Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:^Ele também pode estar em férias, ter dinheiro ganho com o suor do trabalho honesto dele, ou até estar desempregado. Acordar a hora que quer ainda não é algo controlado por este governo fascista.
Por outro lado... Cê viu a campanha do governo que controla a transa das pessoas, como fator preponderante para controle da natalidade e controle da transmissão de dst's?? Que você achou?
Cê acha que distribuir uma máscara com os cornos da chifruda da Mamaris da goiabeira pra cada mulher brasileira, pode ajudar o santo governo a atingir suas metas? Cê acha que é melhor que camisinha, por exemplo?? Conta aí pra gente o que o mega empresário pensa...
Tá nervoso porque amiguinho? 3 anos passam rápido, se é que o Hitler Latino Americano termina o mandato... Aí vcs botam o PETÊ de volta e o Brasil volta a ser a maravilha de país q era antes... O Choro é livre e o Lula também...
Buáááá... O PETÊ...
Conta tudo pra sua mãe Kiko!!!!
Eheheheheh!!!!
Bora criar o IRPFSF, que é o imposto sobre a phoda, que é algo admitido nas igrejas neo pentenazistas, ahahahahahahahah!!!!
Se decidirem taxar a f*** pode ficar tranquilo que vc vai ser isento...
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Agora eu vou falar sério... Quem acha que os desmandos desse governo se acabarão com a eleição de outro, de qualquer viés ideológico, após os três anos que faltam pra essa desgraça acabar, não tem a menor ideia de como funcionam as políticas públicas e o mercado.
Foram realmente anos de avanço no governo do sapo barbudo, porque embora tenha adotado políticas sociais, elas serviram exclusivamente pra reaquecer a economia capitalista que o PT sempre adotou. Tava la, no programa de governo deles...
Quem diz que o nine fingers surfou na onda do PSDB, ou não era vivo, ou tem Alzheimer, ou é hipócrita, pra não lembrar da crise de 98/99...
E pra quem acha que eu abomino a igreja, vale a explicação: existem muitos religiosos e denominações sérias, mas quando eu vejo cristão fazendo arminha com a mão, eu sinto a necessidade de fazer algum comentário ácido, até pra separar o joio do trigo. Crente, católico ou espírita do diabo, que vá pro inferno!!!!
Foram realmente anos de avanço no governo do sapo barbudo, porque embora tenha adotado políticas sociais, elas serviram exclusivamente pra reaquecer a economia capitalista que o PT sempre adotou. Tava la, no programa de governo deles...
Quem diz que o nine fingers surfou na onda do PSDB, ou não era vivo, ou tem Alzheimer, ou é hipócrita, pra não lembrar da crise de 98/99...
E pra quem acha que eu abomino a igreja, vale a explicação: existem muitos religiosos e denominações sérias, mas quando eu vejo cristão fazendo arminha com a mão, eu sinto a necessidade de fazer algum comentário ácido, até pra separar o joio do trigo. Crente, católico ou espírita do diabo, que vá pro inferno!!!!
Última edição por Rico em Sáb 8 Fev 2020 - 17:19, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:^Ele também pode estar em férias, ter dinheiro ganho com o suor do trabalho honesto dele, ou até estar desempregado. Acordar a hora que quer ainda não é algo controlado por este governo fascista.
Por outro lado... Cê viu a campanha do governo que controla a transa das pessoas, como fator preponderante para controle da natalidade e controle da transmissão de dst's?? Que você achou?
Cê acha que distribuir uma máscara com os cornos da chifruda da Mamaris da goiabeira pra cada mulher brasileira, pode ajudar o santo governo a atingir suas metas? Cê acha que é melhor que camisinha, por exemplo?? Conta aí pra gente o que o mega empresário pensa...
Tá nervoso porque amiguinho? 3 anos passam rápido, se é que o Hitler Latino Americano termina o mandato... Aí vcs botam o PETÊ de volta e o Brasil volta a ser a maravilha de país q era antes... O Choro é livre e o Lula também...
Buáááá... O PETÊ...
Conta tudo pra sua mãe Kiko!!!!
Eheheheheh!!!!
Bora criar o IRPFSF, que é o imposto sobre a phoda, que é algo admitido nas igrejas neo pentenazistas, ahahahahahahahah!!!!
Se decidirem taxar a f*** pode ficar tranquilo que vc vai ser isento...
Menos, né?? Tua paciência eu tô f****, ahahahahahah!!!
Última edição por allexcosta em Sáb 8 Fev 2020 - 17:30, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Baixo calão)
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:NETOULTRA escreveu:Rico escreveu:^Ele também pode estar em férias, ter dinheiro ganho com o suor do trabalho honesto dele, ou até estar desempregado. Acordar a hora que quer ainda não é algo controlado por este governo fascista.
Por outro lado... Cê viu a campanha do governo que controla a transa das pessoas, como fator preponderante para controle da natalidade e controle da transmissão de dst's?? Que você achou?
Cê acha que distribuir uma máscara com os cornos da chifruda da Mamaris da goiabeira pra cada mulher brasileira, pode ajudar o santo governo a atingir suas metas? Cê acha que é melhor que camisinha, por exemplo?? Conta aí pra gente o que o mega empresário pensa...
Tá nervoso porque amiguinho? 3 anos passam rápido, se é que o Hitler Latino Americano termina o mandato... Aí vcs botam o PETÊ de volta e o Brasil volta a ser a maravilha de país q era antes... O Choro é livre e o Lula também...
Buáááá... O PETÊ...
Conta tudo pra sua mãe Kiko!!!!
Eheheheheh!!!!
Bora criar o IRPFSF, que é o imposto sobre a phoda, que é algo admitido nas igrejas neo pentenazistas, ahahahahahahahah!!!!
Se decidirem taxar a f*** pode ficar tranquilo que vc vai ser isento...
Menos, né?? Tua paciência eu tô f****, ahahahahahah!!!
Nem ela
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^ Eheheheh!! O mesmo subterfúgio dos baixos do Jazz...
Mentirossssso!!!!
Mentirossssso!!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
A gente sabe que tu tá com raivinha, eheheheh...
Meu pintinho amarelinhoooo...
Meu pintinho amarelinhoooo...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:A gente sabe que tu tá com raivinha, eheheheh...
Meu pintinho amarelinhoooo...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
... cabe aqui na minha mão.
Na minha mão!!!!!
Na minha mão!!!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:A gente sabe que tu tá com raivinha, eheheheh...
Meu pintinho amarelinhoooo...
Tu só falta ter um infarto de tanto ódio e eu é q tô com raiva?
NETOULTRA- Membro
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Localização : Belém - Made in Ceará
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Ih rapá!!! Isso que te transmitiu essa m$%& cristofascista que tu tem???
Cuidado! Tá com cara de cisto pilonidal... Isso é... Deixa pra lá...
Guti Guti bebê... Chola mais (é assim???)
Já sei, já sei... Eu sou feio, bobo e chato...
Ó o petê!!! Buuuuu!!!! O Petê vai pegar o bebê fascista sem argumentos....
Cuidado! Tá com cara de cisto pilonidal... Isso é... Deixa pra lá...
Guti Guti bebê... Chola mais (é assim???)
Já sei, já sei... Eu sou feio, bobo e chato...
Ó o petê!!! Buuuuu!!!! O Petê vai pegar o bebê fascista sem argumentos....
Última edição por Rico em Sáb 8 Fev 2020 - 18:28, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Como diria meu ídolo (no Rock, apenas) Sérgio Dias, em seu melhores momentos progressivos, é hora de desanuviar...
Falemos de carnaval e da letra que diz "Não existe Messias de arma na mão"...
https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2020/noticia/2019/12/02/messias-de-arma-na-mao-e-aldeia-que-nao-tem-bispo-sambas-de-2020-nao-poupam-criticas.ghtml
Falemos de carnaval e da letra que diz "Não existe Messias de arma na mão"...
https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2020/noticia/2019/12/02/messias-de-arma-na-mao-e-aldeia-que-nao-tem-bispo-sambas-de-2020-nao-poupam-criticas.ghtml
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Enredo: A Verdade Vos Fará Livre
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão
Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão
Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão
Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão
Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Composição: Luiz Carlos Máximo / Manu da Cuíca
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Senhor, tenha piedade
Olhai para a terra
Veja quanta maldade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão
Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão
Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente
Nasci de peito aberto, de punho cerrado
Meu pai carpinteiro, desempregado
Minha mãe é Maria das Dores Brasil
Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira
Me encontro no amor que não encontra fronteira
Procura por mim nas fileiras contra a opressão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão
Eu tô que tô dependurado
Em cordéis e corcovados
Mas será que todo povo entendeu o meu recado?
Porque, de novo, cravejaram o meu corpo
Os profetas da intolerância
Sem saber que a esperança
Brilha mais na escuridão
Favela, pega a visão
Não tem futuro sem partilha
Nem messias de arma na mão
Favela, pega a visão
Eu faço fé na minha gente
Que é semente do seu chão
Do céu deu pra ouvir
O desabafo sincopado da cidade
Quarei tambor, da cruz fiz esplendor
E ressurgi pro cordão da liberdade
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Mangueira
Samba, teu samba é uma reza
Pela força que ele tem
Mangueira
Vão te inventar mil pecados
Mas eu estou do seu lado
E do lado do samba também
Composição: Luiz Carlos Máximo / Manu da Cuíca
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:Como diria meu ídolo (no Rock, apenas) Sérgio Dias, em seu melhores momentos progressivos, é hora de desanuviar...
Falemos de carnaval e da letra que diz "Não existe Messias de arma na mão"...
https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2020/noticia/2019/12/02/messias-de-arma-na-mao-e-aldeia-que-nao-tem-bispo-sambas-de-2020-nao-poupam-criticas.ghtml
Tópico errado rico...
https://www.contrabaixobr.com/t28996-essa-noticia-mudara-a-vida-de-muita-gente
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Pra uma mente pequena, resumidamente limitada e egoista (óia a redundância!!!), talvez...
Não sei se você acompanhou a velocidade do meu raciocínio, mas...
C'est la vie...
Não sei se você acompanhou a velocidade do meu raciocínio, mas...
C'est la vie...
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:^Pra uma mente pequena, resumidamente limitada e egoista (óia a redundância!!!), talvez...
Não sei se você acompanhou a velocidade do meu raciocínio, mas...
C'est la vie...
Agreçivo, Fascista... Tsc tsc
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Entendeu nada, né bucéfalo? rsrsrs...
Aliás, já tem umas páginas que você não entende nada... Que coisa!
Aliás, já tem umas páginas que você não entende nada... Que coisa!
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:Entendeu nada, né bucéfalo? rsrsrs...
Aliás, já tem umas páginas que você não entende nada... Que coisa!
Entendi q tem umas páginas q vc ataca e ofende minha pessoa e não as minhas ideias, o que vc não entende é q pra mim sua opinião e a bolsa de colostomia que o Bolsonaro usou são quase iguais, a diferença é q m$%& q tinha dentro da bolsa vinha do intestino e a sua vem do teclado do seu smartphone Capitalista...
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Ih rapá!! Baby shark ficou nervoso!!!!
Toma uma musiquinha pra acalmar...
Meu pintinho...
Calma, calma ... O que vem do meu teclado, produzido por operários comuns ( tá bem, já sabemos que você não consegue compreender isso), é algo baseado no que eu já lí e na minha experiência e visão de mundo.
Você e qualquer um aqui, tem todo o direito de questionar o que eu escrevo, mas só que você não tem argumentos, daí eu fico sacaneando e te tirando do sério como agora, bebê...
Só tirando um sarro, porque você tem uma mente tão tacanha, que não conseguiu compreender que tudo que eu ataquei foram seus argumentos falhos, risíveis, simplórios e cheios de preconceito.
Eu não tenho culpa se não estamos lá no mesmo nível intelectual, e olha eu o meu nível intelectual é algo abaixo do críticável por qualquer um que tenha terminado o ginásio!!!!
Você precisa ler um pouco, tomar novos ares e esquecer esses conceitos Nazicristãos que te doutrinaram, só isso...
Relax minion. A vida passa e vc se estressa!!!
Mas quando o petê estiver no poder, os comunas vão tomar tua mega empresa e teus 10 funcionários!! Se liga!!!
Ah! Mas paga as faturas, senão o banco capitalista bonzinho, toma primeiro...
Toma uma musiquinha pra acalmar...
Meu pintinho...
Calma, calma ... O que vem do meu teclado, produzido por operários comuns ( tá bem, já sabemos que você não consegue compreender isso), é algo baseado no que eu já lí e na minha experiência e visão de mundo.
Você e qualquer um aqui, tem todo o direito de questionar o que eu escrevo, mas só que você não tem argumentos, daí eu fico sacaneando e te tirando do sério como agora, bebê...
Só tirando um sarro, porque você tem uma mente tão tacanha, que não conseguiu compreender que tudo que eu ataquei foram seus argumentos falhos, risíveis, simplórios e cheios de preconceito.
Eu não tenho culpa se não estamos lá no mesmo nível intelectual, e olha eu o meu nível intelectual é algo abaixo do críticável por qualquer um que tenha terminado o ginásio!!!!
Você precisa ler um pouco, tomar novos ares e esquecer esses conceitos Nazicristãos que te doutrinaram, só isso...
Relax minion. A vida passa e vc se estressa!!!
Mas quando o petê estiver no poder, os comunas vão tomar tua mega empresa e teus 10 funcionários!! Se liga!!!
Ah! Mas paga as faturas, senão o banco capitalista bonzinho, toma primeiro...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Rico escreveu:^Ih rapá!! Baby shark ficou nervoso!!!!
Toma uma musiquinha pra acalmar...
Meu pintinho...
Calma, calma ... O que vem do meu teclado, produzido por operários comuns ( tá bem, já sabemos que você não consegue compreender isso), é algo baseado no que eu já lí e na minha experiência e visão de mundo.
Você e qualquer um aqui, tem todo o direito de questionar o que eu escrevo, mas só que você não tem argumentos, daí eu fico sacaneando e te tirando do sério como agora, bebê...
Só tirando um sarro, porque você tem uma mente tão tacanha, que não conseguiu compreender que tudo que eu ataquei foram seus argumentos falhos, risíveis, simplórios e cheios de preconceito.
Eu não tenho culpa se não estamos lá no mesmo nível intelectual, e olha eu o meu nível intelectual é algo abaixo do críticável por qualquer um que tenha terminado o ginásio!!!!
Você precisa ler um pouco, tomar novos ares e esquecer esses conceitos Nazicristãos que te doutrinaram, só isso...
Relax minion. A vida passa e vc se estressa!!!
Mas quando o petê estiver no poder, os comunas vão tomar tua mega empresa e teus 10 funcionários!! Se liga!!!
Ah! Mas paga as faturas, senão o banco capitalista bonzinho, toma primeiro...
Sabadô, fui...
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Não é??? Posso estar escrevendo um monte de m$%& igual a da bolsa do cérebro do teu presidente, mas te incomoda porque você responde e fica brabo! E no final, chola (aprendi, viu???) igual a um bebê!!! Sem razão, sem coerência, sem argumentos...
Vai lá! Boa noite!
Na verdade, sinto vergonha alheia...
Vai lá! Boa noite!
Na verdade, sinto vergonha alheia...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Vem pegar a bolinha do meu saco Rodrigo Bocardi, racista de bosta...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
No final o FDP se rasga em elogios, mas na verdade, primeiro ele disse o que pensa. Negro e com essa roupa ..
Vai pegar bolinha lá no Pinheiros...
Vai pegar bolinha lá no Pinheiros...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Que coincidência fantástica! Hoje tem festa num certo condomínio na Barra, RJ...
Vão QUEIMAR uns arquiv... Ops!! Uma carne!!!
https://revistaforum.com.br/politica/urgente-adriano-da-nobrega-miliciano-ligado-a-flavio-bolsonaro-e-morto-pela-policia-na-bahia/
Vão QUEIMAR uns arquiv... Ops!! Uma carne!!!
https://revistaforum.com.br/politica/urgente-adriano-da-nobrega-miliciano-ligado-a-flavio-bolsonaro-e-morto-pela-policia-na-bahia/
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Bozonaro e os três patetas são os reis da coincidência!!!
Que mundo pequeno!
https://antropofagista.com.br/2020/02/09/coincidencia-eduardo-bolsonaro-foi-para-bahia-justamente-quando-mataram-o-miliciano-ligado-a-sua-familia/?fbclid=IwAR0gv-dKR7bdn11WnYq1kLLGXrMrBmUNwxDVyJfFenc-jdKhK68uyzlsbCY
Que mundo pequeno!
https://antropofagista.com.br/2020/02/09/coincidencia-eduardo-bolsonaro-foi-para-bahia-justamente-quando-mataram-o-miliciano-ligado-a-sua-familia/?fbclid=IwAR0gv-dKR7bdn11WnYq1kLLGXrMrBmUNwxDVyJfFenc-jdKhK68uyzlsbCY
Rico- Eterno Colaborador
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
A mentira desse governo tem perna curta:
https://www.youtube.com/watch?v=BfS921epP50
https://www.youtube.com/watch?v=BfS921epP50
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,desempenho-de-bolsonaro-nas-redes-piora,70003193106
Um monitoramento de imagem, feito pela empresa AP Exata, aponta tendência de queda na popularidade de Bolsonaro no mundo virtual nos primeiros dias do ano. No mês passado, os comentários negativos sobre o governo se aproximaram dos favoráveis no Twitter. Foram 14 dias de menções majoritariamente críticas ante 16 dias em que os apoios dominaram as redes. Em um dia, as publicações favoráveis e contrárias ficaram no mesmo nível. No início de fevereiro, o monitoramento indica que o mau humor em relação ao governo deve seguir avançando nas redes sociais. Até domingo, foram seis dias negativos, dois neutros e um positivo.
“Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes. Em janeiro de 2019, ele não tinha esse domínio por causa da polarização eleitoral e da revelação do caso (Fabrício) Queiroz (ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro suspeito de prática de rachadinha). Depois, ele conseguiu impor suas narrativas e estabilizou, mas agora começa a perder essa capacidade novamente”, afirmou o diretor da AP Exata, Sergio Denicoli.
O primeiro ano do governo Bolsonaro foi marcado por amplo apoio nas redes. Segundo os dados da AP Exata, as menções em favor ao presidente em 2019 foram majoritárias em 246 dias. Já os comentários críticos prevaleceram em 79 dias. Os neutros, em 39 dias.
Para Denicoli, o eleitorado de Bolsonaro não demonstra neste ano a mesma disposição para fazer a defesa do presidente.
Procurado, o Palácio do Planalto informou que não vai comentar.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,desempenho-de-bolsonaro-nas-redes-piora,70003193106
Um monitoramento de imagem, feito pela empresa AP Exata, aponta tendência de queda na popularidade de Bolsonaro no mundo virtual nos primeiros dias do ano. No mês passado, os comentários negativos sobre o governo se aproximaram dos favoráveis no Twitter. Foram 14 dias de menções majoritariamente críticas ante 16 dias em que os apoios dominaram as redes. Em um dia, as publicações favoráveis e contrárias ficaram no mesmo nível. No início de fevereiro, o monitoramento indica que o mau humor em relação ao governo deve seguir avançando nas redes sociais. Até domingo, foram seis dias negativos, dois neutros e um positivo.
“Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes. Em janeiro de 2019, ele não tinha esse domínio por causa da polarização eleitoral e da revelação do caso (Fabrício) Queiroz (ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro suspeito de prática de rachadinha). Depois, ele conseguiu impor suas narrativas e estabilizou, mas agora começa a perder essa capacidade novamente”, afirmou o diretor da AP Exata, Sergio Denicoli.
O primeiro ano do governo Bolsonaro foi marcado por amplo apoio nas redes. Segundo os dados da AP Exata, as menções em favor ao presidente em 2019 foram majoritárias em 246 dias. Já os comentários críticos prevaleceram em 79 dias. Os neutros, em 39 dias.
Para Denicoli, o eleitorado de Bolsonaro não demonstra neste ano a mesma disposição para fazer a defesa do presidente.
Procurado, o Palácio do Planalto informou que não vai comentar.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
"Para Denicoli, o eleitorado de Bolsonaro não demonstra neste ano a mesma disposição para fazer a defesa do presidente.
Procurado, o Palácio do Planalto informou que não vaicomentar defender o presidente." [rs]
Procurado, o Palácio do Planalto informou que não vai
Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Recebi agora do gabinete da Reitoria da UFF...
http://app6.iazn.net/action/cli/2130/14838/3132140/2985308/26371
http://app6.iazn.net/action/cli/2130/14838/3132140/2985308/26371
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
O Brasil sob o poder das milícias...Rico escreveu:Bozonaro e os três patetas são os reis da coincidência!!!
Que mundo pequeno!
https://antropofagista.com.br/2020/02/09/coincidencia-eduardo-bolsonaro-foi-para-bahia-justamente-quando-mataram-o-miliciano-ligado-a-sua-familia/?fbclid=IwAR0gv-dKR7bdn11WnYq1kLLGXrMrBmUNwxDVyJfFenc-jdKhK68uyzlsbCY
Até a Globo...
https://www.youtube.com/watch?v=DzuB9JLdVms
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Bandidagem oficial escancarada e nas barbas da sociedade...
... mas poucos vêem, outros negam e a maioria está conformada.
A vida e a morte de Adriano da Nóbrega são duas histórias mal contadas
O silêncio de Fabrício Queiroz é voluntário, o do miliciano foi inevitável
Elio Gaspari
Folha de S. Paulo, 12.fev.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2020/02/a-vida-e-a-morte-de-adriano-da-nobrega-sao-duas-historias-mal-contadas.shtml
Ganha um fim de semana em Rio das Pedras quem conseguir montar um cenário plausível para a seguinte situação:
Setenta policiais participam de uma operação para a captura do “Capitão Adriano”, foragido desde o ano passado. Suspeitando que ele se escondeu na chácara do vereador Gilsinho de Dedé (PSL), alguns deles formam um triângulo e cercam a casa. Tratava-se de uma área rural, sem vizinhos.
Segundo a versão da polícia baiana, ratificada pelo governador Wilson Witzel (Harvard Fake ‘15), “chegamos ao local do crime para prender mas, infelizmente, o bandido (Medalha Tiradentes ‘05) que ali estava não quis se entregar, trocou tiros com a polícia e infelizmente faleceu”.
Conta outra, doutor. Ou, pelo menos, conta essa direito. Adriano da Nóbrega estava cercado. O bordão “trocou tiros” é um recurso gasto. Antes da chegada da polícia, o miliciano já fugira da casa onde estava com a família, na Costa do Sauípe, e do esconderijo onde se abrigara, numa fazenda próxima à chácara.
Os policiais podiam ficar a quilômetros da casa e o bandido poderia atirar o quanto quisesse, mas continuaria cercado. Se a intenção fosse capturá-lo vivo, isso seria apenas uma questão de tempo. Três dias depois da operação, as informações divulgadas pelas polícias foram genéricas e insuficientes para entender o que aconteceu.
Na melhor da hipóteses, os policiais foram incompetentes. Na pior, prevaleceu o protocolo de silêncio seguido pelo ex-PM Fabrício Queiroz, chevalier servant da família Bolsonaro e administrador da “rachadinha” de seus gabinetes parlamentares, onde estiveram aninhadas a mãe e a mulher de Adriano. O silêncio de Queiroz é voluntário, o do miliciano foi inevitável. Fica no ar um trecho da fala triunfalista de Witzel, no qual ele disse que a operação “obteve o resultado que se esperava”.
Quando a polícia estava no rastro de Adriano, o ministro Sergio Moro vangloriou-se de ter organizado uma lista dos criminosos mais procurados. Nela estavam 27 bandidos, mas faltava o “Capitão Adriano”. No melhor burocratês, o ministério explicou: “As acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”. Conta outra, doutor. Dois dos listados eram milicianos municipais do Rio de Janeiro. Ademais, a interestadualidade de Adriano foi comprovada na cena de sua morte, com policiais baianos e fluminenses.
O secretário de Segurança do governo petista da Bahia prometeu transparência na investigação da morte do miliciano. Seria uma pena se a cena do tiroteio tiver sido alterada. Numa troca de tiros deveriam existir cápsulas da arma de Adriano. Seria razoável supor que a polícia disparou mais tiros, além dos dois que atingiram o bandido. A cena poderia ter sido filmada, mas isso seria pedir demais, mesmo sabendo-se que se tratava de uma operação de relevância nacional. A captura de Adriano lustraria a polícia e jogaria luz sobre suas conexões. A morte do ex-capitão serviu apenas para aumentar as trevas que protegem essa banda das milícias do Rio.
Faz tempo, uma patrulha do Exército perseguiu outro ex-militar foragido pelo interior da Bahia. Chamava-se Carlos Lamarca. Apesar de ter teatralizado a cena de sua morte, o oficial que comandava a patrulha não falou em troca de tiros. Narrou uma execução.
Elio Gaspari
Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
A vida e a morte de Adriano da Nóbrega são duas histórias mal contadas
O silêncio de Fabrício Queiroz é voluntário, o do miliciano foi inevitável
Elio Gaspari
Folha de S. Paulo, 12.fev.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2020/02/a-vida-e-a-morte-de-adriano-da-nobrega-sao-duas-historias-mal-contadas.shtml
Ganha um fim de semana em Rio das Pedras quem conseguir montar um cenário plausível para a seguinte situação:
Setenta policiais participam de uma operação para a captura do “Capitão Adriano”, foragido desde o ano passado. Suspeitando que ele se escondeu na chácara do vereador Gilsinho de Dedé (PSL), alguns deles formam um triângulo e cercam a casa. Tratava-se de uma área rural, sem vizinhos.
Segundo a versão da polícia baiana, ratificada pelo governador Wilson Witzel (Harvard Fake ‘15), “chegamos ao local do crime para prender mas, infelizmente, o bandido (Medalha Tiradentes ‘05) que ali estava não quis se entregar, trocou tiros com a polícia e infelizmente faleceu”.
Conta outra, doutor. Ou, pelo menos, conta essa direito. Adriano da Nóbrega estava cercado. O bordão “trocou tiros” é um recurso gasto. Antes da chegada da polícia, o miliciano já fugira da casa onde estava com a família, na Costa do Sauípe, e do esconderijo onde se abrigara, numa fazenda próxima à chácara.
Os policiais podiam ficar a quilômetros da casa e o bandido poderia atirar o quanto quisesse, mas continuaria cercado. Se a intenção fosse capturá-lo vivo, isso seria apenas uma questão de tempo. Três dias depois da operação, as informações divulgadas pelas polícias foram genéricas e insuficientes para entender o que aconteceu.
Na melhor da hipóteses, os policiais foram incompetentes. Na pior, prevaleceu o protocolo de silêncio seguido pelo ex-PM Fabrício Queiroz, chevalier servant da família Bolsonaro e administrador da “rachadinha” de seus gabinetes parlamentares, onde estiveram aninhadas a mãe e a mulher de Adriano. O silêncio de Queiroz é voluntário, o do miliciano foi inevitável. Fica no ar um trecho da fala triunfalista de Witzel, no qual ele disse que a operação “obteve o resultado que se esperava”.
Quando a polícia estava no rastro de Adriano, o ministro Sergio Moro vangloriou-se de ter organizado uma lista dos criminosos mais procurados. Nela estavam 27 bandidos, mas faltava o “Capitão Adriano”. No melhor burocratês, o ministério explicou: “As acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”. Conta outra, doutor. Dois dos listados eram milicianos municipais do Rio de Janeiro. Ademais, a interestadualidade de Adriano foi comprovada na cena de sua morte, com policiais baianos e fluminenses.
O secretário de Segurança do governo petista da Bahia prometeu transparência na investigação da morte do miliciano. Seria uma pena se a cena do tiroteio tiver sido alterada. Numa troca de tiros deveriam existir cápsulas da arma de Adriano. Seria razoável supor que a polícia disparou mais tiros, além dos dois que atingiram o bandido. A cena poderia ter sido filmada, mas isso seria pedir demais, mesmo sabendo-se que se tratava de uma operação de relevância nacional. A captura de Adriano lustraria a polícia e jogaria luz sobre suas conexões. A morte do ex-capitão serviu apenas para aumentar as trevas que protegem essa banda das milícias do Rio.
Faz tempo, uma patrulha do Exército perseguiu outro ex-militar foragido pelo interior da Bahia. Chamava-se Carlos Lamarca. Apesar de ter teatralizado a cena de sua morte, o oficial que comandava a patrulha não falou em troca de tiros. Narrou uma execução.
Elio Gaspari
Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
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Viva a hipocrisia!
Neste circo, os palhaços estão na plateia...
Deputados da CPI das fake news mantêm grupos com notícias falsas e ataques
Teorias da conspiração e ataques contra o STF circulam nos grupos do WhatsApp que parlamentares administram
Vinícius Segalla
Aiuri Rebello
Folha de S. Paulo, 12.fev.2020 às 9h04
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/deputados-da-cpi-das-fake-news-mantem-grupos-com-noticias-falsas-e-ataques.shtml
SÃO PAULO | UOL - Os deputados federais Filipe Barros (PSL-PR) e Coronel Tadeu (PSL-SP) aparecem como administradores de grupos de WhatsApp onde são compartilhadas fake news e ataques contra integrantes do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Barros é integrante da CPI mista das fake news no Congresso. Tadeu participou da comissão até o final do ano passado, e ganhou notoriedade ao quebrar uma placa que trazia uma charge sobre violência policial em uma exposição na Câmara, no ano passado. O ato gerou revolta entre deputados da oposição.
Ambos fazem parte da "tropa de choque" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados. Além disso, Barros é um dos coordenadores da equipe de coleta de assinaturas e apoios para a criação de um novo partido político, o Aliança para o Brasil, capitaneado pelo presidente.
Alvos constantes destes grupos são o próprio presidente da Casa onde atuam os parlamentares, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
Tanto Filipe Barros como Coronel Tadeu afirmam que não são os criadores dos grupos e não controlam quando são incluídos em algum como administradores.
Junto aos ataques e fake news, as mensagens compartilhadas trazem principalmente defesas e elogios a integrantes do governo federal e intensa campanha para coleta de assinaturas para a criação do novo partido político de Bolsonaro.
Também há espaço para teorias da conspiração sobre o surto de coronavírus que surgiu recentemente na China, mensagens religiosas, de autoajuda e conteúdo homofóbico.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim como lideranças do PT, além de ex-apoiadores de Bolsonaro, como a deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP), são atacados com frequência.
Barros é um dos dois administradores do grupo de WhatsApp "Militantes Bolsonaristas 3". Após o início da apuração desta reportagem, o número 3 foi subtraído do nome. Na descrição do grupo, com 257 integrantes, um texto diz que "(...) somos direita conservadora e lutamos por Bolsonaro por bem do Brasil". A descrição do grupo sugeria uma ação organizada e que este é o terceiro de dez grupos com o mesmo nome.
A atividade ali é intensa e são compartilhadas centenas de mensagens por dia, a maioria de teor político. Durante a apuração desta reportagem, o deputado não fez nenhuma postagem no grupo.
A maioria das fake news são compartilhadas no formato de memes em arquivos de imagem. Clipes de vídeos com falas de políticos e personalidades diversas retiradas de outras mídias sociais também são comuns, assim como links de canais no YouTube e de sites especializados em fake news ou notícias partidárias.
"Isso tudo é orgânico. Muitas vezes me incluem como administrador de um grupo e eu nem sei", diz o deputado Filipe Barros (PSL-PR). "Veja, eu participo de mais de mil grupos de WhatsApp".
Sobre o grupo "Militantes Bolsonaristas 3", ele diz que não se recorda do grupo, não é seu criador e provavelmente nunca compartilhou uma mensagem. Além de Barros, apenas uma mulher aparece como administradora. Além de memes, fake news, ataques e links para canais de notícias partidárias, a administradora compartilha muito material de divulgação do mandato do deputado.
Apesar disso, Barros afirma que a mulher não é sua assessora e nem sabe quem ela é. Sobre o conteúdo compartilhado no grupo, o deputado diz que certamente avisaria o autor e removeria o conteúdo caso visse algo que vai além do que é legalmente permitido, como notícias falsas. "Já fiz isso até com a minha família", afirma.
Sobre os ataques a políticos e ministros do STF, Barros afirma que "chumbo trocado não dói".
"É engraçado, o STF pode chamar Jesus Cristo de gay, ofender os outros, mas se alguém chama eles não pode?", diz ele.
Para ele, um meme com este tipo de ataque não difere de palavras de ordem e cartazes em manifestações de rua. "O pessoal vai pra rua e puxa coro com xingamento, leva cartazes ofensivos e ninguém acha estranho. Na minha opinião é a mesma coisa, só que no ambiente virtual. Não podemos cercear o direito de manifestação das pessoas. Claro, desde que respeitada a lei. Já existem mecanismos legais que coíbem abusos."
Coronel Tadeu é um dos nove administradores (todos identificando-se como militares ou assessores de militares) do grupo de WhatsApp "Major Vitor Santos", com 80 integrantes, que aparentemente foi criado para promover a pré-candidatura do major nas eleições municipais deste ano.
"Todo dia estou em um grupo novo e não fico nem sabendo. Nem sei deste que vocês estão falando, estou em mais de 300 grupos de WhatsApp"
Deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) "Quando vejo em um deles algo inapropriado como fake news, sempre tento orientar mas é impossível, o povo não respeita", afirma Tadeu. Segundo ele, as fake news são uma praga que atacam qualquer área. "Faço parte de vários grupos de segurança pública e o que aparece de fake news ali sobre bandido, arma... É uma tristeza. Com a política acontece a mesma coisa", diz o deputado.
Após depor à CPI, em entrevista ao UOL em novembro, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) listou o ideólogo Olavo de Carvalho, deputados e empresários como parte de uma rede bolsonarista de fake news.
Em depoimento na comissão, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) descreveu o funcionamento do que seria um "gabinete do ódio" que organiza estes grupos na internet.
De acordo com advogados especialistas em direito digital ouvidos pelo UOL, os administradores de grupos de WhatsApp que não agem para coibir o compartilhamento de fake news e ataques a pessoas e instituições podem ser responsabilizados civil e criminalmente.
"Quando alguém compartilha um ataque ou fake news sobre alguém, o administrador não necessariamente possui responsabilidade", afirma o advogado Renato Ópice Blum, especialista em direito digital. "Para responsabilizá-lo na Justiça Civil junto com o autor da postagem, é preciso provar que o administrador viu a mensagem em questão."
"Quando isso acontece de maneira repetida, no caso dos grupos onde esse tipo de material é compartilhado diariamente, às dezenas, os administradores são responsáveis assim como o autor, inclusive criminalmente. Já há até jurisprudência formada na Justiça para isso, é o que chamamos de dolo eventual", afirma Blum. "Fica mais fácil de mostrar a conivência do administrador com os insultos e até possíveis crimes que aconteçam ali dentro."
Nos grupos administrados pelos dois deputados, chama a atenção a quantidade de contas no aplicativo de mensagens que utilizam números estrangeiros de celular.
De acordo com especialistas em segurança da informação ouvidos pelo UOL, o uso de linhas estrangeiras dificulta a localização e identificação dos responsáveis pela disseminação de conteúdo falso e ataques, e não raro são operadas por robôs que fazem disparos em massa de mensagens.
No ano passado, o UOL mostrou que uma rede fake news com robôs pró-Bolsonaro utilizada na eleição de 2018 continuava com 80% das contas ativas.
Procurado pela reportagem, Rodrigo Maia preferiu não pronunciar-se sobre o caso.
Em nota, a assessoria de imprensa de Dias Toffoli afirma que o Supremo Tribunal Federal está comprometido com o combate às fake news.
Deputados da CPI das fake news mantêm grupos com notícias falsas e ataques
Teorias da conspiração e ataques contra o STF circulam nos grupos do WhatsApp que parlamentares administram
Vinícius Segalla
Aiuri Rebello
Folha de S. Paulo, 12.fev.2020 às 9h04
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/deputados-da-cpi-das-fake-news-mantem-grupos-com-noticias-falsas-e-ataques.shtml
SÃO PAULO | UOL - Os deputados federais Filipe Barros (PSL-PR) e Coronel Tadeu (PSL-SP) aparecem como administradores de grupos de WhatsApp onde são compartilhadas fake news e ataques contra integrantes do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Barros é integrante da CPI mista das fake news no Congresso. Tadeu participou da comissão até o final do ano passado, e ganhou notoriedade ao quebrar uma placa que trazia uma charge sobre violência policial em uma exposição na Câmara, no ano passado. O ato gerou revolta entre deputados da oposição.
Ambos fazem parte da "tropa de choque" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados. Além disso, Barros é um dos coordenadores da equipe de coleta de assinaturas e apoios para a criação de um novo partido político, o Aliança para o Brasil, capitaneado pelo presidente.
Alvos constantes destes grupos são o próprio presidente da Casa onde atuam os parlamentares, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
Tanto Filipe Barros como Coronel Tadeu afirmam que não são os criadores dos grupos e não controlam quando são incluídos em algum como administradores.
Junto aos ataques e fake news, as mensagens compartilhadas trazem principalmente defesas e elogios a integrantes do governo federal e intensa campanha para coleta de assinaturas para a criação do novo partido político de Bolsonaro.
Também há espaço para teorias da conspiração sobre o surto de coronavírus que surgiu recentemente na China, mensagens religiosas, de autoajuda e conteúdo homofóbico.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim como lideranças do PT, além de ex-apoiadores de Bolsonaro, como a deputada federal Joice Hasselman (PSL-SP), são atacados com frequência.
Barros é um dos dois administradores do grupo de WhatsApp "Militantes Bolsonaristas 3". Após o início da apuração desta reportagem, o número 3 foi subtraído do nome. Na descrição do grupo, com 257 integrantes, um texto diz que "(...) somos direita conservadora e lutamos por Bolsonaro por bem do Brasil". A descrição do grupo sugeria uma ação organizada e que este é o terceiro de dez grupos com o mesmo nome.
A atividade ali é intensa e são compartilhadas centenas de mensagens por dia, a maioria de teor político. Durante a apuração desta reportagem, o deputado não fez nenhuma postagem no grupo.
A maioria das fake news são compartilhadas no formato de memes em arquivos de imagem. Clipes de vídeos com falas de políticos e personalidades diversas retiradas de outras mídias sociais também são comuns, assim como links de canais no YouTube e de sites especializados em fake news ou notícias partidárias.
"Isso tudo é orgânico. Muitas vezes me incluem como administrador de um grupo e eu nem sei", diz o deputado Filipe Barros (PSL-PR). "Veja, eu participo de mais de mil grupos de WhatsApp".
Sobre o grupo "Militantes Bolsonaristas 3", ele diz que não se recorda do grupo, não é seu criador e provavelmente nunca compartilhou uma mensagem. Além de Barros, apenas uma mulher aparece como administradora. Além de memes, fake news, ataques e links para canais de notícias partidárias, a administradora compartilha muito material de divulgação do mandato do deputado.
Apesar disso, Barros afirma que a mulher não é sua assessora e nem sabe quem ela é. Sobre o conteúdo compartilhado no grupo, o deputado diz que certamente avisaria o autor e removeria o conteúdo caso visse algo que vai além do que é legalmente permitido, como notícias falsas. "Já fiz isso até com a minha família", afirma.
Sobre os ataques a políticos e ministros do STF, Barros afirma que "chumbo trocado não dói".
"É engraçado, o STF pode chamar Jesus Cristo de gay, ofender os outros, mas se alguém chama eles não pode?", diz ele.
Para ele, um meme com este tipo de ataque não difere de palavras de ordem e cartazes em manifestações de rua. "O pessoal vai pra rua e puxa coro com xingamento, leva cartazes ofensivos e ninguém acha estranho. Na minha opinião é a mesma coisa, só que no ambiente virtual. Não podemos cercear o direito de manifestação das pessoas. Claro, desde que respeitada a lei. Já existem mecanismos legais que coíbem abusos."
Coronel Tadeu é um dos nove administradores (todos identificando-se como militares ou assessores de militares) do grupo de WhatsApp "Major Vitor Santos", com 80 integrantes, que aparentemente foi criado para promover a pré-candidatura do major nas eleições municipais deste ano.
"Todo dia estou em um grupo novo e não fico nem sabendo. Nem sei deste que vocês estão falando, estou em mais de 300 grupos de WhatsApp"
Deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) "Quando vejo em um deles algo inapropriado como fake news, sempre tento orientar mas é impossível, o povo não respeita", afirma Tadeu. Segundo ele, as fake news são uma praga que atacam qualquer área. "Faço parte de vários grupos de segurança pública e o que aparece de fake news ali sobre bandido, arma... É uma tristeza. Com a política acontece a mesma coisa", diz o deputado.
Após depor à CPI, em entrevista ao UOL em novembro, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) listou o ideólogo Olavo de Carvalho, deputados e empresários como parte de uma rede bolsonarista de fake news.
Em depoimento na comissão, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) descreveu o funcionamento do que seria um "gabinete do ódio" que organiza estes grupos na internet.
De acordo com advogados especialistas em direito digital ouvidos pelo UOL, os administradores de grupos de WhatsApp que não agem para coibir o compartilhamento de fake news e ataques a pessoas e instituições podem ser responsabilizados civil e criminalmente.
"Quando alguém compartilha um ataque ou fake news sobre alguém, o administrador não necessariamente possui responsabilidade", afirma o advogado Renato Ópice Blum, especialista em direito digital. "Para responsabilizá-lo na Justiça Civil junto com o autor da postagem, é preciso provar que o administrador viu a mensagem em questão."
"Quando isso acontece de maneira repetida, no caso dos grupos onde esse tipo de material é compartilhado diariamente, às dezenas, os administradores são responsáveis assim como o autor, inclusive criminalmente. Já há até jurisprudência formada na Justiça para isso, é o que chamamos de dolo eventual", afirma Blum. "Fica mais fácil de mostrar a conivência do administrador com os insultos e até possíveis crimes que aconteçam ali dentro."
Nos grupos administrados pelos dois deputados, chama a atenção a quantidade de contas no aplicativo de mensagens que utilizam números estrangeiros de celular.
De acordo com especialistas em segurança da informação ouvidos pelo UOL, o uso de linhas estrangeiras dificulta a localização e identificação dos responsáveis pela disseminação de conteúdo falso e ataques, e não raro são operadas por robôs que fazem disparos em massa de mensagens.
No ano passado, o UOL mostrou que uma rede fake news com robôs pró-Bolsonaro utilizada na eleição de 2018 continuava com 80% das contas ativas.
Procurado pela reportagem, Rodrigo Maia preferiu não pronunciar-se sobre o caso.
Em nota, a assessoria de imprensa de Dias Toffoli afirma que o Supremo Tribunal Federal está comprometido com o combate às fake news.
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Neofascismo de vento em popa...
Submundo emerge em carne e osso
Ataques iniciados na CPMI das Fake News são exibição de misoginia sem pudores
Roberto Dias
Folha de S. Paulo, 12.fev.2020 às 13h50
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/robertodias/2020/02/submundo-emerge-em-carne-e-osso.shtml
A CPMI das Fakes News transformou-se, ao vivo, em produtora de seu objeto de investigação. Esse paradoxo acabou por dar utilidade à comissão, finalmente. Pois as fake news proferidas na CPMI e reverberadas em redes sociais nas últimas horas são sim um ponto de inflexão.
Os ataques abjetos à jornalista Patrícia Campos Mello carregam aspectos importantes, e vale aqui destacar dois.
O primeiro é que o submundo emergiu em carne e osso. O que houve a partir da tarde de terça (11) não foi uma operação protagonizada por robôs. Eram fake news do mais baixo nível proferidas por gente que não sente necessidade de esconder a cara. Uma horda que se manifesta no microfone e na conta real do Twitter.
O comportamento covarde e furtivo de quem espalha fake news no Whatsapp agora tem sua versão pública. Assistir ao vídeo de Hans River do Rio Nascimento mentindo sobre o comportamento de Patrícia é exercício de revirar o estômago. Frieza e caráter aparecem em proporções muito desequilibradas no depoimento.
Ato seguinte, e não há surpresa nisso, entrou em ação o deputado Eduardo Bolsonaro, inflamando o ataque sórdido. Se alguém enxergar aqui uma estratégia de comunicação poderá concluir que a mentira de Hans tira do foco a busca pela verdade sobre a morte do miliciano Adriano.
O segundo aspecto é a misoginia sem pudores. O episódio todo não deixa nenhuma margem para dúvida: Patrícia está sendo atacada dessa forma porque é mulher.
Mesma conclusão pode ser tirada quando se observa o que ocorreu com outras jornalistas que, sem ter relação direta com a história, acabaram virando nas últimas horas alvo de agressões machistas —de novo, feitas abertamente.
Ao expor as fake news da campanha eleitoral, Patrícia acabou mostrando como agem brasileiros reais escondidos no cartão de memória do celular. Menos de dois anos depois, esse tipo de pessoa até aparece no vídeo.
Roberto Dias
Secretário de Redação da Folha.
Ataques iniciados na CPMI das Fake News são exibição de misoginia sem pudores
Roberto Dias
Folha de S. Paulo, 12.fev.2020 às 13h50
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/robertodias/2020/02/submundo-emerge-em-carne-e-osso.shtml
A CPMI das Fakes News transformou-se, ao vivo, em produtora de seu objeto de investigação. Esse paradoxo acabou por dar utilidade à comissão, finalmente. Pois as fake news proferidas na CPMI e reverberadas em redes sociais nas últimas horas são sim um ponto de inflexão.
Os ataques abjetos à jornalista Patrícia Campos Mello carregam aspectos importantes, e vale aqui destacar dois.
O primeiro é que o submundo emergiu em carne e osso. O que houve a partir da tarde de terça (11) não foi uma operação protagonizada por robôs. Eram fake news do mais baixo nível proferidas por gente que não sente necessidade de esconder a cara. Uma horda que se manifesta no microfone e na conta real do Twitter.
O comportamento covarde e furtivo de quem espalha fake news no Whatsapp agora tem sua versão pública. Assistir ao vídeo de Hans River do Rio Nascimento mentindo sobre o comportamento de Patrícia é exercício de revirar o estômago. Frieza e caráter aparecem em proporções muito desequilibradas no depoimento.
Ato seguinte, e não há surpresa nisso, entrou em ação o deputado Eduardo Bolsonaro, inflamando o ataque sórdido. Se alguém enxergar aqui uma estratégia de comunicação poderá concluir que a mentira de Hans tira do foco a busca pela verdade sobre a morte do miliciano Adriano.
O segundo aspecto é a misoginia sem pudores. O episódio todo não deixa nenhuma margem para dúvida: Patrícia está sendo atacada dessa forma porque é mulher.
Mesma conclusão pode ser tirada quando se observa o que ocorreu com outras jornalistas que, sem ter relação direta com a história, acabaram virando nas últimas horas alvo de agressões machistas —de novo, feitas abertamente.
Ao expor as fake news da campanha eleitoral, Patrícia acabou mostrando como agem brasileiros reais escondidos no cartão de memória do celular. Menos de dois anos depois, esse tipo de pessoa até aparece no vídeo.
Roberto Dias
Secretário de Redação da Folha.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
"Dólar estava muito baixo, empregada doméstica indo pra Disney, uma festa danada".
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Então! Faz parte da "extratégia" da "equipe" econômica bozonarista.
Além do mais, lugar de doméstica é na senzala!
Gentinha abusada!!!!
Além do mais, lugar de doméstica é na senzala!
Gentinha abusada!!!!
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Pois é, culpa do PT.allexcosta escreveu:"Dólar estava muito baixo, empregada doméstica indo pra Disney, uma festa danada".
Paulo Guedes
Esse cretino sem pudor simplesmente disse o que nossos compatriotas, da classe média para cima, não admitem há anos.
Após alta recorde do dólar, Guedes diz que câmbio a R$ 1,80 permitia a doméstica ir à Disney
Em seguida, ministro ressalvou: 'Todo mundo tem que ir para a Disneylândia, conhecer Walt Disney. Mas não ir três, quatro vezes ao ano'. Ele discursou em seminário em Brasília.
Por Yvna Sousa e Filipe Matoso, TV Globo e G1 — Brasília
12/02/2020 20h27 Atualizado há uma hora
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/12/apos-alta-recorde-do-dolar-guedes-diz-que-com-cambio-a-r-180-domestica-ia-para-a-disney.ghtml?utm_source=push&utm_medium=app&utm_campaign=pushg1
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (12) que o dólar mais baixo permitia empregadas domésticas irem à Disney, nos Estados Unidos. O ministro acrescentou que a alta do dólar fará "todo mundo conhecer o Brasil".
Guedes deu as declarações ao participar da cerimônia de encerramento do Seminário de Abertura do Ano Legislativo, organizado pela revista "Voto", em Brasília.
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, com o quarto recorde seguido, a R$ 4,35, impulsionado pela divulgação dos dados do varejo brasileiro e do maior otimismo do mercado em relação à contenção da epidemia do coronavírus na China.
"Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vou exportar menos, substituição de importações, turismo, todo mundo indo para a Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia, uma festa danada. Mas espera aí? Espera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai ali passear nas praias do Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para Cachoeiro do Itapemirim, vai conhecer onde o Roberto Carlos nasceu. Vai passear no Brasil, vai conhecer o Brasil, que está cheio de coisa bonita para ver", declarou.
Em seguida, o ministro continuou falando sobre o assunto, mas acrescentando que a declaração poderia repercutir.
"Vamos botar todo mundo para conhecer o Brasil. Eu, de vez em quando, quis dar o exemplo, mas antes que falem: 'Ministro diz que empregada doméstica estava indo para a Disneylândia'. Não. Ministro está dizendo que o câmbio estava tão barato que todo mundo estava indo para a Disneylândia, até as classes sociais mais baixas", afirmou.
Na sequência do discurso, Paulo Guedes afirmou que "todo mundo que ir para a Disneylândia", mas não "três, quatro vezes ao ano".
"Todo mundo tem que ir para a Disneylândia, conhecer um dia, mas não três, quatro vezes por ano, não é? Com dólar a R$ 1,80, tinha gente indo quatro vezes por ano. Não, vai três vezes aqui, Foz do Iguaçu, Chapada Diamantina, conhece um pouquinho do Brasil, vai ver a selva amazônica, na quarta vez você vai para a Disney em vez de ir quatro vezes no ano. Então, só isso que estou dizendo", completou.
Servidores 'parasitas'
Na semana passada, Guedes se envolveu em uma polêmica ao comparar servidores públicos a "parasitas".
O ministro argumentou que a máquina pública, nas três esferas de governo, não se sustenta financeiramente por questões fiscais e, por isso, a carreira do funcionalismo precisa ser revista.
"O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático", declarou.
Depois, diante da repercussão, o ministro se desculpou. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que a declaração dele havia sito deturpada.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
allexcosta escreveu:"Dólar estava muito baixo, empregada doméstica indo pra Disney, uma festa danada".
Paulo Guedes
Mas é a "proposta vencedora"... Um pensamento conhecido (e por muitos apreciado).
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Quando ocorreu a votação todo mundo tava vacinado.
E hoje vi uma notícia de mais um militar no governo, na Casa Civil. Nenhum objetivo atrás disso?
E hoje vi uma notícia de mais um militar no governo, na Casa Civil. Nenhum objetivo atrás disso?
AndréBurger- Membro
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Localização : São Paulo
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
É admirável a capacidade da galera deste governo falar besteira.
Binão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Binão escreveu:É admirável a capacidade da galera deste governo falar besteira.
É proposital...
NETOULTRA- Membro
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Empregadas, uni-vos na borrachada da luta sem classe
Aparecida, minha mãe, não foi à Disney
Reinaldo Azevedo
Folha de S. Paulo, 13.fev.2020 às 16h30
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2020/02/empregadas-uni-vos-na-borrachada-da-luta-sem-classe.shtml?utm_source=app&utm_medium=push&utm_campaign=pushfolha&id=1581625181
Minha mãe era empregada doméstica na década de 1970. Faxineira. Numa das casas, a patroa queria que as pedras do quintal, porosas, ficassem brancas. Era preciso esfregar muito. Com sabão em pó e água sanitária, que chamávamos “água de lavadeira”. Os pobres são convidados a encontrar o seu lugar já no vocabulário. “A linguagem é um vírus”. A educação pelas pedras.
A essa casa, tinha uns 10 anos, eu ia junto. A mãe tinha dores nas costas. Eu ajudava a esfregar o quintal. Ficava branco como leite. Nem pecado tributável passaria por ali.
Ela, então, molhou as pedras com a mangueira e as salpicou de Omo, aos poucos, em pequenas veredas. Pobre economiza sabão em pó alheio porque o desperdício ofende algo mais do que o bolso do patrão: agride o senso de sobrevivência. Peguei, moleque meio enfezado, a vassoura de piaçava para esfregar com força. Tem de ficar branca. Como leite. Sem pecado nem perdão.
Talvez fosse desnecessário acrescentar pitadas da estética “Parasita”. Ou de “Feios, Sujos e Malvados”, de que o filme coreano é caudatário, para informar: já tínhamos comido de pé, na cozinha, macarrão lavado com água de salsicha. Não era uma comida, mas um clichê. Como em “Parasita”. Como em “Feios, Sujos e Malvados”. Ettore Scola veio bem antes, admita-se, e era muito mais transgressor. Mas nós não queríamos roubar nada nem buscávamos intimidade.
A patroa viu a mãe polvilhar o sabão em pó. Gritou: “Tá pensando que eu sou a dona da fábrica de Omo? Você sabe quanto custa?” Ódio de pobre. Não havia desperdício. É que ela nos via como parasitas da sua riqueza. No fim das contas, o que a ofendia é que aquele serviço custasse uma diária.
Há preconceito contra negros no Brasil. Há preconceito contra mulheres no Brasil. Há preconceito contra gays no Brasil. Há preconceitos no Brasil. O maior de todos, o mal talvez incurável, a canalhice insofismável, o ódio primordial, o medo primitivo é um só: de verdade, “eles” — permitiam-me as aspas, que eu mesmo costumo combater — odeiam os pobres.
A mãe se quedou paralisada, pálida como as pedras — literatice minha, não dela — e tentou balbuciar desculpas: “Mas eu não joguei muito, é que espalhei...” E se seguiram todos os eteceteras do reino da necessidade. A dona não quis saber. “Isso é sabão, custa caro. Vocês nem devem saber o que é. Vocês não conhecem nem sabonete. Vocês nem devem tomar banho”.
Pobre cheira. Como em “Parasitas”, mesmo que não. Pensei então, eu juro hoje pelas filhas!, que não fazia sentido a expressão “vocês não conhecem nem sabonete” porque este me parecia superior ao sabão numa escala que hoje chamaria estilística: o grosseiro “ão” contra o finório “ete”. Mas escapei logo das digressões de menino tendente a se abobar com livros.
A mangueira soltava um fio contínuo e mirrado de água para garantir a esfregação. Parei. Encostei a vassoura à parede da casa. Fechei a torneira. Puxei aquela longa borracha azul — era azul —, dobrei em quatro e parti para cima da desbocada: “Fala de novo que a gente não toma banho, fdp!”
Foi a sua vez de mimetizar as pedras. Esboçou um pedido de socorro. A casa ficava ao lado da sua empresa, que costurava artefatos de plástico. Falei alto. Falei para ser ouvido. Algumas costureiras se levantaram para ver o que se passava. Ninguém interferiu. Tive a minha primeira lição de luta de classes sobre pedras imaculadas. Havia uma voz silenciosa: “Cobre ela de borrachada!”
Minha mãe correu e arrancou a mangueira dobrada das minhas mãos. “Para com isso! Vamos embora!”. Tirou o avental e procurou o calçado — estávamos descalços. A tal ainda gritou às nossas costas: “Eu preciso te pagar”. Minha mãe pediu que ela incorporasse o dinheiro à parte terminal do aparelho digestivo.
Aparecida, Dona Cida, nunca foi à Disney. Nem sei se o câmbio era favorável à época. Desculpo-me pelo incômodo de contar uma história assim, de chimpanzés contaminados pelo marxismo cultural, vertido, nesse caso, em borrachada didática.
Uma lição de moral. Em sua resistência fria. Em sua carnadura concreta.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
Aparecida, minha mãe, não foi à Disney
Reinaldo Azevedo
Folha de S. Paulo, 13.fev.2020 às 16h30
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2020/02/empregadas-uni-vos-na-borrachada-da-luta-sem-classe.shtml?utm_source=app&utm_medium=push&utm_campaign=pushfolha&id=1581625181
Minha mãe era empregada doméstica na década de 1970. Faxineira. Numa das casas, a patroa queria que as pedras do quintal, porosas, ficassem brancas. Era preciso esfregar muito. Com sabão em pó e água sanitária, que chamávamos “água de lavadeira”. Os pobres são convidados a encontrar o seu lugar já no vocabulário. “A linguagem é um vírus”. A educação pelas pedras.
A essa casa, tinha uns 10 anos, eu ia junto. A mãe tinha dores nas costas. Eu ajudava a esfregar o quintal. Ficava branco como leite. Nem pecado tributável passaria por ali.
Ela, então, molhou as pedras com a mangueira e as salpicou de Omo, aos poucos, em pequenas veredas. Pobre economiza sabão em pó alheio porque o desperdício ofende algo mais do que o bolso do patrão: agride o senso de sobrevivência. Peguei, moleque meio enfezado, a vassoura de piaçava para esfregar com força. Tem de ficar branca. Como leite. Sem pecado nem perdão.
Talvez fosse desnecessário acrescentar pitadas da estética “Parasita”. Ou de “Feios, Sujos e Malvados”, de que o filme coreano é caudatário, para informar: já tínhamos comido de pé, na cozinha, macarrão lavado com água de salsicha. Não era uma comida, mas um clichê. Como em “Parasita”. Como em “Feios, Sujos e Malvados”. Ettore Scola veio bem antes, admita-se, e era muito mais transgressor. Mas nós não queríamos roubar nada nem buscávamos intimidade.
A patroa viu a mãe polvilhar o sabão em pó. Gritou: “Tá pensando que eu sou a dona da fábrica de Omo? Você sabe quanto custa?” Ódio de pobre. Não havia desperdício. É que ela nos via como parasitas da sua riqueza. No fim das contas, o que a ofendia é que aquele serviço custasse uma diária.
Há preconceito contra negros no Brasil. Há preconceito contra mulheres no Brasil. Há preconceito contra gays no Brasil. Há preconceitos no Brasil. O maior de todos, o mal talvez incurável, a canalhice insofismável, o ódio primordial, o medo primitivo é um só: de verdade, “eles” — permitiam-me as aspas, que eu mesmo costumo combater — odeiam os pobres.
A mãe se quedou paralisada, pálida como as pedras — literatice minha, não dela — e tentou balbuciar desculpas: “Mas eu não joguei muito, é que espalhei...” E se seguiram todos os eteceteras do reino da necessidade. A dona não quis saber. “Isso é sabão, custa caro. Vocês nem devem saber o que é. Vocês não conhecem nem sabonete. Vocês nem devem tomar banho”.
Pobre cheira. Como em “Parasitas”, mesmo que não. Pensei então, eu juro hoje pelas filhas!, que não fazia sentido a expressão “vocês não conhecem nem sabonete” porque este me parecia superior ao sabão numa escala que hoje chamaria estilística: o grosseiro “ão” contra o finório “ete”. Mas escapei logo das digressões de menino tendente a se abobar com livros.
A mangueira soltava um fio contínuo e mirrado de água para garantir a esfregação. Parei. Encostei a vassoura à parede da casa. Fechei a torneira. Puxei aquela longa borracha azul — era azul —, dobrei em quatro e parti para cima da desbocada: “Fala de novo que a gente não toma banho, fdp!”
Foi a sua vez de mimetizar as pedras. Esboçou um pedido de socorro. A casa ficava ao lado da sua empresa, que costurava artefatos de plástico. Falei alto. Falei para ser ouvido. Algumas costureiras se levantaram para ver o que se passava. Ninguém interferiu. Tive a minha primeira lição de luta de classes sobre pedras imaculadas. Havia uma voz silenciosa: “Cobre ela de borrachada!”
Minha mãe correu e arrancou a mangueira dobrada das minhas mãos. “Para com isso! Vamos embora!”. Tirou o avental e procurou o calçado — estávamos descalços. A tal ainda gritou às nossas costas: “Eu preciso te pagar”. Minha mãe pediu que ela incorporasse o dinheiro à parte terminal do aparelho digestivo.
Aparecida, Dona Cida, nunca foi à Disney. Nem sei se o câmbio era favorável à época. Desculpo-me pelo incômodo de contar uma história assim, de chimpanzés contaminados pelo marxismo cultural, vertido, nesse caso, em borrachada didática.
Uma lição de moral. Em sua resistência fria. Em sua carnadura concreta.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Não vejo como "besteira" algumas coisas não...Binão escreveu:É admirável a capacidade da galera deste governo falar besteira.
Vejo como perversidade, maldade intrínseca e pensamento de superioridade, de se achar "Senhor de Engenho"...
E essa é a característica de muitos brasileiros, ricos e pobres, e na boca desse tal ministrozinho assume ares de uma virulência fascista...
A História ensina o que pode acontecer quando alguém (da "alta") diz: "... querem pão!? Porque não comem bolos?..."
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Eduardo Moreira
Permita-me dar um pouco mais ênfase neste vídeo, Prof. Bertola. Acho importante.Mauricio Luiz Bertola escreveu:A mentira desse governo tem perna curta:
https://www.youtube.com/watch?v=BfS921epP50
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
JAZZigo escreveu:Permita-me dar um pouco mais ênfase neste vídeo, Prof. Bertola. Acho importante.Mauricio Luiz Bertola escreveu:A mentira desse governo tem perna curta:
https://www.youtube.com/watch?v=BfS921epP50
Obrigado JAZZigo!
Vídeo obrigatório!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Minha pequena participação no debate sobre o nazi-fascismo na ABI:
https://www.youtube.com/watch?v=uffILYtQnuk&t=132s
https://www.youtube.com/watch?v=uffILYtQnuk&t=132s
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Parabéns, aos bostaminions!!! Um Presidente de dar orgulho!!!
Bolsonaro critica a imprensa e dá uma banana para os jornalistas, no Palácio do Planalto (Brasília), sábado, 8.
Daniel Carvalho / Folhapress
Banana de Bolsonaro a jornalistas é síntese e símbolo da concepção que a gorilagem faz
Coisas assim permitem alargar conceito de parasita restringido por Paulo Guedes a funcionários públicos
Janio de Freitas
Folha de S. Paulo, 16.fev.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2020/02/banana-de-bolsonaro-a-jornalistas-e-sintese-e-simbolo-da-concepcao-que-a-gorilagem-faz.shtml
Coisas assim permitem alargar muito o conceito de parasita restringido por Paulo Guedes aos funcionários públicos (sem esquecer, nesse conceito, que os militares também são funcionários públicos).
O próprio Paulo Guedes é, em pessoa, um exemplar notável de parasitismo, na margem do serviço público mas às custas dele. Sua riqueza veio de operar com e para fundos de pensão. De servidores.
Nada mais parasitário do que esse tipo de atividade, que faz fortunas com o que servidores trabalharam para ganhar e dispor no futuro (e nem sempre receber, ao menos na porção correta, como está implícito nos escândalos de desvios e alegadas más aplicações de vários fundos, por dirigentes e seus operadores. Também isso o hoje ministro conhece como especialista do setor).
Paulo Guedes é um exemplar típico do economista de mercado, esses que adulteram o conceito de liberal para sob ele se esconderem. São economistas transgênicos. Condição em que Paulo Guedes constrói com palavras as bananas dirigidas à população.
Com elas e com seus projetos de reforma, tem mostrado o que de fato querem os liberais transgênicos.
Em breve confissão da sua repugnância à ida de empregadas domésticas à Disney, seja por conta própria ou como empregadas mesmo, Guedes desnudou o inimigo da redução de desigualdades —sociais, econômicas, étnicas, educacionais— que há em cada economista de mercado e nos seus seguidores na política e no jornalismo.
AOS PEDAÇOS
Parte da Petrobras está em greve há 15 dias. Os que publicam críticas à censura de livros, como devem, não fazem cobertura da greve.
Os grevistas protestam contra a possível privatização da empresa, como desfecho da atual e pouco conhecida venda a varejo de subsidiárias e outros componentes do patrimônio. Por decorrência da venda de suas ações, o Estado conta agora, para o controle firme da Petrobras, com apenas 0,3% acima do necessário em ações com direito a voto. Está com 50,3%.
Quando isso mesmo ocorreu no tempo de Figueiredo, o Estado brasileiro chegou a perder, certo dia, o controle acionário da Petrobras. Houve uma correria de pânico no governo, para restabelecer o domínio. O segredo foi quebrado, na ocasião mesma, por artigo aqui.
ESTÁ CLARO
A medida provisória 910/2019, que aumenta em quatro vezes a regularização de posse particular de terras da União, não precisa de explicações. Uma coisa dessas nunca nasce sem endereço. Dessa vez é ate mais caprichada: para dar as terras de propriedade do país, basta que o suposto ocupante se declare ocupante de fato.
Depois o governo decide a quais peticionários atenderá.
POR ORA, NADA
É aconselhável não dar maior consideração a qualquer das informações oficiais ou oficiosas sobre o assassinato do miliciano capitão Adriano da Nóbrega. Nem mesmo, ou sobretudo, às da petista Secretaria de Segurança da Bahia.
Janio de Freitas
Jornalista
Bolsonaro critica a imprensa e dá uma banana para os jornalistas, no Palácio do Planalto (Brasília), sábado, 8.
Daniel Carvalho / Folhapress
Banana de Bolsonaro a jornalistas é síntese e símbolo da concepção que a gorilagem faz
Coisas assim permitem alargar conceito de parasita restringido por Paulo Guedes a funcionários públicos
Janio de Freitas
Folha de S. Paulo, 16.fev.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/janiodefreitas/2020/02/banana-de-bolsonaro-a-jornalistas-e-sintese-e-simbolo-da-concepcao-que-a-gorilagem-faz.shtml
Coisas assim permitem alargar muito o conceito de parasita restringido por Paulo Guedes aos funcionários públicos (sem esquecer, nesse conceito, que os militares também são funcionários públicos).
O próprio Paulo Guedes é, em pessoa, um exemplar notável de parasitismo, na margem do serviço público mas às custas dele. Sua riqueza veio de operar com e para fundos de pensão. De servidores.
Nada mais parasitário do que esse tipo de atividade, que faz fortunas com o que servidores trabalharam para ganhar e dispor no futuro (e nem sempre receber, ao menos na porção correta, como está implícito nos escândalos de desvios e alegadas más aplicações de vários fundos, por dirigentes e seus operadores. Também isso o hoje ministro conhece como especialista do setor).
Paulo Guedes é um exemplar típico do economista de mercado, esses que adulteram o conceito de liberal para sob ele se esconderem. São economistas transgênicos. Condição em que Paulo Guedes constrói com palavras as bananas dirigidas à população.
Com elas e com seus projetos de reforma, tem mostrado o que de fato querem os liberais transgênicos.
Em breve confissão da sua repugnância à ida de empregadas domésticas à Disney, seja por conta própria ou como empregadas mesmo, Guedes desnudou o inimigo da redução de desigualdades —sociais, econômicas, étnicas, educacionais— que há em cada economista de mercado e nos seus seguidores na política e no jornalismo.
AOS PEDAÇOS
Parte da Petrobras está em greve há 15 dias. Os que publicam críticas à censura de livros, como devem, não fazem cobertura da greve.
Os grevistas protestam contra a possível privatização da empresa, como desfecho da atual e pouco conhecida venda a varejo de subsidiárias e outros componentes do patrimônio. Por decorrência da venda de suas ações, o Estado conta agora, para o controle firme da Petrobras, com apenas 0,3% acima do necessário em ações com direito a voto. Está com 50,3%.
Quando isso mesmo ocorreu no tempo de Figueiredo, o Estado brasileiro chegou a perder, certo dia, o controle acionário da Petrobras. Houve uma correria de pânico no governo, para restabelecer o domínio. O segredo foi quebrado, na ocasião mesma, por artigo aqui.
ESTÁ CLARO
A medida provisória 910/2019, que aumenta em quatro vezes a regularização de posse particular de terras da União, não precisa de explicações. Uma coisa dessas nunca nasce sem endereço. Dessa vez é ate mais caprichada: para dar as terras de propriedade do país, basta que o suposto ocupante se declare ocupante de fato.
Depois o governo decide a quais peticionários atenderá.
POR ORA, NADA
É aconselhável não dar maior consideração a qualquer das informações oficiais ou oficiosas sobre o assassinato do miliciano capitão Adriano da Nóbrega. Nem mesmo, ou sobretudo, às da petista Secretaria de Segurança da Bahia.
Janio de Freitas
Jornalista
JAZZigo- FCBR-CT
- Mensagens : 16648
Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Obrigado JAZZigo!JAZZigo escreveu:ˆ
Essa foi minha contribuição ao debate.
Foi veiculada em 1º lugar pois fui um dos responsáveis por congregar parte dos palestrantes. Não fui o 1º à falar...
As outras "falas" abordam vieses distintos do mesmo fenômeno, e tem uma acuidade excepcional (especialmente a dos Profs. Tatiana Poggi - dileta colega da UFF, e Muniz Ferreira - esse, meu amigo a 34 anos!).
O encontro foi organizado em forma de "roda de conversa"; apenas as falas individuais foram filmadas; os debates posteriores (muito ricos), não.
Lembrando que esse é apenas o 1º ciclo de palestras que a ABI promoverá sobre o tema (e relacionados).
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
JAZZigo, por favor:
Depois de assistir à essas palestras ninguém poderá mais falar bobagens acerca do nazi-fascismo, tampouco dizer que nós, professores, não sabemos exatamente o que seja; ao contrario de certos empulhadores que espalham mentiras por aí.
PS: Como vi que o JAZZigo não estava online , tomei a liberdade de incluir o vídeo Mestre Bertola.
Depois de assistir à essas palestras ninguém poderá mais falar bobagens acerca do nazi-fascismo, tampouco dizer que nós, professores, não sabemos exatamente o que seja; ao contrario de certos empulhadores que espalham mentiras por aí.
PS: Como vi que o JAZZigo não estava online , tomei a liberdade de incluir o vídeo Mestre Bertola.
Última edição por Cantão em Dom 16 Fev 2020 - 19:32, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Editado para inclusão do vídeo a pedido do Bertola.)
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Obrigado Cantão!
Peço também que coloquem esse vídeo abaixo.
Nele mostra-se o "modus operandi" das milicias e dos grupos fascistas no Brasil, organizados na internet (que foi o mote de minha explanação), nesse caso contra um pastor evangélico:
https://www.youtube.com/watch?v=-TRLBKq0KQg
Peço também que coloquem esse vídeo abaixo.
Nele mostra-se o "modus operandi" das milicias e dos grupos fascistas no Brasil, organizados na internet (que foi o mote de minha explanação), nesse caso contra um pastor evangélico:
https://www.youtube.com/watch?v=-TRLBKq0KQg
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
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