Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
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Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Achei no mínimo, interessante...
http://odia.ig.com.br/portal/rio/com-medo-da-pol%C3%ADcia-tr%C3%A1fico-pro%C3%ADbe-crack-no-morro-da-serrinha-1.511171
http://odia.ig.com.br/portal/rio/com-medo-da-pol%C3%ADcia-tr%C3%A1fico-pro%C3%ADbe-crack-no-morro-da-serrinha-1.511171
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Cayo Castro- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Até os Traficantes já se ligaram no câncer que o crack representa...
cvmoretti- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
O link abre uma página em branco aqui.
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Deve ser problema daí, Alex. Aqui tá normal...
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Cayo Castro- Membro
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
aqui abriu de boa
djmmaster- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Aqui abriu normal...
carimbass- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
/\ Ixiii tenta atualizar dps seus navegadores...
Em todo caso, segue a reportagem
para o Tio:
Em todo caso, segue a reportagem
para o Tio:
Fonte:AquiCom medo da polícia, tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Rio - Preocupados com a migração de usuários de crack para o entorno do Morro da Serrinha, em Madureira, e a consequente presença policial, traficantes da região decidiram parar de vender a droga. Em algumas das entradas da favela da Zona Norte, os bandidos espalharam, com a ajuda de líderes religiosos, faixas comunicando a decisão com os dizeres: “A comunidade da Serrinha não vende nem apoia o uso do crack”.
Há meses, antes da ocupação policial, bandidos do Jacarezinho já haviam adotado a mesma estratégia. Após a ordem dos traficantes, os usuários que vivem na região passaram a se concentrar nos acessos à favela do Cajueiro, mais precisamente na Rua Leopoldino Oliveira.
A faixa na subida do morro traz os dizeres: ‘A comunidade da Serrinha não vende nem apoia o uso do crack’ | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Nos becos, é possível encontrar, à luz do dia, pessoas usando livremente a droga. Pela manhã, os viciados se concentram na Avenida Edgar Ramos, onde percorrem o comércio, cometem pequenos furtos, quebram estruturas de publicidade em busca de ferro e roubam fios de cobre da rede elétrica.
“Eles espalham lixo, colocam fogo em tudo, entram nos comércios e ainda fazem pontos de prostituição em imóveis abandonados que são invadidos. Estamos com medo de que aqui se torne o novo Jacarezinho”, disse um comerciante da via.
De acordo com investigadores da 29ª DP (Madureira), a determinação na Serrinha ocorreu em meados de junho, quando os antigos chefes, Jorge Porfírio de Sousa, o Dinho, 30, e seu irmão, conhecido como Skol, foram executados por integrantes da própria facção, o Terceiro Comando. Como os sucessores são contrários à aglomeração de viciados no entorno da favela por chamar a atenção da polícia, a ordem foi terminar o estoque e paralisar a venda.
‘Isso pode gerar uma guerra entre viciados’, diz ativista
Logo após o processo de ocupação e pacificação de Manguinhos e Jacarezinho, a ONG Rio de Paz, presidida pelo ativista dos direitos humanos Antônio Carlos Costa, alertou, por meio das redes sociais, sobre a migração de usuários para Madureira.
“Já tínhamos avisado, informalmente pela internet, que muitos usuários com os quais conversávamos diziam que iriam para a área do Cajueiro e da Serrinha. Isso pode gerar uma guerra entre viciados de áreas distintas, uma vez que a matéria-prima para conseguir dinheiro fica escassa”, diz Antônio Carlos Costa.
Crack representava 50% da receita
Em junho, traficantes das favelas do Jacarezinho e do Mandela já haviam proibido a venda de crack devido ao aumento no índice de roubos, furtos e brigas nas comunidades. Para comunicar a decisão aos viciados, cartazes com alertas foram fixados em postes e entradas.
Outros entorpecentes, no entanto, continuaram sendo vendidos sem qualquer tipo de problema pelos integrantes do Comando Vermelho (CV). Estimava-se, na ocasião, que pelo menos mil usuários frequentavam as favelas diariamente e que a droga representava 50% da receita do tráfico.
cvmoretti- Membro
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galegonobaixo- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Instalei essa porcaria de FF 16, agora os botões de RELOAD e HOME foram pra PQP e o STOP sumiu.
Por que mudam essas coisas?
Por que mudam essas coisas?
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Tente usar o Chrome, é leve, fácil de mexer e rápido.
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Vazquez- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Vazquez escreveu:Tente usar o Chrome, é leve, fácil de mexer e rápido.
O Chrome quase destrói meu laptop quando tentei instalá-lo.
O câncer continuou se alastrando mesmo depois do programa removido.
Se aquilo é leve e rápido, eu não quero nem saber o que se considera pesado e lento.
Nunca mais...
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
allexcosta escreveu:Instalei essa porcaria de FF 16, agora os botões de RELOAD e HOME foram pra PQP e o STOP sumiu.
Por que mudam essas coisas?
Nova tendência... deixar tudo minimalista...
no mais eu recomendo o Chrome tbm... o FF eu só uso pra desenvolver meus scripts de automação web... ele é mto pesado e lento
cvmoretti- Membro
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Localização : Campinas
Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
No meu computador o chrome já tomou o lugar do firefox há muito tempo (que depois dessa frescura de "nova versão" a cada mês ficou muito ruim).
Aqui também está abrindo o link normalmente.
Aqui também está abrindo o link normalmente.
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Thales_Sr- Moderador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
O lance é que mais dependentes por lá, mais chance de furtos, o que chama a polícia para a favela...
Crack é tenso cara... Mas pior ainda é pensar que essa m$%& surgiu devido a proibição da cocaína.. ou seja, na tentativa falida de exterminar uma droga acabou surgindo outra bem pior.
Crack é tenso cara... Mas pior ainda é pensar que essa m$%& surgiu devido a proibição da cocaína.. ou seja, na tentativa falida de exterminar uma droga acabou surgindo outra bem pior.
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Aquele que aprisiona-se dentro dos próprios conhecimentos perde a sensiblidade do raciocínio, a coerência da lógica e o crivo da razão.
Carlos Cmz- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Carlos Cmz escreveu:Mas pior ainda é pensar que essa m$%& surgiu devido a proibição da cocaína.. ou seja, na tentativa falida de exterminar uma droga acabou surgindo outra bem pior.
Como assim?
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Se eu tivesse um onibus,saia catando tudo q é cracudo e largava geral na porta da prefeitura.
Toda a administração pubilca do Rio é pra turista ver.Contar com a boa ação e senso de justiça de traficante não é nada saudavel.
Toda a administração pubilca do Rio é pra turista ver.Contar com a boa ação e senso de justiça de traficante não é nada saudavel.
luiztebet- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
allexcosta escreveu:Carlos Cmz escreveu:Mas pior ainda é pensar que essa m$%& surgiu devido a proibição da cocaína.. ou seja, na tentativa falida de exterminar uma droga acabou surgindo outra bem pior.
Como assim?
Com a proibição da cocaína, seu preço subiu. Era e é uma droga cara.
Para não perder a parcela de usuários pobres surge o crack, subproduto da cocaína. Mais barato, mais viciante...
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Carlos Cmz- Membro
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Localização : ES - Brasil
Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Faz muito tempo que a cocaína foi proibida. E na época que era liberada era relativamente barata.
O crack surgiu porque qualquer dia que descobrirem algo viciante que possa dar lucro, isso será comercializado, não necessariamente porque a cocaína foi proibida.
O crack surgiu porque qualquer dia que descobrirem algo viciante que possa dar lucro, isso será comercializado, não necessariamente porque a cocaína foi proibida.
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
allexcosta escreveu:Faz muito tempo que a cocaína foi proibida. E na época que era liberada era relativamente barata.
O crack surgiu porque qualquer dia que descobrirem algo viciante que possa dar lucro, isso será comercializado, não necessariamente porque a cocaína foi proibida.
Me expressei errado quando disse: "Com a proibição da cocaína..."
Queria me referir o início da chamada 'Guerra as Drogas' que começou a partir dos anos 70. Década em que o consumo de cocaína cresceu e surgiu o crack.
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Carlos Cmz- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
^ Faz sentido.
O crack atende outro mercado, é mais fácil de transportar e vicia mais. Receita perfeita de lucro.
O crack atende outro mercado, é mais fácil de transportar e vicia mais. Receita perfeita de lucro.
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
A propósito, a pior parte da matéria é a frase "tráfico proíbe". O Brasil vive uma inversão de valores crônica...
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Situação sui generis...
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Resumo do meu precision: Mais qualidade que Alleva-Coppolo, prazo de entrega maior que da Fodera
CG- Moderador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
allexcosta escreveu:A propósito, a pior parte da matéria é a frase "tráfico proíbe". O Brasil vive uma inversão de valores crônica...
Acredita que pensei a mesma coisa quando vi? O tráfico proíbe, a Justiça solta, o Legislativo legisla pra si e o Executivo rouba. Estamos bem...
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Cayo Castro- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Poxa eles deveriam proibir o uso de outra droga a classe d
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Sou da epoca em que baixo bom não precisava custar uma borboleta,que amplificador não era chaveiro
ct.colela- FCBR-CT
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Localização : Orlândia
Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
allexcosta escreveu:A propósito, a pior parte da matéria é a frase "tráfico proíbe". O Brasil vive uma inversão de valores crônica...
Seria cômico se não fosse tão revoltante.
Ruds- FCBR-CT
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Localização : Curitiba
Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Alguém aqui já ouviu falar do estudo/tratamento do Dr Dartiu Xavier com usuários de crack?
Seria um caminho a trilhar?
Segue uma reportagem sobre:
Durante seis meses, Xavier receitou para 50 viciados em crack que não estavam conseguindo largar a droga através dos métodos tradicionais, uma combinação de maconha e terapia. No final do tratamento, 68% trocaram o crack pela maconha.
Tempos depois, todos os que fizeram a troca não usavam nenhuma droga. Ele ressalta que essa é uma taxa de recuperação altíssima no que se refere à dependência do crack, nos tratamentos habituais, segundo o professor, a taxa gira em torno dos 30%.
Leia a entrevista:
Terra Magazine- Por que esse tratamento teve mais sucesso do que os outros?
Dartiu Xavier da Silveira - Havia um grupo de pacientes no nosso serviço de tratamento contra o crack que não conseguia largá-lo pelas maneiras tradicionais, eles mencionaram para a equipe médica que a única maneira que eles conseguiam se manter longe do crack era quando eles usavam maconha e, normalmente, quando estamos tratando algum dependente, falamos para não usar nenhuma droga, mas como todos eles falavam a mesma coisa, que a maconha estava ajudando, resolvemos investigar esse fenômeno.
Nós os acompanhamos por um ano, fazendo o uso de maconha, tentando largar o crack. A surpresa foi que, depois de seis meses, 68% tinha largado o uso de crack através do uso da maconha, e mais surpresa ainda foi que depois eles não ficaram dependentes da maconha, eles pararam espontaneamente de usar maconha, nem trocaram uma dependência pela outra.
Essa é uma taxa alta?
Muito alta, nos tratamentos habituais é por volta de 30%.
Por que a pesquisa não continuou?
No caso os pacientes usavam maconha que eles mesmos providenciavam através do mercado negro. A continuação desses estudos pressuporia que a gente fornecesse o princípio ativo da maconha e isso implicaria uma autorização especial que não foi possível, porque existe todo um preconceito no Brasil.
Como foi a repercussão dos resultados da pesquisa?
Embora até o Ministério da Saúde tenha valorizado muito o estudo, a comunidade científica brasileira olhou com muita desconfiança, ao contrário da comunidade científica internacional, que achou o estudo uma coisa inédita e ficou muito interessada.
O número de usuários de crack vem aumentando e o tema passou a preocupar governantes e candidatos...
Não existem políticas públicas adequadas à área de drogas, existem políticas repressivas, e o modelo repressivo já se provou ineficaz, mas é o modelo vigente.
E como o senhor avalia os recentes esforços do governo federal na área e as promessas de luta contra a droga da pré-candidata Dilma Rousseff?
Existem duas propostas interessantes, o atual Ministério da Saúde trabalha numa linha interessante de redução de danos, uma novidade, o Ministério da Saúde sempre foi muito retrógrado.
Os políticos têm feito uso eleitoreiro da questão das drogas, quando chega na hora de discutir coisas muito sérias como criminalização ou medicalização o pessoal se abstém de discutir porque tem medo de perder votos.
No que consiste a política de redução de danos?
Redução de danos é uma série de estratégias relacionadas ao uso de droga, como trocar o crack por uma droga muito menos agressiva, a maconha. Outro exemplo é o alerta "Se beber, não dirija".
Como se dão os tratamentos tradicionais para dependentes do crack?
Os tratamentos tradicionais são feitos a partir de terapia e uso de alguns remédios como os antidepressivos. A maconha se provou mais efetiva que esses antidepressivos, porque ela tem um potencial terapêutico que ainda não foi investigado por conta do preconceito.
A pesquisa foi feita através da Unifesp?
Sim, eu sou pesquisador da Unifesp, e atuei como coordenador com mais dois médicos, Eliseu Labigaline e Lucio Ribeiro Rodrigues.
Link do site Terra
A entrevista foi feita na época do estudo: 2010.
Seria um caminho a trilhar?
Segue uma reportagem sobre:
Durante seis meses, Xavier receitou para 50 viciados em crack que não estavam conseguindo largar a droga através dos métodos tradicionais, uma combinação de maconha e terapia. No final do tratamento, 68% trocaram o crack pela maconha.
Tempos depois, todos os que fizeram a troca não usavam nenhuma droga. Ele ressalta que essa é uma taxa de recuperação altíssima no que se refere à dependência do crack, nos tratamentos habituais, segundo o professor, a taxa gira em torno dos 30%.
Leia a entrevista:
Terra Magazine- Por que esse tratamento teve mais sucesso do que os outros?
Dartiu Xavier da Silveira - Havia um grupo de pacientes no nosso serviço de tratamento contra o crack que não conseguia largá-lo pelas maneiras tradicionais, eles mencionaram para a equipe médica que a única maneira que eles conseguiam se manter longe do crack era quando eles usavam maconha e, normalmente, quando estamos tratando algum dependente, falamos para não usar nenhuma droga, mas como todos eles falavam a mesma coisa, que a maconha estava ajudando, resolvemos investigar esse fenômeno.
Nós os acompanhamos por um ano, fazendo o uso de maconha, tentando largar o crack. A surpresa foi que, depois de seis meses, 68% tinha largado o uso de crack através do uso da maconha, e mais surpresa ainda foi que depois eles não ficaram dependentes da maconha, eles pararam espontaneamente de usar maconha, nem trocaram uma dependência pela outra.
Essa é uma taxa alta?
Muito alta, nos tratamentos habituais é por volta de 30%.
Por que a pesquisa não continuou?
No caso os pacientes usavam maconha que eles mesmos providenciavam através do mercado negro. A continuação desses estudos pressuporia que a gente fornecesse o princípio ativo da maconha e isso implicaria uma autorização especial que não foi possível, porque existe todo um preconceito no Brasil.
Como foi a repercussão dos resultados da pesquisa?
Embora até o Ministério da Saúde tenha valorizado muito o estudo, a comunidade científica brasileira olhou com muita desconfiança, ao contrário da comunidade científica internacional, que achou o estudo uma coisa inédita e ficou muito interessada.
O número de usuários de crack vem aumentando e o tema passou a preocupar governantes e candidatos...
Não existem políticas públicas adequadas à área de drogas, existem políticas repressivas, e o modelo repressivo já se provou ineficaz, mas é o modelo vigente.
E como o senhor avalia os recentes esforços do governo federal na área e as promessas de luta contra a droga da pré-candidata Dilma Rousseff?
Existem duas propostas interessantes, o atual Ministério da Saúde trabalha numa linha interessante de redução de danos, uma novidade, o Ministério da Saúde sempre foi muito retrógrado.
Os políticos têm feito uso eleitoreiro da questão das drogas, quando chega na hora de discutir coisas muito sérias como criminalização ou medicalização o pessoal se abstém de discutir porque tem medo de perder votos.
No que consiste a política de redução de danos?
Redução de danos é uma série de estratégias relacionadas ao uso de droga, como trocar o crack por uma droga muito menos agressiva, a maconha. Outro exemplo é o alerta "Se beber, não dirija".
Como se dão os tratamentos tradicionais para dependentes do crack?
Os tratamentos tradicionais são feitos a partir de terapia e uso de alguns remédios como os antidepressivos. A maconha se provou mais efetiva que esses antidepressivos, porque ela tem um potencial terapêutico que ainda não foi investigado por conta do preconceito.
A pesquisa foi feita através da Unifesp?
Sim, eu sou pesquisador da Unifesp, e atuei como coordenador com mais dois médicos, Eliseu Labigaline e Lucio Ribeiro Rodrigues.
Link do site Terra
A entrevista foi feita na época do estudo: 2010.
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Carlos Cmz- Membro
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
Carlos Cmz escreveu:A maconha se provou mais efetiva que esses antidepressivos, porque ela tem um potencial terapêutico que ainda não foi investigado por conta do preconceito.
A maconha tem uso terapêutico bastante amplo e pode ajudar a recuperação de uma série de sintomas de várias doenças, incluindo glaucoma, desnutrição, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, agorafobia, fobia social, insônia, esclerose múltipla, nevralgia do trigêmeo, dores crônicas, artrite, falta de apetite, asma e várias outras doenças.
Que pena que nossa sociedade seja tão ignorante a ponto de perseguir maconha, cocaína e heroína, que em outros tempos eram vendidos em qualquer farmácia e liberar o cigarro e a bebida que matam mais que todas as outras drogas combinadas.
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allexcosta- Administrador
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Re: Tráfico proíbe crack no Morro da Serrinha
allexcosta escreveu:A maconha tem uso terapêutico bastante amplo e pode ajudar a recuperação de uma série de sintomas de várias doenças, incluindo glaucoma, desnutrição, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, agorafobia, fobia social, insônia, esclerose múltipla, nevralgia do trigêmeo, dores crônicas, artrite, falta de apetite, asma e várias outras doenças.
Que pena que nossa sociedade seja tão ignorante a ponto de perseguir maconha, cocaína e heroína, que em outros tempos eram vendidos em qualquer farmácia e liberar o cigarro e a bebida que matam mais que todas as outras drogas combinadas.
É bem por ai...
No caso da maconha então... já é comprovado o uso medicinal. O uso industrial já era conhecido desde a época da descoberta do Brasil, com as cordas e velas das embarcações feitas em fibra de cânhamo. Já foi desmentida as falácias sobre esquizofrenia, matar neurônios, porta de entrada para outras drogas...
Demonizam algo que seria benéfico para a sociedade e ainda fazem o pior: jogam pra ilegalidade contribuindo para que criminosos dominem o comércio, gerando violência, preconceito, desinformação etc...
E o mais importante: Cadê a redução de danos? Nada...
Essa pesquisa ai do Dr Dartiu Xavier não divulgam... mas pra falar asneiras, falam até a boca espumar.
Um exemplo é a matéria da Veja desse mês...pelo amor de Jah! Quanta m$%& numa revista só!
Tem muito intere$$e nisso.
Donos de clínicas de reabilitação, indústria farmacêutica, indústria armamentista, indústria de bebidas e tabaco, bancos que lavam o dinheiro do narcotráfico, políticos, autoridades policiais... Muitos se mostram contra uma mudança na política de drogas, porque, na verdade, lucram com isso. Lucram com a proibição, lucram as custas da violência que a proibição trouxe e contribuem disseminando 'desinformações' para o povo. E como a maioria do povo engole fácil qualquer coisa vomitada pela mídia(que é facilmente comprada), o circo é armado.
No caso do crack, que realmente é uma droga destruidora, o caminho é a redução de danos. Não adianta internar compulsoriamente dependentes e entupi-los de antidepressivos (que também são drogas pesadas). Já vi inúmeras entrevistas de psiquiatras afirmando que internação compulsória não resolve, principalmente nos moldes como é feito em muitas 'clínicas': Dependentes largados, apanhando, sendo humilhados e dopados.
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Carlos Cmz- Membro
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