Técnicas de Mão direita.

Tio,

vamos supor uma situação aqui, e bem que pode ser real. Qual seja:

- Eu pergunto: Qual a melhor técnica de mão direita? Justifique sua resposta, eximindo-se ao máximo, da opinião pessoal.

Por que da pergunta? Porque você disse outro dia, que "..."floating thumb" ou "polegar flutuante", que é a técnica mais correta." E a técnica do GW...já não tenho a motivação necessária para aprender aquilo alí.
Em compensação, polegar flutuante é "acessível" para o meu momento de aprendizado.

Achei alguns videos em inglês, mas esta língua, principalmente ouvindo, é quase um zero à esquerda para mim.

não rola com legenda automatica em inglês?

Tarcísio Caetano escreveu:- Eu pergunto: Qual a melhor técnica de mão direita? Justifique sua resposta, eximindo-se ao máximo, da opinião pessoal.

A melhor técnica de mão direita é aquela à qual você se adapta bem, preferencialmente de forma relaxada, em ângulo próximo do reto e que não cause estrangulamento do túnel do carpo.

A mão deve descer e subir como um bloco, mantendo a posição original e mais ergonômica imóvel, por isso o polegar ancorado é considerado errado sob um ponto de vista anatômico, já que oferece ângulo e stress diferentes em cada corda, o que é, podemos dizer, um erro...

O polegar flutuante deriva da necessidade de abafar as cordas enquanto a mão move pra cima e pra baixo como um bloco. É a solução mais simples e efetiva por uma longa margem.

Mais uma vez, quando falo do Gary Willis, falo dos ângulos que ele usa, que são próximos da perfeição ou da técnica correta anatomicamente e ergonomicamente. Não me refiro à técnica de 3 dedos e abafamento que ele usa, que é super intrincada e demoraria anos e anos pra ser incorporada, mesmo por um baixista experiente.

Não houve uma vez sequer que falei desse assunto aqui baseado em opiniões pessoais. Isso é ciência. Mostre as várias técnicas de mão direita pra um fisioterapeuta ou ortopedista (ou mesmo um físico, que eu não sou, mas cursei) e ele te dirá rapidamente que o polegar flutuante com pulso em ângulo reto enquanto a mão sobe e desce como bloco é a mais adequada por uma longa margem.

E eu sei que vários baixistas famosos tocam de outras tantas formas, o que é irrelevante ao argumento.

Valeu demais da conta!!!Algumas destas infos já tinha ciência, mas, para mim, às vezes, funciona melhor colocando tudo junto.

allexcosta escreveu:Não houve uma vez sequer que falei desse assunto aqui baseado em opiniões pessoais.

Com toda sinceridade o negrito não foi direcionado a você. E nem a ninguém em especial, foi geral. Eu mesmo, muitas vezes digo "Para mim...", e queria evitar isso.
E como não é só você que comenta ou responde, neste assunto específico não deseja opiniões pessoais.

Sei que tem baixistas que usam variados tipos de técnicas como o Adam Nitti, o Stanley Clarke, o Bobby Vega, por exemplo.

Polegar flutuante é um assunto que me "persegue" há alguns anos, e queria pacificá-lo por assim dizer.

Fernando Zadá escreveu:não rola com legenda automatica em inglês?

Já faz algum tempo, que procurei informações detalhadas a este respeito. Uns bons anos. Foi quando o Allex esteve na minha morada antiga me explicando alguns aspectos da diferença entre um baixo de 4 cordas e um de 5. Levou um baixo dele e falou sobre o polegar flutuante, também, que não sabia que existia. Foi na época que ele estava morando em BH.
Algum tempo depois, suspendi minha procura. Não havia visto nenhum com legendas.

Tarcísio Caetano escreveu:Com toda sinceridade o negrito não foi direcionado a você.

Na verdade foi, já que o sub-fórum é perguntas para mim e seu texto inicia com "Tio".

allexcosta escreveu:

Tarcísio Caetano escreveu:Com toda sinceridade o negrito não foi direcionado a você.

Na verdade foi, já que o sub-fórum é perguntas para mim e seu texto inicia com "Tio".  

Dou minha palavra, se é que ainda vale algo nestes tempos, que não foi.
E eu justifiquei acima.

Você é o alvo principal, claro, mas é só você que comenta/responde?

PS: Mas não há problema: assumo meu erro na confecção do texto inicial. Desculpe-me.

Tarcísio Caetano escreveu:Dou minha palavra, se é que ainda vale algo nestes tempos, que não foi.
E eu justifiquei acima.

Não estou duvidando da sua palavra. É uma questão linguística.

Ainda sobre a técnica:

Talvez a pessoa que toca como hobby algumas horas por semana não precise exatamente usar a técnica anatomicamente mais correta.

Quem toca fraco ou quase fraco talvez nunca tenha problemas.

A técnica do punho todo virado, adaptada do baixo em pé, não é apropriada para o baixo elétrico. São instrumentos diferentes, tocados em posições diferentes e exigem técnicas diferentes.

Acho, sinceramente, que se eu tivesse tocado a vida toda com polegar ancorado, punho torto, musculatura tensa ou isso tudo combinado, hoje eu teria problemas sérios de saúde na região do punho. É bom lembrar que minhas gigs quando jovem eram de até 10 horas e nos EUA eu cheguei a fazer 9 shows por semana durante anos.

Entendo que isso não é típico pra muitas pessoas e que isso me faz enxergar as coisas de maneira peculiar.

Afirmo tranquilamente que essa ou outra técnica é correta anatomicamente, mas não posso jamais dizer que é correta, adequada ou mesmo melhor pra todo mundo.

As variáveis são inúmeras e tocar um instrumento não é uma ciência exata.

Toco de forma tão suave, q, às vezes, isso chega a ser um problema qnt à dinâmica ou a timbre.

Tarcisão, há o canal, no Youtube, da Bass Musician Magazine, em que o Randall Kertz, baixista e fisioterapeuta, trata destas questões. Eis o último vídeo dela:




Link das colunas dele naquela revista: https://bassmusicianmagazine.com/author/randallkertz/

Valeu, meu caro Hélio!!! Vou dar uma pesquisada por lá.
Este é um assunto que me incomoda bastante, talvez, por causas e causos passados.

Vou fazer um vídeo BEM simples de como é minha postura de mão direita e colocar aqui.
Espero comentários.

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Meus pitacos:
baixar um pouco a altura do contrabaixo e trazer ele um pouco para a sua esquerda mais centralizado em relação ao corpo.
Mas é aquele lance Tarcisio faria muita diferença se você tocasse varias horas por dia e trabalhasse com isso.
Como hobbie não acredito que vá ter problemas.
Mas esse lance de ergonomia esta evoluindo tem alguns violonistas que tocam hoje quase na posição do violoncelo para tentar buscar uma ergonomia melhor.
Eu fui aluno do Everton muitos anos atrás e ele já era um cara mega sintonizado com ergonomia inclusive praticava e era fã da técnica de Alexander



https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22175/22175_5.PDF

Entendo perfeitamente.
Minha expectativa, que está se concretizando aos poucos, é ter 4 horas livres de estudo diário, excetuando aos domingos.
Domingo é dia de família e muita preguiça! Preciso disso.

Há uns bons anos atrás, comprei um suporte para violão e fiz algumas modificações para alcançar uma posição bem próxima do acústico. Mas ficou um pouco instável e o instrumento em algumas situações balançava. Além disso, não encontrei um banco que me permitisse uma posição ereta e com apoio nas costas. A princípio teria que mandar fazer um banco adaptado.
Consigo uma posição quase vertical estando em pé, e bem satisfatória e estável, mas não dá para mim.
Posicionar o baixo como o Hadrien Feraud poderia ser uma boa solução, como os violonistas eruditos, mas meus braços são um pouco curtos. Já tentei e não me acostumei.

Bem...vou testando algumas pequenas modificações e ver o que vai dar.

já testou baixo short scale?

Fernando Zadá escreveu:já testou baixo short scale?

Não, e nem vou!!!
Isso é pior que silver tape.
E nem vou citar muito a questão financeira, pois meus instrumentos não são comerciais e não vou ficar acumulando coisas aqui. Além do quê, mais importante, não tenho dinheiro para investir.
Tenho fé, vai dar certo.
O meu questionamento é apenas a procura de algo melhor. Mas estou confortável de jeito que está, e como já foi dito, não tenho um envolvimento grande com a prática do instrumento.
É "deu" para mim mesmo.

A principio concordo com as considerações que o Zadá fez
uma pergunta a postura que vc usa hoje está te atrapalhando ou causando algum desconforto ou dor ?

minha opinião é que se estiver tudo certo e confortavel pra voce, voce pode continuar com a postura que ja usa.

dibass escreveu:uma pergunta a postura que vc usa hoje está te atrapalhando ou causando algum desconforto ou dor ?

Ôpa!
Como já disse, minha postura atual não causa desconforto nenhum, e é resultado de minha "(in?)evolução" no instrumento.
Mas, estou sempre pensando se algo não pode melhorar. E tento testar estas opções novas.

entendi Tarcisio

então contando meu caso eu ja estava formando na faculdade cursando violão erudito e tocando profissionalmente quando em 2009 tive oportunidade de conhecer o Todd Johnson e conheci o floating thumb
Lembro que na época eu decidi usar essa técnica tb

Mesmo com todo o trabalho de "começar uma técnica do zero" pra mim funcionou bem
então seja inquieto vai testando e contando pra gente

Esse tópico veio a calhar!

Lá no tópico que abri, praticamente sobre o mesmo assunto, foi mais da questão que quando toco, o som sai sujo, não estou conseguindo abafar as cordas que não são tocadas.

Tarcisão, só por curiosidade, o baixo "mais alto" fica mais confortável para ti que com ele apoiado na perna?

Os ângulos dos seus ombros e do seus braços me parecem bem confortáveis. O pulso da sua mão direita aparenta estar sendo um pouco forçado, mas pode ser mera impressão minha.

fheliojr escreveu:Tarcisão, só por curiosidade, o baixo "mais alto" fica mais confortável para ti que com ele apoiado na perna?

Os ângulos dos seus ombros e do seus braços me parecem bem confortáveis. O pulso da sua mão direita aparenta estar sendo um pouco forçado, mas pode ser mera impressão minha.

Fala, meu caro!!! Tudo bem por aí?
Fica BEM confortável, e consigo uma angulação do instrumento que me agrada muito. Apoiado na perna direita, também, fica muito bom, mas como me mexo muito, em alguns momentos, atrapalha ou incomoda.
E eu gosto de marcar o tempo com o pé direito, e aí fica aquele balanço. Marcar com o esquerdo sai tudo errado, mesmo usando o metrônomo em qualquer situação como faço. Esta atitude é automática, não penso em marcar o tempo, simplesmente acontece.
De modo geral me sinto bem, sem incômodos ou dores, mas como disse, fico tentado a procurar formas melhores. Ainda mais, com um tempo de sobra, infelizmente.

Tranquilo, Tarcisão!!

Tarcísio Caetano escreveu:...fico tentado a procurar formas melhores...

Compreendo, e vc está certo! Nada é tão bom que não possa, eventualmente, melhorar.