Assunto desestressante: Que carro comprar hoje pra ficar 10 anos?

Eu sou bem conservador em termos de carro atualmente. Troco a cada 10 anos ou 100.000 km.

Para mim, que rodo cerca de 10.000 km/ano e mantenho manutenção sempre em dia conclui que 100.000 km e 10 anos é o melhor ponto para se trocar em termos de custo/benefício. Mais que isso, o carro perde confiabilidade e a manutenção fica cara e mais corretiva que preventiva.

Detesto ficar mudando, ter que ficar procurando carro, negociando em concessionária... E gastando dinheiro em carro novo.

Tinha 2 Pálios e troquei por 2 Unos.
Agora meus Unos ficaram velhos e tenho que trocá-los.

Ai eu pergunto que carro comprar hoje para ficar 10 anos ou 100.000 km?

Minha irmã é mais desapegada e troca a cada 5 anos.
Comprou carro automático quando eu estava comprando meus Unos manuais.

Minha irmã também em processo de troca estava em dúvida e tomou uma decisão meio conservadora: trocou para carros híbridos esse ano.

Meu mecânico falou que carro híbrido será furada pois é o pior de 2 mundos: tem as desvantagens do carro a combustão e desvantagens do carro elétrico e disse que o mais coerente seria ou ter carro a combustão turbo automático (que também pode ser problemático a 10 anos) ou ser arrojado e já partir para elétrico (a despeito do que se hoje essa tecnologia está distante, daqui a 1 anos ou 2 poderá ser totalmente viável no Brasil).

Muitos jornalistas automotivos estão considerando que a revolução dos carros elétricos será devastadora e muito mais rápida do que pensamos.
A previsão de queda no preço, da evolução das baterias e estruturação dos postos de reabastecimento, segundo eles será intensa nos próximos meses (desconsiderando a pandemia, que poderá atrasar o processo).

Vi o teste do Tesla 3 e fiquei muito impressionado.
400.000 carros vendidos só na pré-venda...
Custo já viável (lá fora, evidentemente), atualização de software e hardware... Você não compra só carro. Você compra o serviço de locomoção. Se lançarem uma bateria de 1.000 km de autonomia é só fazer up-grade...
Custo de manutenção quase zero!
Tem uns 20 no Brasil e seus donos estão simplesmente encantados com o carro.

Com autonomia por volta de 500 km, e com reabastecimento por volta de 20 min para 400 km, ir de Curitiba para São Paulo já seria muito viável. Quando parar para almoçar, já sai com a barriga e o carro carregado do posto no meio do caminho.
Já na cidade, as vantagens são incomparáveis.

Aliás, a cidade onde moro, tem bicicleta, patinetes e carros elétricos compartilhados. Normalmente os postos de compartilhamento tem 3 vagas, sendo 2 dos carros elétricos compartilhados e 1 para você recarregar seu carro particular gratuitamente.
As viaturas da Guarda Municipal também são todas elétricas e tem vários postos da Guarda espalhados pela cidade e sempre tem ponto de recarga gratuita para usuários particulares.

Vários prédios e condomínios já tem garagens com pontos de recarga e postos de combustível também tem tomadas. Até na farmácia aqui perto de casa tem tomada gratuita para clientes...

Será que vale a pena trocar um dos Unos por um carro tradicional e esperar 1 ou 2 anos com o outro para pegar um elétrico? Ou vou de híbrido pro enquanto?

Mauricio

eu troquei de carro a exatamente 1 ano atras (faz 1 ano amanha, dia 19/03), e comprei o carro com o pensamento igual ao seu... quero ficar com ele por uns 10 anos.

sobre carros eletricos.... no brasil ainda é inviavel, infelizmente. a bateria tem vida util menor que estes 10 anos, e o preço da troca diz ser superior a 50% do valor do carro novo.

tem que ver o tamanho do carro que vc quer pegar, para carregar quantas pessoas? viagens? o valor que quer investir? tudo isso conta.

Eu estava com um Renault Fluence 2014, e foi, de longe, o pior carro que ja tive... simplesmente uma desgraça. então na minha decisão foi descartar carro frances logo de cara.

minha predileção era por carros japoneses, visto que ja tinha tido um civic 2007 e era um carrão. o meu uso seria para eu, minha esposa (ela usa o carro mais que eu, entao levei isso em conta), e meus 2 filhos, que tem quase 7 anos de idade ambos. teria de ser economico e com espaço suficiente para levar nossas bagagens em viagens que fazemos. e outra. não queria caro sedan (nao acho pratico, e tb minha esposa nao curte dirigir sedan).

no final a minha decisão ficou entre 2 carros: Toyota Yaris e Honda Fit. acabei optando pelo fit, versão EX, por questão de espaço interno, embora fosse ligeiramente mais caro. passados 1 ano e pouco mais de 13 mil km rodados, Estamos extremamente satisfeitos com o carro.
peguei o carro zero km.

Tá evoluído ai hein Mauricião.
Caramba legal isso eu não vejo pelas minhas bandas nada sobre carro elétrico ainda.

Eu não tenho carro.
Mas minha esposa tem um Celtinha 2012- carro da Chevrolet com projeto da alemã Opel (como muitos carros dessa marca), que, aliás, a gente pouco usa.
Carrinho pequeno, ágil, tem ar, direção hidráulica, 4 portas, é muito econômico e NÃO DÁ DEFEITO!

Eu estou na contramão daqueles que amam "carrões".

Normalmente os carros franceses são "mal falados" mas eu tive um Clio que era o SX dos Carros, e um Sandero que foi bem também.

O lance é que o carro não é mais um bem que valoriza, pelo contrário, então para minha última troca de carro eu assumi algumas premissas que me eram viáveis, e cada um tem a sua. Eu assumi que queria (no momento que troquei de carro) um Sedan, seguro e manutenção baratas, não chamativo, mas com ar e direção e com um bom consumo. Mas confesso que não pensei em 10 anos, apenas decidi que vou levando.

Aqui em São Paulo, carros elétricos existem e em vários pontos comerciais têm pontos de recargas, mas eu conheço pouco pra falar à respeito. Creio que sim, serão tendencias no futuro mas parece que a "chave não virou aqui".

Sinceramente, se os seus Unos te atendem, não estão dando problema, mas você enxerga que os elétricos virão com força, eu esperaria mais.
Mas ficaria de olho em termos de maturidade da tecnologia para aproveitar o momento de vender e pegar outro já elétrico, etc.
Mas entendo seu ponto, se de repente os eletricos virarem moda, os convencionais perderão valor de mercado. IMHO.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Eu não tenho carro.
Mas minha esposa tem um Celtinha 2012- carro da Chevrolet com projeto da alemã Opel (como muitos carros dessa marca), que, aliás, a gente pouco usa.
Carrinho pequeno, ágil, tem ar, direção hidráulica, 4 portas, é muito econômico e NÃO DÁ DEFEITO!

Eu diria que o Celtinha é um p#$% carro, para o propósito que foi feito.

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Eu não tenho carro.
Mas minha esposa tem um Celtinha 2012- carro da Chevrolet com projeto da alemã Opel (como muitos carros dessa marca), que, aliás, a gente pouco usa.
Carrinho pequeno, ágil, tem ar, direção hidráulica, 4 portas, é muito econômico e NÃO DÁ DEFEITO!

O Celta é um Corsa B (segunda geração, aquele famoso roxo com o logo "wind") com facelift. O motor VHC é guerreiro e aguenta tudo mas tem problema crônico no virabrequim. É basicamente o único defeito. Eu tenho um, o vira está dando sinais do tal defeito (atualmente com 180 mil km). Proporcionalmente ao tempo de uso e kilometragem é um defeito barato de resolver, mas é uma patada pois é uma retífica.

Breno_Barnabe escreveu:O lance é que o carro não é mais um bem que valoriza, pelo contrário,

Eu sou entusiasta de carros, mas infelizmente por questões como local de nascimento, sou entusiasta de teclado.
Devo dizer que nos 2 últimos anos carro foi o investimento que mais valorizou. Na prática, no mercado de usados (principalmente os mais antigos) o valor dos veículos dobrou. O mercado 0km também está próximo de dobrar o valor praticado a 2~3 anos atrás, com saltos gigantescos de preço entre-anos.

A questão é tão séria que vou resumir meu post aqui: não troque de carro. O preço do mercado está exorbitante e atolado de gente especulando preços.

Aqui em São Paulo, carros elétricos existem e em vários pontos comerciais têm pontos de recargas, mas eu conheço pouco pra falar à respeito. Creio que sim, serão tendencias no futuro mas parece que a "chave não virou aqui".

Mesmo mercados já consolidados (europa/eua) sabem que carro elétrico é um bem não-durável. Os Prius de primeira geração já são lixo ambulante, e os de segunda geração (~2013) estão no mesmo caminho. Os Tesla são chiques e tudo o mais, mas é tipo produto Apple. No Brasil você não vai achar um a menos de 1 milhão, e a própria Tesla não parece interessada em trazer o carro pra cá.

Temos opções como o corolla híbrido... que gasta mais (e custa mais, e é menos potente) do que sua contrapartida a combustível fóssil   Além da manutenção nem um pouco divertida.

Mas ficaria de olho em termos de maturidade da tecnologia para aproveitar o momento de vender e pegar outro já elétrico, etc.
Mas entendo seu ponto, se de repente os eletricos virarem moda, os convencionais perderão valor de mercado. IMHO.

Vai levar muitos anos pro mercado de carros a combustão perderem valor. Elétricos ainda custam muito caro, e tem problemas crônicos como o tempo de recarga (hoje isso não gera fila simplesmente porque não tem carro suficiente - imagina aquele posto cheio de carro na sexta de feriado pra viajar... se abastecendo na gasosa vc ja fica 1~2 horas na fila, imagina com um carro que mesmo com fast charge leva 2 a 3 horas pra fazer o mesmo)


Assim, assumindo que você realmente QUER trocar de carro, seria interessante ter um orçamento em mente. Palio, Uno, Corsa, são carros de entrada no mercado.
Um carro bem cuidado custa caro, mas dura 200 mil km fácil. A ideia de que carros duram 100000km e depois começam a dar manutenção é problema do usuário, ou então um carro com problema de engenharia
O maior custo de manutenção preventiva vem de: amortecedor, embreagem, freios e correia dentada/corrente. Os 3 precisam ser (completamente) trocados muito antes dos 100mil km.

Também não recomendo os alemães

Um calculo simples é: A manutenção do carro é precificada de acordo com o valor quando foi vendido 0km, não com o quanto ele vale no mercado. Audi, mercedes e similares são marcas de luxo, e VAO custar caro.

allexcosta escreveu:[

Mas os luxuosos japa, como Acura, Lexus e Infinity não visitam oficina... Mercedes, Audi e BMW chamam mecânico de papai...

eu também penso assim. desde sempre o mundo se curva diante das marcas de luxo alemãs.... mas vejo muita gente ai com Audi sempre visitando oficina. BMW e Mercedes tambem. problema em sensor eletrico, etc, etc...... sem falar que serviço e peças para estes carros não custa barato.

os japoneses são carros com manutençao relativamente baratas, com algo grau de conforto e segurança, e que simplesmente não estragam.
Meu pai tem uma Honda CR-V ano 2014, com 100 mil km rodados, que ainda cheira a novo. não faz nenhum rangido ao transitar por vias irregulares. ta praticamente como saiu da concessionaria.

^ Tive um Jetta TSI por quase 10 anos.
Carro espetacular que nunca deu problema.

Hoje tenho uma Mitsubishi, comprei usada há uns 3 anos. Carro muito robusto também. Como falaram, carro japonês é jogada certa.
Mas o Jetta ainda deixa saudades.. Haha..

Eu tenho um Fiat Pálio 2016, mas o coração bate forte por um Nissan Versa.
Dirigi um alugado e apaixonei no carro. Carro excelente.

Maurício_Expressão escreveu:
Para mim, que rodo cerca de 10.000 km/ano e mantenho manutenção sempre em dia conclui que 100.000 km e 10 anos é o melhor ponto para se trocar em termos de custo/benefício. Mais que isso, o carro perde confiabilidade e a manutenção fica cara e mais corretiva que preventiva.

100.000km? Conservadora essa estimativa, Maurício Expressão! Hehe

Um carro bom, bem cuidado desde o início, com todas as manutenções preventivas feitas, principalmente sistema de arrefecimento e lubrificação, passa pelos 100 mil km sem sentir cócegas.

Quilometragem é um parâmetro enganoso. Pegue um carro A de X anos de uso com 100 mil km, rodados em sua maioria em percurso rodoviário.
Agora pegue um carro B com os mesmos X anos de uso com 50 mil km rodados principalmente em ida e volta do trabalho e pra ir buscar pão na padaria.

Quantas vezes o carro B teve a embreagem acionada, quantas vezes o câmbio foi utilizado, quantos "anda e para" de semáforo, durante quanto tempo ficou em marcha lenta?
O carro A, com o dobro da quilometragem trabalhou muito mais com o motor num regime confortável e na temperatura ideal, e tem um desgaste de peças absurdamente menor do que o carro B, mesmo sendo o dobro mais rodado .

E sobre os híbridos/elétricos, eu deixaria esses primeiros anos para os outros consumidores serem cobaias, esperaria a tecnologia amadurecer, se aperfeiçoar, se popularizar e baratear.

Breno_Barnabe escreveu:

Mauricio Luiz Bertola escreveu:Eu não tenho carro.
Mas minha esposa tem um Celtinha 2012- carro da Chevrolet com projeto da alemã Opel (como muitos carros dessa marca), que, aliás, a gente pouco usa.
Carrinho pequeno, ágil, tem ar, direção hidráulica, 4 portas, é muito econômico e NÃO DÁ DEFEITO!

Eu diria que o Celtinha é um p#$% carro, para o propósito que foi feito.

Eu só tive carro popular mas com certeza o Celtinha foi o que deixou mais saudades.
Valente, econômico e nunca deu problema.

Tenho um Uno 2009 com 180 mil Km. Peguei zero em 2009. Só ele mesmo para suportar as estradas de terra das escolas em que trabalho. Se ainda estivesse sendo comercializado zero km eu compraria outro. Minha esposa tem uma Meriva e esse fica para viagens.

Andei pesquisando no final do ano passado modelos da Honda, Nissan e Fiat, mas não me animei a trocar. Preço alto, modelos saindo de linha, prazos de 3 meses para entrega... não sei como está agora, mas ao final do ano estava bem complicado.

O Kicks da Nissan tem vendido bem. Parece uma boa opção e o espaço interno é bom.
Mas, tendo por base a boa experiência de conhecidos e família, eu iria no Honda Fit.
Gosto também da GM. Contudo, parace que erraram a mão no Onix. Uma colega teve problemas sérios com um zero. Aí ja cria uma imagem negativa.

No quesito bom e barato eu ainda pensaria no Fiat Argo.

sobre a transmissao CVT, tenho uma observação
o meu antigo Renault Fluence, era uma bela porcaria
no meu Honda Fit, é a melhor coisa deste carro. A engenharia japonesa trabalhou muito bem no conjunto motor/cambio neste carro. o cambio faz sempre o motor trabalhar suavemente, puxa muito bem o carro, mesmo carregado em subidas, e de quebra o faz muito economico.
quando a engenharia é favoravel, e o cambio e motor sao projetados exatamente para o veiculo em questão, a coisa muda de figura.

eu tenho um pe atras com a nissan, desde que fui prestar um serviço na fábrica da Renault, aqui do lado de Curitiba.

na MESMA linha de montagem, tinha renaults e nissans.... tipo na frente tinha um sandero pendurado, e logo atras tinha um versa (nao lembro agora qual carros eram).... claro que as peças sao especificas para cada carro, mas ali ja fiquei com o pe atras

emachado escreveu:
Gosto também da GM. Contudo, parace que erraram a mão no Onix. Uma colega teve problemas sérios com um zero. Aí ja cria uma imagem negativa.

Eu diria que nenhuma faz carro hatch confiável e robusto igual a GM. Corsa, Celta, Onix...pode botar aí quase 30 anos de sucesso e confiabilidade nesse nicho de hatch popular.
O Onix é mais um case de sucesso, vende que nem água, é o carro que mais vejo nas ruas.

Acho que o que aconteceu com seu colega foi um caso isolado. Espero que não tenha acontecido nenhum dano à saúde dele.
Que mal lhe pergunte, o que exatamente aconteceu?

Se bem me lembro era um problema na partida que rendeu várias idas à concessionária e oficina e demorou muito para resolverem. A colega pensou até em cancelar a compra dado o trabalho que era ficar sem carro e idas à oficina.
E quem compra carro zero já é para não ter que lidar com oficina.

Sonikado
Vou te contar uma história.
Quando meu irmão faleceu em março de 2017 eu e minha esposa subimos de Niterói para Nove Friburgo e eu dirigi extrapolando os limites do carro pois tentava chegar à casa de meus pais antes que eles soubessem. Mas, durante a viagem descobrimos que eles foram avisados e tinham ido para Teresópolis (pela estrada Teresópolis-Nova Friburgo). "afundei" ainda mais o pé tentando alcançá-los, e, ao entrar em N. Friburgo (logo após a Ponte dos Suspiros) o carro apagou.
Por sorte consegui encaminhá-lo à banguela para uma oficina mecânica próxima que estava aberta. Minha esposa pegou um taxi e foi para a casa de meus pais em Mury e eu conversei com o mecânico. A correia dentada havia estourado. Muito honesto e solícito, dada minha situação (eu estava em prantos) ele me acalmou e disse que trabalharia no carrinho enquanto eu seguia viagem para Teresópolis (de carona com uma prima que também seguia para lá depois de nós).
No dia seguinte fui buscar o carro e ele me disse que o serviço estava feito, que o novo motor instalado no Celtinha desse ano (diferente e mais aperfeiçoado que o do antigo Corsa), suportara o "tranco", precisando apenas de um "passe" e troca de juntas (nem anel de segmento foi mexido). Cobrou-me preço justíssimo e me abraçou pois à pouco tinha perdido o pai e compreendia minha situação. Um homem honrado.
Fora isso, e trocas de óleo, de bateria, "geral" de pneus/suspensão e limpezas padrão, não carece de mais nada.

Eu tenho um Nissan March 1.6, comprei no lançamento lá em 2011, está com 70 mil km (rodo pouco) e nunca me deu problema sério, só troca de óleo, filtros, pneus; uma vez deu pau num sensor da injeção e foi trocado em garantia, e ano depois queimou uma resistência do ventilador da cabine, comprei no Mercado Livre e mandei botar, foram só esses defeitos.

O contra da marca é o preço das peças na css, se precisar de uma coisa mais complicada, que só acha na autorizada, vai ser bem caro, fora isso, acho um carro muito bom para rodar na cidade, só é meio de suspensão dura, firma.
De resto é econômico, dias desses rodei 400km na cidade com um tanque de etanol de 40 litros, na gasolina já cheguei a fazer 13 km/l na cidade; no dia que vender ele talvez procure um Versa, que na época quase compro em lugar do March.

Esse papo de durabilidade é bem interessante e esbarra em diversas questões que tenho percebido e analisado durante esses anos:

1 - É bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil quando nos deparamos com a qualidade dos carros feitos aqui. Sejamos sinceros, a qualidade do que é feito e vendido aqui está muito aquém do que é feito e vendido lá fora. E isso não é complexo de vira-lata.

2 - É bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil tendo de lidar com a qualidade de nossos combustíveis que diminuem a vida útil do carro. Uma triste realidade.

3 - É bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil tendo de lidar com a péssima qualidade de ruas, estradas e afins. Nossas suspensões, molas e tudo o mais acabam em um piscar de olhos.

4 - Por fim, vejo que é bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil sendo que há muito tempo cultivamos uma cultura avessa a ter o mesmo automóvel durante anos. Não sei ao certo, mas eu levei um bom tempo para descobrir que um carro de passeio comum pode chegar a casa do milhão de quilômetros rodados pois sempre fui doutrinado inclusive a pensar que carro a partir de 100.000Km não presta e deve ser passado para frente. De onde surgiu essa mentalidade eu não sei, mas sei que só me desvencilhei dela quando comecei a entrar em contato com a cultura e percepção americana sobre automóveis. Cultura e percepção totalmente diferente da nossa e que aos poucos tem chegado aqui. Lá eles valorizam o carro em si, independente de ser novo ou não e se a pessoa gosta do carro, ela continuará com ele independente de ser velho e cuidará dele para que ele continue durando. Aqui que aos poucos as pessoas tem desenvolvido esse pensamento e a cultura do carro usado, velho tem crescido. A prova disso é você ver o quanto eles estão sendo valorizados, o quanto tem surgido vendedores de carros antigo. E pensar que até um tempo atrás, só usava carro velho quem não tinha dinheiro para comprar um novo, mas o dirigia morrendo de vontade de trocá-lo.

Se o bolso permitisse, um dia partiria para carro híbrido ou elétrico tipo um Toyota, Corolla ou Prius, ou Nissan Leaf.

pedrohenrique.astronauta escreveu:Esse papo de durabilidade é bem interessante e esbarra em diversas questões que tenho percebido e analisado durante esses anos:

1 - É bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil quando nos deparamos com a qualidade dos carros feitos aqui. Sejamos sinceros, a qualidade do que é feito e vendido aqui está muito aquém do que é feito e vendido lá fora. E isso não é complexo de vira-lata.

2 - É bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil tendo de lidar com a qualidade de nossos combustíveis que diminuem a vida útil do carro. Uma triste realidade.

3 - É bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil tendo de lidar com a péssima qualidade de ruas, estradas e afins. Nossas suspensões, molas e tudo o mais acabam em um piscar de olhos.

4 - Por fim, vejo que é bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil sendo que há muito tempo cultivamos uma cultura avessa a ter o mesmo automóvel durante anos. Não sei ao certo, mas eu levei um bom tempo para descobrir que um carro de passeio comum pode chegar a casa do milhão de quilômetros rodados pois sempre fui doutrinado inclusive a pensar que carro a partir de 100.000Km não presta e deve ser passado para frente. De onde surgiu essa mentalidade eu não sei, mas sei que só me desvencilhei dela quando comecei a entrar em contato com a cultura e percepção americana sobre automóveis. Cultura e percepção totalmente diferente da nossa e que aos poucos tem chegado aqui. Lá eles valorizam o carro em si, independente de ser novo ou não e se a pessoa gosta do carro, ela continuará com ele independente de ser velho e cuidará dele para que ele continue durando. Aqui que aos poucos as pessoas tem desenvolvido esse pensamento e a cultura do carro usado, velho tem crescido. A prova disso é você ver o quanto eles estão sendo valorizados, o quanto tem surgido vendedores de carros antigo. E pensar que até um tempo atrás, só usava carro velho quem não tinha dinheiro para comprar um novo, mas o dirigia morrendo de vontade de trocá-lo.  

Esqueci de colocar o quinto ponto:

5 - É difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil quando se percebe que a maioria dos consumidores não possuem a cultura de fazer as revisões periódicas, manutenções preventivas, comprar peças corretas, cuidar bem do carro no que diz respeito à manutenção geral. Fica difícil um carro durar bastante nessas condições.

Tenho um City 17 que gosto bastante. Tá com 50.000 e por enquanto, só manutenção básica.

Juninho Sampaio escreveu:

Rico escreveu:Tenho um City 17 que gosto bastante. Tá com 50.000 e por enquanto, só manutenção básica.

Tenho um 2019 e me arrependo amargamente de ter ele. 26.000km

Sério é? Honda sempre foi considerado confiável.

Poxa. Vários comentários batem muito com minha percepção automotiva.

Se o carro está legal e sem problemas, vou mantendo. Mas 10 anos ou 10.000 km, é um limite que pretendo respeitar, como já citei o porque acima.

Durar 100.000 km sem dar dor de cabeça eu acho que a maioria dos carros daqui duram. Também tinha preconceito contra Peugeot e franceses em geral. Meu filho comprou um dos primeiros 206. Muito bonito e econômico. Sofreu muito com o carro e depois de 7 anos o vendeu por R$ 4.000 e deu graças a Deus... Trocou por um Logan e foi bem mais feliz. Mas na hora da troca do Logan teve uma desvalorização muito grande e demorou meses para vender o carro.

Minha irmã adora Corolla e pegou 2 híbridos. Vamos ver como se comportam. Antes tinha um Corolla e um Renegade e detestou esse último.

Como o Uno 2013 está com 70.000 km acho que dá para esperar mais uns 2 anos para ver o desenvolvimento dos elétricos e decidir.

O outro Uno acabei trocando por um convencional mesmo. Peguei uma Tracker 1.0. Estou gostando. Rodei pouco mais de 1.000 km, pois fiz duas viagens para o sul de Minas enterrar 2 parentes no mesmo cemitério (500 km).

Já estou sentindo um choque com a multimídia... Ficar ouvindo suas mensagens de Whatsapp e respondendo enquanto dirige e ver a frase digitada é bem legal.

O Android auto também é bem útil.
Além de ficar brincando de acessar o carro pelo celular...

Mas fui num cartório assinar documentos e sai 10 min antes de abrir e falei o nome do cartório, o carro se negou a mostrar o caminho e informou que o cartório não estava aberto... Como sabia o lado da cidade onde ficava, fui indo. Uns 5 min antes de chegar, o carro calculou que eu chegaria depois do horário da abertura e só então começou a mostrar o caminho...
Eu ia procurar o endereço quando estivesse próximo e digitar na multimídia e não só falar o nome do cartório, como tinha feito.

Vamos ver se a manutenção será apenas preventiva como os Uno.

Aliás, nos últimos 10 anos a única manutenção corretiva foi o botão do pisca-alerta de um nos Uno (nunca tinha usado e a mulher falou que eu tinha que acionar enquanto aguardava no estacionamento da farmácia) pois quando o acionei, o botão não voltava para desligado. Tive que pegar um palito de sorvete no chão e travar o botão na posição desligado....

Ah! O multimídia não funciona com máscara. Tem que tirar a máscara para "falar" com o carro... Hehehehe.

Tai, acho bacana o Honda City bacana também, com essas lanternas traseiras; já a versão anterior com lanternas menores não acho bonito.
Mas dizem que na cidade bebe bastante.

Tenho um toyota étios sedan 1.5 com 123.000 km e além do combustível e manutenção básica, não gasto com mais nada.

siodoni escreveu:Eu tenho um Fiat Pálio 2016, mas o coração bate forte por um Nissan Versa.
Dirigi um alugado e apaixonei no carro. Carro excelente.

Dirigi um Nissan Altima zero km por um tempo nos EUA em 2014. Um belo carro. Tinha muito Sentra na Califórnia. Muito mesmo nessa época.
Bem confortável devido esquema da "aceleração zero". Muito econômico. Fazia 17 km/l.

Analisei muito pegar um Versa, mas tinha fila pelo modelo novo e não pareciam muito dispostos em vender esse carro, ficaram só insistindo para eu ficar com o velho, mas não me deram nenhum desconto.

A proposta da GM foi imbatível.

Fit, City, Yaris são sempre ótimas opções de alto custo em relação ao benefício.

Menos esse ano, pois além de bem caros estão todos mudando a geração.

Para carro tradicional serão ótimas opções a partir do ano que vem ou final desse nas novas configurações. Mas não estão disponíveis hoje nas concessionárias nessas novas configurações.

Eu jamais conseguiria ficar com o mesmo carro por 10 anos, então não me vejo em condições de comentar nesse tópico nada que vá ser útil.

^Mas 150.000 milhas são mais de 240.000Km. A maioria dos brasileiros não possuem coragem de rodar com um carro até chegar a essa quilometragem.

allexcosta escreveu:^ É mais por causa da condição das ruas e estradas mesmo, penso eu.

Eu ia dizer isso.

Aqui no RJ vc desvia de buracos o tempo todo.Tem uns buracos que você não acredita. Crateras mesmo, em vias de grande circulação, em trechos mal iluminados.

Já perdi uns 3 pneus na Av Brasil, que é uma via em que às vezes você não consegue fugir da cratera, porque divide o espaço com ônibus e caminhões.

Aí os caras fazem o reparo e deixam a tampa do bueiro uns 10cm abaixo do nível...

Quando estive em Florianópolis, tive sensação semelhante.

Rodar 200.000km assim, é complicado!

^Acredito que o fator qualidade do combustível conta muito também. Nossos combustíveis destroem nossos motores.

Um detalhe ao falar de "nacionalidades":
As marcas de carro são tudo uma das outras rs E quando não são, acontece muita parceria e troca.

A motorização Nissan de hoje em dia vem da Peugeot/Renault. São carros franceses travestidos de Japones. Transmissão então é uma lambança, é tudo emprestado. Muito raro tecnologia interna.

Fiat e GM já compartilharam muitos motores também.

Mas os luxuosos japa, como Acura, Lexus e Infinity não visitam oficina... Mercedes, Audi e BMW chamam mecânico de papai...

Considerando mercado norte-americano: Acura meio que sumiu do mercado, Lexus e Infinity são considerados limões pois apesar de mecanicamente serem OK, qualquer batida ou peça de acabamento é PT no carro. Podem ser comparados aos "DS" aqui no Brasil (são basicamente carros Citroën de luxo), mecanicamente são OK mas qualquer coisa além disso e você tem uma batata na mão.

eu também penso assim. desde sempre o mundo se curva diante das marcas de luxo alemãs....

Vamos só alinhar uma coisa aqui. Marca de luxo alemã é mercedes classe S, Bentley (que é da VW) e essas coisas.
Audi, apesar de até eu chamar de luxo, é a marca que recebe os prototipos da VW, tudo que a VW coloca nos motores dela é antes vendido como Audi.
Além, é claro, que carros de alto-luxo são feitos pra estragar mesmo. O publico alvo tende a trocar de ano em ano então o carro não tem cuidados em durar muito tempo.

4 - Por fim, vejo que é bem difícil falar em durabilidade de carros aqui no Brasil sendo que há muito tempo cultivamos uma cultura avessa a ter o mesmo automóvel durante anos. Não sei ao certo, mas eu levei um bom tempo para descobrir que um carro de passeio comum pode chegar a casa do milhão de quilômetros rodados pois sempre fui doutrinado inclusive a pensar que carro a partir de 100.000Km não presta e deve ser passado para frente. De onde surgiu essa mentalidade eu não sei, mas sei que só me desvencilhei dela quando comecei a entrar em contato com a cultura e percepção americana sobre automóveis. Cultura e percepção totalmente diferente da nossa e que aos poucos tem chegado aqui. Lá eles valorizam o carro em si, independente de ser novo ou não e se a pessoa gosta do carro, ela continuará com ele independente de ser velho e cuidará dele para que ele continue durando. Aqui que aos poucos as pessoas tem desenvolvido esse pensamento e a cultura do carro usado, velho tem crescido. A prova disso é você ver o quanto eles estão sendo valorizados, o quanto tem surgido vendedores de carros antigo. E pensar que até um tempo atrás, só usava carro velho quem não tinha dinheiro para comprar um novo, mas o dirigia morrendo de vontade de trocá-lo.

Eu sei: Manutenção preventiva. Brasileiro é pobre, faz gambiarra, e não cuida de carro. Carro custa caro, manter um uno em bom estado custa mais caro do que manter um Audi A3 em mau estado. Mas um vai durar, o outro você vende por qualquer coisa pro proximo infeliz que vai gastar 10, 20 mil pra por o carro em dia. Pode ver que todo carro com tecnologia de ponta no passado hoje é "bomba", e os modelos bem cuidados são caros e raros.

Óleo se troca a 5 mil km ou 6 meses, óleo de transmissão tem que ter o olho, acelerar o carro só com motor quente, etc etc... e seguir o manual. O que tem gente pegando motor feito pra rodar com 0w-30 (onix novo, por exemplo) e pondo aquele mel barato 20w-50 não é brincadeira. Depois quebra e a GM que é culpada, o carro que é ruim.

Meu palio tinha 450.000 km

Eu vendi e o cara que comprou disse que abaixou pra 120.00o pra revender. Ladrão todo!

Carro com alta KM, pra mim, é mais confiável do que "carro de mulher pra ir na padaria 50.000km".

Dica: Motor que funciona muito tempo frio, em trajetos curtos (de tempo e de espaço - menos de 5km e menos de 30 min), vai te dar problemas rápido e cedo. Inclusive esse cenario é perfeito pros elétricos, é onde o Prius se encaixou lá em 2006

Sonikado escreveu:
Carro com alta KM, pra mim, é mais confiável do que "carro de mulher pra ir na padaria 50.000km".

Dica: Motor que funciona muito tempo frio, em trajetos curtos (de tempo e de espaço - menos de 5km e menos de 30 min), vai te dar problemas rápido e cedo.

Era o que eu dizia.
Quilometragem não diz nada. Mas é o principal item que o brasileiro se preocupa na hora de comprar um usado...
Só falar que é carro de mulher, de idoso ou de garagem, deixar brilhando por dentro e por fora que vende.

Tive uma boa experiência com o Sandero, da Renault. Foi uma oportunidade, comprei um seminovo, o cara tirou da loja, usou por 3 meses, não aguentou pagar e vendeu. Peguei um baita de um desconto, e vendi com 110 km rodados. O carro nunca me deu problema, tinha um espaço interno gigantesco e itens de série que as tradicionais GM, VW e Fiat não entregavam na mesma faixa de preço.
E era 16 válvulas, uma delícia quando pegava velocidade na estrada (meu principal uso), além de econômico.

E eu ouvia falar mal da Renault.
Salvo carros com defeitos crônicos, o problema desse negócio dos importados no Brasil é em primeiro lugar o próprio brasileiro. Aquela cultura do tempo do carburador de que "carro é Volkswagen", "Fiat não presta".
E aquela: " carro 16v dá muito problema", quem nunca escutou? Essa acho que é o terror mais infundado de todos. Ignorância pura.

Mas a mentalidade br vem mudando. Quem 10 anos atrás iria imaginar a enxurrada de Hyundai nas ruas? Mais recente a Jeep (com 30% de carro e 70% de marketing SUV, mas ok, tá aí ocupando uma grande fatia das ruas).