Review de Caixas para estudo - Onner - Warm Music - Borne

por marcelo_dds Qui Dez 26, 2013 4:59 pm

Olá Pessoal,

Resolvi escrever este review, pois há pouco tempo eu estava em busca de uma caixa para estudo mas que não falasse como uma caixa multiuso vagabunda , afinal pelo preço das caixas de baixo para estudo, se o som delas forem iguais aos das caixas multiuso, melhor seria comprar as malditas caixas multiuso e problema resolvido rrss... Mas a coisa não é bem assim, pesquisei no fórum e na internet em geral e as informações não são muito conclusivas ou falam apenas de um modelo especifico, imagino que outros amigos também procuraram informações a respeito de caixas próprias para estudo e não encontraram ou acharam informações. Então vamos aos trabalhos...
A primeira informação que quero ressaltar e esta informação esta bem citada em todos os tópicos a respeito, “Não compre uma caixa de baixo para estudo de 20 ou 30 Watts e espere que ela sirva para ensaios, pois não vai servir” Mas também não é por isso que a caixa pode ser qualquer porcaria ou só tocar médio e não fazer grave.

Em busca da caixa, pesquisando no fórum e olhando nas lojas cheguei a alguns modelos, sendo eles :

Onner Block 20 BASS

http://www.onerr.com.br/v2/produtos_ampli20bass.html

Ficha Técnica
Potência de saída: 20 watts
Impedância de entrada ( Input1 & Input2): 100 kohms
Sensibilidade de entrada (Input1 & Input2): 100 mV.
Impedância de saída: 4 ohms
Falantes : 1 x 8”
Alimentação:127/220 V c.a. - 50/60 Hz
Corrente nominal : 0,5 A
Consumo: 35 watts
Dimensões: 270 mm (H) x 270 mm (L) x 240 mm (P)
Peso: 5,4 kg

Borne Impact Bass CB80

http://www.bornetecnologia.com.br/#!impactbasscb80/cn11

Ficha Técnica
- Sensibilidade de entrada de 170mV
- Alto-falante de 8” 8ohms específico para contra-baixo
- Potência de saída de 30w RMS
- 2 Entradas (ativo e passivo)
- Saída para fone de ouvido
- Saída de linha para mesa ou gravação
- Proteção térmica do circuito de amplificação
- Equalização: ganho, grave, médio, agudo e master
- Acabamento em curvim preto
- Pode ser utilizado na vertical ou inclinado
- Alimentação: 110v/220v
- Peso: 7Kg
- Dimensões (L x A x P): 37,5 x 35,5 x 20,5 cm

Warm Music Rock Bass 108

O site do fabricante esta for a do ar, pesquisei e parece que a empresa foi comprada, não encontrei novas referencias sobre o atual distribuidor.

Ficha Técnica
Painel frontal:
- Input: 2 entradas (High, para baixos ativos e Low, para passivos)
- Equalização: Controle de volume (clean), controle de tonalidade High Mid (médios para ativos), controle de tonalidade Low Mid (para passivos), controle de tonalidade Bass (sons graves) e controle de tonalidade Treble (agudos)
- Output Line (saída de linha para mixer/mesa de som ou outro amplificador/caixa acústica)
- Output Phones (saída para fone de ouvido; conexão P10, como um cabo de baixo)
- Botão Power (liga/desliga)

Painel traseiro:
- Entrada AC (cabo de força que vai na tomada)
- Chave seletora de voltagem 110/220 (amplificador bivolt)
- Fuse (compartimento para fusível de proteção da rede) – 110 - 3 A / 220 - 1,5 A

Características físicas:
- Cor: preto
- Revestimento: emborrachado com proteções plásticas nos cantos
- Peso (sem caixa): aproximadamente 8,650 Kg
- Altura: 385 mm
- Largura: 365 mm
- Profundidade: 235 mm

Especificações técnicas (de acordo com o fabricante, Audiosync do Brasil LTDA):
Estágio pré-amplificador:
Sensibilidade de entrada – 220 mV
Nível mínimo de saída – 1,5 V

Equalização:
Low – + e - 18 dbs
Low Midi – + e - 12 dbs
High Midi – + e - 12 dbs
High – + e - 24 dbs

Estágio power:
Sensibilidade de entrada – 1,3 V
Relação sinal ruído melhor que – 100 dB
Impedância de entrada – 10 K
Potência RMS – 30 Watts
Alto-falante – 1 de 8 polegadas, 4 Ohm

Existem modelos inferiores dos mesmos fabricantes que não citei nesta comparação pelos motivos abaixo:

Onner Snniper 20B igual a Block 20Bass, ou seja mesma caixa, porém não tem entrada auxiliar, afinador e metrônomo, só amplifica e equaliza, mais nada. É uma boa opção mais barata se você não faz questão dos acessórios da Block 20 Bass.

Borne Impact Bass CB60
Amplificador de 20w e falante de 6,5” por estes motivos desconsiderei na comparação pois deve ficar muito abaixo dos concorrentes e verá pela comparação da CB80 que a CB60 com certeza ficará baixo do esperado.

As conclusões finais, estas refletem apenas minha opinião tendo testado todas as caixas citadas acima, vou passar a impressão que tive das caixas:

A primeira caixa que testei foi a Borne CB80 ela foi ligada a um baixo Tagima TBM4, a caixa tem um som razoável com boa definição dos graves em volume baixo, entenda baixo como um volume audível para estudo em um quarto, a medida que neste mesmo volume se toque o baixo com uma pegada mais pesada ou se aumente o volume com uma pegada normal a caixa embola os graves e distorce, achei a caixa com uma boa definição de médios e agudos, porem em termos de volume ela foi inferior a Onner Block e a Warm Music. Ponto positivo para esta caixa é que ela possui entrada auxiliar nos modelos mais novos, onde seria possível ligar um mp3, celular ou notebook para estudar, então se for comprar esta caixa procure os modelos com entrada auxiliar pois são os de ultima linha. Na loja onde testei custava R$500,00 sendo encontrado mais barato no mercado livre.

A Segunda caixa que testei foi a Warm Music Rock Bass 108, testada com Tagima TBM4, na verdade eu comprei esta caixa as escuras e joguei na sorte, Eu comprei essa caixa usada no mercado livre por um preço muito bom então resolvi arriscar. As impressões: Pode parece que estou puxando a sardinha por que a comprei, não estou, mas de todas as caixas esta foi a que atingiu o maior volume com boa definição de graves, médios e agudos. Digamos que ela atingiu um volume considerado médio, que seria alto para tocar no quarto e daria para acompanhar um ensaio mais light e se equalizar a caixa para não distorcer nos graves dá pra tirar até som mais alto, a impressão que ela passa é que não tem só 30watss, mas é esta a potencia dela. Ponto negativo é a falta de entrada auxiliar para ligar celular, mp3 ou note para auxiliar nos estudos, outro ponto negativo é que o fabricante parece que desapareceu e não encontrei dela nova para vender, mas pelo preços das usadas é uma boa opção se estiver com a grana curta. Comprei esta caixa usada por R$260,00 pois estava perto mas é possível encontrar até por 200,00 no Mercado Livre.

A terceira caixa me surpreendeu e muito, foi a Onner Block 20Bass, fui em outra cidade a trabalho, no caminho vi uma loja de musica entrei e dei de cara com ela, pra matar a curiosidade pedi para testar a caixinha, o vendedor ligou na caixinha um Warwik Rock Bass Corvete de 5 cordas, eu ainda falei com ele, poxa ai é covardia rrss... Vamos as impressões: O que gostaria de destacar primeiro nesta caixa é o afinador e metrônomo embutido, achei muito legal este recurso, porém as funções são acionadas por um único botão o que torna um pouco confuso, mas nada que uma lida no manual não resolva. Outro ponto positivo é a entrada auxiliar, onde se pode ligar equipamentos para auxiliar no estudo como MP3, Celular, Notebook. O tamanho da caixa também é muito compaco, sendo ótimo para se ter no quarto e dá até pra guardar dentro do guarda roupas ou em qualquer cantinho no quarto, sendo uma caixa de estudo isso se faz muito útil.Vamos ao som, afinal é o que mais interessa, como eu disse o vendedor partiu pra ignorância e ligou um Rock bass corvete na caixinha e achei que ela não fosse aguentar, mas os 20watss da caixinha falaram muito bem, ela reproduziu de forma satisfatória os sub graves da quinta corda do corvete e foi possível atingir um volume de som maior que o da Borne CB80 de 30W e inferior a Warm Music também de 30W. em conclusão ela timbrou bem graves médios e agudos, com um volume um pouco acima do necessário para tocar no quarto, mas ainda insuficiente para um ensaio. O único ponto negativo que vejo nesta caixa é ela só ter 20Watts pois se tivesse 30watts seria imbatível. De qualquer forma por ser um equipamento encontrável em várias lojas é altamente recomendada por seus recursos, nesta loja estava custando R$390,00, mesmo preço encontrado em alguns sites e no mercado livre.
Uma Conclusão geral, a Warm Music é a mais potente de todas, porém não encontra nova, em seguida vem a Onner com todos os seus acessórios, tamanho pequeno e boa potencia, por ultimo a Borne, com custo mais alto de todas e potencia de 30w declarado abaixo da Onner de 20W.

Recomendo fortemente comprar a Onner se puder comprar uma nova, ou uma Warm Music se tiver pouca grana e quiser arriscar em uma usada.

Qualquer dúvida é só perguntar,

Marcelo.

por Christian Qui Dez 26, 2013 7:22 pm

a ultima eu não conheço, se fosse comprar uma compacta hoje eu compraria da roland, mas pelo alto preço uma maior onde se pode fazer uma gig é bem melhor, belo review.

por Edu Ter Abr 29, 2014 9:51 am

Bello review amigo!
Eu já usei esse mesmo ampli Warm Music em vários ensaios com bateria e uma guitarra (musica instrumental) mas os camaradas não desciam a lenha, eram muito bons em respeitar as dinâmicas, além de que em trio é mais fácil de encontrar espaço pro baixo. Essa foi a prova de que mesmo sendo pequenos, esses amps são robustos e potentes o suficiente para aguentar mais do que estudar no quarto, embora o local tivesse móveis, carpete até o teto e mais tapete que tenda de cigano em dia de casamento, praticamente aniquilando as frequências agudas e atrofiando as ressonâncias graves de ondas estacionárias.

O fato é que pelo menos em volume cumpre além do que promete.
Em questão de timbre, não tem um grave digno de condecorações e homenagens públicas, com aquele ronco e definição próprios do falante de 8' mas tem um grave bastante forte e razoavelmente fluente, incomum pra modesta aparência do produto e olha que eu ensaiava com um SX sjb75 ou com um Strinberg clb 26a de 6 cordas, ambos sem o grave como marca registrada, mas bastante lembrados por sua definição no som. Esse amp tem um grave que não dá pra reclamar nunca, não deixa ninguém na mão por falta de grave.
Os médios pouco acrescentam na qualidade do timbre, mas ajudam no volume final.
O médio-grave melhora um pouco a projeção sonora, mas não salva a vida de baixos "duros" e sem peso, não dará muito corpo se o sinal for "magro", enfim, melhora o volume e expande razoavelmente o espectro da onda. O médio-agudo tenta dar definição, mas é um tanto opaco, ajudando mesmo a empurrar mais volume de forma regular, não mais que isso.
Do agudo não posso falar, pois nunca usei essa caixa com cordas novas, mas não fazia feio quando o slap era mais agressivo e nervoso.

[Só estranhei a tua descrição quanto aos controles de médio dessa caixa. Como assim médio-agudo pra ativos e médio-grave para passivos??? Se ambos dão 12db, como a seção de eq analisa a impedância e ganho do sinal? Seriam dois circuitos trabalhando junto no eq em etapas separadas?]

Bueno. Não é a caixa mais leve do sistema solar, mas NÃO DAVA pra reclamar porque na época eu tinha um ampli horrível de carregar e principalmente porque esse Warm Music era emprestado kkkkkkk

Num estúdio que frequentava em outra cidade tinha um Warm Music com o mesmo painel de controles, só que com falante de 15', acabamento em carpete, knobs de metal (não lembro que raio de modelo era esse) e na época o comentário geral era de insatisfação com a durabilidade e baixa qualidade dos timbres dessa marca. Esse mesmo Warm Music de 15' já tinha ido pra manutenção, deixando no seu lugar um Meteoro intragável que teimava em deixar o pessoal na mão em pleno ensaio. Já a singela caixinha de 8' da WM era valente e sempre se deu bem em qualquer volume. O timbre era super razoável (ok, não era uma Ferrari) e não era tão cara. Na época, na volta de uns 350, 390, sendo que hoje se compra um caco que diz ter 50w, fala menos que 15w, esquenta, clipa fácil, tem componentes de milésima categoria, perdem potência e custam na volta dos 600 reais. Palhaçada né. Além de custar caro, o investimento que era pra dar resultado e lágrimas de alegria e emoção passa a dar gasto em manutenção, dor de cabeça, arrependimento, choro e ranger de dentes.

Foi uma pena a marca ter sido extinta, pois essa caixa de 8 era super eficaz e respeitável. Valeria a pena relançar (alô pessoal da ex-WM, eu compraria um rsrsrs). Já o combo de 15' ou aquele trambolho com cone de alumínio e rodinhas eu não teria, pois realmente eram dois amps com o som abafado e xaroposo.
Queria ter testado o cabeçote "black moon" (ou algo parecido com esse nome) pois era MUITO bonito pelo menos rsrsrs e queria ter testado a última linha antes da marca falecer, vermelha, toda estilosa. Uma pena mesmo!

Essas Onner são chamativas e tenho muita curiosidade em meter a mão sem dó nem piedade. Parecem copiar a aparência da Roland, mas são tão pequenas e simpáticas que dá medo até de dar um espirro por perto.

por CG Ter Abr 29, 2014 10:28 am

Só por curiosidade, não seria interessante colocar na comparação um aparelho de som comum para vermos se tem tanta diferença assim?

por Nando Medeiros Ter Abr 29, 2014 10:39 am

Eu também tenho um WM RB 108, meu primeiro amplificador, que comprei no mesmo dia do meu primeiro baixo.

Estou com eles há mais de 8 anos e nunca tive qualquer problema (nem fusível precisei trocar).
E olha que ele já suportou os primeiros ensaios meus com banda (bateria, guitarra e baixo) e posso dizer que a caixinha é valente, não superava mas se mostrava presente de forma satisfatória.
Porém a timbragem é bem crua, não acrescenta nem saliente muito as melhores "qualidades" sonoras do instrumento.

Na época, devo ter pago no máximo R$ 270,00 nele 0 km.

Porém, estou pensando seriamente em passá-lo a diante e procura um Roland de 20 ou 50 watts.

por allexcosta Ter Abr 29, 2014 11:12 am

Nando Medeiros escreveu:Porém, estou pensando seriamente em passá-lo a diante e procura um Roland de 20 ou 50 watts.

Só pra tocar em casa? Não faz sentido...

Fique com seu amp até poder pegar algo que suporte gig.

por Edu Ter Abr 29, 2014 11:15 am

amigos, se querem um relato de utilização do baixo com o som comum eu tenho aqui Razz

quando eu era guri fazia todo tipo de experiência, das mais bizarras e inimagináveis nos aparelhos eletrônicos de casa, do PC ao vídeo k7 e vez ou outra acertava alguma coisa.

Certa vez encontrei um som antigo de um tio que estava jogando fora, daqueles sistemas com várias peças separadas, toca disco, toca fitas, rádio, etc, com duas caixas grandes, da marca Philco se não me engano. Meu D us do céu, quando liguei o baixo, na época um Condor BC-5000 recém lançado, quase caí pra trás com a qualidade. Agudos e médio agudos que eu nunca tinha ouvido em um ampli de baixo, grave e médios com tanta nitidez e beleza que quase me fizeram chorar de alegria. Volume muito bom para um sistema de som não projetado pra contrabaixo. Aí o meu tio que ia jogar o negócio fora viu funcionando e pediu de volta na mesma hora Crying or Very sad

passaram se os meses e o esperto aqui pensou, poxa, já que tenho um mini system da Philips, com 3 cds, rádio e toca fitas, duas caixas de grave e duas minúsculas de sound round, pq não tentar?
Pluguei o baixo na entrada de mic e nos fones ouvi o grave mais lindo já reproduzido na história humana, porém sem tanto agudo. O que era aquilo? que magia era aquela? {Se alguém souber explicar como o negócio tratava tão bem os graves, assim como o outro sistema mais completo tinha tanto timbre nas caixas eu agradeço até o último dia da minha vida} Sem os fones, com o som nas caixas era um horror, saturava facilmente o sinal e com um buffer, apesar da melhora, não suportava muito volume. Resultado, em questão de semanas ou meses os falantes deram adeus a esse vale de lágrimas e me restou duas caixas que só reproduziam o ronco de um hipopótamo asmático.

Resumo: o aparelho de som grande, antigo, com direito a toca disco e tudo, eq e talz, tinha uma timbrera desgraçada nas suas duas grandes caixas. Fiquei pouco tempo com ele, mas era incrível e certamente não iria aguentar o tranco com o passar do tempo.
O mini system da philips tinha o melhor grave do mundo nos fones e uma porcaria de som nas caixas (que eram ótimas de grave ao tocar músicas) mas duraram pouco tempo de vida depois de conhecerem meu contrabaixo.

por Nando Medeiros Ter Abr 29, 2014 11:32 am

allexcosta escreveu:
Nando Medeiros escreveu:Porém, estou pensando seriamente em passá-lo a diante e procura um Roland de 20 ou 50 watts.

Só pra tocar em casa? Não faz sentido...

Fique com seu amp até poder pegar algo que suporte gig.

Agradeço a dica, mas já tenho equipamento para shows.

Penso em trocá-lo exatamente para melhorar o timbre (para fazer pequenas gravações). Mas, obviamente, SE surgir bons negócios.

por allexcosta Ter Abr 29, 2014 12:49 pm

Nando Medeiros escreveu:Agradeço a dica, mas já tenho equipamento para shows.

Penso em trocá-lo exatamente para melhorar o timbre (para fazer pequenas gravações). Mas, obviamente, SE surgir bons negócios.

Ah tá, mas não seria só usar o amp de show pra essas gravações?

por Nando Medeiros Ter Abr 29, 2014 12:56 pm

allexcosta escreveu:
Nando Medeiros escreveu:Agradeço a dica, mas já tenho equipamento para shows.

Penso em trocá-lo exatamente para melhorar o timbre (para fazer pequenas gravações). Mas, obviamente, SE surgir bons negócios.

Ah tá, mas não seria só usar o amp de show pra essas gravações?

Off-topic: Deveria, mas este amp não fica comigo, mantenho isso no estúdio da banda onde ensaiamos e de onde saímos para apresentações.

Realmente é um trabalho extenuante se tivesse de trazer uma caixa de 4 x 10 e um head todas as vezes pra casa.
Assim, para gravações de prévias um amplificador menor e com excelente timbre me ajudaria. Mesmo nos estúdios poderia levar "o meu timbre" para a gravação sem carregar a casa, não? Smile

Edu Posser escreveu:amigos, se querem um relato de utilização do baixo com o som comum eu tenho aqui

quando eu era guri fazia todo tipo de experiência, das mais bizarras e inimagináveis nos aparelhos eletrônicos de casa, do PC ao vídeo k7 e vez ou outra acertava alguma coisa.

Certa vez encontrei um som antigo de um tio que estava jogando fora, daqueles sistemas com várias peças separadas, toca disco, toca fitas, rádio, etc, com duas caixas grandes, da marca Philco se não me engano. Meu D us do céu, quando liguei o baixo, na época um Condor BC-5000 recém lançado, quase caí pra trás com a qualidade. Agudos e médio agudos que eu nunca tinha ouvido em um ampli de baixo, grave e médios com tanta nitidez e beleza que quase me fizeram chorar de alegria. Volume muito bom para um sistema de som não projetado pra contrabaixo. Aí o meu tio que ia jogar o negócio fora viu funcionando e pediu de volta na mesma hora

passaram se os meses e o esperto aqui pensou, poxa, já que tenho um mini system da Philips, com 3 cds, rádio e toca fitas, duas caixas de grave e duas minúsculas de sound round, pq não tentar?
Pluguei o baixo na entrada de mic e nos fones ouvi o grave mais lindo já reproduzido na história humana, porém sem tanto agudo. O que era aquilo? que magia era aquela? {Se alguém souber explicar como o negócio tratava tão bem os graves, assim como o outro sistema mais completo tinha tanto timbre nas caixas eu agradeço até o último dia da minha vida} Sem os fones, com o som nas caixas era um horror, saturava facilmente o sinal e com um buffer, apesar da melhora, não suportava muito volume. Resultado, em questão de semanas ou meses os falantes deram adeus a esse vale de lágrimas e me restou duas caixas que só reproduziam o ronco de um hipopótamo asmático.

Resumo: o aparelho de som grande, antigo, com direito a toca disco e tudo, eq e talz, tinha uma timbrera desgraçada nas suas duas grandes caixas. Fiquei pouco tempo com ele, mas era incrível e certamente não iria aguentar o tranco com o passar do tempo.
O mini system da philips tinha o melhor grave do mundo nos fones e uma porcaria de som nas caixas (que eram ótimas de grave ao tocar músicas) mas duraram pouco tempo de vida depois de conhecerem meu contrabaixo.

No começo, também tentei fazer estas experiências, mas aqui não teve jeito... ligar no PC, no Mini-system/Micro-system/Super-system/Mastersystem... não importava, invariavelmente o som saia saturado, mesmo no volume mínimo do baixo.

por Edu Ter Abr 29, 2014 2:11 pm

Nando
Eu não entendia direito os conceitos de nível de sinal na época, mas atualmente conhecendo essas diferenças digo que não se pode extrair muito de sons domésticos e pouco "profissionais" em um contrabaixo.
Porque: Algumas caixas conseguem falar muito bem, como as do "suposto" Philco do meu tio, gigante e antigo, outros tem um grande tratamento no sinal como o meu Philips aposentado, mas os falantes não são preparados para lidar com um sinal tão cru e duro como os de um baixo elétrico, portanto é questão de tempo para o nosso instrumento ceifar a delicada vida útil desses produtos.

Mas diria que se usar um aparelho de som desses apenas como pré em uma gravação poderiam surpreender bastante.
Pra amplificação nos estudos é complicado. O estrago seria apenas questão de tempo.

por Nando Medeiros Ter Abr 29, 2014 2:17 pm

^ Claro, concordo contigo. A época a ideia era no máximo utilizar tal "gambia" apenas para estudos, nada além disso. Talvez salvando alguns reais para se comprar cordas, um amplificador mais potente.

Mas como mal sabia posicionar as mãos e onde situavam-se as notas no instrumento, achava que com sorte poderia substituir.

Apenas relatei uma experiência não tão bem sucedida quanto a sua. rs. poke

por Edu Ter Abr 29, 2014 2:55 pm

a minha foi pior. Por falta de informação e inexperiência achei que não haveria desgaste, já que funcionou tudo bonito e perfeito no início rsrsrsrs

eu fiquei vários anos sem amp, acho que uns 6 ou mais e nesse meio tempo meu amplificador era o notebook, direct box, caixa multi uso (se houvesse no local) ou retornos de palco (se houvesse no local).
Foi o período em que mais "limpei" minha técnica, treinando no silêncio do quarto, gravando ou ouvindo o baixo amplificado no note quando queria. Cara, acredite, foi muito bom rsrs

por allexcosta Ter Abr 29, 2014 3:17 pm

A caixa de som te dá um timbre mais bonito porque é desenhada para reproduzir um espectro enorme de frequências, que formam as gravações e radio-difusões em FM.

É óbvio que esses aparelhos não conseguem nem deveriam conseguir reproduzir graves com SPL's impressionantes como faz uma caixa de baixo.

Em volume bem baixo dá pra estudar nesses sons caseiros sem problemas. Fiz isso durante anos em um Sony antigo que até hoje existe e funciona.

por Edu Ter Abr 29, 2014 3:29 pm

comentário um tanto OFF esse meu, mas... a fama dos Sony antigos supera os atuais em termos de equilíbrio de frequências.
Os Sony novos de uns anos pra cá vem sendo muito criticados por se especializar em reproduzir batidão.
Se obtém facilmente aquele grave pancada, percussivo, com pouca musicalidade, principalmente para nós baixistas, já que as frequências nas músicas são pouco equilibradas, com um grave estilo bumbo de bateria capaz de dar um soco no peito e nos jogar contra parede sem sequer imaginarmos que dali soou uma nota musical. Não obstante a Sony mantém esse estilo de sonorizar investindo tecnologicamente em recursos de equalização nos aparelhos, ainda assim não anda agradando os mais exigentes, que não se importam tanto em ter falantes com luzes coloridas tipo árvore de natal e outros artifícios visuais

por allexcosta Ter Abr 29, 2014 3:36 pm

Cada empresa dessas tem uma estratégia de marketing e desenvolvimento de produtos baseada em pesquisas de mercado.

O público de hoje prefere um grave absurdamente alto e indefinido a um som mais linear.

A história nos mostra que empresas que buscam um público audiófilo terminam caindo no mercado ou fechando as portas.

Agora o que vemos são caixas Bass Reflex totalmente descontroladas, com um bump absurdo em uma região bem ampla dos graves, um visual duvidoso e muito dinheiro investido em marketing. Qualidade e fidelidade não são mais ítens desejados pelo público.

por Edu Ter Abr 29, 2014 4:34 pm

Allex, tu não sabe a tristeza que me dá lendo isso!! Sad

por Esdras164 Ter Jan 06, 2015 3:58 pm

Acabei comprando um Borne CB60, apenas para compor estudo em um quarto. Baixo investimento e pequeno, mas quando chegar, coloco minha opinião.
Isso não muda minha ideia de comprar um amp melhor para não só estudo mas pequenos ensaios.
O que acham do Hartke HD50?
Hoje estudo com um Starblack 8 que não me agrada em nada o som.

por Mauricio Luiz Bertola Ter Jan 06, 2015 4:35 pm

allexcosta escreveu:Cada empresa dessas tem uma estratégia de marketing e desenvolvimento de produtos baseada em pesquisas de mercado.

O público de hoje prefere um grave absurdamente alto e indefinido a um som mais linear.

A história nos mostra que empresas que buscam um público audiófilo terminam caindo no mercado ou fechando as portas.

Agora o que vemos são caixas Bass Reflex totalmente descontroladas, com um bump absurdo em uma região bem ampla dos graves, um visual duvidoso e muito dinheiro investido em marketing. Qualidade e fidelidade não são mais ítens desejados pelo público.

Concordo com cada palavra.
Quem, como eu, possui aparelhos de áudio EXCLUSIVAMENTE dos aos 70 e 80, sabe muito bem do que o Allex falou.
Mais vale comprar equipos de áudio para casa usados, dos anos que citei acima, do que coisas novas...

por FAELBASS7 Sex Jul 10, 2015 5:32 pm

Galera. Eu não tenho aparelho de som comum em casa e pretendo comprar um combo pequeno. Um amigo meu me ofereceu um Ampeg Ba108 usado por R$ 400,00, mas vi também as opções das Onner Block 20Bass que estão saindo por 300 R$ novas. Qual melhor opção em relação custo benefício?

por fheliojr Sáb Jul 11, 2015 7:18 pm

^cara, os ampeg da linha "ba" são muito fracos... é melhor vc evitá-los.

este combo vai ser só para tocar em casa ou para pequenos ensaios, etc? os staner costumam ser os com melhor relação custo-beneficio.

por FAELBASS7 Sáb Jul 11, 2015 7:24 pm

É realmente pra estudo. É que eu não me acostumei com fone de ouvido e não queria pagar mais que 300 conto numa caixa de estudo.
E essa onerr 20 bass? Sem ser a block. Tem usada no ML por 200 conto... http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-659777985-amificador-onerr-20-bass-_JM ...
Já procurei as stanner mas desse preço é dificil.. Nem surrada hehe

por FAELBASS7 Ter Jul 14, 2015 9:18 am

Depois dos relatos e comparações acima, estou fechando negócio com uma dessas Warm Music RB108. Tá saindo por R$ 250,00 com frete. Esperar chegar e eu posto minha impressão sobre a mesma.

por Mauricio Luiz Bertola Ter Jul 14, 2015 12:14 pm

FAELBASS7 escreveu:Depois dos relatos e comparações acima, estou fechando negócio com uma dessas Warm Music RB108. Tá saindo por R$ 250,00 com frete. Esperar chegar e eu posto minha impressão sobre a mesma.

Cara, eu tenho PÉSSIMAS referências de WarmMusic, inclusive essa empresa faliu...
Eu não faria isso....

por FAELBASS7 Ter Jul 14, 2015 12:21 pm

Blz Bertola. É complicado entender porque são muuuitas opiniões e relatos diferentes aqui. Tipo uma galera fala super bem desses amps, outros poucos falam mau. E assim é como todos os outros. Fico confuso. Pesquisei muito por aqui antes de comprar, como faço com praticamente todas as minhas compras. Mas às vezes confunde a gente rs

por Mauricio Luiz Bertola Ter Jul 14, 2015 12:37 pm

FAELBASS7 escreveu:Blz Bertola. É complicado entender porque são muuuitas opiniões e relatos diferentes aqui. Tipo uma galera fala super bem desses amps, outros poucos falam mau. E assim é como todos os outros. Fico confuso. Pesquisei muito por aqui antes de comprar, como faço com praticamente todas as minhas compras. Mas às vezes confunde a gente rs

Cara, na boa; essa marca, além de já ter falido, não presta.
Conheço um monte de gente que se arrependeu amargamente de comprar esses equipos...

por allexcosta Ter Jul 14, 2015 12:39 pm

Nacional presta Staner. E só...

por Coder Ter Jul 14, 2015 12:44 pm

allexcosta escreveu:Nacional presta Staner. E só...

(2)

por FAELBASS7 Ter Jul 14, 2015 3:45 pm

Amigos. Aí vem a questão, conheço algumas pessoas que se arrependeram de ter vendido, inclusive aqui já falaram isso. Já falaram mal da Ampeg, da Onerr, Meteoro, Borne... Staner é a única mais bem falada e ainda assim tem que fale mal. Eu iria de Staner se encontrasse uma nessas condições (pequena e barata), mas não acho... Mas há quem fale bem e muito bem dessas outras. Prova é esse próprio tópico.
Mas agora já foi. Espero que seja tão bom pra mim quanto pros amigos que gostaram dele. Neutral

por fheliojr Dom Jul 19, 2015 5:10 pm

Coder escreveu:
allexcosta escreveu:Nacional presta Staner. E só...

(2)

[3]

de qq modo, já que não se pode gastar muito e se for só para tocar em casa, pegue este onner... é o jeito.

por FAELBASS7 Seg Jul 20, 2015 9:35 am

fheliojr escreveu:
[3]

de qq modo, já que não se pode gastar muito e se for só para tocar em casa, pegue este onner... é o jeito.

Pois é eu estava muito interessado nessa oneer, mas não achei por menos de 300,00 r$ fora frete.
Estou desejando piamente que eu possa ter a mesma sorte que o criador do tópico rs. Já tinha feito negócio quando vocês comentaram Neutral

Agora é só aguardar chegar... Rolling Eyes

por db Seg Jul 20, 2015 6:53 pm

Mauricio Luiz Bertola escreveu:
allexcosta escreveu:Cada empresa dessas tem uma estratégia de marketing e desenvolvimento de produtos baseada em pesquisas de mercado.

O público de hoje prefere um grave absurdamente alto e indefinido a um som mais linear.

A história nos mostra que empresas que buscam um público audiófilo terminam caindo no mercado ou fechando as portas.

Agora o que vemos são caixas Bass Reflex totalmente descontroladas, com um bump absurdo em uma região bem ampla dos graves, um visual duvidoso e muito dinheiro investido em marketing. Qualidade e fidelidade não são mais ítens desejados pelo público.

Concordo com cada palavra.
Quem, como eu, possui aparelhos de áudio EXCLUSIVAMENTE dos aos 70 e 80, sabe muito bem do que o Allex falou.
Mais vale comprar equipos de áudio para casa usados, dos anos que citei acima, do que coisas novas...

Assino embaixo do que vocês disseram...

Sempre gostei muito de audio mas nunca tive grana pra ser audiofilo... Sendo assim tive que estudar e me virar. Comecei projetando caixas pra audio. Implementei alguns destes projetos. O resultado é bem legal. Uma caixa selada projetada com cuidado e bem construida com carinho da uma resposta impressionante. Se juntar a isso um amplificador a válvula (tenho um valvulado para audio home-made que meu pai construiu) vicia. Você não quer ouvir outra coisa. E tudo isso é tecnologia dos anos 60. Mas até hoje insuperável na minha modesta opinião.

Very Happy

(desculpem o off-topic....) Very Happy

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