Entendendo o Brasil - Falsificação ou segunda linha?

Eternas tentativas de entender esse país...

Por que no Brasil não se usa a palavra falsificação?

Tênis, bolsas, eletrônicos, etc...

Diálogo:

- Bom dia, quanto custa.
- Tantos Reais.
- É original ou falso?
- Segunda linha
- É falso então?
- Não, senhor. Segunda linha da marca.
- Ah tá, então é fabricado na própria empresa tal?
- Aí eu não sei bem, senhor. É que existe primeira linha e segunda linha.
- E segunda linha é uma cópia, uma falsificação Chinesa?
- Não é falso, senhor. É segunda linha.
- Tá bom, tchau...

O que é isso que acontece nesse país?

allexcosta escreveu:
O que é isso que acontece nesse país?

Tem que devolver pra Portugal e pedir desculpas.

Foi comprar tênis na Pagé, Allex??

Aqui muitos tentam usar esse eufemismo pra vender produtos falsificados! Mas jamais admitem que é falso! Vai entender...

É comum usarem o termo (produto) "paralelo" também. rs

É o políticamente correto na sua forma mais pura.

Sabe que é uma palavra errada, todo mundo sabe que é errada, mas ainda "encapam" atrás de palavras bonitas.

Uma tentativa de distanciar-se,moralmente, de um produto ilegal. Há também os que nomeiam como “replica”....passa a ideia de legitimidade para algo de origem discutível .. A palavra “falso” já revela tudo sobre a origem e seria uma admissão de crime...mas o pior é que muitas vezes tanto vendedor quanto comprador sabem exatamente do que se trata.....existe um mercado receptivo a esse tipo de produção

Não é falso é "réplica"...

Engraçado que entre os falsificados tem uma primeira e uma segunda linha. Conferi isso recentemente na feira dos importados em BsB. Tem a primeira linha dos falsificados e a segunda linha,o produto em questão era camisas de times

começa pela palavra usada pelos politicos "inverdade"

pqp!!!! é muito tempo e dinheiro livre.

joseluiz.avilajr escreveu:começa pela palavra usada pelos politicos "inverdade"

pqp!!!! é muito tempo e dinheiro livre.

bem colocado!,me veio em mente que vivemos numa democracia de segunda linha (ou falsificada? )
E importante salientar que as palavras,percorrem dois caminhos:um manifesto(cognitivo)e outro latente(simbólico ),existindo um universo de significados que se obtêm por interpretação,

Coder escreveu:Foi comprar tênis na Pagé, Allex??

Não recentemente, mas já fui muito lá... Shopping Oi em BH é nóis também.

Algumas semanas atrás fui xingado por um cara num grupo de vendas no Facebook pq eu questionei sobre a originalidade das "réplicas" de Fender e Gibson que ele estava anunciando. Basicamente, se você fabrica um instrumento musical e coloca um logo da Fender no headstock sem autorização da mesma, isso é pirataria, correto? Quase fui ameaçado de porrada por dizer isso kkkk

Kobeh escreveu:Basicamente, se você fabrica um instrumento musical e coloca um logo da Fender no headstock sem autorização da mesma, isso é pirataria, correto?

Sim.

Segunda linha pra mim é falso ruim, primeira linha é falso bom, original é original.
Os "nossos vendedores e fornecedores tem uma cara de pau!

Kobeh escreveu:fui xingado

Acho que esse tipo de coisa mostra bastante que tipo de povo somos. Tudo invertido... Quem deveria ser xingado, xinga...

Paulo Penna escreveu:Segunda linha pra mim é falso ruim, primeira linha é falso bom, original é original.
Os "nossos vendedores e fornecedores tem uma cara de pau!

Os tonantes choram

allexcosta escreveu:

Kobeh escreveu:fui xingado

Acho que esse tipo de coisa mostra bastante que tipo de povo somos. Tudo invertido... Quem deveria ser xingado, xinga...

O cara ainda veio com a aquela historia de que eu tava atrapalhando a venda dele, que compra quem quer, etc. Só que ninguém impede de alguém comprar, por exemplo, um Jazz Bass Fender falsificado e vende-lo como original pra algum desavisado. Esse tipo de vendedor não tem noção do mal que ele faz em colocar esses produtos no mercado. Ou pior... ele tem.

Kobeh escreveu:

allexcosta escreveu:

Kobeh escreveu:fui xingado

Acho que esse tipo de coisa mostra bastante que tipo de povo somos. Tudo invertido... Quem deveria ser xingado, xinga...

O cara ainda veio com a aquela historia de que eu tava atrapalhando a venda dele, que compra quem quer, etc. Só que ninguém impede de alguém comprar, por exemplo, um Jazz Bass Fender falsificado e vende-lo como original pra algum desavisado. Esse tipo de vendedor não tem noção do mal que ele faz em colocar esses produtos no mercado. Ou pior... ele tem.

Levanta o código penal e faça a denúncia.
Ficar papeando com malandro não dá.

Acontece muito com vendedores de relógios também...

- Amigo, é original?
- É segunda linha.

Ou seja, são réplicas mais bem feitas e consequentemente são mais caras. Já vi réplica de relógio de 1200 reais valer 800 reais. Vai entender...

Eu ja vi replica de um relogio TAG HEUER ( é assim que escreve?) ao lado do original e não soube diferenciar...mas é fato que para que uma replica seja legal é preciso que o dono da marca permita sua fabricação, mesmo que o produto esteja fora de linha . Independente do que o vendedor diga ou anuncie, se o produto tem a logomarca e não foi produzido pelo fabricante detentor dos direitos ou a sua ordem, o produto é falso. Mesmo na hipotética situação da réplica ser de melhor qualidade que o original.

allexcosta escreveu:Shopping Oi em BH é nóis também.

Comprei muito relógio por lá...

Sobre o assunto em questão, é justamente a mentalidade de estar fazendo alguma coisa errada e querer levar vantagem. Ao expor o argumento do "segunda linha", "paralelo", "réplica" e chamar simplesmente pelo termo correto - "falso", "pirata" -, você expõe a sujeira que se tenta esconder. O pior é que hoje em dia esse mercado do produto "paralelo" está tão espalhado em todas as áreas que tem alguns produtos que é difícil você ter certeza que está comprando o original. Um exemplo: no Natal, fui a uma loja de roupas dessas metidas a besta aqui na minha cidade comprar uma carteira. O rapaz me trouxe uma gaveta cheia de carteiras. Todas exatamente do mesmo modelo, só mudava o carimbo da marca. Típico caso de coisa falsificada, tipo as camisas Lacoste, Hollister ou Fórum que se vende na rua Tereza, em Petrópolis.