Deu uma fome agora... Nunca comi acarajé, nem quente nem frio.

Bio Bass escreveu:Deu uma fome agora... Nunca comi acarajé, nem quente nem frio.

Eu também nunca comi acarajé...

Bio Bass escreveu:Deu uma fome agora... Nunca comi acarajé, nem quente nem frio.

Eu também nunca comi acarajé...

Óia eu quí de novo...
Só gastamos 8 minutos para detonar a primeira porção, Allex?
Mas que tava muito bom...a isto estava
E terminamos com um chá de erva doce para ajudar na digestão...o corpo agradece

Boa tarde!
Acredito que seja importante a escrita correta, porem há um grande ERRO que todos cometem inclusive o nosso amigo allexcosta que citou o acarajé como sendo da cultura baiana. Acarajé não é nem nunca oi de cultura baiana o acarajé é de origem africana, e foi trazido ao brasil pelos escravos.
O Acarajé é uma das mais tradicionais especiarias populares no Brasil e carrega uma história cultural ainda pouco conhecida. Ele é vendido por todo o país, principalmente em regiões turísticas da Bahia, produzido majoritariamente por mulheres – mães e filhas de santo -, e oferecido no tabuleiro, onde acompanha também outras iguarias baianas, como o abará, o lelê, a cocada preta, cocada branca, o pé-de-moleque, a passarinha, o bolo de estudante. Além disso, como se assemelha a um balcão, o tabuleiro também tem espaço para guardar panelas, colheres de pau e objetos rituais, como figas, dandás e colares de conta.
Preparado com um bolinho de feijão-fradinho artesanal, temperado com cebola e sal, frito em azeite de dendê e depois recheado com vatapá (leite de coco, castanha de caju, amendoim e camarão), vinagrete e camarão seco, o acarajé é servido “quente” ou “frio”, ou seja, com muita ou pouca pimenta.

Fica claro que a Origem do ACARAJÉ é AFRICANA e não Baiana como todos deixam a entender.
Difundida no candomblé e ofertada para a orixá Iansã, a receita chegou ao Brasil vinda do Golfo do Benim, na África Ocidental, por imigrantes africanos na época da escravidão.

A palavra acarajé se origina da língua africana ioruba: akará = bola de fogo e jé = comer, sendo assim, “comer bola de fogo”. O significado vem da história de Xangô com sua esposa Iansã.

Trabalho com acarajé a muitos anos algo que vem de berço e acredito que antes de corrigirmos o gênero do mesmo deveríamos entender de fato a origem do produto. Vamos apagar essa história de que o ACAREJÉ É TRADICIONAL DA BAHIA. O acarajé é uma comida típica africana que se tornou um alimento Típico do Brasil em geral.

Danilo Rondão escreveu:Preparado com um bolinho de feijão-fradinho artesanal, temperado com cebola e sal, frito em azeite de dendê e depois recheado com vatapá (leite de coco, castanha de caju, amendoim e camarão), vinagrete e camarão seco

Boa tarde e bem-vindo.

Ninguém que lida com acarajé chama salada de vinagrete. Tipo nunca, jamais...

Danilo Rondão escreveu:o acarajé é servido “quente” ou “frio”, ou seja, com muita ou pouca pimenta.

Jamais, nunca na vida...

Danilo Rondão escreveu:Fica claro que a Origem do ACARAJÉ é AFRICANA e não Baiana como todos deixam a entender.

Negativo. O acarajé como se conhece hoje no Brasil tem origem na Bahia. Na África de outrora a iguaria era preparada de forma diferente e não era difundida como refeição, mas sim, oferenda.

E mesmo tendo origem Africana, quando falamos de Brasil, é um prato típico da Bahia, assim como você encontra maniçoba em vários lugares, que é um prato de origem indígena, mas que todo mundo conhece como "típico do Pará".

Danilo Rondão escreveu:Trabalho com acarajé a muitos anos algo que vem de berço e acredito que antes de corrigirmos o gênero do mesmo deveríamos entender de fato a origem do produto. Vamos apagar essa história de que o ACAREJÉ É TRADICIONAL DA BAHIA. O acarajé é uma comida típica africana que se tornou um alimento Típico do Brasil em geral.

Acarajé é comida típica da Bahia... Em outros lugares do Brasil você acha como algo exótico. Em Salvador você acha em cada esquina. Moro em Curitiba e é um parto encontrar acarajé.

Pizza existe no mundo inteiro, inúmeros lugares em cada cidade. Não obstante, ainda é comida típica da Itália.

E, não me leve a mal, mas se eu quiser corrigir o gênero de um verbete antes de falar da origem ou etimologia dele eu vou corrigir ao meu bel prazer. O computador é meu, o teclado é meu e eu escrevo nele o que eu quiser.  

Mas se você é de SP e curte um rock'n roll, não terei ânimo para continuar essa discussão.

Eu sempre escutei esse tipo de história do quente ou frio, e a internet está repleta de referência disso também.
Não acredito que alguém um dia acordou e falou "Vou inventar uma história sobre acarajé quente ou frio".

Agora, pelo teor das palavras descritas aqui: https://www.salvadordabahia.com/saiba-14-curiosidades-sobre-o-acaraje/

"Até o molho de pimenta é especial para o acarajé, levando gengibre na receita. No livro “Cozinhando Histórias – Receitas, Histórias e Mitos de Pratos Afro-brasileiros”*, na lista de ingredientes tem: azeite de dendê, pimenta malagueta madura e moída, gengibre ralado, sal e cebola ralada.

Fique ligado! Se alguém te perguntar se quer um acarajé quente ou frio não ache que está relacionado à temperatura. A pessoa quer saber se você quer com muita ou pouca pimenta: muita (quente) ou pouca (frio). Quase ninguém faz essa brincadeira, mas, se fizer, agora você já sabe!"

Será que um dia uma ou algumas barracas não fizeram isso pra "zoar" turista e aí espalhou a lenda?

Um falecido tio meu, chegado numa pimenta, jurava que pediu um "quente" e depois de começar a comer ainda pediu pra baiana reforçar a pimenta.

Breno_Barnabe escreveu:Não acredito que alguém um dia acordou e falou "Vou inventar uma história sobre acarajé quente ou frio".

Foi isso que aconteceu.

Foi até um cabeludo com roupa preta que começou a espalhar essa lenda na galeria do rock.

Nesse meio tempo, instigado por esse tópico e movido pelo amor à Ciência, conversei com todas as pessoas que conheço (amigos e familiares), que não são nascidos na Bahia, que foram para aquele estado algum dia e que comeram acarajé lá (eu mesmo nunca tive essa oportunidade) e lhes perguntei se lhe foram oferecidos escolher entre acarajés quentes e frios.

Todas me confirmaram essa história de acarajé quente ou frio.

Essa pergunta, aliás (e aqui faço um adendo fora do meu campo de pesquisa e o deixo aqui como uma curiosidade), sempre me é feita quando vou comer acarajé no centro de SP.

Saudade de comer um acarajé

allexcosta escreveu:

Breno_Barnabe escreveu:Não acredito que alguém um dia acordou e falou "Vou inventar uma história sobre acarajé quente ou frio".

Foi isso que aconteceu.

Foi até um cabeludo com roupa preta que começou a espalhar essa lenda na galeria do rock.

Aí eu já duvido um pouco.
Roqueiro Paulista não tem tempo pra falar de coisas da Bahia, pois dedicam integralmente seu tempo para falar sobre troca de sangue, cor da escala, peça de moto, sopa de morcego, pacto com o cramulhão, disco novo do Manowar, etc.

CSergio escreveu:Saudade de comer um acarajé

2

Quando eu for a Bahia, eu vou com uma camera e um microfone escondidos, chamar o Juninho Sampaio pra ficar "de longe" e vamos ver se serei perguntado disso ou não. Pra evitar suspeitas se eu ou ele combinamos antes com alguma barraca, vamos escolher uma aleatória, na hora.

Zubrycky escreveu:Nesse meio tempo, instigado por esse tópico e movido pelo amor à Ciência, conversei com todas as pessoas que conheço (amigos e familiares), que não são nascidos na Bahia, que foram para aquele estado algum dia e que comeram acarajé lá (eu mesmo nunca tive essa oportunidade) e lhes perguntei se lhe foram oferecidos escolher entre acarajés quentes e frios.

Todas me confirmaram essa história de acarajé quente ou frio.

Seus parentes foram dar um rolê em Osasco e te disseram que foram à Bahia...

Ou talvez tenham ido naquela cidade baiana que pertence aos estados de MG e SP, Porto Seguro...

Zubrycky escreveu:Essa pergunta, aliás (e aqui faço um adendo fora do meu campo de pesquisa e o deixo aqui como uma curiosidade), sempre me é feita quando vou comer acarajé no centro de SP.

Por aquela senhora morena, com roupas brancas e turbante africano, nascida em Itaquaquecetuba...

Aqui em Curitiba tem uma moça de Salvador que vende acarajé, cada dia numa feira de bairro.

Costumava ir comer acarajé às quintas-feiras, na feirinha do Jardim Social. Uma vez eu tava esperando sair o meu quando chegou um senhor curitibano e falou "me dá um acarajé por favor? Quero quente viu". E ele olhava pra mim e pra o pessoal que tava comigo tipo "eu sou o cara, viajado, sei tudo sobre a arte de pedir acarajé". Aí a moça falou "a gente só serve quente, senhor" ao que ele retrucou "mas o meu quero quente de verdade" e deu aquela piscadela de olho de quem sabe um grande segredo da humanidade... E a baiana sem graça de dizer pra ele que não tava entendendo...

Nesse momento cheguei pra ela e falei "ele tá querendo dizer que quer com pimenta" e ela "ué, quente agora é com pimenta é?" e eu falei "fora da Bahia é". Ela achou bem engraçado isso...

Todas as dezenas de vezes que alguém me contou essa história de ir a Salvador e acarajé quente ser com pimenta eu perguntei "onde que você comeu esse acarajé?" e a pessoa normalmente responde "no Pelourinho" e eu "ah tá, ali pertinho de Itapuã, né?". Todas as vezes a pessoa respondeu que sim, que o Pelourinho é perto de Itapuã... Ou seja, a pessoa comeu acarajé na feira hippie de BH, comeu em Osasco, na feira dos Paraíba no Rio... Mas em Salvador não foi... Ela mentiu...

Enfim, esse assunto é coisa de maluco. Eu sei do que eu tô falando e quem fala o contrário não sabe. Simples assim...

Acabei de falar pelo Whatsapp com um outro amigo meu - que não nasceu na Bahia - e ele, ao comer um acarajé, foi perguntado se ele queria o acarajé quente ou frio.

allexcosta escreveu:

Zubrycky escreveu:Essa pergunta, aliás (e aqui faço um adendo fora do meu campo de pesquisa e o deixo aqui como uma curiosidade), sempre me é feita quando vou comer acarajé no centro de SP.

Por aquela senhora morena, com roupas brancas e turbante africano, nascida em Itaquaquecetuba...

Não tenho como saber o local de nascimento de quem quer que seja. Minha capacidade de análise, admito, não chega à este ponto de agudeza.

Estabelecido isto, o acarajé que costumava comer no centro de São Paulo (algo que hoje é, para mim, uma distante lembrança do passado) era sempre muito bom. E isso é o que me importa, independentemente dele ser quente ou frio.

Danilo Rondão escreveu:Boa tarde!
Acredito que seja importante a escrita correta, porem há um grande ERRO que todos cometem inclusive o nosso amigo allexcosta que citou o acarajé como sendo da cultura baiana. Acarajé não é nem nunca oi de cultura baiana o acarajé é de origem africana, e foi trazido ao brasil pelos escravos.
O Acarajé é uma das mais tradicionais especiarias populares no Brasil e carrega uma história cultural ainda pouco conhecida. Ele é vendido por todo o país, principalmente em regiões turísticas da Bahia, produzido majoritariamente por mulheres – mães e filhas de santo -, e oferecido no tabuleiro, onde acompanha também outras iguarias baianas, como o abará, o lelê, a cocada preta, cocada branca, o pé-de-moleque, a passarinha, o bolo de estudante. Além disso, como se assemelha a um balcão, o tabuleiro também tem espaço para guardar panelas, colheres de pau e objetos rituais, como figas, dandás e colares de conta.
Preparado com um bolinho de feijão-fradinho artesanal, temperado com cebola e sal, frito em azeite de dendê e depois recheado com vatapá (leite de coco, castanha de caju, amendoim e camarão), vinagrete e camarão seco, o acarajé é servido “quente” ou “frio”, ou seja, com muita ou pouca pimenta.

Fica claro que a Origem do ACARAJÉ é AFRICANA e não Baiana como todos deixam a entender.
Difundida no candomblé e ofertada para a orixá Iansã, a receita chegou ao Brasil vinda do Golfo do Benim, na África Ocidental, por imigrantes africanos na época da escravidão.

A palavra acarajé se origina da língua africana ioruba: akará = bola de fogo e jé = comer, sendo assim, “comer bola de fogo”. O significado vem da história de Xangô com sua esposa Iansã.

Trabalho com acarajé a muitos anos algo que vem de berço e acredito que antes de corrigirmos o gênero do mesmo deveríamos entender de fato a origem do produto. Vamos apagar essa história de que o ACAREJÉ É TRADICIONAL DA BAHIA. O acarajé é uma comida típica africana que se tornou um alimento Típico do Brasil em geral.

Sério que é de origem africana? Descobriu hoje?
É óbvio né? Se a Bahia foi o lugar que recebeu escravos e portugueses. A comida só poderia ter vindo desses dois lugares.

Eu estou prestes a dar um tempo neste fórum...é ridículo demais!
Como é que um Paulista, vem do nada, querendo dar aula a um baiano sobre o que se trata um acarajé?

Desculpe man. Procure outro tópico sem sentido para você debater.

Quem escreveu isso não sabe nem o que é acarajé.
A receita é a mesma coisas das oferecidas na África (Feijão-fradinho batido, sal, água), pois não tem como mudar isso. Porém, o acarajé lá na África nem tem recheio. Aumentei o seu conhecimento?

O acarajé é servido “quente” ou “frio”, ou seja, com muita ou pouca pimenta - Quem o Paulista ridículo que escreveu isso?
Cala-te

Peço encarecidamente a todos aqui do fórum, que parem com essa droga de falar sobre acarajé quente ou frio.
Eu estou falando muito sério como nunca falei. Porraa bicho isso é irritante e ofende.

Para com isso!

Ainda irei até a Bahia, eu mesmo, incógnito, sozinho, para ver esta questão com meus próprios olhos e, de quebra, comer acarajés.

Zubrycky escreveu:Ainda irei até a Bahia, eu mesmo, incógnito, sozinho, para ver esta questão com meus próprios olhos e, de quebra, comer acarajés.

Faço questão de ir com você!

Juninho Sampaio escreveu:
Quem o Paulista ridículo que escreveu isso?

Juninho Sampaio escreveu:
Porraa bicho isso é irritante e ofende.