Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
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Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Olá povo.
Recentemente resolvi guardar meus baixos todos em cima do armário por dois motivos: o escritório onde eles ficam é quente demais, e não queria deixa-los no stand para quatro instrumentos direto, e segundo, tô estudando para um concurso, então tirei de circulação os "elementos de distração". Deixei a Mao apenas o D'Mark Ômega de 5 cordas, para poder brincar de quando em vez.
Após 2 semanas deles lá em cima, isolados, me veio o seguinte pensamento: O D'Mark é suficiente para o meu deleite musical. Não tenho banda oficial, toco esporadicamente com colegas, e minha vida familiar e profissional não dá muito espaço para assumir compromissos musicais fixos.
Ressalto que o que está guardado em cima do armário é:
• 1 Fender JB Geddy Lee
• 1 Fender JB Marcus Miller
• 1 Fender PB American Professional
• 1 Tagima JB Fretless
Apos estas duas semanas, eu vi este video do Keith Williams, do excelente canal Five Watt World:
O motto (ou slogan) dele e seu canal é "help you to get the most music from the least gear". Enfim, o canal fala muito de minimalismo, buscar a quantidade de equipamento necessário para expressar a sua musica. E este video em especial aborda esta temática.
Há anos que ja diagnostiquei que cada baixo que compro está associado a um momento em que estou meio cabisbaixo, chateado, triste ou frustrado com algo. E pra falar a verdade, apesar de reconhecer tais emoções, não posso dizer que tive realmente motivos fortes para me sentir assim. Tenho uma vida muito abençoada, como dizem os que crêem. Mas de qualquer forma, foram momentos em que não estava realizado na esfera amorosa, profissional e etc. E como tinha a grana na Mao, comprava um equipamento novo. Recentemente, a proximidade com o Rodrigo Baixista (pessoal e local), facilitou ir testar novos baixos e adquiri-los de forma facilitada, pois ele é bom de negociação. Com isso, nos últimos 2 anos, ja comprei uns 4 baixos com eles, tendo testado uns 20 (incluindo Ritters, Foderas, Sadowskys e muito mais). Vinha o 13°, adicional de Férias e eu ia lá e pá, comprava um baixo. Inclusive me ferrei depois, pois em alguns momentos gastei mais que devia, agindo de forma irresponsável financeiramente (em especial para quem tem 2 filhos e sustenta a casa).
Feita esta reflexão, já se passaram 4 semanas e aqueles instrumentos maravilhosos seguem lá em cima do armário, na deles. Eu sigo brincando quase todo o dia por uns 10 a 30 min com o D'Mark que é um pitéu e muito me agrada. Falo em vender tudo, mas minha esposa é contra (acreditem). Acha que irei me arrepender por não ter mais esse arsenal que ela sabe que gosto de "ter".
Podemos inclusive expandir a questão do "ter". Nunca fui aos EUA, mas percebo que o Brasil foi na mesma onda do consumismo pelo consumismo. Do efeito anestésico da ação de comprar, do deleite de se sentir capaz de adquirir algo que se quer (muitas vezes sem necessidade ou precisão). Sim, é como a cocaína, o açúcar , o alcool, e oração e meditação , libera uma endorfina gostosa que da uma sensação de prazer, realização e calma.
Fiz uma pausa nos meus estudos para o concurso para escrever este texto e foi uma coisa boa, pois escrever sobre o que sentimos é um ato de reflexão e introspecção sem igual. Nos faz pensar o que queremos, como queremos e como este querer afeta a nossa vida em diferentes esferas.
A musica é parte importante na minha vida, preciso dela. Mas hoje, com todas as responsabilidades que tenho, não posso me dar ao luxo de ficar investindo tanto dinheiro. Como na época de faculdade, quando parei de tocar praticamente por 3 anos, hoje me vejo numa situação que devo investir minhas energias e fianças no bem estar da familia e numa segurança profissional a longo prazo. De forma alguma é um abando no da musica, mas provavelmente seguirei por mais uns 2 a 3 anos sem me envolver fixamente com bandas, ensaios ou shows. Apenas jams e confraternizações. E o que eu preciso de equipamento para garantir que estes momentos cumpram seu papel de alegrar a minha vida? Preciso mesmo de 5 baixos? Preciso mesmo ter diferentes timbres à mão sempre que desejar? Digo isso porque, inclusive, tô namorando um StingRay... Que delicia poder tocar umas musicas em que so o timbre de um MM se encaixa. Mas agora é a hora de me dar este luxo? Ou deve elencar prioridade e focar nelas?
Enfim, escrevi um monte, uma baita reflexão pessoal que divido aqui com os colegas. Não é uma critica aos colegas que colecionam instrumentos, de forma alguma. Mas é algo que, no momento, povoa meus pensamentos e tem muito a ver com tornar-se adulto, amadurecer. Algo que não é fácil, e muitos falam de uma dificuldade geracional de crescer e "adultecer"
Fiquem a vontade para expandir a reflexão posta.
Recentemente resolvi guardar meus baixos todos em cima do armário por dois motivos: o escritório onde eles ficam é quente demais, e não queria deixa-los no stand para quatro instrumentos direto, e segundo, tô estudando para um concurso, então tirei de circulação os "elementos de distração". Deixei a Mao apenas o D'Mark Ômega de 5 cordas, para poder brincar de quando em vez.
Após 2 semanas deles lá em cima, isolados, me veio o seguinte pensamento: O D'Mark é suficiente para o meu deleite musical. Não tenho banda oficial, toco esporadicamente com colegas, e minha vida familiar e profissional não dá muito espaço para assumir compromissos musicais fixos.
Ressalto que o que está guardado em cima do armário é:
• 1 Fender JB Geddy Lee
• 1 Fender JB Marcus Miller
• 1 Fender PB American Professional
• 1 Tagima JB Fretless
Apos estas duas semanas, eu vi este video do Keith Williams, do excelente canal Five Watt World:
O motto (ou slogan) dele e seu canal é "help you to get the most music from the least gear". Enfim, o canal fala muito de minimalismo, buscar a quantidade de equipamento necessário para expressar a sua musica. E este video em especial aborda esta temática.
Há anos que ja diagnostiquei que cada baixo que compro está associado a um momento em que estou meio cabisbaixo, chateado, triste ou frustrado com algo. E pra falar a verdade, apesar de reconhecer tais emoções, não posso dizer que tive realmente motivos fortes para me sentir assim. Tenho uma vida muito abençoada, como dizem os que crêem. Mas de qualquer forma, foram momentos em que não estava realizado na esfera amorosa, profissional e etc. E como tinha a grana na Mao, comprava um equipamento novo. Recentemente, a proximidade com o Rodrigo Baixista (pessoal e local), facilitou ir testar novos baixos e adquiri-los de forma facilitada, pois ele é bom de negociação. Com isso, nos últimos 2 anos, ja comprei uns 4 baixos com eles, tendo testado uns 20 (incluindo Ritters, Foderas, Sadowskys e muito mais). Vinha o 13°, adicional de Férias e eu ia lá e pá, comprava um baixo. Inclusive me ferrei depois, pois em alguns momentos gastei mais que devia, agindo de forma irresponsável financeiramente (em especial para quem tem 2 filhos e sustenta a casa).
Feita esta reflexão, já se passaram 4 semanas e aqueles instrumentos maravilhosos seguem lá em cima do armário, na deles. Eu sigo brincando quase todo o dia por uns 10 a 30 min com o D'Mark que é um pitéu e muito me agrada. Falo em vender tudo, mas minha esposa é contra (acreditem). Acha que irei me arrepender por não ter mais esse arsenal que ela sabe que gosto de "ter".
Podemos inclusive expandir a questão do "ter". Nunca fui aos EUA, mas percebo que o Brasil foi na mesma onda do consumismo pelo consumismo. Do efeito anestésico da ação de comprar, do deleite de se sentir capaz de adquirir algo que se quer (muitas vezes sem necessidade ou precisão). Sim, é como a cocaína, o açúcar , o alcool, e oração e meditação , libera uma endorfina gostosa que da uma sensação de prazer, realização e calma.
Fiz uma pausa nos meus estudos para o concurso para escrever este texto e foi uma coisa boa, pois escrever sobre o que sentimos é um ato de reflexão e introspecção sem igual. Nos faz pensar o que queremos, como queremos e como este querer afeta a nossa vida em diferentes esferas.
A musica é parte importante na minha vida, preciso dela. Mas hoje, com todas as responsabilidades que tenho, não posso me dar ao luxo de ficar investindo tanto dinheiro. Como na época de faculdade, quando parei de tocar praticamente por 3 anos, hoje me vejo numa situação que devo investir minhas energias e fianças no bem estar da familia e numa segurança profissional a longo prazo. De forma alguma é um abando no da musica, mas provavelmente seguirei por mais uns 2 a 3 anos sem me envolver fixamente com bandas, ensaios ou shows. Apenas jams e confraternizações. E o que eu preciso de equipamento para garantir que estes momentos cumpram seu papel de alegrar a minha vida? Preciso mesmo de 5 baixos? Preciso mesmo ter diferentes timbres à mão sempre que desejar? Digo isso porque, inclusive, tô namorando um StingRay... Que delicia poder tocar umas musicas em que so o timbre de um MM se encaixa. Mas agora é a hora de me dar este luxo? Ou deve elencar prioridade e focar nelas?
Enfim, escrevi um monte, uma baita reflexão pessoal que divido aqui com os colegas. Não é uma critica aos colegas que colecionam instrumentos, de forma alguma. Mas é algo que, no momento, povoa meus pensamentos e tem muito a ver com tornar-se adulto, amadurecer. Algo que não é fácil, e muitos falam de uma dificuldade geracional de crescer e "adultecer"
Fiquem a vontade para expandir a reflexão posta.
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Olha... Falar em GAS, eu apareço, hahahaha
Te entendo e muito. Cheguei a um ponto de equipamentos que não tenho vontade de ter algo diferente. Cheguei a uma época, assim como você, comprometer o meu orçamento familiar com a compra de um baixo. Mas isso me serviu de lição (ou não) de vida.
Esta visão de ter as coisas é puro consumismo sim. Mas também acho que tudo depende do que o instrumento é pra você. Eu mesmo tenho pra mim a experiência de ter tido, em mãos, vários instrumentos e saber o que mais me agrada. Realizei sonhos e curti muitos momentos por causa dos inúmeros rolos já feitos. Um dia, eles me foram "o ar que eu respiro". Hoje, são só coisas. Toda vez que tiro as minhas tranqueiras (Sandberg, SMartyn 36", Kubicki Factor e um Squier fretless) do armário, acho bonito fazer fotos com eles pois vejo fotos bonitas na internet e aprendo a fotografar melhor. Não sou um músico profissional e tenho ciência de que nem quero ser. Eles fazem parte da minha vida e me foram a inspiração para poder acordar cedo, trabalhar, fazer rolos e rolos... Por causa dessa busca incansável, ganhei até o apelido de Presidente (dos rolos)...
Aqui estamos falando só de baixos né? Porque, enquanto eu estou escrevendo isso, estou olhando meu set de amplificação e várias e várias vezes eu olhei e disse: "Sou um exagerado mesmo". Em seguida, penso: "Mas feliz!". São 800W de um MESA ligado em 2ohms. Qual o público pra usar isso??? hahahahahahaha
Agora... Uma coisa legal que eu tenho é a história de como consegui as coisas.
Um exemplo foi o factor... Alguns aqui sabem que o Vail Johnson, que tocou com Kenny G no início dos anos 90 (até antes), foi quem me inspirou a aprender. A performance do solo do Kenny G Live pra mim foi incrível e eu sempre curti música instrumental. Imagina que eu tive muitas vontades de ter o mesmo baixo que ele, tanto pelo som quanto por uma, digamos, homenagem ao cara que me inspirou. Passei alguns anos pensando na possibilidade de ter... O dólar caro... O Philip, criador, morre... Até que um dia, eu consegui adquirir um. No dia em que voltei pra casa, após começar a brincar com o novo brinquedo, comecei a passar mau. Fui ao hospital e estava tendo uma crise de felicidade, acredita? Estava deslumbrado com um sonho realizado...
Esse é uma das poucas histórias do que é o contrabaixo pra mim.
Te entendo e muito. Cheguei a um ponto de equipamentos que não tenho vontade de ter algo diferente. Cheguei a uma época, assim como você, comprometer o meu orçamento familiar com a compra de um baixo. Mas isso me serviu de lição (ou não) de vida.
Esta visão de ter as coisas é puro consumismo sim. Mas também acho que tudo depende do que o instrumento é pra você. Eu mesmo tenho pra mim a experiência de ter tido, em mãos, vários instrumentos e saber o que mais me agrada. Realizei sonhos e curti muitos momentos por causa dos inúmeros rolos já feitos. Um dia, eles me foram "o ar que eu respiro". Hoje, são só coisas. Toda vez que tiro as minhas tranqueiras (Sandberg, SMartyn 36", Kubicki Factor e um Squier fretless) do armário, acho bonito fazer fotos com eles pois vejo fotos bonitas na internet e aprendo a fotografar melhor. Não sou um músico profissional e tenho ciência de que nem quero ser. Eles fazem parte da minha vida e me foram a inspiração para poder acordar cedo, trabalhar, fazer rolos e rolos... Por causa dessa busca incansável, ganhei até o apelido de Presidente (dos rolos)...
Aqui estamos falando só de baixos né? Porque, enquanto eu estou escrevendo isso, estou olhando meu set de amplificação e várias e várias vezes eu olhei e disse: "Sou um exagerado mesmo". Em seguida, penso: "Mas feliz!". São 800W de um MESA ligado em 2ohms. Qual o público pra usar isso??? hahahahahahaha
Agora... Uma coisa legal que eu tenho é a história de como consegui as coisas.
Um exemplo foi o factor... Alguns aqui sabem que o Vail Johnson, que tocou com Kenny G no início dos anos 90 (até antes), foi quem me inspirou a aprender. A performance do solo do Kenny G Live pra mim foi incrível e eu sempre curti música instrumental. Imagina que eu tive muitas vontades de ter o mesmo baixo que ele, tanto pelo som quanto por uma, digamos, homenagem ao cara que me inspirou. Passei alguns anos pensando na possibilidade de ter... O dólar caro... O Philip, criador, morre... Até que um dia, eu consegui adquirir um. No dia em que voltei pra casa, após começar a brincar com o novo brinquedo, comecei a passar mau. Fui ao hospital e estava tendo uma crise de felicidade, acredita? Estava deslumbrado com um sonho realizado...
Esse é uma das poucas histórias do que é o contrabaixo pra mim.
gsfteodoro- Membro
- Mensagens : 5423
Localização : Brezil
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu por motivos óbvios, trabalho só com música, acabo muitas vezes comprando algo como investimento no meu trabalho mas mesmo assim estou reduzindo cada vez mais meu set e ficando só com o essencial. Eu sou um cara de poucos baixos nem consigo administra ter 4 ou 5 acredito que 3 seria um numero ideal para mim mas dois já resolveriam minha vida. Guitarra mesmo eu me satisfaço com minha hollow com cordas flats e minha semi com cordas normais e nem a strato uso muito mais.
Acho que reduzir o consumo é necessário mesmo.
Muitas vezes tentamos preencher algum vazio com equipo mas não preenche nada! kkkkkk
Acho que reduzir o consumo é necessário mesmo.
Muitas vezes tentamos preencher algum vazio com equipo mas não preenche nada! kkkkkk
Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Menos é mais... Mas como é difícil realmente pensar assim...
Diria quase impossível.
Diria quase impossível.
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
complicado... nunca tive condição de ter baixos top das marcas mais renomadas.. sempre passaram na minha mao baixos de iniciantes e talz, samick, ibanez gio, tagima, Sx, entao vontade de ter nunca faltou.. mas como musica nunca foi trabalho e eu nunca ganhei um centavo com isso, to me contentando com o basico so pra fazer barulho msm.. um tagima jazz bass, um TBM5 fretless(adquirido so pra matar a vontade de ter um fretless) e um staner.
vinibassplayer- Membro
- Mensagens : 1607
Localização : Corinto - MG
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Não achei o artigo, mas uma vez li que a mesma área do cerebro que nos deixa triste, frustrado é também onde reside o desejo de compra...Ivanov_br escreveu:
Há anos que ja diagnostiquei que cada baixo que compro está associado a um momento em que estou meio cabisbaixo, chateado, triste ou frustrado com algo. E pra falar a verdade, apesar de reconhecer tais emoções, não posso dizer que tive realmente motivos fortes para me sentir assim. Tenho uma vida muito abençoada, como dizem os que crêem. Mas de qualquer forma, foram momentos em que não estava realizado na esfera amorosa, profissional e etc. E como tinha a grana na Mao, comprava um equipamento novo.
Isso é uma das causas que tenhamos esse desejo quando algo está errado em nossas vidas.
Aproveitando tem um artigo legal aqui.
https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-40723595
Eu também me pego com pensamentos consumistas quando algo está errado na minha vida pessoal ou no trabalho.
Apesar disso, consigo controlar bem o que compro, e embora tenho coisas que acabo não usando com tanta freqüência, financeiramente não comprometeram meu dia a dia.
Acho que a melhor coisa a se fazer quando me pego com desejo de comprar um novo baixo, amp ou algo mais caro é praticar algum exercício, sair pedalar, ou mesmo sair conversar com amigos ou família. A cabeça acaba distraindo e relaxando e perco o desejo mais compulsívo.
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu até concordo.
Tenho 4 baixos e começo a pensar no por que eu tê-los...
Aí começo a pensar...
2 Foram oportunidades boas, 2 foram baixos que eu sentia vontade de ter e esperei bastante.
Ai olho pra eles, nem a pau que me dá vontade de me desfazer....
Espaço não é mais um problema
Ok que são baixos baratos e humildes.. mas hoje não tenho coragem de me desfazer não...
Mesma coisa pro meu GK 400 RB (o geração 1, de cabo cinza)... Nem to usando, mas nem passa pela cabeça vendê-lo.
Tenho 4 baixos e começo a pensar no por que eu tê-los...
Aí começo a pensar...
2 Foram oportunidades boas, 2 foram baixos que eu sentia vontade de ter e esperei bastante.
Ai olho pra eles, nem a pau que me dá vontade de me desfazer....
Espaço não é mais um problema
Ok que são baixos baratos e humildes.. mas hoje não tenho coragem de me desfazer não...
Mesma coisa pro meu GK 400 RB (o geração 1, de cabo cinza)... Nem to usando, mas nem passa pela cabeça vendê-lo.
Breno_Barnabe- Membro
- Mensagens : 5361
Localização : São Paulo
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu passei por essa reflexão há poucos dias e cheguei a conclusão que não gastaria mais grana adquirindo novos equipamentos. Como também sou o único provedor da casa, tendo esposa e filha pequena, várias vezes me senti culpado com a fatura do cartão quando via aquela lista de parcelas de compras de equipos, pagamentos de fretes quando fazia trocas, aquela bola de neve que estava virando um vício, apesar que nunca me comprometi com valores que não conseguisse pagar, mas era muito dinheiro empregado para manter meu "vicio", poderia destinar esses valores para uma poupança.
Já estou há um bom tempo sem comprar nada, hoje fico feliz quando vejo a fatura do cartão e não ter nada relacionado a instrumento.
Atualmente tenho um Ibanez BTB 1405 premium, Ibanez SR506 (novo, peguei em uma troca no Garcias JB) e um baixolão tagima AB500.
Caixa Teksound 2x10 e amp Peavey Tour 450 (guardados no canto do quarto, pois não tenho uso para eles, na verdade saíram de casa umas duas vezes até hoje, quando olho para eles, vejo dinheiro parado)
Para um cara que está tocando um vez por semana a noite, está mais que suficiente. Toco mais em casa com fone de ouvido, mas não tenho tocado fora.
Me peguei pensando até sobre meu carro, se compensava ter um carro relativamente caro, guardado na garagem, pagando documentação anual, pois uso no máximo uma ou duas vezes na semana, dificilmente faço uma viagem, poderia ter um carro mais barato que me serviria da mesma forma.
Mas como carro não é uso específico meu, resolvi continuar com ele pelo bem e conforto da familia.
Mas os instrumentos, pretendo não comprar mais, ficar quieto com o que tenho.
Já estou há um bom tempo sem comprar nada, hoje fico feliz quando vejo a fatura do cartão e não ter nada relacionado a instrumento.
Atualmente tenho um Ibanez BTB 1405 premium, Ibanez SR506 (novo, peguei em uma troca no Garcias JB) e um baixolão tagima AB500.
Caixa Teksound 2x10 e amp Peavey Tour 450 (guardados no canto do quarto, pois não tenho uso para eles, na verdade saíram de casa umas duas vezes até hoje, quando olho para eles, vejo dinheiro parado)
Para um cara que está tocando um vez por semana a noite, está mais que suficiente. Toco mais em casa com fone de ouvido, mas não tenho tocado fora.
Me peguei pensando até sobre meu carro, se compensava ter um carro relativamente caro, guardado na garagem, pagando documentação anual, pois uso no máximo uma ou duas vezes na semana, dificilmente faço uma viagem, poderia ter um carro mais barato que me serviria da mesma forma.
Mas como carro não é uso específico meu, resolvi continuar com ele pelo bem e conforto da familia.
Mas os instrumentos, pretendo não comprar mais, ficar quieto com o que tenho.
NeyBass- Membro
- Mensagens : 5145
Localização : MT
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
A época que eu tocava melhor e fazia mais shows meu equipamento era:
- Baixo de 600 Reais.
- Capa genérica
- Cabo DiMarzio
- Cordas reserva
- Bateria reserva
E só...
Afinador era emprestado do guitarrista, amp era da gig.
Tirava música em casa sem nada. Partes mais complicadas tirava no violão.
- Baixo de 600 Reais.
- Capa genérica
- Cabo DiMarzio
- Cordas reserva
- Bateria reserva
E só...
Afinador era emprestado do guitarrista, amp era da gig.
Tirava música em casa sem nada. Partes mais complicadas tirava no violão.
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Existem exceções, mas o que vejo geralmente é que quanto mais equipamento a pessoa tem, menos ela toca. (Não tô falando de gente grande, famosa, nenhum astro do rock ou coisa do tipo, mas de "gente comum").
Jãozeiro- Membro
- Mensagens : 3252
Localização : Doha - Qatar
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Então, se isto não é uma compulsão, se não se tira dinheiro da casa ou da família, não vejo problema. Uma coisa e colecionar para ostentar, outra coisa é ser baixista, admirar os instrumentos, e usa-los, é claro.
Eu só tenho 12 baixos porque não tenho condições de ter todos os baixos que eu queria, já passaram um 50 baixos pelas minhas mãos. Inclusive me arrependo de ter negociado vários baixos, mas não tinha alternativa.
Outra coisa tbm é o recalque. Qdo era jovem, e comecei a tocar, com 14 anos, era duro, e a muito custo tinha um Giannini formigão. Ficava frustrado porque não conseguia tirar um timbre do Louis Johnson ou do Mark King por exemplo. Depois que desisti de ser musico profissional, e enveredei numa carreira que me desse segurança financeira, não me furtei de ter os baixos que sempre sonhei ter.
Claro que dar para fazer de tudo com um bom Precision por exemplo, mas há pelo menos 4 timbres que um baixista pode ter, para ser versátil: um jazz bass, um precision, um musicman e um rickenbacker.
Fora as opções de cordas....um baixo com flats, um baixo com cordas de aço, cordas de níquel, tapewounds...
Eu só tenho 12 baixos porque não tenho condições de ter todos os baixos que eu queria, já passaram um 50 baixos pelas minhas mãos. Inclusive me arrependo de ter negociado vários baixos, mas não tinha alternativa.
Outra coisa tbm é o recalque. Qdo era jovem, e comecei a tocar, com 14 anos, era duro, e a muito custo tinha um Giannini formigão. Ficava frustrado porque não conseguia tirar um timbre do Louis Johnson ou do Mark King por exemplo. Depois que desisti de ser musico profissional, e enveredei numa carreira que me desse segurança financeira, não me furtei de ter os baixos que sempre sonhei ter.
Claro que dar para fazer de tudo com um bom Precision por exemplo, mas há pelo menos 4 timbres que um baixista pode ter, para ser versátil: um jazz bass, um precision, um musicman e um rickenbacker.
Fora as opções de cordas....um baixo com flats, um baixo com cordas de aço, cordas de níquel, tapewounds...
Última edição por Mulambo em Qui Jan 23, 2020 6:58 pm, editado 1 vez(es)
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Jãozeiro escreveu:Existem exceções, mas o que vejo geralmente é que quanto mais equipamento a pessoa tem, menos ela toca. (Não tô falando de gente grande, famosa, nenhum astro do rock ou coisa do tipo, mas de "gente comum").
Confere no meu caso.
Quando eu ligava menos pra equipamento me preocupava mais em tocar, estudar, etc...
Quando comecei a viajar em baixos mirabolantes, negligenciei o outro lado da moeda.
E acho que fico no meio do caminho entre comum e astro da magia.
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu tenho 3 e penso em me desfazer de 1, pois normalmente quem tem 1 nao tem nenhum...
pode acontecer alguma coisa no caminho, tem o tempo de deixar no luthier pra regular ou fazer alguma manutenção.
nao toco direto, coisa de 4 ou 5 vezes ao mes, entao acho interessante ter 2 baixos...
pode acontecer alguma coisa no caminho, tem o tempo de deixar no luthier pra regular ou fazer alguma manutenção.
nao toco direto, coisa de 4 ou 5 vezes ao mes, entao acho interessante ter 2 baixos...
RBORCARI- Membro
- Mensagens : 661
Localização : Jundiaí
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Li uma mensagem aqui no fórum, a um bom tempo atrás que não me saiu da mente: Se nós aplicassemos a mesma energia e dedicação (que utilizamos na busca por novos equipamentos) nos estudos, seríamos músicos muito melhores... Infelizmente não lembro o autor da frase, mas a carapuça serviu e ainda serve pra mim!
Rgomes- Membro
- Mensagens : 55
Localização : SAO JOSE DOS CAMPOS
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Tá aí um tópico que eu estava pra escrever há algum tempo. Sempre me pego caindo nas armadilhas do consumismo, tenho crises de ansiedade quando percebo que tenho coisas demais e sofro um bocado quando resolvo me desfazer de algumas delas. Ando lutando bastante pra não entrar no olx ou ML e ficar fuçando pra ver se acho algum bom negócio de algum equipamento que tenho vontade de tocar / conhecer. Esse monstrinho da G.A.S. é terrível mas aos poucos tenho domado ele.
Guga Ramone- Membro
- Mensagens : 1040
Localização : Curitiba / PR
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Boa reflexão Ivanov_br. Demorei um pouco para ler por conta do tamanho. Incomoda um pouco pensar isso, mas chega uma hora que é necessário.
Não me julgo um acumulador. Faz uns dois anos que tenho sempre três baixos e a cada vez que compro um me desfaço de outro. Como baixo para mim é uma paixão muito grande, sempre estou usando eles, então, para mim, faz sentido (pelo menos por enquanto).
Não me julgo um acumulador. Faz uns dois anos que tenho sempre três baixos e a cada vez que compro um me desfaço de outro. Como baixo para mim é uma paixão muito grande, sempre estou usando eles, então, para mim, faz sentido (pelo menos por enquanto).
Convidado- Convidado
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu já tive 8 baixos e hoje tenho 3 que uso nas gigs mesmo. E acredito que consigo ficar com 2.
TRB 6 cordas é o que mais gosto, mas ele é muito pesado e quando preciso tocar por mais de 2h em pé utilizo o music man de 5 cordas. Bem mais leve, por causa da corda Si.
Já o precision de 4 cordas é um baixo muito, muito e muito leve em comparação com os outros 2 e utilizo ele. Já toquei com ele em um palco grande e toquei axe, pop, tudo...mas a falta da Si foi grande.
Já os 2 que estão parados e uso em casa sao, a cigarbox do Siodoni e um Tagima JB4 que dei de presente a um amigo. Mas, ele só vai pegar em Julho. Enfim...
2 baixos me atendem mesmo
Edit:
Esqueci de falar que compro e vendo baixos para pagar sempre a escola de minha filha. Compro barato e vendo no preço de mercado. Entao ganho 500 em um 300 em outro e pronto
TRB 6 cordas é o que mais gosto, mas ele é muito pesado e quando preciso tocar por mais de 2h em pé utilizo o music man de 5 cordas. Bem mais leve, por causa da corda Si.
Já o precision de 4 cordas é um baixo muito, muito e muito leve em comparação com os outros 2 e utilizo ele. Já toquei com ele em um palco grande e toquei axe, pop, tudo...mas a falta da Si foi grande.
Já os 2 que estão parados e uso em casa sao, a cigarbox do Siodoni e um Tagima JB4 que dei de presente a um amigo. Mas, ele só vai pegar em Julho. Enfim...
2 baixos me atendem mesmo
Edit:
Esqueci de falar que compro e vendo baixos para pagar sempre a escola de minha filha. Compro barato e vendo no preço de mercado. Entao ganho 500 em um 300 em outro e pronto
Juninho Sampaio- FCBR-CT
- Mensagens : 12183
Localização : Salvador-Ba
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Excelente tópico, Ivanov_br. Muitas vezes, nesse universo da paixão, nos falta tempo para reflexão. Existem muitas realidades, é claro, e não há uma regra pra nada na vida. Ao ler os comentários, muitas vezes me vi de frente com o que eu penso, com o que eu pensava e - talvez - com o que eu pensarei. As experiências são nossas melhores e mais confiáveis aliadas. Abraço.
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Tópico muito interessante que me inspira reflexões esparsas...
Tenho 17 baixos, todos adquiridos ao longo de quase 3 décadas. Cada um deles tem a sua história. Alguns foram comprados em estado deplorável e foram restaurados, alguns foram comprados para serem reformados e ainda não o foram, alguns me foram dados de presente, um foi comprado especificamente por causa de sua leveza (O Danelectro), um foi comprado especificamente para eu andar com ele por aí (O Misterioso) e todos os instrumentos que tenho e que estão tocáveis foram por mim usados em shows, ensaios e gravações ao longo dos anos.
Nenhum dos baixos que comprei me custou muito. Todos eles foram oportunidades que surgiram e que pude aproveitar. É preciso ressaltar que eram outros tempos e que baixos que custam caro hoje eram vendidos a preço de banana.
Não me considero compulsivo, mesmo porque comprar instrumentos está longe de ser uma prioridade para mim e comprar periféricos é algo que nunca me interessou. Tenho poucos pedais e até hoje tenho apenas um amplificador, o meu velho QX-200 que comprei há mais de 20 anos. Toco guitarra e o único amplificador de guitarra que tenho é um daqueles mini Marshall que eu só uso quando vou gravar ideias para novas músicas. Quando toco ao vivo, uso o ampli que está lá.
Aproveito as oportunidades que aparecem mas não as busco ativamente. Elas simplesmente aparecem.
Em todos estes anos, os únicos casos em que eu saí de casa para comprar algo específico foram os do Danelectro DC Bass e o pedal NE-1 da Yamaha. O resto - instrumentos, pedais e mini Marshall - foram oportunidades que surgiram e que não me custaram muito.
A GAS que tenho é a de um muito paciente colecionador de instrumentos exóticos (Não dou a mínima para as marcas famosas e, além disso, já tem gente demais tocando Fenders neste mundo... ) e não a de alguém que acha que este ou aquele instrumento me fará tocar melhor.
Gosto de colecionar instrumentos, gosto de comprá-los para tocá-los, gosto do desafio de fazê-los voltar à vida.
Se penso em me desfazer deles? Não. O que está comigo fica comigo e, além disso, conhecendo os instrumentos que tenho, sei que não vou encontrá-los de novo (mesmo porque alguns deles, arrisco-me a dizer, são os únicos de seu tipo no mundo), de modo que não preciso passar pela experiência de me arrepender para saber que me arrependeria de vendê-los.
Com a óbvia exceção dos instrumentos que ainda não foram reformados, todos os instrumentos que tenho são tocados por mim em algum momento ou outro. Mesmo a primeira guitarra que comprei, instrumento que ficou 10 anos sem sequer sair do bag, acabou sendo usada por mim quando o Destino me tornou um guitarrista (Gravei dois dos 3 discos do Coice com essa guitarra).
Gosto de ter opções. Faço um rodízio com os meus instrumentos (Às vezes só para me desafiar) e, como os conheço bem, a natureza do ensaio/show/gravação determina qual deles será usado em cada ocasião.
Além disso, cada instrumento me faz ser um músico diferente, cada instrumento me inspira de modo diferente... Cada instrumento que tenho é como os gatos de casa, cada um com a sua personalidade única. Coisas que são fáceis num instrumento são difíceis em outro e vice versa. E mesmo as limitações de um instrumento me inspiram.
Também gosto de me esquecer do som de um instrumento e de redescobrir esse som ao tocá-lo novamente.
Se penso em ampliar a coleção? Claro. Sempre estou de olho nas oportunidades que aparecem. Além disso, tenho os meus projetos de signatures e não me esqueci deles.
Para finalizar, leio sobre instrumentos e equipamentos em fóruns, vejo as paredes repletas de instrumentos nas lojas e não sinto nada. Mas devo confessar: Possuo sim uma GAS violenta e compulsiva, mas ela é direcionada à métodos.
Sempre que posso, amplio a minha biblioteca.
Tenho 17 baixos, todos adquiridos ao longo de quase 3 décadas. Cada um deles tem a sua história. Alguns foram comprados em estado deplorável e foram restaurados, alguns foram comprados para serem reformados e ainda não o foram, alguns me foram dados de presente, um foi comprado especificamente por causa de sua leveza (O Danelectro), um foi comprado especificamente para eu andar com ele por aí (O Misterioso) e todos os instrumentos que tenho e que estão tocáveis foram por mim usados em shows, ensaios e gravações ao longo dos anos.
Nenhum dos baixos que comprei me custou muito. Todos eles foram oportunidades que surgiram e que pude aproveitar. É preciso ressaltar que eram outros tempos e que baixos que custam caro hoje eram vendidos a preço de banana.
Não me considero compulsivo, mesmo porque comprar instrumentos está longe de ser uma prioridade para mim e comprar periféricos é algo que nunca me interessou. Tenho poucos pedais e até hoje tenho apenas um amplificador, o meu velho QX-200 que comprei há mais de 20 anos. Toco guitarra e o único amplificador de guitarra que tenho é um daqueles mini Marshall que eu só uso quando vou gravar ideias para novas músicas. Quando toco ao vivo, uso o ampli que está lá.
Aproveito as oportunidades que aparecem mas não as busco ativamente. Elas simplesmente aparecem.
Em todos estes anos, os únicos casos em que eu saí de casa para comprar algo específico foram os do Danelectro DC Bass e o pedal NE-1 da Yamaha. O resto - instrumentos, pedais e mini Marshall - foram oportunidades que surgiram e que não me custaram muito.
A GAS que tenho é a de um muito paciente colecionador de instrumentos exóticos (Não dou a mínima para as marcas famosas e, além disso, já tem gente demais tocando Fenders neste mundo... ) e não a de alguém que acha que este ou aquele instrumento me fará tocar melhor.
Gosto de colecionar instrumentos, gosto de comprá-los para tocá-los, gosto do desafio de fazê-los voltar à vida.
Se penso em me desfazer deles? Não. O que está comigo fica comigo e, além disso, conhecendo os instrumentos que tenho, sei que não vou encontrá-los de novo (mesmo porque alguns deles, arrisco-me a dizer, são os únicos de seu tipo no mundo), de modo que não preciso passar pela experiência de me arrepender para saber que me arrependeria de vendê-los.
Com a óbvia exceção dos instrumentos que ainda não foram reformados, todos os instrumentos que tenho são tocados por mim em algum momento ou outro. Mesmo a primeira guitarra que comprei, instrumento que ficou 10 anos sem sequer sair do bag, acabou sendo usada por mim quando o Destino me tornou um guitarrista (Gravei dois dos 3 discos do Coice com essa guitarra).
Gosto de ter opções. Faço um rodízio com os meus instrumentos (Às vezes só para me desafiar) e, como os conheço bem, a natureza do ensaio/show/gravação determina qual deles será usado em cada ocasião.
Além disso, cada instrumento me faz ser um músico diferente, cada instrumento me inspira de modo diferente... Cada instrumento que tenho é como os gatos de casa, cada um com a sua personalidade única. Coisas que são fáceis num instrumento são difíceis em outro e vice versa. E mesmo as limitações de um instrumento me inspiram.
Também gosto de me esquecer do som de um instrumento e de redescobrir esse som ao tocá-lo novamente.
Se penso em ampliar a coleção? Claro. Sempre estou de olho nas oportunidades que aparecem. Além disso, tenho os meus projetos de signatures e não me esqueci deles.
Para finalizar, leio sobre instrumentos e equipamentos em fóruns, vejo as paredes repletas de instrumentos nas lojas e não sinto nada. Mas devo confessar: Possuo sim uma GAS violenta e compulsiva, mas ela é direcionada à métodos.
Sempre que posso, amplio a minha biblioteca.
Última edição por Zubrycky em Sex Jan 24, 2020 7:15 am, editado 2 vez(es)
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
A cada dia que passo vou retirando coisas da minha vida, do meu dia à dia, e das minhas "necessidades". Só não tiro mais pois sou um pai de família.
Já não tenho mais carro (nem quero ter mais...), tenho poucas roupas, e mesmo a razoável biblioteca que possuo já não me parece tão necessária assim...
Já não tenho mais carro (nem quero ter mais...), tenho poucas roupas, e mesmo a razoável biblioteca que possuo já não me parece tão necessária assim...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Tópico interessante.
Estou na linha de procurar ser feliz com o menos possível.
Estou na linha de procurar ser feliz com o menos possível.
Dpaulo- Membro
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Localização : Brasília
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Zubrycky escreveu: [ relato sobre os baixos ]
Grande Zubycky. Como de praxe um relato bacana de ler. Viajo nas suas viagens.
Zubrycky escreveu:
Mas devo confessar: Possuo sim uma GAS violenta e compulsiva, mas ela é direcionada à métodos.
Sempre que posso, amplio a minha biblioteca.
Essa GAS eu também tenho, embora considere MUITO nociva. Não raro, compramos um método sem ter estudado os que já temos. Penso o mesmo em relação a livros, por exemplo.
Convidado- Convidado
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu até comentei já o tópico, mas vou te falar que eu estou com esse pensamento com relação ao meu carro.
Eu tenho um Honda City 2019 completo e cheguei a conclusão semana passada que eu não preciso de um carro como esse. Um Gol quadrado me agende.
Falei isso pra minha esposa que ficou p#$% comigo. Eu disse: Mas o GOL vai me levar aonde esse me leva.
Meu pai até gostou disso. Me disse que era pra eu comprar um mais atual.
Bicho!!! Paguei o carro à vista, não devo nenhum centavo. Mas, percebi que todos os carros só precisam mesmo de 4 rodas e um ar condicionado, pois salvador é um inferno. Tirando isso, deixo pra lá, cambio automático, retrovisor que gira, camera de ré, sensor, etc...nada disso preciso.
Eu tenho um Honda City 2019 completo e cheguei a conclusão semana passada que eu não preciso de um carro como esse. Um Gol quadrado me agende.
Falei isso pra minha esposa que ficou p#$% comigo. Eu disse: Mas o GOL vai me levar aonde esse me leva.
Meu pai até gostou disso. Me disse que era pra eu comprar um mais atual.
Bicho!!! Paguei o carro à vista, não devo nenhum centavo. Mas, percebi que todos os carros só precisam mesmo de 4 rodas e um ar condicionado, pois salvador é um inferno. Tirando isso, deixo pra lá, cambio automático, retrovisor que gira, camera de ré, sensor, etc...nada disso preciso.
Juninho Sampaio- FCBR-CT
- Mensagens : 12183
Localização : Salvador-Ba
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu estou meio que "fechando" o meu setup. Percebi que toco muito melhor o baixo de 4 cordas e que é suficiente para o som que estou tocando, então não precisaria de um de 5 cordas.
Porém eu gosto de tocar com 5 cordas, então vou ter 1.
Tenho um Golden precision que fiz fretless que é o baixo em que aprendi a tocar e não vou me desfazer dele jamais.
Quero um baixolão para poder tocar aqueles 10 minutinhos antes de sair de casa e fazer um som acústico.
Estou terminando de constuir um Ubass.
Então meu setup fechado seria:
2 de 4 cordas (1 de backup)
1 de 5 cordas
1 fretles
1 baixolão
1 Ubass
Ou seja, 6 baixos, com funções e sonoridades bem diferentes. Agora, posso trocar os modelos deles até achar o que gosto (se isso for possível, kkk)
Porém eu gosto de tocar com 5 cordas, então vou ter 1.
Tenho um Golden precision que fiz fretless que é o baixo em que aprendi a tocar e não vou me desfazer dele jamais.
Quero um baixolão para poder tocar aqueles 10 minutinhos antes de sair de casa e fazer um som acústico.
Estou terminando de constuir um Ubass.
Então meu setup fechado seria:
2 de 4 cordas (1 de backup)
1 de 5 cordas
1 fretles
1 baixolão
1 Ubass
Ou seja, 6 baixos, com funções e sonoridades bem diferentes. Agora, posso trocar os modelos deles até achar o que gosto (se isso for possível, kkk)
rodlburigo- Membro
- Mensagens : 179
Localização : Florianópolis
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Depois de 15 anos realizando sonhos de infancia e tendo muitos instrumentos que jamais sonhei, decidi ficar apenas com dois baixos. Ambos JB. um Lak de 5 cordas e um fernandes Fretless. Vendi absolutamente tudo que tinha, pois não tinha lugar e nem grana pra manter. Não me arrependo. tenho tocado mais e com muito mais qualidade do que quando minhas preocupações estavam em equipamentos.
Binão- Membro
- Mensagens : 3302
Localização : São Paulo
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Mulambo escreveu:Então, se isto não é uma compulsão, se não se tira dinheiro da casa ou da família, não vejo problema. Uma coisa e colecionar para ostentar, outra coisa é ser baixista, admirar os instrumentos, e usa-los, é claro...
[2]
fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Excelente reflexão! É o tipo de tópico pra você ler e reler...
Me identifiquei no lance de comprar equipamentos para aliviar algum stress, alguma tristeza ou frustração. Já fiz isso!
O problema é que depois vem a culpa de comprar algo que você não precisava, ou que não era fundamental pra você no momento.
Olhando pra minha história enquanto baixista, me enxerguei num ciclo de aquisição curioso... Geralmente fico com 2 ou 3 Baixos medianos ou básicos, daí vendo eles e compro um "top"... Daí vendo o "top" e compro de novo os Baixos medianos, aí vem a vontade de ter um "top" de novo. Alguém aí já teve isso?
Agora que adquiri meu primeiro Baixo de luthier e percebi que eles são mais difíceis de vender, que não despertam tanto o interesse dos compradores, acredito que seja uma boa hora pra eu "sossegar" nesse ciclo.
Me identifiquei no lance de comprar equipamentos para aliviar algum stress, alguma tristeza ou frustração. Já fiz isso!
O problema é que depois vem a culpa de comprar algo que você não precisava, ou que não era fundamental pra você no momento.
Olhando pra minha história enquanto baixista, me enxerguei num ciclo de aquisição curioso... Geralmente fico com 2 ou 3 Baixos medianos ou básicos, daí vendo eles e compro um "top"... Daí vendo o "top" e compro de novo os Baixos medianos, aí vem a vontade de ter um "top" de novo. Alguém aí já teve isso?
Agora que adquiri meu primeiro Baixo de luthier e percebi que eles são mais difíceis de vender, que não despertam tanto o interesse dos compradores, acredito que seja uma boa hora pra eu "sossegar" nesse ciclo.
leandrosf89- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
^
Geralmente baixo de luthier é feito no sentido de satisfação das preferências de alguém. É preciso se identificar muito com a ideia original para querer comprar o baixo. Eu mesmo faria um baixo no luthier mas acho que não compraria um feito pra outra pessoa (a não ser que me identificasse muuuuuuuuito com projeto ou fosse um preço de ocasião daqueles irrecusáveis).
Geralmente baixo de luthier é feito no sentido de satisfação das preferências de alguém. É preciso se identificar muito com a ideia original para querer comprar o baixo. Eu mesmo faria um baixo no luthier mas acho que não compraria um feito pra outra pessoa (a não ser que me identificasse muuuuuuuuito com projeto ou fosse um preço de ocasião daqueles irrecusáveis).
Convidado- Convidado
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu me declaro culpado de todas as acusações.
Pelo menos eu tenho espaço pros meus, e estão todos à mão pertinho do amplificador e interface de gravação. PRECISAR, eu confesso que apesar de cada baixo ter um feeling diferente e te levar por caminhos distintos(compondo), apenas um seria suficiente.
Eu realmente encaro mais como coleção que como necessidade, mesmo que eu use todos eles, é puro capricho amador...
Pelo menos eu tenho espaço pros meus, e estão todos à mão pertinho do amplificador e interface de gravação. PRECISAR, eu confesso que apesar de cada baixo ter um feeling diferente e te levar por caminhos distintos(compondo), apenas um seria suficiente.
Eu realmente encaro mais como coleção que como necessidade, mesmo que eu use todos eles, é puro capricho amador...
Stormbringer- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Quando eu tinha meus 14, 15 anos, eu sonhava em ter um Rickenbacker, um Gibson EB-3, um Ampeg SVT, um Fender Precision e tudo mais que eu via nas mãos das bandas que eu gostava, mas meu orçamento mal me permitia ter uma bicicleta, quiçá um contrabaixo mais barato que fosse. eu tinha um violaa Giannini antigo que peguei na casa da minha tia (ela nao usava), e comecei ali a fazer as linhas de baixo de algumas bandas que curtia. meu primeiro baixo comprei na primeira oportunidade financeira que tive: um Tagima Jazz Bass, em 2002 (quando tinha 21 anos de idade). fiquei anos com ele. tive de parar de tocar para me dedicar mais aos estudos da faculdade de engenharia (e ao trabalho tambem), e so pude voltar a ativa em 2008, quando comecei a tocar guitarra. após algum tempo voltei à minha paixao, o contrabaixo, e aí sim pude realizar meu sonho de adolescencia: hoje tenho 1 Rickenbacker, 4 Gibsons, 1 Fender Coronado, e ainda preciso ter um Fender Precision. ate sonhos que nunca imaginei que um dia pudessem se concretizar, como o Ampeg SVT eu realizei, e hoje me sinto muito feliz de poder te-los. estou sem banda no momento, mas diariamente dedico alguns minutos a tocar. me faz bem, me tira o stress do dia a dia. Fora os sonhos de adolescencia, tenho ainda alguns "alvos de oportunidade", como amplificador TC Electronic, Ashdown valvulado, caixa wbass, e por ai vai. Não tenho a menor intenção de me desfazer do que eu tenho.... muito pelo contrário!
as aquisições não afetaram no orçamento familiar. e minha esposa e filhos gostam disso até certo ponto, hehe. até mandei fazer armário na minha casa para acomodar tudo da melhor maneira possivel. considero isso como realização pessoal.
as aquisições não afetaram no orçamento familiar. e minha esposa e filhos gostam disso até certo ponto, hehe. até mandei fazer armário na minha casa para acomodar tudo da melhor maneira possivel. considero isso como realização pessoal.
BLZENI- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu toquei um bocado quando morava no sul (Porto Alegre) com uma banda cover, estávamos com uma agenda bastante cheia. Nessa época tive uns baixos interessantes, comecei com um Schecter cópia do Precision 54, depois troquei por G&L Asat, peguei um Spector 5 cordas, vendi esses e peguei um SX Jazz Bass pq comecei a ficar paranóico com roubos. Nessa época tb estava com uma réplica de Jazz Bass 64, montado pela Guitar Garage (sempre gostei de instrumentos Frankstein...). Acabou caindo em minhas mãos um Precision 83 JV series, reedição do modelo 57, um baixo simplesmente maravilhoso. Acabei abandonando a musica pra me dedicar ao meu curso de pós graduação e logo depois vim embora pra SP. Antes de viajar vendi o Precision pq achava terrível uns instrumento daqueles parado embaixo da cama. Fiquei só com uma guitarra SX strato e um violão Crafter. Depois de algum tempo em SP, minha atual esposa (tinha me separado da primeira, que acreditem: detestava música!) que é cantora acabou me incentivando a tocar de novo. Comprei um tagima Woodstock e logo já estava tocando regularmente com a banda dela e a coisa começou a crescer. Nesse meio tempo recebi uma grana da venda de um imóvel e resolvi realizar meus sonhos de consumo, comprei um Music Man Classic (incentivado por ela, minha primeira escolha era um Lakland ou Sire) que eu curto muito e pague barato por sinal. Investi em um amp legalzinho (Tc Eletronic) e duas caixas Rumble da Fender (1x12 e 2x8), que achei esquecidas em um canto da Tango Music. Esse setup está me atendendo super bem. Pra brincar em casa eu montei um Jazz Frank, com peças compradas no AliExpress e acabei comprando um Peavey Precision onde instalei um captador malagoli e cordas Flat La Bella (troquei todo o hardware cromado por dourado, ficou bem bonito!). Mas esse são baixos mais baratos e eu nem uso eles em show.
Como a coisa da banda começou a dar certo, acabamos focando em equipamentos de audio, mesas, caixas ativas, sub ativos, microfones...sempre focando em comprar aos poucos, mas coisas de boa qualidade. Nesse ultimo fim de semana conseguimos estrear nosso PA e iluminacão em um evento grande e foi melhor do que esperávamos! Ainda faltam algumas coisas (monitores top, mais algumas coisas de iluminacão, maquina de fumaça...mas estamos quase lá!
Ah, o Tagima acabei trocando por uma Squier Mustang Classic vibe, sempre quis ter uma. Mas essa já vai embora tb pq pintou uma telecaster custom e vou fazer a troca (já me diverti bastante com a mustang...).
Como a coisa da banda começou a dar certo, acabamos focando em equipamentos de audio, mesas, caixas ativas, sub ativos, microfones...sempre focando em comprar aos poucos, mas coisas de boa qualidade. Nesse ultimo fim de semana conseguimos estrear nosso PA e iluminacão em um evento grande e foi melhor do que esperávamos! Ainda faltam algumas coisas (monitores top, mais algumas coisas de iluminacão, maquina de fumaça...mas estamos quase lá!
Ah, o Tagima acabei trocando por uma Squier Mustang Classic vibe, sempre quis ter uma. Mas essa já vai embora tb pq pintou uma telecaster custom e vou fazer a troca (já me diverti bastante com a mustang...).
Andremoura- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
^
Que história bacana, cara!
Que história bacana, cara!
Stormbringer- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
o pior é quando tu esta com uma banda, compra PA de qualidade iluminação e o vocalista da xilique daí ter de vender o equipamento ou dividir kkkkkk
Christian- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Gostei desse "cauzu" do Andremoura
Juninho Sampaio- FCBR-CT
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Ola pessoal,
Obrigado a todos que tiveram a paciência de ler e contribuir com o topico. De fato, a ideia foi propor uma reflexão madura sobre o tema, envolvendo inclusive questões particulares.
O baixo é a paixão de todos, senao não estaríamos aqui, ne? Logo, investir nesta paixão é algo que nos faz bem, claro, dentro dos limites da razão. Vi que muitos mencionaram a questão de "gastar o que não tem", e sobre superficialidade. Acho que não ha momento na vida em que não devamos parar e refletir sobre nosso percurso, relações com outras pessoas e com as coisas.
Identificar o que vale a pena na vida é algo pessoal demais, e longe de mim "cagar regra". Não foi o objetivo deste topico, mas fico contente em perceber que os colegas estão refletindo também e buscando o que é melhor para cada um e os que os cercam.
Anteontem desci o Fender Marcus Miller de cima do armario. Abri a capa, pluguei... cordas com pouco brilho. Estranhei a sensação. Era para vir um orgasmo? Era pra sair tocando igual ao Tio Marqiunhos em Power?
Ativo... passivo, botão pra la, botão pra ca... aos poucos foi me dando uma sensação legal... Mas aquela realização não me pareceu estar ali. Sempre quis ter este baixo, o visual, o que representa, a pegada, o timbre.... mas não foi como na primeira vez. Parecia sexo com aquela pessoal que vc ja enjoou.
Devo vender-lo? Ainda não sei. Boto o dinheiro em outra coisa, ou pego outro baixo que me agrade? Mantenho o ciclo vicioso? Ou seria virtuoso?
Enfim... semana que vem desci o Precision, veremos o que acontece.
Obrigado a todos que tiveram a paciência de ler e contribuir com o topico. De fato, a ideia foi propor uma reflexão madura sobre o tema, envolvendo inclusive questões particulares.
O baixo é a paixão de todos, senao não estaríamos aqui, ne? Logo, investir nesta paixão é algo que nos faz bem, claro, dentro dos limites da razão. Vi que muitos mencionaram a questão de "gastar o que não tem", e sobre superficialidade. Acho que não ha momento na vida em que não devamos parar e refletir sobre nosso percurso, relações com outras pessoas e com as coisas.
Identificar o que vale a pena na vida é algo pessoal demais, e longe de mim "cagar regra". Não foi o objetivo deste topico, mas fico contente em perceber que os colegas estão refletindo também e buscando o que é melhor para cada um e os que os cercam.
Anteontem desci o Fender Marcus Miller de cima do armario. Abri a capa, pluguei... cordas com pouco brilho. Estranhei a sensação. Era para vir um orgasmo? Era pra sair tocando igual ao Tio Marqiunhos em Power?
Ativo... passivo, botão pra la, botão pra ca... aos poucos foi me dando uma sensação legal... Mas aquela realização não me pareceu estar ali. Sempre quis ter este baixo, o visual, o que representa, a pegada, o timbre.... mas não foi como na primeira vez. Parecia sexo com aquela pessoal que vc ja enjoou.
Devo vender-lo? Ainda não sei. Boto o dinheiro em outra coisa, ou pego outro baixo que me agrade? Mantenho o ciclo vicioso? Ou seria virtuoso?
Enfim... semana que vem desci o Precision, veremos o que acontece.
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Esse ser insaciável é inerente a nossa condição humana. Na minha religião refletimos isso sobre a ótica de um cara que era profundamente sábio, podre de rico e possuía setecentas esposas e trezentas concubinas e chegou à conclusão que ainda assim, aquilo tudo valia pouco.
Convidado- Convidado
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
^700 esposas?
Só sendo insano mesmo! hahahaha Uma já dá um trabalho fenomenal!!!
Só sendo insano mesmo! hahahaha Uma já dá um trabalho fenomenal!!!
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
praticamente voce precisa ficar com duas por dia pra terminar o ano em dia com as obrigações do carnê do baúIvanov_br escreveu:^700 esposas?
Só sendo insano mesmo! hahahaha Uma já dá um trabalho fenomenal!!!
traçando o paralelo com os baixos, é bom esse cara começar a vender as esposas...
mas... hummm
Stormbringer- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Ô... se dá...Ivanov_br escreveu:^700 esposas?
Só sendo insano mesmo! hahahaha Uma já dá um trabalho fenomenal!!!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Ivanov_br escreveu:^700 esposas?
Só sendo insano mesmo! hahahaha Uma já dá um trabalho fenomenal!!!
Uma cuida da outra.
allexcosta- Administrador
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Localização : Terra
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Christian escreveu:o pior é quando tu esta com uma banda, compra PA de qualidade iluminação e o vocalista da xilique daí ter de vender o equipamento ou dividir kkkkkk
Por isso que fiz o investimento com a patroa (claro, pode acontecer se se separar tb, mas é outra história). Já passei por essa situação, paguei uma prestação do equipo e a banda acabou...felizmente o guitarrista da banda ficou com tudo e assumiu a dívida.
Andremoura- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Acho que basicamente o grande problema realmente é saber "até quando". Você precisa de apenas um baixo, um amp e um cabo para fazer barulho, mas quer ficar apenas com estes equipamentos? Explorar várias sonoridades faz parte da jornada musical, mas quando começa a acreditar que o "próximo" pedaço de equipamento vai fazer você ser um baixista melhor, tem que tomar cuidado. Porque se um equipo não deu certo, o próximo vai ser a resposta, na sua cabeça pelo menos. E daí vem a compulsão e a grana começa a sair sem você perceber, afinal uma prestação mais gorda vai te trazer "aquele tom prometido".
Só acho que tanto a compra e venda de equipamentos sempre vale uma boa reflexão. Do que adianta vender um equipamento para ficar se lamuriando depois? Do que adianta vender um equipamento se logo em seguida você vai comprar outro porque acha que vai fazer falta? Do que adianta comprar um equipamento, se você não utiliza o último que comprou?
PS: Sobre carros, eu acho que não vale a pena pagar por um carro muito caro se em seu uso do dia a dia, outro mas barato bastaria. Agora o grande problema é conseguir fazer uma manutenção decente em um carro mais velhinho. Porque o nível dos mecânicos ultimamente é lamentável.
Só acho que tanto a compra e venda de equipamentos sempre vale uma boa reflexão. Do que adianta vender um equipamento para ficar se lamuriando depois? Do que adianta vender um equipamento se logo em seguida você vai comprar outro porque acha que vai fazer falta? Do que adianta comprar um equipamento, se você não utiliza o último que comprou?
PS: Sobre carros, eu acho que não vale a pena pagar por um carro muito caro se em seu uso do dia a dia, outro mas barato bastaria. Agora o grande problema é conseguir fazer uma manutenção decente em um carro mais velhinho. Porque o nível dos mecânicos ultimamente é lamentável.
PéDIPano- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Puxa PéDIPano, essa de ficar se lamuriando de ter vendido eu sei bem como é!
Esse Fender Precision que falei lá em cima eu choro até hoje ter passado adiante....
Esse Fender Precision que falei lá em cima eu choro até hoje ter passado adiante....
Andremoura- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Andremoura escreveu:Puxa PéDIPano, essa de ficar se lamuriando de ter vendido eu sei bem como é!
Esse Fender Precision que falei lá em cima eu choro até hoje ter passado adiante....
Pois é Andremoura, eu acho muito legal a gente refletir, e depois refletir sobre a reflexão. rsrsrsrs
Não é bom fazer quase nada no impulso, pois algumas vezes é complicado desfazer o que foi feito.
Pensa que este foi o preço para você nunca mais fazer umas destas, mas tenho certeza que essa venda ainda deve machucar.
Tem dias em que pego no contrabaixo e não parece sair um nota afinada sequer, daí vem a frustração, parece faltar inspiração.
Imagina se a gente jogasse tudo pro alto e vendesse os equipos? É melhor ser cabeça dura e fazer mais exercícios no instrumento.
PéDIPano- Membro
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Localização : Guarapuava-PR
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu não me apego. Normalmente curto bastante um baixo, mas se chega o momento em que decido vender ou trocar, foi! Acontece de pegar um e não me indentificar, vender em seguida... Faz parte. Mas não tenho nenhum grande remorso por me desfazer de instrumentos.
Convidado- Convidado
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Eu gosto de ter, simplesmente por ter e tocar, simplesmente porque gosto da peça, tipo um colecionador, sem ser, pois não tenho tanto dinheiro, mas gosto de ter, sem precisar mesmo, ter e tocar.
Já tive só por precisar e pensei, porque não ter porque eu quero? Então agora eu tenho, sem precisar, porque eu gosto.
Já tive só por precisar e pensei, porque não ter porque eu quero? Então agora eu tenho, sem precisar, porque eu gosto.
Cádio- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
Parando pra pensar friamente, se tivermos energia elétrica, sistema de amplificação (head+caixa ou combo), 1 baixo bem regulado, cabo e cordas, todo o resto é GAS.
RobertoGrecoJr- Membro
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
RobertoGrecoJr escreveu:Parando pra pensar friamente, se tivermos energia elétrica, sistema de amplificação (head+caixa ou combo), 1 baixo bem regulado, cabo e cordas, todo o resto é GAS.
beeeeeeem friamente kkkkkkkkk mas é mais do q suficiente msm.... mas por outro lado, só se vive uma vez, pq nao se ter o q quer, se nao atrapalha outras coisas ne
vinibassplayer- Membro
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Re: Minimalismo, GAS e o que é realmente necessário
^mais friamente ainda, ao pé da letra, um exercício interessante seria tirar da sua vida tudo que não é estritamente necessário... ao menos pensar nisso
E ai chegar a conclusão: "F&#@-$3, eu gosto disso, eu posso, então eu terei!"
E ai chegar a conclusão: "F&#@-$3, eu gosto disso, eu posso, então eu terei!"
Stormbringer- Membro
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