Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Porque?Rico escreveu:E não é que o "Seu Jair" tava no RJ naquele dia???
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2019/11/13/interna_politica,806123/gabinete-de-bolsonaro-comprou-passagem-no-dia-da-morte-de-marielle.shtml
Escondeu por quê???
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Um pouco longo, mas "curioso" e, até mesmo, importante para se compreender como funciona (ou deveria funcionar...) a "justiça" no reino de Banânia...
MPF volta atrás e diz que sentença de Lula no sítio não deve ser anulada
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
21/11/2019 12h32 Atualizada em 21/11/2019 14h28
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/11/21/mpf-anulacao-sentenca-sitio-copia-e-cola-juiza-sitio-lula.htm
MPF volta atrás e diz que sentença de Lula no sítio não deve ser anulada
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
21/11/2019 12h32 Atualizada em 21/11/2019 14h28
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/11/21/mpf-anulacao-sentenca-sitio-copia-e-cola-juiza-sitio-lula.htm
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Impressionante, de fato, como a história se repete. O papel deste Sr. S.Moro, advogado da famiglia real, já foi interpretado por "icônicas" figuras do passado (não tão distante) de Banânia...
https://www.youtube.com/watch?v=LeMfwOvJbbw
TUDO SOBRE SÉRGIO MORO
24 de nov. de 2019 - Filósofo Paulo Ghiraldelli
https://www.youtube.com/watch?v=LeMfwOvJbbw
TUDO SOBRE SÉRGIO MORO
24 de nov. de 2019 - Filósofo Paulo Ghiraldelli
peter.forc- Membro
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Localização : Banânia
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
outro dia num churrasco, colocaram Gera Samba/É o Tchan pra tocar, e nunca imaginei que algum dia acharia as letras deles inofensivas como hoje, vendo o funk carioca em alta...
a mesma coisa está contecendo com a política...
normalização do absurdo e laceamento
a mesma coisa está contecendo com a política...
normalização do absurdo e laceamento
Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
https://www.youtube.com/watch?v=te5KAr37vEw
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
https://www.youtube.com/watch?v=yo2-C-tGKxg
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50571299
"Acho que, no Brasil, nos últimos dois anos, há uma crescente aceitação desses discursos de apologia à ditadura e aos tipos de crimes perpetuados pela ditadura"
Mas por que, no Brasil, figuras públicas e autoridades se sentem confortáveis em exaltar o regime militar e mencionar um novo AI-5 como uma possibilidade real?
Por que a memória brasileira sobre o período da ditadura parece ser diferente da compartilhada por grande parte dos argentinos, chilenos e uruguaios?
A pesquisadora da Universidade de Oxford cita quatro elementos que ajudam a explicar isso:
1) O fato de a ditadura no Brasil ter sido relativamente menos sanguinária se comparada às de Argentina, Chile e Uruguai;
2) A ausência de punição e julgamentos de militares que cometeram violações e torturas;
3) O fato de o Congresso Nacional ter se mantido aberto durante grande parte do período em que vigorou a ditadura militar e de terem sido mantidas eleições para alguns cargos;
4) A duração mais longa da ditadura no Brasil, com grande intervalo entre o período mais violento do regime e a abertura democrática.
Exaltação da ditadura revela nível de democracia.
Para Lessa, a reação das populações às declarações pró-ditadura ajuda a revelar o quão consolidada é a cultura democrática de cada país.
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Agora sim!!! Tudo esclarecido!! Dicaprio, seu canalha!!!
https://www.google.com/amp/s/www.brasil247.com/midia/bolsonaro-vira-chacota-na-internet-apos-acusar-leonardo-dicaprio-de-tacar-fogo-na-amazonia%3famp
Na boa, galera que votou no Bozo... Cês não tão com vergonha??? Falem a verdade...
https://www.google.com/amp/s/www.brasil247.com/midia/bolsonaro-vira-chacota-na-internet-apos-acusar-leonardo-dicaprio-de-tacar-fogo-na-amazonia%3famp
Na boa, galera que votou no Bozo... Cês não tão com vergonha??? Falem a verdade...
Rico- Eterno Colaborador
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Editorial Folha de S. Paulo, 29.nov.2019 às 20h22
Fantasia de imperador
Bolsonaro é incapaz de compreender a impessoalidade da administração republicana
EDITORIAL
Folha de S. Paulo, 29.nov.2019 às 20h22
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/fantasia-de-imperador.shtml
Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da Presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.
Será preciso então que as regras do Estado democrático de Direito lhe sejam impingidas de fora para dentro, como os limites que se dão a uma criança. Porque ele não se contém, terá de ser contido —pelas instituições da República, pelo sistema de freios e contrapesos que, até agora, tem funcionado na jovem democracia brasileira.
O Palácio do Planalto não é uma extensão da casa na Barra da Tijuca que o presidente mantém no Rio de Janeiro. Nem os seus vizinhos na praça dos Três Poderes são os daquele condomínio.
A sua caneta não pode tudo. Ela não impede que seus filhos sejam investigados por deslavada confusão entre o que é público e o que é privado. Não transforma o filho, arauto da ditadura, em embaixador nos Estados Unidos.
Sua caneta não tem o dom de transmitir aos cidadãos os caprichos da sua vontade e de seus desejos primitivos. O império dos sentidos não preside a vida republicana.
Quando a Constituição afirma que a legalidade, a impessoalidade e a moralidade governam a administração pública, não se trata de palavras lançadas ao vento numa “live” de rede social.
A Carta equivale a uma ordem do general à sua tropa. Quem não cumpre deve ser punido. Descumpri-la é, por exemplo, afastar o fiscal que lhe aplicou uma multa. Retaliar a imprensa crítica por meio de medidas provisórias.
Ou consignar em ato de ofício da Presidência a discriminação a um meio de comunicação, como na licitação que tirou a Folha das compras de serviços do governo federal publicada na última quinta (28).
Igualmente, incitar um boicote contra anunciantes deste jornal, como sugeriu Bolsonaro nesta sexta-feira (29), escancara abuso de poder político.
A questão não é pecuniária, mas de princípios. O governo planeja cancelar dezenas de assinaturas de uma publicação com 327.959 delas, segundo os últimos dados auditados. Anunciam na Folha cerca de 5.000 empresas, e o jornal terá terminado o ano de 2019 com quase todos os setores da economia representados em suas plataformas.
Prestes a completar cem anos, este jornal tem de lidar, mais uma vez, com um presidente fantasiado de imperador. Encara a tarefa com um misto de lamento e otimismo.
Lamento pelo amesquinhamento dos valores da República que esse ocupante circunstancial da Presidência patrocina. Otimismo pela convicção de que o futuro do Brasil é maior do que a figura que neste momento o governa.
Bolsonaro é incapaz de compreender a impessoalidade da administração republicana
EDITORIAL
Folha de S. Paulo, 29.nov.2019 às 20h22
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/fantasia-de-imperador.shtml
Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da Presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.
Será preciso então que as regras do Estado democrático de Direito lhe sejam impingidas de fora para dentro, como os limites que se dão a uma criança. Porque ele não se contém, terá de ser contido —pelas instituições da República, pelo sistema de freios e contrapesos que, até agora, tem funcionado na jovem democracia brasileira.
O Palácio do Planalto não é uma extensão da casa na Barra da Tijuca que o presidente mantém no Rio de Janeiro. Nem os seus vizinhos na praça dos Três Poderes são os daquele condomínio.
A sua caneta não pode tudo. Ela não impede que seus filhos sejam investigados por deslavada confusão entre o que é público e o que é privado. Não transforma o filho, arauto da ditadura, em embaixador nos Estados Unidos.
Sua caneta não tem o dom de transmitir aos cidadãos os caprichos da sua vontade e de seus desejos primitivos. O império dos sentidos não preside a vida republicana.
Quando a Constituição afirma que a legalidade, a impessoalidade e a moralidade governam a administração pública, não se trata de palavras lançadas ao vento numa “live” de rede social.
A Carta equivale a uma ordem do general à sua tropa. Quem não cumpre deve ser punido. Descumpri-la é, por exemplo, afastar o fiscal que lhe aplicou uma multa. Retaliar a imprensa crítica por meio de medidas provisórias.
Ou consignar em ato de ofício da Presidência a discriminação a um meio de comunicação, como na licitação que tirou a Folha das compras de serviços do governo federal publicada na última quinta (28).
Igualmente, incitar um boicote contra anunciantes deste jornal, como sugeriu Bolsonaro nesta sexta-feira (29), escancara abuso de poder político.
A questão não é pecuniária, mas de princípios. O governo planeja cancelar dezenas de assinaturas de uma publicação com 327.959 delas, segundo os últimos dados auditados. Anunciam na Folha cerca de 5.000 empresas, e o jornal terá terminado o ano de 2019 com quase todos os setores da economia representados em suas plataformas.
Prestes a completar cem anos, este jornal tem de lidar, mais uma vez, com um presidente fantasiado de imperador. Encara a tarefa com um misto de lamento e otimismo.
Lamento pelo amesquinhamento dos valores da República que esse ocupante circunstancial da Presidência patrocina. Otimismo pela convicção de que o futuro do Brasil é maior do que a figura que neste momento o governa.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Na boa nao me doe em nada assumir que a pessoa que votei e as propostas mudaram apos a vitoria,sinceramente nao sei se o haddad seria melhor ainda,porem hoje me arrependo sem problema nenhum de ter votado no bolsonaro.E melhor enxergar o erro do que aceitar tudo incondicionalmente como fazem os lunaticos do lula,que aceitam ate a mudanca da lei para soltar o bandido de estimacao e nao estao nem ae para a corja de canalhas que foram soltos de brinde.....Rico escreveu:Agora sim!!! Tudo esclarecido!! Dicaprio, seu canalha!!!
https://www.google.com/amp/s/www.brasil247.com/midia/bolsonaro-vira-chacota-na-internet-apos-acusar-leonardo-dicaprio-de-tacar-fogo-na-amazonia%3famp
Na boa, galera que votou no Bozo... Cês não tão com vergonha??? Falem a verdade...
johny leandro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
See você Johnny, tem a real percepção de tudo o que disse, então ignore minha mensagem. Ela não é pra você.
O problema é que daqui a pouco alguém vem defender o indefensável. Isso é vexatório, mas também engraçado...
O Andrade faria melhor, mas nem é mérito dele...
Qualquer coisa viva ou inanimada faria melhor.
O problema é que daqui a pouco alguém vem defender o indefensável. Isso é vexatório, mas também engraçado...
O Andrade faria melhor, mas nem é mérito dele...
Qualquer coisa viva ou inanimada faria melhor.
Última edição por Rico em Sáb Nov 30, 2019 9:46 am, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Ao contrario do que você disse, não houve mudança da lei para "...soltar bandido de estimação...". A Constituição da República garante o direito de defesa apenas no trânsito em julgado. Nesse sentido a prisão do ex-presidente Lula da Silva é que foi ilegal. Ademais, se você for consultar grandes juristas nacionais e estrangeiros, saberia que os processos contra ele são eivados de erros processuais, ilações e até mesmo ilegalidades. Ou seja: São de caráter político (suspeito).johny leandro escreveu:Na boa nao me doe em nada assumir que a pessoa que votei e as propostas mudaram apos a vitoria,sinceramente nao sei se o haddad seria melhor ainda,porem hoje me arrependo sem problema nenhum de ter votado no bolsonaro.E melhor enxergar o erro do que aceitar tudo incondicionalmente como fazem os lunaticos do lula,que aceitam ate a mudanca da lei para soltar o bandido de estimacao e nao estao nem ae para a corja de canalhas que foram soltos de brinde.....Rico escreveu:Agora sim!!! Tudo esclarecido!! Dicaprio, seu canalha!!!
https://www.google.com/amp/s/www.brasil247.com/midia/bolsonaro-vira-chacota-na-internet-apos-acusar-leonardo-dicaprio-de-tacar-fogo-na-amazonia%3famp
Na boa, galera que votou no Bozo... Cês não tão com vergonha??? Falem a verdade...
E eu jamais fui "petista" nem votei nele (no Lula...).
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Porem o entendimento sobre a prisão em segunda instancia ja foi mudado 4 vezes desde a constituição de 86,e dessa vez com total influência da prisão do lula....não tem como defender que QUALQUER bandido só comece a cumprir pena depois de todos os recurso(o que não são poucos).Na minha opinião apos segunda instancia que ja e uma decisão colegiada ja e para inicio de cumprimento da pena.
johny leandro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
verdade a direita bolsonarista esta criando um "lula "do outro espectro,onde pode falar e fazer tudo que sera defendido com unhas e dentes,e qualquer que discordar e comunista....Rico escreveu:See você Johnny, tem a real percepção de tudo o que disse, então ignore minha mensagem. Ela não é pra você.
O problema é que daqui a pouco alguém vem defender o indefensável. Isso é vexatório, mas também engraçado...
O Andrade faria melhor, mas nem é mérito dele...
Qualquer coisa viva ou inanimada faria melhor.
johny leandro- Membro
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Rico- Eterno Colaborador
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Mais uma do anti-petista-mór...
Se dependermos de decisões colegiadas como esta, nossos direitos e garantias individuais vão pro saco de vez!!!johny leandro escreveu:Porem o entendimento sobre a prisão em segunda instancia ja foi mudado 4 vezes desde a constituição de 86,e dessa vez com total influência da prisão do lula....não tem como defender que QUALQUER bandido só comece a cumprir pena depois de todos os recurso(o que não são poucos).Na minha opinião apos segunda instancia que ja e uma decisão colegiada ja e para inicio de cumprimento da pena.
Lula é alvo de excludente de ilicitude
Juízes do TRF-4 e representante do Ministério Público Federal deram a entender que tudo é permitido a quem acusa e julga
Reinaldo Azevedo
Folha de S. Paulo, 29.nov.2019 às 2h00
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo/2019/11/lula-e-alvo-de-excludente-de-ilicitude.shtml
O julgamento do recurso de Lula pela 8ª Turma do TRF-4 na última quarta (27) nada teve a ver com direito, leis, Constituição e outros substantivos que afastam a barbárie em benefício do pacto civilizatório.
O que se viu no tribunal foi um concerto de vontades em favor de uma forma especial de excludente de ilicitude. Também nesse particular, o procurador-regional da República Maurício Gotardo Gerum e os três desembargadores se mostraram bastante afinados com o governo de turno.
Excludente de ilicitude? Os magistrados e o representante do Ministério Público Federal deram a entender que tudo é permitido a quem acusa e julga: do plágio descarado na sentença, praticado pela juíza Gabriela Hardt —só 1%, destacou João Pedro Gebran Neto, o relator—, aos pitos e lições de moral dirigidos ao réu. Wesley Safadão não sabia, mas estava rebolando um clássico do direito contemporâneo ao cantar: “99% anjo, perfeito/ Mas aquele 1% é vagabundo”.
Hardt, a mesma juíza que havia homologado aquele acordo que garantia o emprego de multa paga pela Petrobras numa fundação de direito privado, teve seu trabalho elogiado pelo relator. Que este ignorasse o escândalo do plágio, já seria do balacobaco. Que a cópia dos 40 parágrafos tenha dado ensejo a encômios e retórica laudatória, bem...
Eis o excludente de ilicitude que troca a pistola pela toga. Essa mesma turma anulou outra sentença da juíza —no caso, por colar a peça acusatória do Ministério Público. Mas sabem como é... Se Lula tem de ser preso, tudo é permitido.
A objetividade cedeu espaço ao proselitismo, à causa, ao embate que nada tinha a ver com Lula. Gebran Neto, Leandro Paulsen e Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz já não respondiam à ordem legal, ao direito, às regras escritas, mas ao alarido e a corporações eventualmente feridas em sua onipotência.
Como restou claro nos votos, os crimes atribuídos ao réu ofendiam menos a consciência jurídica do grupo do que a insistência em declarar-se inocente e em apontar um concerto político para aprisioná-lo.
Há de se evocar aqui a metáfora, que já é um clichê nos cursos de direito, do moleiro que se insurge contra Frederico, o Grande. A tanto o súdito se atreveu na certeza de que ainda existiam juízes em Berlim.
Em brilhante artigo, o desembargador Ney Bello, do TRF-1, elaborou a síntese perfeita: “Os juízes abandonaram Berlim quando substituíram o direito pela sua moral particular e viram-se como profetas de um novo amanhecer. Alguns substituindo os códigos por uma Bíblia ou outro texto sagrado, o que é mais assustador ainda”.
A 8ª Turma do TRF-4 não tinha de necessariamente seguir a maioria formada no Supremo: no julgamento de um habeas corpus, o tribunal decidiu por maioria de 7 a 4 que devem ser anuladas as sentenças em que o corréu delatado teve negado o pedido para entregar suas alegações finais depois do corréu delator.
A ação penal sobre o sítio de Atibaia se inscreve no caso. Ressalto tratar-se de decisão ancorada no inciso LV do artigo 5º, uma cláusula pétrea, que assegura “o contraditório e a ampla defesa”. Mas também as cláusulas pétreas, com perdão do trocadilho, se tornaram pedras para alvejar a ordem legal. Flertamos mais com a Berlim de 1940 do que com a de 1740...
Um colegiado não estar obrigado pela burocracia judicial a seguir um fundamento civilizatório não pode ser entendido como carta branca para uma decisão obviamente concertada, que mal esconde, e nem é preciso apelar às entrelinhas, o intuito de desafiar o entendimento da corte constitucional da Berlim do cerrado, alinhando-se, como ignorar?, com as vontades de Frederico, o Grande de turno.
Em 2018, Sergio Moro aceitou o convite para ser ministro de Bolsonaro sete meses depois de assinar a ordem de prisão de Lula. Segundo revelou Gustavo Bebianno em entrevista a Fábio Pannunzio, o então juiz já havia mantido cinco ou seis conversas, no curso da campanha, com Paulo AI-5 Guedes sobre a possibilidade de assumir a Justiça. Insuspeito de isenção, convenham.
O TRF-4 me faz crer que a campanha de 2022 realmente já começou.
Reinaldo Azevedo
Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Entao o que fazer?Sentar e ver corruptos como cunha,aecio,lula..ou assasinos como o Nardoni soltos e rindo de nossas caras?JAZZigo escreveu:Se dependermos de decisões colegiadas como esta, nossos direitos e garantias individuais vão pro saco de vez!!!johny leandro escreveu:Porem o entendimento sobre a prisão em segunda instancia ja foi mudado 4 vezes desde a constituição de 86,e dessa vez com total influência da prisão do lula....não tem como defender que QUALQUER bandido só comece a cumprir pena depois de todos os recurso(o que não são poucos).Na minha opinião apos segunda instancia que ja e uma decisão colegiada ja e para inicio de cumprimento da pena.
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johny leandro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
^Talvez o melhor a fazer seja respeitar a Constituição e dar aos réus o mínimo, que é julgamento justo e imparcial.
O caso do nine fingers é perfeito. Como o processo todo foi contaminado, é impossível provar de forma definitiva sua culpa.
Foram dezenas de aberrações em série, e estamos começando a pagar por esses erros...
Você foi ao mercado esse fim de semana???
O caso do nine fingers é perfeito. Como o processo todo foi contaminado, é impossível provar de forma definitiva sua culpa.
Foram dezenas de aberrações em série, e estamos começando a pagar por esses erros...
Você foi ao mercado esse fim de semana???
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
johny leandro escreveu:Entao o que fazer?Sentar e ver corruptos como cunha,aecio,lula..ou assasinos como o Nardoni soltos e rindo de nossas caras?JAZZigo escreveu:Se dependermos de decisões colegiadas como esta, nossos direitos e garantias individuais vão pro saco de vez!!!johny leandro escreveu:Porem o entendimento sobre a prisão em segunda instancia ja foi mudado 4 vezes desde a constituição de 86,e dessa vez com total influência da prisão do lula....não tem como defender que QUALQUER bandido só comece a cumprir pena depois de todos os recurso(o que não são poucos).Na minha opinião apos segunda instancia que ja e uma decisão colegiada ja e para inicio de cumprimento da pena.
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O Rico "roubou" minhas palavras e com louvor.Rico escreveu:^Talvez o melhor a fazer seja respeitar a Constituição e dar aos réus o mínimo, que é julgamento justo e imparcial.
O caso do nine fingers é perfeito. Como o processo todo foi contaminado, é impossível provar de forma definitiva sua culpa.
Foram dezenas de aberrações em série, e estamos começando a pagar por esses erros...
Você foi ao mercado esse fim de semana???
JAZZigo- FCBR-CT
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johny leandro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Rico escreveu:Você foi ao mercado esse fim de semana???
Eu fui...
Primeira coisa que pesquisei no Google quando acordei hoje foi "receitas veganas".
allexcosta- Administrador
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JAZZigo- FCBR-CT
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Editorial Estadão, 03/12/2019, 03h00
Nova ameaça do amigo Trump
É difícil dizer se a passividade de Jair Bolsonaro diante de uma evidente agressão reflete seu despreparo, uma espantosa ingenuidade ou incompreensão do que se passa no cenário internacional. Ou será uma mistura de tudo isso?
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
03 de dezembro de 2019 | 03h00
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,nova-ameaca-do-amigo-trump,70003111144
Guia espiritual, modelo ideológico e inspirador diplomático do presidente Jair Bolsonaro, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar o Brasil com barreiras à importação de aço e alumínio. Segundo ele, o governo brasileiro vem promovendo “maciça desvalorização” de sua moeda e prejudicando, com esse expediente, o comércio exterior dos Estados Unidos. A acusação e a ameaça valem também para a Argentina. A depreciação do real e do peso barateia produtos brasileiros e argentinos, facilitando uma competição desleal com os industriais e agricultores americanos. Essa é a essência do argumento. Teria sentido se a acusação fosse verdadeira. Mas chega a ser uma perversão acusar os governos de Brasília e de Buenos Aires pela desvalorização de suas moedas nacionais. Trata-se de evidente fenômeno de mercado, como percebe qualquer pessoa razoavelmente informada.
Indagado sobre a ameaça, num contato com a imprensa, o presidente Bolsonaro prometeu conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e, se necessário, buscar um contato com o presidente americano. “Se for o caso, ligo para o Trump”, disse Bolsonaro, acrescentando ter “canal aberto” com a Casa Branca.
Mais uma vez o presidente brasileiro misturou o relacionamento pessoal – real ou imaginário – com assuntos de governo e projetos políticos. O presidente Donald Trump está obviamente movendo peças num jogo de seu interesse – e, até certo ponto, de interesse de segmentos da produção americana. A economia dos Estados Unidos continua em crescimento, mas sinais de enfraquecimento têm sido apontados por analistas. Alguns apontam risco de recessão.
Há divergências quanto a esse risco, mas o presidente, candidato à reeleição e ainda sujeito a um processo de impeachment, tem evidente interesse em preservar o apoio de seu eleitorado, em boa parte favorável ao protecionismo, e em evitar más notícias econômicas desde a fase pré-eleitoral.
O ataque ao Brasil e à Argentina é basicamente uma ampliação do conflito comercial entre Estados Unidos e parceiros bem mais fortes e ameaçadores que qualquer país sul-americano. A China é o principal adversário. Em segundo lugar está a União Europeia.
Acusações de manipulação cambial têm sido dirigidas ao governo chinês e, de vez em quando, a autoridades alemãs, embora a Alemanha seja apenas um dos integrantes da zona do euro. É o sócio mais forte, sem dúvida, mas é uma evidente fantasia acusar o governo alemão de provocar a depreciação da moeda comum.
No caso do Brasil a fantasia colide com dados perfeitamente visíveis do dia a dia. Para conter a instabilidade, o Banco Central (BC) tem vendido grandes volumes de dólares no mercado cambial. Qualquer participante do mercado – e isso inclui muitos investidores estrangeiros – conhece muito bem esses fatos. A aparente ignorância do presidente Trump e de gente de seu governo é tão notável quanto suspeita.
Entrevistado ontem por uma tevê americana, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, falou sobre negociações com a China, falou em novas tarifas se falhar um acordo e depois foi questionado a respeito de Brasil e Argentina. “Nossos melhores aliados precisam também cumprir as regras”, respondeu, concentrando-se no problema do real. Então, repetiu a acusação e a ameaça de Trump. Mas é preciso respeitar regras formuladas por quem?
Nenhuma regra cambial ou comercial foi violada por autoridades brasileiras ou argentinas, exceto, talvez, alguma regra inventada por Trump. Sua ameaça é mais uma exibição de sua conhecida truculência. “Espero que Trump tenha entendimento e não nos penalize”, disse o presidente Jair Bolsonaro. “Tenho quase certeza de que ele vai nos atender.” Quase certeza, apesar de sua decantada amizade com Trump, do “canal aberto” e das superiores qualidades do presidente americano? É difícil dizer se a passividade de Bolsonaro diante de uma evidente agressão reflete seu despreparo em relação a questões de Estado, uma espantosa ingenuidade ou incompreensão do que se passa no cenário internacional. Ou será uma mistura de tudo isso?
É difícil dizer se a passividade de Jair Bolsonaro diante de uma evidente agressão reflete seu despreparo, uma espantosa ingenuidade ou incompreensão do que se passa no cenário internacional. Ou será uma mistura de tudo isso?
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
03 de dezembro de 2019 | 03h00
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,nova-ameaca-do-amigo-trump,70003111144
Guia espiritual, modelo ideológico e inspirador diplomático do presidente Jair Bolsonaro, o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar o Brasil com barreiras à importação de aço e alumínio. Segundo ele, o governo brasileiro vem promovendo “maciça desvalorização” de sua moeda e prejudicando, com esse expediente, o comércio exterior dos Estados Unidos. A acusação e a ameaça valem também para a Argentina. A depreciação do real e do peso barateia produtos brasileiros e argentinos, facilitando uma competição desleal com os industriais e agricultores americanos. Essa é a essência do argumento. Teria sentido se a acusação fosse verdadeira. Mas chega a ser uma perversão acusar os governos de Brasília e de Buenos Aires pela desvalorização de suas moedas nacionais. Trata-se de evidente fenômeno de mercado, como percebe qualquer pessoa razoavelmente informada.
Indagado sobre a ameaça, num contato com a imprensa, o presidente Bolsonaro prometeu conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e, se necessário, buscar um contato com o presidente americano. “Se for o caso, ligo para o Trump”, disse Bolsonaro, acrescentando ter “canal aberto” com a Casa Branca.
Mais uma vez o presidente brasileiro misturou o relacionamento pessoal – real ou imaginário – com assuntos de governo e projetos políticos. O presidente Donald Trump está obviamente movendo peças num jogo de seu interesse – e, até certo ponto, de interesse de segmentos da produção americana. A economia dos Estados Unidos continua em crescimento, mas sinais de enfraquecimento têm sido apontados por analistas. Alguns apontam risco de recessão.
Há divergências quanto a esse risco, mas o presidente, candidato à reeleição e ainda sujeito a um processo de impeachment, tem evidente interesse em preservar o apoio de seu eleitorado, em boa parte favorável ao protecionismo, e em evitar más notícias econômicas desde a fase pré-eleitoral.
O ataque ao Brasil e à Argentina é basicamente uma ampliação do conflito comercial entre Estados Unidos e parceiros bem mais fortes e ameaçadores que qualquer país sul-americano. A China é o principal adversário. Em segundo lugar está a União Europeia.
Acusações de manipulação cambial têm sido dirigidas ao governo chinês e, de vez em quando, a autoridades alemãs, embora a Alemanha seja apenas um dos integrantes da zona do euro. É o sócio mais forte, sem dúvida, mas é uma evidente fantasia acusar o governo alemão de provocar a depreciação da moeda comum.
No caso do Brasil a fantasia colide com dados perfeitamente visíveis do dia a dia. Para conter a instabilidade, o Banco Central (BC) tem vendido grandes volumes de dólares no mercado cambial. Qualquer participante do mercado – e isso inclui muitos investidores estrangeiros – conhece muito bem esses fatos. A aparente ignorância do presidente Trump e de gente de seu governo é tão notável quanto suspeita.
Entrevistado ontem por uma tevê americana, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, falou sobre negociações com a China, falou em novas tarifas se falhar um acordo e depois foi questionado a respeito de Brasil e Argentina. “Nossos melhores aliados precisam também cumprir as regras”, respondeu, concentrando-se no problema do real. Então, repetiu a acusação e a ameaça de Trump. Mas é preciso respeitar regras formuladas por quem?
Nenhuma regra cambial ou comercial foi violada por autoridades brasileiras ou argentinas, exceto, talvez, alguma regra inventada por Trump. Sua ameaça é mais uma exibição de sua conhecida truculência. “Espero que Trump tenha entendimento e não nos penalize”, disse o presidente Jair Bolsonaro. “Tenho quase certeza de que ele vai nos atender.” Quase certeza, apesar de sua decantada amizade com Trump, do “canal aberto” e das superiores qualidades do presidente americano? É difícil dizer se a passividade de Bolsonaro diante de uma evidente agressão reflete seu despreparo em relação a questões de Estado, uma espantosa ingenuidade ou incompreensão do que se passa no cenário internacional. Ou será uma mistura de tudo isso?
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mais uma:
https://www.youtube.com/watch?v=nNBhFxjWdKE
https://www.youtube.com/watch?v=nNBhFxjWdKE
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Esse é Paulo guedes. Economista sem nenhum credito entre economistas e conhecido por uma carreira extensa de falcatruas e enriquecimento ilicito sempre com jogadas no mercado financeiro
luiztebet- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
"O Brasil está vivendo um novo tipo de ditadura, que tem como pilares a disseminação de notícias falsas e sucessivos ataques à Educação."
https://outline.com/ZGNcpv
Manuel Castells, teóricos da comunicação e autor de livros como “A Sociedade em Rede” e “Galáxia da Internet”.
Entrevista muito interessante em que, entre coisas que suspeitávamos ("As pessoas não leem os jornais ou veem o noticiário para se informar, mas para se confirmar. Leem ou assistem o que sabem que vão concordar. Não vão ler algo de outra orientação cultural, ideológica ou política." e "... vivemos em uma sociedade de informação desinformada. Temos mais informação do que nunca, mas a capacidade de processá-la e entendê-la depende da educação e ela, em geral, mas particulamente no Brasil, está em muito mau estado. E vai ficar pior, porque o próprio presidente acha que a educação não serve e vai cortar os investimentos na área."), chamam a atenção os fortes indícios de que estamos vivendo sob uma ditadura Orwelliana. Para enfrentá-la, além de um campo democrático reestruturado (baseado não em partidos, mas na capacidade das pessoas de se rebelarem contra sua exploração, sua manipulação, e sua opressão), será imprescindível uma forte atuação nas redes de comunicação (virtuais e reais), onde esse embate tem se desenrolado.
COMO FUNCIONA O FASCISMO (NO BRASIL)
Resgatando o tema original do tópico...
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
JAZZigo escreveu:Resgatando o tema original do tópico...
(...)
Ótimo e esclarecedor.
Infeliz e lamentavelmente ótimo e esclarecedor...
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
É (ou não ) difícil de acreditar, mas esse retardado tá querendo que as salas de aula sejam separadas para meninos e meninas.
Quando a imbecilidade chega a níveis antes inimagináveis...
Quando a imbecilidade chega a níveis antes inimagináveis...
Jãozeiro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
pressão?
feministas?
embaixada?
feministas?
embaixada?
Raul S.- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
TV Escola, do MEC, lança série que defende revisionismo histórico
Série é produzida pela produtora Brasil Paralelo conhecida por lançar filmes e livros dedicados a combater ‘ideias esquerdistas’ na história
A Tv Escola, ligada ao Ministério da Educação, lançou na segunda-feira 9 a série Brasil: a última cruzada, que vai abordar a história do Brasil com visão ideológica de direita e conservadora. No primeiro episódio, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho foi um dos entrevistados.
Ainda são esperados nomes como José Carlos Sepúlveda, intitulado discípulo de Plínio Corrêa de Oliveira (líder da TFP, a Tradição, Família e Propriedade), o delegado, católico e autor de livros jurídicos Rafael Vitola, o licenciado em história Thomas Giulliano Ferreira dos Santos, que escreveu um livro em que critica Paulo Freire, e o analista político Percival Puggina, também conservador e religioso.
(...)
https://www.cartacapital.com.br/educacao/tv-escola-do-mec-lanca-serie-que-defende-revisionismo-historico/?utm_campaign=newsletter_carta_educacao_12122019&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
Weintraub: “O País vive a maior revolução do ensino nos últimos 20 anos”
O ministro da educação Abraham Weintraub afirmou durante reunião da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados que o país “vive a maior revolução na área do ensino dos últimos 20 anos”. “O símbolo máximo disso é que sai o kit gay e entram livros para as crianças lerem com os pais, as crianças que estão fora das creches começarão a chegar no ano que vem, teremos internet a todas as escolas públicas do Brasil”, declarou durante a sessão.
(...)
E que, daqui para frente, o Reino da Banânia tenha muita sorte, mesmo, já que não teve mínimo juízo...
Mas, pensando bem, no final das contas, foi a "proposta vencedora" nas eleições, como costuma dizer nosso "rei", né ??
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2019/12/13/ex-diretor-do-inpe-ricardo-galvao-e-escolhido-um-dos-10-cientistas-de-2019-pela-revista-nature.ghtml
E para quem não se lembra do passado do bozo. Recordar é viver:
https://nossapolitica.net/2018/05/1989-exercito-despejou-bolsonaro/
https://veja.abril.com.br/blog/reveja/o-artigo-em-veja-e-a-prisao-de-bolsonaro-nos-anos-1980/
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/inocente-culpado-30-anos-julgamento-que-pos-fim-carreira-militar-bolsonaro/
E para quem não se lembra do passado do bozo. Recordar é viver:
https://nossapolitica.net/2018/05/1989-exercito-despejou-bolsonaro/
https://veja.abril.com.br/blog/reveja/o-artigo-em-veja-e-a-prisao-de-bolsonaro-nos-anos-1980/
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/inocente-culpado-30-anos-julgamento-que-pos-fim-carreira-militar-bolsonaro/
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Jãozeiro- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
O monarca bananiense, Rei Ener E. Gúmeno I, rei eleito de Banânia, e seu séquito de 57,8 milhões de felizes e orgulhosos bananienses continuam sua guerra santa contra os terríveis fantasmas comunistas !!! São os ventos do iluminismo e da modernidade chegando a Banânia !!
Câmara de Salvador troca Paulo Freire por José Bonifácio em nome de escola
Autor do projeto, o vereador Alexandre Aleluia (DEM) imitou Bolsonaro e também chamou o filósofo de energúmeno
A Câmara Municipal de Salvador (BA) aprovou, na terça-feira 17, um projeto de lei que muda o nome da Escola Municipal Educador Paulo Freire para Escola Municipal José Bonifácio. A decisão dos parlamentares ocorreu um dia após o presidente Jair Bolsonaro chamar o filósofo de “energúmeno”.
(...)
https://www.cartacapital.com.br/politica/camara-de-salvador-troca-paulo-freire-por-jose-bonifacio-em-nome-de-escola/?utm_campaign=newsletter_carta_educacao_19122019&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
Câmara de Salvador troca Paulo Freire por José Bonifácio em nome de escola
Autor do projeto, o vereador Alexandre Aleluia (DEM) imitou Bolsonaro e também chamou o filósofo de energúmeno
A Câmara Municipal de Salvador (BA) aprovou, na terça-feira 17, um projeto de lei que muda o nome da Escola Municipal Educador Paulo Freire para Escola Municipal José Bonifácio. A decisão dos parlamentares ocorreu um dia após o presidente Jair Bolsonaro chamar o filósofo de “energúmeno”.
(...)
https://www.cartacapital.com.br/politica/camara-de-salvador-troca-paulo-freire-por-jose-bonifacio-em-nome-de-escola/?utm_campaign=newsletter_carta_educacao_19122019&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
peter.forc- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Enquanto isso o MPRJ já descobriu as ligações do bozinho com os milicianos...
O fim está próximo!
O fim está próximo!
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
É isso que foi "despertado" no Brasil:
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/12/17/estatua-de-baiana-de-acaraje-e-incendiada-no-centro-historico-de-salvador-associacao-suspeita-de-intolerancia-religiosa.ghtml
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/12/17/estatua-de-baiana-de-acaraje-e-incendiada-no-centro-historico-de-salvador-associacao-suspeita-de-intolerancia-religiosa.ghtml
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:É isso que foi "despertado" no Brasil:
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/12/17/estatua-de-baiana-de-acaraje-e-incendiada-no-centro-historico-de-salvador-associacao-suspeita-de-intolerancia-religiosa.ghtml
Uma reportagem dessa é no mínimo leviana, bem como compartilhar...
Texto da própria reportagem
"Segundo informações da presidente da ABAM, Rita Santos, o incêndio também atingiu a parede do memorial e um ar condicionado. Ela acredita que o ato de vandalismo foi causado por intolerância religiosa.
De acordo com a presidente da ABAM, não há informações sobre quem incendiou o monumento. Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada, debelou as chamas, mas a estátua ficou destruída."
Como a pessoa não tem ideia de quem fez isso pode afirmar q foi intolerância religiosa? E se foi um Zé drogiinha, um moleque querendo tirar uma onda ou coisa do tipo... É igual aquela lésbica q apoia o Bolsonaro que arrumou confusão apanhou e vem dizer q foi homofobia... Por favor...
NETOULTRA- Membro
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Je Suis Porta dos Fundos - por Tony Goes
Je Suis Porta dos Fundos
Não importa se você não acha graça no grupo: chegou a hora de defendê-lo
Tony Goes
Folha de S. Paulo, 26.dez.2019 às 12h00
https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/tonygoes/2019/12/je-suis-porta-dos-fundos.shtml
SÃO PAULO - Uma linha foi cruzada esta semana. O prédio onde fica a sede do Porta dos Fundos, no bairro carioca do Humaitá, foi alvo de um atentado terrorista, na madrugada de terça (24).
Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram três encapuzados atirando coquetéis molotov na portaria do edifício e fugindo em seguida. O incêndio causado pelas bombas foi rapidamente controlado e ninguém se feriu, mas isto não diminui a gravidade do caso.
Nesta quarta (25), dia de Natal, um grupo que se diz integralista (a variante brasileira do fascismo) assumiu a autoria do ataque. O vídeo divulgado pelo tal “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira” mostra a ação dos mascarados por outro ângulo, o que torna mais crível sua declaração de culpa.
O Porta dos Fundos vem recebendo pesadas críticas desde o início de dezembro, quando lançou na Netflix o especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”. O programa mostra um Jesus em dúvida quanto à sua missão divina, e com nítidas tendências homossexuais. No final, ele aceita ser o Messias e destrói o demônio que o tentou no deserto, mas nada disso importou aos queixosos. Para eles, só fato de insinuar que Jesus fosse gay já é uma blasfêmia.
Uma petição online pedindo à Netflix que retire o especial de sua grade já angariou mais de um milhão de assinaturas. Um deputado federal quer proibir o programa, reinstalando a censura no Brasil. Deputados estaduais de São Paulo pretendem implantar uma “CPI do Porta dos Fundos”.
Todas essas reações, por questionáveis que sejam, são legítimas. Há muito oportunismo nas falas de alguns políticos que investem contra o grupo, e fica patente que muitos sequer viram o especial de 2019 até o fim. O curioso é que o especial de 2018, premiado com o Emmy Internacional, mostrava um Jesus adúltero, desonesto e beberrão, e não gerou maiores reclamações.
Jogar bomba, ainda que na calada da noite e sem ninguém por perto, é bem outra coisa. É crime. É uma violência inadmissível, ainda mais vinda de gente que se diz cristã – e na época do Natal, ainda por cima.
A violência religiosa não é novidade no Brasil de hoje. Terreiros de candomblé vem sendo destruídos por evangélicos pelo país afora. Um grupo católico radical tentou impedir, no Rio de Janeiro, a celebração de uma missa com elementos africanos. Agora temos nosso primeiro atentando a bomba. Falta quanto para o primeiro morto?
É por isto que eu bato no peito e declaro em alto e bom som: je suis Porta dos Fundos. E não é porque eu seja fã do grupo desde 2012, nem porque eu realmente tenha rido muito com “A Primeira Tentação de Cristo”. É porque eu acredito na liberdade de expressão, no estado laico e na não violência para a resolução dos conflitos.
É fundamental que os culpados por esse atentado vil sejam presos, julgados e condenados. Não tem essa de “ah, mas o Porta dos Fundos bem que provocou”. O verdadeiro cidadão de bem recorre à Justiça quando se sente ofendido, não ao coquetel molotov. O verdadeiro cristão oferece a outra face.
Je suis Porta dos Fundos, e você também deveria ser.
Tony Goes tem 58 anos. Nasceu no Rio de Janeiro, mas vive em São Paulo desde pequeno. Já escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. E atualiza diariamente o blog que leva seu nome: tonygoes.com.br
Não importa se você não acha graça no grupo: chegou a hora de defendê-lo
Tony Goes
Folha de S. Paulo, 26.dez.2019 às 12h00
https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/tonygoes/2019/12/je-suis-porta-dos-fundos.shtml
SÃO PAULO - Uma linha foi cruzada esta semana. O prédio onde fica a sede do Porta dos Fundos, no bairro carioca do Humaitá, foi alvo de um atentado terrorista, na madrugada de terça (24).
Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram três encapuzados atirando coquetéis molotov na portaria do edifício e fugindo em seguida. O incêndio causado pelas bombas foi rapidamente controlado e ninguém se feriu, mas isto não diminui a gravidade do caso.
Nesta quarta (25), dia de Natal, um grupo que se diz integralista (a variante brasileira do fascismo) assumiu a autoria do ataque. O vídeo divulgado pelo tal “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira” mostra a ação dos mascarados por outro ângulo, o que torna mais crível sua declaração de culpa.
O Porta dos Fundos vem recebendo pesadas críticas desde o início de dezembro, quando lançou na Netflix o especial de Natal “A Primeira Tentação de Cristo”. O programa mostra um Jesus em dúvida quanto à sua missão divina, e com nítidas tendências homossexuais. No final, ele aceita ser o Messias e destrói o demônio que o tentou no deserto, mas nada disso importou aos queixosos. Para eles, só fato de insinuar que Jesus fosse gay já é uma blasfêmia.
Uma petição online pedindo à Netflix que retire o especial de sua grade já angariou mais de um milhão de assinaturas. Um deputado federal quer proibir o programa, reinstalando a censura no Brasil. Deputados estaduais de São Paulo pretendem implantar uma “CPI do Porta dos Fundos”.
Todas essas reações, por questionáveis que sejam, são legítimas. Há muito oportunismo nas falas de alguns políticos que investem contra o grupo, e fica patente que muitos sequer viram o especial de 2019 até o fim. O curioso é que o especial de 2018, premiado com o Emmy Internacional, mostrava um Jesus adúltero, desonesto e beberrão, e não gerou maiores reclamações.
Jogar bomba, ainda que na calada da noite e sem ninguém por perto, é bem outra coisa. É crime. É uma violência inadmissível, ainda mais vinda de gente que se diz cristã – e na época do Natal, ainda por cima.
A violência religiosa não é novidade no Brasil de hoje. Terreiros de candomblé vem sendo destruídos por evangélicos pelo país afora. Um grupo católico radical tentou impedir, no Rio de Janeiro, a celebração de uma missa com elementos africanos. Agora temos nosso primeiro atentando a bomba. Falta quanto para o primeiro morto?
É por isto que eu bato no peito e declaro em alto e bom som: je suis Porta dos Fundos. E não é porque eu seja fã do grupo desde 2012, nem porque eu realmente tenha rido muito com “A Primeira Tentação de Cristo”. É porque eu acredito na liberdade de expressão, no estado laico e na não violência para a resolução dos conflitos.
É fundamental que os culpados por esse atentado vil sejam presos, julgados e condenados. Não tem essa de “ah, mas o Porta dos Fundos bem que provocou”. O verdadeiro cidadão de bem recorre à Justiça quando se sente ofendido, não ao coquetel molotov. O verdadeiro cristão oferece a outra face.
Je suis Porta dos Fundos, e você também deveria ser.
Tony Goes tem 58 anos. Nasceu no Rio de Janeiro, mas vive em São Paulo desde pequeno. Já escreveu para várias séries de humor e programas de variedades, além de alguns longas-metragens. E atualiza diariamente o blog que leva seu nome: tonygoes.com.br
JAZZigo- FCBR-CT
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Terrorismo fundamentalista não é novidade - por Dodô Azevedo
Terrorismo fundamentalista não é novidade na favela
Dodô Azevedo
Folha de S. Paulo, 26.dez.2019 às 13h46
https://quadronegro.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/terrorismo-fundamentalista-nao-e-novidade-na-favela/
Com o atentado à produtora Porta dos Fundos, a classe média foi apresentada ao terrorismo fundamentalista.
Um alvoroço. Onde vamos parar? Corram para as montanhas.
Na favela, hoje é apenas mais um dia de corre. De tocar a vida, não chegar atrasado no emprego, não chegar atrasado na fila de desempregados, descolar um bico, criar as crianças, pegar o busão e garantir o da janta.
Fundamentalismo religioso? Quem mora na favela sofre em sua rotina. Especialmente se for adepto de alguma religião de matriz africana.
O número de ataques a terreiros de Umbanda e Candomblé aumentou em 2019.
Zero comoção da classe média.
Há dez dias, a estátua da Baiana do Acarajé foi incendiada em Salvador.
Zero comoção da classe média.
O ataque ao grupo Porta dos Fundos foi um ataque à liberdade de expressão?
Pois na favela o direito de expressão segue esmagado entre traficantes evangélicos e a polícia que invade bailes funk.
Grupo de Integralistas conservadores terroristas é uma novidade no Brasil?
Não é. E quem tem a pele mais escura sabe disso desde que nasceu. Tenta chamar atenção para isso desde que nasceu.
Tenta ser visível.
No filme sul-coreano Parasita, uma família de classe média alta aproveita um temporal para passar uma noite aconchegante em casa. Ao mesmo tempo, em uma favela de Seul, uma família pobre vê a enxurrada alagar toda a sua casa e destruir o pouco que tinham.
No dia seguinte, a família pobre, ela toda empregada doméstica da família rica, ouve da patroa
– Ainda bem que choveu. Estava um calor insuportável.
O atentado terrorista ao Porta dos Fundos só não teve consequências mais graves porque o vigia noturno da produtora apagou o princípio de incêndio.
A faixa salarial de um vigia noturno CBO 5174-20 fica na casa dos R$ 1.201,50 mensais.
O vigia muito provavelmente mora em uma área da cidade onde ataques à liberdade de expressão, de ir e vir, e/ou de cunho religioso, são rotina.
Essa rotina cuja invisibilidade está na base do funcionamento deste neoliberalismo fracassado; do Chile à Coréia.
Pouco adianta prender e punir os terroristas que atacam a classe média sem dar o mesmo tratamento à seus equivalentes nas quebradas do país.
Mas, pedir por igual tratamento virou vitimismo.
Causa zero comoção.
Je suis Porta dos Fundos. Mas temos que ser também todos os terreiros de candomblé, todos os bailes funk, todas as vítimas de homofobia nas favelas.
É mais fácil ser apenas Porta dos Fundos? É. Em breve encontram os terroristas, os enquadram e pronto, estamos liberados para pensar nas tendências do verão 2020. Talvez até nos bloquinhos do carnaval encontremos algum hipster fantasiado de Integralista.
Difícil, hoje, é ser do candomblé na favela. É olhar pelo ódio ao funk. É ser viado, sapatão ou transgênero nas periferias onde o fascismo já existe e ninguém se importa.
Assustados, surpresos, em transe, vemos o mundo dos desprivilegiados invadir nossa bolha.
E não há solução para o transe que não seja o entendimento do todo. Do tempo e do espaço urbano. E da dimensão comum de nossa condição.
O único caminho é o que dá mais trabalho.
Sem seguí-lo, aí sim: onde vamos parar?
Dodô Azevedo
Folha de S. Paulo, 26.dez.2019 às 13h46
https://quadronegro.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/terrorismo-fundamentalista-nao-e-novidade-na-favela/
Com o atentado à produtora Porta dos Fundos, a classe média foi apresentada ao terrorismo fundamentalista.
Um alvoroço. Onde vamos parar? Corram para as montanhas.
Na favela, hoje é apenas mais um dia de corre. De tocar a vida, não chegar atrasado no emprego, não chegar atrasado na fila de desempregados, descolar um bico, criar as crianças, pegar o busão e garantir o da janta.
Fundamentalismo religioso? Quem mora na favela sofre em sua rotina. Especialmente se for adepto de alguma religião de matriz africana.
O número de ataques a terreiros de Umbanda e Candomblé aumentou em 2019.
Zero comoção da classe média.
Há dez dias, a estátua da Baiana do Acarajé foi incendiada em Salvador.
Zero comoção da classe média.
O ataque ao grupo Porta dos Fundos foi um ataque à liberdade de expressão?
Pois na favela o direito de expressão segue esmagado entre traficantes evangélicos e a polícia que invade bailes funk.
Grupo de Integralistas conservadores terroristas é uma novidade no Brasil?
Não é. E quem tem a pele mais escura sabe disso desde que nasceu. Tenta chamar atenção para isso desde que nasceu.
Tenta ser visível.
No filme sul-coreano Parasita, uma família de classe média alta aproveita um temporal para passar uma noite aconchegante em casa. Ao mesmo tempo, em uma favela de Seul, uma família pobre vê a enxurrada alagar toda a sua casa e destruir o pouco que tinham.
No dia seguinte, a família pobre, ela toda empregada doméstica da família rica, ouve da patroa
– Ainda bem que choveu. Estava um calor insuportável.
O atentado terrorista ao Porta dos Fundos só não teve consequências mais graves porque o vigia noturno da produtora apagou o princípio de incêndio.
A faixa salarial de um vigia noturno CBO 5174-20 fica na casa dos R$ 1.201,50 mensais.
O vigia muito provavelmente mora em uma área da cidade onde ataques à liberdade de expressão, de ir e vir, e/ou de cunho religioso, são rotina.
Essa rotina cuja invisibilidade está na base do funcionamento deste neoliberalismo fracassado; do Chile à Coréia.
Pouco adianta prender e punir os terroristas que atacam a classe média sem dar o mesmo tratamento à seus equivalentes nas quebradas do país.
Mas, pedir por igual tratamento virou vitimismo.
Causa zero comoção.
Je suis Porta dos Fundos. Mas temos que ser também todos os terreiros de candomblé, todos os bailes funk, todas as vítimas de homofobia nas favelas.
É mais fácil ser apenas Porta dos Fundos? É. Em breve encontram os terroristas, os enquadram e pronto, estamos liberados para pensar nas tendências do verão 2020. Talvez até nos bloquinhos do carnaval encontremos algum hipster fantasiado de Integralista.
Difícil, hoje, é ser do candomblé na favela. É olhar pelo ódio ao funk. É ser viado, sapatão ou transgênero nas periferias onde o fascismo já existe e ninguém se importa.
Assustados, surpresos, em transe, vemos o mundo dos desprivilegiados invadir nossa bolha.
E não há solução para o transe que não seja o entendimento do todo. Do tempo e do espaço urbano. E da dimensão comum de nossa condição.
O único caminho é o que dá mais trabalho.
Sem seguí-lo, aí sim: onde vamos parar?
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Já chegou a tropa da lacração com seus textoes e hashtags que vão mudar o mundo... Je suis é meuzovo...
NETOULTRA- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
A hipocrisia é uma coisa impressionante...
https://www.youtube.com/watch?v=Kq4e03Vcqig
https://www.youtube.com/watch?v=PwRznHs7w-8
https://www.youtube.com/watch?v=Kq4e03Vcqig
https://www.youtube.com/watch?v=PwRznHs7w-8
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Esperando um especial de natal com Maomé
NeyBass- Membro
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Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:A hipocrisia é uma coisa impressionante...
https://www.youtube.com/watch?v=Kq4e03Vcqig
https://www.youtube.com/watch?v=PwRznHs7w-8
De fato, isto não me surpreende - esta história já é conhecida. Este roteiro todo, aliás, NUNCA teve absolutamente nada a ver com direito, justiça, devido processo legal ou "investigação" criminal. E também não adiantou (e não vai adiantar) nada que a história real venha agora a público. Alguém ainda acredita que isso vai ser investigado, apurado ? Isto já deixou de ser racional há muito tempo. Nunca foi necessário conhecimento jurídico para compreender que essa ladainha de nosso ministro apenas funcionou (e funciona) como base de um plano de poder, nada mais. Quem não vê, simplesmente NÃO QUER ver... E não vai ver nunca, mesmo.
peter.forc- Membro
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Localização : Banânia
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
Oi?! Natal.. Maomé? Não entendi..NeyBass escreveu:Esperando um especial de natal com Maomé
Não sou religioso mas o Natal não é uma data religiosa cristã?!
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
WHead escreveu:Oi?! Natal.. Maomé? Não entendi..NeyBass escreveu:Esperando um especial de natal com Maomé
Não sou religioso mas o Natal não é uma data religiosa cristã?!
Pelo visto o colega não entendeu mt bem o conceito de Natal
GRRS- Membro
- Mensagens : 203
Localização : São Paulo
Re: Já Somos um País Fascista - por Dodô Azevedo (Parte III)
JAZZigo escreveu:Resgatando o tema original do tópico...
A matéria abaixo tem bastante a ver com o vídeo em questão. Aliás, para ser franco, entendo que os comentários (dos leitores) à matéria tem MAIS A VER com o vídeo do que a matéria em si, até...
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2019/12/31/o-que-se-sabe-sobre-o-suspeito-de-atacar-a-sede-do-porta-dos-fundos.htm
João Fellet - @joaofellet - Da BBC News Brasil em São Paulo
31/12/2019 14h48
Foragido, Eduardo Fauzi Richard Cerquise já foi condenado por dar soco em secretário municipal e é ligado a grupos integralistas.
peter.forc- Membro
- Mensagens : 1088
Localização : Banânia
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