Re: Baixo em linha - como conseguir o timbre que queremos no P.A.?

por Mauricio Luiz Bertola Qui Jan 12, 2017 10:40 pm

joabi
No show que minha banda fez em Arraial do cabo, em um evento grande de motociclistas, enviei mapa de palco e um borderô com equipamentos mínimos, inputs, retornos e etc.
Quando chegamos, faltava um amp de guitarra (por sorte um dos nossos guitarristas levou o dele), a bateria não tinha ferragem alguma, tendo sido isso especificado previamente. Ou seja: Não sei da sua realidade aí em São Paulo, mas aqui no RJ, a coisa é feia!

por allexcosta Qui Jan 12, 2017 10:43 pm

Mauricio Luiz Bertola escreveu:borderô

Depois dessa nem se tu quisesse mentir a idade conseguia. Laughing

por Mauricio Luiz Bertola Qui Jan 12, 2017 10:44 pm

allexcosta escreveu:
Mauricio Luiz Bertola escreveu:borderô

Depois dessa nem se tu quisesse mentir a idade conseguia.

por joabi Qui Jan 12, 2017 11:23 pm

Mauricio Luiz Bertola escreveu:joabi
No show que minha banda fez em Arraial do cabo, em um evento grande de motociclistas, enviei mapa de palco e um borderô com equipamentos mínimos, inputs, retornos e etc.
Quando chegamos, faltava um amp de guitarra (por sorte um dos nossos guitarristas levou o dele), a bateria não tinha ferragem alguma, tendo sido isso especificado previamente. Ou seja: Não sei da sua realidade aí em São Paulo, mas aqui no RJ, a coisa é feia!

Nesses casos tem que apanhar da banda inteira, Bertola. Depois do show, é claro... Very Happy

por rafael.buzzi.andrade Sex Jan 13, 2017 7:18 am

joabi escreveu:Esse ponto é interessante. Vou falar o que eu penso, por favor não me crucifixem (muito)

Não vou te crucificar...rsrs... até pq, quando eu quis dizer "ficar amigo" não me referia (necessariamente) a pagar coisas também.
Por sinal: Nunca precisei pagar nada pra operador de som nem ficar puxando o saco.

O que eu sempre faço é "chegar na humildade" e - especialmente - pedir a opinião dele a respeito do som. Enfim. Tratar o cara como eu gostaria de ser tratado.
Nem sempre funciona... mas na maioria das vezes sim.

Eu também sempre tento enviar rider de palco antes. O problema é que é muitas vezes isso passa por trocentas mãos (dono do evento, dono da empresa de som etc...) e essas coisas dificilmente chegam no técnico de som.

por Willian Casagrande Sex Jan 13, 2017 9:54 am

Dia desses, pela primeira vez na vida fui solicitado a enviar um rider técnico para a organização de um festa na qual minha banda vai tocar em alguns dias. No submundo dos pubs e rolês que eu sempre fiz, eu só me inteirava se o bar/festa teria amps disponíveis e nada mais. Igualmente, a organização nos procurava e dizia: "olha, não temos tal coisa, vejam se podem trazer". No mundo profissional, deve ser mais frequente esse tipo de pedido (a meu ver fundamental para qualquer caso que não seja um rolê com amigos de brincadeira).
Sendo sincero, os técnicos muito malemá falam com a gente antes do show e, até durante a passagem, relutam muito. Uma vez, um cara teimou que o meu retorno da voz não estava baixo, sendo que quem ia tocar era eu e não ele - embora esse caso seja um extremo de falta de empatia e não mereça ser citado aqui, resolvi contar rs.
Creio que todo mundo teria uma história pra contar desses infortúnios. Agora, que tem banda que não colabora, tem mesmo, e bastante. Concordo mais uma vez com o colega joabi.

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 13, 2017 10:07 am

joabi escreveu:
Mauricio Luiz Bertola escreveu:joabi
No show que minha banda fez em Arraial do cabo, em um evento grande de motociclistas, enviei mapa de palco e um borderô com equipamentos mínimos, inputs, retornos e etc.
Quando chegamos, faltava um amp de guitarra (por sorte um dos nossos guitarristas levou o dele), a bateria não tinha ferragem alguma, tendo sido isso especificado previamente. Ou seja: Não sei da sua realidade aí em São Paulo, mas aqui no RJ, a coisa é feia!

Nesses casos tem que apanhar da banda inteira, Bertola. Depois do show, é claro...

O fulano em questão nem era tão ruim assim, pois, na platéia o som ficou legal. Um ex-aluno meu (que também é policial e musico) elogiou o som no geral. Ouvindo a gravação (que foi meio tôsca), o som do baixo no P.A estava diferente do do palco, mas não estava ruim não...
Bem... No fim das contas a gente ficou até satisfeito, dado o histórico de "técnicos" e equipamentos daqui.
Aliás, brigar não seria uma boa idéia, pois, além de ser um evento de motociclistas, meu irmão era um dos promotores... Laughing

por allexcosta Sex Jan 13, 2017 10:11 am

Qualquer banda tem input list e rider.

É meio murro em ponta de faca. Se não for desses que teima com você é daqueles que colocam do jeito que você quer antes de começar o show pra na primeira música voltarem pra regulagem de antes.

No fim das contas, vai ficar do jeito que ele quer. É só isso que a gente precisa entender.

Sim, histórias de infortúnions sonoros não faltam. Já cheguei pra tocar que o palco era um caminhão de carregar fruta ainda todo sujo e o som era amp Mikasim e caixa de vender uva. Isso banda conhecida e tudo. Quando a gente falou que não tinha condição o cara mostrou um 38 cano longo. Aí você toca, pega o cachê e vai pra casa.

Não vale a pena estressar. Leve sempre um amp legalzinho e monte sua tralha junto do batera. E aí é só se divertir e pegar seu bambá.

por Willian Casagrande Sex Jan 13, 2017 10:13 am

^ Essa história da arma é verdadeira? Shocked

por allexcosta Sex Jan 13, 2017 10:20 am

Willian Casagrande escreveu:^ Essa história da arma é verdadeira?

Subi pra tocar com ameaça de arma de fogo 3 vezes.

Uma no interior do Mato Grosso do Sul (essa da história), uma no interior de Pernambuco porque o contratante só queria pagar o restante do dinheiro no fim da noite e outra dentro da quadra da Gaviões da Fiel, porque o Corinthians tinha perdido pra o River e a gente não queria tocar pra 20 pessoas.

Em nenhuma das vezes eles apontaram as armas, só mostraram.

Já toquei no Rio em que na entrada tinha menino de 13 anos com AR-15, mas isso não é ameaça, é a segurança da festa. Sempre fomos bem tratados nesse tipo de gig.

Já toquei ameaçado sem arma também e não foram poucas vezes. Da galera tentar tombar o trio quando a gente parava. Do contrato prever 3 horas de som e a gente tocar 8 por medo da multidão, já jogaram ovo, tomate, garrafa de cerveja, pedra, urina, etc... O Brasileiro é um povo muito selvagem.

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 13, 2017 10:25 am

Willian Casagrande escreveu:^ Essa história da arma é verdadeira?

Acredito firmemente...
Na época da minha ex-banda (Expresso da Noite), tocávamos em um evento de motociclistas no Estádio do Bangú A.C (o famoso Estádio de Moça Bonita). O som era um trio elétrico tôsco, desses de campanha política, bancado por um deputado corrupto (e depois cassado) da região. O "técnico" era um caolho velho cuja principal característica, além da feiúra extrema era a total falta de educação e grosseria. Discutindo com ele o fulano puxou uma faca pra mim; fiquei p...! e fui no meu carro e peguei uma daquelas correntes de volante, bem mais eficaz que a faca dele....
Felizmente, como sou ex-militar e o motoclube era formado também por militares, professores e policiais, todos gente finíssima, o cara "botou o galho dentro", e depois até pediu desculpas...
No ano seguinte, apesar de não haver esse tipo de "stress", o som e a atitude do sujeito continuava a mesma...
Mad

por Willian Casagrande Sex Jan 13, 2017 10:27 am

^ Caceta! Minha vida musical nunca teve infortúnios relacionados a violência. Só uma vez que o guitarrista de uma banda que tive saiu no tapa com um cara duma festa porque a gente se recusou a tocar num palco alagado...
Isso da segurança ser feita por menores é f***. Um primo meu que foi num baile funk lá uma vez contou que foi revistado por menino de menos de 1,60m...

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 13, 2017 10:29 am

Willian Casagrande escreveu:^ Caceta! Minha vida musical nunca teve infortúnios relacionados a violência. Só uma vez que o guitarrista de uma banda que tive saiu no tapa com um cara duma festa porque a gente se recusou a tocar num palco alagado...
Isso da segurança ser feita por menores é f***. Um primo meu que foi num baile funk lá uma vez contou que foi revistado por menino de menos de 1,60m...

Isso é comum aqui nas favelas do RJ... Infelizmente...

por joabi Sex Jan 13, 2017 1:29 pm

As vezes em que tive mais medo envolveram moto clubes. Eu tocava numa banda que tinha um repertório mais pop, mas felizmente tivemos a sensatez de preparar um repertório mais clássico para esses eventos. Se tocar algo um pouco mais moderno do que esse povo gosta, dificilmente alguém sai vivo dalí... rsrsrs mas quando eles ouvem o que gostam, a resposta é sempre fabulosa.

Felizmente nunca tive contato com armas.

por Coder Sex Jan 13, 2017 3:11 pm

Sempre tive sorte com motoclubes. Na primeira vez assusta, mas o pessoal costuma ser gente boa. Mas o que o joabi disse é verdade: Se tocar algo mais "pop" eles olham torto! hehehe

por Mauricio Luiz Bertola Sex Jan 13, 2017 4:15 pm

Coder escreveu:Sempre tive sorte com motoclubes. Na primeira vez assusta, mas o pessoal costuma ser gente boa. Mas o que o joabi disse é verdade: Se tocar algo mais "pop" eles olham torto! hehehe

Aqui no RJ o pessoal de moto clubes é menos radical nesse sentido.
Minha banda mesmo, toca versões de Roberto Carlos e até mesmo Reginaldo Rossi, tudo na onda "iê-iê-iê", e o pessoal curtia muito...

por Coder Sex Jan 13, 2017 4:42 pm

^ Ah, mas RC, jovem guarda e sessão brega sempre é bem vindo!

Agora, arrumar briga msm é chamar os caras de "motoqueiros" ao invés de motociclistas kkkkkkkkk fight

por Rico Sex Jan 13, 2017 5:04 pm

Vou dizer algo sobre motoclubes do RJ, e é claro que não conheço todos. Fiz uma meia duzia de shows pra alguns deles, apenas...

Um bando. Gente sem respeito, querem banda em troca de cerveja e churrasco. Pagam tudo, mas nao gostam de pagar banda. Não sabem muito de Rock também. Eles dançam o que você tocar, porque na verdade a maioria dos que conheci nem gosta de rock. Eles se disfarçam com aquela estorinha de "american way of life", usam coletes e costumam estar mal barbeados. Parece um monte de criança grande brincando de ser malvado.

Eles esperam ansiosamente que você toque Born To Be Wild (pra quem não conhece, é a música de um grupo dos 60 chamado Steppenwolf), e dane-se se você toca aquilo bem ou mal. Nesse momento eles sobem naquele monte de pererecas, giram a chave e ficam enchendo o saco e cobrindo a banda com aquelas merdas barulhentas...

Claro que tem motoclubes ricos, como Balaios e Angels. Pra esses eu nunca toquei e nem tenho desejo, visto que a Harley Davidson andou fazendo eventos realmente grandes e um dos "destaques" nao foram os Mutantes, Veludo, Patrulha do Espaço nem o Terço, mas os inúteis do "ultrage"...

Pra mim, é só pose...

por Breno_Barnabe Sex Jan 13, 2017 5:47 pm

joabi escreveu:
JuniorMello escreveu:
Por isso falei lá no meu segundo comentário em resposta ao Rafael: o quão amigo tem que ser do técnico de som pra ele se esforçar em fazer um bom som pra platéia? Tem que pagar cerveja, dar tapinha nas costas? Acho que tratar com respeito, educação e paciência é suficiente.

Esse ponto é interessante. Vou falar o que eu penso, por favor não me crucifixem (muito)

Acho que não precisa dessa história de virar o amigo do cara ou pagar coisas para ter o empenho dele. Ter uma postura profissional já basta.
Percebo que a maioria das bandas que reclama do técnico também não fazem o dever de casa. Quem daqui entra em contato com antecedência, pergunta para ele como é o esquema, o que a banda precisa levar que a casa não disponibiliza, pega o email e envia Rider técnico, mapa de palco, input list? Aposto que são poucos, e quem faz isso não tem tantos problemas. Minha última banda costumava até deixar com o técnico uma cópia do repertório, para o cara saber o que ia rolar. Se isso não resolver, pelo menos dá a chance de cobrar o cara com propriedade, reclamando até mesmo com a direção da casa ou empresa de locação, se a postura dele prejudicar a banda.

Acho que, por mais que a gente tenha má impressão de alguns profissionais, a verdade é que ninguém quer queimar o filme e o nome, principalmente diante de uma platéia. Assim como a banda leva convidados e quer tocar direito, eles também levam amigos, familiares, pretendentes... A falta de comunicação entre as duas partes é o que prejudica a realização de um show. Penso diferente de quem acha que é só preguiça ou má vontade. Às vezes é... assim como em algumas bandas, onde os integrantes não estudam, não ensaiam, não planejam e depois não sabem porque o som não rola.

Para um técnico, chegar no dia do show sem conhecer a banda, às vezes sem conhecer os equipamentos e o estado de funcionamento, sem saber como é a acústica do local, já é um desafio (e uma responsabilidade) e tanto, mesmo para quem é experiente. Esperar que esse cara se disponha, na hora do pau comendo, a buscar o timbre que cada um da banda acha bonito, não vai acontecer. Se acontecer é porque o cara é bom... contratem ele. Em geral ele só vai fazer o que se sente seguro fazendo.

Joabi disse tudo!

Fazer nossa parte certa é obrigação também.

Normalmente os técnicos dos locais que toquei/toco são bem tranquilos com a banda, mas também não somos de criar problemas.

por rodsom Sex Jan 13, 2017 5:53 pm

ô loco com essas historias de tocar sob ameaça. graças a deus nunca passei por isso. kkkkk.
sobre o assunto principal do topico, ligar em linha quase sempre é melhor. eu costumo microfonar só em lugar pequeno, em som grande é microfonia pura. explicar pro operador como vc gosta do baixo quase sempre funciona, mas se for um operador mais teimoso, o melhor que a gente faz é fazer o serviço, meter o dindin no bolso e ir embora pra casa.

por Stormbringer Sex Jan 13, 2017 6:34 pm

Nunca toquei com amp microfonado. E ja pensei nisso que você falou. Como ja falaram, é uma complicação a mais microfonar o baixo.

No meu caso eu "aprendi" a tocar nos amps que não conheço em flat(eu considero que só conheço o meu), e regular minha eq nos meus preamp(o Sparrow DI e o preamp do baixo, se o baixo do dia for ativo), assim eu tenho um pouco mais de controle sobre o som que eu mando pra mesa. Isso não garante que o técnico não vá mudar pra o que ele acha melhor, mas já da a sugestão do que você gosta pra ele.
Sim, no caso esse meu Sparrow é o ultimo da cadeia de pedais.

Eu ja toquei com técnico de som que deixou meu baixo com o timbre daquele cara que toca rebolando e fez uns videos de zoação(Júnior Groovador), que eu acho horrível, mas que eu tenho consciência que é o ideal pra certos tipos de musica. Não tem como ter controle sobre isso, você pode sugerir, mas a decisão é sempre dele.

Se você toca com o SEU técnico de som, ai a coisa muda de figura, infelizmente não é o meu cenário, e parece não ser o seu tambem.

PS: As histórias de tocar ameaçado são tenebrosas! Ainda bem que nunca passei por isso...
Eu pedi pra parar um show mais cedo no final do ano passado, porque o publico tava interessado mais no som mecânico saindo dos carros tunados, era um evento de Jeep Cross. Um grupinho de umas 20 pessoas estava curtindo o rock, mas muitos gritavam "chega" no final das musicas com cara feia Ri Muito

Felizmente o produtor nos pagou o cache integral, afinal o erro foi dele de contratar uma banda pro público errado.

por allexcosta Sex Jan 13, 2017 10:51 pm

Acho que é no disco "Tales" do Marcus Miller que alguém narra uma gig dessas onde os caras tocam sob a mira de armas. É algum músico famoso dizendo que os caras falaram que se a banda não os fizesse dançar eles levariam tiros e que eles nunca suingaram tanto na vida.

Esse tipo de coisa era relativamente comum no passado mas ainda rola. Acho que muitos de vocês nunca fizeram gig de inferninho. Já fiz São João que tinha dois microfones, um pro canário e um pendurado no teto pra batera e percussão. O resto em algum equipo ciclotron. O lugar era um prostíbulo de beira de estrada na cidade de Serrinha/BA. Era pra gente tocar 4 horas, terminamos tocando umas 6. Depois da gig acenderam uma fogueira no quintal e assaram um bode pra gente. E os caras ainda olham com aquela cara de "dê graças a Deus que tem um bode". O buzu não apareceu, hotel nem pensar. Esperar de manhã pra dar um jeito de ir pra rodoviária e voltar pra Salvador.

Vixe, tenho muita história dessas. É que dá preguiça de escrever.

por Coder Sex Jan 13, 2017 10:58 pm

^ Suas histórias dariam um bom livro, na boa...

por allexcosta Sex Jan 13, 2017 11:18 pm

Outra anedota que talvez alguém ache interessante:

Em Salvador nos anos 80 existiam umas gangs sazonais conhecidas como "os malhado".

Naquela época, você comprava durateston, deca e hemogenin em qualquer farmácia bem baratinho. Esses caras eram pessoas normais, muitas vezes trabalhadores, outras vagabundos, mas que viviam suas vidas durante o ano e se preparavam pra brigar no carnaval.

Cada bairro tinha seu grupo de malhados e algumas rivalidades eram conhecidas, como Tororó x Garcia.

O ponto preferido de encontro era o Relógio de São Pedro/Praça da Piedade. De cima do trio a gente via uns 80 cara gigante vindo de um lado e outros 90 ou 100 vindo de outro. Quando se encontravam era tipo um evento do coliseu romano. Chute, soco, pedrada, cadeirada, etc... E quem estivesse perto levava também. Vi um cara tomar uma facada na testa e continuar brigando com a faca cravada lá. Vez em quando morria um. A polícia chegava descendo a marreta.

Quem é de Salvador e é pré-histórico lembra. Durante alguns anos a música estopim era "seu moço" da Amelinha. Depois alguma mais rápida do Chiclete.

Certa feita o puliça deu um tiro pra cima pra dispersar e nosso canário sentiu a brisa do projétil passando.

Enfim, histórias.

por arturbmallmann Sáb Jan 14, 2017 1:22 am

Histórias Bizarras da Estrada dariam um bom tópico!! A minha não tem violência, mas já que a coisa desandou hahaha:

O meu caso mais curioso foi um baile de casamento em uma aldeia indígena. Acho que nunca montamos os equipamentos com tanta gente assistindo curiosamente. Mal começamos o baile e já tinha gente espalhada pelos cantos dormindo no chão. Quando terminamos, na hora do acerto, o pai da noiva que iria pagar o restante do cachê da banda desapareceu. O cacique, como um bom chefe, prometeu que iria nos ajudar a resolver o problema, e se necessário amararia o 'meliante' no Cepo(sistema muito mais eficaz que a nossa justiça rsrsrs)!! Pra completar tivemos problemas mecânicos com nosso ônibus: cuíca do maldito estragou. Ficamos todos nós até a metade da tarde do dia seguinte ao baile esperando uma van vir nos buscar...

Com certeza foi um episódio que jamais sairá de nossas cabeças, tanto pelo choque cultural, quanto por tudo oque aconteceu. No início, seria hipocrisia dizer que não, estranhamos muito o ambiente, um certo medo do que não conhecia. No fim já estávamos habituados, principalmente depois de almoçar na casa de uma família. Foi muito interessante conhecer uma realidade completamente diferente. Apesar do vacilo do pai da noiva fomos bem tratados e com certeza eu voltaria para lá a qualquer hora.

por Mauricio Luiz Bertola Sáb Jan 14, 2017 9:22 am

Acho que o Allex devería sim escrever um livro com suas aventuras... Ia ser "best seller"
Muita gente já me disse isso também, mas, como já estou em trabalho de pesquisa e lecionando, não tenho como...
Very Happy

por allexcosta Sáb Jan 14, 2017 11:39 am

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ia ser "best seller"

Ia nada.

por Mauricio Luiz Bertola Sáb Jan 14, 2017 11:54 am

allexcosta escreveu:
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ia ser "best seller"

Ia nada.

Ía sim... Basta você inserir no meio das suas aventuras "lições" de auto-ajuda, "espiritualidade", e um ou outro romancezinho que tu ía faturar....
Laughing

por allexcosta Sáb Jan 14, 2017 11:56 am

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ía sim... Basta você inserir no meio das suas aventuras "lições" de auto-ajuda, "espiritualidade", e um ou outro romancezinho que tu ía faturar...

E um triangulozinho amoroso de uma guria de 16 anos com dois carinhas afeminados que brilham ao sol.

Dá pra mim não.

por rodsom Sáb Jan 14, 2017 12:03 pm

Essa história do ônibus quebrado me fez lembrar duma vez que eu fui tocar num baile de réveillon e no dia seguinte voltando pro Araxá véio, uma piscina ja me esperando e a van que a gente tava perdeu o freio. Como eu era o único mecânico da turma, sobrou pra mim.
Fiquei quase duas horas debaixo de sol fazendo gambiarra no freio com ferramenta improvisada e material mais improvisado ainda (abridor de latinha, arame de cerca, etc) consegui resolver e fomo embora. pelo menos deu tempo de pegar um restinho da piscina. Tenho muita história na estrada, maioria carro estragado ou sem gasolina.

por Mauricio Luiz Bertola Sáb Jan 14, 2017 12:45 pm

allexcosta escreveu:
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Ía sim... Basta você inserir no meio das suas aventuras "lições" de auto-ajuda, "espiritualidade", e um ou outro romancezinho que tu ía faturar...

E um triangulozinho amoroso de uma guria de 16 anos com dois carinhas afeminados que brilham ao sol.

Dá pra mim não.

Menos Sr. Allex... menos...
Laughing

por Claudio Dom Jan 15, 2017 9:28 pm

Mauricio Luiz Bertola escreveu:
allexcosta escreveu:
Mauricio Luiz Bertola escreveu:borderô

Depois dessa nem se tu quisesse mentir a idade conseguia.

Algo estranho aqui...

Borderô é aquela planilha que a casa envia pro produtor da banda no final do show informando de maneira discriminativa o quanto foi arrecadado com o show. É o ato de "Fechar o Borderô". Pode ser uma expressão antiga, mas aqui no Rio é bastante utilizada!

Quando você insere especificações de equipamentos no mapa de palco, chamamos de Ride. Quando o produtor da casa ou técnico de som querem saber sobre equipamentos específicos da banda, eles perguntam "qual é o Ride da banda".

por arturbmallmann Dom Jan 15, 2017 10:37 pm

Ride já ouvi, borderô nem imaginava oque era.

por Rico Seg Jan 16, 2017 7:04 am

Pô... Borderô é comum. Mexo com isso o tempo inteiro.

E holerite? Todo mundo conhece, né?

por allexcosta Seg Jan 16, 2017 7:53 am

Rico escreveu:E holerite? Todo mundo conhece, né?

Na verdade não. Tem lugar que é contra-cheque.

Mas não quer dizer que holerite é antigo, só não é usado por todo mundo.

E "borderô" é isso que o Cláudio escreveu mesmo. Tanto tempo que eu não ouvia que nem lembrava direito.

O conjunto de exigências da banda mais o "input list" e o mapa de palco formariam o "rider", que seria tudo que a banda considera necessário para trabalhar e se apresentar de maneira satisfatória.

Chato é quando seu rider diz "amp GK800RB ou equivalente" e você chega lá tem um Meteoro.

por Coder Seg Jan 16, 2017 9:09 am

allexcosta escreveu:rider diz "amp GK800RB ou equivalente" e você chega lá tem um Meteoro.

Porque eles sabem que a grande maioria não possui contratos que prevê o cancelamento em caso de não conformidade. Duvido o contratante iria colocar um meteoro para uma banda mais "chatinha" e ter o evento cancelado, ressarcir os ingressos, etc...

IMO, riderlist para banda amadora (sem contrato) é perda de tempo. Ninguém respeita, toca com o que tiver e acabou...

Já as bandas famosas, sempre tem uma observação para entrar em contato com fulano caso não puder dispor de tal equipamento. Mas aí é trocas como: Ah, e empresa de sonorização não tenho um GK X, pode ser um Hartke Y ou um Ampeg Z?

por allexcosta Seg Jan 16, 2017 9:17 am

^ Já aconteceu com banda famosa. Contratante até se queima pra próxima, mas você termina tocando.

por Coder Seg Jan 16, 2017 9:19 am

Que mancada... Fazer o que né!

por arturbmallmann Seg Jan 16, 2017 9:46 am

Este fim de semana mesmo me deparei um meteoro qx200. Pensa num trem baleado, volume em 1/3 e já não dava conta. Saturação na entrada, na saída, quanto mais tempo ligado mais piorava o som. Foi f*** kkkk

por Coder Seg Jan 16, 2017 10:03 am

^ Meteoro é nojento.

por Mauricio Luiz Bertola Seg Jan 16, 2017 10:04 am

^ Ontem toquei em um bar de São Gonçalo com as condições toscas de sempre...
O amp era um Merdeoro RX100.... Mad

Som emboladão, os efeitos sumiam na massa de graves e, para conseguir volume audível tive que colocar o volume em 2/3...

Borderô é muito usado aqui no RJ. Aqui também se usa contra-cheque, holerite é em Sampa...

por Willian Casagrande Seg Jan 16, 2017 10:55 am

Fiz um rider dia desses e nem mapa de palco mandei. Geralmente, isso não tem a mínima importância nos locais onde toco, que são mais underground. Cê toca do jeito que o negócio está e boa. Só não faltando coisas pra cada um, tá bom.
Solicitei um head + caixa, pelo menos, mas sempre espero um Staner.

por Stormbringer Seg Jan 16, 2017 11:51 am

^esperar um staner, mas estar preparado pra um merdeoro demolidor FWB 20
Ri Muito

por Willian Casagrande Seg Jan 16, 2017 11:56 am

^ Hahaha
Então, "Merdeoro" espero que não venha. Uma amiga minha é que tá produzindo. Vai dar briga! argue

por Coder Seg Jan 16, 2017 12:53 pm

É capaz que ainda tenha um meteoro de guitarra...

por Breno_Barnabe Seg Jan 16, 2017 1:03 pm

Ou uma dessa Multi-uso da Irmãos Vitale (já fui obrigado a usar uma dessas no baixo).

Baixo em linha - como conseguir o timbre que queremos no P.A.? - Página 2 S_439811-MLB20664542555_042016-Y

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por allexcosta Seg Jan 16, 2017 1:05 pm

^ Hahahaha...

Vitale nunca usei, mas já usei Mikasim.

por Mauricio Luiz Bertola Seg Jan 16, 2017 1:24 pm

Breno_Barnabe escreveu:Ou uma dessa Multi-uso da Irmãos Vitale (já fui obrigado a usar uma dessas no baixo).

Isso aí é de guitarra!
A 1ª banda que toquei, com um colega do CMRJ e seu irmão, a gente plugava nesse amp aí... Laughing

Mikassim é horrível!!! puke

por Mauricio Luiz Bertola Seg Jan 16, 2017 1:26 pm

Coder escreveu:É capaz que ainda tenha um meteoro de guitarra...

Nessa "gig" de ontem tinha dois merdeoros (baixo e guitarra) e um Borne, que é bem melhor que merdeoro...

por allexcosta Seg Jan 16, 2017 1:27 pm

^ Ah tá, não achei foto porque é com dois "s".

Era um desses demônios aqui:

Baixo em linha - como conseguir o timbre que queremos no P.A.? - Página 2 Amplificador-mikassim-copia-do-u-65g-giannini-D_NQ_NP_17253-MLB20135167354_072014-F

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