Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Há uma relação direta entre o vídeo de hoje do Paulo Ghiraldelli e a matéria da Folha (os dois links abaixo). Alguns veem apenas "coincidência", mas quem acompanhou de perto a "técnica" investigativa e judiciária do pessoal durante a ditadura, sabe bem como funciona isso aí e, creio, vai concordar com o Ghiraldelli...
O QUE MORO TRAMA COM BOLSONARO?
Filosofo Paulo Ghiraldelli
Publicado em 25 de mar de 2019
https://www.youtube.com/watch?v=9_byePt-oPc
LAVA JATO "VIRA A PÁGINA" SOBRE PAULO PRETO E MIRA METRÔ E PARENTES DE LULA
Força-tarefa também investiga repasses a Alexandre Padilha (PT) e Gilberto Kassab (PSD)
José Marques - UOL 25 de mar de 2019
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/03/lava-jato-de-sp-vira-a-pagina-sobre-paulo-preto-e-mira-metro-e-parentes-de-lula.shtml
O QUE MORO TRAMA COM BOLSONARO?
Filosofo Paulo Ghiraldelli
Publicado em 25 de mar de 2019
https://www.youtube.com/watch?v=9_byePt-oPc
LAVA JATO "VIRA A PÁGINA" SOBRE PAULO PRETO E MIRA METRÔ E PARENTES DE LULA
Força-tarefa também investiga repasses a Alexandre Padilha (PT) e Gilberto Kassab (PSD)
José Marques - UOL 25 de mar de 2019
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/03/lava-jato-de-sp-vira-a-pagina-sobre-paulo-preto-e-mira-metro-e-parentes-de-lula.shtml
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Apenas algumas manchetes DE HOJE (!) :
Guedes desiste de ir a audiência na Câmara sobre reforma da Previdência
UOL – Brasilia – 11:29h
Delegado Waldir: Nem o PSL está convencido sobre reforma da Previdência
Camila Turtelli e Renato Onofre Brasília 25/03/2019 19h00 – UOL
Procura-se um presidente - O presidente Jair Bolsonaro não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também nos vizinhos
O Estado de S.Paulo - 26 de março de 2019 | 03h00
Bolsonaro flerta com o desastre - Presidente avança célere para o isolamento a bordo de um projeto de ruptura
José Casado - O GLOBO - 26/03/2019
E, finalmente:
Em meio à crise, Bolsonaro vai ao cinema ver filme sobre 'milagre da fé'
'Um filme totalmente inclusivo, um cinema cheio de surdos', disse Damares Alves, que acompanhou o presidente e a primeira-dama na sessão
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo - 26 de março de 2019 | 11h24
Jura por Deus que alguém ainda acha que isso aqui vai dar certo, lá na frente ?!
Guedes desiste de ir a audiência na Câmara sobre reforma da Previdência
UOL – Brasilia – 11:29h
Delegado Waldir: Nem o PSL está convencido sobre reforma da Previdência
Camila Turtelli e Renato Onofre Brasília 25/03/2019 19h00 – UOL
Procura-se um presidente - O presidente Jair Bolsonaro não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também nos vizinhos
O Estado de S.Paulo - 26 de março de 2019 | 03h00
Bolsonaro flerta com o desastre - Presidente avança célere para o isolamento a bordo de um projeto de ruptura
José Casado - O GLOBO - 26/03/2019
E, finalmente:
Em meio à crise, Bolsonaro vai ao cinema ver filme sobre 'milagre da fé'
'Um filme totalmente inclusivo, um cinema cheio de surdos', disse Damares Alves, que acompanhou o presidente e a primeira-dama na sessão
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo - 26 de março de 2019 | 11h24
Jura por Deus que alguém ainda acha que isso aqui vai dar certo, lá na frente ?!
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^
A coisa tá feia mesmo...
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JAZZigo- FCBR-CT
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Editorial Estadão, 26/03/2019
peter.forc escreveu:Procura-se um presidente - O presidente Jair Bolsonaro não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também nos vizinhos
O Estado de S.Paulo - 26 de março de 2019 | 03h00
Procura-se um presidente
O presidente Jair Bolsonaro não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também nos vizinhos
Notas e Informações, O Estado de S.Paulo
26 de março de 2019 | 03h00
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,procura-se-um-presidente,70002767978
O presidente da República, Jair Bolsonaro, não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também em países vizinhos. Em recente visita ao Chile, Bolsonaro minimizou a ditadura do general Augusto Pinochet, ao dizer que “tem muita gente que gosta, outros que não gostam”, deixando ao presidente chileno, Sebastián Piñera, a tarefa de lidar com a péssima repercussão interna dessa e de outras declarações desastradas da comitiva brasileira. Dias antes, ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, Bolsonaro elogiou o “nosso general Alfredo Stroessner”, ditador que não foi nosso – foi deles, entre 1954 e 1989. Segundo o presidente brasileiro, Stroessner foi um “homem de visão, um estadista”.
Todos sabem, há muito tempo, quais são as opiniões do sr. Jair Bolsonaro a respeito das ditaduras militares latino-americanas. Quando deputado federal, Bolsonaro sempre foi notório defensor desses regimes, inclusive do recurso destes à tortura. Na condição de presidente da República, no entanto, Bolsonaro deveria saber que suas palavras adquirem enorme peso institucional, pois ele representa o Brasil no exterior, razão pela qual deveria guardar para si suas opiniões sobre ditadores e ditaduras em nações vizinhas, tema que naturalmente causa desconforto nesses países – ainda mais quando trazido à tona por autoridades brasileiras.
Esses episódios de incontinência verbal do sr. Jair Bolsonaro reiteram a impressão, cada dia mais próxima da certeza, de que o ex-deputado federal ainda não assumiu de fato a Presidência da República. Se tivesse assumido, Bolsonaro falaria como chefe de Estado – que engloba o conjunto dos brasileiros e da administração pública – e não como mero representante de seus eleitores. A cada dia que passa, Bolsonaro, sob as vestes extravagantes da “nova política” – como os chinelos e a camisa falsificada de time de futebol que o presidente usou numa reunião ministerial –, continua a agir como deputado do baixo clero.
Assim, sem entender qual é natureza da função para a qual foi escolhido pela maioria dos eleitores no ano passado, o sr. Bolsonaro drena as energias do País ao concentrar-se em temas de pouca relevância, mas com potencial de causar tumulto. O Estado noticiou, por exemplo, que o presidente está estimulando os militares a comemorar o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964. Tal iniciativa certamente trará grande satisfação para o eleitorado mais radical de Bolsonaro, mas pode criar desnecessário e inoportuno embaraço no momento em que o País precisa de união para aprovar duras reformas.
Ocupado com questiúnculas que fazem a alegria de sua militância, o sr. Jair Bolsonaro parece ter abdicado de governar para todos. Os problemas avolumam-se de forma preocupante – já se fala até de uma nova paralisação de caminhoneiros – e o presidente mostra-se alheio a eles, movendo-se ao sabor das redes sociais como se disso derivasse sua força e não sua fraqueza, como de fato acontece.
Segundo sua concepção de “nova política”, Bolsonaro não demonstra nenhum interesse em construir uma base parlamentar sólida o bastante para aprovar nem mesmo projetos simples, que dirá reformas complexas, como a da Previdência. Parece acreditar que, simbolizando a redenção do Brasil depois do flagelo lulopetista, todas as suas vontades serão convertidas em lei pelo Congresso, sem necessidade de negociação. Incorre, assim, numa arrogância sem limites, como quando foi cobrado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a buscar votos para aprovar a reforma da Previdência, e respondeu que “a bola está com ele (Rodrigo Maia), eu já fiz minha parte, entreguei (o projeto da reforma)”. Das duas, uma: ou Bolsonaro acredita ser um mero despachante de projetos de lei, e não um líder político, ou, o que é mais provável, ele crê que deputados e senadores devem aprovar seus projetos porque, se não o fizerem, estarão atuando contra o Brasil, que está “acima de tudo”, e contra Deus, que está “acima de todos”. E ele, afinal, está onde?
Seja como for, a deliberada desorganização política do governo, causada por um presidente cada vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e institucionais, tem o potencial de agravar a crise, levando-a a patamares muito perigosos – e talvez seja isso mesmo o que muita gente quer.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
A propósito ontem morreu um vereador do Rio assassinado e não vi ninguém lamentando por aqui...
https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/03/24/vereador-de-japeri-e-assassinado-na-regiao-metropolitana-do-rj.ghtml
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Homem dá nada morrer.
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Coder- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Coder escreveu:^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Quando isso acontece normalmente deixa de ser homem kkkk....
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não é verdade! O crime em questão não foi político.
O crime da Marielle repercutiu por ter sido um crime contra a democracia.
Em todo caso, quem quiser protestar proteste, quem quiser ir às ruas vá. Me contem o que voces que ficaram tão indignados com essa morte fizeram.
O crime da Marielle repercutiu por ter sido um crime contra a democracia.
Em todo caso, quem quiser protestar proteste, quem quiser ir às ruas vá. Me contem o que voces que ficaram tão indignados com essa morte fizeram.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não entendi. Pode explicar melhor isso aqui?NETOULTRA escreveu:Coder escreveu:^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Quando isso acontece normalmente deixa de ser homem kkkk....
Talvez a moderação possa explicar o que o colega quis dizer com a frase acima.
Pode Allex??
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Não entendi. Pode explicar melhor isso aqui?NETOULTRA escreveu:Coder escreveu:^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Quando isso acontece normalmente deixa de ser homem kkkk....
Talvez a moderação possa explicar o que o colega quis dizer com a frase acima.
Pode Allex??
Entendeu sim, mas se quiser eu desenho
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Hum...NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:Não entendi. Pode explicar melhor isso aqui?NETOULTRA escreveu:Coder escreveu:^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Quando isso acontece normalmente deixa de ser homem kkkk....
Talvez a moderação possa explicar o que o colega quis dizer com a frase acima.
Pode Allex??
Entendeu sim, mas se quiser eu desenho
Deixa eu ver...
Esquerdista é tudo viado. É isso? Eu sou viado, o Bertola é viado, o Jazz e tantos outros aqui... Tudo viado.
Foi isso?
E macho é voce, que se esconde atrás de uma tela pra dizer isso?
Não que a minha sexualidade lhe diga respeito, mas se deu conta do quanto é ridiculo atacar a sexualidade das pessoas simplesmente porque você é intelectualmente incapaz de discutir com qualquer um aqui? Porque você não tem e nunca teve um argumento sólido, porque foi refutado todas as vezes que postou seu preconceito e ódio por aqui?
Eu esperava que a moderação mantivesse essa discussão em clima sadio, honestamente. Pessoas que não tem maturidade para conviver com opiniões diferentes não deveriam ter acesso a redes sociais.
Enfim...
Última edição por Rico em Ter Mar 26, 2019 9:36 pm, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Pode Allex??
Sei não, acho que não...
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Eu esperava que a moderação mantivesse essa discussão em clima sadio, honestamente. Pessoas que não tem maturidade para conviver com opiniões diferentes não deveriam ter acesso a redes sociais.
Calma, brother... O fato acabou de acontecer.
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Relax. Por mim nem precisa. Foi um momento. Desculpe.allexcosta escreveu:Rico escreveu:Eu esperava que a moderação mantivesse essa discussão em clima sadio, honestamente. Pessoas que não tem maturidade para conviver com opiniões diferentes não deveriam ter acesso a redes sociais.
Calma, brother... O fato acabou de acontecer.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Bem, mantendo o nível:
(Por Nelson Lima Neto)
A Defensoria Pública da União (DPU) ingressou na tarde de hoje, na 9ª Vara Federal Cível da Justiça Federal da 1ª Região, no Distrito Federal, com uma ação civil pública contra a União pela determinação do presidente Jair Bolsonaro de realizar as "comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe de 1964, que deu início à ditadura militar. A DPU pede que as Forças Armadas "se abstenham de levar a efeito qualquer evento em comemoração a implantação da ditadura no Brasil", proibindo especialmente o uso de recursos públicos, sob ameaça de multa.
Em sua petição, a DPU cita as consequências da ditadura, citando os relatórios da Comissão da Verdade do Brasil, que, entre maio de 2012 e dezembro de 2014, reuniram os depoimentos de vítimas da ditadura, os familiares de pessoas que desapareceram e foram mortas no período, comitês de memória, entidades de direitos, entre outras organizações, a respeito das violações do regime militar aos direitos humanos. A ação é assinada pelo defensor regional de Direitos Humanos da Defensoria Pública da União no Distrito Federal (DPU/DF), Alexandre Mendes Lima de Oliveira
Defensoria entra com ação contra determinação de Bolsonaro para 'celebrar' golpe de 1964
26/03/2019 18:45(Por Nelson Lima Neto)
A Defensoria Pública da União (DPU) ingressou na tarde de hoje, na 9ª Vara Federal Cível da Justiça Federal da 1ª Região, no Distrito Federal, com uma ação civil pública contra a União pela determinação do presidente Jair Bolsonaro de realizar as "comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe de 1964, que deu início à ditadura militar. A DPU pede que as Forças Armadas "se abstenham de levar a efeito qualquer evento em comemoração a implantação da ditadura no Brasil", proibindo especialmente o uso de recursos públicos, sob ameaça de multa.
Em sua petição, a DPU cita as consequências da ditadura, citando os relatórios da Comissão da Verdade do Brasil, que, entre maio de 2012 e dezembro de 2014, reuniram os depoimentos de vítimas da ditadura, os familiares de pessoas que desapareceram e foram mortas no período, comitês de memória, entidades de direitos, entre outras organizações, a respeito das violações do regime militar aos direitos humanos. A ação é assinada pelo defensor regional de Direitos Humanos da Defensoria Pública da União no Distrito Federal (DPU/DF), Alexandre Mendes Lima de Oliveira
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Hum...NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:Não entendi. Pode explicar melhor isso aqui?NETOULTRA escreveu:Coder escreveu:^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Quando isso acontece normalmente deixa de ser homem kkkk....
Talvez a moderação possa explicar o que o colega quis dizer com a frase acima.
Pode Allex??
Entendeu sim, mas se quiser eu desenho
Deixa eu ver...
Esquerdista é tudo viado. É isso? Eu sou viado, o Bertola é viado, o Jazz e tantos outros aqui... Tudo viado.
Foi isso?
E macho é voce, que se esconde atrás de uma tela pra dizer isso?
Não que a minha sexualidade lhe diga respeito, mas se deu conta do quanto é ridiculo atacar a sexualidade das pessoas simplesmente porque você é intelectualmente incapaz de discutir com qualquer um aqui? Porque você não tem e nunca teve um argumento sólido, porque foi refutado todas as vezes que postou seu preconceito e ódio por aqui?
Eu esperava que a moderação mantivesse essa discussão em clima sadio, honestamente. Pessoas que não tem maturidade para conviver com opiniões diferentes não deveriam ter acesso a redes sociais.
Enfim...
Chamar evangélico de idiota, burro, estúpido, alienado ok... Não te chamei de viado não brother agora se a carapuça lhe serve, Freud explica....
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Ache alguma postagem minha chamando evangélico de idiota, burro ou estupido.NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:Hum...NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:Não entendi. Pode explicar melhor isso aqui?NETOULTRA escreveu:Coder escreveu:^ Só se seguir a pauta da esquerda...
Quando isso acontece normalmente deixa de ser homem kkkk....
Talvez a moderação possa explicar o que o colega quis dizer com a frase acima.
Pode Allex??
Entendeu sim, mas se quiser eu desenho
Deixa eu ver...
Esquerdista é tudo viado. É isso? Eu sou viado, o Bertola é viado, o Jazz e tantos outros aqui... Tudo viado.
Foi isso?
E macho é voce, que se esconde atrás de uma tela pra dizer isso?
Não que a minha sexualidade lhe diga respeito, mas se deu conta do quanto é ridiculo atacar a sexualidade das pessoas simplesmente porque você é intelectualmente incapaz de discutir com qualquer um aqui? Porque você não tem e nunca teve um argumento sólido, porque foi refutado todas as vezes que postou seu preconceito e ódio por aqui?
Eu esperava que a moderação mantivesse essa discussão em clima sadio, honestamente. Pessoas que não tem maturidade para conviver com opiniões diferentes não deveriam ter acesso a redes sociais.
Enfim...
Chamar evangélico de idiota, burro, estúpido, alienado ok... Não te chamei de viado não brother agora se a carapuça lhe serve, Freud explica....
Quanto a chamar de viado ou do que quer que seja, sinceramente pouco me importa.
Mas você chamou. Só arregou no final, mas chamou. Quer que eu desenhe???
Sei lá... Um pouco de leitura não faz mal a ninguém.
Rico- Eterno Colaborador
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NETOULTRA- Membro
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NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
E onde eu debocho de evangélico aí???
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Para de falar m$%& brou. Minha filha é evangélica, meu irmão e minha cunhada eram...
Vai fazer umas aulas de interpretação de texto vai...
Vai fazer umas aulas de interpretação de texto vai...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Cês tão de boas aí?
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
E vou te contar um segredo: Mijair Bolsoasno e a Louca da goiabeira não representam a sociedade evangélica brasileira.
Não os resuma a isso. Não os ofenda!
Não os resuma a isso. Não os ofenda!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Por mim não há problema.allexcosta escreveu:Cês tão de boas aí?
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Por mim não há problema.allexcosta escreveu:Cês tão de boas aí?
Por mim Tb não, vou postar meu último quote...
"Eu realmente tenho total desprezo por esse "deus"...
Até porque ele é o deus de poucos. Não é do Deus das matrizes africanas, por exemplo. É um deus fascista, representado por políticos imorais, fantoches e escravos dos seus senhores poderosos.
por Rico
em Sex Jan 04, 2019 9:31 pm
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Tópico: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
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Mesmo vc desprezando esse Deus, tenho certeza q sua filha ora por vc toda Noite... Parei por aqui, abs....
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Cansei dos seus argumentos vazios.
Cara, se trata. Um cara cheio de preconceito e ódio falando de deus...
Se doeu porque seus ídolos são chacota em 4 meses de governo. Deve ser um novo recorde...
E um toque: quando falar alguma coisa, assuma! Fica feio isso!
E mais uma vez você não tem argumentos. Ô rotina...
Cara, se trata. Um cara cheio de preconceito e ódio falando de deus...
Se doeu porque seus ídolos são chacota em 4 meses de governo. Deve ser um novo recorde...
E um toque: quando falar alguma coisa, assuma! Fica feio isso!
E mais uma vez você não tem argumentos. Ô rotina...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Rico escreveu:Cansei dos seus argumentos vazios.
Cara, se trata. Um cara cheio de preconceito e ódio falando de deus...
Se doeu porque seus ídolos são chacota em 4 meses de governo. Deve ser um novo recorde...
E um toque: quando falar alguma coisa, assuma! Fica feio isso!
E mais uma vez você não tem argumentos. Ô rotina...
Desencana... Não vale a pena...
Apenas minha opinião.
peter.forc- Membro
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Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
2peter.forc escreveu:Rico escreveu:Cansei dos seus argumentos vazios.
Cara, se trata. Um cara cheio de preconceito e ódio falando de deus...
Se doeu porque seus ídolos são chacota em 4 meses de governo. Deve ser um novo recorde...
E um toque: quando falar alguma coisa, assuma! Fica feio isso!
E mais uma vez você não tem argumentos. Ô rotina...
Desencana... Não vale a pena...
Apenas minha opinião.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
3Mauricio Luiz Bertola escreveu:2peter.forc escreveu:Rico escreveu:Cansei dos seus argumentos vazios.
Cara, se trata. Um cara cheio de preconceito e ódio falando de deus...
Se doeu porque seus ídolos são chacota em 4 meses de governo. Deve ser um novo recorde...
E um toque: quando falar alguma coisa, assuma! Fica feio isso!
E mais uma vez você não tem argumentos. Ô rotina...
Desencana... Não vale a pena...
Apenas minha opinião.
Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Um minuto de comédia (rir para não chorar................)
José Simão: Viagem de Bolsonaro aos EUA vai promover o encontro dos twitteiros da 5º série
Rádio BandNews FM - Publicado em 18 de mar de 2019
https://www.youtube.com/watch?v=gBwr4-vWpg8
José Simão: Viagem de Bolsonaro aos EUA vai promover o encontro dos twitteiros da 5º série
Rádio BandNews FM - Publicado em 18 de mar de 2019
https://www.youtube.com/watch?v=gBwr4-vWpg8
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
4Raul S. escreveu:3Mauricio Luiz Bertola escreveu:2peter.forc escreveu:Rico escreveu:Cansei dos seus argumentos vazios.
Cara, se trata. Um cara cheio de preconceito e ódio falando de deus...
Se doeu porque seus ídolos são chacota em 4 meses de governo. Deve ser um novo recorde...
E um toque: quando falar alguma coisa, assuma! Fica feio isso!
E mais uma vez você não tem argumentos. Ô rotina...
Desencana... Não vale a pena...
Apenas minha opinião.
E vamo que vamo, pois ainda tem muito pano pra manga!
Política destrutiva de Bolsonaro abala apoio até entre militares
Já há general questionando se governo sobreviverá após o embate da Previdência
Igor Gielow
Folha de S. Paulo, 27.mar.2019 às 7h30
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/igorgielow/2019/03/politica-destrutiva-de-bolsonaro-abala-apoio-ate-entre-militares.shtml
A política da destruição adotada por Jair Bolsonaro (PSL) é caótica, mas no fundo segue um método anunciado desde a campanha eleitoral de 2018 e reafirmado no corrente embate com o Congresso sobre a tramitação da reforma da Previdência.
Bolsonaro prometeu enfrentar o que chama de velha política. O fez na montagem do governo, com algo que se pode chamar de sucesso se a análise de mérito das escolhas do ministério for deixada de lado.
Ao repetir Collor e Dilma ao desprezar a relação com o Congresso, o presidente flerta com o destino dos antecessores. Mas há diferenças: ambos os impedidos do passado eram odiados do outro lado da praça dos Três Poderes, mas ainda trabalhavam dentro de um diapasão de normalidade institucional mínima.
Bolsonaro rompeu isso nessa largada das negociações da reforma, e o resultado está aí. Duas semanas de trabalho no Congresso perdidas para uma crise que só tem duas saídas possíveis, ambas não muito alvissareiras para o presidente.
Na mais provável, algum tipo de acomodação ocorrerá e pelo menos a reforma mínima esperada pelo mercado, que economize de R$ 500 bilhões a R$ 600 bilhões em dez anos, pode acabar passando. Já o cenário mais abrupto vê a reforma indo para o vinagre, o agravamento da crise política com a perspectiva de uma ainda maior piora econômica.
Ambas as possibilidades rondam as cabeças dos militares que emprestaram seu apoio à aventura bolsonarista com tintas dramáticas. Já há general da ativa perguntando aos botões da farda se o presidente resistiria à hipótese de ruptura mais radical, lembrando que Jânio Quadros também se refestelava em polêmicas comportamentais inúteis enquanto o nó da entropia o levava à renúncia em 1961.
Mesmo o caminho mais benigno, o de alguma acomodação, comporta entre os militares e outros agentes políticos a semente da dúvida: será que o governo se aguenta com esse ritmo trotskista de crise permanente? Nunca é demais lembrar que a lei do impeachment, de 1950, abre brecha praticamente a qualquer motivo para impedir um mandatário.
A conhecidos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou estar convicto de que Bolsonaro faz o que faz não porque sua articulação é falha ou porque há voluntarismo excessivo no grupo de WhatsApp que atende pelo nome de PSL no Parlamento. Ele acredita que há propósito e método no conflito, baseados na crença presidencial de que na hora H a população se levantará em favor da agenda do presidente.
Isso foi explicitado várias vezes no bolsonarismo, mas ganhou corpo inédito nas mãos do assessor internacional Filipe Martins, um dos alunos do curso online de Olavo de Carvalho no poder. Na semana passada, ele postou no Twitter um verdadeiro manifesto de radicalização do bolsonarismo, conclamando a rua a seguir uma certa vanguarda "antiestablishment" que ele diz integrar para evitar o sequestro dos inocentes Paulo Guedes e Sergio Moro pela obscura turba da velha política.
Desnecessário dizer que essa linha de pensamento é mágica. Se não pela sua essência, pelo fato de que a popularidade do presidente é declinante e também porque "povo" algum vai à rua defender algo que percebe como negativo para si —caso da reforma previdenciária. Em favor dessas ideias, só a certeza de que o Congresso é de tão baixo nível e está tão desarrumado que fornece uma vantagem tática a seus adversários.
Ao mesmo tempo, o mentor da turma ideológica acentuou o bate-boca com os militares do governo, xingados de golpistas para baixo pelo escritor radicado nos EUA. Difícil ver vantagem ao bolsonarismo nisso.
Os militares evitaram o pior no caso da Venezuela por enquanto porque colocaram o Itamaraty olavista sob tutela. Não tiveram o mesmo sucesso no igualmente capturado pelos eflúvios miasmáticos de Virgínia Ministério da Educação —onde a entropia da tal destruição criativa do bolsonarismo ameaça deixar a criançada sem livro didático, tal a desorganização instalada.
De forma simplificada, o governo é composto por ideológicos, técnicos e militares. Os primeiros estão dobrando suas apostas, e podem acabar rapidamente sem fichas. Os segundos têm sua agenda, e não é aberrante pensar que Guedes e Moro podem pedir o chapéu a qualquer momento. A bola cada vez mais está com os terceiros, cada vez mais receosos do caminho à frente.
Igor Gielow
Repórter especial, foi diretor da Sucursal de Brasília da Folha. É autor de “Ariana”.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Não há governo
Rebelião na Câmara empareda governo, reformas naufragam, há anarquia em ministérios
Vinicius Torres Freire
Folha de S. Paulo, 27.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2019/03/nao-ha-governo.shtml
O Congresso está à deriva, no que diz respeito aos interesses do governo. Alguns ministérios implodem em anarquia vexaminosa. A Câmara aprovou uma pauta-bomba nuclear, que na prática impede o governo de conter déficits —falta apenas a aprovação do Senado. Manter o teto de gastos talvez agora dependa da paralisação de parte da máquina pública.
Sem o serviço de bombeiro em tempo integral de Rodrigo Maia, foram detonadas várias bombas. Nada mais se pode dizer do que será feito da política e, pois, da economia, pois Jair Bolsonaro se omite, quando não agrava a crise.
No Congresso, havia ameaças de derrubar decretos do governo ou de chamar ministros às falas. Tudo isso, porém, virou picuinha, pois à noite a Câmara aprovou emenda constitucional que impede o Executivo de cortar certas despesas (como investimentos e emendas parlamentares).
Em menos de duas horas, maioria massacrante de deputados votou em dois turnos uma PEC que vai emparedar o governo, caso seja aprovada também no Senado.
De manhã, lideranças de partidos que juntam uns 300 dos 513 deputados até propuseram um novo pacto, mas com uma faca no pescoço do Planalto. Podaram da reforma previdenciária as mudanças nos benefícios para idosos muito pobres (BPC) e na aposentadoria rural. É um adeus para o trilhão de reais de economia em uma década, plano do ministro Paulo Guedes (Economia). Mas os deputados disseram ao menos que aceitam conversar, nessas novas bases.
O governo, porém, não tinha ordem ou capacidade nem de reagir a esse manifesto que na prática junta a Câmara inteira, afora oposição, o PSL e uns gatos pingados.
Os deputados não querem levar a fama de esfoladores de idosos, ainda mais porque os atingidos pela barragem da reforma da Previdência andam nas calçadas em que ficam os escritórios regionais dos parlamentares. Querem dividir a conta com o Planalto. O governo não está nem aí.
Ainda nesta terça-feira de naufrágio, Guedes ouviu dos governadores que a reforma não anda sem que o governo crie um grupo de negociação, bancado por Bolsonaro. O ministro prometeu garantias para empréstimos estaduais, antecipação de receitas de privatizações e dinheiro do petróleo (royalties, participações e parte das concessões). Mas governador tem pouco voto no Congresso.
Vendo o tamanho do desarranjo, Guedes reuniu seu pessoal e o que resta de articuladores governistas a fim de nomear ao menos um relator para a reforma previdenciária. Não vai adiantar muito, pois a Comissão de Constituição e Justiça, onde a reforma tem de começar a tramitar, está em pé de guerra, interna e com o resto da liderança bolsonarista. O governo é omisso.
Deputados governistas faziam troça da desordem. "O cabaré pegou fogo e o Bolsonaro está lá resolvendo os problemas do Carluxo [Carlos, filho do presidente] na Secom [Secretaria de Comunicação] e recebendo o Flávio [o filho senador], que virou um zumbi", dizia um deles.
Um parlamentar próximo de Rodrigo Maia se dizia espantado com a ausência presidencial em assuntos críticos. Falava da anarquia no Ministério da Educação e o "risco" do Ministério do Turismo, "que está para explodir a qualquer momento". O ministro Marcelo Antônio é acusado de montar um esquema de candidatos-laranjas do PSL, na eleição de 2018.
Era difícil de entender se o governo espera um milagre, não entende a gravidade do vácuo ou quer um colapso, de propósito.
Vinicius Torres Freire
Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
Rebelião na Câmara empareda governo, reformas naufragam, há anarquia em ministérios
Vinicius Torres Freire
Folha de S. Paulo, 27.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2019/03/nao-ha-governo.shtml
O Congresso está à deriva, no que diz respeito aos interesses do governo. Alguns ministérios implodem em anarquia vexaminosa. A Câmara aprovou uma pauta-bomba nuclear, que na prática impede o governo de conter déficits —falta apenas a aprovação do Senado. Manter o teto de gastos talvez agora dependa da paralisação de parte da máquina pública.
Sem o serviço de bombeiro em tempo integral de Rodrigo Maia, foram detonadas várias bombas. Nada mais se pode dizer do que será feito da política e, pois, da economia, pois Jair Bolsonaro se omite, quando não agrava a crise.
No Congresso, havia ameaças de derrubar decretos do governo ou de chamar ministros às falas. Tudo isso, porém, virou picuinha, pois à noite a Câmara aprovou emenda constitucional que impede o Executivo de cortar certas despesas (como investimentos e emendas parlamentares).
Em menos de duas horas, maioria massacrante de deputados votou em dois turnos uma PEC que vai emparedar o governo, caso seja aprovada também no Senado.
De manhã, lideranças de partidos que juntam uns 300 dos 513 deputados até propuseram um novo pacto, mas com uma faca no pescoço do Planalto. Podaram da reforma previdenciária as mudanças nos benefícios para idosos muito pobres (BPC) e na aposentadoria rural. É um adeus para o trilhão de reais de economia em uma década, plano do ministro Paulo Guedes (Economia). Mas os deputados disseram ao menos que aceitam conversar, nessas novas bases.
O governo, porém, não tinha ordem ou capacidade nem de reagir a esse manifesto que na prática junta a Câmara inteira, afora oposição, o PSL e uns gatos pingados.
Os deputados não querem levar a fama de esfoladores de idosos, ainda mais porque os atingidos pela barragem da reforma da Previdência andam nas calçadas em que ficam os escritórios regionais dos parlamentares. Querem dividir a conta com o Planalto. O governo não está nem aí.
Ainda nesta terça-feira de naufrágio, Guedes ouviu dos governadores que a reforma não anda sem que o governo crie um grupo de negociação, bancado por Bolsonaro. O ministro prometeu garantias para empréstimos estaduais, antecipação de receitas de privatizações e dinheiro do petróleo (royalties, participações e parte das concessões). Mas governador tem pouco voto no Congresso.
Vendo o tamanho do desarranjo, Guedes reuniu seu pessoal e o que resta de articuladores governistas a fim de nomear ao menos um relator para a reforma previdenciária. Não vai adiantar muito, pois a Comissão de Constituição e Justiça, onde a reforma tem de começar a tramitar, está em pé de guerra, interna e com o resto da liderança bolsonarista. O governo é omisso.
Deputados governistas faziam troça da desordem. "O cabaré pegou fogo e o Bolsonaro está lá resolvendo os problemas do Carluxo [Carlos, filho do presidente] na Secom [Secretaria de Comunicação] e recebendo o Flávio [o filho senador], que virou um zumbi", dizia um deles.
Um parlamentar próximo de Rodrigo Maia se dizia espantado com a ausência presidencial em assuntos críticos. Falava da anarquia no Ministério da Educação e o "risco" do Ministério do Turismo, "que está para explodir a qualquer momento". O ministro Marcelo Antônio é acusado de montar um esquema de candidatos-laranjas do PSL, na eleição de 2018.
Era difícil de entender se o governo espera um milagre, não entende a gravidade do vácuo ou quer um colapso, de propósito.
Vinicius Torres Freire
Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
[size=52]Liderados por donos da Havan e da Riachuelo, empresários bolsonaristas chantageiam: Sem reforma não haverá empregos[/size]
O grupo é o mesmo que em dezembro do ano passado lançou o projeto Empregue Mais Um, para estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo Bolsonaro
Liderados por Flávio Rocha, da Riachuelo, e Luciano Hang, Havan, um grupo de empresários iniciaram uma chantagem para aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL): não vai ter emprego se não sair a reforma, dizem, segundo a coluna Painel S.A., na edição desta quarta-feira (27) da Folha de S.Paulo.
Porta-voz do grupo, Gabriel Kanner transmitiu o recado, em clara sinalização de chantagem aos deputados. “Temos de focar a aprovação (da reforma), porque se não passar, não há milagre.
O grupo é o mesmo que em dezembro do ano passado lançou o projeto Empregue Mais Um em dezembro, para estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo. “Não terá geração de emprego, não terá dinheiro para nada. Qualquer coisa que planejarmos serão só sonhos utópicos sem dinheiro em caixa. A prioridade zero é a nova Previdência”, disse Kanner.
O grupo é o mesmo que em dezembro do ano passado lançou o projeto Empregue Mais Um, para estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo Bolsonaro
Liderados por Flávio Rocha, da Riachuelo, e Luciano Hang, Havan, um grupo de empresários iniciaram uma chantagem para aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL): não vai ter emprego se não sair a reforma, dizem, segundo a coluna Painel S.A., na edição desta quarta-feira (27) da Folha de S.Paulo.
Porta-voz do grupo, Gabriel Kanner transmitiu o recado, em clara sinalização de chantagem aos deputados. “Temos de focar a aprovação (da reforma), porque se não passar, não há milagre.
O grupo é o mesmo que em dezembro do ano passado lançou o projeto Empregue Mais Um em dezembro, para estimular a criação de vagas e turbinar o início do governo. “Não terá geração de emprego, não terá dinheiro para nada. Qualquer coisa que planejarmos serão só sonhos utópicos sem dinheiro em caixa. A prioridade zero é a nova Previdência”, disse Kanner.
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Bobo da corte...
Em três meses, de mito a candidato a bobo da corte
Não existe vácuo no poder, e Bolsonaro parece caminhar para abrir mão do seu
Fernando Canzian
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 8h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandocanzian/2019/03/em-tres-meses-de-mito-a-candidato-a-bobo-da-corte.shtml
A multidão que lotou o vale do Anhangabaú em São Paulo nesta semana atrás de uma vaga de trabalho é a maior lembrança do que se passa hoje no Brasil, derrubado por políticas ruins da ex-presidente Dilma e que elegeu Jair Bolsonaro na esperança de uma recuperação.
Mas ser chamado de “Dilma de calças” é pouco para o que Bolsonaro fez até aqui com o formidável capital político que obteve nas urnas, e que se esvai em velocidade recorde.
O "mito" revelou-se incompetente politicamente na fundamental relação com o Congresso e um tremendo encrenqueiro. Nada além disso por enquanto.
Seria só um bobo da corte, como às vezes age Donald Trump, se o Brasil não estivesse à beira de um colapso que arrisca por a perder o projeto de estabilização do Plano Real, de 1994.
Com a escolha de Paulo Guedes na Economia, Bolsonaro permitiu a seu ministro reunir o que há de melhor na área econômica. Tudo conspirava a favor de uma recuperação —os índices de confiança, a Bolsa, o dólar— até o presidente começar a governar.
Agora, imagina-se o que essa área técnica pensa intimamente ao ver a barca furada em que o governo Bolsonaro vai se transformando. Haverá limites para o suportável, como Guedes já sinaliza.
Em menos de três meses, empresários e banqueiros também passaram a pedir abertamente “foco” ao presidente na Previdência, demonstrando desilusão e ansiedade com o que aparentemente compraram na campanha eleitoral.
Mas Bolsonaro não para.
Revela dia após dia suas incapacidades com um repertório limitado e comportamento infantil enquanto quer impor sua agenda retrógrada a uma sociedade que só quer voltar a trabalhar após uma recessão brutal.
É significativo que na mesma manhã da imensa fila no Anhangabaú, o presidente estivesse no cinema assistindo “Superação - o milagre da fé” ao lado de sua estranha ministra Damares Alves.
Naquele mesmo dia, a Câmara ameaçou ignorar sua proposta para a Previdência e votar a de Temer e, mais tarde, impôs uma imensa derrota ao governo ao aprovar proposta que retira do Executivo poder sobre o Orçamento, tornando-o ainda mais engessado.
Diz-se que não existe vácuo no poder. Bolsonaro parece caminhar para abrir mão do seu.
Fernando Canzian
Jornalista, autor de "Desastre Global - Um Ano na Pior Crise desde 1929". Vencedor de quatro prêmios Esso.
Não existe vácuo no poder, e Bolsonaro parece caminhar para abrir mão do seu
Fernando Canzian
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 8h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandocanzian/2019/03/em-tres-meses-de-mito-a-candidato-a-bobo-da-corte.shtml
A multidão que lotou o vale do Anhangabaú em São Paulo nesta semana atrás de uma vaga de trabalho é a maior lembrança do que se passa hoje no Brasil, derrubado por políticas ruins da ex-presidente Dilma e que elegeu Jair Bolsonaro na esperança de uma recuperação.
Mas ser chamado de “Dilma de calças” é pouco para o que Bolsonaro fez até aqui com o formidável capital político que obteve nas urnas, e que se esvai em velocidade recorde.
O "mito" revelou-se incompetente politicamente na fundamental relação com o Congresso e um tremendo encrenqueiro. Nada além disso por enquanto.
Seria só um bobo da corte, como às vezes age Donald Trump, se o Brasil não estivesse à beira de um colapso que arrisca por a perder o projeto de estabilização do Plano Real, de 1994.
Com a escolha de Paulo Guedes na Economia, Bolsonaro permitiu a seu ministro reunir o que há de melhor na área econômica. Tudo conspirava a favor de uma recuperação —os índices de confiança, a Bolsa, o dólar— até o presidente começar a governar.
Agora, imagina-se o que essa área técnica pensa intimamente ao ver a barca furada em que o governo Bolsonaro vai se transformando. Haverá limites para o suportável, como Guedes já sinaliza.
Em menos de três meses, empresários e banqueiros também passaram a pedir abertamente “foco” ao presidente na Previdência, demonstrando desilusão e ansiedade com o que aparentemente compraram na campanha eleitoral.
Mas Bolsonaro não para.
Revela dia após dia suas incapacidades com um repertório limitado e comportamento infantil enquanto quer impor sua agenda retrógrada a uma sociedade que só quer voltar a trabalhar após uma recessão brutal.
É significativo que na mesma manhã da imensa fila no Anhangabaú, o presidente estivesse no cinema assistindo “Superação - o milagre da fé” ao lado de sua estranha ministra Damares Alves.
Naquele mesmo dia, a Câmara ameaçou ignorar sua proposta para a Previdência e votar a de Temer e, mais tarde, impôs uma imensa derrota ao governo ao aprovar proposta que retira do Executivo poder sobre o Orçamento, tornando-o ainda mais engessado.
Diz-se que não existe vácuo no poder. Bolsonaro parece caminhar para abrir mão do seu.
Fernando Canzian
Jornalista, autor de "Desastre Global - Um Ano na Pior Crise desde 1929". Vencedor de quatro prêmios Esso.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Ibama exonera servidor que multou Bolsonaro por pesca irregular
Ele foi o único de nove funcionários do mesmo nível hierárquico da diretoria a ser exonerado pelo novo governo
Fabiano Maisonnave
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 10h14
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/03/ibama-exonera-servidor-que-multou-bolsonaro-por-pesca-irregular.shtml?utm_source=app&utm_medium=push&utm_campaign=pushfolha&id=1553779444
José Olímpio Augusto Morelli ocupava o cargo comissionado de chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama, subordinado à Diretoria de Proteção Ambiental. Ele foi o único dos nove funcionários do mesmo nível hierárquico dessa diretoria a ser exonerado pelo novo governo.
Funcionário concursado, ele é o fiscal que assina o auto de infração e o relatório do flagrante de Bolsonaro. Morelli também é o autor da foto na qual o então deputado federal aparece de sunga branca sobre o bote inflável, dentro da Esec (Estação Ecológica) de Tamoios, categoria de área protegida que não permite a presença humana, em Angra dos Reis (RJ).
A autuação ocorreu em 25 de janeiro de 2012 e desatou a ira de Bolsonaro. Semanas mais tarde, ele criticou diretamente Morelli em pronunciamento na Câmara.
“Fui abordado por um barco do Ibama. A primeira coisa que falou pra mim foi, que estava com duas pessoas da região, é: ‘sai!’. Como se fosse um cachorro, discursou Bolsonaro, em março de 2012. “Esse cidadão aqui, repito o nome dele, José Augusto Morelli, falou: 'Sai! Aqui, ninguém pode pescar, seja deputado ou não seja porque o decreto que vocês votam tem de ser respeitado.”
“Eu fui obrigado a responder no mesmo tom, adjetivando o senhor Morelli e dizendo que não votamos o decreto.”
O então deputado ainda anunciou: “Eu vou pescar no Carnaval lá. E não venham com ignorância porque o bicho vai pegar”. Bolsonaro, porém, não voltou a pescar ali.
No ano seguinte, em retaliação, Bolsonaro apresentou na Câmara um projeto de lei para desarmar todos os fiscais do Ibama e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) em ações de campo, ainda que isso contrariasse seu discurso de defesa do armamento da população. O projeto acabou arquivado.
Desde a campanha, o mandatário vem criticando reiteradas vezes o Ibama por uma suposta “indústria da multa”. Em dezembro, a superintendência do órgão no Rio de Janeiro anulou a multa, e o processo voltou à estaca zero. A decisão está sendo investigada pelo Ministério Público Federal.
Em entrevista à Folha, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o fato de ele estar com uma vara na mão em área protegida não era evidência suficiente para a autuação. Ele atribuiu a multa à “questão ideológica”.
"Ele não foi multado por pescar. Ele foi multado porque estava com uma vara de pesca. O fiscal presumiu que ele estava pescando. Então, veja bem, o exemplo que você deu já mostra como a questão ideológica permeia a atuação estatal nesses casos”, afirmou, em dezembro.
A reportagem apurou que Morelli foi chamado para ser informado de sua demissão em 25 de janeiro, dia do desastre em Brumadinho (MG). O presidente do Ibama, Eduardo Bim, acabou convencido a adiar a exoneração da função, responsável pela operação das seis aeronaves do Ibama, em plena crise.
O servidor estava no cargo desde 2017. Assumiu a coordenação das operações aéreas após um acidente com um avião fretado pelo Exército que matou três servidores do órgão. Sua missão incluía aprimorar os protocolos de segurança de operações aéreas. Morelli ainda não tem uma nova função no órgão.
A exoneração ocorre em outro momento de crise. Três aeronaves do Ibama estão em Roraima para debelar focos de incêndio no estado, que atravessa um período de seca agudo.
O novo diretor de Proteção Ambiental é o major da PM de São Paulo, Olivaldi Azevedo. Em fevereiro, ele visitou, junto com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, um plantio de soja feito ilegalmente em uma área embargada em julho do ano passado pelo próprio Ibama, na Terra Indígena Utiariti (MT).
A reportagem enviou manhã desta quinta-feira (28) um pedido de esclarecimentos ao Ministério do Meio Ambiente, mas não houve resposta até a conclusão do texto. Neste mês, o Ibama ficou proibido de responder diretamente à imprensa, por determinação de Salles.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Minha singela contribuição à tretanews:
Guedes percebeu que é descartável e desnecessário. Sua única função era dar algum crédito aos neoliberalistas durante a campanha.
Bolsonaro e o resto do circo (Vélez, Ernesto, Damares) ainda não perceberam, mas também são.
Pouco a pouco o governo se torna mais militar (A cada exoneração, um militar entra, como no caso do Inep).
O que se afigura para o futuro é absolutamente sombrio...
Guedes percebeu que é descartável e desnecessário. Sua única função era dar algum crédito aos neoliberalistas durante a campanha.
Bolsonaro e o resto do circo (Vélez, Ernesto, Damares) ainda não perceberam, mas também são.
Pouco a pouco o governo se torna mais militar (A cada exoneração, um militar entra, como no caso do Inep).
O que se afigura para o futuro é absolutamente sombrio...
Victorpsilva- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Artigo no Financial Times diz que mercado pode estar despreparado para a incompetência de Bolsonaro
Em artigo opinativo na publicação britânica, autor cita episódio envolvendo a troca de farpas entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Célia Froufe, correspondente, O Estado de S.Paulo
27 de março de 2019 | 10h11
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,artigo-no-financial-times-diz-que-mercado-pode-estar-despreparado-para-a-incompetencia-de-bolsonaro,70002769644
LONDRES - Em um artigo opinativo, o jornal britânico Financial Times salientou que o caminho para as reformas parece tão rochoso como sempre foi para as economias emergentes e que investidores ficaram nervosos com a perda de impulso pós-eleitoral no México e no Brasil. Especificamente sobre o País, o jornalista Jonathan Wheatley observou que os mercados podem não ter se preparado para a extensão da incompetência do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
"Investidores em mercados emergentes esperavam um ano de continuidade política em 2019, após uma série de eleições potencialmente transformadoras no ano passado. Mas passado um quarto de ano, as coisas não estão funcionando como planejado. O caminho para as reformas pró-mercado nas grandes economias em desenvolvimento está se mostrando mais difícil do que nunca", pontuou o autor.
Após mencionar com detalhes as votações que ocorrerão em 2019 nesses mercados, o artigo se ateve à safra de eleições do ano passado, que teria fracassado em garantir a certeza sobre o caminho futuro. Além de se aprofundar sobre o México, a publicação também dá espaço para o Brasil, dizendo que, no País, os eventos são ainda mais inquietantes.
"Lá, muitos investidores estão preparados para aturar o que alguns consideram como as atitudes racistas, misóginas e homofóbicas de Jair Bolsonaro, o ex-capitão do Exército de extrema direita que assumiu o cargo em 1º de janeiro, sob a alegação de que seu ministro da economia liberal faria reformas vitais para o sistema de bem-estar", trouxe Wheatley relatando que, em um encontro nesta semana com um banqueiro brasileiro, ele confessou "odiar" Bolsonaro, mas argumentou que o "Brasil precisava de mudanças".
Os mercados, de acordo com o autor, podem não ter sido preparados para a extensão da incompetência de Bolsonaro. Ele citou o episódio, na semana passada, em que o presidente e seu filho Carlos, que não tem nenhum papel formal no governo nacional, ofenderam publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é a figura mais importante na condução da reforma previdenciária enviada aos legisladores no mês passado.
Anteriormente, lembrou, os investidores estavam confiantes de que chegaria o momento da reforma: como nunca antes, há consenso entre os políticos brasileiros de que o fracasso em aprová-la derrubará a economia.
Aconteceria, acreditavam os investidores, independentemente da incapacidade de Bolsonaro assumir a liderança. "Mas ele acabou sendo tão incompetente que essa afirmação não é mais verdadeira", disse o banqueiro ao jornalista.
O artigo segue dizendo que os investidores de mercados emergentes estão acostumados a isso, é claro: se não fosse pelo risco, eles não esperariam a recompensa. Mas coloca um ponto de interrogação sobre a história de crescimento a longo prazo para as economias emergentes, especialmente à luz de repetidos rebaixamentos de expectativas este ano.
Em artigo opinativo na publicação britânica, autor cita episódio envolvendo a troca de farpas entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Célia Froufe, correspondente, O Estado de S.Paulo
27 de março de 2019 | 10h11
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,artigo-no-financial-times-diz-que-mercado-pode-estar-despreparado-para-a-incompetencia-de-bolsonaro,70002769644
LONDRES - Em um artigo opinativo, o jornal britânico Financial Times salientou que o caminho para as reformas parece tão rochoso como sempre foi para as economias emergentes e que investidores ficaram nervosos com a perda de impulso pós-eleitoral no México e no Brasil. Especificamente sobre o País, o jornalista Jonathan Wheatley observou que os mercados podem não ter se preparado para a extensão da incompetência do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
"Investidores em mercados emergentes esperavam um ano de continuidade política em 2019, após uma série de eleições potencialmente transformadoras no ano passado. Mas passado um quarto de ano, as coisas não estão funcionando como planejado. O caminho para as reformas pró-mercado nas grandes economias em desenvolvimento está se mostrando mais difícil do que nunca", pontuou o autor.
Após mencionar com detalhes as votações que ocorrerão em 2019 nesses mercados, o artigo se ateve à safra de eleições do ano passado, que teria fracassado em garantir a certeza sobre o caminho futuro. Além de se aprofundar sobre o México, a publicação também dá espaço para o Brasil, dizendo que, no País, os eventos são ainda mais inquietantes.
"Lá, muitos investidores estão preparados para aturar o que alguns consideram como as atitudes racistas, misóginas e homofóbicas de Jair Bolsonaro, o ex-capitão do Exército de extrema direita que assumiu o cargo em 1º de janeiro, sob a alegação de que seu ministro da economia liberal faria reformas vitais para o sistema de bem-estar", trouxe Wheatley relatando que, em um encontro nesta semana com um banqueiro brasileiro, ele confessou "odiar" Bolsonaro, mas argumentou que o "Brasil precisava de mudanças".
Os mercados, de acordo com o autor, podem não ter sido preparados para a extensão da incompetência de Bolsonaro. Ele citou o episódio, na semana passada, em que o presidente e seu filho Carlos, que não tem nenhum papel formal no governo nacional, ofenderam publicamente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que é a figura mais importante na condução da reforma previdenciária enviada aos legisladores no mês passado.
Anteriormente, lembrou, os investidores estavam confiantes de que chegaria o momento da reforma: como nunca antes, há consenso entre os políticos brasileiros de que o fracasso em aprová-la derrubará a economia.
Aconteceria, acreditavam os investidores, independentemente da incapacidade de Bolsonaro assumir a liderança. "Mas ele acabou sendo tão incompetente que essa afirmação não é mais verdadeira", disse o banqueiro ao jornalista.
O artigo segue dizendo que os investidores de mercados emergentes estão acostumados a isso, é claro: se não fosse pelo risco, eles não esperariam a recompensa. Mas coloca um ponto de interrogação sobre a história de crescimento a longo prazo para as economias emergentes, especialmente à luz de repetidos rebaixamentos de expectativas este ano.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Quanto custa o mito
Bolsonaro não dá sinal de se importar com crise; mercado se irrita com Guedes
Vinicius Torres Freire
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2019/03/quanto-custa-o-mito.shtml
A pororoca no mercado financeiro parece feia, mas as baixas por ora são apenas espuma. A reincidência do governo em erros, despropósitos e arruaças é lama.
Menos de 24 horas depois de ficar explícito que não dispõe de coalizão partidária para sobreviver no Congresso, Jair Bolsonaro voltou a provocar parlamentares e discórdia. Em entrevista na TV, fez comentários de escarninho colegial sobre o presidente da Câmara. Em resposta, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que Bolsonaro está "brincando de presidir o Brasil". Nas redes insociáveis, voltou a incitar rixas ideológicas sinistras (1964).
No Congresso, não houve tentativa organizada de criar uma mesa de conversa para valer entre governo e parlamentares. No DEM, há gente empenhada em levar Bolsonaro para a luz mínima da política, como Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Será um esforço em vão caso Bolsonaro não crie uma equipe, no governo e no Congresso, experiente e com poderes de organizar uma coalizão, o que significa ceder à "velha política".
Como se não bastasse, causou má impressão a audiência do ministro Paulo Guedes (Economia) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Para os senadores, mesmo os simpáticos a reformas, Guedes se comportou de modo "arrogante", "agressivo", "ignorante dos modos da política" e "desavisado" por levantar a hipótese de que pode deixar o governo caso as reformas sejam bloqueadas. Trata-se de possibilidade óbvia, mas isso não se antecipa em público.
No mais, gente da praça do mercado se irrita loucamente com Guedes porque o ministro "não controla" Bolsonaro. "O mito saiu caro", diz um financista.
A maioria dos preços desabou no mercado financeiro, em parte por reação estereotipada, em parte porque o clima na finança mundial não está bom, faz semanas.
Os maus humores podem se dissipar em dias, sem deixar efeito na economia real, mera espuma. Mas a persistência de condições financeiras degradadas por uns dois meses deve multiplicar vetores de estagnação.
Por exemplo, a confiança de empresários e consumidores está em queda, provavelmente devido à frustração das promessas de recuperação econômica. O tumulto político pode engrenar um círculo vicioso.
É difícil entender ou encontrar alguém que explique os objetivos de Bolsonaro.
Um general conselheiro acredita que o presidente espera com otimismo exagerado ver o Congresso "se dobrar às necessidades do país", mas que vai se tornar mais maleável aos poucos.
Visto de fora, Bolsonaro e seu núcleo puro, filhos e assessores, não parecem diferentes da campanha: vieram para "quebrar o sistema". Trata-se de uma crença rude, entre fantástica e autoritária, de que governará "fora do mecanismo", apoiado por pressão popular permanente.
A paranoia parece, no entanto, agravada, em particular pela opinião pública de elite cada vez mais favorável ao vice-presidente, Hamilton Mourão.
Por ora, não parece haver força que demova Bolsonaro. No Congresso, não há ordem, recursos ou impulsos para tirar a política do impasse, o que em tese não é difícil.
Não há racha essencial na elite econômica, que quase toda colaborou com a vitória de Bolsonaro, na crença de que o capitão seria "business as usual", com um tempero amargo de ferocidade inócuo em termos materiais, "reformas" etc.
Assim, um mero acordo de divisão de poder do governo com alguns partidos resolveria a parada. Mas Bolsonaro acha que é uma revolução.
Vinicius Torres Freire
Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
Bolsonaro não dá sinal de se importar com crise; mercado se irrita com Guedes
Vinicius Torres Freire
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2019/03/quanto-custa-o-mito.shtml
A pororoca no mercado financeiro parece feia, mas as baixas por ora são apenas espuma. A reincidência do governo em erros, despropósitos e arruaças é lama.
Menos de 24 horas depois de ficar explícito que não dispõe de coalizão partidária para sobreviver no Congresso, Jair Bolsonaro voltou a provocar parlamentares e discórdia. Em entrevista na TV, fez comentários de escarninho colegial sobre o presidente da Câmara. Em resposta, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que Bolsonaro está "brincando de presidir o Brasil". Nas redes insociáveis, voltou a incitar rixas ideológicas sinistras (1964).
No Congresso, não houve tentativa organizada de criar uma mesa de conversa para valer entre governo e parlamentares. No DEM, há gente empenhada em levar Bolsonaro para a luz mínima da política, como Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Será um esforço em vão caso Bolsonaro não crie uma equipe, no governo e no Congresso, experiente e com poderes de organizar uma coalizão, o que significa ceder à "velha política".
Como se não bastasse, causou má impressão a audiência do ministro Paulo Guedes (Economia) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Para os senadores, mesmo os simpáticos a reformas, Guedes se comportou de modo "arrogante", "agressivo", "ignorante dos modos da política" e "desavisado" por levantar a hipótese de que pode deixar o governo caso as reformas sejam bloqueadas. Trata-se de possibilidade óbvia, mas isso não se antecipa em público.
No mais, gente da praça do mercado se irrita loucamente com Guedes porque o ministro "não controla" Bolsonaro. "O mito saiu caro", diz um financista.
A maioria dos preços desabou no mercado financeiro, em parte por reação estereotipada, em parte porque o clima na finança mundial não está bom, faz semanas.
Os maus humores podem se dissipar em dias, sem deixar efeito na economia real, mera espuma. Mas a persistência de condições financeiras degradadas por uns dois meses deve multiplicar vetores de estagnação.
Por exemplo, a confiança de empresários e consumidores está em queda, provavelmente devido à frustração das promessas de recuperação econômica. O tumulto político pode engrenar um círculo vicioso.
É difícil entender ou encontrar alguém que explique os objetivos de Bolsonaro.
Um general conselheiro acredita que o presidente espera com otimismo exagerado ver o Congresso "se dobrar às necessidades do país", mas que vai se tornar mais maleável aos poucos.
Visto de fora, Bolsonaro e seu núcleo puro, filhos e assessores, não parecem diferentes da campanha: vieram para "quebrar o sistema". Trata-se de uma crença rude, entre fantástica e autoritária, de que governará "fora do mecanismo", apoiado por pressão popular permanente.
A paranoia parece, no entanto, agravada, em particular pela opinião pública de elite cada vez mais favorável ao vice-presidente, Hamilton Mourão.
Por ora, não parece haver força que demova Bolsonaro. No Congresso, não há ordem, recursos ou impulsos para tirar a política do impasse, o que em tese não é difícil.
Não há racha essencial na elite econômica, que quase toda colaborou com a vitória de Bolsonaro, na crença de que o capitão seria "business as usual", com um tempero amargo de ferocidade inócuo em termos materiais, "reformas" etc.
Assim, um mero acordo de divisão de poder do governo com alguns partidos resolveria a parada. Mas Bolsonaro acha que é uma revolução.
Vinicius Torres Freire
Jornalista, foi secretário de Redação da Folha. É mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA).
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Chega de mitos
Bolsonaro pode ser o remédio amarguíssimo que o brasileiro precisa tomar
Mariliz Pereira Jorge
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilizpereirajorge/2019/03/chega-de-mitos.shtml
Imaginava que o governo Bolsonaro seria ruim, mas nem nos piores pesadelos poderia sonhar que viveríamos esta tragédia. Otimista que sou, tento ver o que há de positivo na eleição de uma pessoa tão tacanha.
A resposta é que Jair Bolsonaro pode ser o remédio amarguíssimo que o brasileiro precisa tomar para largar mão de glorificar políticos, apesar do horror que diz ter a eles, e transformá-los em mitos.
Talvez seja bom que o “mito” tenha chegado lá. Se o resultado fosse outro, enfrentaríamos quatro anos ouvindo que as urnas foram fraudadas, que apenas ele seria capaz de nos salvar de todos os problemas que um país na m$%& como o Brasil enfrentaria até se recuperar. Não quero nem pensar na força que ele teria em 2022. Supermito?
Bolsonaro é o populismo em forma bruta e nos lembra outros presidentes que se valeram dessa forma rasteira de chegar ao poder e de governar para garantir apoio. Uma mistura do autoritarismo de Getúlio Vargas, da megalomania de JK e do jeito simplório, calculado e irresponsável de Jânio Quadros.
São três meses em que o presidente continua a combater os moinhos de vento que lhe garantiram a eleição, sem que os verdadeiros monstros do cotidiano sejam amansados. Mas parte dos eleitores que o engoliu como a resposta imediata para os problemas do país já se dá conta de que foi muito barulho por nada.
É bom lembrar que outro “mito” também derreteu. Lula ainda tem eleitores fiéis, mas nada perto do que foi um dia. Na época de sua prisão, seus apoiadores acreditavam que o povo tomaria as ruas para que fosse libertado. Não aconteceu.
Se essa epidemia do bolsonarismo servir ao menos para que aprendamos a escolher nossos líderes, talvez valha a pena que o Brasil afunde numa crise econômica e social ainda pior. Caso contrário, vamos emendar um mito atrás do outro e estaremos fadados a esta vida de gado.
Mariliz Pereira Jorge
Jornalista e roteirista de TV.
Bolsonaro pode ser o remédio amarguíssimo que o brasileiro precisa tomar
Mariliz Pereira Jorge
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilizpereirajorge/2019/03/chega-de-mitos.shtml
Imaginava que o governo Bolsonaro seria ruim, mas nem nos piores pesadelos poderia sonhar que viveríamos esta tragédia. Otimista que sou, tento ver o que há de positivo na eleição de uma pessoa tão tacanha.
A resposta é que Jair Bolsonaro pode ser o remédio amarguíssimo que o brasileiro precisa tomar para largar mão de glorificar políticos, apesar do horror que diz ter a eles, e transformá-los em mitos.
Talvez seja bom que o “mito” tenha chegado lá. Se o resultado fosse outro, enfrentaríamos quatro anos ouvindo que as urnas foram fraudadas, que apenas ele seria capaz de nos salvar de todos os problemas que um país na m$%& como o Brasil enfrentaria até se recuperar. Não quero nem pensar na força que ele teria em 2022. Supermito?
Bolsonaro é o populismo em forma bruta e nos lembra outros presidentes que se valeram dessa forma rasteira de chegar ao poder e de governar para garantir apoio. Uma mistura do autoritarismo de Getúlio Vargas, da megalomania de JK e do jeito simplório, calculado e irresponsável de Jânio Quadros.
São três meses em que o presidente continua a combater os moinhos de vento que lhe garantiram a eleição, sem que os verdadeiros monstros do cotidiano sejam amansados. Mas parte dos eleitores que o engoliu como a resposta imediata para os problemas do país já se dá conta de que foi muito barulho por nada.
É bom lembrar que outro “mito” também derreteu. Lula ainda tem eleitores fiéis, mas nada perto do que foi um dia. Na época de sua prisão, seus apoiadores acreditavam que o povo tomaria as ruas para que fosse libertado. Não aconteceu.
Se essa epidemia do bolsonarismo servir ao menos para que aprendamos a escolher nossos líderes, talvez valha a pena que o Brasil afunde numa crise econômica e social ainda pior. Caso contrário, vamos emendar um mito atrás do outro e estaremos fadados a esta vida de gado.
Mariliz Pereira Jorge
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3 meses e esse (des)governo não dá uma dentro...
Só vexame!!! É rir para não chorar!!!
Planalto causa constrangimento ao enviar foto de Bolsonaro a embaixadas estrangeiras
Retratos dos presidentes Dilma (PT) e Temer (MDB) não foram enviados em suas gestões
Ricardo Della Coletta
Gustavo Uribe
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 17h55
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/planalto-avisa-que-enviara-retratos-de-bolsonaro-para-embaixadores-estrangeiros.shtml
BRASÍLIA - Em uma ação que causou constrangimento entre diplomatas, a Presidência da República ligou para embaixadas estrangeiras em Brasília nesta semana e comunicou que lhes enviará uma foto oficial do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo relatos feitos à Folha, funcionários do Palácio do Planalto telefonaram nesta semana às embaixadas acreditadas junto ao governo do Brasil e disseram que o retrato oficial será encaminhado nos próximos dias.
A movimentação causou forte embaraço entre diplomatas estrangeiros, que consideraram o gesto fora da praxe das relações entre países.
Sob condição de anonimato, chefes de missões diplomáticas em Brasília confirmaram a ligação e afirmaram que “não faz sentido” o envio de uma foto de Bolsonaro para as representações de outros países, uma vez que elas, embora localizadas no Brasil, são "extensões" de governos estrangeiros.
Pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, as embaixadas possuem diversas imunidades, como inviolabilidade de suas instalações.
Por isso, as fotografias oficiais expostas nas embaixadas são dos chefes de estado dos países que elas representam, e não de uma autoridade brasileira.
O caso também gerou estranhamento entre diplomatas brasileiros.
Segundo eles, o comum é o governo enviar as fotografias oficiais do presidente às embaixadas e consulados brasileiros no exterior.
O retrato oficial está sendo distribuído a embaixadores estrangeiros, ministros, governadores, deputados federais e estaduais e tribunais de justiça, de acordo com o Palácio do Planalto.
Em resposta oficial, o governo disse que o envio do retrato é "praxe de todos os governos anteriores", o que é negado por integrantes das gestões Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Na administração do emedebista, a foto foi enviada para órgãos de atribuição federal e para empresas estatais.
No período da petista, as imagens foram mandadas para repartições federais, embaixadas brasileiras no exterior e para governadores e prefeitos, mediante solicitação deles.
Planalto causa constrangimento ao enviar foto de Bolsonaro a embaixadas estrangeiras
Retratos dos presidentes Dilma (PT) e Temer (MDB) não foram enviados em suas gestões
Ricardo Della Coletta
Gustavo Uribe
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 17h55
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/planalto-avisa-que-enviara-retratos-de-bolsonaro-para-embaixadores-estrangeiros.shtml
BRASÍLIA - Em uma ação que causou constrangimento entre diplomatas, a Presidência da República ligou para embaixadas estrangeiras em Brasília nesta semana e comunicou que lhes enviará uma foto oficial do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo relatos feitos à Folha, funcionários do Palácio do Planalto telefonaram nesta semana às embaixadas acreditadas junto ao governo do Brasil e disseram que o retrato oficial será encaminhado nos próximos dias.
A movimentação causou forte embaraço entre diplomatas estrangeiros, que consideraram o gesto fora da praxe das relações entre países.
Sob condição de anonimato, chefes de missões diplomáticas em Brasília confirmaram a ligação e afirmaram que “não faz sentido” o envio de uma foto de Bolsonaro para as representações de outros países, uma vez que elas, embora localizadas no Brasil, são "extensões" de governos estrangeiros.
Pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, as embaixadas possuem diversas imunidades, como inviolabilidade de suas instalações.
Por isso, as fotografias oficiais expostas nas embaixadas são dos chefes de estado dos países que elas representam, e não de uma autoridade brasileira.
O caso também gerou estranhamento entre diplomatas brasileiros.
Segundo eles, o comum é o governo enviar as fotografias oficiais do presidente às embaixadas e consulados brasileiros no exterior.
O retrato oficial está sendo distribuído a embaixadores estrangeiros, ministros, governadores, deputados federais e estaduais e tribunais de justiça, de acordo com o Palácio do Planalto.
Em resposta oficial, o governo disse que o envio do retrato é "praxe de todos os governos anteriores", o que é negado por integrantes das gestões Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Na administração do emedebista, a foto foi enviada para órgãos de atribuição federal e para empresas estatais.
No período da petista, as imagens foram mandadas para repartições federais, embaixadas brasileiras no exterior e para governadores e prefeitos, mediante solicitação deles.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
JAZZigo escreveu::
Ibama exonera servidor que multou Bolsonaro por pesca irregular
Ele foi o único de nove funcionários do mesmo nível hierárquico da diretoria a ser exonerado pelo novo governo
Fabiano Maisonnave
Folha de S. Paulo, 28.mar.2019 às 10h14
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/03/ibama-exonera-servidor-que-multou-bolsonaro-por-pesca-irregular.shtml?utm_source=app&utm_medium=push&utm_campaign=pushfolha&id=1553779444
José Olímpio Augusto Morelli ocupava o cargo comissionado de chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama, subordinado à Diretoria de Proteção Ambiental. Ele foi o único dos nove funcionários do mesmo nível hierárquico dessa diretoria a ser exonerado pelo novo governo.
Funcionário concursado, ele é o fiscal que assina o auto de infração e o relatório do flagrante de Bolsonaro. Morelli também é o autor da foto na qual o então deputado federal aparece de sunga branca sobre o bote inflável, dentro da Esec (Estação Ecológica) de Tamoios, categoria de área protegida que não permite a presença humana, em Angra dos Reis (RJ).
(....)
Além da exoneração do servidor do Ibama, que o Jazzigo cita, acima, tb vi isso aqui:
Bolsonaro censura Globo, Valor, Estado, Folha e UOL em coletiva
Brasil 247 - 28 de Março de 2019 às 13:56
A jornalista Giuliana Morrone anunciou no Bom Dia Brasil, da TV Globo, na manhã desta quinta-feira 28, que a entrevista de Jair Bolsonaro exibida na noite de ontem foi cedida pela NBR, emissora do governo federal, porque oito veículos de imprensa teriam sido impedidos de participar da coletiva; foram barrados pelo presidente TV Globo, Globonews, jornal O Globo, Rádio CBN, Valor Econômico, Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL
https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/388451/Bolsonaro-censura-Globo-Valor-Estado-Folha-e-UOL-em-coletiva.htm
E o que eu acho disso tudo: nosso presidente teve 46% dos votos válidos no primeiro turno. Acho improcedente, portanto, dizer que foi eleito “apenas” pelo voto “anti-PT”, principalmente se considerarmos que havia muitos candidatos “anti-PT” e todas as pesquisas citavam que Bolsonaro seria o candidato mais fácil de ser vencido em um segundo turno. Ou seja, quem votou nele votou porque simplesmente ali se viu representado...
Pois bem, não tenho o hábito péssimo de generalizar, e não o farei agora, mas compreendo que grande parte destes eleitores, portanto, pensa como o presidente e este não está sendo incoerente, em minha visão, pelo incrível que pareça ! Pode-se discordar (e discordo !) da maioria de suas ações, mas ele não está fazendo nada muito diferente do que fazia quando deputado ou mesmo do que se propôs a fazer quando eleito:
- sempre citava que queria o Brasil de 50 anos atrás,
- destacava a necessidade de imposição de sua ideologia em detrimento de quaisquer outras,
- a falta de diálogo,
- as saudades da ditadura (quando estas ações que citamos aí acima, nestas duas matérias de hoje, eram comuns, corriqueiras...),
- pouco (nada ?) se importava com os temas nacionais mais críticos na economia e na infraestrutura, saúde e educação, destacando quase exclusivamente os temas vinculados a costumes, religião, ideologia, etc.
- buscar sempre manter os privilégios de suas classes de apoio (como está se configurando agora em relação ao papel dos militares na "reforma" da previdência...)
- Etc, etc......
Lastimavelmente, portanto, sou obrigado a crer que grande parte de nossa população realmente aceita e aprova isto aí acima. Entendo que “caiu a máscara” dessa parcela do povo brasileiro, e mostra sua faceta vingativa, reacionária, preconceituosa e egoísta. Se não é a maioria (espero que não seja, realmente), ao menos se mostra como muito influente, infelizmente.
E concluo tb que é mais fácil eu compreender, agora, coisas que Jessé Souza e Darcy Ribeiro já diziam há tempos sobre "a casa grande e a senzala"...
peter.forc- Membro
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Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^O maior estrago da eleição desse animal é justamente a legitimação do ódio, do racismo, da homofobia, do machismo...
Não á toa, os casos de feminicídio aumentam de forma alarmante! Agora parte da sociedade pode condenar o politicamente correto e exercer livremente seu direito ao ódio, sem policiamento da sociedade.
Eu acho que lamentavelmente essa é só a ponta do iceberg.
Quanto a relação do asno com a imprensa, bem... Ele atropelou a imprensa! Ele fala pelo twitter, pelo FB. Até deveria facilitar a vida dele, porque assim, ele escolhe a pauta.
Mas o imbecil é tao inútil, que mesmo falando sozinho só faz m$%&!
A imprensa não o irá perdoar, sobretudo se ele fracassar com a reforma previdenciária. O lance é que ele não sabe disso. É muito burro pra perceber a posição de fantoche na qual se encontra.
Não á toa, os casos de feminicídio aumentam de forma alarmante! Agora parte da sociedade pode condenar o politicamente correto e exercer livremente seu direito ao ódio, sem policiamento da sociedade.
Eu acho que lamentavelmente essa é só a ponta do iceberg.
Quanto a relação do asno com a imprensa, bem... Ele atropelou a imprensa! Ele fala pelo twitter, pelo FB. Até deveria facilitar a vida dele, porque assim, ele escolhe a pauta.
Mas o imbecil é tao inútil, que mesmo falando sozinho só faz m$%&!
A imprensa não o irá perdoar, sobretudo se ele fracassar com a reforma previdenciária. O lance é que ele não sabe disso. É muito burro pra perceber a posição de fantoche na qual se encontra.
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Há quem encare Bolsonaro como o grande mal, mas para mim é apenas o ovo da serpente. Tem mais coisa vindo aí... Melhor nos prepararmos.
Victorpsilva- Membro
- Mensagens : 184
Localização : Rio de Janeiro
Pedaladas institucionais de Bolsonaro já são maiores do que as fiscais de Dilma
Bolsonaro já cometeu crimes de responsabilidade; agora, falará a política
Reforma da Previdência era seu grande ativo, e ele está se encarregando de implodi-la
Reinaldo Azevedo
Folha de S. Paulo, 29.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2019/03/bolsonaro-ja-cometeu-crimes-de-responsabilidade-agora-falara-a-politica.shtml
Sim, o presidente Jair Bolsonaro já cometeu crimes, no plural, de responsabilidade. Vai cair? Depende dele.
Bolsonaro encerra o seu terceiro mês de mandato, e a pergunta mais frequente que me fazem —e isto nunca aconteceu em tempo tão curto— é a seguinte: "Você acha que ele vai até o fim?" Dado que o presidente e seus valentes escolheram a imprensa como inimiga, as pessoas imaginam que temos a resposta porque esconderíamos uma arma letal contra o "Mito". As coisas mais perigosas que guardo contra Bolsonaro são a Constituição e a lei 1.079.
Há um desânimo evidente em setores da elite que apostaram literalmente num milagre, que é o acontecimento sem causa. Por que diabos, afinal de contas, ele faria um bom governo ou encaminharia soluções institucionais? Em que momento de sua trajetória política ele se mostrou reverente à lei e à ordem? Nem quando era militar, ora bolas! Vejam lá: o fiscal que o multou porque pescava em área ilegal foi exonerado do cargo de confiança que ocupava no Ibama. Ainda volto a ele.
Para responder se Bolsonaro conclui ou não o seu mandato, terei de voltar a Dilma Rousseff. Sim, ela pedalou, cometeu crime de responsabilidade, segundo os termos da lei 1.079. Sempre cabe a pergunta: "Mas ela pedalou muito?" Não, gente! Seu governo destruiu as contas públicas em razão de obtusidades várias, que não vêm ao caso agora, mas a pedalada propriamente foi coisa pouca, nada que a sociedade brasileira não pudesse ignorar se a economia estivesse em crescimento, os juros e a inflação em níveis civilizados, as contas públicas em ordem —hipótese, então, em que a presidente não teria passeado imprudentemente de bicicleta...
O impeachment por crime de responsabilidade tem como condição necessária uma agressão à ordem legal —uma motivação, pois, de feição jurídica—, mas só se realiza se estiver dada a condição suficiente, que é a política. Não por acaso, seu primeiro passo é a admissão da denúncia, em decisão monocrática, pelo presidente da Câmara. E toda a tramitação segue sendo de natureza... política! Os senadores, que atuam excepcionalmente como juízes, também são políticos.
Um presidente não é apeado por crime de responsabilidade, no Brasil, se contar com pelo menos um terço dos deputados ou dos senadores. Nota: a reforma da Previdência era seu grande ativo, e ele está se encarregando de implodi-la.
É claro que Bolsonaro brinca com fogo. Cometeu crime de responsabilidade, diz a lei, quando agrediu o decoro e propagou um filminho pornô. Vá lá. A coisa ganhou um tom até meio apalhaçado como consequência da estupefação geral. Mas ele se mostra insaciável nos seus três meses. A ordem para "comemorar" o golpe militar de 1964 —e o verbo foi empregado pelo porta-voz— e sua visita à CIA, onde, confessadamente, tratou da crise na Venezuela, agridem, respectivamente, os valores contidos nos Artigos 1º e 4º da Constituição.
A mesma lei 1.079 que depôs Dilma Rousseff considera, no item 3 do artigo 5º, ser "crime de responsabilidade contra a existência da União cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade". O artigo 7º aponta como "crimes de responsabilidade contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais" as seguintes práticas: "7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina" e "8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis". O mesmo artigo, no item 5, dispõe a respeito da destituição do fiscal do Ibama, ato do ministro Ricardo Salles: é crime de responsabilidade "servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua".
"Não exagere, Reinaldo!" Bem, digam isso a Bolsonaro. Os crimes estão cometidos, e não seria difícil prová-los. Ou alguém manda comemorar golpe de Estado para enviar um recado aos próceres de 1964? Obviamente, a agressão se dá à ordem constitucional de 2019.
"Então ele vai cair?" Depende dele. Se continuar a fazer bobagem e se perder as condições políticas de governar, hoje precárias, cai, sim! Os crimes de responsabilidade já foram cometidos. Por si, não derrubam ninguém. Associados à crise política aguda, tem-se a combinação letal.
As pedaladas institucionais de Bolsonaro já são maiores do que as pedaladas fiscais de Dilma. O que ele fizer na política, agora, vai determinar o resto.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
Reforma da Previdência era seu grande ativo, e ele está se encarregando de implodi-la
Reinaldo Azevedo
Folha de S. Paulo, 29.mar.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2019/03/bolsonaro-ja-cometeu-crimes-de-responsabilidade-agora-falara-a-politica.shtml
Sim, o presidente Jair Bolsonaro já cometeu crimes, no plural, de responsabilidade. Vai cair? Depende dele.
Bolsonaro encerra o seu terceiro mês de mandato, e a pergunta mais frequente que me fazem —e isto nunca aconteceu em tempo tão curto— é a seguinte: "Você acha que ele vai até o fim?" Dado que o presidente e seus valentes escolheram a imprensa como inimiga, as pessoas imaginam que temos a resposta porque esconderíamos uma arma letal contra o "Mito". As coisas mais perigosas que guardo contra Bolsonaro são a Constituição e a lei 1.079.
Há um desânimo evidente em setores da elite que apostaram literalmente num milagre, que é o acontecimento sem causa. Por que diabos, afinal de contas, ele faria um bom governo ou encaminharia soluções institucionais? Em que momento de sua trajetória política ele se mostrou reverente à lei e à ordem? Nem quando era militar, ora bolas! Vejam lá: o fiscal que o multou porque pescava em área ilegal foi exonerado do cargo de confiança que ocupava no Ibama. Ainda volto a ele.
Para responder se Bolsonaro conclui ou não o seu mandato, terei de voltar a Dilma Rousseff. Sim, ela pedalou, cometeu crime de responsabilidade, segundo os termos da lei 1.079. Sempre cabe a pergunta: "Mas ela pedalou muito?" Não, gente! Seu governo destruiu as contas públicas em razão de obtusidades várias, que não vêm ao caso agora, mas a pedalada propriamente foi coisa pouca, nada que a sociedade brasileira não pudesse ignorar se a economia estivesse em crescimento, os juros e a inflação em níveis civilizados, as contas públicas em ordem —hipótese, então, em que a presidente não teria passeado imprudentemente de bicicleta...
O impeachment por crime de responsabilidade tem como condição necessária uma agressão à ordem legal —uma motivação, pois, de feição jurídica—, mas só se realiza se estiver dada a condição suficiente, que é a política. Não por acaso, seu primeiro passo é a admissão da denúncia, em decisão monocrática, pelo presidente da Câmara. E toda a tramitação segue sendo de natureza... política! Os senadores, que atuam excepcionalmente como juízes, também são políticos.
Um presidente não é apeado por crime de responsabilidade, no Brasil, se contar com pelo menos um terço dos deputados ou dos senadores. Nota: a reforma da Previdência era seu grande ativo, e ele está se encarregando de implodi-la.
É claro que Bolsonaro brinca com fogo. Cometeu crime de responsabilidade, diz a lei, quando agrediu o decoro e propagou um filminho pornô. Vá lá. A coisa ganhou um tom até meio apalhaçado como consequência da estupefação geral. Mas ele se mostra insaciável nos seus três meses. A ordem para "comemorar" o golpe militar de 1964 —e o verbo foi empregado pelo porta-voz— e sua visita à CIA, onde, confessadamente, tratou da crise na Venezuela, agridem, respectivamente, os valores contidos nos Artigos 1º e 4º da Constituição.
A mesma lei 1.079 que depôs Dilma Rousseff considera, no item 3 do artigo 5º, ser "crime de responsabilidade contra a existência da União cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade". O artigo 7º aponta como "crimes de responsabilidade contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais" as seguintes práticas: "7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina" e "8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis". O mesmo artigo, no item 5, dispõe a respeito da destituição do fiscal do Ibama, ato do ministro Ricardo Salles: é crime de responsabilidade "servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua".
"Não exagere, Reinaldo!" Bem, digam isso a Bolsonaro. Os crimes estão cometidos, e não seria difícil prová-los. Ou alguém manda comemorar golpe de Estado para enviar um recado aos próceres de 1964? Obviamente, a agressão se dá à ordem constitucional de 2019.
"Então ele vai cair?" Depende dele. Se continuar a fazer bobagem e se perder as condições políticas de governar, hoje precárias, cai, sim! Os crimes de responsabilidade já foram cometidos. Por si, não derrubam ninguém. Associados à crise política aguda, tem-se a combinação letal.
As pedaladas institucionais de Bolsonaro já são maiores do que as pedaladas fiscais de Dilma. O que ele fizer na política, agora, vai determinar o resto.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
The Economist: Jair Bolsonaro, o presidente aprendiz do Brasil
A menos que ele pare de provocar e aprenda a governar, o seu mandato no Palácio do Planalto pode ser curto
The Economist, O Estado de S.Paulo
28 de março de 2019 | 20h56
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,the-economist-jair-bolsonaro-o-presidente-aprendiz-do-brasil,70002771905
Uma das principais razões pelas quais Jair Bolsonaro venceu a eleição presidencial no ano passado foi o fato de prometer movimentar de novo a economia depois de quatro anos de recessão. Ao nomear Paulo Guedes, um defensor do livre mercado, como seu superministro da Economia, ele conquistou o apoio do mundo empresarial e financeiro. Muitos imaginavam que a chegada de Bolsonaro à Presidência por si só traria nova vida para a economia. Mas, depois de três meses, ela continua moribunda como sempre. Os investidores começam a perceber que Guedes tem uma árdua tarefa de conseguir aprovar no Congresso a reforma da Previdência, crucial para a saúde fiscal do Brasil. E o próprio Bolsonaro não vem colaborando.
O déficit fiscal de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) tem um enorme peso sobre a economia, significando que os juros para os tomadores de empréstimo privados serão mais altos do que seriam do contrário. As pensões respondem por um terço do total das despesas públicas e são uma das razões pelas quais o Estado gasta pouco na infraestrutura fragilizada. O projeto de reforma do governo enviado ao Congresso no mês passado estabelece uma idade mínima para a aposentadoria, eleva as contribuições e preenche lacunas, com uma previsão de economias de R$ 1,2 trilhão durante dez anos. O déficit da Previdência foi de R$ 241 bilhões no ano passado. A reforma da Previdência, por si só, não fará com que o Brasil retome um crescimento econômico robusto. Serão necessárias reformas fiscais e outras medidas para aumentar a competitividade. Mas ela se tornou um objeto sagrado.
Bolsonaro está numa situação privilegiada porque, depois de dois anos de debate público e político, a reforma da Previdência hoje é menos impopular do que antes. Mas não é necessariamente uma proposta que conquista votos. E Bolsonaro não faz campanha para isso. “Toda a discussão sobre a reforma da Previdência é algo que os brasileiros gostariam de não ter”, afirma Monica de Bolle, economista brasileira do Peterson Institute for Internacional Economics.
A aprovação, assim, exige liderança do topo. Que está ausente. Em sua campanha, Bolsonaro denunciou a “velha política” corrupta do “toma lá, dá cá” no Congresso. Mas ele não possui uma estratégia alternativa para controlar o Legislativo. Entrou desnecessariamente em confronto com alguns aliados, incluindo Rodrigo Maia, o poderoso presidente da Câmara. O padrasto da mulher de Maia, Wellington Moreira Franco, um ex-ministro, foi preso em 21 de março junto com o ex-presidente Michel Temer, por suspeitas de suborno, o que ambos negam. O que levou a comentários feitos pelos filhos de Bolsonaro, que são assessores próximos do presidente, e que Maia considerou como um ataque pessoal. Sua resposta foi que ele não marcaria votações sobre a reforma da Previdência para um governo que chamou de “deserto de ideias”. As autoridades esta semana tentaram apaziguar Maia. Mas a reforma da Previdência deve sofrer atrasos e diluição.
O grande problema é que Bolsonaro ainda tem de mostrar que entende a sua nova função. Ele dissipou capital político, por exemplo, exortando as Forças Armadas a comemorarem o aniversário em 31 de março do golpe militar de 1964. Seu governo é de uma “confusão monumental”, afirmou Claudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). À parte a sua equipe econômica, seu governo é uma coleção de generais aposentados, políticos de médio escalão, protestantes evangélicos, um filósofo antes obscuro chamado Olavo de Carvalho. “Ninguém sabe para onde ele vai, qual o curso que está tomando”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Ele avança, depois recua, o tempo todo.”
Se o governo tem um elemento-chave, trata-se do general Hamilton Mourão, o vice-presidente, que tem tentado impor alguma disciplina política. Mas, com frequência, entra em atrito com a família Bolsonaro. Olavo de Carvalho o chamou de “idiota” e afirmou que, se as coisas continuarem como estão por mais seis meses, “tudo estará acabado”.
Embora de modo diferente, outros começam a pensar o mesmo. E ainda por cima, estão surgindo evidências de que a família Bolsonaro está ligada a membros de um grupo criminoso de ex-policiais do Rio de Janeiro acusado do assassinato da ativista Marielle Franco, o que eles negam.
Dois dos quatro presidentes eleitos anteriormente no Brasil sofreram impeachment porque, como afirmou Fernando Henrique Cardoso, “não foram mais capazes de governar”. Por mais que odeiem Bolsonaro, os democratas não devem desejar que ele não chegue ao fim do seu mandato. Ainda é o início. Mas sua Presidência já enfrenta um teste crucial. “Temos duas alternativas”, disse seu porta-voz esta semana. “Aprovar a reforma da Previdência ou afundarmos num poço sem fundo.” Se o seu chefe pelo menos fosse assim claro.
Tradução: Terezinha Martino
A menos que ele pare de provocar e aprenda a governar, o seu mandato no Palácio do Planalto pode ser curto
The Economist, O Estado de S.Paulo
28 de março de 2019 | 20h56
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,the-economist-jair-bolsonaro-o-presidente-aprendiz-do-brasil,70002771905
Uma das principais razões pelas quais Jair Bolsonaro venceu a eleição presidencial no ano passado foi o fato de prometer movimentar de novo a economia depois de quatro anos de recessão. Ao nomear Paulo Guedes, um defensor do livre mercado, como seu superministro da Economia, ele conquistou o apoio do mundo empresarial e financeiro. Muitos imaginavam que a chegada de Bolsonaro à Presidência por si só traria nova vida para a economia. Mas, depois de três meses, ela continua moribunda como sempre. Os investidores começam a perceber que Guedes tem uma árdua tarefa de conseguir aprovar no Congresso a reforma da Previdência, crucial para a saúde fiscal do Brasil. E o próprio Bolsonaro não vem colaborando.
O déficit fiscal de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) tem um enorme peso sobre a economia, significando que os juros para os tomadores de empréstimo privados serão mais altos do que seriam do contrário. As pensões respondem por um terço do total das despesas públicas e são uma das razões pelas quais o Estado gasta pouco na infraestrutura fragilizada. O projeto de reforma do governo enviado ao Congresso no mês passado estabelece uma idade mínima para a aposentadoria, eleva as contribuições e preenche lacunas, com uma previsão de economias de R$ 1,2 trilhão durante dez anos. O déficit da Previdência foi de R$ 241 bilhões no ano passado. A reforma da Previdência, por si só, não fará com que o Brasil retome um crescimento econômico robusto. Serão necessárias reformas fiscais e outras medidas para aumentar a competitividade. Mas ela se tornou um objeto sagrado.
Bolsonaro está numa situação privilegiada porque, depois de dois anos de debate público e político, a reforma da Previdência hoje é menos impopular do que antes. Mas não é necessariamente uma proposta que conquista votos. E Bolsonaro não faz campanha para isso. “Toda a discussão sobre a reforma da Previdência é algo que os brasileiros gostariam de não ter”, afirma Monica de Bolle, economista brasileira do Peterson Institute for Internacional Economics.
A aprovação, assim, exige liderança do topo. Que está ausente. Em sua campanha, Bolsonaro denunciou a “velha política” corrupta do “toma lá, dá cá” no Congresso. Mas ele não possui uma estratégia alternativa para controlar o Legislativo. Entrou desnecessariamente em confronto com alguns aliados, incluindo Rodrigo Maia, o poderoso presidente da Câmara. O padrasto da mulher de Maia, Wellington Moreira Franco, um ex-ministro, foi preso em 21 de março junto com o ex-presidente Michel Temer, por suspeitas de suborno, o que ambos negam. O que levou a comentários feitos pelos filhos de Bolsonaro, que são assessores próximos do presidente, e que Maia considerou como um ataque pessoal. Sua resposta foi que ele não marcaria votações sobre a reforma da Previdência para um governo que chamou de “deserto de ideias”. As autoridades esta semana tentaram apaziguar Maia. Mas a reforma da Previdência deve sofrer atrasos e diluição.
O grande problema é que Bolsonaro ainda tem de mostrar que entende a sua nova função. Ele dissipou capital político, por exemplo, exortando as Forças Armadas a comemorarem o aniversário em 31 de março do golpe militar de 1964. Seu governo é de uma “confusão monumental”, afirmou Claudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). À parte a sua equipe econômica, seu governo é uma coleção de generais aposentados, políticos de médio escalão, protestantes evangélicos, um filósofo antes obscuro chamado Olavo de Carvalho. “Ninguém sabe para onde ele vai, qual o curso que está tomando”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Ele avança, depois recua, o tempo todo.”
Se o governo tem um elemento-chave, trata-se do general Hamilton Mourão, o vice-presidente, que tem tentado impor alguma disciplina política. Mas, com frequência, entra em atrito com a família Bolsonaro. Olavo de Carvalho o chamou de “idiota” e afirmou que, se as coisas continuarem como estão por mais seis meses, “tudo estará acabado”.
Embora de modo diferente, outros começam a pensar o mesmo. E ainda por cima, estão surgindo evidências de que a família Bolsonaro está ligada a membros de um grupo criminoso de ex-policiais do Rio de Janeiro acusado do assassinato da ativista Marielle Franco, o que eles negam.
Dois dos quatro presidentes eleitos anteriormente no Brasil sofreram impeachment porque, como afirmou Fernando Henrique Cardoso, “não foram mais capazes de governar”. Por mais que odeiem Bolsonaro, os democratas não devem desejar que ele não chegue ao fim do seu mandato. Ainda é o início. Mas sua Presidência já enfrenta um teste crucial. “Temos duas alternativas”, disse seu porta-voz esta semana. “Aprovar a reforma da Previdência ou afundarmos num poço sem fundo.” Se o seu chefe pelo menos fosse assim claro.
Tradução: Terezinha Martino
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Victorpsilva escreveu:Há quem encare Bolsonaro como o grande mal, mas para mim é apenas o ovo da serpente. Tem mais coisa vindo aí... Melhor nos prepararmos.
A coisa tá ganhando fôlego...
Vice-presidente Mourão é hedge do setor privado contra barafunda no governo
Empresários querem proteção contra naufrágio da reforma da Previdência
Raquel Landim
Folha de S. Paulo, 29.mar.2019 às 8h50
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/raquellandim/2019/03/vice-presidente-mourao-e-hedge-do-setor-privado-contra-barafunda-no-governo.shtml
As promessas de uma trégua entre Planalto e Congresso e de algum avanço na reforma da Previdência acalmaram um pouco o mercado, depois de dias bastante nervosos. Na quarta-feira (27), o dólar chegou a bater R$ 4,00, patamar próximo aos níveis pré-eleição.
A leitura que se pode fazer dessa movimentação é a seguinte: os investidores estão rezando para que o presidente Jair Bolsonaro tenha aprendido a lição e que realmente a desavença com o deputado Rodrigo Maia, que comanda a Câmara dos Deputados, tenha sido “chuva de verão”.
Mas que ninguém se engane. O mercado segue assustado com a falta de habilidade política do governo, reconhecida pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, e vai continuar extremamente sensível, acompanhando passo a passo a tramitação da reforma.
Duas semanas atrás, escrevi neste espaço que Bolsonaro teria que mostrar resultados e não conseguiria enrolar os investidores por muito tempo. A situação, no entanto, piorou muito em relação àqueles dias que já parecem distantes.
A reversão das expectativas foi violenta por causa da troca pública de insultos entre Bolsonaro e Maia, que até agora não deu sequer para entender os reais motivos. O clima ficou ruim não só entre os investidores, mas no setor privado como um todo. Já está em queda o nível de confiança entre empresários e consumidores, o que pode ter reflexos na economia real.
Como dinheiro não aceita desaforo e não existe vácuo de poder, um banqueiro confidenciou a esta colunista que os empresários vem fazendo um “hedge” contra a barafunda que se tornou o governo Bolsonaro.
No linguajar financeiro, “hedge” é uma tomada de posição para se proteger de um risco. E, neste caso, a proteção do risco de naufrágio da reforma da Previdência e, consequentemente, do crescimento econômico ainda tímido do país tem nome e sobrenome: Hamilton Mourão.
Não foi à toa que cerca de 600 empresários fizeram fila para receber o vice-presidente na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na terça-feira (26). Os adjetivos que ouvi de um dirigente de uma grande empresa para descrever Mourão foram “preparado”, “articulado”, “muito ponderado” – tudo que Bolsonaro não tem demonstrado ser.
Ninguém está dizendo aqui que existe um movimento entre os “donos” do PIB pelo impeachment do presidente. O governo não tem nem cem dias, boa parte da elite apoiou Bolsonaro na eleição, o Brasil atravessou recentemente um processo de impeachment que deixou profundas sequelas, e empresários não gostam de solavancos na política porque atrapalha os negócios.
O maior desejo de todos com quem conversei é que Bolsonaro passe a se empenhar na aprovação da reforma da Previdência e deixe de sabotar o próprio governo. O recado dos empresariado, contudo, foi dado: se o presidente não sair do Twitter e começar a governar, o Brasil tem opções. As declarações mais recentes de Bolsonaro podem significar que a mensagem foi ouvida – ou não, pois reviravoltas se tornaram rotina. A conferir.
Raquel Landim
Repórter associada da Folha, escreve sobre economia há 18 anos.
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E aí, bolsominions, respondam essa!!!!
“FUI PUNIDO POR TER FEITO MINHA OBRIGAÇÃO”
Fiscal que multou Bolsonaro por pesca ilegal em 2012 é exonerado de cargo de chefia no Ibama
BERNARDO ESTEVES
Revista Piauí, 28mar2019_22h46
https://piaui.folha.uol.com.br/fui-punido-por-ter-feito-minha-obrigacao/
O Diário Oficial da União desta quinta-feira, 28 de março, anunciou a exoneração de José Olímpio Augusto Morelli do cargo de chefia que ocupava no Ibama, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Morelli é o servidor que, em janeiro de 2012, multou o então deputado federal Jair Bolsonaro por pesca irregular numa estação ecológica no litoral fluminense.
Morelli ocupava desde maio de 2018 a chefia do Centro de Operações Aéreas, divisão do Ibama responsável pela frota de seis helicópteros usados para a fiscalização do desmatamento na Amazônia e outras missões. Em entrevista à piauí, o servidor disse que, nos últimos dias, algumas aeronaves estavam mobilizadas para atuar no combate aos incêndios florestais em curso em Roraima. “A situação está crítica e pode fugir do controle”, disse Morelli, um engenheiro agrônomo de 56 anos especializado em direito ambiental.
A divisão que era chefiada por Morelli tem papel importante n o esforço de fiscalização ambiental na Amazônia. “Se você começar a desconstruir [o centro de operações aéreas], comprometerá a nossa operação na floresta amazônica, que é toda baseada no deslocamento aéreo”, afirmou. O servidor enxergou motivação política na sua exoneração e acredita que outras se seguirão. “Vejo tempos sombrios no Ibama.”
O nome do substituto de Morelli ainda não foi anunciado pelo ministério; funcionário concursado, o engenheiro agrônomo segue no Ibama, sem função definida por enquanto.
Morelli foi o fiscal do Ibama que assinou a multa de 10 mil reais aplicada a Jair Bolsonaro em 2012 por pesca irregular na Estação Ecológica de Tamoios, ao largo de Angra dos Reis. É também ele o autor das fotos que mostram o deputado trajando camiseta e sunga brancas no bote inflável, ao lado de varas de pescar e caixas repletas de peixes. Questionado sobre se enxergava ligação entre sua exoneração e a multa aplicada a Bolsonaro, o servidor do Ibama afirmou que “a conexão é total”. “Fui punido por ter feito minha obrigação”, alegou.
Em 2013, um ano depois de receber a multa, Bolsonaro apresentou um projeto de lei que impedia que fiscais do Ibama portassem ou usassem armas de fogo em suas missões de campo – uma proposta que destoa do seu discurso que defende a flexibilização da posse e do porte de armas para os demais cidadãos. O projeto não foi aprovado. Também em 2013, o parlamentar entrou com um mandado de segurança na Justiça Federal para conseguir autorização para a pesca amadora na mesma estação ecológica em que foi autuado.
A multa nunca foi paga. Em janeiro deste ano, a superintendência do Ibama no Rio de Janeiro suspendeu a infração, com base num parecer da Advocacia-Geral da União de dezembro de 2018 segundo o qual Bolsonaro não teve amplo direito de defesa no processo. No início de março, um parecer técnico do Ibama afirmou que a multa aplicada a Jair Bolsonaro estaria prescrita há um ano e dois meses, conforme noticiou O Globo.
Jair Bolsonaro se elegeu presidente defendendo o fim da “indústria das multas ambientais”. Na avaliação de Morelli, sua exoneração seria um reflexo da execução desse compromisso de campanha. “Está em andamento uma tentativa de desmonte de uma experiência bem sucedida de combate aos ilícitos ambientais no país”, afirmou o servidor do Ibama.
Procurada pela piauí na tarde de 28 de março para prestar esclarecimentos sobre a exoneração de Morelli, a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.
BERNARDO ESTEVES
Repórter da piauí desde 2010, é autor do livro Domingo é dia de ciência, da Azougue Editorial
Fiscal que multou Bolsonaro por pesca ilegal em 2012 é exonerado de cargo de chefia no Ibama
BERNARDO ESTEVES
Revista Piauí, 28mar2019_22h46
https://piaui.folha.uol.com.br/fui-punido-por-ter-feito-minha-obrigacao/
O Diário Oficial da União desta quinta-feira, 28 de março, anunciou a exoneração de José Olímpio Augusto Morelli do cargo de chefia que ocupava no Ibama, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Morelli é o servidor que, em janeiro de 2012, multou o então deputado federal Jair Bolsonaro por pesca irregular numa estação ecológica no litoral fluminense.
Morelli ocupava desde maio de 2018 a chefia do Centro de Operações Aéreas, divisão do Ibama responsável pela frota de seis helicópteros usados para a fiscalização do desmatamento na Amazônia e outras missões. Em entrevista à piauí, o servidor disse que, nos últimos dias, algumas aeronaves estavam mobilizadas para atuar no combate aos incêndios florestais em curso em Roraima. “A situação está crítica e pode fugir do controle”, disse Morelli, um engenheiro agrônomo de 56 anos especializado em direito ambiental.
A divisão que era chefiada por Morelli tem papel importante n o esforço de fiscalização ambiental na Amazônia. “Se você começar a desconstruir [o centro de operações aéreas], comprometerá a nossa operação na floresta amazônica, que é toda baseada no deslocamento aéreo”, afirmou. O servidor enxergou motivação política na sua exoneração e acredita que outras se seguirão. “Vejo tempos sombrios no Ibama.”
O nome do substituto de Morelli ainda não foi anunciado pelo ministério; funcionário concursado, o engenheiro agrônomo segue no Ibama, sem função definida por enquanto.
Morelli foi o fiscal do Ibama que assinou a multa de 10 mil reais aplicada a Jair Bolsonaro em 2012 por pesca irregular na Estação Ecológica de Tamoios, ao largo de Angra dos Reis. É também ele o autor das fotos que mostram o deputado trajando camiseta e sunga brancas no bote inflável, ao lado de varas de pescar e caixas repletas de peixes. Questionado sobre se enxergava ligação entre sua exoneração e a multa aplicada a Bolsonaro, o servidor do Ibama afirmou que “a conexão é total”. “Fui punido por ter feito minha obrigação”, alegou.
Em 2013, um ano depois de receber a multa, Bolsonaro apresentou um projeto de lei que impedia que fiscais do Ibama portassem ou usassem armas de fogo em suas missões de campo – uma proposta que destoa do seu discurso que defende a flexibilização da posse e do porte de armas para os demais cidadãos. O projeto não foi aprovado. Também em 2013, o parlamentar entrou com um mandado de segurança na Justiça Federal para conseguir autorização para a pesca amadora na mesma estação ecológica em que foi autuado.
A multa nunca foi paga. Em janeiro deste ano, a superintendência do Ibama no Rio de Janeiro suspendeu a infração, com base num parecer da Advocacia-Geral da União de dezembro de 2018 segundo o qual Bolsonaro não teve amplo direito de defesa no processo. No início de março, um parecer técnico do Ibama afirmou que a multa aplicada a Jair Bolsonaro estaria prescrita há um ano e dois meses, conforme noticiou O Globo.
Jair Bolsonaro se elegeu presidente defendendo o fim da “indústria das multas ambientais”. Na avaliação de Morelli, sua exoneração seria um reflexo da execução desse compromisso de campanha. “Está em andamento uma tentativa de desmonte de uma experiência bem sucedida de combate aos ilícitos ambientais no país”, afirmou o servidor do Ibama.
Procurada pela piauí na tarde de 28 de março para prestar esclarecimentos sobre a exoneração de Morelli, a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.
BERNARDO ESTEVES
Repórter da piauí desde 2010, é autor do livro Domingo é dia de ciência, da Azougue Editorial
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
^ Atitude covarde, típica de um político corrupto, autoritário e que não dá a mínima para o Estado de Direito.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo
Essa moça, recém eleita deputada, é um fio de esperança. Vejam a pancada que ela dá no (des)Ministro da Educação (sic!):
https://www.youtube.com/watch?v=4bhM8r0ZKEQ
https://www.youtube.com/watch?v=4bhM8r0ZKEQ
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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