Baixo vindo dos EUA por Avião - despachar ou arriscar bagagem de mão?

Buenas amigos, sei que esse já foi um tema discutido algumas vezes aqui no fórum mas como minha situação é um pouco diferente ainda tenho algumas dúvidas. Se estou criando o tópico no lugar errado peço aos moderadores que movam para a área correta.

Tenho um amigão Brasileiro que também é músico e que mora legalmente com Green Card em Los Angeles e que vem ao Brasil uma vez por ano. Final de Março/Início de Abril de 2019 ele pretende aterrizar em terras tupiniquins.
Ele sempre traz consigo um semi-case da MONO que há dois compartimentos para transportar duas guitarras dentro, e que ele carrega como bagagem de mão e deixa no compartimento de bagagens acima dos assentos.

Pois bem, a situação é a seguinte, eu estou muito afim de efetuar a compra de um baixo e mandar entregar no endereço dele para ele me trazer quando vier. Já conversamos e ele disse que traz pra mim sem problema algum.
Porém os baixos que estou namorando são um Fender Precision Classic Series Lacquer e um Epiphone Thunderbird Classic IV Pro, ambos com case. Ainda não decidi qual pegarei.

Minhas dúvidas são:
1 - Se colocar o baixo num bag comum, será que ele consegue trazer dentro do avião e pedir para uma comissária guardar no closet de tripulantes (como já li em alguns relatos aqui no fórum) mesmo já estando trazendo seu bag com as guitarras? Ou vocês recomendam proteger bem o case e despachar?
2 - Quando ele desembarcar no Brasil, é possível que a fiscalização aduaneira queira cobrar algum tipo de tributo pelo baixo mesmo ele morando legalmente lá e alegar que é para o próprio uso por ser músico?

Desde já agradeço e conto com as respostas dos experientes nesse tipo de assunto e situacão. Abraços

1 - Normalmente eles negam, aí você cria uma mini-confusão, aí resolve.

2 - Sim, é possível. Vai do critério do agente. Tirando adesivos e não ficando óbvio que é novo e apresentando carteira de músico, normalmente não dá nada. O status imigratório dele não tem influência no caso.

allexcosta escreveu:1 - Normalmente eles negam, aí você cria uma mini-confusão, aí resolve.

2 - Sim, é possível. Vai do critério do agente. Tirando adesivos e não ficando óbvio que é novo e apresentando carteira de músico, normalmente não dá nada. O status imigratório dele não tem influência no caso.

E mesmo criando uma mini-confusão, há a possibilidade dos comissários se recusarem de achar um espaço para guardar o instrumento e fazer-se necessário o despacho?

O instrumento será comprado no nome dele lá nos EUA e parcelado, que é para ajudar no crédito pessoal dele por lá. Se ele apresentar a nota fiscal, ele é obrigado a pagar algum tipo de tributo só pelo fato de estar trazendo o instrumento pra cá?

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Ian Freitas escreveu:E mesmo criando uma mini-confusão, há a possibilidade dos comissários se recusarem de achar um espaço para guardar o instrumento e fazer-se necessário o despacho?

Existe sim, até porque fere as normas de dimensão de todas as empresas. Nunca aconteceu comigo, mas conheço gente que já passou por isso. Melhor seria desmontar e trazer numa mala.

Ian Freitas escreveu:O instrumento será comprado no nome dele lá nos EUA e parcelado, que é para ajudar no crédito pessoal dele por lá. Se ele apresentar a nota fiscal, ele é obrigado a pagar algum tipo de tributo só pelo fato de estar trazendo o instrumento pra cá?

Apresentar nota recente significa que é novo e os caras podem querer taxar. Melhor estratégia é "sou músico e esses são meus instrumentos". Ponto final.

allexcosta escreveu:Existe sim, até porque fere as normas de dimensão de todas as empresas. Nunca aconteceu comigo, mas conheço gente que já passou por isso. Melhor seria desmontar e trazer numa mala.

Mas e se eu optar pelo T-Bird que tem o braço colado? Aí o jeito é proteger bem o case dele tanto internamente quanto externamente e despachar?
O Fender até que rola desmontar, mas também possui case...

Enviado pelo Topic'it

Um super casulo de plástico bolha e fita é o mais garantido. Ou um ATA case... Case tipo SKB ou Fender geralmente não aguentam o abuso, a não ser que faça um bom casulo pra ele também.

Trouxe um de NYC uma vez, pela American, dentro de um bag. No avião arrumaram um espaço no armário da primeira classe. Em Guarulhos me interceptaram, disse que era músico e pronto. Cada cia aérea tem uma política. Na TAM, já no Brasil, coube no maleiro em cima do assento, já que eram integrados entre si. Se fossem separados, teria que resolver com a aeromoça.

Muito transtorno carregar um baixo, ainda mais num case. Quando trouxe meu Jazz Bass desmontei ele, coloquei o corpo numa mala e o braço noutra, no meio de roupas e tal. As malas ainda congelaram no transporte até o aeroporto, mas o baixo está forte e firme até hoje. Não abriram as malas e não tributaram...

É legal perguntar qual a aeronave e as dimensões do bin.

Se couber lá em cima, dificilmente eles enchem o saco.

allexcosta escreveu:É legal perguntar qual a aeronave e as dimensões do bin.

Se couber lá em cima, dificilmente eles enchem o saco.

O problema é que meu amigo já traz o semi-case/bag MONO com duas guitas que já cabem nesse compartimento de bagagens bin. Acho difícil colocar também um baixo por cima (que até sozinho já seria mais complicado por ser maior que a guitarra que cabe perfeitamente e no limite).
Acho que o jeito é tentar se antecipar em tudo, tentar chegar com bastante antecedência no check-in e ser um dos primeiros a entrar no avião e conversar humildemente com alguma aeromoça e pedir pra guardar em algum lugar.
Mas caso for despachar com case, tem que pagar algum valor? Excesso de bagagem?

Enviado pelo Topic'it

Tem bin que cabe baixo, tem bin que não cabe.

Paga excesso se tiver excesso. Internacional acho que são 2 volumes de até 32kg ou algo assim. Pelo menos era...

Se o voo for em boeing não cabe baixo no bagageiro dos assentos, experiência própria duas vezes peguei boeing 777 e tive "problemas".

Em dezembro voei pro brasil com baixo dei esse azar, por sorte estava sentado no fundo e a aeromoça deixou eu colocar no bagageiro dos tripulantes que cabia, uma portinha que cabia ele de pé. Se for em aerobus, cabe. Sempre viajei com instrumentos. Na ultima vez me cobraram 62 dólares para levar na cabine, era empresa lowcost do México, já sabia do preço. Nunca tive problemas em viajar com instrumentos, mas tb sempre tento não abusar, era o instrumento e uma mochila sempre.


Uma vez vindo pro Brasil, ia passar uns dois meses, trouxe dois baixos em um semicase duplo e uma mala de mão, voo da united, embarquei no México sem problemas, na conexão em miami a senhora do portão encrencou comigo, disse que eu teria que despachar a mala ou os baixos, fez um cena dizendo que na hora do embarque eu seria obrigado a despachar, eu comecei a tirar os documentos da mala e colocar no bag pq eu não iria despachar os baixos, ela não sabia que eram dois o bag é mais fino que o meu gator de 1 baixo. Na hora do embarque vejo que um cara ta com um violão e uma mala de mão igual a minha, se ele passasse eu ia fazer a minha cena. Ele passou, chegou minha vez a senhora fingiu que não me viu e eu passei. O voo era em boeing, por sorte não estava lotado o comissário de bordo brasileiro, disse que não ia caber no bagageiro, pediu pra deixar com ele que ele iria guardar na primeira classe. Sim meus baixos foram de primeira classe e eu de econômica. Final do vôo ele buscou meus bag/semicase e me entregou na porta.

Nesse vôo além disso, me pararam na receita federal, abriram meus baixos, fizeram varias perguntas, mas expliquei que morava no México e os baixos eram meus, meu azar foi ter vindo num voo de miami cheio de de gente com 50 malas tamanho XXL e todos no "nada a declarar" e lógico que eles resolveram me parar pq chamei mais "atenção" do que tiazinha muambeira que não conseguia carregar o carrinho com 5 malas gigantes e sozinha...

Eu ja trouxe 3 guitarras Gibsons em voos da europa pra ca, cada uma em viagens diferentes.
sempre trouxe com o case dentro do avião, sem despachar, e ainda passei aquele protect bag por fora do case para nao danifica-lo. em 2 voos as aeromoças da KLM acondicionaram em um armario especial o case, em outro veio em cima mesmo.
sobre taxação. em uma delas (a primeira) eu paguei tributo, porque fiquei com medo e declarei. nas outras duas eu passei batido. fizeram vista grossa.

Nada a ver mas acho engraçado vocês chamarem de aeromoça. Aqui dizemos hospedeira de bordo, somos mesmo complicados. ahahah

Rui Lima escreveu:Nada a ver mas acho engraçado vocês chamarem de aeromoça. Aqui dizemos hospedeira de bordo, somos mesmo complicados. ahahah

"Aeromoça" é um pouco antigo e é pouco usado hoje em dia. O mais comum é "comissária de bordo".

A palavra "hospedeiro" pra gente está mais ligado a vírus, bactérias e parasitas.

Uma amiga minha é comissária de bordo. Ela me falou que se quiser pegar inimizade com elas durante um vôo é só chamar de "aeromoça". hehehe

Tópico muito interessante. Cada um tem uma experiência diferente sobre o assunto e realmente não existe consenso nenhum nisso.

allexcosta escreveu:

Rui Lima escreveu:Nada a ver mas acho engraçado vocês chamarem de aeromoça. Aqui dizemos hospedeira de bordo, somos mesmo complicados. ahahah

"Aeromoça" é um pouco antigo e é pouco usado hoje em dia. O mais comum é "comissária de bordo".

A palavra "hospedeiro" pra gente está mais ligado a vírus, bactérias e parasitas.

OFF: Antigamente, em uma empresa de transporte rodoviário interestadual daqui tinha "rodomoças".

fheliojr escreveu:OFF: Antigamente, em uma empresa de transporte rodoviário interestadual daqui tinha "rodomoças".

Algumas empresas voltaram a oferecer esse serviço em viagens mais longas. Acho que o nome "oficial" também é comissária de bordo.

Eu nunca dei sorte. Trouxe instrumentos duas vezes, ambas pela TAM.
Da primeira, um Fender Jazz Bass no case Fender. Passou 2cm do tamanho máximo permitido, me cobraram 150 dólares pelo despacho, mesmo arrumando mini-confusão.

Da segunda foi pior, pois já sabendo disso, comprei uma guitarra e trouxe no bag, tranquilo que ia pra cabine.... nada feito, nem com média confusão consegui subir. Fotografei o instrumento em cada detalhe e ameacei processao-los por qualquer dano, mas mesmo no Bag a guitarra chegou inteira , não sei como. Nesse mesmo voo, dois guichês ao lado, outro brasileiro passava pelo mesmo problema, com um violão.... pelo menos pela TAM, eu não arrisco mais de tentar subir, melhor já levar o instrumento preparado para o bagageiro.

EduBh1978 escreveu:...mas mesmo no Bag a guitarra chegou inteira , não sei como...

Acho que vc já esgotou sua quota de sorte nesta encarnação.

vcrz escreveu:Se o voo for em boeing não cabe baixo no bagageiro dos assentos

Eu acho que não é assim tão relacionado ao fabricante.

Lembro de ter viajado em uns 737-300 que cabia e outros que não cabia.

É muito de sorte mesmo. Lembro de uma vez que o cara ficou invocado com a pilha dentro de um baixo ativo. Perguntou umas duas vezes, eu expliquei sobre o circuito ativo e ele me dizia que isso era muito raro e eu dizia que não. Ele passou um pano em mim e no baixo/case e colocou dentro de um detector de traços de explosivo e então me liberou com o instrumento. Pra entrar no avião ninguém falou nada e coloquei no bin.

Tem dia que tudo parece tranquilo até a moça ver você entrando e te diz "isso vai ter que ir lá embaixo" ao que você responde "não tem como" e a mini-confusão começa. Eu já começo a conversa dizendo que o instrumento vale 20.000 dólares e é uma peça de coleção. Nunca me levou mais de 5 minutos pra resolver e nunca foi lá embaixo.

Também já trouxe instrumentos para o Brasil e nunca fui parado na alfândega. Mas:

- Sempre trouxe os baixos em cases bem resistentes e sempre despachados.

Os cases sempre chegaram rasgados e uma vez inclusive consegui fotografar o meu baixo pela janela do terminal sendo carregado no bagageiro do avião e tinha umas 8 malas gigantes em cima dele que estava no final da pilha no carrinho de transporte de malas. Doeu ver aquilo, mas como o baixo estava envolto em roupas e o case era bem resistente, o baixo chegou perfeito.

- Sempre trouxe guitarras em bags e se não cabiam no bagageiro superior eu chamava a comissária de voo e pedia para guardar, o que faziam sem problemas. Mas sempre subia no avião com apenas o bag e nada mais. Já presenciei gente sendo impedida de embarcar pois tinha 2 volumes como bagagem de mão. Também já vi gente subindo com mochila grande nas costas e uma mala de mão sem problemas...

Uma vez fui um dos últimos a subir (não havia opção de janela, que são os que entram primeiro e optei por poltrona no corredor). Estava apenas com uma mochila de viagem pequena com lap top dentro e não havia espaço nos bagageiros que já estavam lotados. Por azar estava na fileira mais larga o que me impedia de reclinar o banco e era rota de fuga de saída de emergência.
Falei com uma comissária que simplesmente respondeu para eu ver outros bagageiros mais longe. Mas mesmo assim, não existia lugar.
Dai coloquei a mochila em baixo do banco (pois era pequena). Veio a comissária e informou que era proibido, pois era fileira de saída de emergência, o que eu já sabia.
Dai fiquei com a mochila no colo e outra comissária veio reclamar dizendo que era proibido viajar com a mochila no colo. Respondi que sabia disso, mas não tinha lugar. Dai ela pediu para eu procurar lugar em outro bagageiro mais longe do meu lugar, o que eu já tinha feito. Expliquei-lhe e ela até começou a tentar achar lugar, mas não conseguiu...
Resultado, eu coloquei a mochila debaixo do banco, essa comissária fez vista grossa e foi embora.
Dai outra comissária passou e pediu para eu tirar...
Enfim o processo de minha mochila passar parte do tempo no meu colo e embaixo do banco se repetiu umas 20 vezes durante a viagem... Sem exagero...

Se fosse uma guitarra estaria frito.

Portanto a dica é:
consiga uma poltrona de janela (que são os primeiros a entrar) e não terá problemas. Mas se será um amigo a trazer, e ainda por cima já vai trazer um bag duplo com guitarras como bagagem de mão, eu compraria o case mais resistente possível e pediria para ser despachado.

Se por acaso no voo não tiver mais poltrona de janela, veja se pelo menos sua fileira não é a fileira da saída de emergência, pois por pior que seja, você ainda pode colocar a guitarra no chão...

A minha dica é:
Seja um dos primeiros a entrar (dentro do seu grupo)
Acomode o baixo sente... E espere. Vai ter os desesperados que vão jogar coisas em cima etc. Agora com essa moda de cobrar bagagem no mundo todo, quem chega por último despacha as malas. Tenho viajado muito e é batata, os últimos despacham as malas na porta do avião.

rafacar escreveu:Muito transtorno carregar um baixo, ainda mais num case. Quando trouxe meu Jazz Bass desmontei ele, coloquei o corpo numa mala e o braço noutra, no meio de roupas e tal. As malas ainda congelaram no transporte até o aeroporto, mas o baixo está forte e firme até hoje. Não abriram as malas e não tributaram...

E aí pessoal. Sou novo por aqui.
Mês que vem, vou fazer uma viagem para os EUA e, com base no orçamento disponivel, estou pensando em trazer um Fender jazz bass da série player.
Pelas dicas que li aqui no tópico, acho que vou desmontar e trazer dentro da mala. É pela TAM...
A pergunta é a seguinte: é tranquilo para desmontar / remontar? Algum cuidado especial?
Valeu!!