Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Turbulência, família e radicalismo: o primeiro ano de Bolsonaro.
https://m.dw.com/pt-br/turbulência-família-e-radicalismo-o-primeiro-ano-de-bolsonaro/a-51828696
Quando Bolsonaro assumiu a presidência temia-se pela democracia brasileira. Ainda assim, uns diziam que Bolsonaro se tornaria menos radical quando assumisse a presidência enquanto outros esperavam uma guinada forte para a direita, transformando o Brasil num país mais autoritário e menos democrático - uma grande "Hungria dos trópicos". O que se observa é a tentativa explícita e diária de contaminar os valores democráticos, desvalorizando a coisa pública aos olhos da população, retirando da população uma expectativa positiva em relação à democracia, minando a confiança das pessoas na democracia. As reformas (de intetesse do mercado, diga-se de passagem) podem ser creditada à Câmara, uma vez que o executivo mostrou-se desarticulado e inábil. Os últimos revézes, porém, (frente à China e à Argentina) mostram que o poder de pressão e convencimento partindo dos setores da economia pesam mais do que o viés ideológico do executivo. Às camadas populares e sociais caberá, então, se mobilizar para as eleições municipais de 2020 (que podem impingir derrotas para o governo e aliados em suas bases) e organizar uma oposição que englobe progressistas e democratas dos mais amplos espectros. Abraço.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/01/datafolha-62percent-dos-brasileiros-dizem-que-democracia-e-sempre-a-melhor-forma-de-governo.ghtml
https://m.dw.com/pt-br/turbulência-família-e-radicalismo-o-primeiro-ano-de-bolsonaro/a-51828696
Quando Bolsonaro assumiu a presidência temia-se pela democracia brasileira. Ainda assim, uns diziam que Bolsonaro se tornaria menos radical quando assumisse a presidência enquanto outros esperavam uma guinada forte para a direita, transformando o Brasil num país mais autoritário e menos democrático - uma grande "Hungria dos trópicos". O que se observa é a tentativa explícita e diária de contaminar os valores democráticos, desvalorizando a coisa pública aos olhos da população, retirando da população uma expectativa positiva em relação à democracia, minando a confiança das pessoas na democracia. As reformas (de intetesse do mercado, diga-se de passagem) podem ser creditada à Câmara, uma vez que o executivo mostrou-se desarticulado e inábil. Os últimos revézes, porém, (frente à China e à Argentina) mostram que o poder de pressão e convencimento partindo dos setores da economia pesam mais do que o viés ideológico do executivo. Às camadas populares e sociais caberá, então, se mobilizar para as eleições municipais de 2020 (que podem impingir derrotas para o governo e aliados em suas bases) e organizar uma oposição que englobe progressistas e democratas dos mais amplos espectros. Abraço.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/01/datafolha-62percent-dos-brasileiros-dizem-que-democracia-e-sempre-a-melhor-forma-de-governo.ghtml
Última edição por WHead em Qua Jan 01, 2020 3:16 pm, editado 1 vez(es)
Retrocesso anunciado...
Catarina Bessell
Quantos anos a gente voltou só no ano passado?
Tantas vezes no passado visto como o país do futuro, o Brasil acabou se tornando o país do futuro do pretérito
Gregorio Duvivier
Folha de S. Paulo, 1º.jan.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2020/01/quantos-anos-a-gente-voltou-so-no-ano-passado.shtml
As últimas eleições foram marcadas pelo saudosismo. “O Brasil feliz de novo”, dizia o slogan do PT, mas poderia ser todos os outros partidos. Todos concordavam: 1) que o Brasil não estava feliz, e 2) que a chave pra felicidade estava no retorno a algum passado. Só restava debater qual seria o ano de destino da nossa máquina do tempo.
Haddad queria voltar pros anos Lula, Bolsonaro queria voltar pros anos Geisel, Alckmin queria voltar pros anos FHC, Meirelles queria voltar pros anos Temer, Álvaro Dias queria voltar pro sarcófago. Acredito que cada um queria voltar pra época em que, pessoalmente, foi mais feliz. Marina, pra ser justo, tinha um projeto pro futuro, mas ninguém entendeu qual era. Ciro, na verdade, também tinha planos: planejava viajar pra Paris assim que terminasse aquilo tudo.
Tantas vezes no passado visto como o país do futuro, o Brasil acabou se tornando o país do futuro do pretérito. A renda que deveria ter sido distribuída, a terra que seria repartida, a vida inteira que poderia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse.
Hoje só nos é permitido sonhar com o passado —aquele tempo em que ainda era possível sonhar com o futuro. Confesso que tenho saudade da época em que acreditava que o melhor estava por vir.
O futuro, ao que parece, foi cancelado —junto com Monteiro Lobato e a calça saruel. Já não se faz mais futuro como antigamente. Faz um tempo que os anos têm corrido para trás.
Não foi do dia pra noite. Você deve ter percebido que os anos começaram a passar mais rápido. A Simone começou a cantar em setembro. Resultado: 2012 durou só uns 8 meses. 2013, em contrapartida, durou um só —precisamente o mês de junho. 2014 durou o tempo de uma partida de futebol —a Alemanha fez sete gols e pronto, acabou o ano, a vida, o país.
Foi a partir de 2015 que tudo começou a passar tão rápido que a duração dos anos foi negativa. Terminávamos os anos antes do começo. No final de 2015 estávamos em 2010, e com o impeachment de 2016 voltamos pra 2002. O MDB no poder em 2017 nos levou de volta a 1985. E a eleição de Bolsonaro em 2018 jogou a gente pra 1964.
Agora, no final de 2019, chegamos aos anos 1930. Grupos integralistas promovem atentados pra barrar a ameaça comunista. O slogan do governo, “Brasil acima de tudo”, é a tradução perfeita de “Deutschland Über Alles”. Assim como naquela década, o mundo está se dividindo em dois, e a gente tá pendendo pro lado errado.
2020 começa hoje. Vamos inventar um futuro e, se tudo der certo, esse ano só termina no ano que vem.
Gregorio Duvivier
É ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.
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"Santa" ingenuidade...
Sergio Moro acreditou num truque e se deu mal
O ministro acreditou que o Senado deixou passar criação do juiz das garantias porque Bolsonaro vetaria
Elio Gaspari
Folha de S. Paulo, 29.dez.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2019/12/sergio-moro-acreditou-num-truque-e-se-deu-mal.shtml
O ministro Sergio Moro acreditou que o Senado deixou passar a criação do juiz das garantias porque Bolsonaro vetaria o artigo. Acreditou num truque e se deu mal.
Moro não gosta do novo juiz, mas cabe uma pergunta: se existisse um magistrado para garantir os cidadãos, Moro divulgaria o grampo de Dilma Rousseff falando com Lula depois de ele mesmo ter encerrado o prazo para as interceptações?
O ministro acreditou que o Senado deixou passar criação do juiz das garantias porque Bolsonaro vetaria
Elio Gaspari
Folha de S. Paulo, 29.dez.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2019/12/sergio-moro-acreditou-num-truque-e-se-deu-mal.shtml
O ministro Sergio Moro acreditou que o Senado deixou passar a criação do juiz das garantias porque Bolsonaro vetaria o artigo. Acreditou num truque e se deu mal.
Moro não gosta do novo juiz, mas cabe uma pergunta: se existisse um magistrado para garantir os cidadãos, Moro divulgaria o grampo de Dilma Rousseff falando com Lula depois de ele mesmo ter encerrado o prazo para as interceptações?
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A Internet não esquece...
Líderes de junho de 2013 fizeram greve de fome por autor do ataque ao Porta dos Fundos
Dodô Azevedo
Folha de S. Paulo, 2.jan.2020 às 6h29
https://quadronegro.blogfolha.uol.com.br/2020/01/02/lideres-de-junho-de-2013-fizeram-greve-de-fome-por-autor-do-ataque-ao-porta-dos-fundos/
A Internet não esquece.
E por mais que nossos excelentes cineastas e pensadores tenham muito filmado e escrito sobre as jornadas de junho de 2013, e que divirjam em conclusões, uma é coincidente:
Tratou-se de um movimento anti-política.
Do “Vamos fechar o congresso!”, “Vamos fechar o STF!”, “Tem que acabar tudo e começar de novo”.
É da fraqueza humana querer abraçar o caminho mais fácil, e arbitrário, do “vamos recomeçar do zero”.
Do “Não sou de direita, nem de esquerda. Sou pelo Brasil.”
Ou de acreditar na conversa de um messias qualquer que se aproveita dessa fraqueza para prometer “acabar com tudo isso aí” e receber o seu voto.
Movimentos anti-política e nacionalistas, se sabe, historicamente dão em coisas como o nazismo.
Há certo consenso que 2013 fez despertar o Brasil conservador que desde Cabral impede que sejamos uma nação justa, com menos concentração de renda, mais atenta a pobres e negros.
No vídeo que reapareceu na Internet desde que o nome de Eduardo Fauzi Richard Cerquise foi apontado pela polícia como um dos sujeitos que atacou a sede do grupo Porta dos Fundos na noite de natal, dois dos líderes do 2013 anunciam greve de fome, na época pela soltura do militante de extrema direita filiado ao partido que elegeu Jair Bolsonaro.
Eduardo Fauzi, até o momento de escrita desta coluna um foragido da justiça, tem ficha corrida na polícia. Não são poucos os crimes pelo qual foi indiciado ao longo da vida.
Ficou famoso ao, na frente das câmeras de TV, acertar um soco em Alex Costa, secretário de Ordem Pública do município do Rio de Janeiro.
Muita gente, na época, aplaudiu o gesto de Fauzi.
Era “o povo fazendo justiça com as próprias mãos contra a classe política”.
Isso tem um adjetivo.
Todo brasileiro no fundo é um pouco fascista, vamos descobrindo a cada ano deste século XXI.
Todo brasileiro é no fundo anti-política, anti-imprensa, e “contra tudo isso que estar aí”.
É do fascismo reclamar sem propor solução. E ainda mais quando se propõe, e ela é “tem que começar de novo”.
E é do fascismo não propor nenhuma outra solução além dessa, infantilizada.
No vídeo abaixo, filmado em 2013 no centro do Rio de Janeiro, a militante Sininho, talvez a mais famosa de 2013, pede o nosso apoio para que tirem da cadeia Eduardo Fauzi.
A Internet não esquece.
Dodô Azevedo
Folha de S. Paulo, 2.jan.2020 às 6h29
https://quadronegro.blogfolha.uol.com.br/2020/01/02/lideres-de-junho-de-2013-fizeram-greve-de-fome-por-autor-do-ataque-ao-porta-dos-fundos/
A Internet não esquece.
E por mais que nossos excelentes cineastas e pensadores tenham muito filmado e escrito sobre as jornadas de junho de 2013, e que divirjam em conclusões, uma é coincidente:
Tratou-se de um movimento anti-política.
Do “Vamos fechar o congresso!”, “Vamos fechar o STF!”, “Tem que acabar tudo e começar de novo”.
É da fraqueza humana querer abraçar o caminho mais fácil, e arbitrário, do “vamos recomeçar do zero”.
Do “Não sou de direita, nem de esquerda. Sou pelo Brasil.”
Ou de acreditar na conversa de um messias qualquer que se aproveita dessa fraqueza para prometer “acabar com tudo isso aí” e receber o seu voto.
Movimentos anti-política e nacionalistas, se sabe, historicamente dão em coisas como o nazismo.
Há certo consenso que 2013 fez despertar o Brasil conservador que desde Cabral impede que sejamos uma nação justa, com menos concentração de renda, mais atenta a pobres e negros.
No vídeo que reapareceu na Internet desde que o nome de Eduardo Fauzi Richard Cerquise foi apontado pela polícia como um dos sujeitos que atacou a sede do grupo Porta dos Fundos na noite de natal, dois dos líderes do 2013 anunciam greve de fome, na época pela soltura do militante de extrema direita filiado ao partido que elegeu Jair Bolsonaro.
Eduardo Fauzi, até o momento de escrita desta coluna um foragido da justiça, tem ficha corrida na polícia. Não são poucos os crimes pelo qual foi indiciado ao longo da vida.
Ficou famoso ao, na frente das câmeras de TV, acertar um soco em Alex Costa, secretário de Ordem Pública do município do Rio de Janeiro.
Muita gente, na época, aplaudiu o gesto de Fauzi.
Era “o povo fazendo justiça com as próprias mãos contra a classe política”.
Isso tem um adjetivo.
Todo brasileiro no fundo é um pouco fascista, vamos descobrindo a cada ano deste século XXI.
Todo brasileiro é no fundo anti-política, anti-imprensa, e “contra tudo isso que estar aí”.
É do fascismo reclamar sem propor solução. E ainda mais quando se propõe, e ela é “tem que começar de novo”.
E é do fascismo não propor nenhuma outra solução além dessa, infantilizada.
No vídeo abaixo, filmado em 2013 no centro do Rio de Janeiro, a militante Sininho, talvez a mais famosa de 2013, pede o nosso apoio para que tirem da cadeia Eduardo Fauzi.
A Internet não esquece.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
O ovo da serpente
É hora de usar as leis da democracia para impedir que a serpente do terrorismo saia à luz
Maria Hermínia Tavares
Folha de S. Paulo, 2.jan.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maria-herminia-tavares/2020/01/o-ovo-da-serpente.shtml
Na madrugada da véspera do Natal, coquetéis molotov atingiram o prédio onde funciona a produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, no Rio.
Logo depois, em um vídeo que circulou nas redes sociais, um grupo que se dizia pertencer à “família integralista” reivindicou a autoria do atentado. O vídeo era caseiro: a encenação —tendo como fundo o estandarte da organização, à frente a bandeira do Império do Brasil e um mascarado dando o recado— plagiava mensagens de grupos terroristas.
O texto pueril chamava os humoristas de militantes do “marxismo cultural” empenhados em “destruir o povo brasileiro, suas crenças e seu patrimônio imaterial”. Tudo tão malfeito e patético que o primeiro impulso seria minimizar o episódio, atribuindo-o a um bando de lunáticos, desejosos de exumar a Ação Integralista Brasileira de Plínio Salgado, dos anos 1930, importada da Itália fascista.
Afinal, já há algum tempo, grupos do gênero tem existência virtual nas profundidades mais lamacentas da internet, sem consequências perceptíveis. Entretanto ignorá-los seria um erro, pois os dias são outros. O terrorismo está firme e presente no mundo, ombro a ombro com os movimentos sociais de direita em ascensão e o crescimento eleitoral de partidos extremistas, nos Estados Unidos e na Europa.
Seus agentes constituem uma fauna variada formada de supremacistas brancos, islamofóbicos, antissemitas, racistas de todos os naipes ou anti-imigrantes, tendo em comum a prontidão para a violência contra seus alvos. Dados atualizados e análises fundamentadas do fenômeno foram reunidos pelo Start – Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e das Respostas ao Terrorismo, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos (https://start.umd.edu/).
Estudiosos atribuem a multiplicação do terrorismo de direita ao aumento da polarização política e à alta do populismo nos Estados Unidos e na Europa. Também aqui é possível que isso esteja acontecendo, embora os alvos sejam outros: os artistas e todos quantos prezam a liberdade de criação.
A guerra ao chamado marxismo cultural declarada por Bolsonaro, alguns de seus ministros e auxiliares próximos e pelo guru terraplanista da família —que nada sabem nem de marxismo, nem de cultura— pode ter produzido seu primeiro fruto envenenado na véspera de Natal. Como no conhecido monólogo de Brutus, na tragédia “Júlio César” de Shakespeare o que vemos hoje é apenas o ovo da serpente que, “ao ser chocado, há de tornar-se peçonhento”.
É hora de usar as leis da democracia para impedir que a serpente do terrorismo saia à luz.
Maria Hermínia Tavares
Professora titular aposentada de ciência política da USP e pesquisadora do Cebrap. Escreve às quintas-feiras.
É hora de usar as leis da democracia para impedir que a serpente do terrorismo saia à luz
Maria Hermínia Tavares
Folha de S. Paulo, 2.jan.2020 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/maria-herminia-tavares/2020/01/o-ovo-da-serpente.shtml
Na madrugada da véspera do Natal, coquetéis molotov atingiram o prédio onde funciona a produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, no Rio.
Logo depois, em um vídeo que circulou nas redes sociais, um grupo que se dizia pertencer à “família integralista” reivindicou a autoria do atentado. O vídeo era caseiro: a encenação —tendo como fundo o estandarte da organização, à frente a bandeira do Império do Brasil e um mascarado dando o recado— plagiava mensagens de grupos terroristas.
O texto pueril chamava os humoristas de militantes do “marxismo cultural” empenhados em “destruir o povo brasileiro, suas crenças e seu patrimônio imaterial”. Tudo tão malfeito e patético que o primeiro impulso seria minimizar o episódio, atribuindo-o a um bando de lunáticos, desejosos de exumar a Ação Integralista Brasileira de Plínio Salgado, dos anos 1930, importada da Itália fascista.
Afinal, já há algum tempo, grupos do gênero tem existência virtual nas profundidades mais lamacentas da internet, sem consequências perceptíveis. Entretanto ignorá-los seria um erro, pois os dias são outros. O terrorismo está firme e presente no mundo, ombro a ombro com os movimentos sociais de direita em ascensão e o crescimento eleitoral de partidos extremistas, nos Estados Unidos e na Europa.
Seus agentes constituem uma fauna variada formada de supremacistas brancos, islamofóbicos, antissemitas, racistas de todos os naipes ou anti-imigrantes, tendo em comum a prontidão para a violência contra seus alvos. Dados atualizados e análises fundamentadas do fenômeno foram reunidos pelo Start – Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e das Respostas ao Terrorismo, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos (https://start.umd.edu/).
Estudiosos atribuem a multiplicação do terrorismo de direita ao aumento da polarização política e à alta do populismo nos Estados Unidos e na Europa. Também aqui é possível que isso esteja acontecendo, embora os alvos sejam outros: os artistas e todos quantos prezam a liberdade de criação.
A guerra ao chamado marxismo cultural declarada por Bolsonaro, alguns de seus ministros e auxiliares próximos e pelo guru terraplanista da família —que nada sabem nem de marxismo, nem de cultura— pode ter produzido seu primeiro fruto envenenado na véspera de Natal. Como no conhecido monólogo de Brutus, na tragédia “Júlio César” de Shakespeare o que vemos hoje é apenas o ovo da serpente que, “ao ser chocado, há de tornar-se peçonhento”.
É hora de usar as leis da democracia para impedir que a serpente do terrorismo saia à luz.
Maria Hermínia Tavares
Professora titular aposentada de ciência política da USP e pesquisadora do Cebrap. Escreve às quintas-feiras.
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Bolsonaro diz que livros didáticos têm “muita coisa escrita”
Por Agência O Globo
3 jan 2020, 14h49 - Publicado em 3 jan 2020, 14h43
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira mudanças em livros didáticos, afirmando que atualmente eles têm “muita coisa escrita” e que é preciso “suavizar”. Bolsonaro também afirmou que, a partir de 2021, quando os livros forem feitos por sua gestão, as publicações irão conter a bandeira do Brasil e o hino nacional.
“Tem livros que vamos ser obrigados a distribuir esse ano ainda levando-se em conta a sua feitura em anos anteriores. Tem que seguir a lei. Em 21, todos os livros serão nossos. Feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o hino nacional. Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado… Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
(...)
De fato, tem muita correspondência com o que ele pregava durante a campanha e cativou grande parte de seus orgulhosos eleitores; ele não está sendo incoerente, portanto ! É o "rei da Banânia", ilustre pupilo de Olavo de Carvalho, sendo nada mais, nada menos, que... o "rei da Banânia", mesmo !!
Por Agência O Globo
3 jan 2020, 14h49 - Publicado em 3 jan 2020, 14h43
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira mudanças em livros didáticos, afirmando que atualmente eles têm “muita coisa escrita” e que é preciso “suavizar”. Bolsonaro também afirmou que, a partir de 2021, quando os livros forem feitos por sua gestão, as publicações irão conter a bandeira do Brasil e o hino nacional.
“Tem livros que vamos ser obrigados a distribuir esse ano ainda levando-se em conta a sua feitura em anos anteriores. Tem que seguir a lei. Em 21, todos os livros serão nossos. Feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o hino nacional. Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado… Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
(...)
De fato, tem muita correspondência com o que ele pregava durante a campanha e cativou grande parte de seus orgulhosos eleitores; ele não está sendo incoerente, portanto ! É o "rei da Banânia", ilustre pupilo de Olavo de Carvalho, sendo nada mais, nada menos, que... o "rei da Banânia", mesmo !!
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Pois é... Cadê aqueles que falavam mal das confusões semânticas da ex-presidente(a)?peter.forc escreveu:Bolsonaro diz que livros didáticos têm “muita coisa escrita”
Por Agência O Globo
3 jan 2020, 14h49 - Publicado em 3 jan 2020, 14h43
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira mudanças em livros didáticos, afirmando que atualmente eles têm “muita coisa escrita” e que é preciso “suavizar”. Bolsonaro também afirmou que, a partir de 2021, quando os livros forem feitos por sua gestão, as publicações irão conter a bandeira do Brasil e o hino nacional.
“Tem livros que vamos ser obrigados a distribuir esse ano ainda levando-se em conta a sua feitura em anos anteriores. Tem que seguir a lei. Em 21, todos os livros serão nossos. Feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa, vai ter lá o hino nacional. Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado… Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
(...)
De fato, tem muita correspondência com o que ele pregava durante a campanha e cativou grande parte de seus orgulhosos eleitores; ele não está sendo incoerente, portanto ! É o "rei da Banânia", ilustre pupilo de Olavo de Carvalho, sendo nada mais, nada menos, que... o "rei da Banânia", mesmo !!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Uma inovação brasileira: o fascismo servil.
Rogério de Campos - editor, tradutor e autor dos livros Revanchismo, Dicionário do Vinho (Prêmio Jabuti) e Imageria (Prêmio HQ Mix). Seu livro mais recente, Super-Homem e o Romantismo de Aço (Ugra Press, 2018) fala da relação do gênero super-heróis com o fascismo.
17 de dezembro de 2018.
https://diplomatique.org.br/uma-inovacao-brasileira-o-fascismo-servil/
"Fanáticos do neoliberalismo junto com fanáticos religiosos, os mais cínicos oportunistas ao lado de criacionistas, impacientes partidários da modernização tecnológica alinhados com terraplanistas… a lista se prolonga em um patético pandemônio de contradições no qual uma rara constante é o entusiasmado nacionalismo, que só confunde o olhar externo porque, no caso, a “pátria amada” são os Estados Unidos da América."
Do "brasileiro cordial" ao "fascista servil".
Rogério de Campos - editor, tradutor e autor dos livros Revanchismo, Dicionário do Vinho (Prêmio Jabuti) e Imageria (Prêmio HQ Mix). Seu livro mais recente, Super-Homem e o Romantismo de Aço (Ugra Press, 2018) fala da relação do gênero super-heróis com o fascismo.
17 de dezembro de 2018.
https://diplomatique.org.br/uma-inovacao-brasileira-o-fascismo-servil/
"Fanáticos do neoliberalismo junto com fanáticos religiosos, os mais cínicos oportunistas ao lado de criacionistas, impacientes partidários da modernização tecnológica alinhados com terraplanistas… a lista se prolonga em um patético pandemônio de contradições no qual uma rara constante é o entusiasmado nacionalismo, que só confunde o olhar externo porque, no caso, a “pátria amada” são os Estados Unidos da América."
Do "brasileiro cordial" ao "fascista servil".
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:Uma inovação brasileira: o fascismo servil.
Rogério de Campos - editor, tradutor e autor dos livros Revanchismo, Dicionário do Vinho (Prêmio Jabuti) e Imageria (Prêmio HQ Mix). Seu livro mais recente, Super-Homem e o Romantismo de Aço (Ugra Press, 2018) fala da relação do gênero super-heróis com o fascismo.
17 de dezembro de 2018.
https://diplomatique.org.br/uma-inovacao-brasileira-o-fascismo-servil/
"Fanáticos do neoliberalismo junto com fanáticos religiosos, os mais cínicos oportunistas ao lado de criacionistas, impacientes partidários da modernização tecnológica alinhados com terraplanistas… a lista se prolonga em um patético pandemônio de contradições no qual uma rara constante é o entusiasmado nacionalismo, que só confunde o olhar externo porque, no caso, a “pátria amada” são os Estados Unidos da América."
Do "brasileiro cordial" ao "fascista servil".
Texto muito interessante. Só achei que pecou na generalização quando disse que fascistas políticos brotam do "fandom" do hardrock, entre outros fandons.
O brasileiro não sabe o que escolher, nunca soube. A cada informação, as pessoas precisam parar para pensar. Mais fácil ir na opinião de quem te agrada. O cara do "fandom" normalmente curte algum canal/influenciador que as vezes é fascista que nem aquela classe média que perdeu muito e acredita que a culpa é da esquerda/tudo que está errado aí/falta de religiosidade. Daí fica fácil ter opinião política se o cara que gosta da mesma coisa que eu gosto me diz o que pensar...
PéDIPano- Membro
- Mensagens : 181
Localização : Guarapuava-PR
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Também gostei do artigo. Acho que a generalização, aqui, não pretendeu estigmatizar mas sim causar estranheza - não há lugar menos propício para o surgimento de ativismo do que o shopping, assim como chocou-nos o fato da onda reacionária / conservadora emergir justamente da cena do rock (transgressora por essência). Generalizações, nesse caso, são para trazer-nos o choque frente ao que a razão, por si só, não conseguiria explicar. Mais um recurso literário do que lógico.
A manipulação midiática, nesse caso, seria um dos detalhes particulares ou das típicas exceções de caso às quais as generalizações não se dedicam.
Obs.: o que o artigo trouxe e mais me espanta nisso tudo é o pseudonacionalismo que ganha forma e voz sob a bandeiras americana.
Abraço.
A manipulação midiática, nesse caso, seria um dos detalhes particulares ou das típicas exceções de caso às quais as generalizações não se dedicam.
Obs.: o que o artigo trouxe e mais me espanta nisso tudo é o pseudonacionalismo que ganha forma e voz sob a bandeiras americana.
Abraço.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
https://www.youtube.com/watch?v=sM5cj9fQTVw
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:Também gostei do artigo. Acho que a generalização, aqui, não pretendeu estigmatizar mas sim causar estranheza - não há lugar menos propício para o surgimento de ativismo do que o shopping, assim como chocou-nos o fato da onda reacionária / conservadora emergir justamente da cena do rock (transgressora por essência). Generalizações, nesse caso, são para trazer-nos o choque frente ao que a razão, por si só, não conseguiria explicar. Mais um recurso literário do que lógico.
A manipulação midiática, nesse caso, seria um dos detalhes particulares ou das típicas exceções de caso às quais as generalizações não se dedicam.
Obs.: o que o artigo trouxe e mais me espanta nisso tudo é o pseudonacionalismo que ganha forma e voz sob a bandeiras americana.
Abraço.
Ah sim, ele quis trazer para causar estranheza, mas faz sentido. Acho que ele quis queimar esses influenciadores digitais de canais no youtube, que normalmente estão associados a algum conteúdo pop (e convenhamos, 90% da cultura pop mundial é americana). Daí a galerinha sem cabeça vem fazer coro político com guitarrista que é "comentadorista político". Ou geek, ou quem fica lendo curiosidade na internet, ou quem fica falando sobre filme de ação, etc...
Mas o artigo no geral é MUITO BOM. E veja bem, ele é MUITO MELHOR pois foi escrito em 17 de dezembro de 2018.
Muita antes de várias cenas que nós vimos, a pedra já estava cantada. Vou fazer uma citação do texto:
"E, principalmente, esses nacionalistas norte-americanos nascidos no Brasil sonham que a chegada dos marines finalmente os liberaria da exigência do visto para entrada na Florida."
Nunca passei tanta vergonha alheia do que quando vi pessoas batendo continência para estátua dos EUA para depois dizerem ser patriotas. KKKKKKKKKK
Eu entendo simpatizarmos com outras culturas, mas o patriotismo entreguista que emerge destas bestas é pra f#@%&.
PéDIPano- Membro
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Censura a filme revela analfabetismo constitucional - Editorial Folha de S. Paulo, 9.jan.2020 às 19h30
Estupidez primitiva
Censura a filme humorístico revela analfabetismo constitucional
Cena do especial de Natal do Porta dos Fundos - HO/Netflix Brazil/AFP
O que a Folha Pensa
9.jan.2020 às 19h30
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/01/estupidez-primitiva.shtml
Não fosse um disparate rematado, a censura imposta por um desembargador do Rio de Janeiro ao grupo humorístico Porta dos Fundos desafiaria os doutrinadores do Direito a lidar com uma nova categoria jurídica, o “animus pacificandi”.
Foi investido do espírito de pacificador da pátria que Benedicto Abicair, do Tribunal de Justiça, esmagou a Constituição. Mandou às favas a liberdade de expressão e o veto à censura para proibir a veiculação de filme que satiriza Jesus.
Nem se fale da estupidez estratégica dessas decisões amalucadas. Com a probabilidade de que não vejam o dia nascer mais que duas vezes, elas acabam atraindo ainda mais atenção e curiosidade para a peça que desejam proscrever.
Desta vez a sandice não durou nem sequer 30 horas. Coube ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, fulminá-la na noite desta quinta (9), por razões tão óbvias que causa espanto não estarem sedimentadas na cabeça de todos os magistrados nacionais neste 32º ano de vigência da Carta.
Manifestações que incidem sobre a moral e a religião jamais se traduzem de modo objetivo para o intérprete da lei. Por isso a melhor tradição do Direito abre mão de exercer tutela sobre elas, deixando-as circular livremente para que sejam criticadas, elogiadas ou simplesmente ignoradas no âmbito exclusivo da sociedade civil.
Há milênios se faz humor agressivo com elementos religiosos. O filme alvejado pelo desembargador Abicair, com perdão do trocadilho, chuta uma porta arrombada.
Mas há quem ainda dê risada de suas piadas. Também se respeitam argumentos dos que lhe condenam o mau gosto, o exagero e a ofensiva banal contra a fé alheia. Campanhas civis de boicote são legítimas.
Só a força é que está proibida de entrar nesse circuito —seja a brutalidade dos terroristas que tentaram incendiar a produtora do Porta dos Fundos, seja a violência estatal que cala, censura e tira do ar.
Pessoas que agridem aquele cuja expressão lhes cause ojeriza e magistrados que subtraem as liberdades democráticas são como resquícios de uma sociabilidade primitiva vez ou outra irrompendo entre nós.
Talvez valham como lembretes de que a tarefa civilizatória nunca cessa e exige atenção constante.
O modo de lidar com essas anomalias é insistir na completa alfabetização constitucional dos aplicadores da lei, bem como na punição daqueles que, em vez de argumentar, partem para as vias de fato.
Censura a filme humorístico revela analfabetismo constitucional
Cena do especial de Natal do Porta dos Fundos - HO/Netflix Brazil/AFP
O que a Folha Pensa
9.jan.2020 às 19h30
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/01/estupidez-primitiva.shtml
Não fosse um disparate rematado, a censura imposta por um desembargador do Rio de Janeiro ao grupo humorístico Porta dos Fundos desafiaria os doutrinadores do Direito a lidar com uma nova categoria jurídica, o “animus pacificandi”.
Foi investido do espírito de pacificador da pátria que Benedicto Abicair, do Tribunal de Justiça, esmagou a Constituição. Mandou às favas a liberdade de expressão e o veto à censura para proibir a veiculação de filme que satiriza Jesus.
Nem se fale da estupidez estratégica dessas decisões amalucadas. Com a probabilidade de que não vejam o dia nascer mais que duas vezes, elas acabam atraindo ainda mais atenção e curiosidade para a peça que desejam proscrever.
Desta vez a sandice não durou nem sequer 30 horas. Coube ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, fulminá-la na noite desta quinta (9), por razões tão óbvias que causa espanto não estarem sedimentadas na cabeça de todos os magistrados nacionais neste 32º ano de vigência da Carta.
Manifestações que incidem sobre a moral e a religião jamais se traduzem de modo objetivo para o intérprete da lei. Por isso a melhor tradição do Direito abre mão de exercer tutela sobre elas, deixando-as circular livremente para que sejam criticadas, elogiadas ou simplesmente ignoradas no âmbito exclusivo da sociedade civil.
Há milênios se faz humor agressivo com elementos religiosos. O filme alvejado pelo desembargador Abicair, com perdão do trocadilho, chuta uma porta arrombada.
Mas há quem ainda dê risada de suas piadas. Também se respeitam argumentos dos que lhe condenam o mau gosto, o exagero e a ofensiva banal contra a fé alheia. Campanhas civis de boicote são legítimas.
Só a força é que está proibida de entrar nesse circuito —seja a brutalidade dos terroristas que tentaram incendiar a produtora do Porta dos Fundos, seja a violência estatal que cala, censura e tira do ar.
Pessoas que agridem aquele cuja expressão lhes cause ojeriza e magistrados que subtraem as liberdades democráticas são como resquícios de uma sociabilidade primitiva vez ou outra irrompendo entre nós.
Talvez valham como lembretes de que a tarefa civilizatória nunca cessa e exige atenção constante.
O modo de lidar com essas anomalias é insistir na completa alfabetização constitucional dos aplicadores da lei, bem como na punição daqueles que, em vez de argumentar, partem para as vias de fato.
JAZZigo- FCBR-CT
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Bolsonaro e Guedes queimam as reservas internacionais acumuladas por Lula e Dilma...
Já torraram quase US$ 37 bilhões.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/01/10/venda-de-dolar-retira-2-pontos-do-pib-na-divida-bruta.ghtml
https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/01/10/venda-de-dolar-retira-2-pontos-do-pib-na-divida-bruta.ghtml
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Governo anti-nacional, entreguista, cujo objetivo é destruir o Brasil...JAZZigo escreveu:Já torraram quase US$ 37 bilhões.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/01/10/venda-de-dolar-retira-2-pontos-do-pib-na-divida-bruta.ghtml
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Governo anti-nacional, entreguista, cujo objetivo é destruir o Brasil...JAZZigo escreveu:Já torraram quase US$ 37 bilhões.
https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/01/10/venda-de-dolar-retira-2-pontos-do-pib-na-divida-bruta.ghtml
Como diria o ministro da "educação" (?!) do Reino da Banãnia, "IÇO É REAUMENTI IMPRECIONAMTE" !!!!
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Precisamos resgatar estado de direito, diz diretora de filme brasileiro indicado ao Oscar
Petra Costa, de 'Democracia em Vertigem', diz que nomeação mostra que planeta está atento à escalada de extrema-direita
Clara Balbi
Folha de S. Paulo, 13.jan.2020 às 15h26
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/precisamos-resgatar-estado-de-direito-antes-que-seja-tarde-diz-diretora-de-democracia-em-vertigem.shtml
SÃO PAULO - A cineasta mineira Petra Costa conta que já tinha perdido as esperanças em relação ao seu longa, “Democracia em Vertigem”, chegar o Oscar. "Estou extasiada. Foi uma surpresa maravilhosa para o cinema nacional, latino-americano, e para as mulheres”, afirma, por telefone.
A produção da Netflix, que tinha sido pré-selecionada na categoria de documentário em dezembro passado, foi um dos cinco longas escolhidos, nesta segunda (13), para disputar o páreo no dia 9 de fevereiro.
“Democracia em Vertigem” é o terceiro longa-metragem de Costa. Nele, a diretora revê a história recente do país, da ascensão de Lula à Presidência até o impeachment de Dilma Rousseff, passando pelos escândalos de corrupção em que o PT, partido dos dois, se envolveu nesse ínterim.
Apesar de narrar uma história factual e abrangente, a cineasta emprega no filme o mesmo tom pessoal e intimista que havia usado em seus filmes anteriores, “Elena”, sobre sua irmã mais velha, e “O Olmo e a Gaivota”, misto de ficção e documentário.
Essa abordagem foi alvo de muitas críticas do documentário, que o consideram enviesado e parcial. Num texto publicado pela Folha, por exemplo, o jornalista Leandro Narloch afirmou que a diretora “vive num Brasil paralelo da esquerda”, e definiu o longa como “um filme infantil da Disney com imagens de Brasília no lugar das animações”.
Já o dramaturgo Roberto Alvim, hoje secretário de Cultura do governo Bolsonaro, afirmou à coluna de Mônica Bergamo que a indicação estaria correta "se fosse na categoria ficção".
Outras críticas vieram mais tarde, por causa de uma reportagem da revista Piauí que mostrou que uma das imagens históricas usadas no documentário, mostrando dois militantes mortos pela ditadura militar, foram adulteradas. Duas armas, plantadas na cena do crime pelos militares, foram apagadas.
Na época, Petra disse que optou por eliminar as armas da cena para que a imagem reproduzida no filme se aproximasse da realidade que consta em documentos e depoimentos.
Costa responde às críticas dizendo que o filme assume o tempo todo sua perspectiva da primeira pessoa. “Tento ser o mais honesta possível sobre as minhas certezas, e como elas foram se transformando em dúvidas ao longo do processo. E tento compartilhar com a plateia a minha jornada, crucial para mim e para o mundo nesse momento, que é essa escalada da extrema direita.”
A diretora ainda afirma que a indicação ao Oscar mostra que o cenário internacional está atento ao que chama de risco à democracia. “Essa história começou como nacional e se tornou muito rapidamente global. Estamos vivendo um revival da crise humanitária dos anos 1930”, diz, em referência à ascensão do nazismo e do fascismo. “E precisamos de todos os esforços, seja através de narrativas ou movimentos políticos, para resgatar o estado de direito antes que ele seja tarde demais.”
Esta é a quarta vez que um documentário brasileiro vai ao Oscar —em anos anteriores, filmes como "O Sal da Terra", "Lixo Extraordinário" e "Raoni", também disputaram a categoria. A última vez que um filme brasileiro foi à premiação foi há dois anos, com o curta de animação “O Menino e o Mundo”.
“Democracia em Vertigem”, que foi citado como um dos melhores filmes do ano pelo jornal The New York Times, concorrerá com outros quatro filmes no Oscar: “American Factory”, “Honeyland”, “The Cave” e “For Sama”.
Os dois primeiros devem se mostrar concorrentes fortíssimos. “American Factory”, uma produção da Higher Ground, empresa criada por Barack e Michelle Obama no ano passado, mostra os embates entre as culturas americana e asiática numa fábrica de Ohio adquirida por bilionário chinês. Está disponível no Netflix. E “Honeyland”, sobre a última apicultora nômade da Macedônia do Norte, ainda ganhou uma segunda indicação, na categoria de melhor filme internacional.
Petra Costa, de 'Democracia em Vertigem', diz que nomeação mostra que planeta está atento à escalada de extrema-direita
Clara Balbi
Folha de S. Paulo, 13.jan.2020 às 15h26
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/precisamos-resgatar-estado-de-direito-antes-que-seja-tarde-diz-diretora-de-democracia-em-vertigem.shtml
SÃO PAULO - A cineasta mineira Petra Costa conta que já tinha perdido as esperanças em relação ao seu longa, “Democracia em Vertigem”, chegar o Oscar. "Estou extasiada. Foi uma surpresa maravilhosa para o cinema nacional, latino-americano, e para as mulheres”, afirma, por telefone.
A produção da Netflix, que tinha sido pré-selecionada na categoria de documentário em dezembro passado, foi um dos cinco longas escolhidos, nesta segunda (13), para disputar o páreo no dia 9 de fevereiro.
“Democracia em Vertigem” é o terceiro longa-metragem de Costa. Nele, a diretora revê a história recente do país, da ascensão de Lula à Presidência até o impeachment de Dilma Rousseff, passando pelos escândalos de corrupção em que o PT, partido dos dois, se envolveu nesse ínterim.
Apesar de narrar uma história factual e abrangente, a cineasta emprega no filme o mesmo tom pessoal e intimista que havia usado em seus filmes anteriores, “Elena”, sobre sua irmã mais velha, e “O Olmo e a Gaivota”, misto de ficção e documentário.
Essa abordagem foi alvo de muitas críticas do documentário, que o consideram enviesado e parcial. Num texto publicado pela Folha, por exemplo, o jornalista Leandro Narloch afirmou que a diretora “vive num Brasil paralelo da esquerda”, e definiu o longa como “um filme infantil da Disney com imagens de Brasília no lugar das animações”.
Já o dramaturgo Roberto Alvim, hoje secretário de Cultura do governo Bolsonaro, afirmou à coluna de Mônica Bergamo que a indicação estaria correta "se fosse na categoria ficção".
Outras críticas vieram mais tarde, por causa de uma reportagem da revista Piauí que mostrou que uma das imagens históricas usadas no documentário, mostrando dois militantes mortos pela ditadura militar, foram adulteradas. Duas armas, plantadas na cena do crime pelos militares, foram apagadas.
Na época, Petra disse que optou por eliminar as armas da cena para que a imagem reproduzida no filme se aproximasse da realidade que consta em documentos e depoimentos.
Costa responde às críticas dizendo que o filme assume o tempo todo sua perspectiva da primeira pessoa. “Tento ser o mais honesta possível sobre as minhas certezas, e como elas foram se transformando em dúvidas ao longo do processo. E tento compartilhar com a plateia a minha jornada, crucial para mim e para o mundo nesse momento, que é essa escalada da extrema direita.”
A diretora ainda afirma que a indicação ao Oscar mostra que o cenário internacional está atento ao que chama de risco à democracia. “Essa história começou como nacional e se tornou muito rapidamente global. Estamos vivendo um revival da crise humanitária dos anos 1930”, diz, em referência à ascensão do nazismo e do fascismo. “E precisamos de todos os esforços, seja através de narrativas ou movimentos políticos, para resgatar o estado de direito antes que ele seja tarde demais.”
Esta é a quarta vez que um documentário brasileiro vai ao Oscar —em anos anteriores, filmes como "O Sal da Terra", "Lixo Extraordinário" e "Raoni", também disputaram a categoria. A última vez que um filme brasileiro foi à premiação foi há dois anos, com o curta de animação “O Menino e o Mundo”.
“Democracia em Vertigem”, que foi citado como um dos melhores filmes do ano pelo jornal The New York Times, concorrerá com outros quatro filmes no Oscar: “American Factory”, “Honeyland”, “The Cave” e “For Sama”.
Os dois primeiros devem se mostrar concorrentes fortíssimos. “American Factory”, uma produção da Higher Ground, empresa criada por Barack e Michelle Obama no ano passado, mostra os embates entre as culturas americana e asiática numa fábrica de Ohio adquirida por bilionário chinês. Está disponível no Netflix. E “Honeyland”, sobre a última apicultora nômade da Macedônia do Norte, ainda ganhou uma segunda indicação, na categoria de melhor filme internacional.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Bolsonaro afirma que concursos públicos selecionam pessoas de esquerda
12 de janeiro de 2020
https://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-afirma-que-concursos-publicos-selecionam-pessoas-de-esquerda/?utm_campaign=novo_layout_newsletter_-_13012020&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
Em sua página do Facebook, o presidente postou um vídeo em que Abraham Weintraub afirma que há doutrinação nas seleções
O presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo em sua página do Facebook em que o ministro da educação Abraham Weintaub afirma que os concursos públicos do País selecionam pessoas com viés de esquerda. O ministro diz que o ministério da Educação é “um colosso”, que a pasta concentra 300 mil dos 600 mil funcionários do governo federal e que é importante dizer como são os concursos públicos.
“Entre na internet e veja como foi o último concurso público da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Se você ver, é um concurso que não tem praticamente nada de matemática e está lá falando governo estadounidense. Então você, na seleção, já seleciona pessoas com viés de esquerda nos concursos, como é o Enem”, diz Weintraub.
Na publicação, Bolsonaro escreveu: “Doutrinação e mentiras até nos concursos”. “Caso fosse perguntado numa prova: após a saída de João Goulart, em 1964, quem assumiu a presidência da república? Qual sua resposta?”, acrescentou o mandatário, referindo-se ao presidente da República deposto pelo golpe militar daquele ano.
Na publicação, Weintraub também diz que a suposta doutrinação nos concursos públicos remonta ao governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “Veja, isso começou com o Fernando Henrique. A gente não está falando de 16 anos de PT, a gente está falando mais de um quarto de século. De continuamente uma doutrinação que começa de uma forma suave e gradualmente você vai começando a achar o errado normal. E de repente você tem que achar o errado bonito. É disso que a gente está falando”, afirma Weintraub.
A "solução" proposta pelo "rei" seria qual ? Talvez indicações diretas de uma divindade no alto de uma goiabeira ? Pessoas "fiéis" do círculo de interess... ops, do círculo de "amizades" da nobreza e do clero bananienses ?
Realmente, esta "proposta vencedora" de 57 milhões de eleitores bananienses é cada vez mais "imprecionante", mesmo !!
12 de janeiro de 2020
https://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-afirma-que-concursos-publicos-selecionam-pessoas-de-esquerda/?utm_campaign=novo_layout_newsletter_-_13012020&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
Em sua página do Facebook, o presidente postou um vídeo em que Abraham Weintraub afirma que há doutrinação nas seleções
O presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo em sua página do Facebook em que o ministro da educação Abraham Weintaub afirma que os concursos públicos do País selecionam pessoas com viés de esquerda. O ministro diz que o ministério da Educação é “um colosso”, que a pasta concentra 300 mil dos 600 mil funcionários do governo federal e que é importante dizer como são os concursos públicos.
“Entre na internet e veja como foi o último concurso público da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Se você ver, é um concurso que não tem praticamente nada de matemática e está lá falando governo estadounidense. Então você, na seleção, já seleciona pessoas com viés de esquerda nos concursos, como é o Enem”, diz Weintraub.
Na publicação, Bolsonaro escreveu: “Doutrinação e mentiras até nos concursos”. “Caso fosse perguntado numa prova: após a saída de João Goulart, em 1964, quem assumiu a presidência da república? Qual sua resposta?”, acrescentou o mandatário, referindo-se ao presidente da República deposto pelo golpe militar daquele ano.
Na publicação, Weintraub também diz que a suposta doutrinação nos concursos públicos remonta ao governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “Veja, isso começou com o Fernando Henrique. A gente não está falando de 16 anos de PT, a gente está falando mais de um quarto de século. De continuamente uma doutrinação que começa de uma forma suave e gradualmente você vai começando a achar o errado normal. E de repente você tem que achar o errado bonito. É disso que a gente está falando”, afirma Weintraub.
A "solução" proposta pelo "rei" seria qual ? Talvez indicações diretas de uma divindade no alto de uma goiabeira ? Pessoas "fiéis" do círculo de interess... ops, do círculo de "amizades" da nobreza e do clero bananienses ?
Realmente, esta "proposta vencedora" de 57 milhões de eleitores bananienses é cada vez mais "imprecionante", mesmo !!
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
peter.forc escreveu:Bolsonaro afirma que concursos públicos selecionam pessoas de esquerda
12 de janeiro de 2020
https://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-afirma-que-concursos-publicos-selecionam-pessoas-de-esquerda/?utm_campaign=novo_layout_newsletter_-_13012020&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
(...)
A "solução" proposta pelo "rei" seria qual ? Talvez indicações diretas de uma divindade no alto de uma goiabeira ? Pessoas "fiéis" do círculo de interess... ops, do círculo de "amizades" da nobreza e do clero bananienses ?
Realmente, esta "proposta vencedora" de 57 milhões de eleitores bananienses é cada vez mais "imprecionante", mesmo !!
Pois é, eu já falei em um grupo de ZAP sobre. Concurso público sério seleciona as pessoas que estudaram o conteúdo proposto no edital e acertaram mais questões. Por este motivo seleciona pessoas de tudo quanto é vertente política. Basta estudar. Inclusive uma coisa que concurseiro aprende no começo é a não ficar "brigando" com banca se quiser passar.
Mas é lógico, se o concurso seleciona "esquerdistas" (o INIMIGO!!! uuuuhhhhhhh, tremam frente ao esquerdista, nosso inimigo comum que espreita a esquina, junto com o comunista comedor de criancinhas), melhor então passarmos para um método diferente, talvez por indicação. Ou vamos aumentar os cargos comissionados, né!?
Apesar do STF dar mancada de vez em quando, acredito que nunca permitiriam passar pelo artigo da CF (Art. 37, II); .
PéDIPano- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
PéDIPano escreveu:
(...)
Apesar do STF dar mancada de vez em quando, acredito que nunca permitiriam passar pelo artigo da CF (Art. 37, II); .
De repente, o "rei" da Banânia decreta um ato institucional, o AI-18, e extingue os concursos públicos como conhecemos e institui um "quiz" sobre a "obra" de Olavo de Carvalho, ou mesmo uma "sabatina" de temas religiosos... Olha uma boa idéia aí !! Seria "imprecionante iço", como diria um ministro da (falta de) educação do orgulhoso reino da Banânia !
peter.forc- Membro
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JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Ministro com discurso copiado do Goebbels e fundo musical de Wagner é demais, né?
Só rindo...
Só rindo...
allexcosta- Administrador
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Editorial Folha de S. Paulo, 17.jan.2020 às 12h45
Peça tragicômicaallexcosta escreveu:Ministro com discurso copiado do Goebbels e fundo musical de Wagner é demais, né?
Só rindo...
Caso serve de alerta para sociedade sobre até onde membros do governo Bolsonaro são capazes de ir
Editorial Folha de S. Paulo, 17.jan.2020 às 12h45
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/01/peca-tragicomica.shtml
O episódio tragicômico de um vídeo lamentável com referências ao nazismo e a demissão do secretário da Cultura, Roberto Alvim, revelam como a permissividade com o autoritarismo chancelado pelo presidente Jair Bolsonaro vem gerando frutos cada vez mais nefastos.
Não fossem as atitudes cotidianas do próprio presidente nesse sentido, seria difícil imaginar que um auxiliar direto se sentisse livre para encenar uma peça tão descabida.
Ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, em vídeo em que parafraseia Goebbels - Reprodução/Twitter
Nos episódios em que um de seus filhos, Eduardo, e um ministro, Paulo Guedes (Economia), aventaram a adoção de algo parecido com o AI-5 no Brasil, Bolsonaro não se incomodou, abrindo a porteira agora arrombada por Alvim.
Nesse caso, nem o principal ideólogo do obscurantismo bolsonarista acreditou: "É cedo para julgar, mas o Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça”, comentou Olavo de Carvalho sobre o vídeo em que Alvim copia trechos de discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler.
Alvim havia postado a peça para divulgar o Prêmio Nacional das Artes, lançado horas antes em live com a participação do próprio presidente. Em seu discurso, o secretário repetiu frases inteiras de um pronunciamento de Goebbels para diretores de teatro realizado durante o período da Alemanha nazista.
Além de copiar o discurso do famigerado ministro, Alvim usa no vídeo a mesma estética de Goebbels, imitando sua aparência e o tom de voz. Outra referência ao nazismo é a música de fundo, da ópera “Lohengrin”, de Richard Wagner, obra que Hitler contou em sua autobiografia ter sido decisiva em sua vida.
A peça só não é cômica pelo fato de ter sido feita a sério e produzida por alguém que deveria ser responsável pela cultura de um país democrático como o Brasil.
A falta de noção de Alvim foi tamanha que mesmo que quisesse apenas agradar o chefe, cujo retrato aparece ao fundo no vídeo em questão, teria se equivocado. Há cerca de um ano, o próprio Bolsonaro criticou indiretamente o nazismo ao afirmar que ele era um movimento de esquerda, numa tentativa de vinculá-lo ao Partido dos Trabalhadores.
O obrigatório afastamento do secretário bajulador foi rápido, mas não evitou que o governo Bolsonaro tenha afundado um pouco mais no ridículo perante a opinião pública, dentro e fora do país.
O episódio deveria servir de lição para que o governo escolha com mais critério auxiliares para postos de responsabilidade. E de alerta para a sociedade e às instituições da República sobre até onde membros do governo Bolsonaro são capazes de ir, além de riscar uma linha vermelha mostrando de onde nunca deveriam ter passado.
JAZZigo- FCBR-CT
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Localização : Asa Norte, Brasília-DF
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
faltam 3 páginas para a parte IV... e este foi só o primeiro ano
"Ninguém solta a mão de ninguém"
"Ninguém solta a mão de ninguém"
Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Esperando ansiosamente pela opinião dos colegas combatentes do "fascismo de esquerda" daqui.
Pz123- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Que coisa ridícula.
Um país fubengo que não consegue ter força política pra construir uma bomba atômica e ter alguma representatividade mundial, querendo implantar política nazista, que era um regime que almejava controlar o mundo.
O Brasil não teria competência para invadir e controlar o Uruguai.
Um país fubengo que não consegue ter força política pra construir uma bomba atômica e ter alguma representatividade mundial, querendo implantar política nazista, que era um regime que almejava controlar o mundo.
O Brasil não teria competência para invadir e controlar o Uruguai.
allexcosta- Administrador
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Localização : Terra
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Tragicomédia brasileira.
Em vídeo, Alvim copia Goebbels e provoca onda de repúdio nas redes sociais.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/em-video-alvim-cita-goebbels-e-provoca-onda-de-repudio-nas-redes-sociais.shtml
Roberto Alvim culpa assessoria e pesquisa no Google por menção a Goebbels.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/01/17/roberto-alvim-culpa-assessoria-e-pesquisa-no-google-por-mencao-a-goebbels.htm
"Única coisa que entristeceu foi crítica de Olavo", diz Alvim após discurso.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/01/17/unica-coisa-que-entristeceu-foi-critica-de-olavo-diz-alvim-apos-discurso.htm
Horas antes da queda, Alvim descartava recuo: “aqui não é direita Nutella”.
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/horas-antes-da-queda-alvim-descartava-recuo-aqui-nao-e-direita-nutella/
Organização de judeus pede afastamento e punição de Roberto Alvim.
https://www.cartacapital.com.br/politica/organizacao-de-judeus-pede-afastamento-e-punicao-de-roberto-alvim/
Embaixada da Alemanha no Brasil repudia fala de Roberto Alvim.
https://exame.abril.com.br/brasil/embaixada-da-alemanha-no-brasil-repudia-fala-de-roberto-alvim/
Roberto Alvim é demitido da Secretaria Especial da Cultura.
https://oglobo.globo.com/cultura/roberto-alvim-demitido-da-secretaria-especial-da-cultura-24196589
Não se trata de "pregar para convertidos" mas de registrar os fatos lastimáveis que estão ocorrendo e registrar que nem todos - aliás, muitos - não aceitam o discurso fácil da "nova política".
Em vídeo, Alvim copia Goebbels e provoca onda de repúdio nas redes sociais.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/em-video-alvim-cita-goebbels-e-provoca-onda-de-repudio-nas-redes-sociais.shtml
Roberto Alvim culpa assessoria e pesquisa no Google por menção a Goebbels.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/01/17/roberto-alvim-culpa-assessoria-e-pesquisa-no-google-por-mencao-a-goebbels.htm
"Única coisa que entristeceu foi crítica de Olavo", diz Alvim após discurso.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/01/17/unica-coisa-que-entristeceu-foi-critica-de-olavo-diz-alvim-apos-discurso.htm
Horas antes da queda, Alvim descartava recuo: “aqui não é direita Nutella”.
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/horas-antes-da-queda-alvim-descartava-recuo-aqui-nao-e-direita-nutella/
Organização de judeus pede afastamento e punição de Roberto Alvim.
https://www.cartacapital.com.br/politica/organizacao-de-judeus-pede-afastamento-e-punicao-de-roberto-alvim/
Embaixada da Alemanha no Brasil repudia fala de Roberto Alvim.
https://exame.abril.com.br/brasil/embaixada-da-alemanha-no-brasil-repudia-fala-de-roberto-alvim/
Roberto Alvim é demitido da Secretaria Especial da Cultura.
https://oglobo.globo.com/cultura/roberto-alvim-demitido-da-secretaria-especial-da-cultura-24196589
Não se trata de "pregar para convertidos" mas de registrar os fatos lastimáveis que estão ocorrendo e registrar que nem todos - aliás, muitos - não aceitam o discurso fácil da "nova política".
Neofascismo
Alvim é parte de um governo que flerta com ideias fascistas, diz pesquisador
Ex-secretário de Cultura foi exonerado ao copiar fala de Joseph Goebbels em pronunciamento
Anna Virginia Balloussier
Folha de S. Paulo, 17.jan.2020 às 15h04
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/alvim-e-parte-de-um-governo-que-flerta-com-ideias-fascistas-diz-pesquisador.shtml
RIO DE JANEIRO - Ao copiar uma fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d'água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.
Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.
Alvim virou "ex" nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira da repercussão que seu discurso da véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbels defendia uma arte alemã "heroica" e "nacional".
Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que "os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios".
"É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista", afirma o acadêmico. É a ideia de que há um "governo oculto", uma "elite", que tudo controla e precisa ser expurgada.
Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.
Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a "petralhada", difundiu de quebra a noção de que é preciso "purificar a nação, refundar a nacionalidade", afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.
"Se a homenagem e apropriação de Goebbels não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele", continua. "Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo."
Até em momentos banais, como uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismo do século 20 afloraria. Como quando Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol "ya hemos pasao" (já passamos).
A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote "não passarão", popular entre a esquerda.
A desqualificação dos oponentes, "que não são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos", é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. "É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico."
O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. "Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista."
O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela "destruição do marxismo em todas as suas formas" em "Minha Luta", seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.
A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. "A criação de uma 'alta cultura' nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas 'alta' e 'baixa' cultura, mas sim um modelo único e autoritário."
Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou "O Judaísmo na Música" (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.
"Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo", diz Caldeira Neto.
As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera "Os Mestres-Cantores de Nurembergue" era um hit entre nazistas.
Ex-secretário de Cultura foi exonerado ao copiar fala de Joseph Goebbels em pronunciamento
Anna Virginia Balloussier
Folha de S. Paulo, 17.jan.2020 às 15h04
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/alvim-e-parte-de-um-governo-que-flerta-com-ideias-fascistas-diz-pesquisador.shtml
RIO DE JANEIRO - Ao copiar uma fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, o ex-secretário da Cultura Roberto Alvim não foi um peixe fora d'água no governo Jair Bolsonaro. A simpatia por ideias que flertam com totalitarismos do século 20, o fascismo e o nazismo, não é inédita nessa administração.
Desta vez, não é banalizar o uso do termo fascista para toda e qualquer pessoa que discorde de você, como vemos acontecer tanto por aí. É o que diz Odilon Caldeira Neto, professor de história contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos principais estudiosos no Brasil do neofascismo e da extrema direita verde e amarela.
Alvim virou "ex" nesta sexta (17), após ser demitido do cargo, na esteira da repercussão que seu discurso da véspera, quase um fac-símile de um pronunciamento em 1933 no qual Goebbels defendia uma arte alemã "heroica" e "nacional".
Caldeira Neto lembra de outro episódio em que membros do atual governo ecoaram estratégias comuns no fascismo.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu uma amostra disso quando afirmou em palestra que "os comunistas estão topo do país, eles são o topo das organizações financeiras, são os donos dos grandes jornais, das grandes empresas, dos monopólios".
"É um discurso conspiracionista, cuja estrutura narrativa se assemelha em alguma medida ao conspiracionismo fascista", afirma o acadêmico. É a ideia de que há um "governo oculto", uma "elite", que tudo controla e precisa ser expurgada.
Parecido teria feito o regime nazista, na primeira metade do século 20, com os judeus e outros grupos malquistos.
Quando Bolsonaro, ainda em campanha eleitoral, disse que fuzilaria a "petralhada", difundiu de quebra a noção de que é preciso "purificar a nação, refundar a nacionalidade", afirma Caldeira Neto. Outro traço dos regimes nacionalistas de matiz autoritária.
"Se a homenagem e apropriação de Goebbels não fosse notada, Alvim seria exonerado? O meu ponto é que esse tipo de pensamento não é propriedade exclusiva dele", continua. "Ele é partilhado, em maior ou menor grau, por outros setores do governo."
Até em momentos banais, como uma troca de tuítes, essa simpatia a protagonistas do autoritarismo do século 20 afloraria. Como quando Filipe Martins, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, ao saudar o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) em dezembro, usou a expressão em espanhol "ya hemos pasao" (já passamos).
A frase é associada ao ditador Francisco Franco, uma resposta irônica ao mote "não passarão", popular entre a esquerda.
A desqualificação dos oponentes, "que não são tratados como adversários do campo político, mas como inimigos a ser combatidos", é outro elemento próprio do fascismo em seu história, segundo o professor. "É a negação do outro. Temos, em momentos como este, não apenas a utilização de um argumento que cabe mais à filosofia ou à práxis fascista, mas inclusive à exaltação de figuras centrais do fascismo histórico."
O nazismo, explica Caldeira Neto, é um modelo de fascismo. "Apesar do nome rememorar a experiência italiana, foram diversos movimentos e ditaduras que remetiam a esse tipo mais específico. O nazismo foi um deles, e certamente a expressão mais radical, intolerante, genocida e racista."
O mesmo nazismo, aliás, que grupos bolsonaristas tentaram aliar à esquerda, ainda que Adolf Hitler tenha advogado pela "destruição do marxismo em todas as suas formas" em "Minha Luta", seu misto de autobiografia e panfleto antissemita.
A fala de Alvim perigava passar despercebida se não fosse a semelhança tão forte com a de Goebbels. Nem por isso deixaria de ser ameaçadora, diz Caldeira Neto. "A criação de uma 'alta cultura' nacional, que sugere a negação das demais formas, considerando-as como espécies degeneradas, não é apenas uma tentativa de diferenciar e hierarquizar as supostas 'alta' e 'baixa' cultura, mas sim um modelo único e autoritário."
Nada fortuita foi, nesse contexto, a seleção de uma música de Richard Wagner como trilha sonora. O alemão tinha conhecidas posturas antissemistas e, em meados do século 19, lançou "O Judaísmo na Música" (Das Judentum in der Musik). No panfleto, não disfarça seu desprezo pela produção de compositores judeus da época.
"Mais que o Wagner compositor do século 19, que não vivenciou o surgimento e o crescimento do nazismo, a forma como ocorreu a escolha remete nitidamente às estratégias de propaganda política do nazismo", diz Caldeira Neto.
As músicas de Wagner eram frequentes em eventos do Terceiro Reich. Sua ópera "Os Mestres-Cantores de Nurembergue" era um hit entre nazistas.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Assim como Bolsonaro apoiou Trump na reprimenda ao Irã e conseguiu entrar na OCDE, quero ver o que esse sinal do Bolsonarismo está dando para o mundo.
De quem será a resposta e que porta se abrirá?!!
De quem será a resposta e que porta se abrirá?!!
Edão- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Eu não acho que isso tenha sido "de graça"...
Das 3 uma:
Esse sujeito já estava desgastado à algum tempo, a partir de falas e ataques gratuitos à cultura e a nomes importantes. Sua fala foi uma espécie de "tiro na porta"
O episódio é "cortina de fumaça" - coisa que esse governo faz o tempo todo - dessa vez para encobrir as denúncias de corrupção (caso CECOM).
Ele "vazou" o verdadeiro projeto bolsonarista... e "foi vazado".
De todas as formas esse governo é uma excrecência...
Uma questão interessante que venho pensando é que esse "fascismo tupiniquim" tem um componente básico que o faz diferir do modelo italiano "clássico": A inexistência de um partido de massas, que inclusive era composto por milícias terroristas e criminosas, os "faschios de combattimento" (que os nazistas imitaram com a suas SA).
Com esse tipo de fala e atitudes o "Duce tupiniquim" procura criar um estado de confronto social que possibilite a mobilização à posteriori (diferentemente do fascismo "clássico") desse tipo de partido (que ele já está criando) e sua "tropa de choque". Material humano para isso não falta... Os fanáticos neo pentecostais (quem se lembra do "Exército de Cristo" - organização criada pela IURD à algum tempo atrás?) e os milicianos seriam os "convocáveis" para as SA's tupiniquins...
Das 3 uma:
Esse sujeito já estava desgastado à algum tempo, a partir de falas e ataques gratuitos à cultura e a nomes importantes. Sua fala foi uma espécie de "tiro na porta"
O episódio é "cortina de fumaça" - coisa que esse governo faz o tempo todo - dessa vez para encobrir as denúncias de corrupção (caso CECOM).
Ele "vazou" o verdadeiro projeto bolsonarista... e "foi vazado".
De todas as formas esse governo é uma excrecência...
Uma questão interessante que venho pensando é que esse "fascismo tupiniquim" tem um componente básico que o faz diferir do modelo italiano "clássico": A inexistência de um partido de massas, que inclusive era composto por milícias terroristas e criminosas, os "faschios de combattimento" (que os nazistas imitaram com a suas SA).
Com esse tipo de fala e atitudes o "Duce tupiniquim" procura criar um estado de confronto social que possibilite a mobilização à posteriori (diferentemente do fascismo "clássico") desse tipo de partido (que ele já está criando) e sua "tropa de choque". Material humano para isso não falta... Os fanáticos neo pentecostais (quem se lembra do "Exército de Cristo" - organização criada pela IURD à algum tempo atrás?) e os milicianos seriam os "convocáveis" para as SA's tupiniquins...
Última edição por Mauricio Luiz Bertola em Sex Jan 17, 2020 7:37 pm, editado 1 vez(es)
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Eu acho que ele pediu pros Aspones pra preparem o discurso e eles pregaram uma baita de uma peça.
allexcosta- Administrador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Shun-tzu já dizia que subestimar o inimigo é erro capital...allexcosta escreveu:Eu acho que ele pediu pros Aspones pra preparem o discurso e eles pregaram uma baita de uma peça.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mas o pior mesmo, que indica o ALTO GRAU de loucura e ignorância programada dessa gente, é perceber que certos mínions bolsonaristas estão dizendo nas redes sociais (sempre elas!!!): "... que ele foi demitido por ser de esquerda, uma vez que o nazismo é de esquerda..."
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Stalin forneceu armas pro exército do 3º. Reich! Só não permaneceu como aliado do nazismo devido a ameaça aberta de Hitler da invasão nazista à URSS. E ainda querem me dizer que o regime não tem viés socialista/comunista? Contem outra!
Igor Canavarro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^É de um equívoco surpreendente! A URSS tinha um acordo comercial com a Alemanha. Fornecia matéria prima. Esse pacto se rompeu em 40, quando a Alemanha, Japão e Itália formaram o eixo.
Uma vez que os EUA, na figura de Bush pai (que o diabo o carregue) ajudaram a treinar e armaram o Estado Islâmico, por exemplo, partimos do princípio de que grupos terroristas são financiados pelos paises capitalistas, certo??
Eu hein...
Uma vez que os EUA, na figura de Bush pai (que o diabo o carregue) ajudaram a treinar e armaram o Estado Islâmico, por exemplo, partimos do princípio de que grupos terroristas são financiados pelos paises capitalistas, certo??
Eu hein...
Última edição por Rico em Sex Jan 17, 2020 9:11 pm, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Shun-tzu já dizia que subestimar o inimigo é erro capital...allexcosta escreveu:Eu acho que ele pediu pros Aspones pra preparem o discurso e eles pregaram uma baita de uma peça.
Concordo com o Bertola.
Esse Roberto Alvim é (era) uma figura absolutamente inexpressiva. E tanto fez que já estava com a cabeça cortada a tempo... Esse discurso aí, em minha opinião, foi apenas para, antes de vazar, buscar ainda cativar um público de extrema-direita, específico e declaradamente fascista, que, também muito passional, vai certamente lhe garantir votos suficientes em uma eventual candidatura a deputado, por exemplo. Com este discurso besta, buscou apenas um "lugarzinho" entre as "figurinhas caricatas" da triste política bananiense...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Que equívoco jovem!!!Igor Canavarro escreveu:Stalin forneceu armas pro exército do 3º. Reich! Só não permaneceu como aliado do nazismo devido a ameaça aberta de Hitler da invasão nazista à URSS. E ainda querem me dizer que o regime não tem viés socialista/comunista? Contem outra!
Chega à ser triste...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^Verdade Peter.Forc! Até eu, que custo a crer nessas teorias que inicialmente me pareciam fantasiosas, já acho difícil que tenham conseguido reunir tantos imbecis num só governo...
É cortina de fumaça sim.
Enquanto isso, a gente bebe água com gosto de bosta aqui no RJ, enquanto a Globo crítica toda a Cedae, mas não toca no nome do Auschwitzel, por exemplo...
É cortina de fumaça sim.
Enquanto isso, a gente bebe água com gosto de bosta aqui no RJ, enquanto a Globo crítica toda a Cedae, mas não toca no nome do Auschwitzel, por exemplo...
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Rico escreveu:^Verdade Peter.Forc! Até eu, que custo a crer nessas teorias que inicialmente me pareciam fantasiosas, já acho difícil que tenham conseguido reunir tantos imbecis num só governo...
É cortina de fumaça sim.
Enquanto isso, a gente bebe água com gosto de bosta aqui no RJ, enquanto a Globo crítica toda a Cedae, mas não toca no nome do Auschwitzel, por exemplo...
Esse governo elegeu-se utilizando uma estratégia construída pelo Grupo Atlas (que financia Steve Bannon e outros - inclusive um certo astrólogo desvairado), cujo mote foi a veiculação maciça de notícias falsas e manipulação das redes sociais (o caso todo já foi revelado e alvo de inquéritos nos EUA e na Europa).
O "modus operandi" é o dos "factóides" disparados com frequência e regularidade afim de manter o "estado mental" dos que votaram neles e no resto da população em constante estado de curiosidade/ou espanto perante o governo enquanto o mesmo atém-se à políticas determinadas por quem REALMENTE o elegeu.
Essa pauta de extrema-direita desvairada, cripto-fascista é apenas um aspecto da coisa...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Perfeito Bertola!
Foi assim com Trump, e graças a Deus, o Bozo não tem o mesmo poder que o Trump.
Ele então se incumbe de cumprir a agenda que interessa aos poderosos que o elegeram. Talvez ele nem esteja percebendo... É muito incapaz. Seu intelecto é muito sub desenvolvido.
Foi assim com Trump, e graças a Deus, o Bozo não tem o mesmo poder que o Trump.
Ele então se incumbe de cumprir a agenda que interessa aos poderosos que o elegeram. Talvez ele nem esteja percebendo... É muito incapaz. Seu intelecto é muito sub desenvolvido.
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
peter.forc escreveu:Mauricio Luiz Bertola escreveu:Shun-tzu já dizia que subestimar o inimigo é erro capital...allexcosta escreveu:Eu acho que ele pediu pros Aspones pra preparem o discurso e eles pregaram uma baita de uma peça.
Concordo com o Bertola.
Esse Roberto Alvim é (era) uma figura absolutamente inexpressiva. E tanto fez que já estava com a cabeça cortada a tempo... Esse discurso aí, em minha opinião, foi apenas para, antes de vazar, buscar ainda cativar um público de extrema-direita, específico e declaradamente fascista, que, também muito passional, vai certamente lhe garantir votos suficientes em uma eventual candidatura a deputado, por exemplo. Com este discurso besta, buscou apenas um "lugarzinho" entre as "figurinhas caricatas" da triste política bananiense...
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Até "O Antagonista"!
Só rindo!!!
Só rindo!!!
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
JAZZigo...
Eu não acho graça nisso não...
Essa gente é perigosa...
E esse perigo desdobra-se em um tipo de atitude nova, recente, que é calcada nessa ignorância/fanatismo programado: A pessoa que bate no peito orgulhoso de sua ignorância, de sua falta de educação e polidez temperada por uma incapacidade de perceber (que foi/está enganado) - a ponto de quando se mostra o óbvio para elas, elas dizem que o óbvio, a verdade é mentira, em uma estranha inversão que só pode ser explicada por um fanatismo profundo e uma incapacidade patética. O velho adágio bíblico "os humildes herdarão a Terra" é substituído por "...os ignaros herdarão a Terra..." - sem perceberem que quem herda não são eles...
Décadas de ideologia do f...-se, do mau exemplo de uma elite corrupta até a medula, e analfabetismo somado à doutrinação "religiosa" (o termo aqui é ruim) no mal sentido do termo, levaram à ascensão na nossa sociedade desse tipo de atitude destrutiva, falsamente iconoclasta e anti intelectual... Como dizia Mussolini em um dos seus slogans: "Crer, Obedecer, Combater". A manipulação, a ignorância e o fanatismo formam a fábrica dos assassinos...
Eu não acho graça nisso não...
Essa gente é perigosa...
E esse perigo desdobra-se em um tipo de atitude nova, recente, que é calcada nessa ignorância/fanatismo programado: A pessoa que bate no peito orgulhoso de sua ignorância, de sua falta de educação e polidez temperada por uma incapacidade de perceber (que foi/está enganado) - a ponto de quando se mostra o óbvio para elas, elas dizem que o óbvio, a verdade é mentira, em uma estranha inversão que só pode ser explicada por um fanatismo profundo e uma incapacidade patética. O velho adágio bíblico "os humildes herdarão a Terra" é substituído por "...os ignaros herdarão a Terra..." - sem perceberem que quem herda não são eles...
Décadas de ideologia do f...-se, do mau exemplo de uma elite corrupta até a medula, e analfabetismo somado à doutrinação "religiosa" (o termo aqui é ruim) no mal sentido do termo, levaram à ascensão na nossa sociedade desse tipo de atitude destrutiva, falsamente iconoclasta e anti intelectual... Como dizia Mussolini em um dos seus slogans: "Crer, Obedecer, Combater". A manipulação, a ignorância e o fanatismo formam a fábrica dos assassinos...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:JAZZigo...
Eu não acho graça nisso não...
Essa gente é perigosa...
E esse perigo desdobra-se em um tipo de atitude nova, recente, que é calcada nessa ignorância/fanatismo programado: A pessoa que bate no peito orgulhoso de sua ignorância, de sua falta de educação e polidez temperada por uma incapacidade de perceber (que foi/está enganado) - a ponto de quando se mostra o óbvio para elas, elas dizem que o óbvio, a verdade é mentira, em uma estranha inversão que só pode ser explicada por um fanatismo profundo e uma incapacidade patética. O velho adágio bíblico "os humildes herdarão a Terra" é substituído por "...os ignaros herdarão a Terra..." - sem perceberem que quem herda não são eles...
Décadas de ideologia do f...-se, do mau exemplo de uma elite corrupta até a medula, e analfabetismo somado à doutrinação "religiosa" (o termo aqui é ruim) no mal sentido do termo, levaram à ascensão na nossa sociedade desse tipo de atitude destrutiva, falsamente iconoclasta e anti intelectual... Como dizia Mussolini em um dos seus slogans: "Crer, Obedecer, Combater". A manipulação, a ignorância e o fanatismo formam a fábrica dos assassinos...
Isaac Asimov, um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos, professor universitário e pesquisador em Bioquímica na Universidade de Medicina de Boston, escreveu para a revista Newsweek, em 1980: (http://aphelis.net/wp-content/uploads/2012/04/ASIMOV_1980_Cult_of_Ignorance.pdf)
"Existe um culto à ignorância nos Estados Unidos; sempre existiu. A tensão do anti-intelectualismo vem sendo um fio que se desenrola através da vida política e cultural fomentado pela falsa ideia de que democracia quer dizer que “a minha ignorância é tão válida quanto seu o conhecimento”.
"Gente com certo orgulho de ser ignorante e que direciona seu ódio e crítica para qualquer um que queira obter ou transmitir conhecimentos (que venham de livros, debates, pesquisas, etc.)."
"Agora os obscurantistas têm um novo slogan: 'Não confie nos especialistas!'."
No livro "Fazer um filme", Federico Fellini sugere que o grotesco é o antídoto irônico àquilo que chama de 'soberba da razão esteticista', cujo representante mais conhecido é o fascismo. É na análise do psicológico, e não no domínio das causas econômicas e sociais, que Fellini acredita poder desmascarar o "orgulho de ser ignorante, burro, mesquinho e leviano", que caracterizou o italiano da época de Mussolini e que ele reconhecia na Itália de seu tempo. Não basta uma denúncia racional, nua e crua, que seria rejeitada pela vaidade fascista. A inclusão do grotesco é uma maneira, segundo Fellini, de transformar o desmascaramento em uma "salvação irônica e precária de nossa história de falências".
(Edição: não localizei o livro pra compartilhar mas segue link de artigo sobre Fellini, sua obra e relação com o Fascismo:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-1389-1.pdf&ved=2ahUKEwiquZ-kt4znAhWnEbkGHYEeBmw4ChAWMAd6BAgJEAE&usg=AOvVaw1MedHZWgxzeRD-nITJv-Nu)
Há três tipos de "homo ignorans": o ignorante inocente, que não tem ideia do que desconhece; o que entende que não sabe tudo e que reconhece que o que você não sabe é tão relevante quanto o que você sabe; e o agnotologista, que tenta fabricar incertezas ou uma falta de conhecimento público intencionalmente.
O terceiro tipo se refere à agnotologia, que é o estudo das políticas de produção de ignorância, um conceito criado pelo historiador americano Robert Proctor, da Universidade de Stanford. Esse conceito seria aplicado a figuras de poder que querem esconder informações para benefício próprio.
https://www.wikiwand.com/pt/Agnotologia
“É impossível vencer um ignorante com argumentos”. - William G. Mcaddo.
Última edição por WHead em Sáb Jan 18, 2020 2:44 am, editado 2 vez(es)
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Graça nenhuma, Prof. Bertola! Calma, fui apenas sarcástico com a execrável e excretável gang do Mainardi e seus seguidores, só isso!Mauricio Luiz Bertola escreveu:JAZZigo...
Eu não acho graça nisso não...
Essa gente é perigosa...
E esse perigo desdobra-se em um tipo de atitude nova, recente, que é calcada nessa ignorância/fanatismo programado: A pessoa que bate no peito orgulhoso de sua ignorância, de sua falta de educação e polidez temperada por uma incapacidade de perceber (que foi/está enganado) - a ponto de quando se mostra o óbvio para elas, elas dizem que o óbvio, a verdade é mentira, em uma estranha inversão que só pode ser explicada por um fanatismo profundo e uma incapacidade patética. O velho adágio bíblico "os humildes herdarão a Terra" é substituído por "...os ignaros herdarão a Terra..." - sem perceberem que quem herda não são eles...
Décadas de ideologia do f...-se, do mau exemplo de uma elite corrupta até a medula, e analfabetismo somado à doutrinação "religiosa" (o termo aqui é ruim) no mal sentido do termo, levaram à ascensão na nossa sociedade desse tipo de atitude destrutiva, falsamente iconoclasta e anti intelectual... Como dizia Mussolini em um dos seus slogans: "Crer, Obedecer, Combater". A manipulação, a ignorância e o fanatismo formam a fábrica dos assassinos...
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Eu entendi meu caro...JAZZigo escreveu:Graça nenhuma, Prof. Bertola! Calma, fui apenas sarcástico com a execrável e excretável gang do Mainardi e seus seguidores, só isso!Mauricio Luiz Bertola escreveu:JAZZigo...
Eu não acho graça nisso não...
Essa gente é perigosa...
E esse perigo desdobra-se em um tipo de atitude nova, recente, que é calcada nessa ignorância/fanatismo programado: A pessoa que bate no peito orgulhoso de sua ignorância, de sua falta de educação e polidez temperada por uma incapacidade de perceber (que foi/está enganado) - a ponto de quando se mostra o óbvio para elas, elas dizem que o óbvio, a verdade é mentira, em uma estranha inversão que só pode ser explicada por um fanatismo profundo e uma incapacidade patética. O velho adágio bíblico "os humildes herdarão a Terra" é substituído por "...os ignaros herdarão a Terra..." - sem perceberem que quem herda não são eles...
Décadas de ideologia do f...-se, do mau exemplo de uma elite corrupta até a medula, e analfabetismo somado à doutrinação "religiosa" (o termo aqui é ruim) no mal sentido do termo, levaram à ascensão na nossa sociedade desse tipo de atitude destrutiva, falsamente iconoclasta e anti intelectual... Como dizia Mussolini em um dos seus slogans: "Crer, Obedecer, Combater". A manipulação, a ignorância e o fanatismo formam a fábrica dos assassinos...
Mas alguns aqui, ao verem tal conjunto de disparates, talvez não sejam capazes de entender a ironia da sua postagem...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:Mauricio Luiz Bertola escreveu:JAZZigo...
Eu não acho graça nisso não...
Essa gente é perigosa...
E esse perigo desdobra-se em um tipo de atitude nova, recente, que é calcada nessa ignorância/fanatismo programado: A pessoa que bate no peito orgulhoso de sua ignorância, de sua falta de educação e polidez temperada por uma incapacidade de perceber (que foi/está enganado) - a ponto de quando se mostra o óbvio para elas, elas dizem que o óbvio, a verdade é mentira, em uma estranha inversão que só pode ser explicada por um fanatismo profundo e uma incapacidade patética. O velho adágio bíblico "os humildes herdarão a Terra" é substituído por "...os ignaros herdarão a Terra..." - sem perceberem que quem herda não são eles...
Décadas de ideologia do f...-se, do mau exemplo de uma elite corrupta até a medula, e analfabetismo somado à doutrinação "religiosa" (o termo aqui é ruim) no mal sentido do termo, levaram à ascensão na nossa sociedade desse tipo de atitude destrutiva, falsamente iconoclasta e anti intelectual... Como dizia Mussolini em um dos seus slogans: "Crer, Obedecer, Combater". A manipulação, a ignorância e o fanatismo formam a fábrica dos assassinos...
Isaac Asimov, um dos maiores escritores de ficção científica de todos os tempos, professor universitário e pesquisador em Bioquímica na Universidade de Medicina de Boston, escreveu para a revista Newsweek, em 1980: (http://aphelis.net/wp-content/uploads/2012/04/ASIMOV_1980_Cult_of_Ignorance.pdf)
"Existe um culto à ignorância nos Estados Unidos; sempre existiu. A tensão do anti-intelectualismo vem sendo um fio que se desenrola através da vida política e cultural fomentado pela falsa ideia de que democracia quer dizer que “a minha ignorância é tão válida quanto seu o conhecimento”.
"Gente com certo orgulho de ser ignorante e que direciona seu ódio e crítica para qualquer um que queira obter ou transmitir conhecimentos (que venham de livros, debates, pesquisas, etc.)."
"Agora os obscurantistas têm um novo slogan: 'Não confie nos especialistas!'."
No livro "Fazer um filme", Federico Fellini sugere que o grotesco é o antídoto irônico àquilo que chama de 'soberba da razão esteticista', cujo representante mais conhecido é o fascismo. É na análise do psicológico, e não no domínio das causas econômicas e sociais, que Fellini acredita poder desmascarar o "orgulho de ser ignorante, burro, mesquinho e leviano", que caracterizou o italiano da época de Mussolini e que ele reconhecia na Itália de seu tempo. Não basta uma denúncia racional, nua e crua, que seria rejeitada pela vaidade fascista. A inclusão do grotesco é uma maneira, segundo Fellini, de transformar o desmascaramento em uma "salvação irônica e precária de nossa história de falências".
(Edição: não localizei o livro pra compartilhar mas segue link de artigo sobre Fellini, sua obra e relação com o Fascismo:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-1389-1.pdf&ved=2ahUKEwiquZ-kt4znAhWnEbkGHYEeBmw4ChAWMAd6BAgJEAE&usg=AOvVaw1MedHZWgxzeRD-nITJv-Nu)
Há três tipos de "homo ignorans": o ignorante inocente, que não tem ideia do que desconhece; o que entende que não sabe tudo e que reconhece que o que você não sabe é tão relevante quanto o que você sabe; e o agnotologista, que tenta fabricar incertezas ou uma falta de conhecimento público intencionalmente.
O terceiro tipo se refere à agnotologia, que é o estudo das políticas de produção de ignorância, um conceito criado pelo historiador americano Robert Proctor, da Universidade de Stanford. Esse conceito seria aplicado a figuras de poder que querem esconder informações para benefício próprio.
https://www.wikiwand.com/pt/Agnotologia
“É impossível vencer um ignorante com argumentos”. - William G. Mcaddo.
Muito bem lembrado!
Só agora no Brasil, e premidos pelas circunstâncias é que o meio acadêmico está a analisar o fenômeno da "construção da ignorância", alguns semiólogos e analistas críticos do marketing trabalham com isso.
Sugiro esse artigo abaixo:
http://www.scielo.br/pdf/ss/v12n1/09.pdf
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
https://www.youtube.com/watch?v=E52-s0F7z-U
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:https://www.youtube.com/watch?v=E52-s0F7z-U
A frase "Se Alvim fosse discreto, ainda estaria no cargo", dita no vídeo, compreendo, resume bastante bem a "participação" dessa figura no governo bananiense. O dublê de ssecretário não saiu do cargo pelas suas idéias, muito pelo contrário, ele chegou lá exatamente por causa delas. "Apenas" ultrapassou um limite em suas declarações e na sua exposição, mas continua, aliás, representando muito bem a "proposta vencedora" dessa turma aí. Ou seja, não deveria ser nenhuma surpresa o posicionamento exposto por este Sr.
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Exatamente.peter.forc escreveu:Mauricio Luiz Bertola escreveu:https://www.youtube.com/watch?v=E52-s0F7z-U
A frase "Se Alvim fosse discreto, ainda estaria no cargo", dita no vídeo, compreendo, resume bastante bem a "participação" dessa figura no governo bananiense. O dublê de ssecretário não saiu do cargo pelas suas idéias, muito pelo contrário, ele chegou lá exatamente por causa delas. "Apenas" ultrapassou um limite em suas declarações e na sua exposição, mas continua, aliás, representando muito bem a "proposta vencedora" dessa turma aí. Ou seja, não deveria ser nenhuma surpresa o posicionamento exposto por este Sr.
E quem pediu a "cabeça" dele foram: O Rodrigo Maia, que discretamente vai se tornando o candidato do "centrão" para as próximas eleições (e "jogou pra galera"), o Alcolumbre, que é judeu, e o Embaixador de Israel Yossi Shelley, para qual tal episódio foi uma ofensa grave.
Porque senão...
Vejam o vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=pUMDntUIr_k
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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