Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Com prazer!Mauricio Luiz Bertola escreveu:Obrigado Cantão!
Peço também que coloquem esse vídeo abaixo.
Nele mostra-se o "modus operandi" das milicias e dos grupos fascistas no Brasil, organizados na internet (que foi o mote de minha explanação), nesse caso contra um pastor evangélico:
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Na década de 60 circulou um pequeno panfleto chamado "Um dia na vida de Brasilino" que fez muito sucesso entre aqueles que lutavam contra o imperialismo americano e suas consequências na “periferia Brasil”. Este panfleto foi publicado três anos antes do golpe de 1º. de abril de 1964. Portanto, o autor se refere apenas ao imperialismo econômico, porque o Brasil ainda não havia se deparado com a consolidação do imperialismo (sob a hegemonia do USA). Cabe observar também que, ao longo dos anos, alguns produtos foram retirados do mercado e corporações se extinguiram ou passaram para as mãos de outros grupos financeiros poderosos — o que não significa que o seu patrimônio tenha se transferido para o controle nacional, na condição de empresa mista ou mesmo de capital privado brasileiro.
“Bem-aventurados os pobres de espírito porque será deles o reino dos céus.”
Um dia na vida do Brasilino.
Paulo Guilherme Martins.
Não sei se você conhece o Brasilino!? Mas isso não importa...
Brasilino — é um homem qualquer, que mora num apartamento qualquer, numa cidade qualquer... Situemo-lo em Santos, por exemplo.
Brasilino, como todo o bom burguês, começa o dia acordando; sim, porque o operário, este, levanta-se ainda dormindo a fim de chegar a tempo ao serviço.
Brasilino acorda e aperta o botão da campainha à cabeceira da cama, campainha essa que soa na copa; porém soa, consumindo energia — energia que é da Light, e, assim, o Brasilino inicia o seu dia pagando dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas Brasilino não pensa nisso e começa o seu dia, feliz!
Abre-se a porta. É Marta, a criada, que entra com o café da manhã: café, leite, pão, manteiga, um pouco de geléia e o jornal — “O Estado de São Paulo”. — Brasilino, como todo o bom burguês, lê somente a boa imprensa — a chamada sadia.
Enquanto lê as notícias, toma a sua primeira refeição. Brasilino não sabe que o leite, que bebe, é originário de uma vaca que foi alimentada com farelo Refinazil, da “Refinações de Milho do Brazil” (Brasil com Z), que é americana, e que a farinha com a qual foi feito o pão é originária do “Moinho Santista”, que não é santista e sim inglês. Assim, para tomar o seu café da manhã, Brasilino tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas, Brasilino nem sabe disso... e toma o seu café, bem feliz!
Terminado o café, Brasilino acende o seu primeiro cigarro: Minister, ou Hollywood, um desses da “Cia. Souza Cruz”, que não é do Sr. Souza e muito menos do Sr. Cruz, mas, sim, da “British, American Tobacco Co.”, o trust anglo-americano do fumo. E assim, para fumar seu cigarrinho, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas Brasilino nem pensa nisso e saboreia seu cigarrinho, feliz... feliz...
Em seguida, Brasilino vai ao quarto de banho, fazer a sua toilette: acende o aquecedor de gás — gás que é da City e, portanto, do grupo Light, e, enquanto a água aquece, toma da escova de dentes, marca “Tek”, da “Johnson & Johnson do Brasil” (que é americana), e da pasta dentifrícia “Kolynos”, com clorofila, da “Whitehall Laboratories of New York” e, assim, para escovar os dentes, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro...
Mas Brasilino nem pensa nisso...
Brasilino não sabe bem o que é clorofila e está certo de que, quando entrou na farmácia e escolheu essa pasta, o fez livremente; ignora que sua vontade foi condicionada pelas custosas campanhas de promoção de vendas, feitas através da imprensa, do rádio e da televisão e que, da mesma forma como ele escolhe sua pasta de dentes, escolhe, também, o seu candidato à Presidência da República.
Em seguida, Brasilino vai fazer a barba: toma do pincel, feito com fios de Nylon, da “Rhodia” — que é francesa — enche-o com creme de barbear “Williams”, que é americano. Ensaboado o rosto, Brasilino toma seu aparelho “Gillette”, munido com lâminas “Gillette”, ambos da “Gillette Safety Razor do Brazil”, e, feliz, vai raspando a face, pois nem pensa que, para fazer sua barba, tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro...
Terminada a barba, Brasilino entra no banheiro, envolvendo o corpo com a espuma acariciadora de um desses sabonetes, “Lever” ou “Palmolive”, um desses cuja espuma acaricia o corpo de 9, entre 10 estrelas de Hollywood. E assim, até para tomar seu banho, Brasilino tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro.
Após o banho, Brasilino enxuga-se com uma toalha felpuda da “Fiação da Lapa”, que também não é da Lapa porque é Suíça e, a seguir, passa pelo corpo talco “Johnson”, da “Johnson & Johnson do Brasil”.
E... começa a vestir-se.
Acontece, então, uma tragédia! Cai um botão da camisa do Brasilino. Ele toca novamente a campainha, e Marta corre a socorrer o nosso herói, munindo-se de agulha e linha. Dentro de poucos instantes, ao ver Marta cortar a linha com os dentes, depois de preso o botão, Brasilino sente-se novamente feliz. Feliz porque ele não sabe que Marta, a criada, para pregar o botão, usou a linha marca “Corrente” da “Cia. Brasileira de Linhas para Coser”, que é inglesa e que, até para pregar um botão, Brasilino tem de pagar dividendos ao Capital Estrangeiro.
Já vestido, Brasilino despede-se de Marta, avisando que não virá almoçar nem jantar, pois irá a São Paulo, a negócios... — Sai, bate a porta, toma o elevador, que é “Schindler”, da “Schindler do Brasil”, que é suíça, e movido por força fornecida pela Light, chega ao pavimento térreo. Dá bom dia ao zelador e toma o seu automóvel “Volkswagen”, fabricado pela “Volkswagen do Brasil”, que é alemã, rodando sobre pneus “Firestone”, da “Firestone do Brasil”, que é americana, acionado por gasolina refinada pela “Petrobrás”, mas distribuída pela “Esso Standard do Brasil”, que é americana. Até para usar a gasolina, refinada pela Petrobrás, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro! Ele não sabe que os brasileiros têm capacidade para refinar o petróleo e produzir a gasolina, mas não a têm para a “difícil” tarefa de distribuí-la e que, para esse serviço — a simples distribuição — as companhias distribuidoras (Esso-Shell-Gulf-Texaco etc.) ganham muito mais que a Petrobrás. Mas Brasilino ignora tudo isso... e Brasilino é feliz!
Pouco depois, Brasilino encontra-se na Via Anchieta, dirigindo-se a São Paulo. Ao passar por Cubatão e ao ver a Refinaria Presidente Bernardes, põe-se a pensar: “Porcaria essa Petrobrás! Agora que a gasolina é nacional, custa cinco vezes mais.” — Sim, porque Brasilino não reflete que a gasolina custa, agora, muito mais, por um motivo muito simples: ao tempo em que a gasolina era importada, o dólar custava Cr$ 18,72 e, atualmente, para a importação de óleo bruto, custa Cr$ 200,00. — Não sabe, também, que o dólar está caro porque é escasso, e é escasso devido à procura, e a procura é muito grande, porque os dólares obtidos com a exportação brasileira mal dão para fazer face às remessas de royalties e dividendos do Capital Estrangeiro.
A irritação do nosso herói, contudo, logo desaparece, pois a algumas centenas de metros à frente, Brasilino vê surgirem os dutos da Light e uma grande tabuleta com os seguintes dizeres: Light and Power, a maior usina hidrelétrica da América do Sul — 1.200.000 KW — Aí, Brasilino exulta e monologa com entusiasmo — “Isto sim! A Light! A Light! A Light que fez a grandeza de São Paulo.” Sim, porque Brasilino confunde Light com Energia. Ele não sabe que o que fez a grandeza de São Paulo não foi a Cia. Light e sim a Energia e que, se a Energia não pertencesse à Light, São Paulo seria dez vezes maior, ou o Brasil dez vezes menos miserável.
O interessante é que Brasilino nunca perguntou, a si mesmo, o que seria da Inglaterra se não existissem as Lights pelo mundo.
Brasilino prossegue a viagem e, logo mais, atinge o altiplano, onde vê descortinar-se o panorama grandioso do progresso industrial, que ele julga ser do Brasil: “Volkswagen do Brasil”; “Mercedes Benz do Brasil”; “Willys Overland do Brasil”; “General Motors do Brasil”; “Rolls Royce do Brasil”; “Cia. Brasileira de Peças de Automóveis”; “Simca do Brasil”; “Plásticos do Brasil” e inúmeras outras “do Brasil” e “brasileiras”, mas todas elas estrangeiras.
Brasilino, afinal, chega a São Paulo. Estaciona o seu carro em uma das ruas do centro e, a pé, alcança a Rua Líbero Badaró, para concluir um negócio. Brasilino recorda-se de que Líbero Badaró foi um homem que, ao ser assassinado, exclamou: “Morre um liberal, mas não morre a Liberdade!” E Brasilino conclui: “Que sujeito burro! Que interessa a Liberdade para um homem que já morreu!?”
Enquanto assim pensa, Brasilino chega aos escritórios da “Crescinco, Cia. de Investimentos”, pertencente ao Sr. Rockefeller. Brasilino sente-se orgulhoso de emprestar o seu dinheiro a um dos homens mais ricos do mundo, mas que, para financiar as suas indústrias, prefere usar o dinheiro dos próprios brasileiros, atraindo-os com a vantagem de juros de 2% ao mês e livre de imposto de renda. Brasilino não sabe que, entre o dia em que ele entregou o dinheiro e o dia em que esse mesmo dinheiro lhe foi devolvido, a desvalorização da moeda foi de 4% ao mês e, assim, ele está menos rico, pois esse juro e mais os lucros da Cia. Investidora terão, forçosamente, de ser acrescentados ao custo das utilidades, saindo, consequentemente, da própria pele do Brasilino. Mas Brasilino não sabe disso e recebe o seu dinheiro e os juros, feliz!
Liquidado o negócio, Brasilino vai almoçar. — Entra num restaurante onde lhe é servido, como antepasto: frios da “Armour do Brasil”, que é americana, Margarina “ClayBon”, de “Anderson Clayton” que é americana, toma uma “Coca-Cola” e saboreia um prato de massa, preparado com farinha do “Moinho Paulista”, que é inglês, e, depois, come um filé com fritas, cuja carne foi fornecida pelo “Frigorífico Wilson” e as batatas foram fritas com óleo “Mazola”, da “Refinações de Milho Brazil” (Brazil com Z). Como sobremesa, comeu um pudim feito com “Maizena Duryea” também da “Refinações de Milho Brazil” e, assim, até para comer, Brasilino tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro. Após o almoço, Brasilino passeia pela cidade, a fim de fazer hora para o cinema, gastando a sola do sapato com saltos de borracha “Good Year”, pagando, até para andar, dividendos ao Capital Estrangeiro.
Brasilino entra no Cine Metro, onde passa a tarde, deliciando-se com um filme, que é americano e, para passar algumas horas distraídas, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro. Ao sair do Cinema, Brasilino sente uma leve indisposição; entra numa farmácia e toma um “Alka-Seltzer”. E, assim, até para prevenir uma indigestão, Brasilino precisa pagar dividendos ao Capital Estrangeiro.
Toma novamente o seu carro e volta para Santos. Chegando à casa, faz novamente a sua toilette, liga o rádio de cabeceira, marca “G.E.” da “General Electric do Brasil”, e deita-se sobre um colchão de espuma de borracha “Foamex” da “Firestone do Brasil” e repousa a cabeça, sobre um travesseiro do mesmo material, dormindo, feliz, o sono da inocência.
Não sei porque, mas a história do Brasilino traz sempre, à mente, aquelas magníficas palavras do Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os pobres de espírito porque será deles o reino dos céus.”
Mas uma coisa jamais será do Brasilino: o reino em sua própria terra.
Por isso, leitor, se alguém lhe disser que não existe imperialismo econômico, no Brasil, é porque está enganado, ou porque está enganando você.
Santos, outono de 1961.
“Bem-aventurados os pobres de espírito porque será deles o reino dos céus.”
Um dia na vida do Brasilino.
Paulo Guilherme Martins.
Não sei se você conhece o Brasilino!? Mas isso não importa...
Brasilino — é um homem qualquer, que mora num apartamento qualquer, numa cidade qualquer... Situemo-lo em Santos, por exemplo.
Brasilino, como todo o bom burguês, começa o dia acordando; sim, porque o operário, este, levanta-se ainda dormindo a fim de chegar a tempo ao serviço.
Brasilino acorda e aperta o botão da campainha à cabeceira da cama, campainha essa que soa na copa; porém soa, consumindo energia — energia que é da Light, e, assim, o Brasilino inicia o seu dia pagando dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas Brasilino não pensa nisso e começa o seu dia, feliz!
Abre-se a porta. É Marta, a criada, que entra com o café da manhã: café, leite, pão, manteiga, um pouco de geléia e o jornal — “O Estado de São Paulo”. — Brasilino, como todo o bom burguês, lê somente a boa imprensa — a chamada sadia.
Enquanto lê as notícias, toma a sua primeira refeição. Brasilino não sabe que o leite, que bebe, é originário de uma vaca que foi alimentada com farelo Refinazil, da “Refinações de Milho do Brazil” (Brasil com Z), que é americana, e que a farinha com a qual foi feito o pão é originária do “Moinho Santista”, que não é santista e sim inglês. Assim, para tomar o seu café da manhã, Brasilino tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas, Brasilino nem sabe disso... e toma o seu café, bem feliz!
Terminado o café, Brasilino acende o seu primeiro cigarro: Minister, ou Hollywood, um desses da “Cia. Souza Cruz”, que não é do Sr. Souza e muito menos do Sr. Cruz, mas, sim, da “British, American Tobacco Co.”, o trust anglo-americano do fumo. E assim, para fumar seu cigarrinho, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro. Mas Brasilino nem pensa nisso e saboreia seu cigarrinho, feliz... feliz...
Em seguida, Brasilino vai ao quarto de banho, fazer a sua toilette: acende o aquecedor de gás — gás que é da City e, portanto, do grupo Light, e, enquanto a água aquece, toma da escova de dentes, marca “Tek”, da “Johnson & Johnson do Brasil” (que é americana), e da pasta dentifrícia “Kolynos”, com clorofila, da “Whitehall Laboratories of New York” e, assim, para escovar os dentes, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro...
Mas Brasilino nem pensa nisso...
Brasilino não sabe bem o que é clorofila e está certo de que, quando entrou na farmácia e escolheu essa pasta, o fez livremente; ignora que sua vontade foi condicionada pelas custosas campanhas de promoção de vendas, feitas através da imprensa, do rádio e da televisão e que, da mesma forma como ele escolhe sua pasta de dentes, escolhe, também, o seu candidato à Presidência da República.
Em seguida, Brasilino vai fazer a barba: toma do pincel, feito com fios de Nylon, da “Rhodia” — que é francesa — enche-o com creme de barbear “Williams”, que é americano. Ensaboado o rosto, Brasilino toma seu aparelho “Gillette”, munido com lâminas “Gillette”, ambos da “Gillette Safety Razor do Brazil”, e, feliz, vai raspando a face, pois nem pensa que, para fazer sua barba, tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro...
Terminada a barba, Brasilino entra no banheiro, envolvendo o corpo com a espuma acariciadora de um desses sabonetes, “Lever” ou “Palmolive”, um desses cuja espuma acaricia o corpo de 9, entre 10 estrelas de Hollywood. E assim, até para tomar seu banho, Brasilino tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro.
Após o banho, Brasilino enxuga-se com uma toalha felpuda da “Fiação da Lapa”, que também não é da Lapa porque é Suíça e, a seguir, passa pelo corpo talco “Johnson”, da “Johnson & Johnson do Brasil”.
E... começa a vestir-se.
Acontece, então, uma tragédia! Cai um botão da camisa do Brasilino. Ele toca novamente a campainha, e Marta corre a socorrer o nosso herói, munindo-se de agulha e linha. Dentro de poucos instantes, ao ver Marta cortar a linha com os dentes, depois de preso o botão, Brasilino sente-se novamente feliz. Feliz porque ele não sabe que Marta, a criada, para pregar o botão, usou a linha marca “Corrente” da “Cia. Brasileira de Linhas para Coser”, que é inglesa e que, até para pregar um botão, Brasilino tem de pagar dividendos ao Capital Estrangeiro.
Já vestido, Brasilino despede-se de Marta, avisando que não virá almoçar nem jantar, pois irá a São Paulo, a negócios... — Sai, bate a porta, toma o elevador, que é “Schindler”, da “Schindler do Brasil”, que é suíça, e movido por força fornecida pela Light, chega ao pavimento térreo. Dá bom dia ao zelador e toma o seu automóvel “Volkswagen”, fabricado pela “Volkswagen do Brasil”, que é alemã, rodando sobre pneus “Firestone”, da “Firestone do Brasil”, que é americana, acionado por gasolina refinada pela “Petrobrás”, mas distribuída pela “Esso Standard do Brasil”, que é americana. Até para usar a gasolina, refinada pela Petrobrás, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro! Ele não sabe que os brasileiros têm capacidade para refinar o petróleo e produzir a gasolina, mas não a têm para a “difícil” tarefa de distribuí-la e que, para esse serviço — a simples distribuição — as companhias distribuidoras (Esso-Shell-Gulf-Texaco etc.) ganham muito mais que a Petrobrás. Mas Brasilino ignora tudo isso... e Brasilino é feliz!
Pouco depois, Brasilino encontra-se na Via Anchieta, dirigindo-se a São Paulo. Ao passar por Cubatão e ao ver a Refinaria Presidente Bernardes, põe-se a pensar: “Porcaria essa Petrobrás! Agora que a gasolina é nacional, custa cinco vezes mais.” — Sim, porque Brasilino não reflete que a gasolina custa, agora, muito mais, por um motivo muito simples: ao tempo em que a gasolina era importada, o dólar custava Cr$ 18,72 e, atualmente, para a importação de óleo bruto, custa Cr$ 200,00. — Não sabe, também, que o dólar está caro porque é escasso, e é escasso devido à procura, e a procura é muito grande, porque os dólares obtidos com a exportação brasileira mal dão para fazer face às remessas de royalties e dividendos do Capital Estrangeiro.
A irritação do nosso herói, contudo, logo desaparece, pois a algumas centenas de metros à frente, Brasilino vê surgirem os dutos da Light e uma grande tabuleta com os seguintes dizeres: Light and Power, a maior usina hidrelétrica da América do Sul — 1.200.000 KW — Aí, Brasilino exulta e monologa com entusiasmo — “Isto sim! A Light! A Light! A Light que fez a grandeza de São Paulo.” Sim, porque Brasilino confunde Light com Energia. Ele não sabe que o que fez a grandeza de São Paulo não foi a Cia. Light e sim a Energia e que, se a Energia não pertencesse à Light, São Paulo seria dez vezes maior, ou o Brasil dez vezes menos miserável.
O interessante é que Brasilino nunca perguntou, a si mesmo, o que seria da Inglaterra se não existissem as Lights pelo mundo.
Brasilino prossegue a viagem e, logo mais, atinge o altiplano, onde vê descortinar-se o panorama grandioso do progresso industrial, que ele julga ser do Brasil: “Volkswagen do Brasil”; “Mercedes Benz do Brasil”; “Willys Overland do Brasil”; “General Motors do Brasil”; “Rolls Royce do Brasil”; “Cia. Brasileira de Peças de Automóveis”; “Simca do Brasil”; “Plásticos do Brasil” e inúmeras outras “do Brasil” e “brasileiras”, mas todas elas estrangeiras.
Brasilino, afinal, chega a São Paulo. Estaciona o seu carro em uma das ruas do centro e, a pé, alcança a Rua Líbero Badaró, para concluir um negócio. Brasilino recorda-se de que Líbero Badaró foi um homem que, ao ser assassinado, exclamou: “Morre um liberal, mas não morre a Liberdade!” E Brasilino conclui: “Que sujeito burro! Que interessa a Liberdade para um homem que já morreu!?”
Enquanto assim pensa, Brasilino chega aos escritórios da “Crescinco, Cia. de Investimentos”, pertencente ao Sr. Rockefeller. Brasilino sente-se orgulhoso de emprestar o seu dinheiro a um dos homens mais ricos do mundo, mas que, para financiar as suas indústrias, prefere usar o dinheiro dos próprios brasileiros, atraindo-os com a vantagem de juros de 2% ao mês e livre de imposto de renda. Brasilino não sabe que, entre o dia em que ele entregou o dinheiro e o dia em que esse mesmo dinheiro lhe foi devolvido, a desvalorização da moeda foi de 4% ao mês e, assim, ele está menos rico, pois esse juro e mais os lucros da Cia. Investidora terão, forçosamente, de ser acrescentados ao custo das utilidades, saindo, consequentemente, da própria pele do Brasilino. Mas Brasilino não sabe disso e recebe o seu dinheiro e os juros, feliz!
Liquidado o negócio, Brasilino vai almoçar. — Entra num restaurante onde lhe é servido, como antepasto: frios da “Armour do Brasil”, que é americana, Margarina “ClayBon”, de “Anderson Clayton” que é americana, toma uma “Coca-Cola” e saboreia um prato de massa, preparado com farinha do “Moinho Paulista”, que é inglês, e, depois, come um filé com fritas, cuja carne foi fornecida pelo “Frigorífico Wilson” e as batatas foram fritas com óleo “Mazola”, da “Refinações de Milho Brazil” (Brazil com Z). Como sobremesa, comeu um pudim feito com “Maizena Duryea” também da “Refinações de Milho Brazil” e, assim, até para comer, Brasilino tem que pagar dividendos ao Capital Estrangeiro. Após o almoço, Brasilino passeia pela cidade, a fim de fazer hora para o cinema, gastando a sola do sapato com saltos de borracha “Good Year”, pagando, até para andar, dividendos ao Capital Estrangeiro.
Brasilino entra no Cine Metro, onde passa a tarde, deliciando-se com um filme, que é americano e, para passar algumas horas distraídas, Brasilino paga dividendos ao Capital Estrangeiro. Ao sair do Cinema, Brasilino sente uma leve indisposição; entra numa farmácia e toma um “Alka-Seltzer”. E, assim, até para prevenir uma indigestão, Brasilino precisa pagar dividendos ao Capital Estrangeiro.
Toma novamente o seu carro e volta para Santos. Chegando à casa, faz novamente a sua toilette, liga o rádio de cabeceira, marca “G.E.” da “General Electric do Brasil”, e deita-se sobre um colchão de espuma de borracha “Foamex” da “Firestone do Brasil” e repousa a cabeça, sobre um travesseiro do mesmo material, dormindo, feliz, o sono da inocência.
Não sei porque, mas a história do Brasilino traz sempre, à mente, aquelas magníficas palavras do Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os pobres de espírito porque será deles o reino dos céus.”
Mas uma coisa jamais será do Brasilino: o reino em sua própria terra.
Por isso, leitor, se alguém lhe disser que não existe imperialismo econômico, no Brasil, é porque está enganado, ou porque está enganando você.
Santos, outono de 1961.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Mais um vídeo altamente esclarecedor do Economista Eduardo Moreira. Ele fala de um processo que está ocorrendo na Europa e que eu já citei aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=zqMmyTB0NVg
https://www.youtube.com/watch?v=zqMmyTB0NVg
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Bons videos Mauricio Bertola.
Estou lendo uma outra biografia de mussolini e esta com um aprofundamento maior na politica.
Interessante notar que o fascismo italiano era diferente em varios aspectos do que o que posteriormente foi implantado no regime nazi.
Depois, é claro, por influencia alemã, ele vai aos poucos mudando.
Estou lendo uma outra biografia de mussolini e esta com um aprofundamento maior na politica.
Interessante notar que o fascismo italiano era diferente em varios aspectos do que o que posteriormente foi implantado no regime nazi.
Depois, é claro, por influencia alemã, ele vai aos poucos mudando.
Binão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Sim.Binão escreveu:Bons videos Mauricio Bertola.
Estou lendo uma outra biografia de mussolini e esta com um aprofundamento maior na politica.
Interessante notar que o fascismo italiano era diferente em varios aspectos do que o que posteriormente foi implantado no regime nazi.
Depois, é claro, por influencia alemã, ele vai aos poucos mudando.
Sugiro a assistência do vídeo do Prof. Muniz Ferreira no mesmo debate em que participei na ABI
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Alvo de Bolsonaro é o edifício constitucional
Editorial - Sob ataque, aos 99
Bolsonaro reincide na ofensiva ao jornalismo; alvo é o edifício constitucional
O presidente Jair Bolsonaro insulta jornalista da Folha em frente ao Palácio da Alvorada - Reprodução/TV Globo
Editorial Folha de S. Paulo, 18.fev.2020 às 19h12
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/sob-ataque-aos-99.shtml
Ao completar 99 anos de fundação, esta Folha está mais uma vez sob ataque de um presidente da República. Jair Bolsonaro atiça as falanges governistas contra o jornal e seus profissionais, mas seu alvo final não é um veículo nem tampouco a imprensa profissional. Ele faz carga contra o edifício constitucional da democracia brasileira.
Frustraram-se, faz tempo, as expectativas de que a elevação do deputado à suprema magistratura pudesse emprestar-lhe os hábitos para o bom exercício do cargo. É a Presidência que vai se contaminando dos modos incivis, da ignorância entranhada, do machismo abjeto e do espírito de facção trazidos pelo seu ocupante temporário.
O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando. Seus jagunços avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária. Presidentes da Câmara e do Senado, ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores de estado, repórteres e organizações da mídia tornaram-se vítimas constantes de insultos e ameaças.
Há método na ofensiva. Os atores agredidos integram o aparato que evita a penetração do veneno do despotismo no organismo institucional. Bolsonaro não tem força no Congresso nem sequer dispõe de um partido. Testemunha a redução de prerrogativas da Presidência, arriscada agora até de perder o pouco que lhe resta de comando orçamentário.
Escolhe a tática de tentar minar o sistema de freios e contrapesos. Privilegia militares com verbas, regras e cargos, e o exemplo federal estimula o apetite de policiais nos estados. Governadores são expostos por uma bravata presidencial sobre preços de combustíveis a um embate com caminhoneiros.
Pistoleiros digitais, milicianos e uma parte dos militares compõem o contingente dos sonhos do presidente para compensar a sua pequenez, satisfazer a sua índole cesarista e desafiar o rochedo do Estado democrático de Direito.
Não tem conseguido conspurcar a fortaleza, mas os choques vão ficar mais frequentes e incisivos caso a resposta das instituições esmoreça. A democracia é o regime da responsabilidade, o que implica a necessidade de punir a autoridade que se desvia da lei.
Defender o reemprego de um ato que fechou o Congresso Nacional, como fez o deputado Eduardo Bolsonaro ao invocar o AI-5, não deveria ser considerado deslize menor pelos colegas que vão julgá-lo no Conselho de Ética.
As imunidades para o exercício da política não foram pensadas para que mandatários possam difamar, injuriar e caluniar cidadãos desprovidos de poder, como está ocorrendo. Dignidade, honra e decoro são requisitos legais para a função pública. O presidente que os desrespeita comete crime de responsabilidade.
Ao entrar no seu centésimo ano, a Folha está convicta de que o jogo sujo encontrará a resposta das instituições democráticas. Elas, como o jornalismo, têm vocação de longo prazo. Jair Bolsonaro, não.
Bolsonaro reincide na ofensiva ao jornalismo; alvo é o edifício constitucional
O presidente Jair Bolsonaro insulta jornalista da Folha em frente ao Palácio da Alvorada - Reprodução/TV Globo
Editorial Folha de S. Paulo, 18.fev.2020 às 19h12
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/02/sob-ataque-aos-99.shtml
Ao completar 99 anos de fundação, esta Folha está mais uma vez sob ataque de um presidente da República. Jair Bolsonaro atiça as falanges governistas contra o jornal e seus profissionais, mas seu alvo final não é um veículo nem tampouco a imprensa profissional. Ele faz carga contra o edifício constitucional da democracia brasileira.
Frustraram-se, faz tempo, as expectativas de que a elevação do deputado à suprema magistratura pudesse emprestar-lhe os hábitos para o bom exercício do cargo. É a Presidência que vai se contaminando dos modos incivis, da ignorância entranhada, do machismo abjeto e do espírito de facção trazidos pelo seu ocupante temporário.
O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando. Seus jagunços avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária. Presidentes da Câmara e do Senado, ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores de estado, repórteres e organizações da mídia tornaram-se vítimas constantes de insultos e ameaças.
Há método na ofensiva. Os atores agredidos integram o aparato que evita a penetração do veneno do despotismo no organismo institucional. Bolsonaro não tem força no Congresso nem sequer dispõe de um partido. Testemunha a redução de prerrogativas da Presidência, arriscada agora até de perder o pouco que lhe resta de comando orçamentário.
Escolhe a tática de tentar minar o sistema de freios e contrapesos. Privilegia militares com verbas, regras e cargos, e o exemplo federal estimula o apetite de policiais nos estados. Governadores são expostos por uma bravata presidencial sobre preços de combustíveis a um embate com caminhoneiros.
Pistoleiros digitais, milicianos e uma parte dos militares compõem o contingente dos sonhos do presidente para compensar a sua pequenez, satisfazer a sua índole cesarista e desafiar o rochedo do Estado democrático de Direito.
Não tem conseguido conspurcar a fortaleza, mas os choques vão ficar mais frequentes e incisivos caso a resposta das instituições esmoreça. A democracia é o regime da responsabilidade, o que implica a necessidade de punir a autoridade que se desvia da lei.
Defender o reemprego de um ato que fechou o Congresso Nacional, como fez o deputado Eduardo Bolsonaro ao invocar o AI-5, não deveria ser considerado deslize menor pelos colegas que vão julgá-lo no Conselho de Ética.
As imunidades para o exercício da política não foram pensadas para que mandatários possam difamar, injuriar e caluniar cidadãos desprovidos de poder, como está ocorrendo. Dignidade, honra e decoro são requisitos legais para a função pública. O presidente que os desrespeita comete crime de responsabilidade.
Ao entrar no seu centésimo ano, a Folha está convicta de que o jogo sujo encontrará a resposta das instituições democráticas. Elas, como o jornalismo, têm vocação de longo prazo. Jair Bolsonaro, não.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
O primeiro linchamento registrado no Brasil ocorreu em 1585, em Salvador, quando um indígena convertido ao cristianismo afirmou que era o Papa. O homem foi linchado, porque muitos fiéis se ofenderam com a situação.
De acordo com o livro ‘Linchamentos: a justiça popular no Brasil’ (2015), escrito pelo sociólogo José de Souza Martins, nos últimos 60 anos, cerca de um milhão de brasileiros participaram de ações de justiçamento de rua.
A obra aponta que episódios de linchamento tendem a se elevar em períodos de instabilidade política, como a Segunda Guerra Mundial, a ditadura civil militar e as manifestações de rua de 2013. Os motivos variam: nos anos 80, a maior parte das vítimas era acusada de cometer crimes como roubo e furto. Já nos anos 90 e 2000, os justiçamentos populares ocorriam por crimes como sequestro e estupro.
Ariadne Natal, hoje doutoranda pela USP, analisou em sua dissertação de mestrado, 385 casos de linchamentos noticiados pela imprensa ocorridos na Região Metropolitana de São Paulo, entre 1º de janeiro de 1980 e 31 de dezembro de 2009. A partir dessa análise, ela verificou que as vítimas são, em sua maioria, homens jovens, de 15 a 30 anos, de áreas periféricas, desempregados ou com profissões de baixo status social. De todos os casos analisados por Ariadne Natal, apenas um foi a julgamento.
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-18042013-121535/publico/2012_AriadneLimaNatal_VCorr.pdf
Para falar sobre o crescimento do número de linchamentos no Brasil e traçar um panorama da origem desse tipo de crime, Vladimir Pereira Seixas, de 38 anos, começou a produzir em 2016 o documentário ‘A Primeira Pedra’.
Ao compor o filme ele notou que essa ação ganhou força no Brasil durante três momentos históricos: a ditadura Vargas, a ditadura civil militar e atualmente. Ou seja, quando o pensamento autoritário está em alta, os linchamentos tornam-se mais frequentes.
O documentário venceu o Prêmio TAL no DocMontevideo de melhor documentário e recebeu a medalha de bronze na categoria Direitos Humanos do New York Film Festival. Também foi indicado ao Emmy Internacional 2019 na categoria ‘Melhor Documentário’.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Continuando:
https://www.youtube.com/watch?v=S1TV-3Avfj0
Ao lado da excelente Profª Tatiana Poggi está o Juiz João Batista Damasceno e pouco mais distante o Desembargador Siro Darlan
https://www.youtube.com/watch?v=S1TV-3Avfj0
Ao lado da excelente Profª Tatiana Poggi está o Juiz João Batista Damasceno e pouco mais distante o Desembargador Siro Darlan
Última edição por Mauricio Luiz Bertola em Qua Fev 19, 2020 10:57 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
E a treta do Cid irmão do Ciro heim... Que família paciente e cheia de amor.
Eu to com pena de quem procura alguém de esquerda pra votar pra presidente nas próximas eleições (considerando que o lulinha não vá participar).
Eu to com pena de quem procura alguém de esquerda pra votar pra presidente nas próximas eleições (considerando que o lulinha não vá participar).
Binão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Binão escreveu:E a treta do Cid irmão do Ciro heim... Que família paciente e cheia de amor.
Eu to com pena de quem procura alguém de esquerda pra votar pra presidente nas próximas eleições (considerando que o lulinha não vá participar).
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/02/19/policiais-encapuzados-em-carro-da-pm-ordenam-e-comerciantes-fecham-as-portas-em-sobral.ghtml
É milícia que chama, né?
É milícia que chama, né?
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
É milicia sim e das bravas...Mas tem os policiais no meio querendo apenas uma melhor condição de serviço e reajustes.
O Ceará não era o modelo de governança do Brasil?
Sobral é a "Cidade dos Gomes" há muitos e muitos anos, e é interessante ver como eles tratam um assunto de segurança nacional (A greve da PM), como se fossem donos da cidade. "Aqui na NOSSA Cidade é na base da porrada". A Familia dos super machos.
p****, um senador da republica achar que se pegar uma escavadeira e jogar pra cima dos manifestantes armados vai dar certinho. Claro...
O Ceará não era o modelo de governança do Brasil?
Sobral é a "Cidade dos Gomes" há muitos e muitos anos, e é interessante ver como eles tratam um assunto de segurança nacional (A greve da PM), como se fossem donos da cidade. "Aqui na NOSSA Cidade é na base da porrada". A Familia dos super machos.
p****, um senador da republica achar que se pegar uma escavadeira e jogar pra cima dos manifestantes armados vai dar certinho. Claro...
Binão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Binão, todos queremos melhores condições de trabalho e reajustes, aliás faz mais de 20 dias que os petroleiros estão em greve por motivo semelhantes. O que chama a atenção aqui é que, além de juridicamente ser proibido às forças de segurança pública entrar em greve desde 2017, existe um uso da coação e violência contra a sociedade que essas mesmas forças devem proteger e servir. Não chega a ser surpreendente, se você acompanha os noticiários, mas é escandaloso e ameaçador testemunhar a maneira antirepublicana que isso se tornou. Acho que a iniciativa do senador licenciado foi destemperada mas o seu motivo é justo. Abraço.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Binao, greve de militares (proibido, até onde sei) se daria como uma greve de qualquer outra profissão: com ideias e não com armas. Impossível defender uma categoria que apara exigir os seus direitos manda tiro nos outros.
A retroescavadeira sequer foi pra cima dos manifestantes, sim da grade. Além disso, nem se compara as balas (de borracha? Nem sempre...) que a mesma polícia solta em manifestantes de outras categorias.
Também já ouvi falar que os polícias já tinham feito um acordo, enquanto esses aí resolveram se amotinar.
Tá muito claro que as 'instituicoes' estão perdendo a mão sobre seus funcionários. Brasil a caminho de Venezuela é com o Bozo mesmo.
A retroescavadeira sequer foi pra cima dos manifestantes, sim da grade. Além disso, nem se compara as balas (de borracha? Nem sempre...) que a mesma polícia solta em manifestantes de outras categorias.
Também já ouvi falar que os polícias já tinham feito um acordo, enquanto esses aí resolveram se amotinar.
Tá muito claro que as 'instituicoes' estão perdendo a mão sobre seus funcionários. Brasil a caminho de Venezuela é com o Bozo mesmo.
AndréBurger- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Concordo em tudo, mas gente... é um SENADOR metendo uma escavadeira pra cima de manifestantes. Me parece não ser exatamente uma maneira democrática de lidar com a situação né?
Além do que esta maneira de agir dos gomes, demostra o quanto eles acreditam piamente que tudo se resolve na porrada. As frases ja ditas pelo Ciro demostram claramente isto.
Além do que esta maneira de agir dos gomes, demostra o quanto eles acreditam piamente que tudo se resolve na porrada. As frases ja ditas pelo Ciro demostram claramente isto.
Binão- Membro
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Tá batendo desespero...
'Eita, estamos em apuros' é o recado do governo com grita do General Heleno
Bolsonaro reconhece vulnerabilidade e perde poder por incompreender que negociar com o Congresso é parte da democracia, e não corrupção
Carlos Pereira
Folha de S. Paulo, 20.fev.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/02/eita-estamos-em-apuros-e-o-recado-do-governo-com-grita-do-general-heleno.shtml
A grita do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, contra o Orçamento impositivo mostra que entramos em um novo capítulo do jogo político. O governo reconheceu a sua vulnerabilidade: "Eita, estamos em apuros" é o recado.
O Executivo está perdendo poder por ter evitado coalizões, e essa situação deriva de uma incompreensão fundamental, não apenas do presidente Jair Bolsonaro mas do governo em geral, de interpretar barganha e negociação com o Congresso, dentro de uma democracia, como chantagem, como parte da corrupção.
Desde o início de seu governo, Bolsonaro optou pelo confronto com o Congresso. Nunca teve o Congresso como um aliado. Agora, o Congresso dá o troco.
Para entender a dimensão política desse confronto, é preciso voltar no tempo.
O Constituinte de 1988 percebeu que esse presidente fraco, com pouco poder constitucional e orçamentário, seria incapaz de conquistar apoio, então criou mecanismos para levar à negociação entre os Poderes. Para que um governo seja majoritário no Legislativo, precisa fazer coalizões.
Uma alternativa para incentivar coalizões é o uso de poderes discricionários –no Orçamento, na criação de programas, nas indicação para ministérios–, que levam os partidos a gravitar no entorno do presidente da República.
Nesse contexto, cabe ao Executivo elaborar a peça orçamentária e enviá-la ao Congresso, onde são incluídas emendas individuais e coletivas dos parlamentares. No entanto, pela estrutura que foi arquitetada, uma vez aprovado o Orçamento no Legislativo, a sua execução passa pela discricionariedade do presidente da República.
A partir de 2014, quando houve uma fragilização muito grande da então presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato, o Congresso colocou as asas de fora. O Executivo perdeu a discricionariedade no que diz respeito a emendas individuais.
Essa emendas individuais são fundamentais para que os legisladores consigam nutrir, nas suas bases eleitorais, a sua rede de interesses –atenderem prefeito, juiz, vereadores.
O governo, porém, continuou se valendo do instrumento de restos a pagar –jogar para o futuro a despesa. E pode usar isso como uma moeda de troca com os legisladores, sempre podendo recorrer à alegação de que há indisponibilidade de recursos.
Com o Orçamento impositivo, o Executivo perde um pouco mais desse poder discricionário para executar as despesas.
Esse movimento pode ser muito perigoso para o Executivo. Ele perde automaticamente o poder de controlar várias políticas públicas. Esse poder está sendo transferido para o Legislativo.
Do outro lado, o Congresso ganha capacidade de encurralar o Executivo e torná-lo refém da maioria que se forjou em favor das emendas impositivas.
Quando não tem maioria estável e moeda de troca crível, o governo fica vulnerável não apenas para aprovar o que quer mas também para vetar o que não quer. Ou seja, uma coalização majoritária serve para que o Executivo crie obstáculos para os legisladores aprovarem medidas supostamente indesejáveis para o presidente.
Com menos capacidade de aprovação no Congresso, a taxa de sucesso do Executivo tende a diminuir.
Bolsonaro está numa encruzilhada terrível.
Com suas atitudes, o general Heleno tende a deixar os legisladores ainda mais insatisfeitos com o Executivo.
O máximo que pode fazer para minorar a situação é aceitar o que vem recusando: negociar na tentativa de reduzir a vulnerabilidade do Executivo.
Carlos Pereira
Cientista político da Escola de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas
Bolsonaro reconhece vulnerabilidade e perde poder por incompreender que negociar com o Congresso é parte da democracia, e não corrupção
Carlos Pereira
Folha de S. Paulo, 20.fev.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/02/eita-estamos-em-apuros-e-o-recado-do-governo-com-grita-do-general-heleno.shtml
A grita do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, contra o Orçamento impositivo mostra que entramos em um novo capítulo do jogo político. O governo reconheceu a sua vulnerabilidade: "Eita, estamos em apuros" é o recado.
O Executivo está perdendo poder por ter evitado coalizões, e essa situação deriva de uma incompreensão fundamental, não apenas do presidente Jair Bolsonaro mas do governo em geral, de interpretar barganha e negociação com o Congresso, dentro de uma democracia, como chantagem, como parte da corrupção.
Desde o início de seu governo, Bolsonaro optou pelo confronto com o Congresso. Nunca teve o Congresso como um aliado. Agora, o Congresso dá o troco.
Para entender a dimensão política desse confronto, é preciso voltar no tempo.
O Constituinte de 1988 percebeu que esse presidente fraco, com pouco poder constitucional e orçamentário, seria incapaz de conquistar apoio, então criou mecanismos para levar à negociação entre os Poderes. Para que um governo seja majoritário no Legislativo, precisa fazer coalizões.
Uma alternativa para incentivar coalizões é o uso de poderes discricionários –no Orçamento, na criação de programas, nas indicação para ministérios–, que levam os partidos a gravitar no entorno do presidente da República.
Nesse contexto, cabe ao Executivo elaborar a peça orçamentária e enviá-la ao Congresso, onde são incluídas emendas individuais e coletivas dos parlamentares. No entanto, pela estrutura que foi arquitetada, uma vez aprovado o Orçamento no Legislativo, a sua execução passa pela discricionariedade do presidente da República.
A partir de 2014, quando houve uma fragilização muito grande da então presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato, o Congresso colocou as asas de fora. O Executivo perdeu a discricionariedade no que diz respeito a emendas individuais.
Essa emendas individuais são fundamentais para que os legisladores consigam nutrir, nas suas bases eleitorais, a sua rede de interesses –atenderem prefeito, juiz, vereadores.
O governo, porém, continuou se valendo do instrumento de restos a pagar –jogar para o futuro a despesa. E pode usar isso como uma moeda de troca com os legisladores, sempre podendo recorrer à alegação de que há indisponibilidade de recursos.
Com o Orçamento impositivo, o Executivo perde um pouco mais desse poder discricionário para executar as despesas.
Esse movimento pode ser muito perigoso para o Executivo. Ele perde automaticamente o poder de controlar várias políticas públicas. Esse poder está sendo transferido para o Legislativo.
Do outro lado, o Congresso ganha capacidade de encurralar o Executivo e torná-lo refém da maioria que se forjou em favor das emendas impositivas.
Quando não tem maioria estável e moeda de troca crível, o governo fica vulnerável não apenas para aprovar o que quer mas também para vetar o que não quer. Ou seja, uma coalização majoritária serve para que o Executivo crie obstáculos para os legisladores aprovarem medidas supostamente indesejáveis para o presidente.
Com menos capacidade de aprovação no Congresso, a taxa de sucesso do Executivo tende a diminuir.
Bolsonaro está numa encruzilhada terrível.
Com suas atitudes, o general Heleno tende a deixar os legisladores ainda mais insatisfeitos com o Executivo.
O máximo que pode fazer para minorar a situação é aceitar o que vem recusando: negociar na tentativa de reduzir a vulnerabilidade do Executivo.
Carlos Pereira
Cientista político da Escola de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas
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Tá batendo desespero... (2) Editorial Estadão 20/02/2020, 03h00
Descontrole total
Já não é mais possível dizer que o presidente Bolsonaro está “testando os limites” da democracia e do decoro, pois estes há muito tempo foram superados
Notas e Informações, O Estado de S.Paulo
20 de fevereiro de 2020 | 03h00
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,descontrole-total,70003203740
O destempero do presidente Jair Bolsonaro atingiu nesta semana um nível inaceitável para quem ocupa tão elevado cargo. Já não é mais possível dizer que o presidente está “testando os limites” da democracia e do decoro, pois estes há muito tempo foram superados. O que aconteceu nos últimos dias é mais do que simplesmente uma reiteração da falta de moderação de Bolsonaro; trata-se de demonstração cabal da incapacidade do presidente de controlar a própria língua e, por extensão, o governo que chefia.
Na terça-feira de manhã, o presidente chocou o País ao ofender publicamente uma jornalista com grosseiras insinuações de caráter sexual. Horas mais tarde, quando os brasileiros ainda tentavam se refazer da indignação causada pelo comportamento acintosamente desrespeitoso do presidente da República, Bolsonaro surpreendeu a todos com declarações enigmáticas acerca da permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. Sem que ninguém lhe perguntasse, Bolsonaro afirmou que “o Paulo não pediu para sair, tenho certeza de que ele vai continuar conosco até o último dia”.
Por estar no topo da hierarquia da administração pública, um presidente da República deve se pautar pela discrição. Tudo o que diz tem o potencial de servir como referência e informação fundamental para a sociedade. Para começar, é principalmente dele que deve partir o exemplo de respeito pelas instituições, sem as quais a própria Presidência da República não se legitima. Um presidente, ademais, deve ser capaz de transmitir serenidade e firmeza na condução de seu governo, pois disso dependem a estabilidade política do País e a confiança dos agentes econômicos.
Quando um presidente dá indícios claros de que ignora, em todos os aspectos, a liturgia e o peso político e institucional de seu cargo, estamos diante de um desgoverno.
Não é trivial que o presidente venha a público, sem ser provocado, para manifestar-se sobre a possibilidade de demissão de seu principal ministro, responsável pela condução da economia e avalista de Bolsonaro ante investidores internos e externos. Ao informar que se cogitou a saída de Paulo Guedes, Bolsonaro dá materialidade a rumores de que a equipe econômica estaria descontente. Motivos, afinal, não faltam: além de ser notória a falta de apoio do presidente às reformas, Bolsonaro não demonstrou empenho em defender seu ministro da Economia depois que este deu declarações desastrosas sobre funcionários públicos “parasitas” ou sobre os efeitos, a seu ver absurdos, do dólar barato, como a possibilidade de uma empregada doméstica viajar para o exterior.
Ademais, Paulo Guedes estaria descontente porque o governo aceitou negociar com o Congresso o controle de execução de emendas parlamentares ao Orçamento, embora o presidente Bolsonaro tenha dito que não aceitaria se tornar “refém” do Legislativo. Ao ministro da Economia se juntou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que se queixou das “insaciáveis reivindicações” dos parlamentares e acusou “esses caras” do Congresso de fazerem “chantagem”.
A barafunda obrigou Bolsonaro a se reunir às pressas, a portas fechadas, com Paulo Guedes, Augusto Heleno e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política. Oficialmente, o encontro serviu para discutir a reforma administrativa, mas o fato de que a reunião, fora da agenda, obrigou o governo a cancelar em cima da hora um evento para quase mil convidados, muitos dos quais já estavam no Palácio do Planalto, indica que havia um incêndio de grandes proporções a ser debelado.
Num governo em permanente autocombustão, os bombeiros infelizmente ainda terão muito trabalho, pois o próprio presidente Bolsonaro, desde sempre, quando se manifesta sobre qualquer assunto, costuma adicionar gasolina ao fogo. A confusão de seu governo é reflexo de uma profunda incompreensão acerca de seu papel como presidente. Governar não é ofender – seja a honra das pessoas, seja a inteligência alheia.
Já não é mais possível dizer que o presidente Bolsonaro está “testando os limites” da democracia e do decoro, pois estes há muito tempo foram superados
Notas e Informações, O Estado de S.Paulo
20 de fevereiro de 2020 | 03h00
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,descontrole-total,70003203740
O destempero do presidente Jair Bolsonaro atingiu nesta semana um nível inaceitável para quem ocupa tão elevado cargo. Já não é mais possível dizer que o presidente está “testando os limites” da democracia e do decoro, pois estes há muito tempo foram superados. O que aconteceu nos últimos dias é mais do que simplesmente uma reiteração da falta de moderação de Bolsonaro; trata-se de demonstração cabal da incapacidade do presidente de controlar a própria língua e, por extensão, o governo que chefia.
Na terça-feira de manhã, o presidente chocou o País ao ofender publicamente uma jornalista com grosseiras insinuações de caráter sexual. Horas mais tarde, quando os brasileiros ainda tentavam se refazer da indignação causada pelo comportamento acintosamente desrespeitoso do presidente da República, Bolsonaro surpreendeu a todos com declarações enigmáticas acerca da permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. Sem que ninguém lhe perguntasse, Bolsonaro afirmou que “o Paulo não pediu para sair, tenho certeza de que ele vai continuar conosco até o último dia”.
Por estar no topo da hierarquia da administração pública, um presidente da República deve se pautar pela discrição. Tudo o que diz tem o potencial de servir como referência e informação fundamental para a sociedade. Para começar, é principalmente dele que deve partir o exemplo de respeito pelas instituições, sem as quais a própria Presidência da República não se legitima. Um presidente, ademais, deve ser capaz de transmitir serenidade e firmeza na condução de seu governo, pois disso dependem a estabilidade política do País e a confiança dos agentes econômicos.
Quando um presidente dá indícios claros de que ignora, em todos os aspectos, a liturgia e o peso político e institucional de seu cargo, estamos diante de um desgoverno.
Não é trivial que o presidente venha a público, sem ser provocado, para manifestar-se sobre a possibilidade de demissão de seu principal ministro, responsável pela condução da economia e avalista de Bolsonaro ante investidores internos e externos. Ao informar que se cogitou a saída de Paulo Guedes, Bolsonaro dá materialidade a rumores de que a equipe econômica estaria descontente. Motivos, afinal, não faltam: além de ser notória a falta de apoio do presidente às reformas, Bolsonaro não demonstrou empenho em defender seu ministro da Economia depois que este deu declarações desastrosas sobre funcionários públicos “parasitas” ou sobre os efeitos, a seu ver absurdos, do dólar barato, como a possibilidade de uma empregada doméstica viajar para o exterior.
Ademais, Paulo Guedes estaria descontente porque o governo aceitou negociar com o Congresso o controle de execução de emendas parlamentares ao Orçamento, embora o presidente Bolsonaro tenha dito que não aceitaria se tornar “refém” do Legislativo. Ao ministro da Economia se juntou o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que se queixou das “insaciáveis reivindicações” dos parlamentares e acusou “esses caras” do Congresso de fazerem “chantagem”.
A barafunda obrigou Bolsonaro a se reunir às pressas, a portas fechadas, com Paulo Guedes, Augusto Heleno e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política. Oficialmente, o encontro serviu para discutir a reforma administrativa, mas o fato de que a reunião, fora da agenda, obrigou o governo a cancelar em cima da hora um evento para quase mil convidados, muitos dos quais já estavam no Palácio do Planalto, indica que havia um incêndio de grandes proporções a ser debelado.
Num governo em permanente autocombustão, os bombeiros infelizmente ainda terão muito trabalho, pois o próprio presidente Bolsonaro, desde sempre, quando se manifesta sobre qualquer assunto, costuma adicionar gasolina ao fogo. A confusão de seu governo é reflexo de uma profunda incompreensão acerca de seu papel como presidente. Governar não é ofender – seja a honra das pessoas, seja a inteligência alheia.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Infelizmente a política da conciliação não tem dado certo.. Mas a técnica do "vou e faço" não é nova, nem exclusividade dos campos progressistas (basta olhar os discursos federais que coadunam e reforçam esses métodos). O caso, em questão, desvirtua o verdadeiro assombro que é a progressiva perda do controle institucional sobre as forças de segurança e a associação destas com grupos armados que agem como os antigos "esquadrões da morte" (quem tem mais idade, como eu, lembra) ou o PCC (em SP, o facção criminosa fez o mesmo na capital paulista e no interior, obrigando comerciantes a baixarem as portas, escolas fecharem e a população ficar em casa). Esse não é - e não pode ser nunca - o papel do Estado. Abraço.Binão escreveu:Concordo em tudo, mas gente... é um SENADOR metendo uma escavadeira pra cima de manifestantes. Me parece não ser exatamente uma maneira democrática de lidar com a situação né?
Além do que esta maneira de agir dos gomes, demostra o quanto eles acreditam piamente que tudo se resolve na porrada. As frases ja ditas pelo Ciro demostram claramente isto.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Sobre a greve dos militares aqui, não é a primeira vez q isso acontece... Esse papo do governador ter feito acordo é furada, mentira... Os militares ao meu ver estão errados sim, não pode fazer greve e quando decidiram ir pra essa carreira já sabiam disso... O Cid está errado também, se nao param ele , ele ia sim passar por cima de todo mundo ali... O Cid quis pagar de machão, sou Cid Gomes duvido eles fazerem alguma coisa contra mim... Por fim como todos sabem 2 erros nao fazem um acerto... Enquanto isso a situação por aqui vai ficando tensa... Ja ja começam a tocar fogo em onibus e metro, de novo....
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Estes tiros do CID são fakes só pra tentar ganhar notoriedade politica. Eu tenho certeza que foi coordenado pelas agencias de inteligencias da china e da russia.
Voces não acham?
Voces não acham?
Binão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^
Tão fakes quanto à facada no seu malvado favorito.
Tão fakes quanto à facada no seu malvado favorito.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Pô Binão! Sem essa...Binão escreveu:^Estes tiros do CID são fakes só pra tentar ganhar notoriedade politica. Eu tenho certeza que foi coordenado pelas agencias de inteligencias da china e da russia.
Voces não acham?
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
JAZZigo escreveu:^
Tão fakes quanto à facada no seu malvado favorito.
^Só uma zoeira e um paralelo pra quem acha que o Bolsonaro levou uma facada fake.
Tem que ser muito bitolado pra acreditar nisto.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Eu amo o Brasileiro. hahaha
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Volto a dizer: foi destemperada a atitude do senador (como têm sido algumas reações políticas e sociais em todas as esferas e espectros, principalmente recentemente) mas o principal problema desse caso é a notória perda de controle dos estados sobre as PMs e o envolvimento cada vez maior dessas com atos criminosos, gerando insegurança social e descrédito institucional. E mais violência.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/motim-de-pms-no-ceara-e-inadmissivel-diz-ministro-alexandre-de-moraes.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/motim-de-pms-no-ceara-e-inadmissivel-diz-ministro-alexandre-de-moraes.shtml
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Ficando sem saída...
Congresso ameaça dar novo troco em Bolsonaro e Guedes depois do carnaval
Uma das estratégias será rejeitar Medidas Provisórias nas comissões ou simplesmente deixá-las caducar
Vera Rosa, O Estado de S.Paulo
20 de fevereiro de 2020 | 16h55
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,congresso-ameaca-dar-novo-troco-em-bolsonaro-e-guedes-depois-do-carnaval,70003204712
Caro leitor,
O novo capítulo da queda de braço entre o Congresso e o Palácio do Planalto promete dar pano para manga. Tudo piorou depois que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse que o governo não vai se submeter à “chantagem” do Congresso, orientou o presidente Jair Bolsonaro a convocar o “povo às ruas” e definiu o acordo sobre Orçamento impositivo como uma “rendição”. Na contraofensiva, deputados e senadores prometem agora criar muitas dificuldades para o Planalto. Uma das estratégias será rejeitar Medidas Provisórias (MPs) nas comissões ou simplesmente deixá-las caducar.
O movimento já está em curso, mas ganhará força. Com isso, o Congresso quer passar a Bolsonaro o “recado” de que a caneta presidencial tem limite porque ele não pode administrar por MPs “nem por WhatsApp”, como diz o governador de São Paulo, João Doria, seu adversário. Hoje, há mais de duas dezenas de MPs com análise pendente.
Além disso, na Câmara, integrantes do bloco conhecido como Centrão pretendem dar sinal verde somente a propostas que tenham “identidade” com projetos defendidos pelo grupo, como a reforma tributária.
Aparentemente, trata-se apenas de mais uma ameaça. O problema é que há uma escalada de tensão no relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.
Heleno externou uma opinião compartilhada por muitos no Planalto e também na Esplanada dos Ministérios. O próprio Bolsonaro, que foi deputado federal por sete mandatos e passou por vários partidos, não se cansa de fazer críticas ao Congresso. Repete à exaustão que querem transformá-lo em uma “rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa.
Diante de tantas pressões e dissabores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já ameaçou entregar o cargo. Antes que a notícia se espalhasse, no entanto, Bolsonaro criou uma vacina e disse que “P.G.” – como apelidou o guardião da chave do cofre – ficará até o último dia do governo. Na prática, porém, o “Posto Ipiranga” de Bolsonaro está sendo queimado. É mais um perigo à vista na Praça dos Três Poderes.
Guedes recebe cada vez mais críticas do Congresso. O último imbróglio diz respeito ao acordo referente à repartição do dinheiro do Orçamento, que vai definir quanto será destinado a emendas parlamentares. O acerto foi fechado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Fernando Ramos, mas passou pelo crivo do titular da Economia. Depois de tudo acertado com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Bolsonaro disse que não era bem assim.
Para Maia e Alcolumbre, o maior culpado pela nova crise é Guedes, que ignorou o trato com o Congresso e se uniu a Heleno, virando representante da nova “ala ideológica” do primeiro escalão. “É normal que o Congresso queira entrar no Orçamento, mas ‘peraí’. Não precisa pisar no nosso pé", avisou o ministro nesta quinta-feira, 20. “Tem um Orçamento de R$ 1,5 trilhão. Por que vamos brigar por conta de 10 bilhões, R$ 15 bilhões ou 20 bilhões?”
As cenas do próximo capítulo só serão conhecidas após o reinado de Momo. Por enquanto, deputados, senadores e até ministros do Supremo Tribunal Federal vão produzindo, nos bastidores, a lista “Top 10” de frases e atos desastrosos do governo. Pior de tudo é que o comentário de Guedes sobre a viagem de empregadas domésticas à Disney virou fantasia de carnaval. Seis dias depois da fatídica referência, o ministro voltou a pedir desculpas, embora tenha dito que suas afirmações foram tiradas do contexto para semear discórdia . Mas, nesta “festa danada”, será que o Congresso ainda vai “pisar no pé” de Guedes?
Uma das estratégias será rejeitar Medidas Provisórias nas comissões ou simplesmente deixá-las caducar
Vera Rosa, O Estado de S.Paulo
20 de fevereiro de 2020 | 16h55
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,congresso-ameaca-dar-novo-troco-em-bolsonaro-e-guedes-depois-do-carnaval,70003204712
Caro leitor,
O novo capítulo da queda de braço entre o Congresso e o Palácio do Planalto promete dar pano para manga. Tudo piorou depois que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse que o governo não vai se submeter à “chantagem” do Congresso, orientou o presidente Jair Bolsonaro a convocar o “povo às ruas” e definiu o acordo sobre Orçamento impositivo como uma “rendição”. Na contraofensiva, deputados e senadores prometem agora criar muitas dificuldades para o Planalto. Uma das estratégias será rejeitar Medidas Provisórias (MPs) nas comissões ou simplesmente deixá-las caducar.
O movimento já está em curso, mas ganhará força. Com isso, o Congresso quer passar a Bolsonaro o “recado” de que a caneta presidencial tem limite porque ele não pode administrar por MPs “nem por WhatsApp”, como diz o governador de São Paulo, João Doria, seu adversário. Hoje, há mais de duas dezenas de MPs com análise pendente.
Além disso, na Câmara, integrantes do bloco conhecido como Centrão pretendem dar sinal verde somente a propostas que tenham “identidade” com projetos defendidos pelo grupo, como a reforma tributária.
Aparentemente, trata-se apenas de mais uma ameaça. O problema é que há uma escalada de tensão no relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.
Heleno externou uma opinião compartilhada por muitos no Planalto e também na Esplanada dos Ministérios. O próprio Bolsonaro, que foi deputado federal por sete mandatos e passou por vários partidos, não se cansa de fazer críticas ao Congresso. Repete à exaustão que querem transformá-lo em uma “rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa.
Diante de tantas pressões e dissabores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já ameaçou entregar o cargo. Antes que a notícia se espalhasse, no entanto, Bolsonaro criou uma vacina e disse que “P.G.” – como apelidou o guardião da chave do cofre – ficará até o último dia do governo. Na prática, porém, o “Posto Ipiranga” de Bolsonaro está sendo queimado. É mais um perigo à vista na Praça dos Três Poderes.
Guedes recebe cada vez mais críticas do Congresso. O último imbróglio diz respeito ao acordo referente à repartição do dinheiro do Orçamento, que vai definir quanto será destinado a emendas parlamentares. O acerto foi fechado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Fernando Ramos, mas passou pelo crivo do titular da Economia. Depois de tudo acertado com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Bolsonaro disse que não era bem assim.
Para Maia e Alcolumbre, o maior culpado pela nova crise é Guedes, que ignorou o trato com o Congresso e se uniu a Heleno, virando representante da nova “ala ideológica” do primeiro escalão. “É normal que o Congresso queira entrar no Orçamento, mas ‘peraí’. Não precisa pisar no nosso pé", avisou o ministro nesta quinta-feira, 20. “Tem um Orçamento de R$ 1,5 trilhão. Por que vamos brigar por conta de 10 bilhões, R$ 15 bilhões ou 20 bilhões?”
As cenas do próximo capítulo só serão conhecidas após o reinado de Momo. Por enquanto, deputados, senadores e até ministros do Supremo Tribunal Federal vão produzindo, nos bastidores, a lista “Top 10” de frases e atos desastrosos do governo. Pior de tudo é que o comentário de Guedes sobre a viagem de empregadas domésticas à Disney virou fantasia de carnaval. Seis dias depois da fatídica referência, o ministro voltou a pedir desculpas, embora tenha dito que suas afirmações foram tiradas do contexto para semear discórdia . Mas, nesta “festa danada”, será que o Congresso ainda vai “pisar no pé” de Guedes?
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Ficando sem saída... (2)
Governadores articulam frente para se contrapor a Bolsonaro
Isolamento do presidente e sucesso do Congresso estimulam aliança provisória inédita
Igor Gielow
Folha de S. Paulo, 20.fev.2020 às 18h34
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/governadores-articulam-frente-para-se-contrapor-a-bolsonaro.shtml
SÃO PAULO - Depois do protagonismo do Congresso em grau poucas vezes visto, o isolamento do governo Jair Bolsonaro gerou outro fruto político inusual: a união da maioria dos governadores em um polo organizado de poder.
O grupo deixou de tratar só de temas tributários triviais, como a disputa sobre o ICMS dos combustíveis, e passou para a ação institucional.
O próximo alvo de atuação imediata é a área de segurança pública, na qual o incidente em que o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado por policiais grevistas na quarta (19) foi visto com um alerta.
Segundo governadores ouvidos pela Folha, há o temor de que setores policiais, em especial algumas PMs, sejam insuflados contra os Executivos locais por apoiadores das franjas mais radicais do bolsonarismo —quando não por integrantes do próprio governo federal.
Fazem parte da turma 20 dos 27 governadores, justamente os signatários da carta desta segunda (17) em que criticavam Bolsonaro por ter associado um deles, Rui Costa (PT-BA), às circunstâncias nebulosas da morte do miliciano Adriano da Nóbrega. O ex-PM era ligado ao filho presidencial Flávio, sob investigação.
Esse colegiado não é integrado pelos três governadores do PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu, e outros aliados como Ronaldo Caiado (DEM-GO).
De forma pontual, o grupo recebe apoio desses governistas: numa nota criticando o desafio lançado por Bolsonaro para que estados reduzissem o ICMS dos combustíveis, quatro deles (MT, RR, SC e PR) seguiram a maioria.
Oficialmente, o espaço de discussão é o Fórum Nacional de Governadores, que se reúne periodicamente —o último encontro foi na semana passada e o próximo, provavelmente em 17 de abril.
Mas o fato é que o debate é todo online, em um grupo de WhatsApp criado por sugestão do governador João Doria (PSDB-SP) no ano passado. Foi ali que circularam e foram aprimorados os textos críticos ao governo.
O tucano também articulou a criação do Cosud, um conselho que reúne os chefes do Executivo do Sudeste e do Sul, estreitando laços na região que soma 71% do PIB do país. O grupo se reunirá na semana que vem em Foz do Iguaçu.
Em 2019, quando Bolsonaro ainda estava em “test-drive” político como presidente, as queixas costumavam ficar restritas às conversas virtuais.
Em outubro, os oito governadores nordestinos divulgaram nota de apoio a Paulo Câmara (PSB-PE), chamado de espertalhão pelo presidente, mas o ato foi visto como um reflexo do caráter oposicionista deste subgrupo.
A cristalização do cenário político polarizado, contudo, estimulou a encarnação das ideias em notas e entrevistas de maior peso.
Mesmo agora, apesar das articulações, o tom do embate é modulado pelo fato de que muitos estados dependem de repasses e convênios da União para tocar suas políticas. A realidade econômica tende a ser o limite da pressão política.
A carta desta semana foi o exemplo mais vistoso até aqui da nova tática. “Isso é inédito”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à Folha. Para ele, o espaço deixado propositalmente por Bolsonaro em sua articulação política leva à ação coordenada.
Esse vácuo, por inabilidade ou tática de marketing político de independência da dita velha política, acabou abrindo espaço ao longo do ano passado para o Congresso liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Secundado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Maia comandou a aprovação da reforma da Previdência e fez avançar outros temas na economia, além de barrar ou modular iniciativas polêmicas do Planalto.
De forma nominal, o Congresso é simpático à agenda econômica de Bolsonaro, ou do ministro Paulo Guedes, como qualquer líder de bancada prefere dizer.
Mas o norte político não está no Planalto, cujo ministro responsável pelas negociações, Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), já admitiu as dificuldades. Ele é um dos três generais com assento no Planalto, movimento de militarização reforçado com a ida de Walter Braga Netto para a Casa Civil.
E há incidentes mais sérios, como as altercações entre Maia e o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Com isso, governadores com maior densidade política viram um exemplo a ser seguido. A interlocução com Maia e Alcolumbre está afinada, e a expectativa é que pontos importantes da reforma tributária —o projeto do Congresso, não o do governo— avancem, apesar do calendário das eleições municipais de outubro.
Historicamente, o relacionamento entre estados no Brasil é pautado por disputas em temas como incentivos para empresas, a famosa guerra fiscal, e questões de transbordo de criminalidade.
Agora, como definiu um integrante do fórum, há uma aliança política que vai do PCdoB (MA) ao Novo (MG). Coisas curiosas saem daí: a ideia da nota apoiando Rui Costa veio de Wilson Witzel (PSC-RJ), um antipetista ferrenho.
Tal unidade atende a interesses específicos, o que na prática garante seu prazo de validade: a campanha presidencial de 2022, isso se já não houver curtos-circuitos no pleito deste ano por divergências ideológicas.
Ali, Doria pretende estar na urna eletrônica. Um subproduto de seu protagonismo na articulação do grupo é um processo de atenuação da sua imagem de político paulista e autocentrado, segundo a reportagem ouviu de dois governadores de partidos adversários ao PSDB.
Essa nacionalização do perfil cai bem na busca por alianças, em especial se a hipótese colocada for a de um Doria presidente e seu hoje colega, um governador reeleito em 2022. Política é expectativa de poder.
Witzel é outro que já disse querer disputar a Presidência, e o nome de Eduardo Leite (PSDB-RS) tem entrado na composição de equações em vários quadrantes, o que levou Doria a aproximar o jovem gaúcho de 34 anos de si, enquanto a velha guarda do partido gostaria de vê-lo disputando espaço com o paulista.
O paulista e o fluminense selaram uma trégua, tendo identificado Bolsonaro como o adversário no momento —ambos foram eleitos com a ajuda do voto conservador que elegeu o presidente. No próximo domingo, em pleno Carnaval, Doria almoçará com Witzel no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio.
Essa busca por objetivos comuns não torna as relações impermeáveis a crises. Na discussão sobre a situação fiscal que começa a se refletir nas demandas das polícias, o aumento prometido por Romeu Zema (Novo-MG) de 41,7% à categoria caiu como uma bomba no grupo.
Não faltaram governadores criticando a ideia de gerar uma replicação da pressão por reajustes Brasil afora, ainda mais vindo de um estado em situação econômica precária.
Isolamento do presidente e sucesso do Congresso estimulam aliança provisória inédita
Igor Gielow
Folha de S. Paulo, 20.fev.2020 às 18h34
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/02/governadores-articulam-frente-para-se-contrapor-a-bolsonaro.shtml
SÃO PAULO - Depois do protagonismo do Congresso em grau poucas vezes visto, o isolamento do governo Jair Bolsonaro gerou outro fruto político inusual: a união da maioria dos governadores em um polo organizado de poder.
O grupo deixou de tratar só de temas tributários triviais, como a disputa sobre o ICMS dos combustíveis, e passou para a ação institucional.
O próximo alvo de atuação imediata é a área de segurança pública, na qual o incidente em que o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado por policiais grevistas na quarta (19) foi visto com um alerta.
Segundo governadores ouvidos pela Folha, há o temor de que setores policiais, em especial algumas PMs, sejam insuflados contra os Executivos locais por apoiadores das franjas mais radicais do bolsonarismo —quando não por integrantes do próprio governo federal.
Fazem parte da turma 20 dos 27 governadores, justamente os signatários da carta desta segunda (17) em que criticavam Bolsonaro por ter associado um deles, Rui Costa (PT-BA), às circunstâncias nebulosas da morte do miliciano Adriano da Nóbrega. O ex-PM era ligado ao filho presidencial Flávio, sob investigação.
Esse colegiado não é integrado pelos três governadores do PSL, partido pelo qual o presidente se elegeu, e outros aliados como Ronaldo Caiado (DEM-GO).
De forma pontual, o grupo recebe apoio desses governistas: numa nota criticando o desafio lançado por Bolsonaro para que estados reduzissem o ICMS dos combustíveis, quatro deles (MT, RR, SC e PR) seguiram a maioria.
Oficialmente, o espaço de discussão é o Fórum Nacional de Governadores, que se reúne periodicamente —o último encontro foi na semana passada e o próximo, provavelmente em 17 de abril.
Mas o fato é que o debate é todo online, em um grupo de WhatsApp criado por sugestão do governador João Doria (PSDB-SP) no ano passado. Foi ali que circularam e foram aprimorados os textos críticos ao governo.
O tucano também articulou a criação do Cosud, um conselho que reúne os chefes do Executivo do Sudeste e do Sul, estreitando laços na região que soma 71% do PIB do país. O grupo se reunirá na semana que vem em Foz do Iguaçu.
Em 2019, quando Bolsonaro ainda estava em “test-drive” político como presidente, as queixas costumavam ficar restritas às conversas virtuais.
Em outubro, os oito governadores nordestinos divulgaram nota de apoio a Paulo Câmara (PSB-PE), chamado de espertalhão pelo presidente, mas o ato foi visto como um reflexo do caráter oposicionista deste subgrupo.
A cristalização do cenário político polarizado, contudo, estimulou a encarnação das ideias em notas e entrevistas de maior peso.
Mesmo agora, apesar das articulações, o tom do embate é modulado pelo fato de que muitos estados dependem de repasses e convênios da União para tocar suas políticas. A realidade econômica tende a ser o limite da pressão política.
A carta desta semana foi o exemplo mais vistoso até aqui da nova tática. “Isso é inédito”, disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à Folha. Para ele, o espaço deixado propositalmente por Bolsonaro em sua articulação política leva à ação coordenada.
Esse vácuo, por inabilidade ou tática de marketing político de independência da dita velha política, acabou abrindo espaço ao longo do ano passado para o Congresso liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Secundado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Maia comandou a aprovação da reforma da Previdência e fez avançar outros temas na economia, além de barrar ou modular iniciativas polêmicas do Planalto.
De forma nominal, o Congresso é simpático à agenda econômica de Bolsonaro, ou do ministro Paulo Guedes, como qualquer líder de bancada prefere dizer.
Mas o norte político não está no Planalto, cujo ministro responsável pelas negociações, Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), já admitiu as dificuldades. Ele é um dos três generais com assento no Planalto, movimento de militarização reforçado com a ida de Walter Braga Netto para a Casa Civil.
E há incidentes mais sérios, como as altercações entre Maia e o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Com isso, governadores com maior densidade política viram um exemplo a ser seguido. A interlocução com Maia e Alcolumbre está afinada, e a expectativa é que pontos importantes da reforma tributária —o projeto do Congresso, não o do governo— avancem, apesar do calendário das eleições municipais de outubro.
Historicamente, o relacionamento entre estados no Brasil é pautado por disputas em temas como incentivos para empresas, a famosa guerra fiscal, e questões de transbordo de criminalidade.
Agora, como definiu um integrante do fórum, há uma aliança política que vai do PCdoB (MA) ao Novo (MG). Coisas curiosas saem daí: a ideia da nota apoiando Rui Costa veio de Wilson Witzel (PSC-RJ), um antipetista ferrenho.
Tal unidade atende a interesses específicos, o que na prática garante seu prazo de validade: a campanha presidencial de 2022, isso se já não houver curtos-circuitos no pleito deste ano por divergências ideológicas.
Ali, Doria pretende estar na urna eletrônica. Um subproduto de seu protagonismo na articulação do grupo é um processo de atenuação da sua imagem de político paulista e autocentrado, segundo a reportagem ouviu de dois governadores de partidos adversários ao PSDB.
Essa nacionalização do perfil cai bem na busca por alianças, em especial se a hipótese colocada for a de um Doria presidente e seu hoje colega, um governador reeleito em 2022. Política é expectativa de poder.
Witzel é outro que já disse querer disputar a Presidência, e o nome de Eduardo Leite (PSDB-RS) tem entrado na composição de equações em vários quadrantes, o que levou Doria a aproximar o jovem gaúcho de 34 anos de si, enquanto a velha guarda do partido gostaria de vê-lo disputando espaço com o paulista.
O paulista e o fluminense selaram uma trégua, tendo identificado Bolsonaro como o adversário no momento —ambos foram eleitos com a ajuda do voto conservador que elegeu o presidente. No próximo domingo, em pleno Carnaval, Doria almoçará com Witzel no Palácio Laranjeiras, sede do governo do Rio.
Essa busca por objetivos comuns não torna as relações impermeáveis a crises. Na discussão sobre a situação fiscal que começa a se refletir nas demandas das polícias, o aumento prometido por Romeu Zema (Novo-MG) de 41,7% à categoria caiu como uma bomba no grupo.
Não faltaram governadores criticando a ideia de gerar uma replicação da pressão por reajustes Brasil afora, ainda mais vindo de um estado em situação econômica precária.
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Visitas íntimas...
Na boa! Essa história de visitas íntimas devia acabar!!!
Bolsonaro e Flávio afirmam que já visitaram presídio várias vezes
Em entrevista ao jornal O Globo, vereador e sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba (Avante), que esteve na prisão junto com Adriano, afirmou que visitas de Flávio ao miliciano teriam ocorrido "mais de uma vez"
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
20 de fevereiro de 2020 | 20h40
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-e-flavio-afirmam-que-ja-visitaram-presidio-varias-vezes,70003205036
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) minimizaram a informação de que o senador visitou na prisão o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, que foi morto no último dia 9 pela Polícia Militar baiana após fugir, por mais de um ano, da polícia fluminense. O presidente disse que também já foi a presídios no passado, sem deixar claro em quais circunstâncias, e Flávio afirmou que já visitou policiais militares presos "inúmeras vezes". Nóbrega tinha ligações com a milícia suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.
"Para começar, eu já fui, olha só, bota aí, eu já fui várias vezes no BEP, Batalhão Especial Prisional lá no Rio de Janeiro, eu já fui no presídio da Marinha no passado também, está certo?", afirmou Bolsonaro ao ser questionado por jornalistas. Em seguida, ele encerrou a conversa e entrou no carro da Presidência.
Já Flávio Bolsonaro foi ao Twitter para dizer que sempre defendeu os direitos dos policiais e que visitou "inúmeras vezes o Batalhão Prisional da PM (BEP) para ouvir PMs presos injustamente". "Vários foram inocentados e voltaram para seus batalhões, trabalhando desmotivados porque foram abandonados pela Corporação quando mais precisavam", escreveu o senador.
De acordo com o vereador e sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba (Avante), que esteve na prisão junto com Adriano, as visitas de Flávio teriam ocorrido "mais de uma vez".
Em entrevista ao jornal O Globo, o vereador ainda afirmou que Adriano ia ao gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando ele cumpria mandato como deputado estadual, a convite de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. O relato de Ciba contraria o que o atual senador tem dito sobre sua relação com Adriano, que segundo ele se limitou à entrega da medalha de Tiradentes ao miliciano.
Mais cedo, por nota, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a medalha Tiradentes - maior honraria concedida pela Alerj. "Não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano", diz o texto.
Bolsonaro e Flávio afirmam que já visitaram presídio várias vezes
Em entrevista ao jornal O Globo, vereador e sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba (Avante), que esteve na prisão junto com Adriano, afirmou que visitas de Flávio ao miliciano teriam ocorrido "mais de uma vez"
Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
20 de fevereiro de 2020 | 20h40
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-e-flavio-afirmam-que-ja-visitaram-presidio-varias-vezes,70003205036
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) minimizaram a informação de que o senador visitou na prisão o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, que foi morto no último dia 9 pela Polícia Militar baiana após fugir, por mais de um ano, da polícia fluminense. O presidente disse que também já foi a presídios no passado, sem deixar claro em quais circunstâncias, e Flávio afirmou que já visitou policiais militares presos "inúmeras vezes". Nóbrega tinha ligações com a milícia suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.
"Para começar, eu já fui, olha só, bota aí, eu já fui várias vezes no BEP, Batalhão Especial Prisional lá no Rio de Janeiro, eu já fui no presídio da Marinha no passado também, está certo?", afirmou Bolsonaro ao ser questionado por jornalistas. Em seguida, ele encerrou a conversa e entrou no carro da Presidência.
Já Flávio Bolsonaro foi ao Twitter para dizer que sempre defendeu os direitos dos policiais e que visitou "inúmeras vezes o Batalhão Prisional da PM (BEP) para ouvir PMs presos injustamente". "Vários foram inocentados e voltaram para seus batalhões, trabalhando desmotivados porque foram abandonados pela Corporação quando mais precisavam", escreveu o senador.
De acordo com o vereador e sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba (Avante), que esteve na prisão junto com Adriano, as visitas de Flávio teriam ocorrido "mais de uma vez".
Em entrevista ao jornal O Globo, o vereador ainda afirmou que Adriano ia ao gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando ele cumpria mandato como deputado estadual, a convite de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. O relato de Ciba contraria o que o atual senador tem dito sobre sua relação com Adriano, que segundo ele se limitou à entrega da medalha de Tiradentes ao miliciano.
Mais cedo, por nota, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a medalha Tiradentes - maior honraria concedida pela Alerj. "Não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano", diz o texto.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
A maior zueira é ver que de um saiu sangue e no outro não. Parece que o Cid é de carne e osso. Bozo é o ser robótico: Exterminador do Brasil.Binão escreveu:JAZZigo escreveu:^
Tão fakes quanto à facada no seu malvado favorito.
^Só uma zoeira e um paralelo pra quem acha que o Bolsonaro levou uma facada fake.
Tem que ser muito bitolado pra acreditar nisto.
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^ É isto que eu adoro no Brasil. Ama uma conspiração.
Binão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Nem sei se a facada foi de fato fake, até porque eu acho o Bozo muito burro pra fingir daquele jeito, mas nisso tudo, uma coisa é bem verdade:
Um leva uma facada com uma faca de pão Plus Vita e desmaia (ui!!!) O outro leva dois tiros e sai andando.
Acabamos de atualizar as definições de macheza, rsrsrs...
O boçalnauro só é muito macho pra ofender mulheres ahahah...
E já que hoje o espírito maligno me manda zoar, quem quer participar da vaquinha pra comprar um Panzer pro Cid? Depois de esmagar uns milicianos no Ceará, ele prometeu um passeio de tanque num condomínio daqui do RJ... Já doei 4 vezes!!!!
Um leva uma facada com uma faca de pão Plus Vita e desmaia (ui!!!) O outro leva dois tiros e sai andando.
Acabamos de atualizar as definições de macheza, rsrsrs...
O boçalnauro só é muito macho pra ofender mulheres ahahah...
E já que hoje o espírito maligno me manda zoar, quem quer participar da vaquinha pra comprar um Panzer pro Cid? Depois de esmagar uns milicianos no Ceará, ele prometeu um passeio de tanque num condomínio daqui do RJ... Já doei 4 vezes!!!!
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Só para constar o Cid Gomes aqui em fortaleza e considerado bicha,imagina o que e considerado machão....falando serio isso tudo foi por holofotes e votos para família(irmão dele mais novo e prefeito de Sobral),
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
51 assassinatos nas últimas 48 HS... Alguém precisava fazer algo. O Cid fez, e fez antes de todo mundo.
Agora... Eu acho que essa é a postura ideal? Nem brincando, mas o fato é que ele fez. Por votos ou não, os tiros quem tomou foi ele, e quem deu foi um miliciano. Eu queria mais é que esmagassem todos esses foras da lei, lembrando que eu acho justíssimo lutar por condições dignas de trabalho, e portanto, separo aqui o joio do trigo...
Já abandonar o Estado, e consequentemente a segurança do cidadão, é crime!
E vou além! Esse tipo de bandido é muito pior que o traficante analfabeto comum, que a gente conhece da tv, porque aqueles já estão fora da lei mesmo, mas esses outros usam a farda pra oprimir a população e envergonhar a corporação.
Miliciano bom é miliciano morto!
Agora... Eu acho que essa é a postura ideal? Nem brincando, mas o fato é que ele fez. Por votos ou não, os tiros quem tomou foi ele, e quem deu foi um miliciano. Eu queria mais é que esmagassem todos esses foras da lei, lembrando que eu acho justíssimo lutar por condições dignas de trabalho, e portanto, separo aqui o joio do trigo...
Já abandonar o Estado, e consequentemente a segurança do cidadão, é crime!
E vou além! Esse tipo de bandido é muito pior que o traficante analfabeto comum, que a gente conhece da tv, porque aqueles já estão fora da lei mesmo, mas esses outros usam a farda pra oprimir a população e envergonhar a corporação.
Miliciano bom é miliciano morto!
Última edição por Rico em Sex Fev 21, 2020 7:09 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Nesse embate e difícil tomar partido de algum lado porque,ao meu ver os dois estão errados por varios motivo,vários carnavais de cidades turísticas aqui do Ceará foram cancelados agora a tarde por falta de policiamento,coisa que nunca vi por aqui antes.Porem a família Ferreira Gomes vive flertando com o autoritarismo em sobral,onde pensam que e um sobrado das suas fazendas.Adoraria ver um militante de direita ameaçando o pessoal do mst por exemplo com uma retroescavadeira...as redes social estavariam fora do ar agora de tanto mimimi
Última edição por johny leandro em Sex Fev 21, 2020 7:49 pm, editado 1 vez(es)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
johny leandro escreveu:Nesse embate e difícil tomar partido de algum lado porque,ao meu ver os dois estão errados por varios motivo,vários carnavais de cidades turísticas aqui do Ceará foram cancelados agora a tarde por falta de policiamento,coisa que nunca vi por aqui antes.Porem a família Ferreira Gomes vive flertando com o autoritarismo em sobral,onde pensam que e um sobrado das suas fazendas.Adoraria ver um militante de esquerda ameaçando o pessoal do mst por exemplo com uma retroescavadeira...as redes social estavariam fora do ar agora de tanto mimimi
Não é difícil tomar partido nesse episódio... Vc consegue saber quem eram os fora da lei?
Porque a esquerda ameaçaria o MST com uma retroescavadeira, se uma das lutas da esquerda é em defesa do proletariado?? Além do mais, os bancos já fazem algo semelhante ..Não faz nenhum sentido isso que você escreveu, desculpe...
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Editei la meu comentario
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
Crime por crime,coronel Cid e indiciado por lavagem de dinheiro na compra de um helicóptero quando governador,o bem custaria 90 milhões e foi comprado por 190 milhões....acho difícil essa generalização caro amigo porque la no meio tem policias bons que só querem melhorias e infelizmente se infiltraram pessoas sem noção de limite que estão furando pneus e ate mesmo roubando as viaturas,e impedindo os que nao aderiram a greve de exercer suas funcoes.E igual dizer que todos do mst sao vagabundos quando tem gente que realmente não tem onde morar,ja o lider deles cobrando aluguel e presenca em lista de manifestações....Rico escreveu:johny leandro escreveu:Nesse embate e difícil tomar partido de algum lado porque,ao meu ver os dois estão errados por varios motivo,vários carnavais de cidades turísticas aqui do Ceará foram cancelados agora a tarde por falta de policiamento,coisa que nunca vi por aqui antes.Porem a família Ferreira Gomes vive flertando com o autoritarismo em sobral,onde pensam que e um sobrado das suas fazendas.Adoraria ver um militante de esquerda ameaçando o pessoal do mst por exemplo com uma retroescavadeira...as redes social estavariam fora do ar agora de tanto mimimi
Não é difícil tomar partido nesse episódio... Vc consegue saber quem eram os fora da lei?
Porque a esquerda ameaçaria o MST com uma retroescavadeira, se uma das lutas da esquerda é em defesa do proletariado?? Além do mais, os bancos já fazem algo semelhante ..Não faz nenhum sentido isso que você escreveu, desculpe...
johny leandro- Membro
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Localização : fortaleza, ceara
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
^Só que eu não generalizei... Acho que você não leu minha postagem.
E sim, Cid é, ou foi, investigado pelo superfaturamento na compra de três helicópteros, acho.
Mas o que isso tem a ver com a atitude dele contra os milicianos? Se deve, que pague. Isso é outra história!
Sei que não é sua intenção, mas parece que você usa uma história pra justificar outra...
E sim, Cid é, ou foi, investigado pelo superfaturamento na compra de três helicópteros, acho.
Mas o que isso tem a ver com a atitude dele contra os milicianos? Se deve, que pague. Isso é outra história!
Sei que não é sua intenção, mas parece que você usa uma história pra justificar outra...
Rico- Eterno Colaborador
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte IV)
So estou tentando passar que os dois lados estão errado e que o Cid nao e o menos errado nessa historia sabe?!porque vejo muita gente descendo a lenha nos policias e esquecem que ele tentou sim PASSAR POR CIMA dos policias.Lembro bem do bafafa que foi gerado pela midia com aquela fala estupida do flavio rachadinha se nao engano que só precisaria de um cabo e um soldado pra fechar o congresso,ou sobre a volta do AI5,aqui temos um caso concreto e nao um idiota falando asneiras.
johny leandro- Membro
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