Sonelli Brasa.

Saudações. 
A Sonelli foi fundada em 1953 pelo sr. Affonso e seus filhos Dilmo e Gildo Oppitz, originalmente como uma fábrica de acordeões, em Canela/RS. Chegou a ter 300 funcionários e um pavilhão próprio de 4.000 m², a maior indústria de Canela, na época. No início dos anos 60, com a  contratação do engenheiro elétrico Dr. Evaldo Matte, iniciou a fabricação de guitarras, baixos e amplificadores elétricos. Nos anos 70, porém, a empresa voltou-se para a fabricação de móveis e abandonou as linhas de instrumentos. O Brasa, de 1964, é o modelo que, de cara, mais me despertou a curiosidade e a empatia. Dos interruptores que acionam os captadores ao braço sem tensor, tudo me fez pensar sobre como teriam sido aquelas primeiras investidas, as primeiras experiências, sem recursos, sem know-how, só com a vontade e a coragem. Tempos difíceis para todos e, por tudo isso, presto minha sincera homenagem à histórias desses pioneiros. Nunca pus as mãos sobre um desses e ficaria muito agradecido se alguém tivesse alguma experiência sobre esse modelo pra compartilhar. Tenho certeza de que, com o alcance e a diversidade dessa Fórum, logo as histórias aparecerão. Abraço. 

lembro do Arthur maia alando que tinha um baixo com interruptor será se era um destes

Já contei essa historinha aqui...
Eu estava no bar do saudoso Arthur conversando com ele aqui em Nikity e havia um Sonelli na parede.
Perguntei à ele, espantado e ele me disse que tinha sido o 1º baixo dele. Muito ruim, ação alta e não afinava direito, além, é claro, dos indefectíveis interruptores...

São tão feios que dá vontade de ter um....

allexcosta escreveu:^ Ah tá... Então os dois ícones cariocas (o Nico de coração) do nosso instrumento começaram com baixos com interruptores de parede.

E a gurizada de hoje reclamando de SX, Tagima...

Baixo sem tensor é de lascar, viu?!...

Muito parecido com os instrumentos Begher.

Rico escreveu:Muito parecido com os instrumentos Begher.

O sr. Romeu Begher tinha um ateliê em São Paulo até alguns anos atrás. Mas os Oppitz.. Não encontro muita coisa.. Essa guitarra com interruptores é a Begher BR6, originalmente lançada nos anos 60..

Observação: o Rodrigo, do Los Hermanos, usa um Sonelli modificado, de vez em quando..

WHead escreveu:

Rico escreveu:Muito parecido com os instrumentos Begher.

O sr. Romeu Begher tinha um ateliê em São Paulo até alguns anos atrás. Mas os Oppitz.. Não encontro muita coisa.. Essa guitarra com interruptores é a Begher BR6, originalmente lançada nos anos 60..

Observação: o Rodrigo, do Los Hermanos, usa um Sonelli modificado, de vez em quando..

Não é modificado não. É um Violitarra Hispânica.
Tenho um igualzinho, de 1968, que comprei com um senhor, único proprietário dele há 52 anos


Realmente, não tem tensor - não sei se instrumentos nacionais dessa época tinham, tenho um Snake, de 69, tbm não tem tensor -, mas pelo este que peguei não há empeno. A afinação não é 100% por conta da ponte, que não tem saddles (tem 1 único que sustenta as 4 cordas, com regulagem de altura e oitavas - mas repito, não tem como regular corda por corda - limitações da época, creio)

Vou reformá-lo.
Posso dizer que é um instrumento maravilhoso pela história que carrega e pela sonoridade que oferece.
E claro, ter como referência baixos atuais para opinar sobre estes de 50 anos, nacionais, é sacanagem.

Assim que possível, coloco mais infos e vídeos aqui.

Cara , que bacana...valeu por compartilhar lxra , quando puder poste mais informações... abraço.

Ixra escreveu:
Não é modificado não. É um Violitarra Hispânica.
Tenho um igualzinho, de 1968, que comprei com um senhor, único proprietário dele há 52 anos

Assim que possível, coloco mais infos e vídeos aqui.

Ixra, não sabia que se tratava de uma Violitarra Hispânica..  Muito interessante!
Parabéns pelo instrumento!
Se você quiser abra um tópico para acompanharmos a sua reforma e suas impressões - eu adoraria!

Abraço.

Aqui no RS é fácil esbarram com um Sonelli. Mas só vi baixo uma vez, na parede de um bar que toquei em Cruz Alta.
Confesso que achei a guitarra tosca demais. Mas quem busca tal sonoridade pode ficar feliz.

GAS!

GAS também, mas dificilmente pagaria o que estão pedindo hoje em dia por um exemplar desses.

Eu tenho um que me parece ser 1968 o ano. Gosto do timbre e o uso até hoje. Esta comigo desde 1999 e pertenceu ao baixista da legendária banda Curitibana Blindagem, meu amigo Paulo Juck.

Na foto estou com ele em show e no video de um de meus trabalho com a banda Septon Classics gravei esse clipe com ele também.

Paulo Penna escreveu:São tão feios que dá vontade de ter um....

É verdade! Pegando o gancho: em fevereiro estive em Curitiba e passei numa loja de instrumentos alí no centro (agora confesso que me fugiu o nome dela), perto da rua Dr. Muricy, uma loja no estilo da Casa Góes aqui de Niterói... cheia de instrumento encalhado e velharias... estava olhando a loja quando de repente avisto um clássico Tonante... cara... deu até comichão pra trazer...
Graças a Deus não tinha espaço no carro!

Graças a Deus, só vi isso em 2020.