Coronavírus
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Re: Coronavírus
Atualizando, a ajuda que posso dar na comunidade. Após uma semana insana de oferta e demanda por proteção respiratória, estoque de máscaras zerado.
luiztebet- Membro
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Re: Coronavírus
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250 mortos na Itália em um dia.
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allexcosta- Administrador
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Re: Coronavírus
JAZZigo escreveu:Também sou assim. Só acredito no que o Bozo posta nas redes sociais!Thales_Sr escreveu:BLZENI escreveu:Midia adora uma Fakenews.
resultado oficial: Negativo para Covid-19
Mídia tradicional tá caindo em descrédito e depois não sabe porque.
Pra mim isso foi mais uma tentativa de dar um "furo" de reportagem. 50% de chance de acertarem. Erraram....
É, pois só fazem fake news sobre Bolsonaro e Trump, confere?
Edit: Complementando o meu ponto sobre as fake news: Antigamente, as revistas (Veja, IstoÉ, Época... etc...), cobravam mensalidades/anuidades para seus assinantes. Ou seja, eram sustentadas por essa verba. Precisavam manter as assinaturas para continuar recebendo fluxo de caixa.
Depois de um tempo, passaram a oferecer as assinaturas por valores módicos (eu "assinei" um ano de Época por 9,90.... a revista nas bancas custava os exatos 9,90... negócio da China hein!!!), curiosamente a quantidade de anúncios cresceu bastante, vários publieditoriais.... Quem estava pagando as contas da revista, já que certamente não eram meus 9,90/ano?
Os sites de notícia hoje, quem paga os custos? De onde vem o dinheiro pra pagar o salário dos funcionários/infraestrutura (aluguel, contas, etc...)? É mais importante dar uma notícia correta, bem embasada, ou ser o primeiro a dar a notícia? Não entro no mérito de ser certo ou errado, mas é importante lembrar que negócios servem pra gerar $$$, e as vezes eles vêm de formas, digamos, alternativas. (O McDonalds, por exemplo, ganha muito dinheiro com aluguel de terreno...)
Thales_Sr- Moderador
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Re: Coronavírus
Você desconsidera a redução de custos, a quantidade de assinantes e a renda obtida com as assinaturas digitais. Além disso, existem categorias de assinatura. Se não quiser publicidade, basta pagar um pouco mais caro. Eu mesmo, passei a assinar diversas publicações que jamais havia assinado, exatamente por serem digitais, pela praticidade e porque detesto papel velho acumulado no fundo do armário.Thales_Sr escreveu:Edit: Complementando o meu ponto sobre as fake news: Antigamente, as revistas (Veja, IstoÉ, Época... etc...), cobravam mensalidades/anuidades para seus assinantes. Ou seja, eram sustentadas por essa verba. Precisavam manter as assinaturas para continuar recebendo fluxo de caixa.
Depois de um tempo, passaram a oferecer as assinaturas por valores módicos (eu "assinei" um ano de Época por 9,90.... a revista nas bancas custava os exatos 9,90... negócio da China hein!!!), curiosamente a quantidade de anúncios cresceu bastante, vários publieditoriais.... Quem estava pagando as contas da revista, já que certamente não eram meus 9,90/ano?
Os sites de notícia hoje, quem paga os custos? De onde vem o dinheiro pra pagar o salário dos funcionários/infraestrutura (aluguel, contas, etc...)?
A trumpista Fox News apenas publicou uma informação obtida do próprio 02 do Bozo, ou seja, em tese, uma fonte pra lá de fidedigna, a não ser que tenha havido má fé de um dos dois lados e, se houve, eu pergunto: que interesse a americana Fox News teria nisso?Thales_Sr escreveu:É mais importante dar uma notícia correta, bem embasada, ou ser o primeiro a dar a notícia? Não entro no mérito de ser certo ou errado, mas é importante lembrar que negócios servem pra gerar $$$, e as vezes eles vêm de formas, digamos, alternativas. (O McDonalds, por exemplo, ganha muito dinheiro com aluguel de terreno...)
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Coronavírus
Estratégia bozonarista, que também tem a ver diretamente com o dia 15.
Em tempo: hoje tem churrasco em Brasília e num certo condomínio do RJ. Beberão ao Bebiano, rsrsrs...
Tem gente que dá umas sortes...
Em tempo: hoje tem churrasco em Brasília e num certo condomínio do RJ. Beberão ao Bebiano, rsrsrs...
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Rico- Eterno Colaborador
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Re: Coronavírus
Desconsidero a redução de custos, pois o maior custo é pessoal, e esse não mudou. Muita notícia requer muita gente.JAZZigo escreveu:Você desconsidera a redução de custos, a quantidade de assinantes e a renda obtida com as assinaturas digitais. Além disso, existem categorias de assinatura. Se não quiser publicidade, basta pagar um pouco mais caro. Eu mesmo, passei a assinar diversas publicações que jamais havia assinado, exatamente por serem digitais, pela praticidade e porque detesto papel velho acumulado no fundo do armário.Thales_Sr escreveu:Edit: Complementando o meu ponto sobre as fake news: Antigamente, as revistas (Veja, IstoÉ, Época... etc...), cobravam mensalidades/anuidades para seus assinantes. Ou seja, eram sustentadas por essa verba. Precisavam manter as assinaturas para continuar recebendo fluxo de caixa.
Depois de um tempo, passaram a oferecer as assinaturas por valores módicos (eu "assinei" um ano de Época por 9,90.... a revista nas bancas custava os exatos 9,90... negócio da China hein!!!), curiosamente a quantidade de anúncios cresceu bastante, vários publieditoriais.... Quem estava pagando as contas da revista, já que certamente não eram meus 9,90/ano?
Os sites de notícia hoje, quem paga os custos? De onde vem o dinheiro pra pagar o salário dos funcionários/infraestrutura (aluguel, contas, etc...)?A trumpista Fox News apenas publicou uma informação obtida do próprio 02 do Bozo, ou seja, em tese, uma fonte pra lá de fidedigna, a não ser que tenha havido má fé de um dos dois lados e, se houve, eu pergunto: que interesse a americana Fox News teria nisso?Thales_Sr escreveu:É mais importante dar uma notícia correta, bem embasada, ou ser o primeiro a dar a notícia? Não entro no mérito de ser certo ou errado, mas é importante lembrar que negócios servem pra gerar $$$, e as vezes eles vêm de formas, digamos, alternativas. (O McDonalds, por exemplo, ganha muito dinheiro com aluguel de terreno...)
"A trumpista Fox News apenas publicou uma informação obtida do próprio 02 do Bozo, ou seja, em tese, uma fonte pra lá de fidedigna, a não ser que tenha havido má fé de um dos dois lados e, se houve, eu pergunto: que interesse a americana Fox News teria nisso?"
Vamos aguardar os esclarecimentos, pois o próprio Eduardo disse que não falou. Por enquanto tá um disse-não-disse, e não dá pra cravar nem um lado nem o outro. Ou dá?
Thales_Sr- Moderador
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Re: Coronavírus
Vou dizer uma coisa: mídia digital dá pouca grana no Brasil. Editorial dá pouca grana também. Os veículos de mídia impressa não aumentam sua circulação por causa de editorial. Estamos em 2020!!!
O que dá grana é publicidade, e na verdade a participação do privado nesse tipo de veículo, hoje é mínima! Não tem no privado!!!
A grana vem dos cofres públicos, do institucional!!!
E os maiores custos dessas empresas estão nos insumos! Vocês não tem ideia do custo de produção envolvido no impresso.
A folha é o segundo maior custo, sempre.
Tudo isso é pra reiterar a boa vontade do empresariado com essa bosta que alguns chamam de governo! Ele foi eleito pelo empresariado pra cumprir uma agenda, só que burro do jeito que é, o animal pensa que governa sozinho. Essa guerra com a mídia era historinha...
O que dá grana é publicidade, e na verdade a participação do privado nesse tipo de veículo, hoje é mínima! Não tem no privado!!!
A grana vem dos cofres públicos, do institucional!!!
E os maiores custos dessas empresas estão nos insumos! Vocês não tem ideia do custo de produção envolvido no impresso.
A folha é o segundo maior custo, sempre.
Tudo isso é pra reiterar a boa vontade do empresariado com essa bosta que alguns chamam de governo! Ele foi eleito pelo empresariado pra cumprir uma agenda, só que burro do jeito que é, o animal pensa que governa sozinho. Essa guerra com a mídia era historinha...
Última edição por Rico em Sáb Mar 14, 2020 3:46 pm, editado 1 vez(es)
Rico- Eterno Colaborador
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Re: Coronavírus
Rico escreveu:Vou dizer uma coisa: mídia digital dá pouca grana no Brasil. Editorial dá pouca grana também. Os veículos de mídia impressa não aumentam sua circulação por causa de editorial. Estamos em 2020!!!
O que dá grana é publicidade, e na verdade a participação do privado nesse tipo de veículo, hoje é mínima! Não tem no privado!!!
A grana vem dos cofres públicos, do institucional!!!
E os maiores custos dessas empresas estão nos insumos! Vocês não tem ideia do custo de produção envolvido no impresso.
A folha é o segundo maior custo, sempre.
Tudo isso é pra reiterar a boa vontade do empresariado com essa bosta que alguns chama de governo! Ele foi eleito.pelo empresariado pra cumprir uma agenda, só que burro do jeito que é, o animal pensa que governa sozinho. Essa guerra com a mídia era historinha...
Esse é meu ponto, o veículo vai enfatizar publicidade ou o público? Não é de hoje que venho percebendo essa tendência da mídia, e ao meu ver, o foco de grande parte da mídia é vender anúncios. Se conseguir informar algo no meio do processo, melhor. Se não conseguir, tá bom também.
Thales_Sr- Moderador
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Re: Coronavírus
^
Minhas assinaturas da Folha e do Estadão têm publicidade zero.
Minhas assinaturas da Folha e do Estadão têm publicidade zero.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Coronavírus
Thales_Sr escreveu:Rico escreveu:Vou dizer uma coisa: mídia digital dá pouca grana no Brasil. Editorial dá pouca grana também. Os veículos de mídia impressa não aumentam sua circulação por causa de editorial. Estamos em 2020!!!
O que dá grana é publicidade, e na verdade a participação do privado nesse tipo de veículo, hoje é mínima! Não tem no privado!!!
A grana vem dos cofres públicos, do institucional!!!
E os maiores custos dessas empresas estão nos insumos! Vocês não tem ideia do custo de produção envolvido no impresso.
A folha é o segundo maior custo, sempre.
Tudo isso é pra reiterar a boa vontade do empresariado com essa bosta que alguns chama de governo! Ele foi eleito.pelo empresariado pra cumprir uma agenda, só que burro do jeito que é, o animal pensa que governa sozinho. Essa guerra com a mídia era historinha...
Esse é meu ponto, o veículo vai enfatizar publicidade ou o público? Não é de hoje que venho percebendo essa tendência da mídia, e ao meu ver, o foco de grande parte da mídia é vender anúncios. Se conseguir informar algo no meio do processo, melhor. Se não conseguir, tá bom também.
Você só entendeu parte do que eu falei... O ponto é o seguinte: o impresso tá todo do lado do governo federal!!! Não existe essa de guerrinha! Isso é invenção, Bolsonarice, mentira, fake news... O dinheiro tá lá! A Globo perde no impresso e ganha 10 x mais de propaganda na TV! É um jogo, só isso!
Rico- Eterno Colaborador
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Localização : Rio de Janeiro
Re: Coronavírus
“Achatar a curva” de contágio para evitar o colapso do sistema hospitalar no Brasil, como já acontece na Itália.
Primeiro é preciso definir o tamanho da “curva”, já que os números não contabilizam os que, de um modo ou de outro, não são testados (https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2020/03/demanda-explode-e-hospital-albert-einstein-limita-exames-para-coronavirus.shtml). Depois, rastrear e isolar os infectados. Realizar a contenção do contato social.
https://g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/post/2020/03/16/como-achatar-a-curva-parte-1.ghtml
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51850382
Re: Coronavírus
O mais louco é que algumas semanas atrás o vilão do planeta Terra era a China. Bom, lá a turma já está dando rolê na rua (um amigo meu que está na China mandou vídeo). Coreia do Sul nem se fala. Corona Vírus é passado por lá.
Enquanto isso, Itália e EUA levando uma surra do vírus.
A incompetência italiana em cuidar da saúde do seu povo é exemplar. De primeira simplesmente colocaram de forma compulsória o país inteiro dentro das casas e ainda assim conseguem ser o país com a curva mais explosiva de casos e mortes.
Enquanto isso, Itália e EUA levando uma surra do vírus.
A incompetência italiana em cuidar da saúde do seu povo é exemplar. De primeira simplesmente colocaram de forma compulsória o país inteiro dentro das casas e ainda assim conseguem ser o país com a curva mais explosiva de casos e mortes.
Jãozeiro- Membro
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Localização : Doha - Qatar
Re: Coronavírus
Minha universidade fechou ontem. Aulas virtualizadas.
Usei hoje o Google Meet, e dei aula normalmente do meu computador. Os alunos disseram que foi o mesmo nível da presencial.
Que bom que podemos usar estas tecnologias para mitigar a atual crise.
Usei hoje o Google Meet, e dei aula normalmente do meu computador. Os alunos disseram que foi o mesmo nível da presencial.
Que bom que podemos usar estas tecnologias para mitigar a atual crise.
Re: Coronavírus
^ Sim,Ivanov, mas veja só essa reflexão:
Última edição por Jãozeiro em Ter Mar 17, 2020 12:32 pm, editado 1 vez(es)
Jãozeiro- Membro
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Re: Coronavírus
Achei hilária a recomendação dos governos, de "quem puder, trabalhe em home office".
Tá, mais e os 259% da população que não é hipster empreendedora digital, faz como? Dá o c*? Hehe
O Dória falou pra fechar os bares e restaurantes por 1 mês a partir de hoje (isso mesmo, 30 DIAS!). Aí a pessoa que se vire pra pagar as contas? Grandes empresas vão ter algum respaldo governamental (redução de impostos, adiamento de pagamentos, empréstimos, etc). Mas e o pequeno empresário? E os demais profissionais liberais, autônomos, gente que trabalha na rua? E os músicos?
O buraco é incrivelmente mais embaixo do que mandar trancafiar a população nas casas.
Tá, mais e os 259% da população que não é hipster empreendedora digital, faz como? Dá o c*? Hehe
O Dória falou pra fechar os bares e restaurantes por 1 mês a partir de hoje (isso mesmo, 30 DIAS!). Aí a pessoa que se vire pra pagar as contas? Grandes empresas vão ter algum respaldo governamental (redução de impostos, adiamento de pagamentos, empréstimos, etc). Mas e o pequeno empresário? E os demais profissionais liberais, autônomos, gente que trabalha na rua? E os músicos?
O buraco é incrivelmente mais embaixo do que mandar trancafiar a população nas casas.
Jãozeiro- Membro
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Re: Coronavírus
Compreendo que tem pessoas que não podem fazer, mas não é só galera hipster empreendedora digital que pode trabalhar de casa.Jãozeiro escreveu:Achei hilária a recomendação dos governos, de "quem puder, trabalhe em home office".
Tá, mais e os 259% da população que não é hipster empreendedora digital, faz como? Dá o c*? Hehe
O Dória falou pra fechar os bares e restaurantes por 1 mês a partir de hoje (isso mesmo, 30 DIAS!). Aí a pessoa que se vire pra pagar as contas? Grandes empresas vão ter algum respaldo governamental (redução de impostos, adiamento de pagamentos, empréstimos, etc). Mas e o pequeno empresário? E os demais profissionais liberais, autônomos, gente que trabalha na rua? E os músicos?
O buraco é incrivelmente mais embaixo do que mandar trancafiar a população nas casas.
Breno_Barnabe- Membro
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Re: Coronavírus
A UFF está fechada também...Ivanov_br escreveu:Minha universidade fechou ontem. Aulas virtualizadas.
Usei hoje o Google Meet, e dei aula normalmente do meu computador. Os alunos disseram que foi o mesmo nível da presencial.
Que bom que podemos usar estas tecnologias para mitigar a atual crise.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Coronavírus
Aqui no RJ começou um grupo solicitando isenção temporária de impostos para os músicos e estabelecimentos comerciais com música "ao vivo".Jãozeiro escreveu:Achei hilária a recomendação dos governos, de "quem puder, trabalhe em home office".
Tá, mais e os 259% da população que não é hipster empreendedora digital, faz como? Dá o c*? Hehe
O Dória falou pra fechar os bares e restaurantes por 1 mês a partir de hoje (isso mesmo, 30 DIAS!). Aí a pessoa que se vire pra pagar as contas? Grandes empresas vão ter algum respaldo governamental (redução de impostos, adiamento de pagamentos, empréstimos, etc). Mas e o pequeno empresário? E os demais profissionais liberais, autônomos, gente que trabalha na rua? E os músicos?
O buraco é incrivelmente mais embaixo do que mandar trancafiar a população nas casas.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Coronavírus
Pois bem, tenho visto colegas cujo único sustento é a atividade musical entrarem em desespero, pois muitas casas fecharam por tempo indeterminado e outras tiveram sua clientela bem reduzida. O quadro é mesmo dramático, espero que esse "desgoverno" pare de achar que tudo se resolve com memes ou comediantes vestidos de presidente e realmente tome medidas que possam minimizar todo o prejuízo que empresas, profissionais autonomos e "empreendedores" da economia informal terão!
Andremoura- Membro
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Re: Coronavírus
Se você acha que esse governo fará isso de bom grado, esqueça. Ele não foi eleito para isso... Só fará se for pressionado (basta ver as "falas" do elemento que por hora ocupa a cadeira presidencial).Andremoura escreveu:Pois bem, tenho visto colegas cujo único sustento é a atividade musical entrarem em desespero, pois muitas casas fecharam por tempo indeterminado e outras tiveram sua clientela bem reduzida. O quadro é mesmo dramático, espero que esse "desgoverno" pare de achar que tudo se resolve com memes ou comediantes vestidos de presidente e realmente tome medidas que possam minimizar todo o prejuízo que empresas, profissionais autonomos e "empreendedores" da economia informal terão!
Essa crise mundial nos deixa uma lição clara: O individualismo, o egoísmo, a "ideologia do f...-se", a "Lei de Gérson", tudo isso é profundamente falso e prejudicial, e nada como algo como um agente da Natureza, no caso um vírus (podia ser um meteoro - para "alegria" do Allex Costa...) para mostrar à todos a Realidade: Os seres humanos só se realizam, só se justificam em conjunto, em comunidade, em SOLIDARIEDADE.
É muito importante que evitemos à todo custo comprarmos em grandes redes, de grandes corporações; essas não serão afetadas em nada por essa crise (exceto pelas momentâneas e já conhecidas oscilações da bolsa, que tanta alegria dão aos parasitas especuladores!), mas sim dos pequenos comerciantes e prestadores de serviço dos nossos bairros - são esses que correm o risco de falir e jogar ainda mais pessoas na miséria e no desemprego.
E não se enganem: Os bancos, esses sempre sairão ganhando...
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
- Mensagens : 16619
Localização : Niterói, RJ
Re: Coronavírus
Andremoura escreveu:Pois bem, tenho visto colegas cujo único sustento é a atividade musical entrarem em desespero, pois muitas casas fecharam por tempo indeterminado e outras tiveram sua clientela bem reduzida. O quadro é mesmo dramático, espero que esse "desgoverno" pare de achar que tudo se resolve com memes ou comediantes vestidos de presidente e realmente tome medidas que possam minimizar todo o prejuízo que empresas, profissionais autonomos e "empreendedores" da economia informal terão!
É da natureza da crise. Como seria se não fosse assim? Se criaria dinheiro do nada, do ar?
Mauricio Luiz Bertola escreveu:(podia ser um meteoro - para "alegria" do Allex Costa...)
Mauricio Luiz Bertola escreveu:para mostrar à todos a Realidade: Os seres humanos só se realizam, só se justificam em conjunto, em comunidade, em SOLIDARIEDADE.
Isso é utopia no meu entender. Quando que existiu realização da raça humana? Aliás, de qualquer raça? A sociedade sempre foi caótica e os ricos sempre exploraram os pobres. É da natureza do ser humano.
Mauricio Luiz Bertola escreveu:É muito importante que evitemos à todo custo comprarmos em grandes redes, de grandes corporações; essas não serão afetadas em nada por essa crise (exceto pelas momentâneas e já conhecidas oscilações da bolsa, que tanta alegria dão aos parasitas especuladores!), mas sim dos pequenos comerciantes e prestadores de serviço dos nossos bairros - são esses que correm o risco de falir e jogar ainda mais pessoas na miséria e no desemprego.
Entendo as implicações da livre concorrência, mas há um sistema melhor? Devo comprar frango por $15 do tio da esquina se o mercado grande me vende por $8?
Mauricio Luiz Bertola escreveu:E não se enganem: Os bancos, esses sempre sairão ganhando...
Sim, o sistema é desenhado pra isso.
allexcosta- Administrador
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Re: Coronavírus
Andremoura escreveu:Pois bem, tenho visto colegas cujo único sustento é a atividade musical entrarem em desespero, pois muitas casas fecharam por tempo indeterminado e outras tiveram sua clientela bem reduzida. O quadro é mesmo dramático, espero que esse "desgoverno" pare de achar que tudo se resolve com memes ou comediantes vestidos de presidente e realmente tome medidas que possam minimizar todo o prejuízo que empresas, profissionais autonomos e "empreendedores" da economia informal terão!
Só um comentário sobre isso, tem um youtuber que mora nos EUA e faz um trabalho meio "one man band" com improviso, ele normalmente toca em bares da região, essa semana como está tudo fechado ele está fazendo lives diárias no youtube e a galera paga uma quantia qualquer pedindo música (normalmente 10 a 20 dólares), isso me fez pensar o quanto o trabalho "virtual" é importante pra quem trabalha com música hoje em dia.
Jander- Membro
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Re: Coronavírus
[/quote]
Só um comentário sobre isso, tem um youtuber que mora nos EUA e faz um trabalho meio "one man band" com improviso, ele normalmente toca em bares da região, essa semana como está tudo fechado ele está fazendo lives diárias no youtube e a galera paga uma quantia qualquer pedindo música (normalmente 10 a 20 dólares), isso me fez pensar o quanto o trabalho "virtual" é importante pra quem trabalha com música hoje em dia.[/quote]
Excelente idéia!
Andremoura- Membro
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Localização : São Paulo
Re: Coronavírus
Isso é utopia no meu entender. Quando que existiu realização da raça humana? Aliás, de qualquer raça? A sociedade sempre foi caótica e os ricos sempre exploraram os pobres. É da natureza do ser humano.
Pois então Allex, faça uma viagem no tempo e volte para 10 mil A.C, e tente sobreviver sozinho. Tente caçar um animal, por exemplo... Tente... Mesmo que seja em sua imaginação (pois só dá pra ser assim mesmo...).
Os seres humanos evoluíram e construíram civilizações em CONJUNTO, COOPERAÇÃO.
Não me fiz entender corretamente quando usei o termo "Realização" - por conseguinte você não entendeu. Isso nada tem à ver com individualismo.
E não, as sociedades humanas não são "caóticas", elas são regidas por complexas estruturas legais, ideológicas e de poder que estão longe do "caos"...
Entendo as implicações da livre concorrência, mas há um sistema melhor? Devo comprar frango por $15 do tio da esquina se o mercado grande me vende por $8?
Se houver essa possibilidade de escolha, creio que sim. O Supermercado não vai falir; mas o "tio da esquina" vai... Se para você solidariedade não interessa, pelo menos saiba que a consequência dessa falência vai estar bem mais próxima de você (e as consequências podem não ser agradáveis...).
Pois então Allex, faça uma viagem no tempo e volte para 10 mil A.C, e tente sobreviver sozinho. Tente caçar um animal, por exemplo... Tente... Mesmo que seja em sua imaginação (pois só dá pra ser assim mesmo...).
Os seres humanos evoluíram e construíram civilizações em CONJUNTO, COOPERAÇÃO.
Não me fiz entender corretamente quando usei o termo "Realização" - por conseguinte você não entendeu. Isso nada tem à ver com individualismo.
E não, as sociedades humanas não são "caóticas", elas são regidas por complexas estruturas legais, ideológicas e de poder que estão longe do "caos"...
Entendo as implicações da livre concorrência, mas há um sistema melhor? Devo comprar frango por $15 do tio da esquina se o mercado grande me vende por $8?
Se houver essa possibilidade de escolha, creio que sim. O Supermercado não vai falir; mas o "tio da esquina" vai... Se para você solidariedade não interessa, pelo menos saiba que a consequência dessa falência vai estar bem mais próxima de você (e as consequências podem não ser agradáveis...).
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Chefe da ANVISA chupa que baba...
Presidente da Anvisa se alinha a Bolsonaro e contrapõe Mandetta no combate ao coronavírus
Antonio Barra Torres apoiou decisão do presidente de ignorar orientações do Ministério da Saúde e participar de protesto
Renato Onofre
Folha de S. Paulo, 17.mar.2020 às 20h35
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/03/presidente-da-anvisa-se-alinha-a-bolsonaro-e-contrapoe-mandetta-no-combate-ao-coronavirus.shtml
BRASÍLIA - O diretor-presidente substituto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, adotou uma postura moderada frente ao avanço do coronavírus e se tornou um contraponto ouvido pelo presidente Jair Bolsonaro às posições tomadas pelo ministro Luiz Henrique Madetta (Saúde).
Torres estava ao lado de Bolsonaro no domingo (15) quando o presidente ignorou orientações do Ministério da Saúde e participou dos protestos pró-governo sem demonstrar preocupação com o risco de transmissão do vírus da Covid-19.
A visão de Bolsonaro é a mesma defendida nos últimos meses por Torres nas reuniões Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública, que reúne oito ministérios e a Anvisa. A agência é o único órgão sem status de ministério a participar do grupo.
Torres chegou à Anvisa em julho, por indicação de Bolsonaro, para função de diretor. Em janeiro, foi indicado para assumir a presidência —ele aguarda sabatina do Senado para ser efetivado, por isso, ainda é chamado de "diretor presidente-substituto".
Contra-almirante da Marinha, Torres sempre defendeu que medidas drásticas em relação ao coronavírus deveriam ser evitadas para não criar um clima de pânico no país. A diferença de ponto de vista entre ele e Mandetta sobre o enfrentamento da crise se acentuou nas últimas semanas.
No dia 4 de março, o ministro da Saúde, em coletiva na sede da pasta, em Brasília, já cobrava da OMS (Organização Mundial de Saúde) a decretação de pandemia —a medida foi anunciada apenas na semana passada. Mandetta alertava para necessidade da mudança de status para que países como Brasil pudessem tomar medidas mais drásticas para conter a crise.
A poucos metros dali, no Congresso Nacional, o diretor-presidente substituto da Anvisa defendia o oposto.
Torres participava de uma audiência pública convocada pela comissão externa da Câmara criada para acompanhar a crise. A deputados o dirigente da Anvisa minimizou os efeitos do coronavírus no país naquele momento, afirmando que só havia dois casos confirmados. Na ocasião, disse que era necessária uma “tranquilidade atenta” para não permitir a "disseminação de pânico".
"Se há realmente uma perspectiva que essa situação pode se agravar, e pode, temos que nos ater ao que temos hoje", disse.
Desde o início da crise do coronavírus, em janeiro, o diretor-presidente da Anvisa esteve no Palácio do Planalto oito vezes. Em três, reuniu-se sozinho com o presidente. Nesse mesmo período, Torres teve apenas uma agenda oficial a sós com Mandetta.
A diferença de visão entre eles ficou ainda mais clara na semana passada.
Bolsonaro atendeu ao pedido do diretor-presidente da Anvisa e obrigou Mandetta a recuar da decisão de impedir a saída de novos cruzeiros no país enquanto durasse a situação de emergência pelo coronavírus.
O objetivo do Ministério da Saúde era evitar a concentração de pessoas, especialmente idosos, nos navios, onde a transmissão é mais comum.
A pasta também retrocedeu na recomendação para que todo viajante internacional fique em isolamento em casa por até sete dias a partir da data de desembarque, mesmo sem sintomas do vírus.
O recuo foi publicado numa atualização do boletim epidemiológico sobre o coronavírus publicado no sábado (14). A nova versão do texto excluiu o isolamento voluntário a viajantes e a medida que suspenderia pontos de parada de cruzeiros marítimos.
Além da Anvisa, o Ministério do Turismo também foi contra a medida.
Uma ala do governo defendeu que a suspensão de cruzeiros teria efeito bastante negativo para o turismo, prejudicando ainda mais a atividade econômica do país. O grupo também reclamou que não tinha sido consultado sobre a proposta.
Dentro da Anvisa, assessores e servidores afirmaram que a decisão do Ministério da Saúde deixou o diretor-presidente da Anvisa irritado, já que ele não foi consultado antes da publicação da medida. A interlocutores Torres teria dito que era necessária a "voz correta, no quadrado correto".
Torres é considerado um dos nomes técnicos indicados pelo presidente para impor dentro da Anvisa sua visão do órgão.
Sua ascensão se deu pela proximidade com a cúpula das Forças Armadas. Bolsonaro já o conhecia de círculos militares fluminense.
Torres ingressou na Marinha em 1987 e chegou ao posto de contra-almirante, o terceiro mais alto da corporação, em 2015. Aos 16 anos, entrou para a faculdade de medicina e se especializou em cirurgia vascular no Hospital Naval Marcílio Dias. Entrou para reserva no ano passado.
No ano em que ingressou na Marinha, Torres esteve na equipe de médicos e enfermeiros que atuou no atendimento às vítimas do acidente com Césio-137 que matou oito pessoas e contaminou outras 250 em Goiânia.
Em julho do ano passado, foi indicado para função na diretoria da agência. Durante a sabatina no Senado, ele destacou sua atuação no caso goiano como fundamental para entender os riscos que o manuseio errados de objetos e elementos podem trazer à população.
Torres foi um dos responsáveis para frear a proposta que permitia o cultivo de Cannabis no Brasil para fins medicinais. A agência aprovou a venda de produtos a base de canabidiol em farmácias, mas rejeitou por três votos —um de Torres— o aval ao plantio para pesquisa e produção de medicamentos.
Antonio Barra Torres apoiou decisão do presidente de ignorar orientações do Ministério da Saúde e participar de protesto
Renato Onofre
Folha de S. Paulo, 17.mar.2020 às 20h35
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/03/presidente-da-anvisa-se-alinha-a-bolsonaro-e-contrapoe-mandetta-no-combate-ao-coronavirus.shtml
BRASÍLIA - O diretor-presidente substituto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, adotou uma postura moderada frente ao avanço do coronavírus e se tornou um contraponto ouvido pelo presidente Jair Bolsonaro às posições tomadas pelo ministro Luiz Henrique Madetta (Saúde).
Torres estava ao lado de Bolsonaro no domingo (15) quando o presidente ignorou orientações do Ministério da Saúde e participou dos protestos pró-governo sem demonstrar preocupação com o risco de transmissão do vírus da Covid-19.
A visão de Bolsonaro é a mesma defendida nos últimos meses por Torres nas reuniões Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública, que reúne oito ministérios e a Anvisa. A agência é o único órgão sem status de ministério a participar do grupo.
Torres chegou à Anvisa em julho, por indicação de Bolsonaro, para função de diretor. Em janeiro, foi indicado para assumir a presidência —ele aguarda sabatina do Senado para ser efetivado, por isso, ainda é chamado de "diretor presidente-substituto".
Contra-almirante da Marinha, Torres sempre defendeu que medidas drásticas em relação ao coronavírus deveriam ser evitadas para não criar um clima de pânico no país. A diferença de ponto de vista entre ele e Mandetta sobre o enfrentamento da crise se acentuou nas últimas semanas.
No dia 4 de março, o ministro da Saúde, em coletiva na sede da pasta, em Brasília, já cobrava da OMS (Organização Mundial de Saúde) a decretação de pandemia —a medida foi anunciada apenas na semana passada. Mandetta alertava para necessidade da mudança de status para que países como Brasil pudessem tomar medidas mais drásticas para conter a crise.
A poucos metros dali, no Congresso Nacional, o diretor-presidente substituto da Anvisa defendia o oposto.
Torres participava de uma audiência pública convocada pela comissão externa da Câmara criada para acompanhar a crise. A deputados o dirigente da Anvisa minimizou os efeitos do coronavírus no país naquele momento, afirmando que só havia dois casos confirmados. Na ocasião, disse que era necessária uma “tranquilidade atenta” para não permitir a "disseminação de pânico".
"Se há realmente uma perspectiva que essa situação pode se agravar, e pode, temos que nos ater ao que temos hoje", disse.
Desde o início da crise do coronavírus, em janeiro, o diretor-presidente da Anvisa esteve no Palácio do Planalto oito vezes. Em três, reuniu-se sozinho com o presidente. Nesse mesmo período, Torres teve apenas uma agenda oficial a sós com Mandetta.
A diferença de visão entre eles ficou ainda mais clara na semana passada.
Bolsonaro atendeu ao pedido do diretor-presidente da Anvisa e obrigou Mandetta a recuar da decisão de impedir a saída de novos cruzeiros no país enquanto durasse a situação de emergência pelo coronavírus.
O objetivo do Ministério da Saúde era evitar a concentração de pessoas, especialmente idosos, nos navios, onde a transmissão é mais comum.
A pasta também retrocedeu na recomendação para que todo viajante internacional fique em isolamento em casa por até sete dias a partir da data de desembarque, mesmo sem sintomas do vírus.
O recuo foi publicado numa atualização do boletim epidemiológico sobre o coronavírus publicado no sábado (14). A nova versão do texto excluiu o isolamento voluntário a viajantes e a medida que suspenderia pontos de parada de cruzeiros marítimos.
Além da Anvisa, o Ministério do Turismo também foi contra a medida.
Uma ala do governo defendeu que a suspensão de cruzeiros teria efeito bastante negativo para o turismo, prejudicando ainda mais a atividade econômica do país. O grupo também reclamou que não tinha sido consultado sobre a proposta.
Dentro da Anvisa, assessores e servidores afirmaram que a decisão do Ministério da Saúde deixou o diretor-presidente da Anvisa irritado, já que ele não foi consultado antes da publicação da medida. A interlocutores Torres teria dito que era necessária a "voz correta, no quadrado correto".
Torres é considerado um dos nomes técnicos indicados pelo presidente para impor dentro da Anvisa sua visão do órgão.
Sua ascensão se deu pela proximidade com a cúpula das Forças Armadas. Bolsonaro já o conhecia de círculos militares fluminense.
Torres ingressou na Marinha em 1987 e chegou ao posto de contra-almirante, o terceiro mais alto da corporação, em 2015. Aos 16 anos, entrou para a faculdade de medicina e se especializou em cirurgia vascular no Hospital Naval Marcílio Dias. Entrou para reserva no ano passado.
No ano em que ingressou na Marinha, Torres esteve na equipe de médicos e enfermeiros que atuou no atendimento às vítimas do acidente com Césio-137 que matou oito pessoas e contaminou outras 250 em Goiânia.
Em julho do ano passado, foi indicado para função na diretoria da agência. Durante a sabatina no Senado, ele destacou sua atuação no caso goiano como fundamental para entender os riscos que o manuseio errados de objetos e elementos podem trazer à população.
Torres foi um dos responsáveis para frear a proposta que permitia o cultivo de Cannabis no Brasil para fins medicinais. A agência aprovou a venda de produtos a base de canabidiol em farmácias, mas rejeitou por três votos —um de Torres— o aval ao plantio para pesquisa e produção de medicamentos.
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Re: Coronavírus
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Pois então Allex, faça uma viagem no tempo e volte para 10 mil A.C, e tente sobreviver sozinho. Tente caçar um animal, por exemplo... Tente... Mesmo que seja em sua imaginação (pois só dá pra ser assim mesmo...).
Os seres humanos evoluíram e construíram civilizações em CONJUNTO, COOPERAÇÃO.
Cooperação só existiu por necessidade, quando seres da nossa espécie perceberam que seria mais fácil sobreviver em grupo.
Esses mesmos humanóides que você cita dizimaram os neanderthals por causa da simples competição.
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Não me fiz entender corretamente quando usei o termo "Realização" - por conseguinte você não entendeu. Isso nada tem à ver com individualismo.
E não, as sociedades humanas não são "caóticas", elas são regidas por complexas estruturas legais, ideológicas e de poder que estão longe do "caos"...
Eu saio às ruas e só vejo caos. Última vez que te encontrei pessoalmente, por exemplo, naquela mesma noite ao voltar pro Rio, havia arrastões nas ruas do centro, num ambiente mais que caótico.
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Se houver essa possibilidade de escolha, creio que sim. O Supermercado não vai falir; mas o "tio da esquina" vai... Se para você solidariedade não interessa, pelo menos saiba que a consequência dessa falência vai estar bem mais próxima de você (e as consequências podem não ser agradáveis...).
Se pagar o dobro do preço no mesmo produto é solidariedade, te convido a mudar seus serviços de pintura de instrumentos e pagar o dobro do que você paga atualmente, já que dar o seu dinheiro pro cara que cobra menos é não ser solidário com o que cobra mais.
Solidariedade é outra coisa.
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Re: Coronavírus
O "desigualdade natural" observada em nossa sociedade conduz a um fatalismo e resignação baseada na diversidade entre os indivíduos, inata ou adquirida, sem o mínimo fundamento científico. A natureza humana tem dimensão histórica, transforma-se. A diversidade de capacidades não permite explicar a desigualdade social que nos divide. É a exploração de uns pelos outros que causa da desigualdade, e não o contrário. Gilles Lipovetsky, em seu livro “A Era do Vazio”, desenvolveu o conceito de hipermodernidade: uma associação de individualismo, indiferença e pressa marcantes em nossa sociedade. A falta de um compromisso comum, como o observado nas atitudes de pessoas que não adotam os isolamentos, as quarentenas, evidencia isso. Somos forças que evoluem e está claro que a economia deve ser um meio, não o fim. Abraço.
Brasileiros estão minimizando risco, afirma diretora da OMS.
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/brasileiros-estao-minimizando-risco-afirma-diretora-da-oms.shtml
Brasileiros estão minimizando risco, afirma diretora da OMS.
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/brasileiros-estao-minimizando-risco-afirma-diretora-da-oms.shtml
Re: Coronavírus
Cooperação só existiu por necessidade, quando seres da nossa espécie perceberam que seria mais fácil sobreviver em grupo.
Esses mesmos humanóides que você cita dizimaram os neanderthals por causa da simples competição.
De onde você tirou essa afirmação? Não há consenso sobre isso. Ademais, a Antroplogia atual demonstra vía análise de DNA que houve "cruzamentos" entre Homo Sapiens e Neanderthais... Essa sua "defesa" do individualismo exacerbado e do egoísmo e maldade intrínseca à espécie humana me soa estranha... "religiosa" até...
Eu saio às ruas e só vejo caos. Última vez que te encontrei pessoalmente, por exemplo, naquela mesma noite ao voltar pro Rio, havia arrastões nas ruas do centro, num ambiente mais que caótico.
Você vê o que quer ver... Não havia "caos" algum, nem aqui nem no centro do Rio - o que você viu não é "caos", mas uma problemática urbana como outra qualquer em um país do 3º mundo...
Se pagar o dobro do preço no mesmo produto é solidariedade, te convido a mudar seus serviços de pintura de instrumentos e pagar o dobro do que você paga atualmente, já que dar o seu dinheiro pro cara que cobra menos é não ser solidário com o que cobra mais.
Solidariedade é outra coisa.
Eu apenas dei um exemplo... E uma ação em hora de necessidade. Foi você quem veio com outro tipo de exemplo. Ademais, se o serviço fosse feito por um ex-aluno meu em dificuldade, EU PAGARÁ O DOBRO SIM.
Esses mesmos humanóides que você cita dizimaram os neanderthals por causa da simples competição.
De onde você tirou essa afirmação? Não há consenso sobre isso. Ademais, a Antroplogia atual demonstra vía análise de DNA que houve "cruzamentos" entre Homo Sapiens e Neanderthais... Essa sua "defesa" do individualismo exacerbado e do egoísmo e maldade intrínseca à espécie humana me soa estranha... "religiosa" até...
Eu saio às ruas e só vejo caos. Última vez que te encontrei pessoalmente, por exemplo, naquela mesma noite ao voltar pro Rio, havia arrastões nas ruas do centro, num ambiente mais que caótico.
Você vê o que quer ver... Não havia "caos" algum, nem aqui nem no centro do Rio - o que você viu não é "caos", mas uma problemática urbana como outra qualquer em um país do 3º mundo...
Se pagar o dobro do preço no mesmo produto é solidariedade, te convido a mudar seus serviços de pintura de instrumentos e pagar o dobro do que você paga atualmente, já que dar o seu dinheiro pro cara que cobra menos é não ser solidário com o que cobra mais.
Solidariedade é outra coisa.
Eu apenas dei um exemplo... E uma ação em hora de necessidade. Foi você quem veio com outro tipo de exemplo. Ademais, se o serviço fosse feito por um ex-aluno meu em dificuldade, EU PAGARÁ O DOBRO SIM.
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Re: Coronavírus
WHead escreveu:O "desigualdade natural" observada em nossa sociedade conduz a um fatalismo e resignação baseada na diversidade entre os indivíduos, inata ou adquirida, sem o mínimo fundamento científico.
Sem o mínimo fundamento científico? Como assim?
O que a ciência diz sobre o comportamento humano? Lei do mais forte sempre foi a lei que rege todas as interações humanas e animais. Quem tem mais força, mais poder, domina quem tem menos força. Sempre foi assim...
Deixe duas crianças com fome, apresente uma única mamadeira e veja o que acontece.
WHead escreveu:A natureza humana tem dimensão histórica, transforma-se.
A natureza humana dos livros históricos se mostra sempre a mesma: belicosa, ruim, assassina, acumuladora.
WHead escreveu:A diversidade de capacidades não permite explicar a desigualdade social que nos divide. É a exploração de uns pelos outros que causa da desigualdade, e não o contrário.
Sim, claro... Exploração dos mais fracos pelos mais fortes é natural à nossa espécie desde o início.
WHead escreveu:Gilles Lipovetsky, em seu livro “A Era do Vazio”, desenvolveu o conceito de hipermodernidade: uma associação de individualismo, indiferença e pressa marcantes em nossa sociedade. A falta de um compromisso comum, como o observado nas atitudes de pessoas que não adotam os isolamentos, as quarentenas, evidencia isso. Somos forças que evoluem e está claro que a economia deve ser um meio, não o fim. Abraço.
Lendo assim parece que isso é novidade.
Abra a Bíblia e tá lá: "Vá à aldeia vizinha, roube tudo e queime tudo, até as crianças". Isso é o normal, pessoas destruindo pessoas, grupos destruindo grupos. Nossa espécie nasceu assim. Aliás, esse é o comportamento natural dos seres vivos. Plante um pé de chuchu perto de uma mangueira, volte depois de um ano e me fale sobre o estado da mangueira.
O que te faz pensar que seríamos diferentes?
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Re: Coronavírus
Allex Costa: Sacerdote de Ares!!!
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Re: Coronavírus
Mauricio Luiz Bertola escreveu: Allex Costa: Sacerdote de Ares!!!
Só tenho um par de olhos, um de ouvidos e um cérebro danificado.
Esse mundo em que as pessoas dividem as coisas e se compadecem com as mazelas dos outros é utópico e vocês sabem disso.
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Re: Coronavírus
^ Refletir já me faz imaginar essa possibilidade.
Mas veja bem, não é a primeira vez que Biologia e História se cruzam. A seleção natural rapidamente foi cooptada para justificar, entre atrocidades e desmandos, a economia (estruturalmente, sempre cabe aos narradores a premissa da narrativa). Mas a tese de Darwin, ao contrário do que pode-se apressadamente imaginar, oferece mais um sentido de responsabilidade com a nossa sobrevivência do que a justificativa para a desigualdade. Desde o final do século XX temos testemunhados uma nova revolução científica (da qual eu destacaria o Projeto Genoma) que reforçaram essa hipóteses históricas: a necessidade de sobrevivência na natureza resultaram e resultam em experiências históricas, um processo evolutivo de adaptação e readaptação da humanidade, transformando valores e costumes da mesma maneira que melhoramos nossas ferramentas - ou, como diria Hobsbawm:
“(...) a história é a continuação da evolução biológica do homo sapiens por outros meios.”
https://diplomatique.org.br/manifesto-pela-renovacao-da-historia/
Abraço.
Mas veja bem, não é a primeira vez que Biologia e História se cruzam. A seleção natural rapidamente foi cooptada para justificar, entre atrocidades e desmandos, a economia (estruturalmente, sempre cabe aos narradores a premissa da narrativa). Mas a tese de Darwin, ao contrário do que pode-se apressadamente imaginar, oferece mais um sentido de responsabilidade com a nossa sobrevivência do que a justificativa para a desigualdade. Desde o final do século XX temos testemunhados uma nova revolução científica (da qual eu destacaria o Projeto Genoma) que reforçaram essa hipóteses históricas: a necessidade de sobrevivência na natureza resultaram e resultam em experiências históricas, um processo evolutivo de adaptação e readaptação da humanidade, transformando valores e costumes da mesma maneira que melhoramos nossas ferramentas - ou, como diria Hobsbawm:
“(...) a história é a continuação da evolução biológica do homo sapiens por outros meios.”
https://diplomatique.org.br/manifesto-pela-renovacao-da-historia/
Abraço.
Re: Coronavírus
allexcosta escreveu:WHead escreveu:O "desigualdade natural" observada em nossa sociedade conduz a um fatalismo e resignação baseada na diversidade entre os indivíduos, inata ou adquirida, sem o mínimo fundamento científico.
Sem o mínimo fundamento científico? Como assim?
O que a ciência diz sobre o comportamento humano? Lei do mais forte sempre foi a lei que rege todas as interações humanas e animais. Quem tem mais força, mais poder, domina quem tem menos força. Sempre foi assim...
Na verdade a teoria evolutiva diz quase que totalmente o contrário disso. O mais apto às condições ambientais se sobressai, não o mais forte.
Se a lei do mais forte regesse sobre o mais fraco dessa forma absoluta que você colocou, os dinossauros não teriam sido extintos.
Quem ascendeu sobre os mais fortes após o provável asteróide que exterminou os grandes animais (há 60 e tantos milhões de anos) foram justamente pequenos mamíferos que viviam acuados em suas tocas.
Jãozeiro- Membro
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Re: Coronavírus
Não, não sei não...allexcosta escreveu:Mauricio Luiz Bertola escreveu: Allex Costa: Sacerdote de Ares!!!
Só tenho um par de olhos, um de ouvidos e um cérebro danificado.
Esse mundo em que as pessoas dividem as coisas e se compadecem com as mazelas dos outros é utópico e vocês sabem disso.
Minha vida toda sempre foi pautada por certos princípios.
Entendo que a sua vida não tenha sido pautada por isso.
As pessoas são diferentes.
Mauricio Luiz Bertola- FCBR-CT
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Re: Coronavírus
Jãozeiro escreveu:allexcosta escreveu:WHead escreveu:O "desigualdade natural" observada em nossa sociedade conduz a um fatalismo e resignação baseada na diversidade entre os indivíduos, inata ou adquirida, sem o mínimo fundamento científico.
Sem o mínimo fundamento científico? Como assim?
O que a ciência diz sobre o comportamento humano? Lei do mais forte sempre foi a lei que rege todas as interações humanas e animais. Quem tem mais força, mais poder, domina quem tem menos força. Sempre foi assim...
Na verdade a teoria evolutiva diz quase que totalmente o contrário disso. O mais apto às condições ambientais se sobressai, não o mais forte.
Se a lei do mais forte regesse sobre o mais fraco dessa forma absoluta que você colocou, os dinossauros não teriam sido extintos.
Quem ascendeu sobre os mais fortes após o provável asteróide que exterminou os grandes animais (há 60 e tantos milhões de anos) foram justamente pequenos mamíferos que viviam acuados em suas tocas.
Fato, pode substituir a palavra "forte" no meu texto por "apto" ou "esperto".
Imaginei que isso tivesse ficado um tanto claro no que escrevi. "Forte" não é força física, é aquele capaz de obter recursos antes e em maior quantidade que outros.
allexcosta- Administrador
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Re: Coronavírus
Mauricio Luiz Bertola escreveu:Não, não sei não...
Minha vida toda sempre foi pautada por certos princípios.
Entendo que a sua vida não tenha sido pautada por isso.
As pessoas são diferentes.
Não estou falando de mim. Estou falando das minhas observações de mundo.
Solidariedade verdadeira é algo raro na nossa espécie.
Comuns são um bando de safado que se encontra num Rotary Club ou no raio que o parta fazendo festinha beneficente só pra fechar acordos políticos e financeiros, ou quem sabe pra se prostrar diante do bode depois, que é o que esse povo de maçonaria sabe fazer.
allexcosta- Administrador
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Re: Coronavírus
Vigésimo dia de coronavírus no Brasil é pior que o da Itália
No 20º dia após os primeiros casos, Itália tinha 3 diagnósticos confirmados; Brasil soma 291 confirmações
Gabriel Alves
Folha de S. Paulo, 18.mar.2020 à 1h00
Atualizado: 18.mar.2020 às 12h09
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/vigesimo-dia-de-coronavirus-no-brasil-e-pior-que-o-da-italia.shtml
SÃO PAULO - Vinte dias após o primeiro paciente receber o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, o país contabiliza 291 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus.
Para comparação, no 20º dia após seus primeiros casos, Itália e Espanha tinham, respectivamente, 3 e 2 diagnósticos confirmados.
O salto da Itália foi rápido a partir do vigésimo dia —supõe-se que em grande parte devido a falhas em um hospital de Milão. Em 23 dias já eram 155 casos e três mortes; entre o 29º e o 30º dias, a epidemia explodiu e foram registrados mais de mil casos e 29 mortes. Hoje já há mais de 31 mil pessoas com Covid-19 no país de cerca de 60 milhões de habitantes.
Já a Espanha, com aproximadamente 47 milhões de pessoas, tem mais de 11 mil infecções confirmadas.
O número absoluto de casos faz bastante diferença em uma epidemia como a do coronavírus. Como o seu crescimento é exponencial, uma quantidade maior no dia 20 indica que o total tenderá a ser ainda maior passados mais alguns dias. Como consequência, também há uma tendência de mais casos graves e mais mortes.
O Irã, por outro lado, seguiu um ritmo distinto: tinha 8.000 confirmações no seu 20º dia, mas só dobrou esse número —hoje tem um total de mais de 16 mil.
Já a China ainda nem tinha uma quantificação oficial do surto 20 dias após o primeiro caso. Cientistas estimam que a primeira pessoa a contrair o Sars-Cov-2 (nome oficial do patógeno) tenha se infectado no final de novembro de 2019.
O vírus foi identificado somente no dia 7 de janeiro, e só após o dia 21 de janeiro, quando havia mais de 500 casos, é que os dados chineses começaram a ser sistematicamente disponibilizados.
Singapura e Coreia do Sul, exemplos positivos de como lidar com o coronavírus, não tinham tão poucos pacientes quanto os países europeus no 20º dia —58 e 28, respectivamente—, mas já adotavam medidas para conter a doença.
Singapura, em seu 20º dia, 12 de fevereiro, tinha um dos maiores números de infectados fora da China (que já somava na data quase 60 mil casos).
O número relativamente alto se devia ao programa de testes, que diagnosticou pessoas com sintomas leves.
A proibição à entrada de pessoas que passaram pela China aconteceu em 3 de fevereiro e a de quem tivesse passado pela Coreia do Sul veio depois, em 26 de fevereiro.
Da mesma forma, a Coreia do Sul testou o máximo possível de indivíduos suspeitos ou com relação com pessoas infectadas e se tornou referência para o mundo por seu modo de lidar com a epidemia.
Em seu 20º dia de epidemia, em 10 de fevereiro, o estágio de alerta era intermediário. Testes diagnósticos já eram distribuídos para postos de todo o país e todos os viajantes provenientes da China passaram a ser monitorados.
Depois de um pico no número de casos na Coreia do Sul (provavelmente causado por uma única pessoa que não foi adequadamente isolada e infectou centenas em uma igreja), o alerta subiu e a intensidade da resposta também.
Os indivíduos suspeitos passaram a ser monitorados, e os testes ganharam escala. Em 53 dias, o país de 51 milhões de habitantes já acumulou mais de 250 mil testes realizados.
No Brasil, que tem 209 milhões de habitantes, o número de testes realizados (entre suspeitos, confirmados e descartados) até esta terça (17) é de cerca de 11 mil, segundo o Ministério da Saúde. O teste tem sido feito apenas em pacientes mais graves.
Em entrevista à Folha publicada nesta quarta (18), Mariângela Simão, diretora-assistente da Organização Mundial de Saúde, afirmou que os brasileiros estão minimizando o risco da doença.
A Fiocruz está aumentando a produção de kits diagnósticos para suprir a necessidade do sistema público do país.
Até agora, cerca de 20 mil kits foram disponibilizados. O Ministério da Saúde disse que avaliaria a sugestão da Organização Mundial da Saúde de ampliar a testagem, apesar do custo —cada exame custa mais de R$ 100— e da necessidade de importação dos insumos. O setor privado também aumenta sua produção.
Um artigo publicado nesta semana na revista médica Jama argumenta que países de renda baixa e média (categoria na qual está o Brasil) podem ter maiores dificuldades para lidar com a pandemia.
A recomendação é que o diagnóstico clínico seja feito caso testes moleculares não sejam possíveis. Outra preocupação é manter altos os estoques de medicamentos e outros itens necessários em internações, como respiradores.
Os EUA também tinham menos casos que o Brasil em seu 20º dia —apenas 13—, mas o baixo número de testes pode ajudar a explicar.
Desde que começaram a circular as primeiras notícias sobre o vírus, no fim de janeiro, americanos encontram dificuldade para fazer o exame em diversas cidades do país.
As autoridades de saúde têm priorizado até agora pessoas que com os principais sintomas (febre e tosse seca) e que estiveram em contato direto com pacientes com diagnóstico.
Os problemas vão desde escassez no número de testes e material disponíveis até a morosidade dos protocolos.
Nenhum outro país, porém, teve um início de surto tão ruim quanto o Irã, que anunciou duas mortes já no primeiro dia de epidemia.
A falta de estrutura do sistema de saúde e até de material estão na raiz do problema. O país não impôs quarentenas e as autoridades de saúde têm entrado em conflito com as religiosas.
Até agora, o governo brasileiro não adotou medidas muito drásticas —o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta terça-feira (17) que vai fechar a fronteira do Brasil apenas com a Venezuela.
Além disso, o isolamento para viajantes, de sete dias, só é recomendado para pessoas com diagnóstico confirmado e contatos próximos.
MORTES NA ITÁLIA SOBEM 16% EM 24 HORAS
O número de mortes na Itália subiu de 2.158 para 2.503 nas últimas 24 horas, um aumento de 16%.
O total de casos confirmados também aumentou —de 27.980 para 31.506 no mesmo período.
Neste momento, o país tem cerca de 600 mortes a menos do que a China, que vive o surto de Covid-19 desde o fim de 2019.
No 20º dia após os primeiros casos, Itália tinha 3 diagnósticos confirmados; Brasil soma 291 confirmações
Gabriel Alves
Folha de S. Paulo, 18.mar.2020 à 1h00
Atualizado: 18.mar.2020 às 12h09
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/vigesimo-dia-de-coronavirus-no-brasil-e-pior-que-o-da-italia.shtml
SÃO PAULO - Vinte dias após o primeiro paciente receber o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, o país contabiliza 291 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus.
Para comparação, no 20º dia após seus primeiros casos, Itália e Espanha tinham, respectivamente, 3 e 2 diagnósticos confirmados.
O salto da Itália foi rápido a partir do vigésimo dia —supõe-se que em grande parte devido a falhas em um hospital de Milão. Em 23 dias já eram 155 casos e três mortes; entre o 29º e o 30º dias, a epidemia explodiu e foram registrados mais de mil casos e 29 mortes. Hoje já há mais de 31 mil pessoas com Covid-19 no país de cerca de 60 milhões de habitantes.
Já a Espanha, com aproximadamente 47 milhões de pessoas, tem mais de 11 mil infecções confirmadas.
O número absoluto de casos faz bastante diferença em uma epidemia como a do coronavírus. Como o seu crescimento é exponencial, uma quantidade maior no dia 20 indica que o total tenderá a ser ainda maior passados mais alguns dias. Como consequência, também há uma tendência de mais casos graves e mais mortes.
O Irã, por outro lado, seguiu um ritmo distinto: tinha 8.000 confirmações no seu 20º dia, mas só dobrou esse número —hoje tem um total de mais de 16 mil.
Já a China ainda nem tinha uma quantificação oficial do surto 20 dias após o primeiro caso. Cientistas estimam que a primeira pessoa a contrair o Sars-Cov-2 (nome oficial do patógeno) tenha se infectado no final de novembro de 2019.
O vírus foi identificado somente no dia 7 de janeiro, e só após o dia 21 de janeiro, quando havia mais de 500 casos, é que os dados chineses começaram a ser sistematicamente disponibilizados.
Singapura e Coreia do Sul, exemplos positivos de como lidar com o coronavírus, não tinham tão poucos pacientes quanto os países europeus no 20º dia —58 e 28, respectivamente—, mas já adotavam medidas para conter a doença.
Singapura, em seu 20º dia, 12 de fevereiro, tinha um dos maiores números de infectados fora da China (que já somava na data quase 60 mil casos).
O número relativamente alto se devia ao programa de testes, que diagnosticou pessoas com sintomas leves.
A proibição à entrada de pessoas que passaram pela China aconteceu em 3 de fevereiro e a de quem tivesse passado pela Coreia do Sul veio depois, em 26 de fevereiro.
Da mesma forma, a Coreia do Sul testou o máximo possível de indivíduos suspeitos ou com relação com pessoas infectadas e se tornou referência para o mundo por seu modo de lidar com a epidemia.
Em seu 20º dia de epidemia, em 10 de fevereiro, o estágio de alerta era intermediário. Testes diagnósticos já eram distribuídos para postos de todo o país e todos os viajantes provenientes da China passaram a ser monitorados.
Depois de um pico no número de casos na Coreia do Sul (provavelmente causado por uma única pessoa que não foi adequadamente isolada e infectou centenas em uma igreja), o alerta subiu e a intensidade da resposta também.
Os indivíduos suspeitos passaram a ser monitorados, e os testes ganharam escala. Em 53 dias, o país de 51 milhões de habitantes já acumulou mais de 250 mil testes realizados.
No Brasil, que tem 209 milhões de habitantes, o número de testes realizados (entre suspeitos, confirmados e descartados) até esta terça (17) é de cerca de 11 mil, segundo o Ministério da Saúde. O teste tem sido feito apenas em pacientes mais graves.
Em entrevista à Folha publicada nesta quarta (18), Mariângela Simão, diretora-assistente da Organização Mundial de Saúde, afirmou que os brasileiros estão minimizando o risco da doença.
A Fiocruz está aumentando a produção de kits diagnósticos para suprir a necessidade do sistema público do país.
Até agora, cerca de 20 mil kits foram disponibilizados. O Ministério da Saúde disse que avaliaria a sugestão da Organização Mundial da Saúde de ampliar a testagem, apesar do custo —cada exame custa mais de R$ 100— e da necessidade de importação dos insumos. O setor privado também aumenta sua produção.
Um artigo publicado nesta semana na revista médica Jama argumenta que países de renda baixa e média (categoria na qual está o Brasil) podem ter maiores dificuldades para lidar com a pandemia.
A recomendação é que o diagnóstico clínico seja feito caso testes moleculares não sejam possíveis. Outra preocupação é manter altos os estoques de medicamentos e outros itens necessários em internações, como respiradores.
Os EUA também tinham menos casos que o Brasil em seu 20º dia —apenas 13—, mas o baixo número de testes pode ajudar a explicar.
Desde que começaram a circular as primeiras notícias sobre o vírus, no fim de janeiro, americanos encontram dificuldade para fazer o exame em diversas cidades do país.
As autoridades de saúde têm priorizado até agora pessoas que com os principais sintomas (febre e tosse seca) e que estiveram em contato direto com pacientes com diagnóstico.
Os problemas vão desde escassez no número de testes e material disponíveis até a morosidade dos protocolos.
Nenhum outro país, porém, teve um início de surto tão ruim quanto o Irã, que anunciou duas mortes já no primeiro dia de epidemia.
A falta de estrutura do sistema de saúde e até de material estão na raiz do problema. O país não impôs quarentenas e as autoridades de saúde têm entrado em conflito com as religiosas.
Até agora, o governo brasileiro não adotou medidas muito drásticas —o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta terça-feira (17) que vai fechar a fronteira do Brasil apenas com a Venezuela.
Além disso, o isolamento para viajantes, de sete dias, só é recomendado para pessoas com diagnóstico confirmado e contatos próximos.
MORTES NA ITÁLIA SOBEM 16% EM 24 HORAS
O número de mortes na Itália subiu de 2.158 para 2.503 nas últimas 24 horas, um aumento de 16%.
O total de casos confirmados também aumentou —de 27.980 para 31.506 no mesmo período.
Neste momento, o país tem cerca de 600 mortes a menos do que a China, que vive o surto de Covid-19 desde o fim de 2019.
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Tamo fu...
Itália registra recorde de mortes em um único dia por causa do coronavírus
Entre terça e quarta, 475 doentes morreram, alta de 19%, que elevou o total a 2.978 no país
Ana Estela de Sousa Pinto
Folha de S. Paulo, 18.mar.2020 às 17h01
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/italia-registra-recorde-de-mortes-em-um-unico-dia-por-causa-do-coronavirus.shtml?utm_source=app&utm_medium=push&utm_campaign=pushfolha&id=1584561927
BRUXELAS - O número de mortes na Itália por causa do coronavírus teve alta recorde para um único dia em um país: foram 475 as pessoas que morreram entre terça e quarta-feira (18), elevando para 2.978 o total.
Os dados, divulgados pela Agência de Proteção Civil, mostram um aumento de 19% em um dia. O país têm enfrentado falta de estrutura para atender aos doentes graves, que precisam de aparelho de ventilação e são os mais propensos a morrer.
Em algumas cidades, os hospitais estão lotados, as unidades de terapia intensiva, sem vaga, e os cemitérios e crematórios têm filas de caixões.
A Itália é o país mais afetado pela pandemia na Europa. Na Lombardia, uma das regiões mais ricas e a mais afetada pela pandemia, houve 319 mortes no último dia.
O país europeu é o segundo em número de casos no mundo, atrás apenas da China, onde surgiram os primeiros casos, no final de 2019.
O governo italiano colocou o país em quarentena na semana passada, mas isso ainda não conteve o crescimento acelerado tanto de casos quanto de mortes.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/03/no-norte-da-italia-pacientes-morrem-sem-extrema-uncao-e-cemiterios-tem-filas-de-caixoes.shtml
Já tiveram contaminação confirmada 33.713 italianos, dos quais 4.025 se recuperaram. Há 2.257 doentes em estado grave, 193 internações a mais em relação a terça.
No total, quase 9.000 pessoas já morreram por causa do coronavírus no mundo, e a Europa já registra maior número de mortes que a China.
Até a 0h desta quarta, antes, portanto, dos números que mostram recorde na Itália, a Europa tinha 3.445 mortes registradas (em 25 de 48 Estados), 218 a mais que as 3.237 reportadas na China.
O número total de casos chineses ainda era superior ao europeu (80.894 no país asiático e 80.529 na Europa), mas a maioria dos doentes na China já se recuperou, enquanto na Europa ocorre o inverso.
São 72.237 pessoas ainda doentes na Europa, das quais 3.569 em estado grave. Na China, os doentes são 8.043, 2.622 em estado crítico.
Entre terça e quarta, 475 doentes morreram, alta de 19%, que elevou o total a 2.978 no país
Ana Estela de Sousa Pinto
Folha de S. Paulo, 18.mar.2020 às 17h01
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/03/italia-registra-recorde-de-mortes-em-um-unico-dia-por-causa-do-coronavirus.shtml?utm_source=app&utm_medium=push&utm_campaign=pushfolha&id=1584561927
BRUXELAS - O número de mortes na Itália por causa do coronavírus teve alta recorde para um único dia em um país: foram 475 as pessoas que morreram entre terça e quarta-feira (18), elevando para 2.978 o total.
Os dados, divulgados pela Agência de Proteção Civil, mostram um aumento de 19% em um dia. O país têm enfrentado falta de estrutura para atender aos doentes graves, que precisam de aparelho de ventilação e são os mais propensos a morrer.
Em algumas cidades, os hospitais estão lotados, as unidades de terapia intensiva, sem vaga, e os cemitérios e crematórios têm filas de caixões.
A Itália é o país mais afetado pela pandemia na Europa. Na Lombardia, uma das regiões mais ricas e a mais afetada pela pandemia, houve 319 mortes no último dia.
O país europeu é o segundo em número de casos no mundo, atrás apenas da China, onde surgiram os primeiros casos, no final de 2019.
O governo italiano colocou o país em quarentena na semana passada, mas isso ainda não conteve o crescimento acelerado tanto de casos quanto de mortes.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/03/no-norte-da-italia-pacientes-morrem-sem-extrema-uncao-e-cemiterios-tem-filas-de-caixoes.shtml
Já tiveram contaminação confirmada 33.713 italianos, dos quais 4.025 se recuperaram. Há 2.257 doentes em estado grave, 193 internações a mais em relação a terça.
No total, quase 9.000 pessoas já morreram por causa do coronavírus no mundo, e a Europa já registra maior número de mortes que a China.
Até a 0h desta quarta, antes, portanto, dos números que mostram recorde na Itália, a Europa tinha 3.445 mortes registradas (em 25 de 48 Estados), 218 a mais que as 3.237 reportadas na China.
O número total de casos chineses ainda era superior ao europeu (80.894 no país asiático e 80.529 na Europa), mas a maioria dos doentes na China já se recuperou, enquanto na Europa ocorre o inverso.
São 72.237 pessoas ainda doentes na Europa, das quais 3.569 em estado grave. Na China, os doentes são 8.043, 2.622 em estado crítico.
JAZZigo- FCBR-CT
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Re: Coronavírus
https://www.infobae.com/america/mundo/2020/03/18/el-informe-que-hizo-cambiar-de-estrategia-al-reino-unido-y-que-disparo-las-alarmas-en-los-estados-unidos/
Re: Coronavírus
allexcosta escreveu:Jãozeiro escreveu:allexcosta escreveu:WHead escreveu:O "desigualdade natural" observada em nossa sociedade conduz a um fatalismo e resignação baseada na diversidade entre os indivíduos, inata ou adquirida, sem o mínimo fundamento científico.
Sem o mínimo fundamento científico? Como assim?
O que a ciência diz sobre o comportamento humano? Lei do mais forte sempre foi a lei que rege todas as interações humanas e animais. Quem tem mais força, mais poder, domina quem tem menos força. Sempre foi assim...
Na verdade a teoria evolutiva diz quase que totalmente o contrário disso. O mais apto às condições ambientais se sobressai, não o mais forte.
Se a lei do mais forte regesse sobre o mais fraco dessa forma absoluta que você colocou, os dinossauros não teriam sido extintos.
Quem ascendeu sobre os mais fortes após o provável asteróide que exterminou os grandes animais (há 60 e tantos milhões de anos) foram justamente pequenos mamíferos que viviam acuados em suas tocas.
Fato, pode substituir a palavra "forte" no meu texto por "apto" ou "esperto".
Imaginei que isso tivesse ficado um tanto claro no que escrevi. "Forte" não é força física, é aquele capaz de obter recursos antes e em maior quantidade que outros.
Então está certo, meu jovem.
Jãozeiro- Membro
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Re: Coronavírus
O que eu tô achando mais irônico disso tudo (se é que posso dizer assim) é que a Itália registrou recorde de mortes hoje, mesmo colocando a população inteira em isolamento.
Ou seja, quanto mais isola, mais gente morre.
Coincidentemente, o Brasil, que toma medidas muito parecidas com as da Itália (pra não dizer que se baseia exatamente no que a Itália está fazendo) acaba de registrar um salto na curva de casos.
Não tem algo de muito errado aí?
Pois o isolamento compulsório a nível de nação, de tudo e de todos...isso parece fazer o número de casos/mortes aumentar.
Ou seja, quanto mais isola, mais gente morre.
Coincidentemente, o Brasil, que toma medidas muito parecidas com as da Itália (pra não dizer que se baseia exatamente no que a Itália está fazendo) acaba de registrar um salto na curva de casos.
Não tem algo de muito errado aí?
Pois o isolamento compulsório a nível de nação, de tudo e de todos...isso parece fazer o número de casos/mortes aumentar.
Jãozeiro- Membro
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Localização : Doha - Qatar
Re: Coronavírus
Esses números estão normalizados pela população de cada país? As pessoas que morreram estavam em casa ou na UTI/hospital?
Tem muitas variáveis e acho que só Deus sabe dessas coisas...
Tem muitas variáveis e acho que só Deus sabe dessas coisas...
AndréBurger- Membro
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Re: Coronavírus
Declaração de Eduardo Bolsonaro sobre coronavírus provoca crise diplomática com a China
Embaixada chinesa diz que filho do presidente ‘contraiu vírus mental’ em Miami e ‘precisa assumir todas as consequências’
André Duchiade e Filipe Barini
O Globo, 18/03/2020 - 22:29 / Atualizado em 18/03/2020 - 23:33
https://oglobo.globo.com/mundo/declaracao-de-eduardo-bolsonaro-sobre-coronavirus-provoca-crise-diplomatica-com-china-24313933?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo
Uma declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) responsabilizando a China pela pandemia de coronavírus provocou uma crise diplomática com o país. Por meio de seu embaixador no Brasil, Yang Wanming, o país asiático, que é o principal parceiro comercial do Brasil, manifestou veemente repúdio a uma declaração do deputado, chegando a dizer que o filho do presidente Jair Bolsonaro "contraiu um vírus mental" em Miami.
“A parte chinesa repudia veementemente as suas palavras, e exige que as retire imediatamente e peça uma desculpa ao povo chinês. Vou protestar e manifestar a nossa indignação junto ao Itamaraty e a Câmara dos Deputados”, disse Yang no Twitter.
“As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu status como deputado federal, nem a sua qualidade como uma figura pública especial. Além disso, vão ferir a relação amistosa China-Brasil”, acrescentou.
Na mesma linha, a conta oficial da Embaixada da China disse que as palavras de Eduardo “são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Não deixam de ser uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus mental, que está infectando a amizades entre os nossos povos.”
Yang disse também que Eduardo Bolsonaro “precisa assumir todas as suas consequências”.
Além dos textos assinados por Yang, a embaixada chinesa retuitou uma mensagem dizendo que "a família Bolsonaro é o grande veneno deste país. Eles não são a representação do Brasil. Mas sugiro que siga em frente e pressione o Bozonaro mesmo, pois ele precisa responder pela quantidade de coisas absurdas que aquela boca podre tem capacidade de regurgitar."
Mais cedo, o filho do presidente, que atua como chanceler informal do governo e foi cotado para ser embaixador do Brasil em Washington, escreveu uma mensagem em que responsabilizou a China pela disseminação global do coronavírus.
“Quem assistiu Chernobyl vai entender o q ocorreu.Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. Mais uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas q salvaria inúmeras vidas A culpa é da China e liberdade seria a solução”, escreveu Eduardo no Twitter.
O deputado também passou adiante uma mensagem dizendo que “A culpa pela pandemia de Coronavírus no mundo tem nome e sobrenome. É do Partido Comunista Chinês”.
Procurado, o Itamaraty não se manifestou na noite desta quarta-feira.
O comportamento de Eduardo mimetiza o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem chamado a Covid-19 de “o vírus chinês”, expressão considerada racista. Em uma entrevista nesta quarta-feira, Trump voltou a usar o termo, falando em uma “guerra dos EUA contra o vírus chinês”.
— Não sei se podemos dizer que a China é culpada — disse Trump. — Mas veio da China e não há dúvidas sobre isso.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e figura como uma das principais fontes de investimento estrangeiro direto no país. Em 2019, a balança comercial com o país asiático teve superávit de mais US$ 30 bilhões de dólares: o Brasil exportou US$ 65,3 bilhões, e importou US$ 35,8 bilhões.
A China controlou internamente a pandemia de coronavírus, e não reportou nenhum caso de transmissão local nesta quinta-feira (hora local). O país tem buscado usar a pandemia e o controle interno dela no país como uma poderosa arma de soft power, oferecendo auxílio técnico e financeiro a diversos países.
Nesta quarta-feira, o governo chinês anunciou que enviará mais de dois milhões de máscaras à União Europeia (UE) para combater o novo coronavírus, alegando que "a luta contra a doença é global e devemos nos ajudar nesses tempos difíceis". O material a ser entregue "em breve" incluirá 2 milhões de máscaras cirúrgicas, 200 mil máscaras N-95 e 50 mil testes de triagem.
O governo chinês está ansioso para reivindicar vitória no que o líder da China, Xi Jinping, descreveu como uma "guerra popular" contra o vírus. Neste sentido, empreende uma campanha abrangente para eliminar a dissidência internamente, e tem subido o tom contra Washington.
A crise diplomática deve estremecer a harmonização das relações com Pequim e Washington que o governo Bolsonaro — após, em seu início, maldizer a primeira e louvar a segunda — buscou estabelecer nos últimos meses.
Na semana passada, o principal militar dos Estados Unidos para a América Latina disse que Washington pretende usar o Brasil para conter a influência de Pequim na região.
Embaixada chinesa diz que filho do presidente ‘contraiu vírus mental’ em Miami e ‘precisa assumir todas as consequências’
André Duchiade e Filipe Barini
O Globo, 18/03/2020 - 22:29 / Atualizado em 18/03/2020 - 23:33
https://oglobo.globo.com/mundo/declaracao-de-eduardo-bolsonaro-sobre-coronavirus-provoca-crise-diplomatica-com-china-24313933?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo
Uma declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) responsabilizando a China pela pandemia de coronavírus provocou uma crise diplomática com o país. Por meio de seu embaixador no Brasil, Yang Wanming, o país asiático, que é o principal parceiro comercial do Brasil, manifestou veemente repúdio a uma declaração do deputado, chegando a dizer que o filho do presidente Jair Bolsonaro "contraiu um vírus mental" em Miami.
“A parte chinesa repudia veementemente as suas palavras, e exige que as retire imediatamente e peça uma desculpa ao povo chinês. Vou protestar e manifestar a nossa indignação junto ao Itamaraty e a Câmara dos Deputados”, disse Yang no Twitter.
“As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu status como deputado federal, nem a sua qualidade como uma figura pública especial. Além disso, vão ferir a relação amistosa China-Brasil”, acrescentou.
Na mesma linha, a conta oficial da Embaixada da China disse que as palavras de Eduardo “são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Não deixam de ser uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus mental, que está infectando a amizades entre os nossos povos.”
Yang disse também que Eduardo Bolsonaro “precisa assumir todas as suas consequências”.
Além dos textos assinados por Yang, a embaixada chinesa retuitou uma mensagem dizendo que "a família Bolsonaro é o grande veneno deste país. Eles não são a representação do Brasil. Mas sugiro que siga em frente e pressione o Bozonaro mesmo, pois ele precisa responder pela quantidade de coisas absurdas que aquela boca podre tem capacidade de regurgitar."
Mais cedo, o filho do presidente, que atua como chanceler informal do governo e foi cotado para ser embaixador do Brasil em Washington, escreveu uma mensagem em que responsabilizou a China pela disseminação global do coronavírus.
“Quem assistiu Chernobyl vai entender o q ocorreu.Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. Mais uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas q salvaria inúmeras vidas A culpa é da China e liberdade seria a solução”, escreveu Eduardo no Twitter.
O deputado também passou adiante uma mensagem dizendo que “A culpa pela pandemia de Coronavírus no mundo tem nome e sobrenome. É do Partido Comunista Chinês”.
Procurado, o Itamaraty não se manifestou na noite desta quarta-feira.
O comportamento de Eduardo mimetiza o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem chamado a Covid-19 de “o vírus chinês”, expressão considerada racista. Em uma entrevista nesta quarta-feira, Trump voltou a usar o termo, falando em uma “guerra dos EUA contra o vírus chinês”.
— Não sei se podemos dizer que a China é culpada — disse Trump. — Mas veio da China e não há dúvidas sobre isso.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e figura como uma das principais fontes de investimento estrangeiro direto no país. Em 2019, a balança comercial com o país asiático teve superávit de mais US$ 30 bilhões de dólares: o Brasil exportou US$ 65,3 bilhões, e importou US$ 35,8 bilhões.
A China controlou internamente a pandemia de coronavírus, e não reportou nenhum caso de transmissão local nesta quinta-feira (hora local). O país tem buscado usar a pandemia e o controle interno dela no país como uma poderosa arma de soft power, oferecendo auxílio técnico e financeiro a diversos países.
Nesta quarta-feira, o governo chinês anunciou que enviará mais de dois milhões de máscaras à União Europeia (UE) para combater o novo coronavírus, alegando que "a luta contra a doença é global e devemos nos ajudar nesses tempos difíceis". O material a ser entregue "em breve" incluirá 2 milhões de máscaras cirúrgicas, 200 mil máscaras N-95 e 50 mil testes de triagem.
O governo chinês está ansioso para reivindicar vitória no que o líder da China, Xi Jinping, descreveu como uma "guerra popular" contra o vírus. Neste sentido, empreende uma campanha abrangente para eliminar a dissidência internamente, e tem subido o tom contra Washington.
A crise diplomática deve estremecer a harmonização das relações com Pequim e Washington que o governo Bolsonaro — após, em seu início, maldizer a primeira e louvar a segunda — buscou estabelecer nos últimos meses.
Na semana passada, o principal militar dos Estados Unidos para a América Latina disse que Washington pretende usar o Brasil para conter a influência de Pequim na região.
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Re: Coronavírus
as mortes são de pessoas já hospitalizadas ou que não conseguiram atendimento. os doentes são encaminhados às autoridades de saúde. o isolamento foi decretado para evitar a propagação. vários outros países estão adotando o toque de recolher obrigatório, a diferença é que a Itália demorou para se mexer, assim como estava acontecendo com o Brasil.Jãozeiro escreveu:O que eu tô achando mais irônico disso tudo (se é que posso dizer assim) é que a Itália registrou recorde de mortes hoje, mesmo colocando a população inteira em isolamento.
Ou seja, quanto mais isola, mais gente morre.
Coincidentemente, o Brasil, que toma medidas muito parecidas com as da Itália (pra não dizer que se baseia exatamente no que a Itália está fazendo) acaba de registrar um salto na curva de casos.
Não tem algo de muito errado aí?
Pois o isolamento compulsório a nível de nação, de tudo e de todos...isso parece fazer o número de casos/mortes aumentar.
Raul S.- Membro
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